1) O documento discute as diferentes categorias de espíritas descritas por Allan Kardec, incluindo espíritas experimentadores, espíritas imperfeitos e espíritas verdadeiros ou cristãos.
2) Argumenta que a crença na vida espiritual só transforma a pessoa se leva a uma vida melhor e mais bondosa.
3) Defende que o Espiritualismo Cristão e Humanitário, baseado na moral evangélica, é a âncora para a salvação da humanidade e transformação gradual da sociedade.
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MEDIUNIDADE – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER
Inicialmente por orientação do Mentor Ramaschain faremos
algumas reflexões sobre um texto de O Livro dos Médiuns, de Allan
Kardec, item 28, em que o Codificador analisa a diferente categoria
de espíritas:
Entre os que se convenceram por um estudo direto, podem
destacar-se:
1. Os que creem pura e simplesmente nas manifestações.
Para eles, o Espiritismo é apenas uma ciência de
observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos.
Chamar-lhe-emos espíritas experimentadores. Era uma
categoria muito comum à época de Kardec, e que ainda
existe em menor quantidade, a daqueles que veem no
Espiritismo apenas uma ciência de observação dos
fenômenos espirituais.
2. Os que no Espiritismo veem do que fatos; compreendem-
lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente,
mas não a praticam. Insignificante ou nula é a influência
que lhes exercem nos caracteres. Em nada alteram seus
hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse. O
avarento continua sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de
si, o invejoso e o cioso sempre hostis. Consideram a
caridade cristã apenas uma bela máxima. São os espíritas
imperfeitos. Essa categoria, comum até hoje, é a dos que
admiram a moral que a Doutrina dos Espíritos apregoa,
mas se mantêm cultuando as suas paixões egoicas, como
o ciúme, a inveja, o orgulho etc., sem fazerem esforços
para domar as suas más inclinações, como requer a
prática saudável do Espiritualismo, o Consolador
prometido por Jesus.
3. Os que não se contentam com admirar a moral espírita,
que a praticam e lhe aceitam todas as consequências.
Convencidos de que a existência terrena é uma prova
passageira, tratam de aproveitar os seus breves instantes
para avançar pela senda do progresso, única que os pode
elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-
se por fazer o bem e coibir seus maus pendores. As
relações com eles sempre oferecem segurança, porque a
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convicção que nutrem os preserva de pensarem em
praticar o mal. A caridade é, em tudo, a regra de
proceder a que obedecem. São os verdadeiros espíritas,
ou melhor, os espíritas cristãos.
Quando Allan Kardec diz que os verdadeiros espíritas são os
espíritas cristãos, aborda a proposta profunda da Doutrina dos
Espíritos e que deverá ser a de todos os espíritas sinceros, a de
reviver o Evangelho de Jesus, em Espírito e em Verdade, de modo a
cristianizar toda Humanidade.
O médium que se preze deverá estar incluso nessa categoria a
bem dele mesmo, porque aqueles que fazem parte das demais
categorias são sérios candidatos às obsessão geradoras de verdadeiro
desastres, como ocorre na vida dos que não se esforçam para
dominar as suas imperfeições.
4. Há finalmente os Espíritas exaltados. A espécie humana
seria perfeita, se sempre tomasse o lado bom das coisas.
Em tudo, o exagero é prejudicial. Em Espiritismo, infunde
confiança demasiado cega e frequentemente pueril, no
tocante ao mundo invisível, e leva a aceitar-se, com
extrema facilidade e sem verificação, aquilo cujo absurdo,
ou impossibilidade a reflexão e o exame demonstrariam.
Os espíritas exaltados são aqueles que não refletem no
significado da Doutrina em suas vidas e acreditam em tudo aquilo
que provem do mundo espiritual. Trazem enormes prejuízos à causa
espírita, especialmente quando estão envolvidos na mediunidade,
prestando-se facilmente aos processos de fascinação que tantos
danos têm causado ao Movimento Espírita em todos os tempos, ma
nunca como em nossos dias.
Estudemos, a seguir, o item 350 de O Livro dos Médiuns, em
que Allan Kardec aborda a rivalidade entre as sociedades espíritas:
Se o Espiritismo, conforme foi anunciado tem que determinar a
transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá
produzir melhorando as massas, o que se verificara gradualmente,
pouco a pouco, em consequência do aperfeiçoamento dos indivíduos.
Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz
que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente
para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na
adversidade? De que serve o avarento ser espírita, se continua
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avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se
permanece dominado pela inveja?
Nestas perguntas, Kardec coloca alguns pontos muito
significativos para a nossa reflexão. Que importa crer na existência
dos Espíritos se essa crença não nos torna pessoas melhores? A
crença na vida espiritual pode ser comum a muintas pessoas,
contudo se essa crença não as faz melhores, mais benignas, mais
indulgentes, mais humildes e pacientes frente às adversidades será
uma crença a mais, pura e simplesmente, mas não a convicção
que transforma a vida daquele que crê.
Reflitamos: qual é a diferença entre crença e convicção? A
convicção é o resultado da fé raciocinada refletida e sentida nos
corações, de modo a gerar uma profunda transformação, do modo de
ser e de viver, daquele que crê, enquanto a crença, pura e
simplesmente, não transforma a vida de ninguém, pois não convida à
autorreflexão sobre o significado daquilo em que se crê e, por isso,
não produz a transformação do sentimento.
Na perspectiva da fé convicta, a existência do mundo espiritual
nos leva a uma série de raciocínio sobre o significado de tudo isso em
nossa vida, para sentirmos aquilo em que acreditamos, vivenciando
essa crença e nos tornando pessoas melhores.
A chave para tudo isso é o aprofundamento no próprio
Evangelho de Jesus, trazendo-o para dentro de nossas vidas, como
faziam os cristãos dos primórdios do Cristianismo. Essa atitude em
relação ao Evangelho produzia a convicção que fazia com que os
cristãos da primeira hora entregassem as próprias vidas às feras nas
arenas romanas.
Somente a convicção faz com que uma pessoa realmente tenha
fé suficiente para dar a vida para Jesus, tanto nos primórdios do
Cristianismo, quanto em nossos dias, com a diferença de que hoje
não são as vidas de nossos corpos que somos convidados a doar,
mas a nossa vida inteira, em doação de amor, especialmente quando
trabalhamos com a mediunidade dignificada à Luz do Evangelho de
Jesus.
É fundamental trazer a energia dos primeiros cristãos,
portadores da fé convicta, para dentro de nossas atividades
mediúnicas, bem como para as demais atividades dos nossos Centros
Espiritas e ou Espiritualistas, para que possamos nos tornar pessoas
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melhores, exemplos de autotransformação, pois transformar a
Humanidade inteira é o grande objetivo da Doutrina dos Espíritos.
Continuemos, portanto a refletir nos ensinamentos de
Ramaschain(um dos mentores espiritual do LAR) quando nos indica O
Livro dos Médiuns, item 350.
“Assim, poderiam todos os seres humanos acreditar nas
manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária. Tais,
porém não são os desígnios de Deus. Para o objetivo providencial,
portanto, é que devem tender todas as Sociedades espiritualistas
sérias, grupando todos os que se achem animados dos mesmos
sentimentos. Então haverá união entre elas, simpatia, fraternidade,
em vez de vão e pueril antagonismo, nascidos do amor-próprio, mais
de palavras do que de fatos; então,elas serão fortes e poderosa,
porque assentarão em inabalável alicerce: o bem para todos; então,
serão respeitadas e imporão silêncio à zombaria tola, porque falarão
em nome da moral evangélica, que todos respeitam.
Aqui nestas palavras acima, Allan Kardec aborda o objetivo
providencial da doutrina dos Espíritos, que está dentro dos desígnios
de Deus – a transformação gradual da Humanidade, fato a que deve
se entregar toda Sociedade Espiritual séria. Esse objetivo somente
poderá ser alcançado a partir da moral evangélica a qual todos
respeitam.
A moral evangélica é inatacável porque ninguém, em sã
consciência, terá coragem de investir contra os preceitos de amar ao
próximo como a si mesmo e de fazer aos outros o que gostaria que
fosse feito a si. Ataca-se Jesus e o que Ele representou. Atacam-se as
igrejas cristã e a Doutrina Cristã, mas a moral evangélica é inatacável
por isso ela é o grande parâmetro para todos os Centros Espiritas.
Voltemos ao item 350 de O Livros dos Médiuns:
Essa a estrada pela qual temos procurado com esforço fazer
que o Espiritualismo enverede. A bandeira que desfraldamos bem alto
é a do Espiritualismo Cristão e Humanitário, em torno da qual já
temos a aventura de ver, em todas as partes do globo, congregados
tantos seres humanos, por compreenderem que aí é que esta a
âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma
era nova para a Humanidade.
