O documento descreve problemas com a reverência e respeito dado à Eucaristia na Igreja Católica moderna, incluindo a distribuição da comunhão na mão e em copos descartáveis, e a colocação do Santíssimo Sacramento em locais inadequados nas igrejas. O autor argumenta que essas práticas violam as instruções do Papa Paulo VI e levam a profanações, pedindo que os bispos tomem medidas para corrigir essa situação.
1. 31/05/2018
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo
(Corpus Christi)
Esta expressão ‘’Corpus Christi’’, saiu dos lábios do Papa Urbano IV como fruto
da sua fé na presença real do Senhor no augusto sacramento do altar. Foi por volta do
ano 1264 que sua Santidade o Papa Urbano IV, diante do milagre eucarístico de
Bolcena na Itália, vendo as toalhas do altar tingidas de vermelho pelo sangue de Cristo,
e a hóstia transformada em carne, caiu de joelhos maravilhado, absorto e perplexo
ante o ocorrido, beijou-o e exclamou em latim: Corpus Christi.
Naquela época o Santo Padre encarregou santo Tomás de Aquino, seu
assessor teológico, de escrever o oficio do Corpo de Deus. Santo Tomás escreveu o
ofício, como também vários hinos eucarísticos conhecidos e cantados nas liturgias
ainda hoje. A Igreja Católica ao apresentar a Sagrada Hóstia aos que vão comungar,
continua dizendo: O Corpo de Cristo. Os comungantes são instruídos a responder:
Amém. O
“amém” que eles respondem é uma breve e imediata profissão de fé. Só que essa fé,
necessita ser alimentada pela devoção; piedade, pelo máximo respeito e cuidado ao
tratar com tão sublime Sacramento. Essa devoção, esse cuidado, o povo de Deus tem
que vê-los em primeiro lugar nos pastores da Igreja: Padres; Bispos, etc... Mas
infelizmente não é isso que estamos vendo. Estamos presenciando pelo contrário um
total desleixo. O Santíssimo Sacramento é colocado em qualquer lugar dentro da
Igreja. Menos no centro do presbitério debaixo da cruz. O seu justo lugar seria esse,
pois a santíssima eucaristia é fruto da cruz. Dói-me o coração vendo o Santíssimo
colocado num canto, num corredor, numa salinha desarrumada. Há Igrejas que
quando o fiel chega, quase que precisa adivinhar onde está o Sacrário.
A Santa Igreja Católica Apostólica Romana, nunca mandou agir de tal modo.
Tal tratamento é fruto da falta de fé de alguém que deveria ser exemplo. Abismados
estamos assistindo outras lamentáveis aberrações: Muitos passamem frente ao
Santíssimo Sacramento, não fazem a genuflexão, nem simples nem dupla, fazem
apenas uma inclinação. Outra dor no coração: A Santa Comunhão é pessimamente
distribuída na mão. O Papa Paulo VI, hoje Beato, pressionado por um grupo de Bispos,
cedeu ao pedido de dar a Santa Comunhão na mão. Mas isso ele fez, mediante a
observação de oito condições:
1° Cada Bispo deve decidir se autoriza ou não em sua diocese a introdução do novo
rito, e isso com a condição de que haja uma preparação adequada dos fieis e que se
afaste todo perigo de irreverência.
2° A nova maneira de comungar não deve ser imposta, mas cada fiel conserve o
direito de receber a comunhão na boca, sempre que preferir. (Já ouvi várias
reclamações de fieis, dizendo que o Padre lhes obrigou a receber a santa Comunhão na
mão, e lhes proibiu de ajoelhar).
2. 3° Convém que o novo rito seja introduzido aos poucos, começando por pequenos
grupos e precedido por uma adequada catequese. Esta visará a que não diminua a fé
na presença Eucarística, e que se evite qualquer perigo de profanação.
4° A nova maneira de comungar não deve levar o fiel a menosprezar a comunhão,
mas a valorizar o sentido de sua dignidade de membro do corpo místico de Cristo.
5° A hóstia deverá ser colocada sobre a palma da mão do fiel, que a levará à boca
antes de se movimentar para voltar ao lugar. Ou então, embora por várias razões isso
nos pareça menos aconselhável, o fiel apanhará a hóstia na patena ou no sibório, que
lhe é apresentado pelo ministro que distribui a comunhão, e que assinala seu
ministério dizendo a cada um a formula: “O Corpo de Cristo”. É pois, reprovado o
costume de deixar a patena ou o sibório sobre o altar, para que os fieis retirem do
mesmo a hóstia, sema apresentação por parte do ministro. É também inconveniente
que os fiéis tomem a hóstia com os dedos em pinça e andando, a coloquem na boca.
(Esses erros mencionados nesta 5º condição, são os que mais estão acontecendo em
muitas Paróquias).
