ATUALIZAÇÃO DE AÇÕES/2016
1.-SETOR RODOVIÁRIO
-BR 101: IMPLANTAÇÃO TERCEIRA FAIXA OSÓRIO-MORRO ALTO
-INTERSEÇÃO BR 101/BR 290/RS 030 (OSÓRIO), INCLUINDO O CONTORNO DE OSÓRIO
-BR 290: QUARTA FAIXA PISTA GRAVATAÍ-OSÓRIO NOS DOIS SENTIDOS
-RS 030: TERCEIRA FAIXA E ACOSTAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS OSÓRIO - TRAMANDAÍ
-RS 389: DUPLICAÇÃO OSÓRIO-CAPÃO DA CANOA
-RS 389 DUPLICAÇÃO CAPÃO DA CANOA-ARROIO TEIXEIRA-TORRES
RS 040 VIAMÃO CAPIVARI~CIDREIRA OSÓRIO:: DUPLICAÇÃO INCLUINDO ACESSO CIDREIRA, REVITALIZANDO A INTER PRAIAS, CRIANDO UM NOVO POLO DE DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO ENTRE TRAMANDAÍ SUL E PINHAL
-AVENIDA LITORAL : PINHAL-TORRES
-BR 101: MORRO ALTO-TORRES:
#RUAS LATERAIS ENTRE OSÓRIO -MORRO ALTO
##IMPLANTAÇÃO DISTRITOS INDUSTRIAIS, PELA CRIAÇÃO DE UMA FAIXA DE DOMÍNIO ENTRE OSÓRIO E TORRES, DEIXANDO DE SER CORREDOR DE PASSAGEM
-DUPLICAÇÃO RS 407 MORRO ALTO/CAPÃO DA CANOA
-INTERSEÇÃO ROTA DO SOL/BR 101/ESTRADA DO MAR
2.-OBRAS PORTUÁRIAS:
*CONCLUSÃO MOLHES DO RIO MAMPITUBA/TORRES
*EXECUÇÃO MOLHES DE TRAMANDAÍ-IMBÉ, COM SISTEMA DE REGULARIZAÇÃO DE ORLA MARÍTIMA POR JET PUMP,:COMPORTAS DE REGULARIZAÇÃO DE CUNHA SALINA:DRAGAGEM DE CANAL DE 4,00 m DE CALADO:NOVA PONTE SOBRE O RIO TRAMANDAÍ DE ACESSO A IMBÉ, TERMINAL PESQUEIRO AO LONGO DO RIO TRAMALHAI, E ZONA TURÍSTICA AO LONGO DOS MOLES SUL E NORTE
**EXEMPLO DE IMPLEMENTAÇÃO DE AMPLIAÇÕES DO DO SETOR RODOVIÁRIO ATRAVÉS DE UM POLO RODOVIÁRIO COM CENTRO GEOGRÁFICO EM OSÓRIO,, CONSTITUÍDO PELAS RODOVIAS, MENCIONADAS NO ITEM 1, SUPRA:
RS 040 (VIAMÃO-CAPIVARI-OSÓRIO):
RS 474 (TAQUARA-ROLANTE-SANTO ANTONIO-OSÓRIO):
RS 504 (MORRO ALTO -CAPÃO DA CANOA):
RS 389 ( OSÓRIO-CAPÃO DA CANOA-TORRES),
RS 030 (OSÓRIO-TRAMANDAÍ),
COM MIGRAÇÃO DO VDM DA EGR E NOVAS PRAÇAS DE ARRECADAÇÃO, FINANCIAMENTO PRIVADO VIA PPP, PARA AMPLIAÇÃO DO SISTEMA E PATROCÍNIOS DO GOVERNOS ESTADUAL E FEDERAL, EM DIVERSAS AÇÕES, INCLUINDO SANEAMENTO VIA TRATAMENTO DE ESGOTO AO LONGO DE PINHAL - TORRES
CONCESSÕES DE RODOVIAS FEDERAIS TERCEIRA FASE- ARTIGO MAURICIO PORTUGAL RIBEIRO
DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO DO LITORAL NORTE RS - PLANO FUNCIONAL DA AVENIDA LITORAL E ATUALIZAÇÃO DE AÇÕES POSSÍVEIS
1. AVENIDA DO LITORAL
JUNHO / 2005
RELATÓRIO FINAL
VOLUME I
ETAPA 1 - IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DO TRAÇADO
DA AVENIDA DO LITORAL
ETAPA 2 - COMPATIBILIZAÇÃO DA PROPOSTA COM OS
INTERESSES LOCAIS
ETAPA 3 - PLANO FUNCIONAL
Sofia Veloso, 99
Porto Alegre / RS
Fone: (51) 32113944
2. 20
18
35
RE PÚ
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A R I O G RA
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A
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U
H
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Germano Rigotto
Governador do Estado
SECRETARIA DA HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO
Alceu Moreira
Secretário
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO METROPOLITANO E
REGIONAL
Nelson Lídio Nunes
Diretor Superintendente
Luiz Carlos Valdés Flôres
Diretor de Gestão Territorial
Francisco Bragança
Diretor de Incentivo ao Desenvolvimento
Oswaldo Cauduro de Souza
Diretor Administrativo
Francisco Schreinert
Diretor de Transporte Metropolitano
3. COORDENAÇÃO DO PROJETO
Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional METROPLAN
Administrador Antonio Francisco Mota
Arquiteta Maria Elisabete Gomes de Aguiar
Arquiteta Nívea Maria Oppermann Peixoto
Engenheiro Agrônomo Júlio César Volpi
Engenheiro Civil Dione Ruth Dantas Waquill
Engenheiro Civil Flávio Carlos Heinz
Socióloga Jussara Kalil Pires
EQUIPE TÉCNICA EXECUTORA
Profill Engenharia e Ambiente Ltda.
