O documento discute a história evolutiva da vida na Terra, desde as primeiras formas de vida há 3,5 bilhões de anos até as espécies atuais. A vida passou por um processo de diversificação e complexidade ao longo do tempo, com períodos de florescimento e extinção em massa. A conquista do ambiente terrestre por plantas e animais a partir de há 440 milhões de anos marcou um ponto importante nessa história.
3. A existência de vida na Terra é uma
singularidade que distingue o nosso planeta
do resto do Universo conhecido.
Há evidências de que a Terra é habitada por
seres vivos desde há 3500 M. a.
aproximadamente.
Essas mesmas evidências sugerem que a vida
primitiva era muito diferente da actual.
A história da vida é uma história de mudança.
As teorias evolucionistas procuram explicar
como se desenvolveram as diferentes formas
de vida com as semelhanças e as diferenças
que apresentam.
4. Na actualidade, conhecem-se e estão
catalogados cerca de dois milhões de
espécies. Admite-se, no entanto que o
número de espécies existente seja muito
superior. Cerca de dez milhões para
alguns cientistas ou mesmo trinta e cinco
milhões para outros.
O estudo dos fósseis revela que as
formas de vida mudaram ao longo do
tempo. Dos seres primitivos mais simples
poucos vestígios se encontram.
5. Os fósseis são geralmente poucos e poucos
completos. De um modo geral, ficaram
preservadas peças mais ou menos
mineralizadas, como conchas, dentes, ossos,
etc. As partes moles dos seres complexos
dificilmente deixaram as suas impressões. Por
isso se admite que a vida no passado foi bem
mais exuberante do que aquela que a
Paleontologia revela.
Estão descritas cerca de 300 000 espécies
fósseis e este número não pára de crescer.
Apesar disso pensa-se que os fósseis
conhecidos não representam mais do que uma
pequena fracção das espécies que viveram no
passado.
6. Os investigadores calculam que, desde
que a vida apareceu na Terra, existiram
entre 1500 milhões e 15000 milhões de
espécies.
Estima-se que cerca de 99% das espécies
que povoaram a Terra se extinguiram.
Atendendo a estes números pode
concluir-se que o conjunto dos seres vivos
foi muitas vezes substituído ao longo da
história geológica.
7. O estudo dos fósseis sugere
reconstituições que permitem representar
a história da vida. Esta história pode
condensar-se num período de trintas dias,
correspondendo cada dia
aproximadamente a 150 milhões de anos
(2.1).
8.
9. Em Ciência os modelos são muito
vantajosos porque correlacionam os
factos conhecidos e dão-lhes uma
interpretação.
Merecem, no entanto, reservas, pois são
explicações possíveis em determinado
estádio do conhecimento.
Constituem bases de trabalho que devem
ser dinâmicas e reformuladas e mesmo
substituídas sempre que colidem com
novas explicações.
10. As espécies não se formam nem se
extinguem a um ritmo fixo.
Pelo contrário, devem ter existido períodos na
história da Terra em que a vida floresceu,
tendo aparecido repentinamente muitos
organismos novos.
Noutras ocasiões, porém, deu-se uma
extinção em massa, com desaparecimento de
muitas espécies ou mesmo de outros grupos
completos de organismos (fig.2).
11. Grandes mamíferos e aves
Dinossauros e muitas
espécies marinhas
35% das famílias animais
50% das famílias animais incluindo
95% das espécies marinhas
30% das famílias animais
50% das famílias animais
12. A história da vida
É demasiada complexa, feita de avanços
e recuos para poder apresentada de um
modo simplista.
De qualquer forma, sabe-se que houve
uma diversificação e um aumento
progressivo de complexidade ao longo do
tempo.
13. 3500 M. a.
Há evidencias fósseis de que a vida se
iniciou há 3500 M. a. Julga-se que os
primeiros organismos eram unicelulares,
procariontes e heterotróficos.
14. 1500 – 1450 M. a.
Bastante mais tarde, há cerca de 1500 –
1450 M. a. apareceram as células
eucarióticas.
A partir das células eucarióticas
originaram-se as plantas e os animais,
organismos multicelulares.
15. 550 M. a.
Os animais com conchas e os primeiros
vertebrados apareceram talvez há 550 M.
a.
16. 440 M. a.
A conquista do ambiente terrestre
começou há 440 M. a., quando a camada
do ozono já era suficiente para filtrar as
radiações nocivas. Primeiro, foram as
plantas que começaram a colonizar o
meio terrestre, acabando por originar
extensas florestas que cobriram os
continentes.
17. Só depois (- 370 M. a.) animais como os
Artrópodes (Exemplos: insectos, aranhas,
crustáceos e outros) e Vertebrados
começaram também a conquistar
ambientes fora de água. A conquista do
ambiente terrestre foi acompanhada por
explosão de diversidade, dada a
variedade de nichos ecológicos diferentes
que estavam disponíveis e foram
ocupados pelos seres vivos terrestres.
18. 120 M. a.
Há 120 M. a. Deve ter ocorrido uma
radiação adaptativa nas plantas actuais
com flor.
19. 65 M. a.
A radiação adaptativa dos mamíferos
ocorreu há 65 M. a., levando a uma
grande diversidade que se estendeu por
toda a Terra. Ao mesmo tempo, dava-se o
fim dos dinossauros. Alguns cientistas
pensam que a radiação adaptativa dos
mamíferos está relacionada com a
extinção dos dinossauros.