Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO DESCRITIVO
Um texto ou excerto descritivo constrói‑se à volta de uma
determinada realidade ou situação para a descrever, para
apresentar os seus diversos pormenores.
Podem descrever‑se pessoas ou personagens (com
características físicas e/ou psicológicas), lugares,
acontecimentos e todo o tipo de realidades ou objetos.
Muitas vezes, os excertos descritivos encontram ‑se intercalados com
sequências narrativas, para se apresentarem as características
dos mais diversos elementos que vão surgindo no desenrolar
da ação – paisagens, casas, pessoas, animais, objetos, etc.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO DESCRITIVO
Algumas marcas textuais
– Verbos que indicam estados ou situações estáticas no
pretérito imperfeito do indicativo ou no presente do
indicativo;
– Abundância de adjetivos e outras expressões caracterizadoras;
– Utilização de vocabulário ligado ao domínio dos sentidos;
– Recursos estilísticos como a adjetivação, a enumeração, a
comparação, a metáfora…
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO NARRATIVO
Um texto narrativo, ou um excerto narrativo, caracteriza ‑se por
apresentar os seguintes elementos:
a. Ação – acontecimentos narrados;
b. Narrador – entidade que conta a história, que apresenta a ação;
c. Tempo – momento em que decorre a ação;
d. Espaço – lugar ou lugares onde se desenvolve a ação;
e. Personagens – entidades que intervêm na ação narrada.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO NARRATIVO
NARRADOR
Convém não confundir o autor do texto – um ser humano real que
escreveu a obra – com o narrador – uma entidade que existe apenas
dentro do texto como personagem, ou apenas como a “voz” que conta a
história.
Considerando a sua participação na acção, o narrador pode ser:
Participante Não participante
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO NARRATIVO
NARRADOR
Participante Não participante
Não entra na ação do texto como
É uma das personagens do texto e
personagem. Narra uma história em
narra a história em que participa.
que não participa.
Verbos, pronomes Verbos, pronomes
e determinantes de e determinantes de
1.ª pessoa. 3.ª pessoa.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO NARRATIVO
Tendo em conta a importância que tem no
PERSONAGE
desenvolvimento da ação, uma personagem
M
pode ser:
PRINCIPAL SECUNDÁRIA
Personagem mais importante, em Personagem com menos
torno da qual se desenrola a ação. importância que participa no
desenvolvimento da ação.
Num texto narrativo, podem ainda aparecer personagens FIGURANTES, que
não têm intervenção direta na ação.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO NARRATIVO
Algumas marcas textuais
– Predominância de verbos no pretérito perfeito do indicativo;
– Abundância de expressões indicadoras de tempo e espaço.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
ALGUNS GÉNEROS
DE TEXTO NARRATIVO
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
FÁBULA
A fábula é um texto narrativo com as seguintes características:
– história quase sempre breve;
– escrito em verso ou em prosa;
– ação simples;
– poucas personagens que são muitas vezes animais;
– apresenta um ensinamento final – moral.
A fábula, apresentando os vícios ou virtudes dos seres humanos,
representados por animais, tem como intenção apresentar um
ensinamento, procurando exercer influência sobre o leitor/ouvinte.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
LENDA
Com origem na tradição oral, a lenda é um texto narrativo em
que:
– um facto histórico aparece transfigurado ou transformado
pela imaginação popular;
– a ação é, muitas vezes, localizada no tempo e no espaço;
– a história contada apresenta sempre algo de maravilhoso ou
fantástico.
As lendas, contendo um fundo de verdade, propõem uma
explicação para a origem ou razão de um fenómeno, de um
facto, de um nome, etc.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
CONTO
POPULAR
O conto popular partilha as características essenciais do conto
literário, mas apresenta alguns traços particulares:
– tem origem no povo (popular);
– é fruto da transmissão oral, como a restante literatura
tradicional;
– as personagens são geralmente anónimas e
representativas de grupos;
– situa-se num tempo normalmente passado, indefinido, mas
com ensinamentos atuais.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
BIOGRAFIA
Biografia é uma palavra de origem grega, constituída pelos
elementos bios – ‘vida’ – e grafia – ‘escrita’.
Enquanto texto, uma biografia é, portanto, a história da
vida de alguém.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
AUTOBIOGRAFIA
Uma autobiografia é uma biografia escrita pela pessoa
ou entidade que a viveu (como o elemento auto- sugere). Por
isso, haverá neste tipo de texto a predominância do narrador
participante.
Pode ser um texto que relata aspetos reais ou imaginários,
dependendo de o narrador ser real ou imaginário.
Numa autobiografia ou texto autobiográfico surgem muitas
marcas da primeira pessoa (nos verbos, pronomes e
determinantes).
