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PLOA
2024
Recompondo a base fiscal e
garantindo a sustentabilidade social
1 - Introdução
2 - Estratégia de política fiscal
• Recomposição da base fiscal do Estado
• Novo regime fiscal e as despesas públicas
• Resultado primário e instrumentos de gestão fiscal
3 - Cenários para a dívida pública e projeções de resultado primário
Estrutura da apresentação
2
•Recomposição da
base fiscal e correção
de distorções
•Isonomia tributária e
enfrentamento a
abuso
•Nova relação fisco -
contribuinte
RECEITAS
• Priorização de
despesas de
elevado
multiplicador e
retorno social
• Melhoria da
qualidade do
gasto público
DESPESAS
• 2024: zerar o
déficit primário
• Instrumentos
de gestão do
resultado
primário
RESULTADO
PRIMÁRIO
Estratégia de Política Fiscal
3
• Tese do século (R$ 58 bilhões): Em 2021, o STF decidiu excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, mas os créditos do
ICMS não pago permaneceram sendo gerados.
• A aprovação da Lei 14.592/23 promoveu a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos do PIS/Cofins, o que deve
gerar R$ 58 bilhões em 2024.
• Desoneração de combustíveis (R$ 30 bilhões): As Leis Complementares nº 192 e 194/2022 zeraram as alíquotas de PIS/PASEP
e Cofins e estabeleceram teto de 17% ou 18% para o ICMS sobre os combustíveis.
• A reoneração gradual realizada em 2023 deve gerar uma recomposição de R$ 30 bilhões nas receitas em 2024.
• Preço de transferência (R$ 20 bilhões):
• A expectativa de arrecadação extra com a sanção da Lei 14.596/2023 não foi incluída nas projeções da PLOA 2024, por
conservadorismo em relação à interpretação da LDO.
• Ainda assim, a expectativa é alta, considerando estimativas de que a legislação evitará perdas anuais de
aproximadamente R$ 20 bilhões. Gabriel Zucman, por metodologia distinta, estimou que o Brasil perdeu em 2015 US$ 14
bilhões (aprox. R$ 70 bi hoje, o que corresponde a R$ 23,8 bilhões de perda de arrecadação de IRPJ e CSLL).
Recomposição da Base Fiscal e
correção de distorções
Histórico e Contexto
4
Recomposição da Base Fiscal e
correção de distorções
• Subvenção do ICMS na base de cálculo do IRPJ e CSLL (R$ 35,3 bilhões): Em 2017, o Congresso Nacional
aprovou (derrubando veto do Poder Executivo) a LC 160, que estabeleceu que os incentivos e os benefícios
fiscais ou financeiro-fiscais de ICMS convalidados no CONFAZ são considerados subvenções para investimento,
abatendo a base de cálculo dos tributos federais. Apenas em 2022, perdas de arrecadação somaram
aproximadamenteR$ 50 bilhões.
• Julgamento de maio de 2023 do STJ limita os abatimentos às subvenções voltadas para investimentos. Com
isso, se prevê uma recomposição da arrecadaçãode R$ 35,3 bi em 2024.
• A medida proposta pela Fazenda regulamenta e dá transparência à decisão do STJ, na medida em que os
valores que hoje são reduzidos da base de cálculo do IRPJ e da CSLL serão indicados de maneira clara por cada
contribuinte e computados como crédito fiscal (dado que será disponibilizado ao público pela internet,
coibindo abusos), reduzindo muito a litigiosidade e dando maior segurança jurídica aos contribuintes que
efetivamenterealizam investimentoscom a subvenção recebida.
Medidas PLOA 2024
5
Recomposição da Base Fiscal e
correção de distorções
• Voto de qualidade no CARF (R$ 54,7 bilhões) : A Lei nº 13.988/2020 alterou o funcionamento do CARF,
fazendo com que os empates passassem a beneficiar os contribuintes, sem possibilidade de a União
recorrer à Justiça. Com isso, os estoques de processos esperando julgamento cresceram de R$ 600 bilhões
em 2020 para R$ 1,1 trilhão em 2023.
