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Metabolismo Microbiano
Produção de energia e biossíntese
Prof. Servio Tulio Cassini
PPGEA UFES
Introdução
 Metabolismo:
• grego: metabole = mudança, transformação
• Toda a atividade química realizada pelos organismos
São de dois tipos gerais:
- Aquelas que envolvem a liberação de energia: CATABOLISMO
- Aquelas envolvidas na utilização da energia: ANABOLISMO
Muitos dos mecanismos metabólicos microbianos são também
utilizados pelos macro organismos, inclusive o homem.
METABOLISMO
NUTRIENTES
ENZIMAS
F. AMBIENTAIS
Respiração
Biomassa
CO2
CH4
Principais Transformações Microbianas
1
2
3
4
5
6
Nutrientes  C (HO) N P S
Enzimas  varias classes
Fatores Ambientais  Temp, pH, Pressão, O2,
1 – Metabolismo Energético ( catabolismo)
2 – Metabolismo Biossintético ou Assimilativo ( anabolismo )
3 e 4 – Metabolismo aeróbio / anaeróbio
5 – Decomposição (Morte e Lise celular)
6 – Metabolismo Autotrófico
ENZIMAS
GRUPOS DE REAÇÕES ENZIMATICAS ( Ação + “ase” )
Hidrolases
Oxidases
Redutases
Liases
Transferases
Rotas Metabolicas
Produção de energia
 Requerimentos de energia:
 Síntese dos componentes celulares: parede, membrana, etc.
 síntese de enzimas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, etc.
 reparos e manutenção da célula
 crescimento e multiplicação  BIOMASSA
 acumulação de nutrientes e excreção de produtos indesejáveis
 motilidade
Fontes de energia
 Para a maioria dos microrganismos a energia é
retirada de moléculas químicas (nutrientes)
 Para outros a energia é proveniente da luz.
Quimiotróficos
(utilizam substâncias químicas
como fonte de energia)
Quimiolitotróficos
C= CO2
Quimiorganotróficos
C=orgânico
Nitrosomonas europaea:
Amônia nitrito + energia
Streptococcus lactis:
glicose ácido lático + energia
 Anabaena cylindrica (cianobactéria)
Luz energia
Compostos que armazenam energia
Mais importante nos seres
vivos
Fluxo da energia
A concentração de ATP na
célula é baixa.
Numa célula em plena
atividade chega a 2 mM
Em motores a explosão ou em turbinas o
rendimento oscila em torno de 30%.
Até 45%
Fosforilação
Produção de ATP pelos microrganismos
Mecanismos:
a. Fosforilação em nível de substrato:
O grupo fosfato de um composto químico é removido e
adicionado diretamente ao ADP
b. Fosforilação oxidativa
c. Fotofosforilação
O grupo fosfato é adicionado a algum intermediário
tornando-se de alta energia que pode ser transferido
ao ADP.
Reações OXI-RED internamente balanceadas: alguns
átomos do substrato tornam-se mais reduzidos,
enquanto outros mais oxidados
Fosforilação em nível de substrato
A energia liberada pela oxidação de compostos químicos é utilizada na síntese de
ATP
Oxidação: perda de elétrons (ou também perda de H)
H  H+ + e-
COOH-CH2-CH2-COOH  COOH-CH=CH-COOH + 2H
(ácido succínico)
A Fosforilação oxidativa envolve uma cadeia de transporte de elétrons
(série de reações integradas)
► energia liberada aos poucos e mais eficientemente (até 45 %)
b. Fosforilação oxidativa
Peter Mitchell, 1978-
Prêmio Nobel
Fosforilação oxidativa
Sistema O/R: próximo membro do sistema tem maior capacidade para
receber elétrons
3.Fotofosforilação:
O NADPH é utilizado para reduzir o CO2 no processo de fixação do CO2
A energia da luz é utilizada para a síntese de ATP
Vias de degradação de nutrientes para
produção energia
 Microrganismos que obtém energia de nutrientes orgânicos (Quimiotróficos)
devem inicialmente decompor os nutrientes em compostos que possam ser
utilizados para a produção de energia.