Convidamos pois todas as Sociedades Espiritas e
Espiritualistas a colaborar nessa grande obra. Que de um
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extremo ao outro do mundo elas se estendam fraternalmente as
mãos e eis que terão colhido o mal em inextricáveis malhas.
Allan kardec aborda com clareza neste texto o Espiritualismo
Cristão e Humanitário, que será a grande âncora da salvação da
Humanidade, proporcionando a transformação moral para o inicio de
uma nova era.
Esse convite de Allan Kardec feito no século XIX, é mais atual
do que nunca. Todas as Sociedades Espiritas e ou Espiritualistas: as
federativas estaduais e os seus órgãos regionais, os Centros Espiritas
e Espiritualistas disseminados pelo nosso país e pelo mundo afora
têm esse compromisso, que está nos desígnios de Deus. Todos os
dirigentes e trabalhadores devem se engajar nesse convite-
convocação que o Codificador faz a todos. Somente assim teremos
realmente um Movimento realmente Espiritualista.
Na orientação de RamaSchain estudaremos a seguir, um texto
de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, item 4, em que
Kardec aborda as características do verdadeiro espírita e ou
espiritualista:
Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o Espiritismo
leva os resultados acima expostos (caracteres do Ser de bem) que
caracteriza o verdadeiro estudante espiritualista, como o cristão
verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O espiritualismo não
instituiu nenhuma nova moral; apenas facilita aos seres humanos a
inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e
esclarecida aos que duvidam ou vacilam. Reconhece-se o verdadeiro
espiritualista pela sua transformação moral e pelos esforços que
emprega para domas suas inclinações más.
O Espiritualismo não veio trazer uma nova moral, mas sim
despertar para a moral evangélica, que foi a o longo do tempo
esquecida pela Humanidade, e para o fato de que o verdadeiro
espiritualista é o mesmo que o cristão verdadeiro. Somente a moral
do Cristo, o modelo e guia da Humanidade, possibilitará a fé convicta
e inabalável, de modo a transformar realmente aqueles que ainda
duvidam e vacilam na caminhada.
Hoje estamos sendo convidado a viver cada vez mais essa
moral evangélica, em Espírito e em Verdade, isto é buscando nos
conectar profundamente com ela em nossas próprias consciências,
onde está ínsita a Verdade, sob a forma das Leis Divinas.
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Todos os espiritualistas estão convidados a trilhar este
caminho, mas o espiritualista-médium, mais do que os outros, tem o
dever consciencial de aceitar a esse convite, pois não é possível a
mediunidade dignificada de outra forma. Essa é a única opção para a
prática da mediunidade saudável; do contrário, o médium fatalmente
cairá em processos de obsessão muito graves, nos quais é fácil
entrar, bastando para isso invigilância, mas que são muito difíceis de
superar.
O médium espiritualista não será a pessoa perfeita, porque
estamos muito distantes da perfeição, mas aquele que faz esforços
de aperfeiçoamento constante, trabalhando pela sua transformação
moral, em conformidade com o Evangelho de Jesus, realizando
esforços continuados, pacientes e perseverantes para dobrar as suas
más inclinações.
Vejamos agora um pequeno e significativo trecho do livro
Missionários da Luz, de André Luiz, psicografia de Francisco Candido
Xavier, capitulo 3 e 9, paginas 34 e 106. Trata-se de orientações
muito significativas do Mentor Alexandre sobre a mediunidade.
“O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso
Senhor Jesus cristo, e a mediunidade constitui um de seus
fundamentos vivos. A mediunidade , porem, não é exclusiva dos
chamados médiuns. Todas as criaturas a possuem, portanto significa
percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não
bastará, entretanto, perceber. É imprescindível santificar esta
faculdade convertendo-a no ministério ativo do bem.”
Alexandre diz taxativamente que o Espiritismo cristão é a
revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus – Cristo, que a
mediunidade é um de seus fundamentos e que todos em maior ou
menor intensidade, a possuímos, e que a única forma positiva de
exercermos uma faculdade é por meio do ministério ativo do bem.
Infelizmente essa faculdade está muito aviltada em nosso
Movimento Espírita ultimamente. Em sua prática muitos médiuns
têm-se afastados do Evangelho de Jesus, e das orientações
espirituais, gerando graves comprometimentos para eles mesmos e
seus seguidores.
