8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
Hércules
1. Hércules
Rui Francisco Carvalheira Varandas
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Hoje, venho falar sobre Hércules, “Quem foi Hércules?” e a sua importância a
nível literário, inclusive, no mundo das artes.
Hércules é o nome, em latim, dado pelos antigos romanos ao herói da mitologia
grega Héracles, filho de Zeus e da mortal Alcmena. Os romanos chamavam “Júpiter” a
Zeus.
O mito de Hércules para além de ter incorporado muito da iconografia e da própria
mitologia da personagem grega, ele também tinha um número de características e lendas
que eram essencialmente romanas.
O nome latino Hércules é uma modificação do nome etrusco Hercle, derivado por
sua vez, do grego via síncope. Um juramento invocando Hércules era uma interjeição era
uma interjeição comum no latim clássico. Essa interjeição era “Hercle!” ou “Mehercle!”.
Apesar de ser um campeão e um grande guerreiro, Hércules também se utilizava
de trapaças e de truques sujos a seu favor. No entanto, tornou-se renomeado por ter
destruído diversos monstros perigosos.
Com muito sacrifício, Hércules, foi promovido aos reinos do Monte Olimpo, onde
recebeu as boas vindas dos deuses.
Alguns imperadores assumiram os atributos de Hércules (como Trajano, que,
enquanto imperadores de períodos posteriores, em especial Cômodo e Maximiano, foram
além e frequentemente identificavam-se ou comparavam-se com Hércules, patrocinando
seu culto. Maximiano chamava-se “Herculius” (pequeno Hércules). O culto de Hércules
espalhou-se pelo mundo romano. No Egito romano descobriu-se, no Oásis de Bahariya,
o que se acredita serem as ruínas de um templo de Hércules.
Os romanos adotaram as histórias gregas sobre Hérades, acrescentando detalhes
anedóticos próprios, alguns dos quais ligavam Hércules à geografia do Mediterrânio
ocidental.
Dentro dos famosos doze trabalhos de Hércules destacaram-se dois: “O touro de
Creta” e o “Cão Cérbero”.
Na Eneida, Virgílio narra um mito sobre Hércules derrotando o monstruoso caco,
que vivia numa caverna sob o Palatino (uma das sete colinas de Roma).
2. Hércules
Rui Francisco Carvalheira Varandas
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Na Península Ibérica existiu um forte culto de Hércules uma vez que o seu nome
esteve ligado ao Estreito de Gibraltar, que durante toda a antiguidade era identificado pelo
nome “Colunas de Hércules”. A sua associação a muitos monumentos em terras
portuguesas e espanholas, é criticada por Gaspar Barreiros. A propósito do que é hoje
conhecido como Arco de Trajano em Mérida, e que antes era associado a Hércules.
Ainda hoje resiste uma identificação à Torre de Hércules na Corunha (também
associada a Trajano), mas muitas outras desapareceram. Por exemplo, Pedro de Mariz
ainda falava da “Torre de Hércules” em Coimbra. A torre pentagonal de Coimbra teria a
inscrição em latim: “Quinaria turris Herculea fundata manu”. Esta torre, bem como a
maior parte do castelo de Coimbra foi depois demolida num projeto do Marquês de
Pombal de aí a fazer um observatório. Em Cádis existiram também duas torres, por vezes
associadas às colunas de Hércules.
Desde o Renascimento, poucas vezes se fez a distinção entre Hércules e Héracles.
A figura romana acabou assumindo o lugar da grega. Interpretações posteriores da lenda
de Hércules retrataram-no como um homem justo, naturalmente altruísta e defensor de
fracos e oprimidos. Entretanto, é válido ressaltar que quanto mito grego, Hércules era
muito mais retratado como um meio termo entre deus e um homem, essencialmente bruto,
insociável, bêbado e sedutor, quase irracional.
Hércules foi o motivo de diversas moedas e medalhas comemorativas, tendo a
mais recente delas sido a celebre moeda austríaca de prata “Barroca”, de vinte euros,
lançada a 11 de setembro de 2002.
Dou assim por terminada a minha apresentação!