 Isso é feito por meio de uma série de reações químicas catalisadas por
enzimas: catabolismo
Vias de degradação de nutrientes para produção de energia
Carreadores de elétrons
Numa reação de oxidação-redução, a transferência de elétrons
normalmente requer a participação de intermediários,
denominados carreadores.
Classes:
- Que se difundem livremente: NAD+, NADP+
- Associados à membrana:
Flavoproteínas FMN/FAD
Proteínas com Fe e S
Quinonas
NAD+ + 2 e- + 2 H+ → NADH + H
bom doador
CH4
Vias de degradação de nutrientes para
produção energia
 Vias catabólicas
- regeneração do NAD+
(as células possuem uma quantidade limitada de NAD)
1. Fermentação:
O NAD é regenerado utilizando um aceptor produzido pela
própria célula
2. Respiração aeróbia
3. Respiração anaeróbia
Todas as vias também fornecem precursores para a biossíntese
Glicólise
quantidade
limitada na
célula
Lactobacilos
Leveduras
Enterobactérias
Síntese da Fermentação
 ausência de aceptores externos de elétrons
 reações de oxidação e redução de um composto orgânico
balanceadas internamente
 fosforilação em nível de substrato
 Pouca eficiência na produção de de energia:
(2 ATP/mol de glicose)
 Maior parte da energia retida no produto final:
O álcool tem alto teor energético
 Vias catabólicas
 regeneração do NAD+
1. Fermentação
2. Respiração aeróbia:
- O NADH doa elétrons para o sistema de transporte de elétrons
para regenerar o NAD.
- O aceptor final de elétrons é o oxigênio
- Resulta também na geração da força protomotiva e produção de
mais ATP
3. Respiração anaeróbia
O ciclo de Krebs
(ciclo do ácido cítrico)
A degradação da glicose por
organismos aeróbios
normalmente não para com a
produção do ácido pírúvico.
Cada molécula de NADH
pode doar elétrons para o
sistema de transporte para
geração da força
protomotiva e produção de
ATP.
Fosforilação oxidativa
Síntese da Respiração aeróbia
 reações de oxidação e redução em presença de um
aceptor de elétrons externo
 A molécula inteira do substrato é oxidada
 alto potencial de energia
 grande quantidade de ATP é gerada: 38 ATPs
3. Respiração anaeróbia
 aceptor final de elétrons diferente do O2
 C6H12O6 + 12 NO3
-  6CO2 + 6H2O + 12NO2
-
 2 lactato + SO4
= + 4H+  2 acetato + 2CO2 + S= + H2O
A respiração anaeróbia, exclusividade dos procariotos, só ocorre em
ambientes onde o oxigênio é escasso, como nos sedimentos marinhos
e lacustres ou próximo de nascentes hidrotermais submarinas.
Nenhum desses aceptores são
eletro positivos quanto o O2/H2O.
Assim, menos energia é liberada.
Em contrapartida, o uso desses
aceptores alternativos permitem
os microrganismos respirarem na
ausência de O2, com grande
importância ecológica.
Compostos
Organicos
Inorganicos
Energia
ATP
Respiração
Fermentação
Biomassa
Atividade
Metabolica
Ciclo Heterotrofico
Catabolismo
CO2
Ciclo Autotrófico
Biossintetico
Utilização da energia
Generalidades sobre as vias biossintéticas:
1) As vias começam com a síntese das unidades
estruturais simples
2) As unidades estruturais são ativadas com a energia
de moléculas como o ATP, GTP, NADH, NADPH
3) As unidades estruturais são unidas para formar
substâncias complexas da célula.