Alexandre aborda também neste texto que a mediunidade
significa percepção espiritual que deve ser incentivada em nós
mesmos. A que incentivo estará o Mentor se referindo? Será que
devemos todos frequentar um grupo mediúnico para desenvolvermos
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a mediunidade? Muitas pessoas entendem assim, mas se
aprofundarmos na questão, notaremos que o Benfeitor fala de
incentivar a percepção espiritual. Que percepção espiritual seria essa?
A partir do autoconhecimento, para perceber quem nos somos,
somos convidados também a perceber as companhias espirituais que
convivem conosco, de modo a nos libertarmos das obsessões sutis e
silenciosas, buscando a companhia espiritual dos benfeitores
espirituais que nos aguardam para a difusão proativa do Consolador.
O tempo urge e é preciso que o Cristianismo redivivo pela Doutrina
dos Espíritos seja divulgado da forma mais ampla possível,
especialmente pela nossa transformação em pessoas melhores,
porque a dor gerada pela ignorância das Leis Divinas campeia por
todo lado.
Alexandre diz que é imprescindível santificar essa faculdade,
convertendo-a em ministério ativo do bem. Santificar a faculdade é
torna-la sagrada, fato que somente é possível trazendo o Evangelho
de Jesus para dentro de nossas vidas, de forma a fazer de nossas
existências ministérios ativa do bem. Por desse prisma, a
mediunidade é um grande instrumento de autoiluminação.
O médium espiritualista – cristão deverá refletir sempre sobre
o sentido da mediunidade em sua vida, porque assim estará
meditando sobre como domar as suas más inclinações, de modo a
seguir intimorato em direção ao Bem maior, desenvolvendo a
felicidade pelo dever consciencial bem cumprido.
Como se fosse possível a alguém fugir do dever consciencial,
muintas pessoas que possuem mediunidade ostensiva desviam-se do
compromisso assumido antes de reencarnar, exatamente por causa
da responsabilidade que a mediunidade lhes traz, especialmente o
grande compromisso da autoiluminação.
Em nosso Movimento Espiritualista atual, vemos acontecer um
processo paradoxal: ao lado de muitas pessoas que detêm a
mediunidade ostensiva, mas que não querem assumir o compromisso
de desenvolvê-la de forma autoiluminativa à luz do Evangelho de
Jesus, devido aos grandes esforços que deverão realizar, vemos
outros que aviltam a faculdade, exatamente porque também não se
dispõem à autoiluminação, praticando-a de maneira superficial e com
interesse na autopromoção.
Por isso o número de espíritas falidos, sobretudo médiuns, na
dimensão espiritual amplia-se cada vez mais, fato que nos é relatado
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especialmente por Manoel Philomeno de Miranda, nas obras
Tormentos da Obsessão e Entre dois mundos.
Continuemos com as orientações do Mentor Alexandre:
Mediunidade – prosseguiu ele, arrebatando-nos os corações –
constitui meio de comunicação e o próprio Jesus nos afirma – Eu sou
a porta , se alguém entrar por mim será salvo e entrará, sairá e
achará pastagens! Por que audácia incompreensível imaginais a
realização sublime sem vos afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é
o próprio Senhor?
A pergunta que Alexandre faz é muito significativa, pois nos
remeteà reflexão de que sem nos aperfeiçoarmos ao Espírito de
Verdade, que é o próprio Cristo, não poderemos ter uma
mediunidade dignificada.
Importante é refletir sobre esta questão: o que significa a se
afeiçoar ao Espírito e Verdade, que é o próprio Cristo-Jesus, modelo e
guia da Humanidade? Significa incorporar à nossas vidas os
ensinamentos sublimes do Evangelho do Senhor. Somente assim a
mediunidade será instrumento de autoiluminação e de comprimento
do dever consciencial, para os quais somos chamados.
Continuemos portanto com as explicações do Irmão Alexandre:
Ouvi-me, irmãos meus!... Se vos dispondes ao serviço divino,
não há outro caminho senão Ele, que detém a infinita luz da verdade
e da fonte inesgotável da vida! Não existe outra porta para a
mediunidade celeste, para acesso ao equilíbrio divino que anelais no
recôndito santuário do coração! Somente através d’Ele, vivendo-lhe
as sublimes lições, alcançareis a sagrada liberdade de entrar nos
domínios da Espiritualidade e deles sair, conquistando o pão eterno
que vos saciará a fome para sempre. Sem o Cristo, a mediunidade é
simples “meio de comunicação” e nada mais, mera possibilidade de
informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se
também os interessados em perturbações, multiplicando presas
infelizes. Lembrai-vos, contudo, de que a Lei Divina jamais endossou
o cativeiro e nunca sancionou a escravidão! Esquecestes a palavra
Divina que pronunciou: vós sois deuses”?”
