Fallopia japonica – a invasão prossegue para sul: Implicações nas Infraestruturas e o Grupo de Trabalho Fallopia

Implicações nas Infraestruturas Viárias
e o Grupo de Trabalho Fallopia
Paula Graça
IP, SA - Departamento de Ambiente e Sustentabilidade
2ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI) | 1ª Semana Ibérica sobre Espécies Invasoras
Fallopia japonica – A invasão prossegue para Sul 01.06.2021

A Fallopia japonica e as Infraestruturas viárias
Planta utilizada no enquadramento paisagístico de vias - Não
Planta utilizada na estabilização de taludes - Não
Já a viu em viagem?
In http://phillyorchards.org/wp-content/uploads/2015/05/japanese-
knotweed.jpg
A Fallopia japonica – A invasão prossegue para Sul

De onde vem?
EN305 – Viana do Castelo
EN13 – Viana do Castelo
De propriedades privadas
(ex.: viveiros, jardins, etc.)

De onde vem?
De outras vias (geridas pela IP e concessionárias e pelos municípios)
De cursos de água, avançando pelos terrenos adjacentes
EN101 – Guimarães

Para onde vai?
• Para caminhos públicos
• Para outras propriedades e vias
• Para os cursos de água
Valongo, junto ao Rio Leça
EN13 - Valença

Como surge nas vias?
• Devido a movimentos de terras, em novas infraestruturas, ou em
intervenções nas existentes
• Devido aos trabalhos de conservação viária – Ceifa e Corte Seletivo de
Vegetação, não tendo em conta que a vegetação não é toda igual!
• Knotweed 3 – What knot to do with Japanese knotweed:
https://www.youtube.com/watch?v=ZzG63ujtCo8&feature=emb_rel_pause
• Devido a cortes de vegetação feitos pelos proprietários (ou inquilinos) de
propriedades adjacentes à estrada, para terem visibilidade no acesso à via e
não só

Porque é um problema para as Infraestruturas?
Causa problemas vários nas infraestruturas viárias:
• Funcionais – afetação de orgãos de drenagem e do pavimento, podendo
colocar em causa a via
22.03.2019 29.04.2019

• Segurança – visibilidade; circulação de peões na faixa de rodagem
• Financeiros – valores despendidos consecutivamente e sem resultado
• Paisagísticos – altera a Paisagem e impede a sua visualização
EN305 – Viana do Castelo EN13 – Valença

• Ambientais e Sociais – responsabilidade social e ambiental; efeitos negativos
para a flora, a fauna, a água, e para a qualidade de vida das populações
Valongo – junto ao Rio Leça
29.05.2021

• Legais – cumprimento da legislação referente à DFCI devido ao aumento da
carga combustível e à rapidez com que se desenvolve
Valongo – junto ao Rio Leça
29.05.2021

Diário de Notícias, 23 outubro 2020
https://www.dn.pt/vida-e-futuro/amesterdao-liberta-5-mil-piolhos-para-eliminar-planta-invasora-
12955011.html?fbclid=IwAR25Z0527LXI_NRLjFuOFK85PXShBNfSNGQavMC0uFwQGTgDp4c81Yye7A0
“Segundo o The Guardian, o governo holandês tomou a decisão inédita de
emitir uma isenção sobre a proibição da introdução de espécies exóticas face
aos custos crescentes relacionados com as espécies invasoras.
A sanguinária do Japão (Fallopia japonica) está a provocar danos nas
fundações de edifícios, calçadas e diques na capital holandesa, que
causam prejuízos de milhões de euros por ano.
Testes de laboratório sugerem que os piolhos das folhas (psilídeos ou
Aphalara itadori) podem matar as plantas ainda jovens e, potencialmente,
parar o seu crescimento ao sugar a sua seiva.”

O que tem sido feito, pela IP? (out. 2020)
• Estratégia Nacional de Controlo de Plantas Invasoras da Infraestruturas de
Portugal
• Realização de ações de sensibilização, com colaboração de autarquias e da
ESAC / IPC (Hélia Marchante) e /ou CFE / UC (Elizabete Marchante)
• Estabelecimento de um protocolo de colaboração com a ESAC / IPC & CFE
(Hélia Marchante) e com o CFE / UC (Elizabete Marchante)
• Alerta a concessionárias (ex.: ASCENDI)
• Sensibilização de alguns vizinhos e de entidades próximas da população, na
expetativa do esclarecimento local (ex.: Juntas de Freguesia)
• Contactos com autarquias e outras entidades (ex.: Comunidades Intermunicipais,
ICNF), na perspetiva da união de esforços
• Criação de um grupo de trabalho dedicado ao tema