• A aprovação do PL nº 2.384/2023, que recompõe o voto de qualidade no CARF em favor do fisco, deve
gerar R$ 54,7 bilhões em novas receitas, decorrentes do julgamento de grandes processos até então
paralisados.
• Essa medida reflete acordo com grandes contribuintes e devedores, viabilizando a drástica redução da
litigiosidade com imediato recolhimento de valores que usualmente são objeto de empate nos julgamentos
do CARF.
• O valor é conservador, considerando que, do estoque de mais de R$ 1,1 trilhão e 88 mil processos no CARF,
apenas 161 deles (menos que 0,2% do total) representam R$ 461,6 bilhões (mais que 40% do total).
Historicamente, são esses os processos que terminam em empate e há um compromisso da gestão do
Conselho para concluir os julgamento até o final de 2024.
Medidas PLOA 2024
6
Isonomia tributária e
enfrentamento a abusos
Tributação
de fundos
fechados
R$ 13,3
bilhões
• A isenção de “come-cotas” para fundos fechados beneficia
pouquíssimos brasileiros, que adiam indefinidamente o recolhimento
do IRPF sobre seus rendimentos. Todos os demais brasileiros, que não
têm algumas dezenas de milhões de reais para investir, são tributados
periodicamente, independentemente de resgate dos investimentos.
• O saldo dos fundos fechados que passarão a ser tributados é superior a
R$ 530,7 bilhões, considerando apenas aqueles multimercado e renda
fixa (não computados para fins de estimativa mais de R$ 50 bilhões em
fundos fechados FDIC e FIP não entidades de investimento).
• Mesmo que haja baixíssima adesão ao recolhimento espontâneo com
alíquota reduzida para os rendimentos passados, R$ 13,3 bilhões é
projeção bastante conservadora, se considerarmos o come-cotas já
aplicável aos rendimentos de 2024.
7
Isonomia tributária e
enfrentamento a abusos
• Aproximadamente 0,04% de brasileiros têm recursos em paraísos fiscais
e adiam indefinidamente o recolhimento de imposto de renda sobre
seus rendimentos.
• A regra internacional (EUA, países europeus e diversos vizinhos latino-
americanos) é de tributação periódica em alíquotas superiores a 30%,
muito maiores que as que o PL propõe (que é até 22,5%).
• Há hoje mais de R$ 1 trilhão de brasileiros em paraísos fiscais, sendo
estimados aproximadamente 60% como rendimentos passados não
tributados;
• O valor de R$ 7 bilhões representa uma adesão ao recolhimento com
redução de alíquota estimada muito conservadoramente em pouco
mais de 10% do total desses rendimentos passados.
Tributação de
offshores
R$ 7
bilhões
8
Isonomia tributária e
enfrentamento a abusos
• Esse instrumento contábil de redução da base de cálculo do IRPJ e da
CSLL não existe em nenhum outro país, da forma que há no Brasil (com
distribuição aos sócios e sem necessidade de efetivo aporte de recursos
na empresa). Há casos em que simples alterações societárias dão ensejo
a redução eterna da base de cálculo, com graves prejuízos não só ao
erário, mas também à livre e justa concorrência.
• A estimativa é conservadora, pois abate do ganho de receita potencial o
total de 15% que seriam pagos a título de imposto de renda por
retenção na fonte, algo que não ocorre em relação a muitos
contribuintes hoje (entes imunes ou isentos).
Revogação da
dedutibilidade
de JCP
R$ 10,5
bilhões
9
Também irá regular as
possibilidades de realização de
transaçõesda Receita Federal e
da PGFN com os contribuintes. Ao
permitir a transação de créditos
dos débitos em cobrança
administrativa, estima-se que o
volume de transações possa gerar
um aumento de R$ 43,3 bilhões
em novas receitas em 2024.
PL nº 2.384/2023
R$ 12,1 bi de transação de teses de alta controvérsia, que nunca foram objeto de
acordo pela exigência, agora afastada, de que o contribuinte incluísse necessariamente
todos os casos semelhantes. Isso permitirá que os maiores litígios no âmbito judicial sejam
incluídos. O valor é conservador, pois não leva em consideração as demais transações, em
que se observou forte aumento no exercício de 2023 (foram R$ 10 bi somente no primeiro
semestre – em todo 2024 foram apenas R$ 14 bi).
