2. Objetivo do
Trabalho
Objetivo: apresentar as análises acerca dos processos de legitimação das
práticas culturais da periferia no campo jornalístico.
Analisamos, assim, as temáticas desenvolvidas em dois quadros de programas
televisivos distintos, as vozes que deles participam, as imagens que são
exibidas e as formas como as práticas culturais são valorizadas e legitimadas
(ou não).
Campo jornalístico
(BOURDIEU, 1997 [1996]: 77)
Autonomia e influência sobre os outros campos;
Porém, dependente dos outros campos: divulgação de eventos, informações e
tendências dos demais campos;
Meio de sanção e de legitimação de outros campos.
Campo
econômico
Campo
jornalístico
Outros
campos
2
3. Corpus de
Análise
Projeto CNPq “Estabilização e inovação dos gêneros
midiáticos: tópico discursivo e categorização
social”, coordenado pela Profa. Dra. Anna Christina
Bentes
Análises sobre algumas mudanças na mídia
televisiva brasileira.
Alguns programas apresentam participantes e temáticas
que estão relacionadas ao campo da cultura popular.
Exemplos: Manos e Minas, Conexões Urbanas, A Liga
Nosso corpus para este trabalho:
1) Quadro Buzão: circular periférico, exibido no Programa
Manos e Minas da TV Cultura de maio de 2008 a julho de
2010;
2) Quadro “Cultura SP”, exibido de 2011 a 2014, no jornal
SPTV (Rede Globo). 3
4. Hipótese do
Trabalho
Quadros escolhidos:
integram programas televisivos distintos;
são apresentados pelo escritor e agitador cultural Alessandro Buzo,
ator social cuja a trajetória pessoal e profissional está diretamente
ligada à periferia.
“Buzão: circular periférico”:
rede de televisão pública: não têm fins lucrativos e enfatiza “o
compromisso com a sociedade e não com o mercado”;
Hipótese:
apesar de ambos os quadros se configurarem tematicamente e
apresentarem vozes ligadas à periferia de forma a se construir a
legitimação das práticas culturais e sociais da periferia, eles
apresentam diferenças quanto a esses processos de legitimação.
4
5. Justificativa da
análise e da
escolha do
corpus
Nossa perspectiva é a de que, para não se ter um olhar banalizador
sobre a televisão, deve-se considerá-la um lugar estratégico nas
dinâmicas da cultura e na construção de identidades coletivas
(MARTÍN-BARBERO, 2001).
Nesse sentido, a escolha de nosso corpus – quadros dedicados à
apresentação das culturas da periferia nos grandes centros
urbanos e com o objetivo de mostrar o que a periferia produz em
termos artísticos e culturais ― parece se mostrar relevante no
âmbito dos estudos sobre como se constrói a legitimação dessas
culturas no campo televisivo, principalmente considerando o fato
de que esses quadros apresentam aspectos inovadores em relação
aos programas que vêm sendo produzidos na grande mídia
5
7. Os objetivos do
programa
Entrevistados do programa: sujeitos oriundos de diversas
comunidades da periferia e de diferentes áreas de atuação.
Escolha desses atores: ligada à configuração temática do programa que
privilegia as práticas artístico-culturais, os projetos e os espaços da
periferia e também ao projeto do programa de construção do retrato da
periferia a partir do ponto de vista dos próprios sujeitos que vivenciam
sua cultura e que são considerados representantes legítimos dela.
Evidencia-se, assim, segundo Granato (2011, p. 72),
(...) o papel do programa de trazer “a voz da periferia” à mídia
televisiva, de divulgar, valorizar e possibilitar o conhecimento sobre
essa realidade do ponto de vista dos próprios sujeitos que participam e
promovem práticas sociais, culturais, literárias e musicais vinculadas
tanto às comunidades da periferia quanto ao universo do movimento
hip-hop.
7
8. A estrutura do
quadro
Apresentado quinzenalmente com duração média de 3 minutos.
Alessandro Buzo (AB) visita, em cada episódio, um bairro da periferia, com
o objetivo de apresentar práticas culturais, artísticas e esportivas dessa
comunidade.
