Apresentação sobre o Fórum Ruy Barbosa, localizado na Barra funda em SP.

1. FÓRUM TRABALHISTA RUY
BARBOSA
DÉCIO TOZZI
Por: Regina Martins

2. FICHATÉCNICA
Ficha técnica:
Arquitetos: Decio Tozzi
Ano: 2004
Área construída: 87.000 m²
Área do terreno: 12.229 m²
Tipo de projeto: Institucional
Status: Construído
Materialidade: Concreto e Vidro
Estrutura: Concreto
Localização: São Paulo, Brasil
Implantação no terreno: Isolado
Equipe:
Arquitetura: Decio Tozzi, Karla Albuquerque
Informação Complementar:
Paisagismo: Mareliza Hashijumie
Comunicação visual: Cristina Teixeira
Painel cromático praça: Decio Tozzi
Painel artístico do auditório: Claudio Tozzi
Estrutura de concreto: SVS Engenharia
Estrutura metálica: Jorge Zaven Kurkdjian, Jorge Kurken
Fundações: Consultrix
Instalações: MHA Engenharia
Construção: Construtora Incal, Construtora OA

3. ARQUITETO

4. INFORMAÇÕESTERRENO
Av. Marquês de São Vicente, 235 - Barra Funda - São
Paulo - SP - CEP: 01139-001
N
Subprefeitura da Lapa
ZM3b - 12
Zona Mista de Alta Densidade
CA básico 2,00
Foi utilizado outorga onerosa,
logo, apresenta CA 7,11

5. PARTIDO(Implantação)
Décio Tozzi e Karla Albuquerque tiveram o desafio de
projetar um edifício que não demonstrasse a justiça
somente para a elite, mas para todos, em pé de
igualdade. Uma obra que, no decorrer do processo
de sua construção sofreu com desvio de verbas
públicas e após 12 anos, foi inaugurado em 2004. Foi
denominada como a Obra Espartana – mas que na
prática de verbas, não condisse com a realidade.

6. PARTIDO(pelosautores)
“ A questão conceitual do projeto desse fórum, estava em como propor, numa
sociedade democrática, pós industrial e metropolitana, uma nova estrutura formal,
uma semantização desse projeto tão importante da arquitetura de edifícios públicos,
e ao mesmo tempo fazer que a sua inserção na cidade pudesse significar uma singular
relação biunívoca, uma metáfora da própria cidade.”
“ O desenho do edifício, segundo esse eixo vertical, organiza os quatro blocos das
varas judiciais, dois a dois, separados por espaços vazios de altura dupla, onde
acontecem as atividades coletivas de apoio às cotidianas do complexo judiciário.”

7. PARTIDO
“ O partido vertical configura um grande espaço vazio central que integra todo o
conjunto e para onde visibilidade ampla e a plena integração decorrente da fluidez
espacial conferem a necessária transparência às atividades burocráticas, oferecendo
aos setores administrativos uma apreensão global do trabalho, e a necessária
racionalidade substantiva as suas atividades. Essa generosa área 50m x 50m, dotada
de vedações e coberturas transparentes, passa a configurar um novo espaço de
acesso e distribuição, um elemento de integração de todo o fórum”

8. PARTIDO
“ A circulação vertical se faz por 20 elevadores de alta velocidade, sendo 4 privativo
aos juízes. Todos os andares estão interligados por um sistema de rampas múltiplas
que conferem grande eficácia à circulação de cerca de 20.000 pessoas que
diariamente demandam o fórum.”
Circulação vertical - rampas

9. PARTIDO
Circulação vertical – rampas e escadas

10. PARTIDO
Circulação vertical – rampas e elevadores
Localização da circulação vertical, nas laterais
de cada bloco

11. PARTIDO
“ A cobertura de vidro da Praça da Justiça, a 72m de altura, foi tratada com um
elemento de desenho modular que assume a característica de um muxarabiê
suspenso no espaço conseguido apenas com alternância de diferentes películas de
butiral – um plano controlador de luz solar no espaço da praça .”

12. PARTIDO

13. PARTIDO
“ Assim desenhado, esse espaço forma por sua escala e volumetria uma nova praça da
cidade de São Paulo, banhada de sol, mas protegidas das chuvas e dos ventos,
proposta como um lugar de encontro, convívio e concórdia entre os homens.”
No térreo, uma curva antecipa as rampas arrematando o desenho.
No acesso principal do prédio, tem um pórtico de aço envelhecido.