R$ 31 bi de transações no âmbito da Receita Federal. O valor é conservador pois, apesar
de autorizado por lei desde 2022, nunca houve transação em volumes relevantes por
divergências interpretativas com a Procuradoria da Fazenda Nacional, o que foi solucionado.
O programa “Litígio Zero” deste ano, que inclui uma primeira experiência de transação na
Receita, resultou até o momento R$ 3,5 bi de arrecadação, mesmo com prazo de
parcelamento muito curto (apenas 10 meses, contra até 10 anos das transações usualmente
firmadas) e sem a conclusão da disputa relativa ao desempate no CARF. O valor total do
estoque em litígio administrativo (excluindo valores parcelados) é de aproximadamente R$
2,2 trilhões, tendo sido projetada muito conservadoramente uma adesão de apenas 2%, 3%
e 5% por faixas de parcelamento, tomando por referência a experiência no Programa
Especial de Regularização Tributária (Pert) da Lei nº 13.496/2017.
Nova relação fisco - contribuinte
10
PLOA 2024
contempla
Continuidade do Bolsa Família
Política de valorização do Salário Mínimo
Recomposição dos pisos da Saúde e
Educação, elevando recursos para políticas
nessas áreas
Investimentos para o PAC 3
Destaque nas Despesas
11
• Garante o financiamento da nova política de salário mínimo, a retomada dos pisos de Saúde e
Educação para a regra anterior ao teto, o novo FUNDEB, o piso da enfermagem, além do
financiamento dos investimentosincluídos no novo PAC.
• Permite o crescimento real de 1,7% das despesas sujeitas a limitação de crescimento.
• Fortalece o marco fiscal de médio prazo e os mecanismos de revisão dos gastos, visando a melhoria da
qualidade da despesa.
• Retoma a previsibilidade e a capacidade de planejamento público, com aumento da confiança dos
agentes econômicos, recuperação do rating soberano e elevação do potencial de crescimento
econômico.
Novo regime fiscal e as
despesas públicas
Aplicação do Novo Arcabouço no PLOA 2024
12
Instrumentos da Gestão Fiscal para 2024
• Reconstrução do cenário fiscal brasileiro
• Estabilização da trajetória da dívida
• Melhora dos indicadores e das perspectivas para o
Brasil
13
Resultado Primário
Previsto na PLOA Zero
Margem adicional de
R$ 40 bi
R$ 22bi
R$ 20bi
Empoçamento – média
histórica
Medidas não incluídas em
função da LDO
R$ 29bi Banda de primário
Margem adicional
a ser criada R$ 30a 50bi
Alienação de Ativos e
Recebíveis não previstos
Contingenciamento
0,6%
Banda de variação possível para o crescimento real da despesa
Crédito Adicional
PLOA
1,7%
Gestão Fiscal para 2024
14
2,5%
Reconstrução do Cenário Fiscal no Brasil
-172,9 -192,0 -257,2
jan/15 a ago/16 set/16 a dez/18 jan/19 a dez/22
Déficit Primário Anual
( Em R$ bilhões)
-288,1 -448,1 -1.028,6
jan/15 a ago/16 set/16 a dez/18 jan/19 a dez/22
Déficit Primário
Acumulado
Fonte: RTN/STN: série mensal a preços de julho de 2023, grade SPE de julho de 2023, elaboração STN.
Resultado Primário em processo de deterioração em quase uma década
15
Cenários para dívida
77,4
77,8 77,7
75,4
76,9
76,9 76,7
76,1
70
75
80
2023
2024
2025
2026
%
do
PIB
DBGG Arcabouço (piso) DBGG Arcabouço (base) • Atingimento do piso da
banda de primário gera
possibilidade de trajetória
equilibrada para a dívida.
• Resultados acima do piso
permitem processo de
estabilização mais célere.
• Em qualquer cenário
traçado há estabilidade e
previsibilidade da trajetória
da dívida.
16
Custo da dívida
• Avanços da agenda econômica até o
momento atual trouxeram maior
segurança e credibilidade em relação ao
futuro fiscal e econômico do país e vem
gerando processo de fechamento da
curva de juros a termo.
