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Verdadeiro ou falso
1) Para os novos-keynesianos, a rigidez de preços pode ser ótima para as
empresas, em vista dos chamados custos de menu.
Verdadeiro.
2) Conforme os novos-keynesianos, quanto mais frequentes forem os reajustes
de preços e salários diante de choques de demanda, mais vertical será a
Curva de Phillips.
Verdadeiro. Os novos-keynesianos sao os economistas que tentam explicar
microeconomicamente a rigidez de precos. Se os precos sao reajustados frequentemente,
entao mais proximos do arcabouco classico (ou novo-classico) se fica, em que a oferta
agregada e a curva de Phillips de curto prazo sao verticais. Apesar de a economia novo-
keynesiana conceber a curva de Phillips como negativamente inclinada no curto prazo
(e vertical, no longo prazo, como todas as escolas de pensamento em macroeconomia), a
hipotese do enunciado (...) da oferta agregada e da curva de Phillips.
3) No longo prazo, a possibilidade de que políticas ativas de administração da
demanda sejam utilizadas para reduzir a taxa de desemprego, trazendo-a
para um nível inferior à taxa natural, independe do formato da Curva de
Phillips.
Falso. No longo prazo, a Curva de Phillips e vertical para todas as escolas, pois no LP e
a situacao em que a economia esta, por definicao, em sua taxa natural(Y = Y e μ = μN).
4) Segundo os novos-keynesianos, as mudanças tecnológicas são o principal
determinante das flutuações nas variáveis reais.
Falso. Para os novos-keynesianos,o que determina as flutuações são as rigidez de preço
e salários.
5) A chamada Curva de Phillips postula uma relação positiva entre inflação e
desemprego.
Falso. Relação negativa
6) Se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação esperada, o desemprego é
nulo.
Falso. Não é necessariamente nulo
Curva de Phillips: πt = πt
e – α(μt – μN) + εt
Se π = πe → u = uN, que nao necessariamente e zero.
Passagem importante sobre a matéria
A economia novo-keynesiana se baseia numa
racionalidade maximizadora, na existencia de
concorrencia imperfeita e nas assimetrias do
mercado de trabalho para fundamentar seu modelo.
Acredita-se que as falhas de mercado constituem as
fontes causadoras e propagadoras dos choques
economicos, formando os ciclos. Para os novos-
keynesianos, os precos (nominais) sao rigidos,quer
por conta do ajustamento de precos ter custos (os
chamados “custos de menu”) e estarem relacionados
ao poderde monopolio das empresas, quer por conta
do salario de eficiencia ou o poder de barganha dos
trabalhadores distorcerem o mercado de trabalho e
dificultarem o ajustamento automatico do salario
nominal no curto prazo, o que acaba por
fundamentar a existencia de desemprego
involuntario, ao contrario do que preconiza o
modelo classico.
7) Em modelos novo-keynesianos, a existência de mecanismos que causam
rigidez de preços e/ou salários justifica a inclinação positiva da curva de
oferta agregada de curto prazo.
Verdadeiro.
No modelo novo-keynesiano diversos mecanismos podem explicar a rigidez de preco
(por exemplo, custo de menu). A inclinacao positiva da curva de oferta agregada de
curto prazo advem do fato de existir uma relacao entre o preco corrente e o preco
passado.
8) Nos modelos novos-keynesianos, a moeda é neutra e endogenamente
determinada.
Falso. Os economistas novos-keynesianos acreditam que boa parte do desemprego e
involuntaria, e que os desvios do produto abaixo do potencial durante as recessoes sao
socialmente nocivos. Ha um potencial papel para as políticas de estabilizacao na
prevencao desses desvios do produto e reducao dos custos adicionais do desemprego
involuntario para os individuos. A economia novokeynesiana e uma tentativa de
melhorar as bases microeconomias dos modelos keynesianos tradicionais, sem
questionar suas premissas fundamentais. Logo, a moeda nao e neutra, pois a politica
monetaria afeta as variaveis reais da economia,como o emprego e o produto.