Vídeo
de
abertura
Cenas de AB em um
terminal rodoviário de
onde segue o ônibus que o
levará ao bairro visitado;
Imagens do ônibus
fazendo o trajeto no
bairro e cenas do bairro;
Imagem do letreiro do
ônibus;
Trilha sonora: trecho de
um rap. Visita
ao
bairro
Conversa inicial de AB com o
morador que apresentará o
bairro;
Caminhada até os espaços
das práticas com imagens
do bairro e dos moradores;
Entrevistas com moradores
do bairro, que apresentam
as práticas culturais
significativas para a sua
comunidade.
Finalização
.
Exibição de fotos e/ou
vídeos enviados pelos
moradores dos bairros
visitados a fim de
explicitar a forma como
veem o lugar onde
moram.
Agradecimentos de AB ao
morador que conduziu a
visita.
8
9. Temáticas
recorrentes
• A partir do levantamento, feito por Granato (2011), dos tópicos de cada um
dos 40 quadros exibidos, pudemos constatar a recorrência de determinadas
temáticas.
Temáticas 2008 2009 2010
Projetos sociais com práticas
culturais, artísticas, musicais e
esportivas
15/16 13/17 4/7
Eventos culturais, artísticos e
musicais
12/16 1/17 3/7
Elementos do hip-hop (break,
grafite, rap)
6/16 10/17 1/7
Literatura 7/16 2/17 3/7
Prática de esportes em espaços
comunitários
3/16 1/17 0/7
Projeto Ambiental 1/16 1/17 0/7
9
10. Temáticas
recorrentes
Quadro Buzão: Circular Periférico e programa Manos e Minas: mudança na
perspectiva a partir da qual se retrata a periferia: a partir das temáticas,
observa-se que, segundo Granato (2011), busca-se construir esse retrato não
pelo viés da dificuldade, das tragédias noticiadas pela mídia em geral nos
jornais regionais e nacionais, mas por um:
Viés mais realista
• não são omitidas
as dificuldades e
as realidades de
exclusão - com
vistas à crítica
Viés de
oportunidades
• Criadas pelos
próprios sujeitos
na comunidade -
face à realidade
de falta de
acessos vários
Viés das práticas
culturais e
musicais
• Aquelas que são
significativas
para esses
sujeitos.
Viés das histórias
de vida dos
representantes
da comunidade
visitadas
• Ponto de vista
interno à
comunidade
10
11. Legitimação
das práticas
culturais da
periferia
Para além da questão da visibilidade na mídia sobre as temáticas relativas às
práticas culturais da periferia, a questão à qual nos propomos aqui tem a ver
com valor e legitimidade:
Selecionamos, então, quatro de suas exibições para observarmos mais
atentamente de que forma as práticas culturais da periferia são caracterizadas.
Selecionamos duas exibições de 2008 e duas de 2009 que tratam das duas
temáticas mais privilegiadas na trajetória de exibição do quadro, quais sejam:
i. projetos sociais que promovem práticas culturais, artísticas, musicais e
esportivas;
ii. práticas culturais ligadas ao hip-hop.
11
Essas práticas, historicamente tratadas como “não-cultura”,
alcançaram, nesse contexto de maior visibilidade midiática no
qual se inclui o quadro aqui analisado, um estatuto de
produção cultural legítima?
12. Legitimação
das práticas
culturais da
periferia
“Buzão: Circular Periférico”. Exibição: 10/09/2008 (bairro do Bixiga-SP)
TB hoje tem aula de capoeira... aí hoje é faz um dos nossos projetos sociais 20[né? o arte educador]
Pedrinho... dá aula de capoeira aqui pra molecada (...)