Alexandre concluiu com este pequeno fragmento extraído da
palestra sobre mediunidade que ele faz na dimensão espiritual para
médiuns encarnados e desencarnados e para outros interessados no
tema. Recomendamos a todos o estudo na íntegra, pela leitura do
livro Missionários da Luz, de André Luiz.
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É imprescindível transformar a mediunidade em algo mais
doque um simples meio de comunicação por onde poderemos entrar
em contato com Espíritos interessados em perturbações individuais e
coletivas. Somente à Luz do Evangelho de Jesus a mediunidade será
o grande instrumento de transformação interior.
Estudemos, a seguir, a mensagem do Espírito de Verdade,
estraída de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, Item 5.
Essa mesma mensagem é colocada no capítulo XXXI de o Livros dos
Médiuns, das “Dissertações Espiritas”, item IX, em que Allan Kardec
faz um comentário sobre quem a assinou.
Diz Kardec:
Esta comunicação, obtida por um dos melhores médiuns da
Sociedade Espírita de Paris, foi assinada com um nome que o respeito
não nos permite reproduzir, senão sob todas as reservas, tão grande
seria o insigne favor da sua autenticidade e porque dele se há muitas
vezes abusado demais, em comunicações evidentemente apócrifas.
Esse nome é o de Jesus de Nazaré.
É muito interessante esse dado que Kardec coloca em O Livro
dos Médiuns, porque, em O Evangelho Segundo Espiritismo, ele a
transcreve postando a assinatura do Espírito de Verdade,
demonstrando que tinha perfeita ciência de que o Espírito e
Verdade é Jesus.
Estudemos portanto a mensagem:
Venho como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos
a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismos, como o
fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que
acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande,
que faz germinar as plantas e se levante as ondas. Revelei a doutrina
divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no meio da
Humanidade e disse:” VINDE A MIM, TODOS VÓS QUE SOFREIS”.
Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo
que conduz ao reino de Meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas
da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que,
ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo
a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e
que se faça ouvir não mais a vos a voz dos profetas e dos Apóstolos,
mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! Pois a
morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada durante a qual
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as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão
como o cedro.
Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas
inteligências, não afastai o facho que a clemência divina vos coloca
nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos
perdidos, ao regaço de vosso Pai.
Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas
misérias, pela vossa franqueza imensa, para deixar de estender mãos
socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos
abismos do erro. Crede,amai, meditai sobre as coisas que vos são
reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com
as verdades.
Espíritas! Amai-vos, este é o primeiro ensinamento; instrui-vos
este é o segundo. No cristianismo encontram-se todas as verdades;
são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do
além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam; “Irmãos!
Nada perece. Jesus-cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores
da impiedade”. O Espírito de Verdade. (Paris, 1860).
A mensagem do Espírito de Verdade aborda as
responsabilidades que vos cabem diante d mensagem consoladora do
Cristo, rediviva pela Doutrina dos Espírito. Já é tempo de não mais
misturarmos o joio com o trigo, mas isso somente será possível pelo
aprofundamento nas Verdades Cristã. É a missão de todos os
espiritualistas e espíritas, especialmente daqueles que exercem a
tarefa mediúnica.
Nesta mensagem, o mais significativo são os dois ensinamentos
do Espírito de Verdade: Espiritas amai-vos e instruí-vos. Qual o
significado desses ensinamentos para o médium espírita-cristão?
Vejamos as colocações abaixo na qual sintetizamos os ensinamentos
do Espirito de Verdade.
AMOR + INSTRUÇÃO = EDUCAÇÃO DO ESPÍRITO IMORTAL =
COSCIÊNCIA ESPIRITUAL LIBERTA
Reflitamos que a primeira proposta do Espirito de Verdade para
todos nós é que nos amemos, pois o amor vem em primeiro plano.
Se pudéssemos sintetizar o Evangelho de Jesus em um único
preceito, seria este: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a si mesmo.