9) Para os novos-keynesianos, uma falha de coordenação pode suscitar rigidez de
preços
Verdadeiro.
�� Mankiw (2004, p. 303) identifica as seguintes explicacoes novo-keynesianas para a
rigidez de precos e salarios.
Os salarios e precos da economia nao sao todos fixados ao mesmo tempo.
Ha defasagens nos reajustes. Essas defasagens fazem com que o nivel global de precos e
salarios se ajuste lentamente, mesmo quando precos e salarios individualmente variam.
Portanto, essas defasagens explicam que os contratos se sobrepoem e como o salario
nominal ajusta-se lentamente.
Alguns novos-keynesianos sugerem que as recessoes resultam de falhas
de coordenacao, pois se a sociedade nao atinge um resultado que e viavel e que todos
preferem e porque seus membros falharam na coordenacao. Considere que a oferta de
moeda e instavel e que as empresas devem escolher se devem ou nao alterar seu preco
sem conhecer a estrategia adotada pelos demais.
Se ΔM > 0 → ΔP > 0. Mas sera que as empresas remarcam precos? Note
que se apenas algumas poucas empresas o fizessem, elas estariam perdendo clientes,
porque seu preco estaria mais caro em relacao as suas concorrentes.
Pelo fato de todas as empresas numa economia nao poderem estar juntas
para coordenar precos, elas o aumentarao lentamente, quando os efeitos da variacao do
estoque monetario forem sentidos atraves da elevacao da demanda por seus bens.
Portanto, os precos podem ser rigidos, porque as pessoas esperam que ele seja.
Assume-se que os sindicatos negociam a favor de seus membros e nao da
classe trabalhadora como um todo. Numa situacao de queda de demanda e de
desemprego, os trabalhadores podem estar interessados em salarios menores em troca de
mais emprego, mas os sindicatos, na defesa dos sindicalizados, podem resistir a tais
quedas.
Esses contratos implicitos impedem que os empregadores reduzam os salários
monetarios em face de uma queda na demanda por seus produtos e o consequente
declinio na demanda por trabalho. As empresas poderiam conseguir um ganho
temporario com os custos de trabalho, forcando um corte nos salarios monetarios, mas
esse ganho poderia ser mais do que contrabalançado pelo efeito da deterioracao das
relacoes trabalhistas com os trabalhadores já empregados e pelas dificuldades no
recrutamento de novos trabalhadores.
Nesse sentido, supoe-se que os trabalhadores sao avessos ao risco e tem medo de
amplas flutuacoes no nivel de renda. Assim, a empresa funcionaria como uma
seguradora que cobriria o risco das flutuacoes do salario real.
A teoria do salario de eficiencia explica por que algumas empresas desejam pagar
salarios reais acima do nivel de equilibrio de mercado. Acredita-se que, ao se pagar
mais ao trabalhador, este se sentira menos tentado a trabalhar de ma vontade, o que
diminuiria a qualidade de seu trabalho, esforcando-se mais, de forma a maximizar o
lucro da firma. Ademais, quanto maior o salário pago pela firma, maior e o risco que o
trabalhador corre se for mandado embora(custo de oportunidade), ja que no mercado ele
recebe o salario de equilibrio
inferior ao de eficiencia. Assim, para a firma, nao e racional cortar salarios mesmo
quando ha desemprego, pois isto reduziria seus lucros.
Essa teoria explica a persistencia de desemprego involuntario e rigidez real dos salarios.
Por sua vez, a existencia de “custos de menu” torna custosa a alteracao dos precos
nominais para as empresas, devido aos custos de transacao de elaborar um novo
cardapio, remarcar precos, dentre outros. Com isso, mesmo em situações de excesso de
demanda, as empresas podem se mostrar relutantes em elevar os precos, tornando-os
rigidos no curto prazo.