PD (...) a gente fizemos esse trabalho pra quê?... pra abatê(r) o índice da criminalidade né?.... e
eu como já fui menino de ru::a... passei fome e necessidade... nada melhó(r) de que
congregá(r)... com a nossa nossa comunidade a família Vai-Vai... uní(r) essa::... criançada... e
ensiná(r) a arte da capoe(i)ra né?... tirando da rua... e ensinando um po(u)quinho de cultura
“Buzão: Circular Periférico”. Exibição: 13/09/2009 (bairro Jardim Peri-SP)
AB você acha que o grafite (es)tá assim...pr’um garoto como esse aqui assim fica com o pincel na
mão te ajudan(d)o...tem poder de resgatar também?
GO esses daqui já (es)tão resgatado mano esses 10[aqui já era...cara...esses daqui] ninguém leva
mais
12
13. Legitimação
das práticas
culturais da
periferia
Discurso do apresentador e dos coordenadores do projetos sociais: o
poder das práticas culturais e de esporte para melhorar as condições
de vida de seus participantes.
Valorização das
práticas culturais
Discurso sobre
• As potencialidades das práticas em alterar as condições
de vida (comportamento social) dos participantes dos
projetos sociais
Aproximação com
• Programa Central da Periferia,
apresentado por Regina Casé na rede
Globo em 2006 (PRADO, 2014).
13
14. Legitimação
das práticas
culturais da
periferia
“Buzão: Circular Periférico”. Exibição: 13/08/2008 (periferia de Osasco-SP)
DG tem também a oficina de MC que quem coordena isso é o Leandro
AB e aí Leandro firmeza?
LD tranquilo ((Leandro toca um instrumento junto com o grupo de MCs))
a gente trabalha com conteúdo...valores...por que que alisa o cabelo...querê(r) buscá(r) suas
origens quando a gente fala deÁfrica
14
Por outro lado, observa-se de forma mais recorrente o discurso sobre como o
poder expressivo dessas práticas é fundamental na constituição de processos
de autoconhecimento e de descobrimento de raízes étnicas e culturais.
“Buzão: Circular Periférico”. Exibição: 04/04/2009 (periferia de São Bernardo do Campo-SP)
SD eu queria mostrá(r) nossa periferia aqui...de uma outra forma...né?... esse lado bonito...que é a
periferia...esse lado da cultura...né? que tem muitos que fala assim:.–“vô(u) levá(r) cultura pra
periferia”-... pra que vai trazê(r) cultura pra nós?...nós num precisa de cultura não...nós
precisamo(s) sê(r) respeitado(s) na nossa cultura...a maior violência que pode cometê(r) com o
ser humano...é tirá(r) sua própria cultura...suas própria(s) tradições
15. Legitimação das
práticas
culturais da
periferia:
algumas
conclusões
Análise das temáticas do quadro “Buzão:Circular Periférico”:
Mudança na perspectiva a partir da qual se retrata a periferia: ainda que se trate
das dificuldades enfrentadas, são privilegiadas tematicamente as oportunidades
que os próprios sujeitos, moradores da periferia, criam para promover práticas
culturais, artísticas e esportivas.
Ainda que se observe o discurso sobre o papel social dos projetos que
promovem essas práticas, o seu valor não se encerra aí. Longe de circunscrever
o valor das práticas culturais somente enquanto capazes de alterar as condições
sociais da vida de crianças, jovens e adultos, reforça-se o potencial simbólico e
referencial delas.
15
16. Características
do quadro
Buzo: “Especialista da cultura popular”,
Exibido aos sábados no jornal SPTV 1ª edição.
3 anos de exibição: 147 quadro.
Imagens exibidas: espaço delimitado do evento ou do
projeto.
Entrevistados: coordenadores de projetos sociais e
organizadores de eventos culturais, participantes dos
projetos e/ou eventos.
Após exibição do quadro: entrevista do apresentador do
jornal com AB no estúdio.
16
17. Temáticas
recorrentes
Número de programas analisados: 35
Ano de exibição dos programas analisados: 2013
Temáticas:
Exemplos de eventos culturais apresentados:
Exibição de filme, festas populares em comunidades de SP, peça de
teatro, lançamento de livro, sarau literário etc.