• Mantido o patamar atual serão
economizados aproximadamente R$ 500
bilhões em juros até 2026.
• Essa economia com o pagamento de
juros na dívida pública é equivalente aos
recursos orçamentários necessários para
viabilizar integralmente os projetos do
PAC 3 e quitar todo o estoque de
precatórios herdados da gestão anterior.
Taxa de juros reais (curva de NTN-B) - % ao ano
17
Cenário em processo de melhora
Agências de ratings
Rating
soberano
anterior
Rating
soberano
atual
Fitch BB- BB (estável)
Standard & Poor’s
(S&P)
BB
(estável)
BB (positiva)
DBRS Morningstar BB (low) BB (estável)
• Avanços na agenda econômica e perspectivas de
cenários fiscais mais estáveis geraram efeitos
positivos sobre as perspectivas econômicas do país.
• Melhorias já vem sendo reconhecido por agências
de rating, sendo que 3 já mudaram notas ou
perspectivas para melhor.
• A retomada à previsibilidade e à capacidade de
planejamento público, com aumento da confiança
dos agentes econômicos e maior crescimento
econômico cria condições para, passo a passo, se
recuperar o grau de investimentos no país.
• O avanço no reconhecimento da capacidade de
honrar pagamentos do Brasil por agências de
rating reduz o custo de financiamento da dívida
pública e atrai investimentos externos, criando
condições para mais avanços econômicos e sociais.
18
Considerações Finais
• Os objetivos fiscais traçados buscam reverter o quadro de deterioração dos resultados
fiscais observados na última década.
• O PLOA 2024 permite vislumbrar um cenário de equilíbrio fiscal almejado há muito
tempo no país.
• Do lado das despesas, considera questões sociais importantes e cria condições para o
desenvolvimento econômico com equilíbrio social.
• Do lado das receitas, cria maior isonomia tributária entre classes sociais e corrige
distorções importantes existentes.
• Os instrumentos de gestão fiscal disponíveis para 2024 permitem acomodar eventuais
frustrações de receitas sem a necessidade de contingenciamento relevante de
despesas.
• Com apoio da sociedade, do Legislativo e Judiciário, tem-se oportunidade de
reconstruir o cenário fiscal e econômico brasileiro, criando condições adequadas para a
retomada do crescimento econômico com sustentabilidade fiscal, social e ambiental.
19
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Recompondo as contas públicas

  • 1. PLOA 2024 Recompondo a base fiscal e garantindo a sustentabilidade social
  • 2. 1 - Introdução 2 - Estratégia de política fiscal • Recomposição da base fiscal do Estado • Novo regime fiscal e as despesas públicas • Resultado primário e instrumentos de gestão fiscal 3 - Cenários para a dívida pública e projeções de resultado primário Estrutura da apresentação 2
  • 3. •Recomposição da base fiscal e correção de distorções •Isonomia tributária e enfrentamento a abuso •Nova relação fisco - contribuinte RECEITAS • Priorização de despesas de elevado multiplicador e retorno social • Melhoria da qualidade do gasto público DESPESAS • 2024: zerar o déficit primário • Instrumentos de gestão do resultado primário RESULTADO PRIMÁRIO Estratégia de Política Fiscal 3
  • 4. • Tese do século (R$ 58 bilhões): Em 2021, o STF decidiu excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, mas os créditos do ICMS não pago permaneceram sendo gerados. • A aprovação da Lei 14.592/23 promoveu a exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos do PIS/Cofins, o que deve gerar R$ 58 bilhões em 2024. • Desoneração de combustíveis (R$ 30 bilhões): As Leis Complementares nº 192 e 194/2022 zeraram as alíquotas de PIS/PASEP e Cofins e estabeleceram teto de 17% ou 18% para o ICMS sobre os combustíveis. • A reoneração gradual realizada em 2023 deve gerar uma recomposição de R$ 30 bilhões nas receitas em 2024. • Preço de transferência (R$ 20 bilhões): • A expectativa de arrecadação extra com a sanção da Lei 14.596/2023 não foi incluída nas projeções da PLOA 2024, por conservadorismo em relação à interpretação da LDO. • Ainda assim, a expectativa é alta, considerando estimativas de que a legislação evitará perdas anuais de aproximadamente R$ 20 bilhões. Gabriel Zucman, por metodologia distinta, estimou que o Brasil perdeu em 2015 US$ 14 bilhões (aprox. R$ 70 bi hoje, o que corresponde a R$ 23,8 bilhões de perda de arrecadação de IRPJ e CSLL). Recomposição da Base Fiscal e correção de distorções Histórico e Contexto 4
