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Amigas
do
Peito
Mônica Costa – Psicóloga
CRP 13/ 4170
A Vida é muito curta
para ser pequena
• I Aspectos
Psicossomáticos do
Câncer de Mama
• II Fatores
Alavancadores
• III Atitudes e Hábitos
Preventivos
• IV Princípios de
Resiliência
Conteúdo Programático
Aspectos Psicossomáticos do
Câncer de Mama
Alexander Lowen (1989) diz que, teoricamente,
cada doença é psicossomática, uma vez que
fatores emocionais influenciam todos os
processos do corpo, através das vias nervosas
humorais e que os fenômenos somáticos e
psicológicos ocorrem no mesmo organismo e são
apenas dois aspectos do mesmo processo.
(CERCHIARI, 2000).
O que são doenças
Psicossomáticas ?
• Estudo e tratamento das doenças do
corpo, cuja causa principal é de ordem
psicológica;
- A palavra psicossomática deriva dos
termos gregos psyche e soma, que
querem dizer mente e corpo,
respectivamente.
Quais são os Aspectos Psicossomáticos
que se Apresentam no Câncer de Mama?
Contudo nós sabemos ainda, como psicanalistas, que o
valor simbólico do seio é de uma profundidade muito
grande. Os seres humanos são, em toda a escala
zoológica, aqueles que nascem mais desprotegidos e
incompletos. O bebê humano, se não for cuidado e
alimentado, fatalmente sucumbirá. E este fato primeiro,
deixa marcas indeléveis em todos nós. Ora, a pessoa que
se incumbe dos primeiros cuidados com o bebê é uma
mulher, mais comumente a mãe. É ela quem amamenta.
E é, portanto, através do seio que o bebê começa a se
relacionar com o mundo. O seio é portanto, o primeiro
objeto de amor.( Monteiro, Marly Piva.1996.Vol1)
Alimento x castigo
“Perdera um dos seus atrativos, o marido não iria
mais desejá-la. Aliás notava como, alegando que
ela devia poupar-se, ele vinha se esquivando das
relações sexuais. Estava definitivamente castrada.
Incapaz para atrair, passível de não ter mais o
direito ao prazer sexual. Uma castração a nível
mais profundo – a possibilidade da perda do
prazer sexual, mutilada. Vivendo a incerteza de
uma castração ainda maior, o aniquilamento, a
morte. A estória de x... bem poderia ser a estória
fiel de alguma, ou a colcha de retalhos das estórias
de nossas pacientes com câncer de mama.”
Prazer x castração
O câncer sempre teve a sua metáfora ligada à destruição e à
morte. O uso da palavra câncer está irremediavelmente associado
a idéia de crescimento desordenado, incontido, caos, destruição.
Define uma condição arrasadora que extrapola a linguagem
médica e alcança o discurso político e social. O terrorismo, poder-
se-ia dizer que é "um câncer social". A Guerra do Vietnã e
Watergate foram considerados "Cânceres" na vida política dos
EUA.
Vida x Morte
Cada indivíduo tem um modo
de viver e adoecer. O tipo de
doença e a época da vida em
que ela se manifesta tem
relação com a sua história,
com a natureza dos seus
conflitos intrapsíquicos e com
a forma de lidar com eles.
Manuel Bandeira em seu
poema Desesperança,
conclui assim seus
versos:
“ Ah! Como dói viver
quando falta a
esperança!”
A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce.
Um tumor diagnosticado no estágio 0 ou 1 chega a ter mais
de 90% de chance de cura. Já um câncer de mama no
estágio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total.
Mas isso não é motivo para desistir ou achar que o seu caso
não tem cura – com o tratamento adequado e força de
vontade, todo o obstáculo é transpassado. Mesmo cânceres
em estágios mais avançados podem responder bem ao
tratamento, podendo ser operados e retirados
completamente. Por isso é importante conversar com sua
equipe multidisciplinar – médico, psicólogo, fisioterapeuta
etc e sempre buscar novas formas de lidar com a doença.
Causas Multifatoriais, citando algumas delas:
Predisposição genética – De 5 a 10% dos casos de
câncer de mama são hereditários, o que significa que
resultam diretamente de defeitos genéticos herdados de
um dos pais. O risco de câncer de mama é maior entre
as mulheres com parentes em primeiro grau (mãe, irmã
ou filha) que tiveram a doença. Nesses casos o risco da
doença praticamente dobra. Ter dois parentes de
primeiro grau aumenta o seu risco cerca de 3 vezes.