17
Evento cultural: 21/35
Projeto social (esporte): 5/35
Projeto social (oficinas culturais): 3/35
Evento esportivo: 2/35
Projeto cultural/artístico: 5/35
18. Quadro
Legitimação
dos eventos
culturais
Os eventos culturais são valorizados e legitimados pela comunidade que
deles participa por dois vieses: reunião de pessoas/ambiente familiar e
manutenção da cultura tradicional.
18
Quadro “Cultura SP” – 19/01/2013: Evento da “Liga doVinil”
NC ((Letreiro: NC, Rapper)) muito importante... por que atrai a família né?... pode vê(r) que tem lá... um
monte de amigos... de pessoas... um monte de crian::ça... isso é importante porque:: agrega o que:: que
falta né?.... a esperança né? (...)
HN (...) e a gente (es)tá levan(d)o... a música do passado... pra molecada mais jovem... curtí(r) a molecada/
(es)tá se ligan(d)o...( es)tá gostan(d)o... e isso é que é legal ((imagens de pessoas dançando))
DH essas músicas de Vinil... a maioria... ela::tem uma história pessoal de cada um... então (vo)cê compra
disco... que já foram de outros DJs... nos Sebos... e tal... muita coisa difícil... e os DJs novos vendo isso...
(inint.) os produtores... faz essa pesquisa... essa garimpagem... e mantém...a música negra dos nossos
antepassados ((imagens de pessoas dançando))
DG cultura de hoje... não seria nada sem a história do movimento vinil... a periferia... é o que mais
preserva... a cultura... e a história... dos grandes bailes
DL pra tocá(r)... participá(r)... tem que tocá(r) o vinil... e:: acho que realmente a importância... é:: é essa...
mantê(r) viva essa parada... que deixaram pra gente aí
Quadro “Cultura SP” – 30/03/2013: Evento do “Samba de todos os tempos”
HN isso aqui é comunidade da família... ó ... (es)tá aí... criança... família...todo mundo participan(d)o...isso é
um samba verdadê(i)ro
MN eu moro aqui perto... mas é a primeira vez que eu venho nesse projeto aqui... eu não conhecia ainda...
eu (es)tô(u) curtindo... é bem família... não tem bagunça... é um samba de raiz... é bacana ((imagens do
Samba))
19. Comparando
os quadros
Do ponto de vista temático:
“Buzão: Circular Periférico” privilegia os projetos sociais desenvolvidos
na comunidade que promovem práticas culturais, artísticas e/ou
esportivas;
“Cultura SP” privilegia os eventos culturais ligados à cultura popular.
“Buzão”: objetivo de comprovar que as práticas culturais, artísticas
e/ou esportivas da periferia não são eventos periódicos, mas fazem
parte da habitualidade, do cotidiano dessa comunidade, por isso são
constituídas práticas, de fato.
19
Os principais elementos do hip-hop estão na nossa linha de frente.
Rap, dança de rua, b-boys, DJ, grafiteiro e MC juntam-se a outras
manifestações da cultura popular. As reportagens mergulham nos
assuntos que povoam esse cotidiano.
20. Comparando
os quadros
Do ponto de vista imagético:
“Buzão: Circular Periférico”: são filmadas imagens do bairro e
de moradores, de modo a identificar a comunidade não
somente pelo relato de seu representante.
“Cultura SP”: as imagens se restringem, majoritariamente, às
cenas dos eventos apresentados ou aos espaços delimitados
onde são desenvolvidos os projetos.
“Buzão”: a periferia é retratada stricto sensu: as ruas, os espaços
públicos dos projetos sociais, as escolas, as oficinas de atividades
várias, as casas de alguns moradores; focalizadas
constantemente por meio do recurso de centralização da
câmera.
20
21. Comparando
os quadros
Do ponto de vista das vozes que participam dos quadros:
“Buzão: Circular Periférico”: os moradores, além de entrevistados, são os
responsáveis por conduzir o quadro expondo as práticas do bairro visitado.
Após a exibição: outros moradores da comunidade são entrevistadas no
auditório pelo apresentador.
Privilegia-se a voz do não-especialista (“sujeito comum”), não colocando
em primeiro plano o trabalho de representação feito pelos produtores.