  • 5. Recomposição da Base Fiscal e correção de distorções • Subvenção do ICMS na base de cálculo do IRPJ e CSLL (R$ 35,3 bilhões): Em 2017, o Congresso Nacional aprovou (derrubando veto do Poder Executivo) a LC 160, que estabeleceu que os incentivos e os benefícios fiscais ou financeiro-fiscais de ICMS convalidados no CONFAZ são considerados subvenções para investimento, abatendo a base de cálculo dos tributos federais. Apenas em 2022, perdas de arrecadação somaram aproximadamenteR$ 50 bilhões. • Julgamento de maio de 2023 do STJ limita os abatimentos às subvenções voltadas para investimentos. Com isso, se prevê uma recomposição da arrecadaçãode R$ 35,3 bi em 2024. • A medida proposta pela Fazenda regulamenta e dá transparência à decisão do STJ, na medida em que os valores que hoje são reduzidos da base de cálculo do IRPJ e da CSLL serão indicados de maneira clara por cada contribuinte e computados como crédito fiscal (dado que será disponibilizado ao público pela internet, coibindo abusos), reduzindo muito a litigiosidade e dando maior segurança jurídica aos contribuintes que efetivamenterealizam investimentoscom a subvenção recebida. Medidas PLOA 2024 5
  • 6. Recomposição da Base Fiscal e correção de distorções • Voto de qualidade no CARF (R$ 54,7 bilhões) : A Lei nº 13.988/2020 alterou o funcionamento do CARF, fazendo com que os empates passassem a beneficiar os contribuintes, sem possibilidade de a União recorrer à Justiça. Com isso, os estoques de processos esperando julgamento cresceram de R$ 600 bilhões em 2020 para R$ 1,1 trilhão em 2023. • A aprovação do PL nº 2.384/2023, que recompõe o voto de qualidade no CARF em favor do fisco, deve gerar R$ 54,7 bilhões em novas receitas, decorrentes do julgamento de grandes processos até então paralisados. • Essa medida reflete acordo com grandes contribuintes e devedores, viabilizando a drástica redução da litigiosidade com imediato recolhimento de valores que usualmente são objeto de empate nos julgamentos do CARF. • O valor é conservador, considerando que, do estoque de mais de R$ 1,1 trilhão e 88 mil processos no CARF, apenas 161 deles (menos que 0,2% do total) representam R$ 461,6 bilhões (mais que 40% do total). Historicamente, são esses os processos que terminam em empate e há um compromisso da gestão do Conselho para concluir os julgamento até o final de 2024. Medidas PLOA 2024 6
  • 7. Isonomia tributária e enfrentamento a abusos Tributação de fundos fechados R$ 13,3 bilhões • A isenção de “come-cotas” para fundos fechados beneficia pouquíssimos brasileiros, que adiam indefinidamente o recolhimento do IRPF sobre seus rendimentos. Todos os demais brasileiros, que não têm algumas dezenas de milhões de reais para investir, são tributados periodicamente, independentemente de resgate dos investimentos. • O saldo dos fundos fechados que passarão a ser tributados é superior a R$ 530,7 bilhões, considerando apenas aqueles multimercado e renda fixa (não computados para fins de estimativa mais de R$ 50 bilhões em fundos fechados FDIC e FIP não entidades de investimento). • Mesmo que haja baixíssima adesão ao recolhimento espontâneo com alíquota reduzida para os rendimentos passados, R$ 13,3 bilhões é projeção bastante conservadora, se considerarmos o come-cotas já aplicável aos rendimentos de 2024. 7