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
BIOBIBLIOGRAFIA
A palavra biobibliografia é formada a partir de três palavras
gregas:
– bios, que significa ‘vida’;
– biblos, que significa ‘livro’;
– grafia, que significa ‘escrita’.
É uma apresentação da vida e das obras de um autor .
Este tipo de texto inclui aspetos da vida do autor, como a
data de nascimento, a instrução adquirida, os cargos
desempenhados, os prémios recebidos, entre outros.
Uma biobibliografia pode incluir a referência a todos os trabalhos
do autor ou apenas aos considerados mais representativos e pode
ainda mencionar obras escritas sobre o autor.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
DIÁRIO
O diário é um tipo de texto com características muito próprias:
– escrita localizada no tempo, com a referência à data;
– ordenação cronológica, isto é, apresentada pela ordem
temporal.
Num diário, registam‑se vivências ou experiências
pessoais e a visão/opinião sobre os mais variados
acontecimentos.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
Outros textos…
NOTÍCIA
A palavra notícia tem origem no verbo latino noscere, que significa
‘conhecer’. É um texto jornalístico oral ou escrito que apresenta,
normalmente, um carácter formal, curto, objetivo e
narrativo.
Uma notícia aborda, habitualmente, informação sobre:
– alguém ou algo que fez alguma coisa (quem?);
– um espaço (onde?);
– um tempo (quando?);
– as ações (o quê? como?);
– a finalidade (porquê?).
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
NOTÍCIA
ESTRUTURA
– Título (que pode apresentar um antetítulo, título e subtítulo).
– Lead (‘guia’ – primeiro parágrafo da notícia onde se apresenta
um resumo breve sobre os dados que se incluem na notícia e que
responde às questões “Quem?”, “O quê?”, “Onde?” e “Quando?”).
– Corpo da notícia (parágrafos seguintes, onde se desenvolve a
informação, respondendo eventualmente às perguntas “Porquê?” e
“Como?”).
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
REPORTAGEM
É um texto de imprensa de carácter informativo.
A reportagem amplia a notícia, apresentado as circunstâncias
e acrescentando pormenores.
Trata-se de um género jornalístico, oral ou escrito, que aborda um
tema interessante e atual.
Apresenta uma construção diversificada que pode misturar narração,
descrição, diálogos, exposição e argumentação. Procura transmitir
uma visão ampla dos factos e transportar o leitor/ouvinte para a cena dos
acontecimentos.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
REPORTAGEM
ESTRUTURA
– Abertura ou síntese dos dados fundamentais da notícia.
– Apresentação dos factos e descrição de ambientes e
participantes, das suas atitudes e emoções.
– Síntese final.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO DE OPINIÃO
É um texto jornalístico cujo conteúdo pode ser muito variado.
Deve ser breve, claro na interpretação dos factos e
apresentar posições bem fundamentadas.
Os factos são apresentados e interpretados pelo
autor, que faz sobre eles um juízo de valor, de acordo com o seu
ponto de vista.
Na comunicação social, a opinião aparece em diversos tipos de
texto, como o artigo de opinião, que aborda os mais diversos
assuntos, da arte à divulgação científica.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO EXPOSITIVO
É um texto em que se apresentam e explicam
conceitos.
Este tipo de texto pode apresentar momentos de:
•Exposição – sucessão de informações com o objetivo de dar a
conhecer algo;
•Explicação – esclarecimento sobre o problema e a sua
resolução.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO EXPOSITIVO
Algumas marcas textuais
– Verbos com sentido expositivo e explicativo, como ser, ter,
consistir, haver, pertencer…, no presente, pretérito perfeito e
futuro do indicativo e na 3.ª pessoa;
– Conjunções e locuções que indicam causa e consequência;
– Vocabulário especializado.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO INSTRUCIONAL
Texto que tem o objetivo de controlar o comportamento
do(s) seu(s) destinatário(s). Os textos instrucionais podem…
… incitar à ação;
… impor regras;
… fornecer instruções sobre as etapas e os procedimentos
para alcançar um determinado objectivo.
Exemplos:
•Receitas (culinárias ou outras);
•Leis e demais normas de conduta;
•Instruções de montagem e utilização;
•Provérbios;
•Slôganes…
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO INSTRUCIONAL
Algumas marcas textuais
– Verbos, em geral, de movimento que incitam à ação;
– Formas verbais no imperativo, infinitivo impessoal e futuro do
indicativo.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO CONVERSACIONAL
O texto conversacional é produzido por, pelo menos, dois
interlocutores que tomam a palavra à vez.