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Novos-keynesianos e rigidez de preços

  • 1. Verdadeiro ou falso 1) Para os novos-keynesianos, a rigidez de preços pode ser ótima para as empresas, em vista dos chamados custos de menu. Verdadeiro. 2) Conforme os novos-keynesianos, quanto mais frequentes forem os reajustes de preços e salários diante de choques de demanda, mais vertical será a Curva de Phillips. Verdadeiro. Os novos-keynesianos sao os economistas que tentam explicar microeconomicamente a rigidez de precos. Se os precos sao reajustados frequentemente, entao mais proximos do arcabouco classico (ou novo-classico) se fica, em que a oferta agregada e a curva de Phillips de curto prazo sao verticais. Apesar de a economia novo- keynesiana conceber a curva de Phillips como negativamente inclinada no curto prazo (e vertical, no longo prazo, como todas as escolas de pensamento em macroeconomia), a hipotese do enunciado (...) da oferta agregada e da curva de Phillips. 3) No longo prazo, a possibilidade de que políticas ativas de administração da demanda sejam utilizadas para reduzir a taxa de desemprego, trazendo-a para um nível inferior à taxa natural, independe do formato da Curva de Phillips. Falso. No longo prazo, a Curva de Phillips e vertical para todas as escolas, pois no LP e a situacao em que a economia esta, por definicao, em sua taxa natural(Y = Y e μ = μN). 4) Segundo os novos-keynesianos, as mudanças tecnológicas são o principal determinante das flutuações nas variáveis reais. Falso. Para os novos-keynesianos,o que determina as flutuações são as rigidez de preço e salários. 5) A chamada Curva de Phillips postula uma relação positiva entre inflação e desemprego. Falso. Relação negativa 6) Se a taxa de inflação é igual à taxa de inflação esperada, o desemprego é nulo. Falso. Não é necessariamente nulo Curva de Phillips: πt = πt e – α(μt – μN) + εt Se π = πe → u = uN, que nao necessariamente e zero.
  • 2. Passagem importante sobre a matéria A economia novo-keynesiana se baseia numa racionalidade maximizadora, na existencia de concorrencia imperfeita e nas assimetrias do mercado de trabalho para fundamentar seu modelo. Acredita-se que as falhas de mercado constituem as fontes causadoras e propagadoras dos choques economicos, formando os ciclos. Para os novos- keynesianos, os precos (nominais) sao rigidos,quer por conta do ajustamento de precos ter custos (os chamados “custos de menu”) e estarem relacionados ao poderde monopolio das empresas, quer por conta do salario de eficiencia ou o poder de barganha dos trabalhadores distorcerem o mercado de trabalho e dificultarem o ajustamento automatico do salario nominal no curto prazo, o que acaba por fundamentar a existencia de desemprego involuntario, ao contrario do que preconiza o modelo classico. 7) Em modelos novo-keynesianos, a existência de mecanismos que causam rigidez de preços e/ou salários justifica a inclinação positiva da curva de oferta agregada de curto prazo. Verdadeiro. No modelo novo-keynesiano diversos mecanismos podem explicar a rigidez de preco (por exemplo, custo de menu). A inclinacao positiva da curva de oferta agregada de curto prazo advem do fato de existir uma relacao entre o preco corrente e o preco passado. 8) Nos modelos novos-keynesianos, a moeda é neutra e endogenamente determinada.