14. PARTIDO
Vista Frontal
Vista Frontal e lateral
O complexo institucional mescla o concreto
aparente das empenas frontal e de fundo
com grandes panos de vidro nas laterais e é
composto por duas torres de 19 pavimentos
interligados por rampas metálicas.
Cada torre se divide ao meio, dando origem a quatro
blocos superpostos dois a dois. Circulações
horizontais funcionam como ruas que se integram ao
grande vazio central de 72 metros de altura

15. PARTIDO
Vista interna para entrada, mostrando a dimensão do hall (50m x 50m)
O desafio de projetar o fórum de uma grande cidade
teve como dificuldade complementar desenhar o
hall solene em uma metrópole democrática.
“Propusemos então, em vez da sala dos passos
perdidos, como são denominados esses locais, a
praça da Justiça, um acesso central que é local de
encontro, concórdia e diálogo”, ele explica.

16. FOTOS

17. CRÓQUIS

18. CRÓQUIS
Os croquis demonstram as várias
ideias e tentativas do autor, dentro
do partido elaborado, a conceber o
edifício que demonstram-se toda a
grandiosidade e igualdade
imaginada.

19. CRÓQUIS

20. PLANTAS
1
2
Av. Marques de São Vicente
N
1 – Entrada para o estacionamento da R. do Bosque
2 – Edifício com 2 heliportos, entrada principal pela
Av. Marquês de São Vicente

21. PLANTAS
Elevadores privativos
dos juízes
2 2
1 1
1 – Circulação privativa dos juizes
2 – Circulação vertical
3 – Banheiros
4 – Área de alimentação
5 – Agências bancárias
3 3
As estruturas permitem
um espaçamento de 10m
e 5m, sendo a parte
central suspensa por um
teto de aço em formato de
muxarabiê, estendendo
pelo grande vão.
4
5
6 - Na parte interna da empena de concreto, o desenho que
resultou da inserção de uma chapa de alumínio na fôrma do
concreto atua como atenuador da reverberação acústica.
6

22. PLANTAS
No primeiro pavimento inferior à praça, além das
vagas de estacionamento e a circulação entre os
subsolos, há um pequeno auditório sob o vão
principal do edifício, utilizando-se dos elevadores e
escadarias existentes.
O auditório possui 500 lugares, que tem no foyer
painel do artista plástico Claudio Tozzi.
O prédio possui 4 subsolos de estacionamento.

23. PLANTAS
2
2
1
1 – Circulação vertical da rampa, fazendo a interligação dos edifícios
2 – Parte frontal e posterior entrelaçado de tubos de aço, recoberto por vidro, por onde entram a
iluminação, além do teto com o mesmo esquema

24. PLANTAS
Área de convivência
de juízes e
funcionários –
blocos com pé
direito duplo.
Sala dos advogados e
escola de Magistratura –
um grande volume
cilíndrico vermelho.
Subsolo

25. PLANTAS
O segundo piso é ocupado por serviços de apoio ao
funcionamento do fórum, além de salas de controle
predial
Heliporto

26. PLANTAS
Nas elevações leste e oeste as fachadas são em vidro e em todos os sentidos, tem-se vista para a
cidade.

27. PLANTAS

28. PLANTAS
São 19 andares, sendo o vão central com iluminação zenital e frontal, penetrando uma forte luz
natural.
Av. Marques de São Vicente

29. PLANTAS
Na face sul, é o acesso ao
estacionamento no subsolo do edificio

30. • BIÚNVICO: tem naturezas diferentes, ligações a conjuntos de 2 formas
diferentes. No caso do trabalho, refere-se aos dois conjuntos ligados pela
circulação das passarelas, que faz a comunicação entre os dois.
• BUTIRAL: resina de acetal polivinílico, tenaz, flexível, transparente,
impermeável à umidade, feita de álcool polivinílico e butiraldeído; usada
principalmente como camada intermediária em vidro de segurança e
outros produtos laminados, e como revestimento para tecidos.
• MUXARABIÊ: Balcão mourisco protegido em toda a altura da janela por
treliça de madeira através da qual se pode ver sem ser visto. (Os
muxarabiês, trazidos pelos portugueses para o Brasil, ainda hoje podem
ser vistos em residências baianas e mineiras do tempo colonial). (O
mesmo que muxarabi.)
GLOSSÁRIO

31. BIBLIOGRAFIA
FÓRUM TRABALHISTA RUY BARBOSA
Fontes:
ArchDaily Brasil
http://www.archdaily.com.br/br/01-24194/forum-trabalhista-ruy-barbosa-
slash-decio-tozzi
Decio Tozzi Arquitetura
http://www.deciotozzi.com.br/_br/flash/decio-tozzi.htm
Arcoweb
http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/decio-tozzi-e-karla-
albuquerque-forum-trabalhista-20-05-2004
http://urbanidades.arq.br/2008/03/outorga-onerosa-do-direito-de-construir/
Fontes das Fotos: todas foram retiradas do site de Décio Costa e ArchDaily