Fatores Alavancadores (de risco)
Fatores Alavancadores (de risco)
• Estilo de Vida –
Alcoolismo;
Obesidade;
Sedentarismo;
Tabagismo;
Uso de anticoncepcionais.
Fatores Alavancadores (de risco)
• Psicológicos – Nos anos 60 e 70 foi intensificada a atenção aos fatores
psicológicos. Palmeira (1997) assinala que os fatores da “esfera psíquica” mais
freqüentemente estudados e considerados como implicados na carcinogênese
podem ser reunidos em dois grupos genéricos. No primeiro estão os estados
disfóricos (depressão, tristeza, infelicidade, abatimento, desânimo,
desesperança, desamparo, desapontamento) e de ansiedade, juntamente com
situações traumáticas envolvendo perdas e privações. No segundo, estão os
fatores definidos por características de personalidade e de enfrentamento da
doença, que variam segundo os pressupostos teóricos adotados. Nessa nova
concepção, o “candidato ideal” para desenvolver o câncer apresentaria uma
personalidade marcada pela passividade, pouca emotividade, regularidade dos
hábitos, baixa agressividade ou negação da hostilidade, depressão e dificuldade
na formação de vínculos afetivos. Observamos que no bojo dos movimentos
sociais da época, esperava-se que a mulher devesse ter voz, ser mais agressiva
e ativa na vida, inclusive para evitar o câncer. (Tavares & Trad, 2005).
O câncer de mama na verdade ainda não pode ser prevenido, mas sim diagnosticado o
mais cedo possível. Para isto recomenda-se que as mulheres conheçam seu corpo
desde que apresentem o crescimento das mamas na adolescência. O auto-exame das
mamas, hoje em dia, deve ser chamado de auto-cuidado, e pode ser feito pelo menos
uma vez ao mês, preferencialmente no mesmo dia do mês para que as mulheres se
familiarizem com suas mamas.
Após os 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da
doença e recomenda-se que seja feito pelo menos uma vez por ano a partir daí. Todas
as mulheres deveriam procurar um mastologista para acompanhamento e exame anual
durante sua vida, mas principalmente a partir dos 40 anos.
Atitudes e Hábitos Preventivos
Atitudes e Hábitos Preventivos
• Autoexame da mama;
• Mamografia;
• Dieta alimentar
saudável;
• Exercícios físicos;
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• Disposição para
mudanças;
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relacionamentos
saudáveis e
prazerosos;
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Princípios de Resiliência
a) Grande número de mulheres esconde
das amigas a mastectomia por sentirem-
se envergonhadas;
b) Outras só aceitam o coito de olhos
fechados;
c) Muitas insistem no uso das próteses
nos porta-seios submetendo-se a
micoses e escaras freqüentes. Este medo
inconsciente que domina faz com que
recuse a relação sob os pretextos mais
variados. Mas há sempre solicitações do
marido ou da esposa para
esclarecimento sobre a vida sexual, após
as cirurgias.
Comportamentos Comuns em
Pacientes Mastectomizadas
“ ...Ela recebeu o diagnóstico de um câncer
metastático no seio, um retorno e
disseminação da malignidade, vários anos
depois do que julgara ter sido uma bem-
sucedida cirurgia para extirpar a doença.
Agora o médico não mais podia falar de
cura e a quimioterapia, na melhor das
hipóteses, ofereceria apenas mais uns
poucos meses de vida. Ela estava,
deprimida – sempre que ia ao oncologista,
caía em prantos. Reação do médico a
cada consulta: pedir-lhe que deixasse
imediatamente o consultório. . .”
(Goleman, 1995.p.190)
4 Meios de Lidar com as
Emoções ( Impactantes)
• Abstenção
• Negação
• Competição
• Aprendizado e Uso
Maria, Maria
Milton Nascimento
Maria, Maria, é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria, é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria, mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida
Referências Bibliográficas:
• Lowen, Alexander. O Corpo em
Depressão. SP, 1983.
• Lowen, Alexander. A Espiritualidade do
Corpo. SP,1990.