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Juntamente com o amor, somos convidados à instrução. Qual o
significado profundo desse ensinamento? No movimento dos
ensinamentos espirituais será sempre oferecida por todo o conteúdo
do Evangelho de Jesus, através do Consolador (a Doutrina dos
Espíritos) e as obras subsidiárias idôneas. Somos convidados
raciocinar sobre os ensinamentos adquiridos, para refleti-los em
nossas vidas e para senti-los no coração, passando a praticá-los.
Isso somente acontecerá se unirmos o amor com a instrução,
de que resultará a educação do Espírito imortal, de modo a
desenvolver a consciência espiritual e realizar a proposta de
Jesus/Espirito de Verdade para a Humanidade.
Esta é a maior proposta para todos os espiritualista, espíritas, e
todos os seres de boa vontade que sejam sinceros em relação a sua
vivencia como espíritos encarnados e que desejam fazer do
Evangelho de Jesus o roteiro seguro para as suas vidas, para com
isso resgatar os débitos da impiedade do passado, caminhando em
direção a um futuro em que o amor, a humildade e a mansidão serão
as virtudes a orientar cada passo. Isso é valido para todos aqueles
que se dizem espíritas ou espiritualistas, mas especialmente para os
médiuns espíritas ou espiritualistas cristãos.
Todos nós estamos inseridos nesse convite-convocação do
Espírito de Verdade: unir o amor à instrução para nos educarmos
para a vida, nos tornando pessoas melhores, para que, por nossa
vez, possamos auxiliar aqueles que necessitam de nós, quer estejam
encarnados, quer desencarnados.
Aceitando o convite-convocação, estaremos desenvolvendo a
consciência espiritual (liberta das paixões inferiores) exercendo a
mediunidade, bem como em todas as demais atividades dos Centros
Espíritas e Espiritualistas, trabalhando para termos uma Humanidade
transformada no futuro que começa agora.
Algumas pessoas contestam os fenômenos espíritas
precisamente porque tais fenômenos lhes parecem estar fora da lei
comum e porque não logram achar-lhes qualquer explicação.
Dai-lhes uma base racional e a dúvida desaparecerá. A
explicação, neste século em que ninguém se contenta com palavras,
constitui, pois, poderoso motivo de convicção.
Daí o vermos, todos os dias, pessoas, que nenhum fato
testemunharam, que não observaram uma mesa agitar-se, ou um
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médium escrever, se tornarem tão convencidas quanto nós,
unicamente porque leram e compreenderam.
Se houvéssemos de somente acreditar no que vemos com os
nossos olhos, a bem pouco se reduziriam as nossas convicções.
Allan Kardec, capítulo II de O Livro dos Médiuns, item 17
Nos serviços de atendimento fraterno, no Lar Assistencial
Rubataiana Centro Espiritualista de Apoio e orientação deparamos,
frequentemente, com pessoas envolvidas em situações
perturbadoras:
Enxergam vultos estranhos...
Ouvem sons de origem desconhecida...
Objetos desaparecem e reaparecem, inusitadamente...
Males físicos vêm e vão, sem etiologia definida...
Ideias estranhas e impertinentes instalam-se em sua mente...
Sentimentos contraditórios, da euforia à depressão, da alegria à
tristeza, do bom ânimo ao desalento, alternam-se misteriosamente...
Desentendimentos injustificáveis assaltam seu lar...
Descontando alguma dose de imaginação que costuma marcar
relatos dessa natureza, podemos considerar a possibilidade de
estarmos diante de fenômenos mediúnicos, envolvendo a
interferência dos Espíritos.
Por ignorarem o assunto, afligem-se os consulentes, julgando-
se "ruins da cabeça" ou a lidar com o "tinhoso". O Espiritualismo é
abençoada luz que clareia os caminhos em relação a essas
ocorrências, oferecendo-nos ampla visão do mundo espiritual, com o
conhecimento dos mecanismos que regem o contato entre os que
vivem lá e nós outros, que vivemos cá, aprisionados no corpo.
O objetivo destas páginas é oferecer ao leitor uma iniciação nos
domínios do conhecimento espiritual, ajudando-o a lidar com
fenômenos dessa natureza. Elementar a necessidade de
aprendermos a controla-los, afim de não sermos controlados
por eles.
Não nos move a pretensão de um tratado sobre o assunto,
mesmo porque falta-nos competência para isso. Ademais, já o temos,
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perfeito, nas páginas de O Livro dos Médiuns, indispensável aos
interessados em conhecer os mecanismos que regem o intercâmbio
entre o plano físico e o espiritual
Este é apenas uma entrada, o "antipasto" dos italianos.