  • 3. Falso. Os economistas novos-keynesianos acreditam que boa parte do desemprego e involuntaria, e que os desvios do produto abaixo do potencial durante as recessoes sao socialmente nocivos. Ha um potencial papel para as políticas de estabilizacao na prevencao desses desvios do produto e reducao dos custos adicionais do desemprego involuntario para os individuos. A economia novokeynesiana e uma tentativa de melhorar as bases microeconomias dos modelos keynesianos tradicionais, sem questionar suas premissas fundamentais. Logo, a moeda nao e neutra, pois a politica monetaria afeta as variaveis reais da economia,como o emprego e o produto. 9) Para os novos-keynesianos, uma falha de coordenação pode suscitar rigidez de preços Verdadeiro. �� Mankiw (2004, p. 303) identifica as seguintes explicacoes novo-keynesianas para a rigidez de precos e salarios. Os salarios e precos da economia nao sao todos fixados ao mesmo tempo. Ha defasagens nos reajustes. Essas defasagens fazem com que o nivel global de precos e salarios se ajuste lentamente, mesmo quando precos e salarios individualmente variam. Portanto, essas defasagens explicam que os contratos se sobrepoem e como o salario nominal ajusta-se lentamente. Alguns novos-keynesianos sugerem que as recessoes resultam de falhas de coordenacao, pois se a sociedade nao atinge um resultado que e viavel e que todos preferem e porque seus membros falharam na coordenacao. Considere que a oferta de moeda e instavel e que as empresas devem escolher se devem ou nao alterar seu preco sem conhecer a estrategia adotada pelos demais. Se ΔM > 0 → ΔP > 0. Mas sera que as empresas remarcam precos? Note que se apenas algumas poucas empresas o fizessem, elas estariam perdendo clientes, porque seu preco estaria mais caro em relacao as suas concorrentes. Pelo fato de todas as empresas numa economia nao poderem estar juntas para coordenar precos, elas o aumentarao lentamente, quando os efeitos da variacao do estoque monetario forem sentidos atraves da elevacao da demanda por seus bens. Portanto, os precos podem ser rigidos, porque as pessoas esperam que ele seja. Assume-se que os sindicatos negociam a favor de seus membros e nao da classe trabalhadora como um todo. Numa situacao de queda de demanda e de desemprego, os trabalhadores podem estar interessados em salarios menores em troca de mais emprego, mas os sindicatos, na defesa dos sindicalizados, podem resistir a tais quedas. Esses contratos implicitos impedem que os empregadores reduzam os salários monetarios em face de uma queda na demanda por seus produtos e o consequente declinio na demanda por trabalho. As empresas poderiam conseguir um ganho temporario com os custos de trabalho, forcando um corte nos salarios monetarios, mas esse ganho poderia ser mais do que contrabalançado pelo efeito da deterioracao das relacoes trabalhistas com os trabalhadores já empregados e pelas dificuldades no recrutamento de novos trabalhadores.
  • 4. Nesse sentido, supoe-se que os trabalhadores sao avessos ao risco e tem medo de amplas flutuacoes no nivel de renda. Assim, a empresa funcionaria como uma seguradora que cobriria o risco das flutuacoes do salario real. A teoria do salario de eficiencia explica por que algumas empresas desejam pagar salarios reais acima do nivel de equilibrio de mercado. Acredita-se que, ao se pagar mais ao trabalhador, este se sentira menos tentado a trabalhar de ma vontade, o que diminuiria a qualidade de seu trabalho, esforcando-se mais, de forma a maximizar o lucro da firma. Ademais, quanto maior o salário pago pela firma, maior e o risco que o trabalhador corre se for mandado embora(custo de oportunidade), ja que no mercado ele recebe o salario de equilibrio inferior ao de eficiencia. Assim, para a firma, nao e racional cortar salarios mesmo quando ha desemprego, pois isto reduziria seus lucros. Essa teoria explica a persistencia de desemprego involuntario e rigidez real dos salarios. Por sua vez, a existencia de “custos de menu” torna custosa a alteracao dos precos nominais para as empresas, devido aos custos de transacao de elaborar um novo cardapio, remarcar precos, dentre outros. Com isso, mesmo em situações de excesso de demanda, as empresas podem se mostrar relutantes em elevar os precos, tornando-os rigidos no curto prazo.