Fornecimento de precursores de aminoácidos
Biossíntese
Polímeros
Polissacarídeos (ex: peptideglicano) são
sintetizados a partir de hexoses como o
UDP-Glicose
A ativação do monossacarídeo utiliza
energia do ATP e UTP (uridina trifosfato)
Ácidos nucléicos
ATP
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A5 metabolismo microbiano

  • 1. Metabolismo Microbiano Produção de energia e biossíntese Prof. Servio Tulio Cassini PPGEA UFES
  • 2. Introdução  Metabolismo: • grego: metabole = mudança, transformação • Toda a atividade química realizada pelos organismos São de dois tipos gerais: - Aquelas que envolvem a liberação de energia: CATABOLISMO - Aquelas envolvidas na utilização da energia: ANABOLISMO Muitos dos mecanismos metabólicos microbianos são também utilizados pelos macro organismos, inclusive o homem.
  • 3. METABOLISMO NUTRIENTES ENZIMAS F. AMBIENTAIS Respiração Biomassa CO2 CH4 Principais Transformações Microbianas 1 2 3 4 5 6 Nutrientes  C (HO) N P S Enzimas  varias classes Fatores Ambientais  Temp, pH, Pressão, O2, 1 – Metabolismo Energético ( catabolismo) 2 – Metabolismo Biossintético ou Assimilativo ( anabolismo ) 3 e 4 – Metabolismo aeróbio / anaeróbio 5 – Decomposição (Morte e Lise celular) 6 – Metabolismo Autotrófico
  • 5.
  • 6. GRUPOS DE REAÇÕES ENZIMATICAS ( Ação + “ase” ) Hidrolases Oxidases Redutases Liases Transferases
  • 7.
  • 8.
  • 10. Produção de energia  Requerimentos de energia:  Síntese dos componentes celulares: parede, membrana, etc.  síntese de enzimas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, etc.  reparos e manutenção da célula  crescimento e multiplicação  BIOMASSA  acumulação de nutrientes e excreção de produtos indesejáveis  motilidade
  • 11. Fontes de energia  Para a maioria dos microrganismos a energia é retirada de moléculas químicas (nutrientes)  Para outros a energia é proveniente da luz.
  • 12. Quimiotróficos (utilizam substâncias químicas como fonte de energia) Quimiolitotróficos C= CO2 Quimiorganotróficos C=orgânico Nitrosomonas europaea: Amônia nitrito + energia Streptococcus lactis: glicose ácido lático + energia
  • 13.  Anabaena cylindrica (cianobactéria) Luz energia
  • 14. Compostos que armazenam energia Mais importante nos seres vivos
  • 15. Fluxo da energia A concentração de ATP na célula é baixa. Numa célula em plena atividade chega a 2 mM Em motores a explosão ou em turbinas o rendimento oscila em torno de 30%. Até 45% Fosforilação
  • 16. Produção de ATP pelos microrganismos Mecanismos: a. Fosforilação em nível de substrato: O grupo fosfato de um composto químico é removido e adicionado diretamente ao ADP b. Fosforilação oxidativa c. Fotofosforilação
  • 17. O grupo fosfato é adicionado a algum intermediário tornando-se de alta energia que pode ser transferido ao ADP. Reações OXI-RED internamente balanceadas: alguns átomos do substrato tornam-se mais reduzidos, enquanto outros mais oxidados
  • 18. Fosforilação em nível de substrato
  • 19. A energia liberada pela oxidação de compostos químicos é utilizada na síntese de ATP Oxidação: perda de elétrons (ou também perda de H) H  H+ + e- COOH-CH2-CH2-COOH  COOH-CH=CH-COOH + 2H (ácido succínico) A Fosforilação oxidativa envolve uma cadeia de transporte de elétrons (série de reações integradas) ► energia liberada aos poucos e mais eficientemente (até 45 %) b. Fosforilação oxidativa
  • 21. Fosforilação oxidativa Sistema O/R: próximo membro do sistema tem maior capacidade para receber elétrons
  • 22. 3.Fotofosforilação: O NADPH é utilizado para reduzir o CO2 no processo de fixação do CO2 A energia da luz é utilizada para a síntese de ATP
  • 23. Vias de degradação de nutrientes para produção energia  Microrganismos que obtém energia de nutrientes orgânicos (Quimiotróficos) devem inicialmente decompor os nutrientes em compostos que possam ser utilizados para a produção de energia.  Isso é feito por meio de uma série de reações químicas catalisadas por enzimas: catabolismo
  • 24. Vias de degradação de nutrientes para produção de energia
  • 25. Carreadores de elétrons Numa reação de oxidação-redução, a transferência de elétrons normalmente requer a participação de intermediários, denominados carreadores. Classes: - Que se difundem livremente: NAD+, NADP+ - Associados à membrana: Flavoproteínas FMN/FAD Proteínas com Fe e S Quinonas NAD+ + 2 e- + 2 H+ → NADH + H bom doador
  • 26.