Grupo de Trabalho Fallopia (GT Fallopia)
ESAC / IPC | CFE / UC | IP, SA
ICNF; APA (ex-ARH Norte)
CIM Alto Minho; CIM Cávado; CIM do Ave; CIM do Tâmega e Sousa; AMPorto
C.M. Paredes de Coura; Laboratório da Paisagem – Guimarães
Ascendi
Erio; Ambiflora
• Ponto de situação da espécie em Portugal;
• Dinamização da “Rede de luta contra a Fallopia em Portugal”, que reúna as
entidades e cidadãos que contribuam para a diminuição dos problemas causados
por esta espécie, através de divulgação do problema, mapeamento da espécie,
ações de controlo, etc.;

O que tem sido feito, pelo GT Fallopia?
• Elaboração de um panfleto para divulgação online e
para distribuição, acerca da espécie e de como atuar
O QUE FAZER:
• Se a tem no jardim/terreno elimine-a:
- Arranque repetidamente e escave (eliminação de partes subterrâneas)
e/ou aplique herbicida.
- Limpe ferramentas e roupa, para evitar a disseminação noutros locais.
- Deixe a biomassa a secar (ex., em cima de plástico, para impedir que
enraíze), colocada num saco robusto (até secar completamente)
ou queime-a (depois de seca) ou envie para Centrais de Biomassa.
• Controle o destino dos solos "contaminados" com Fallopia de forma a evitar a
sua transferência e reutilização.

O QUE NÃO FAZER:
• NÃO intervenha/corte sem confirmar se há Fallopia na área.
• NÃO fragmente rizomas e caules (ex., com cortadores de relva,
motorroçadoras) porque fragmentos < 1 cm originam novas plantas em 10 dias!
• NÃO contribua para criar novos focos de invasão em locais onde voltar a usar
as ferramentas!
• NÃO coloque plantas cortadas/fragmentos no caixote do lixo, na
compostagem ou em contato com solo - podem sobreviver!
• NÃO ignore que a pode receber/ dispersar para outros locais como
contaminante do solo e de composto (não aceite solo sem a ter certeza que não
tem sanguinária-do-Japão).

• Realização de um webinar, no dia 15 de abril,
em que foram oradoras, Elizabete e Hélia Marchante.
Gravação disponível no youtube [AQUI]
e o .PPT no slideshare [AQUI]
• Experimentação de algumas metodologias de controlo

Próximos Passos
• Sistematização de Métodos de Controlo, Operacionalização e Divulgação
no âmbito do Grupo de Trabalho
• Elaboração de Boas Práticas e Plano de Ação (Decreto-Lei nº 92/2019,
de 10 de julho) para Fallopia spp.
• Realização de uma Ação de Formação destinada a técnicos que lidam com
vegetação - última quinzena de junho
• Realização de Ações de Sensibilização
• Definição de Estratégias de Controlo, em colaboração com autarquias;
02.06.2021 - Ação de Sensibilização para a proliferação da
“Fallopia Japonica” na NUT III Cávado | Plantas Invasoras em
Portugal – Sessão presencial, em Amares, promovida pela
CIM Cávado

Conclusão
No dia 1 de junho de 2020 – Dia Mundial da Criança,
mudemos o rumo ao Futuro!
• Mantenha-se informado e aprenda a reconhecer a espécie
https://invasoras.pt/pt/planta-invasora-muito-perigosa-sanguin%C3%A1ria-do-
jap%C3%A3o e na Ficha da Espécie.
• Partilhe localizações – Se a vir, registe em www.invasoras.pt/mapeamento ou na
APP “Plantas Invasoras” (iOS & Android) ou contacte gtfallopia@gmail.com
• Partilhe experiências e esteja atento;
• Partilhe informações – informe a sua Junta de Freguesia / C. Municipal
• Partilhe informações com amigos e conhecidos e adira à "Rede de Luta contra a
Fallopia", que se está a formar (envie mensagem para: gtfallopia@gmail.com)
criancas-felizes.jpg (800×534) (wp.com)

Conclusão
Unamos esforços e trabalhemos em Cooperação
Este é um problema de TODOS!
Apostar no bom estado de
conservação de ecossistemas
ripícolas e restauro dos
ecossistemas alterados/
intervencionados, o que ajudará a
evitar o estabelecimento e a
expansão da invasora.

paula.graca@infraestruturasdeportugal.pt
OBRIGADA

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