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Amigas do Peito - Aspectos Psicossomáticos do Câncer de Mama

  • 1. Amigas do Peito Mônica Costa – Psicóloga CRP 13/ 4170
  • 2. A Vida é muito curta para ser pequena
  • 3. • I Aspectos Psicossomáticos do Câncer de Mama • II Fatores Alavancadores • III Atitudes e Hábitos Preventivos • IV Princípios de Resiliência Conteúdo Programático
  • 4. Aspectos Psicossomáticos do Câncer de Mama Alexander Lowen (1989) diz que, teoricamente, cada doença é psicossomática, uma vez que fatores emocionais influenciam todos os processos do corpo, através das vias nervosas humorais e que os fenômenos somáticos e psicológicos ocorrem no mesmo organismo e são apenas dois aspectos do mesmo processo. (CERCHIARI, 2000).
  • 5. O que são doenças Psicossomáticas ? • Estudo e tratamento das doenças do corpo, cuja causa principal é de ordem psicológica; - A palavra psicossomática deriva dos termos gregos psyche e soma, que querem dizer mente e corpo, respectivamente.
  • 6. Quais são os Aspectos Psicossomáticos que se Apresentam no Câncer de Mama? Contudo nós sabemos ainda, como psicanalistas, que o valor simbólico do seio é de uma profundidade muito grande. Os seres humanos são, em toda a escala zoológica, aqueles que nascem mais desprotegidos e incompletos. O bebê humano, se não for cuidado e alimentado, fatalmente sucumbirá. E este fato primeiro, deixa marcas indeléveis em todos nós. Ora, a pessoa que se incumbe dos primeiros cuidados com o bebê é uma mulher, mais comumente a mãe. É ela quem amamenta. E é, portanto, através do seio que o bebê começa a se relacionar com o mundo. O seio é portanto, o primeiro objeto de amor.( Monteiro, Marly Piva.1996.Vol1) Alimento x castigo
  • 7. “Perdera um dos seus atrativos, o marido não iria mais desejá-la. Aliás notava como, alegando que ela devia poupar-se, ele vinha se esquivando das relações sexuais. Estava definitivamente castrada. Incapaz para atrair, passível de não ter mais o direito ao prazer sexual. Uma castração a nível mais profundo – a possibilidade da perda do prazer sexual, mutilada. Vivendo a incerteza de uma castração ainda maior, o aniquilamento, a morte. A estória de x... bem poderia ser a estória fiel de alguma, ou a colcha de retalhos das estórias de nossas pacientes com câncer de mama.” Prazer x castração
  • 8. O câncer sempre teve a sua metáfora ligada à destruição e à morte. O uso da palavra câncer está irremediavelmente associado a idéia de crescimento desordenado, incontido, caos, destruição. Define uma condição arrasadora que extrapola a linguagem médica e alcança o discurso político e social. O terrorismo, poder- se-ia dizer que é "um câncer social". A Guerra do Vietnã e Watergate foram considerados "Cânceres" na vida política dos EUA. Vida x Morte
  • 9. Cada indivíduo tem um modo de viver e adoecer. O tipo de doença e a época da vida em que ela se manifesta tem relação com a sua história, com a natureza dos seus conflitos intrapsíquicos e com a forma de lidar com eles.
  • 10. Manuel Bandeira em seu poema Desesperança, conclui assim seus versos: “ Ah! Como dói viver quando falta a esperança!”
  • 11. A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Um tumor diagnosticado no estágio 0 ou 1 chega a ter mais de 90% de chance de cura. Já um câncer de mama no estágio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. Mas isso não é motivo para desistir ou achar que o seu caso não tem cura – com o tratamento adequado e força de vontade, todo o obstáculo é transpassado. Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente. Por isso é importante conversar com sua equipe multidisciplinar – médico, psicólogo, fisioterapeuta etc e sempre buscar novas formas de lidar com a doença.
  • 12.
  • 13. Causas Multifatoriais, citando algumas delas: Predisposição genética – De 5 a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários, o que significa que resultam diretamente de defeitos genéticos herdados de um dos pais. O risco de câncer de mama é maior entre as mulheres com parentes em primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tiveram a doença. Nesses casos o risco da doença praticamente dobra. Ter dois parentes de primeiro grau aumenta o seu risco cerca de 3 vezes. Fatores Alavancadores (de risco)
  • 14. Fatores Alavancadores (de risco) • Estilo de Vida – Alcoolismo; Obesidade; Sedentarismo; Tabagismo; Uso de anticoncepcionais.