  • 27. CH4
  • 28. Vias de degradação de nutrientes para produção energia  Vias catabólicas - regeneração do NAD+ (as células possuem uma quantidade limitada de NAD) 1. Fermentação: O NAD é regenerado utilizando um aceptor produzido pela própria célula 2. Respiração aeróbia 3. Respiração anaeróbia Todas as vias também fornecem precursores para a biossíntese
  • 29.
  • 31. Síntese da Fermentação  ausência de aceptores externos de elétrons  reações de oxidação e redução de um composto orgânico balanceadas internamente  fosforilação em nível de substrato  Pouca eficiência na produção de de energia: (2 ATP/mol de glicose)  Maior parte da energia retida no produto final: O álcool tem alto teor energético
  • 32.  Vias catabólicas  regeneração do NAD+ 1. Fermentação 2. Respiração aeróbia: - O NADH doa elétrons para o sistema de transporte de elétrons para regenerar o NAD. - O aceptor final de elétrons é o oxigênio - Resulta também na geração da força protomotiva e produção de mais ATP 3. Respiração anaeróbia
  • 33. O ciclo de Krebs (ciclo do ácido cítrico) A degradação da glicose por organismos aeróbios normalmente não para com a produção do ácido pírúvico. Cada molécula de NADH pode doar elétrons para o sistema de transporte para geração da força protomotiva e produção de ATP.
  • 35. Síntese da Respiração aeróbia  reações de oxidação e redução em presença de um aceptor de elétrons externo  A molécula inteira do substrato é oxidada  alto potencial de energia  grande quantidade de ATP é gerada: 38 ATPs
  • 36. 3. Respiração anaeróbia  aceptor final de elétrons diferente do O2  C6H12O6 + 12 NO3 -  6CO2 + 6H2O + 12NO2 -  2 lactato + SO4 = + 4H+  2 acetato + 2CO2 + S= + H2O A respiração anaeróbia, exclusividade dos procariotos, só ocorre em ambientes onde o oxigênio é escasso, como nos sedimentos marinhos e lacustres ou próximo de nascentes hidrotermais submarinas.
  • 37.
  • 38. Nenhum desses aceptores são eletro positivos quanto o O2/H2O. Assim, menos energia é liberada. Em contrapartida, o uso desses aceptores alternativos permitem os microrganismos respirarem na ausência de O2, com grande importância ecológica.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 47. Generalidades sobre as vias biossintéticas: 1) As vias começam com a síntese das unidades estruturais simples 2) As unidades estruturais são ativadas com a energia de moléculas como o ATP, GTP, NADH, NADPH 3) As unidades estruturais são unidas para formar substâncias complexas da célula.
  • 48. Fornecimento de precursores de aminoácidos
  • 49. Biossíntese Polímeros Polissacarídeos (ex: peptideglicano) são sintetizados a partir de hexoses como o UDP-Glicose A ativação do monossacarídeo utiliza energia do ATP e UTP (uridina trifosfato)
  • 52. Ácidos graxos Para biossíntese de lipídeos Energia fornecida pelo NADPH