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AINDA SOBRE O PRÉ-
MODERNISMO NO
BRASIL...
EUCLIDES DA CUNHA
• (1866-1909)
• Nasceu em Cantalago, Rio de Janeiro.
• Foi escritor, jornalista, professor.
• Foi enviado como correspondente ao sertão da Bahia
para cobrir a guerra de canudos.
• Seu livro, “os sertões” representou uma das principais
obras do pré-modernismo
A OBRA: “OS SERTÕES”
• Publicada em 1902 (início do pré-
modernismo)
• A obra é traz como cenário a guerra de
canudos, na Bahia.
• Dentre as características encontradas na
obra, destaca-se o nacionalismo.
• A obra é dividida em três partes: A terra, o
homem, a luta.
1º PARTE: A TERRA
As caatingas
Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua.
Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.Ao
passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e
não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e
desdobra-se-lhe na frente léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e
secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando
um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante.
Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos – mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o
tapete de gramíneas murchas – e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto,
semelham uma só família de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no
tamanho, tendo todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos,
em esgalhos logo ao irromper do chão.”
CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Francisco Alves/Publifolha, 2000. p. 37-8.
2º PARTE: O HOMEM.
Tradições
“Volvem os vaqueiros ao pouso e ali, nas redes bamboantes, relatando as peripécias da
vaquejada ou famosas aventuras de feira, passam as horas matando, na significação
completa do termo, o tempo, e desalterando-se com a umbuzada saborosíssima, ou
merendando a iguaria incomparável de jerimum com leite.”
3º PARTE: A LUTA
O cadáver de conselheiro
Antes, no amanhecer daquele dia, comissão adrede
escolhida descobrira o cadáver de Antônio
Conselheiro.
Jazia num dos casebres anexos à latada, e foi
encontrado graças à indicação de um prisioneiro.
Removida breve camada de terra, apareceu no
triste sudário de um lençol imundo, em que mãos
piedosas haviam desparzido algumas flores
murchas, e repousando sobre uma esteira velha, de
tábua, o corpo do “famigerado e bárbaro” agitador.
Estava hediondo. Envolto no velho hábito azul de
brim americano, mãos cruzadas ao peito, rosto
tumefato, e esquálido, olhos fundos cheios de terra
— mal o reconheceram os que mais de perto o
haviam tratado durante a vida.

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  • 1. AINDA SOBRE O PRÉ- MODERNISMO NO BRASIL...
  • 2. EUCLIDES DA CUNHA • (1866-1909) • Nasceu em Cantalago, Rio de Janeiro. • Foi escritor, jornalista, professor. • Foi enviado como correspondente ao sertão da Bahia para cobrir a guerra de canudos. • Seu livro, “os sertões” representou uma das principais obras do pré-modernismo
  • 3. A OBRA: “OS SERTÕES” • Publicada em 1902 (início do pré- modernismo) • A obra é traz como cenário a guerra de canudos, na Bahia. • Dentre as características encontradas na obra, destaca-se o nacionalismo. • A obra é dividida em três partes: A terra, o homem, a luta.
  • 4. 1º PARTE: A TERRA As caatingas Então, a travessia das veredas sertanejas é mais exaustiva que a de uma estepe nua. Nesta, ao menos, o viajante tem o desafogo de um horizonte largo e a perspectiva das planuras francas.Ao passo que a caatinga o afoga; abrevia-lhe o olhar; agride-o e estonteia-o; enlaça-o na trama espinescente e não o atrai; repulsa-o com as folhas urticantes, com o espinho, com os gravetos estalados em lanças; e desdobra-se-lhe na frente léguas, imutável no aspecto desolado: árvores sem folhas, de galhos estorcidos e secos, revoltos, entrecruzados, apontando rijamente no espaço ou estirando-se flexuosos pelo solo, lembrando um bracejar imenso, de tortura, da flora agonizante. Embora esta não tenha as espécies reduzidas dos desertos – mimosas tolhiças ou eufórbias ásperas sobre o tapete de gramíneas murchas – e se afigure farta de vegetais distintos, as suas árvores, vistas em conjunto, semelham uma só família de poucos gêneros, quase reduzida a uma espécie invariável, divergindo apenas no tamanho, tendo todas a mesma conformação, a mesma aparência de vegetais morrendo, quase sem troncos, em esgalhos logo ao irromper do chão.” CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Francisco Alves/Publifolha, 2000. p. 37-8.
  • 5. 2º PARTE: O HOMEM. Tradições “Volvem os vaqueiros ao pouso e ali, nas redes bamboantes, relatando as peripécias da vaquejada ou famosas aventuras de feira, passam as horas matando, na significação completa do termo, o tempo, e desalterando-se com a umbuzada saborosíssima, ou merendando a iguaria incomparável de jerimum com leite.”
  • 6. 3º PARTE: A LUTA O cadáver de conselheiro Antes, no amanhecer daquele dia, comissão adrede escolhida descobrira o cadáver de Antônio Conselheiro. Jazia num dos casebres anexos à latada, e foi encontrado graças à indicação de um prisioneiro. Removida breve camada de terra, apareceu no triste sudário de um lençol imundo, em que mãos piedosas haviam desparzido algumas flores murchas, e repousando sobre uma esteira velha, de tábua, o corpo do “famigerado e bárbaro” agitador. Estava hediondo. Envolto no velho hábito azul de brim americano, mãos cruzadas ao peito, rosto tumefato, e esquálido, olhos fundos cheios de terra — mal o reconheceram os que mais de perto o haviam tratado durante a vida.