Espero lhe pareça degustável, motivando-o ao prato principal, a
obra monumental da Doutrina dos Espíritos.
Bom proveito e "buono appetito "!
MÉDIUM HOMEM/MULHER E HOMEM/MULHER MÉDIUM
1 - O que é mediunidade?
Em sua expressão mais simples, trata-se da sensibilidade à
influência do mundo espiritual. É o "sexto sentido”, que nos coloca
em contato com o mundo dos Espíritos, assim como o tato, o paladar,
o olfato, a visão e a audição nos colocam em contato com o mundo
terreno.
2 - Isso significa que todos somos médiuns?
Todos temos sensibilidade que nos habilita a receber influências
espirituais. Nem todos, entretanto, somos suficientemente sensíveis
para produzir fenômenos mediúnicos.
3 - O que determina essa diferença?
Imaginemos alguém vestindo compacta armadura que o impeça
de ver e ouvir o que se passa ao seu redor. É o que ocorre conosco,
quando reencarnamos. Vestimos denso traje de carne que inibe
nossas percepções espirituais. O médium é alguém com uma
abertura nessa "blindagem".
4 - Essa abertura é de ordem física? Está no corpo?
A mediunidade é uma faculdade espiritual, inerente a todos os
Espíritos. Quando reencarnamos, fica sujeita às condições do corpo.
Neste aspecto podemos dizer que é orgânica, porquanto subordinada
a uma estrutura física que não iniba o contato mais amplo com o
mundo espiritual.
5 - Tem algo a ver com a hereditariedade?
A mediunidade não se subordina à genética. O intermediário
entre os dois planos é alguém que foi preparado para isso no Mundo
Espiritual, submetendo-se a estudos e operações magnéticas, bem
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como a uma adequação do corpo físico, de forma a ter a sensibilidade
necessária.
6 - E quando os filhos de um médium experimentam
fenômenos mediúnicos? Não há aí um componente genético?
Da mesma forma que temos famílias de músicos e de médicos,
podemos ter famílias de médiuns, não por hereditariedade, mas por
afinidade. São Espíritos afins. Ligam-se pelos laços da
consanguinidade para realizar determinadas tarefas.
7 - Como denominar esses dois tipos de sensibilidade
maior e menor?
Podemos definir médium como SER com uma condição inerente
ao ser humano. Todos sofremos a influência dos Espíritos. E há o SER
médium, o indivíduo dotado de uma sensibilidade maior, que o
habilita ao intercâmbio com o Além.
8 - Não seria mais fácil usar termos diferentes para
distinguir um do outro, o geral, do particular?
Não, porque não são faculdades distintas em essência. Apenas
particularidades. Há pessoas que têm o chamado "ouvido musical";
reproduzem qualquer música, sem estudo; e há as incapazes de
dedilhar a mais singela canção. Em ambos os casos, são
características de uma mesma faculdade a audição. Algo semelhante
acontece com a mediunidade. Todos temos "ouvidos" para o mundo
espiritual; alguns "ouvem" melhor, habilitando-se à comunicação com
os Espíritos.INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS
1 - Geralmente as pessoas têm dificuldade para manter a
estabilidade emocional. Variam muito, da tristeza à alegria, da
depressão à euforia, do bom ânimo ao desalento. Nem sempre
essas emoções estão associadas ao dia-a-dia. Tem algo a ver
com mediunidade?
Sem dúvida! Essa ciclotimia, essa diversificação inexplicável de
estados emocionais, está associada à natureza dos Espíritos que se
aproximam de nós, das influências que sofremos.
2 - As almas dos mortos?
Sim. O SER desencarnados, libertos da matéria, mas presos aos
interesses humanos. Permanecem entre nós e nos influenciam,
motivam e até conduzem. Na questão 459, de O Livro dos
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Espíritos, os mentores espirituais que respondem a Kardec informam
que essa influência é tão intensa que, não raro, são eles que nos
dirigem.
3 - Por que fazem isso? Qual o seu propósito?
As motivações desses Espíritos atendem à sua própria condição.
Há os que estão perplexos e querem ajuda; os que se divertem em
atazanar os encarnados; os que exercem vingança; os que se
vinculam aos vícios e desejam intermediários para satisfazer-se...