  • 8. Isonomia tributária e enfrentamento a abusos • Aproximadamente 0,04% de brasileiros têm recursos em paraísos fiscais e adiam indefinidamente o recolhimento de imposto de renda sobre seus rendimentos. • A regra internacional (EUA, países europeus e diversos vizinhos latino- americanos) é de tributação periódica em alíquotas superiores a 30%, muito maiores que as que o PL propõe (que é até 22,5%). • Há hoje mais de R$ 1 trilhão de brasileiros em paraísos fiscais, sendo estimados aproximadamente 60% como rendimentos passados não tributados; • O valor de R$ 7 bilhões representa uma adesão ao recolhimento com redução de alíquota estimada muito conservadoramente em pouco mais de 10% do total desses rendimentos passados. Tributação de offshores R$ 7 bilhões 8
  • 9. Isonomia tributária e enfrentamento a abusos • Esse instrumento contábil de redução da base de cálculo do IRPJ e da CSLL não existe em nenhum outro país, da forma que há no Brasil (com distribuição aos sócios e sem necessidade de efetivo aporte de recursos na empresa). Há casos em que simples alterações societárias dão ensejo a redução eterna da base de cálculo, com graves prejuízos não só ao erário, mas também à livre e justa concorrência. • A estimativa é conservadora, pois abate do ganho de receita potencial o total de 15% que seriam pagos a título de imposto de renda por retenção na fonte, algo que não ocorre em relação a muitos contribuintes hoje (entes imunes ou isentos). Revogação da dedutibilidade de JCP R$ 10,5 bilhões 9
  • 10. Também irá regular as possibilidades de realização de transaçõesda Receita Federal e da PGFN com os contribuintes. Ao permitir a transação de créditos dos débitos em cobrança administrativa, estima-se que o volume de transações possa gerar um aumento de R$ 43,3 bilhões em novas receitas em 2024. PL nº 2.384/2023 R$ 12,1 bi de transação de teses de alta controvérsia, que nunca foram objeto de acordo pela exigência, agora afastada, de que o contribuinte incluísse necessariamente todos os casos semelhantes. Isso permitirá que os maiores litígios no âmbito judicial sejam incluídos. O valor é conservador, pois não leva em consideração as demais transações, em que se observou forte aumento no exercício de 2023 (foram R$ 10 bi somente no primeiro semestre – em todo 2024 foram apenas R$ 14 bi). R$ 31 bi de transações no âmbito da Receita Federal. O valor é conservador pois, apesar de autorizado por lei desde 2022, nunca houve transação em volumes relevantes por divergências interpretativas com a Procuradoria da Fazenda Nacional, o que foi solucionado. O programa “Litígio Zero” deste ano, que inclui uma primeira experiência de transação na Receita, resultou até o momento R$ 3,5 bi de arrecadação, mesmo com prazo de parcelamento muito curto (apenas 10 meses, contra até 10 anos das transações usualmente firmadas) e sem a conclusão da disputa relativa ao desempate no CARF. O valor total do estoque em litígio administrativo (excluindo valores parcelados) é de aproximadamente R$ 2,2 trilhões, tendo sido projetada muito conservadoramente uma adesão de apenas 2%, 3% e 5% por faixas de parcelamento, tomando por referência a experiência no Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) da Lei nº 13.496/2017. Nova relação fisco - contribuinte 10
  • 11. PLOA 2024 contempla Continuidade do Bolsa Família Política de valorização do Salário Mínimo Recomposição dos pisos da Saúde e Educação, elevando recursos para políticas nessas áreas Investimentos para o PAC 3 Destaque nas Despesas 11
  • 12. • Garante o financiamento da nova política de salário mínimo, a retomada dos pisos de Saúde e Educação para a regra anterior ao teto, o novo FUNDEB, o piso da enfermagem, além do financiamento dos investimentosincluídos no novo PAC. • Permite o crescimento real de 1,7% das despesas sujeitas a limitação de crescimento. • Fortalece o marco fiscal de médio prazo e os mecanismos de revisão dos gastos, visando a melhoria da qualidade da despesa. • Retoma a previsibilidade e a capacidade de planejamento público, com aumento da confiança dos agentes econômicos, recuperação do rating soberano e elevação do potencial de crescimento econômico. Novo regime fiscal e as despesas públicas Aplicação do Novo Arcabouço no PLOA 2024 12