  • 15. Fatores Alavancadores (de risco) • Psicológicos – Nos anos 60 e 70 foi intensificada a atenção aos fatores psicológicos. Palmeira (1997) assinala que os fatores da “esfera psíquica” mais freqüentemente estudados e considerados como implicados na carcinogênese podem ser reunidos em dois grupos genéricos. No primeiro estão os estados disfóricos (depressão, tristeza, infelicidade, abatimento, desânimo, desesperança, desamparo, desapontamento) e de ansiedade, juntamente com situações traumáticas envolvendo perdas e privações. No segundo, estão os fatores definidos por características de personalidade e de enfrentamento da doença, que variam segundo os pressupostos teóricos adotados. Nessa nova concepção, o “candidato ideal” para desenvolver o câncer apresentaria uma personalidade marcada pela passividade, pouca emotividade, regularidade dos hábitos, baixa agressividade ou negação da hostilidade, depressão e dificuldade na formação de vínculos afetivos. Observamos que no bojo dos movimentos sociais da época, esperava-se que a mulher devesse ter voz, ser mais agressiva e ativa na vida, inclusive para evitar o câncer. (Tavares & Trad, 2005).
  • 16.
  • 17. O câncer de mama na verdade ainda não pode ser prevenido, mas sim diagnosticado o mais cedo possível. Para isto recomenda-se que as mulheres conheçam seu corpo desde que apresentem o crescimento das mamas na adolescência. O auto-exame das mamas, hoje em dia, deve ser chamado de auto-cuidado, e pode ser feito pelo menos uma vez ao mês, preferencialmente no mesmo dia do mês para que as mulheres se familiarizem com suas mamas. Após os 40 anos, a mamografia começa a ser um exame importante para a detecção da doença e recomenda-se que seja feito pelo menos uma vez por ano a partir daí. Todas as mulheres deveriam procurar um mastologista para acompanhamento e exame anual durante sua vida, mas principalmente a partir dos 40 anos. Atitudes e Hábitos Preventivos
  • 18. Atitudes e Hábitos Preventivos • Autoexame da mama; • Mamografia; • Dieta alimentar saudável; • Exercícios físicos; • Pouca ingestão de bebidas alcoólicas; • Nenhum cigarro; • Autoestima positiva; • Disposição para mudanças; • Manter relacionamentos saudáveis e prazerosos; • Auto conhecimento
  • 19.
  • 21. a) Grande número de mulheres esconde das amigas a mastectomia por sentirem- se envergonhadas; b) Outras só aceitam o coito de olhos fechados; c) Muitas insistem no uso das próteses nos porta-seios submetendo-se a micoses e escaras freqüentes. Este medo inconsciente que domina faz com que recuse a relação sob os pretextos mais variados. Mas há sempre solicitações do marido ou da esposa para esclarecimento sobre a vida sexual, após as cirurgias. Comportamentos Comuns em Pacientes Mastectomizadas
  • 22. “ ...Ela recebeu o diagnóstico de um câncer metastático no seio, um retorno e disseminação da malignidade, vários anos depois do que julgara ter sido uma bem- sucedida cirurgia para extirpar a doença. Agora o médico não mais podia falar de cura e a quimioterapia, na melhor das hipóteses, ofereceria apenas mais uns poucos meses de vida. Ela estava, deprimida – sempre que ia ao oncologista, caía em prantos. Reação do médico a cada consulta: pedir-lhe que deixasse imediatamente o consultório. . .” (Goleman, 1995.p.190)
  • 23.
  • 24. 4 Meios de Lidar com as Emoções ( Impactantes) • Abstenção • Negação • Competição • Aprendizado e Uso
  • 25.
  • 26. Maria, Maria Milton Nascimento Maria, Maria, é um dom, uma certa magia Uma força que nos alerta Uma mulher que merece viver e amar Como outra qualquer do planeta Maria, Maria, é o som, é a cor, é o suor É a dose mais forte e lenta De uma gente que ri quando deve chorar E não vive, apenas aguenta Mas é preciso ter força, é preciso ter raça É preciso ter gana sempre Quem traz no corpo a marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça É preciso ter sonho sempre Quem traz na pele essa marca Possui a estranha mania de ter fé na vida
  • 27.
  • 28. Referências Bibliográficas: • Lowen, Alexander. O Corpo em Depressão. SP, 1983. • Lowen, Alexander. A Espiritualidade do Corpo. SP,1990.