4 - Como distinguir nosso pensamento daquele que é
inspirado por um desencarnado?
Em princípio é difícil, porquanto o fluxo mental dos Espíritos aos
quais nos associamos exprime-se em nossa mente como se fossem
nossos pensamentos, algo de nosso íntimo.
5 - Isso significa que tanto pensamentos quanto
emoções podem refletir simplesmente o que se passa com o
Espírito que se aproxima?
Exatamente, mas é preciso considerar a questão da sintonia.
Geralmente essas entidades guardam compatibilidade com nossa
maneira de ser, tendências e ideias.
6 - Segundo esse princípio, seria impossível, por
exemplo, um Espírito induzir ao suicídio alguém que jamais
cogitasse de tal iniciativa?
Sim, se o desencarnado consegue incutir na pessoa o desejo de
matar-se, certamente ela é simpática a essa ideia, admite-a e chega
a acalentá-la.
7 - Como podemos superar essas influências negativas,
habilitando-nos a receber apenas boas influências?
Na questão 469, de O Livro dos Espíritos, Kardec faz essa
mesma pergunta. O mentor proclama, incisivamente: Praticando o
Bem e pondo em Deus a vossa confiança... Temos aí precioso roteiro
para nos livrarmos de influências negativas.
8 - Como funciona?
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A confiança em Deus sustenta o equilíbrio das emoções, nas
situações difíceis, evitando os estados depressivos que nos tornam
vulneráveis às influências inferiores; a prática do Bem nos coloca em
sintonia com as fontes da Vida, facultando a infalível proteção dos
benfeitores espirituais.
DESAJUSTES ESPIRITUAIS
1 - É comum a pessoa com problemas, envolvendo
depressão, angústia, doenças crônicas, ser informada no
Centro Espírita: "você é médium". Deve desenvolver sua
mediunidade para sarar?
É o que dizem os dirigentes espíritas menos avisados. Não
podemos confundir desajuste espiritual com mediunidade a
desenvolver.
2 - Mas há casos em que a pessoa vivencia fenômenos
espirituais, vendo e sentindo os Espíritos...
Se estiver tensa, doente e nervosa, em face de seus problemas
existenciais, experimentará uma superexcitação psíquica que poderá
levá-la a ver e sentir o mundo espiritual. Não significa que tenha
mediunidade a desenvolver.
3 - O que deve fazer?
Tratar-se espiritualmente, procurando um Centro Espírita bem
orientado, onde funcione o "atendimento fraterno", e um
companheiro esclarecido que a oriente quanto às providências
necessárias em favor de sua estabilidade física e psíquica.
4 - Ao falar em Centro Espírita bem orientado você quer
dizer que há os que não têm boa orientação?
Infelizmente, sim. Nem sempre os dirigentes preocupam-se
com o estudo das obras básicas da Doutrina, particularmente O Livro
dos Médiuns, em se tratando de mediunidade. Fazem um Espiritismo
"à moda da casa", distanciando-se das normas.
5 - Como a pessoa vai saber se seus problemas são
decorrentes do desabrochar de uma faculdade mediúnica ou
mero fruto de desajustes espirituais?
Em princípio não deve se preocupar com isso. Ainda que tenha
mediunidade a desenvolver, é fundamental que faça o tratamento
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espiritual e supere seus desajustes. Depois se cogitará dessa
possibilidade.
6 - Mas, se for médium, como poderá ajustar-se sem
frequentar reuniões mediúnicas?
Seu equilíbrio não está subordinado a essa participação. Sua
presença, em princípio, é contraproducente. Se for médium, ampliará
sua sensibilidade, sem saber como controlá-la. Acentuará os próprios
desajustes.
7 - No que consiste esse "tratamento espiritual"?
Basicamente, seria a aplicação de passes magnéticos, o
encaminhamento de seu nome às reuniões mediúnicas adequadas a
essa assistência, o uso da água fluidificada e a assimilação de
orientação doutrinária, envolvendo reuniões públicas e leitura de bons
livros espíritas indicados.
8 - Não raro a pessoa está sob cuidados médicos. Como
fica?
Deve ser alertada de que o tratamento espiritual não dispensa o
concurso do médico. Psiquismo exacerbado por influências espirituais
ou desajustes mediúnicos têm repercussão no corpo físico,
originando, não raro, problemas que exigem a atenção de
especialistas. O ideal, portanto, será conjugar ambos os tratamentos.
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