6° É mister tomar cuidado com os fragmentos, para que não se percam, e instruir o
povo a seu respeito. É preciso, também, recomendar aos fieis que tenham as mãos
limpas.
7° Nunca é permitido colocar na mão do fiel a hóstia já molhada no cálice.
8° Os Bispos que introduzirem o novo rito em suas dioceses deveram apresentar,
dentro de seis meses, umrelatório à sagrada Congregação para o Culto Divino sobres
os resultados colhidos. Só mediante o respeito destas sabias condições, poderemos
aguardar os frutos, que todos desejamdesta medida.
Lamentavelmente nenhuma destas condições está sendo observadas.
Situação atual:
a) As Santas Comunhões são distribuídas como se fossembalinhas ou
biscoitos.
b) Fazem palestras; fazem congressos eucarísticos um atrás do outro, mas
misteriosamente não tratam destes assuntos práticos. Acham que não tem
importância.
c) Entrega-se a sagrada hóstia para qualquer um de qualquer jeito, sem saber
se a pessoa tem ou não as condições exigidas pela Igreja para comungar,
(condições, que deveriam ser ensinadas na catequese). As consequências
destes descasos, são visíveis e desastrosas; hóstias consagradas levadas
para terreiros de macumba; hóstias pisadas e cuspidas; hóstias levadas
para missas negras, etc...
d) As crianças, adolescentes e jovens, passamdois anos na catequese
enchendo a cabeça de teorias, no fim não sabemnem teoria nem pratica.
e) Os vasos sagrados usados na Santa Missa são entregues a ministros
extraordinários da Santa Comunhão para fazerem a purificação, sem
3. nenhuma instrução previa. Os ministros ordenados (os Padres e Bispos),
deveria saber que só eles é que poderiam fazer as purificações.
Essa é a situação que estamos vivendo atualmente na santa Igreja de Deus. O
santo Sacrifício da Missa fica mergulhado em palmas; levantação de mãos; de braços;
gritarias; tudo tem que ser feito dentro da Santa Missa: Sorteios; leituras de
mensagens; homenagens; curas; orações em línguas; discursos e mais discursos.
Quanto mais o Padre faz barulho dentro da Santa Missa, mais celebrou uma “Missa
ungida”. O animador, figura inventada por eles, manda mais na Missa do que o próprio
celebrante. Pergunto: Isso é a Santa Missa, perpetuação do santo sacrifício de Jesus no
calvário, ou é uma bola de neve que vai sempre mais crescendo? Ou ainda mais grave,
um culto protestante?
Há alguns dias atrás, tive a desventura de ouvir uma infeliz expressão como
esta: “bem-vindos à festa da Eucaristia”. Gostaria de aconselhar a leitura do livro:
Excelências da Santa Missa, de São Leonardo de Porto Mauricio.
Não raro fica-se sabendo que sacrários foram profanados, hóstias
consagradas jogadas no chão. Quem socorrerá o Senhor dessas barbáries? Quem
socorrerá o Senhor dessas chacinas? Reverendíssimos Padres; Excelentíssimos Bispos;
Eminentíssimos Cardeais. Considerem bem o que estou dizendo, e são seus deveres,
tomar atitudes. Deem um basta nessas anarquias, (para não dizer uma palavra mais
dura). Quando há acontecimentos solenes como por exemplo a Jornada Mundial da
Juventude (JMJ), pensa-se em tudo nos seus mínimos detalhes. Menos em ambulas
dignas, para a distribuição da santa comunhão, chegando-se ao supino desrespeito de
distribuir a sagrada comunhão em copos descartáveis. Isso é de sangrar o coração de
quem tem fé; isso é um escândalo para a fé dos pequeninos. Se todo esse estado de
coisas que acabei de mencionar não for sacrilégio; profanação, então o que é
sacrilégio? O que é profanação?
Há alguém que chega ao despautério de proibir o fiel de comungar de joelhos e na
boca. Onde fica aí o respeito aos direitos da pessoa?
Depois do moto próprio do Papa Bento XVl, ainda existem Prelados que proíbem a
celebração da Santa Missa no rito Tradicional ou Tridentino na sua diocese. Mas não só
não proíbem as chamadas “Missas certanejas; Missa do vaqueiro; Missa afro; Missa
criola” mas incentivam-nas. A Santa Missa no rito Tradicional ou Tridentino como é
conhecida pelo seu esplendor; pela sua beleza e pela piedade e devoção, é a que mais
se aproxima da liturgia celeste; essas outras são profanações, são sacrílegas. Só existe
uma Missa, a do calvário.
Ante o incontestável e lamentável exposto, só posso exclamar: Virgem
Santíssima, Livre-me Deus dessa epidemia!
(Padre Luis Lima de Sousa)