O texto conversacional manifesta-se, por exemplo, numa
conversa telefónica, nas interações quotidianas
orais, nos debates e nas entrevistas.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO CONVERSACIONAL
Algumas marcas textuais
– Formas verbais do modo indicativo e do imperativo;
– Presença da 1.ª e da 2.ª pessoas verbais e em pronomes e
determinantes;
– Modos de localização espacial que indicam proximidade (este,
aqui…) ou afastamento (esse, aquele, ali, acolá…);
– Formas de tratamento que mostram distância ou proximidade
entre os interlocutores.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO POÉTICO
O texto poético apresenta‑se, habitualmente, em verso e é
utilizado, sobretudo, para a expressão de sentimentos ou emoções
da entidade a que se chama sujeito poético ou eu
poético/lírico.
A cada uma das linhas de uma composição poética dá ‑se o
nome de verso e a cada conjunto de versos, separado por um
espaço em branco, chama‑se estrofe.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO POÉTICO
Tendo em conta o número de versos, as
Estrofes estrofes têm diferentes designações:
Estrofe com
6 versos Sextilha
1 verso Monóstico 7 versos Sétima
2 versos Dístico 8 versos Oitava
3 versos Terceto 9 versos Nona
4 versos Quadra 10 versos Décima
5 versos Quintilha Mais de 10 Irregular
versos
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO POÉTICO
Sílabas métricas
O verso é constituído por um determinado número de sílabas,
percetíveis na leitura, que nem sempre coincidem com as sílabas
gramaticais das palavras que o integram. A contagem destas
sílabas métricas faz‑se até à sílaba tónica da última palavra do
verso.
Ver as coisas mais além
Do que alcança a nossa vista!
Ver as coi sas mais a lém
Do que_al can ça_a no ssa vis
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO POÉTICO
A rima é a correspondência de sons em lugares
Rima determinados dos versos, normalmente no final. Os
versos rimam quando existe correspondência de sons a
partir da vogal da sílaba tónica da última palavra.
De acordo com as combinações, é possível classificar as rimas:
Rima emparelhada Quando os versos rimam seguidos, dois a
dois.
Rima cruzada Quando os versos rimam alternadamente.
Rima interpolada Quando dois versos que rimam são
separados por dois ou mais de rima
diferente.
Versos soltos ou Versos que não rimam com nenhum outro.
brancos
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO DRAMÁTICO
O texto dramático é, normalmente, escrito para ser
representado. A representação do texto dá origem a uma
realidade distinta a que se chama teatro.
No texto dramático podemos encontrar:
a. Ação – acontecimentos vividos pelas personagens;
b. Tempo – momento em que decorre a ação;
c. Espaço – lugar ou lugares onde se desenvolve a ação;
d. Personagens – entidades que se envolvem na ação.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO DRAMÁTICO
Num texto dramático é possível distinguir dois tipos de
discurso:
1. Discurso principal – as falas das personagens; é a
partir destas falas que percebemos o desenvolvimento dos
acontecimentos.
2. Discurso secundário – as didascálias ou indicações
cénicas (palavras do dramaturgo sobre as personagens, o
espaço/cenário, entre outros aspetos), que surgem em itálico
e/ou entre parênteses. Servem para orientar a representação
e a leitura do texto, mas não são ditas em voz alta.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
TEXTO DRAMÁTICO
ESTRUTURA EXTERNA
Os textos dramáticos aparecem, muitas vezes, divididos em
cenas e atos.
As cenas são marcadas pela entrada ou saída de
personagens.
Os atos indicam mudança de cenário.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
CARTA
É um texto escrito em que se estabelece a comunicação
com alguém de quem somos próximos e que está longe ou para a
resolução de situações que exigem um tratamento mais formal.
Em termos de estrutura, a carta deve integrar:
– Local e data;
– Saudação inicial (identificação da pessoa a quem se dirige a
carta);
– Introdução (apresentação breve do assunto da carta);
– Corpo da carta (desenvolvimento do assunto);
–
Porto Editora Fórmula de despedida e assinatura.
Dito e Feito, 6.º ano
CONVITE
É uma carta que convida para um evento: festa,
aniversário, casamento…
Geralmente, o convite inclui as informações seguintes:
– Nome de quem convida;
– Corpo do convite (informação essencial);
– Local do evento;
– Data e hora do acontecimento.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
AVISO
É um texto formal, através do qual se transmitem
informações diversas.
A linguagem deve ser objetiva para não haver dúvidas na
sua interpretação.
A sua estrutura deve incluir:
– o título – Aviso;
– o corpo do texto,
– local;
– data;
– assinatura.
Porto Editora
Dito e Feito, 6.º ano
ANÚNCIO
É um texto formal, curto e sintético. Destina-se a
divulgar alguma situação, algum acontecimento, algum produto
ou alguém.
O vocabulário (sobretudo nomes e adjetivos) deve ser
preciso e as frases, se existirem, devem ser curtas e com
pontuação cuidada.
Porto Editora