“Cultura SP”: são entrevistados principalmente organizadores de eventos e
coordenadores de projetos sociais e alguns participantes desses eventos
e/ou projetos.
Após a exibição: o próprio AB é entrevistado no estúdio do jornal pelo
jornalista-apresentador. O tópico é desenvolvido não apenas pelos
representantes legítimos da periferia, pois a voz que é legitimada no jornal -
o jornalista- volta a ser aquela que instaura os tópicos e tenta fazer mais
compreensível a matéria exibida.
21
22. Algumas
Conclusões
Quadros analisados: revelam objetivos distintos e buscam legitimar as
práticas culturais apresentadas de modo distinto, apesar de contarem com o
mesmo apresentador.
“Cultura SP” (Rede Globo): são privilegiados (i) eventos e não práticas
culturais cotidianas e (ii) imagens desses próprios eventos e não das
comunidades periféricas. O tópico também é desenvolvido pelo
representante da grande mídia, que não deixa de ter o papel de
entrevistador.
“Buzão: circular periférico”: discursivamente apresenta o conjunto de
conflitos* que os sujeitos da periferia vivenciam, o que seria típico, segundo
Thompson (1998 apud BENTES, 2009), das práticas culturais populares e
implicaria em um discurso de legitimação de suas próprias práticas .
* Por um lado, há o discurso sobre as potencialidades das práticas culturais na
vida social dos sujeitos, e, por outro lado, o potencial simbólico e referencial
delas.
22
23. Algumas
conclusões
Processo de visibilidade midiática das práticas culturais da periferia:
recente e importante, pois promove profundas implicações no posicionamento
da produção cultural da periferia e nos próprios critérios vigentes de legitimação da
cultura.
Porém, é preciso rejeitar uma visão muito ingênua desse processo:
Não se pode deixar, segundo França e Prado (2010), que a crítica a certo
determinismo classista da teoria da legitimidade (BOURDIEU, 2007) leve à
neutralização de aspectos fundamentais levantados pelo autor.
Segundo as autoras, “A produção cultural e a maneira como diferentes produtos
circulam e são dispostos na sociedade constituem, sim, elementos de distinções
e terreno de luta simbólica; ordens de legitimidade são armas políticas, e seu
surgimento e apropriação nos dizem do andamento desse embate.” (p. 67)
Desse modo, pudemos observar em nosso trabalho, assim como as autoras
apontaram, que esse “fenômeno” da nova visibilidade da cultura de periferia deve ser
compreendido como uma disputa por um lugar simbólico e pela reelaboração
discursiva do lugar social ocupado pelos grupos periféricos. É, nesse sentido, que
surgem, como pudemos observar no quadro “Buzão: circular periférico”, os conflitos
que os sujeitos da periferia vivenciam no que se refere ao modo como legitimam suas
práticas culturais.
23
24. Referências
Bibliográficas
BENTES, A.C. Estabilização e inovação dos gêneros midiáticos: tópico discursivo
e categorização social. Projeto de Bolsa Produtividade de Pesquisa financiado
pelo CNPq. Processo 309845/2013-0, 2013.
BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997 [1996].
FRANÇA, V.V; PRADO, D.F.B. Produções culturais de periferia: legitimidade e
tensões. Revista de Comunicação, Cultura e Teoria da Mídia. São Paulo,
maio/2010 v.1 n.15.
GRANATO, L. B. Gêneros discursivos em foco: dos programas televisivos Manos
e Minas e Altas Horas. Dissertação (Mestrado em Linguística). Instituto de
Estudos da Linguagem.Campinas: UNICAMP, 2011.
HANKS, W.F. Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e
sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. In: BENTES, A.C.; REZENDE, R.C.;
MACHADO, M.A. (Orgs.). São Paulo: Cortez, 2008.
MARTIN-BARBERO, J. Os exercícios do ver: hegemonia cultural e ficção
televisiva. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2001.
PRADO, D.F.B. As práticas culturais no Central da periferia: características e
argumentos de valor. Rumores, n.16, v.8, 2014.
24