  • 13. Instrumentos da Gestão Fiscal para 2024 • Reconstrução do cenário fiscal brasileiro • Estabilização da trajetória da dívida • Melhora dos indicadores e das perspectivas para o Brasil 13
  • 14. Resultado Primário Previsto na PLOA Zero Margem adicional de R$ 40 bi R$ 22bi R$ 20bi Empoçamento – média histórica Medidas não incluídas em função da LDO R$ 29bi Banda de primário Margem adicional a ser criada R$ 30a 50bi Alienação de Ativos e Recebíveis não previstos Contingenciamento 0,6% Banda de variação possível para o crescimento real da despesa Crédito Adicional PLOA 1,7% Gestão Fiscal para 2024 14 2,5%
  • 15. Reconstrução do Cenário Fiscal no Brasil -172,9 -192,0 -257,2 jan/15 a ago/16 set/16 a dez/18 jan/19 a dez/22 Déficit Primário Anual ( Em R$ bilhões) -288,1 -448,1 -1.028,6 jan/15 a ago/16 set/16 a dez/18 jan/19 a dez/22 Déficit Primário Acumulado Fonte: RTN/STN: série mensal a preços de julho de 2023, grade SPE de julho de 2023, elaboração STN. Resultado Primário em processo de deterioração em quase uma década 15
  • 16. Cenários para dívida 77,4 77,8 77,7 75,4 76,9 76,9 76,7 76,1 70 75 80 2023 2024 2025 2026 % do PIB DBGG Arcabouço (piso) DBGG Arcabouço (base) • Atingimento do piso da banda de primário gera possibilidade de trajetória equilibrada para a dívida. • Resultados acima do piso permitem processo de estabilização mais célere. • Em qualquer cenário traçado há estabilidade e previsibilidade da trajetória da dívida. 16
  • 17. Custo da dívida • Avanços da agenda econômica até o momento atual trouxeram maior segurança e credibilidade em relação ao futuro fiscal e econômico do país e vem gerando processo de fechamento da curva de juros a termo. • Mantido o patamar atual serão economizados aproximadamente R$ 500 bilhões em juros até 2026. • Essa economia com o pagamento de juros na dívida pública é equivalente aos recursos orçamentários necessários para viabilizar integralmente os projetos do PAC 3 e quitar todo o estoque de precatórios herdados da gestão anterior. Taxa de juros reais (curva de NTN-B) - % ao ano 17
  • 18. Cenário em processo de melhora Agências de ratings Rating soberano anterior Rating soberano atual Fitch BB- BB (estável) Standard & Poor’s (S&P) BB (estável) BB (positiva) DBRS Morningstar BB (low) BB (estável) • Avanços na agenda econômica e perspectivas de cenários fiscais mais estáveis geraram efeitos positivos sobre as perspectivas econômicas do país. • Melhorias já vem sendo reconhecido por agências de rating, sendo que 3 já mudaram notas ou perspectivas para melhor. • A retomada à previsibilidade e à capacidade de planejamento público, com aumento da confiança dos agentes econômicos e maior crescimento econômico cria condições para, passo a passo, se recuperar o grau de investimentos no país. • O avanço no reconhecimento da capacidade de honrar pagamentos do Brasil por agências de rating reduz o custo de financiamento da dívida pública e atrai investimentos externos, criando condições para mais avanços econômicos e sociais. 18
  • 19. Considerações Finais • Os objetivos fiscais traçados buscam reverter o quadro de deterioração dos resultados fiscais observados na última década. • O PLOA 2024 permite vislumbrar um cenário de equilíbrio fiscal almejado há muito tempo no país. • Do lado das despesas, considera questões sociais importantes e cria condições para o desenvolvimento econômico com equilíbrio social. • Do lado das receitas, cria maior isonomia tributária entre classes sociais e corrige distorções importantes existentes. • Os instrumentos de gestão fiscal disponíveis para 2024 permitem acomodar eventuais frustrações de receitas sem a necessidade de contingenciamento relevante de despesas. • Com apoio da sociedade, do Legislativo e Judiciário, tem-se oportunidade de reconstruir o cenário fiscal e econômico brasileiro, criando condições adequadas para a retomada do crescimento econômico com sustentabilidade fiscal, social e ambiental. 19