Eng. Civil Mauro Jungblut - Coord. Geral
Eng. Civil Carlos Ronei Bortoli - Coord. Técnica
Biól. Lisiane Ferri - Coord. Técnica
Arquiteto e Urbanista Jorge Deckem Debbiagi
Arquiteto e Urbanista Luiz Merino Xavier
Arquiteto e Urbanista Fábio Bortoli
Eng. Florestal Flavia Muradas Bulhões
Eng. Civil Carlos Campos
Eng. Civil Marcelo Luvison Rigo
Geógrafa Gherta Caimi
Geólogo Luis Otávio Bettiol Prates da Cunha
Editoração Gráfica
Tec. Edificações Tatiane de Lima Correa
Acad. de Arq. Iluska Cuozzo Moura dos Santos
Equipe de Apoio
Acad. de Eng. Amb. Cristiano Kern Hickel
Acad. de Eng. Civil Eduardo Corso
4. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho se constitui no estudo de
concepção do traçado da Avenida do Litoral,
contratado
pela
Planejamento
METROLAN,
Fundação
Metropolitano
através
do
Estadual
e
Termo
de
Regional
de
–
Contrato
008/2004. Este documento reúne num volume
único
as
etapas
desenvolvidas:
ETAPA
1
–
IDENTIFICAÇÃO PRELIMINAR DO TRAÇADO DA
AVENIDA
DO
COMPATIBILIZAÇÃO
INTERESSES
LITORAL,
DA
LOCAIS
e
ETAPA
2
-
PROPOSTA
COM
OS
ETAPA
–
FUNCIONAL.
Porto Alegre, 20 de junho de 2005.
3
PLANO
5. SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1
2 METODOLOGIA
5
2.1 ATIVIDADES GERAIS
5
2.1.1 Consulta a órgãos e coleta de dados gerais
5
2.1.2 Visitas técnicas a campo
5
2.2 ATIVIDADES ESPECÍFICAS
5
2.2.1 Levantamentos básicos na área selecionada
5
2.2.2 Caracterização das ligações municipais existentes
6
2.2.3 Diagnóstico da coleta e transporte de resíduos coletados
7
2.3 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
3 ESTRUTURA VIÁRIA EXISTENTE
9
10
3.1 ESTRUTURA VIÁRIA PRINCIPAL
10
3.2 DEFICIÊNCIAS DA ESTRUTURA VIÁRIA
13
3.2.1 Torres, Arroio do Sal e Praia de Bom Jesus – Terra de Areia
13
3.2.2 Capão da Canoa, Xangri-lá e balneários de Mariápolis e Atlântida
Sul (Município de Osório)
18
3.2.3 Tramandaí, Imbé, Cidreira, Balneário Pinhal e Palmares do Sul
20
4 TRÁFEGO
32
4.2 VOLUME DE TRÁFEGO
4.1 ACIDENTES DE TRÂNSITO
37
5 TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
40
5.1 TRANSPORTE COLETIVO INTERMUNICIPAL
40
5.2 TRANSPORTE COLETIVO MUNICIPAL
46
5.2.1 Torres
46
5.2.2 Capão da Canoa
46
5.2.3 Tramandaí
46
5.2.4 Imbé
47
5.2.5 Cidreira
47
5.2.6 Balneário Pinhal
47
6 TRANSPORTE DE CARGAS
48
7 CARÊNCIA DE MOBILIDADE
50
7.1. CARÊNCIA DE ACESSIBILIDADE
50
7.1.1 Inexistência de via regional para tráfego de veículos de carga e
de transporte coletivo
50
7.1.2 Descontinuidade viária ou inexistência de vias de ligação
principais
51
7.1.3 Conflito de usos das vias
52
7.2 PROBLEMAS DE FLUXO VIÁRIO
52
6. 7.2.1 Concentração pontual de grandes fluxos de tráfego e pontos de
estrangulamento
53
7.2.2 Congestionamentos sazonais
54
7.3 CARÊNCIA DE INFRA-ESTRUTURA VIÁRIA
55
7.3.1 Gabaritos viários variáveis
55
7.3.2 Ausência de recuos nas edificações
55
7.3.3 Mau estado
pavimentação
de
conservação
das
vias
e
deficiências
da
56
7.3.4 Deficiências dos sistemas de drenagem das vias
56
7.3.5 Ausência de passeios públicos
57
7.3.6 Ausência de ciclovias ou ciclofaixas
57
7.3.7 Ausência de arborização adequada das vias
57
7.3.8 Carência de mobiliários urbanos
58
7.3.9 Ausência de sinalização adequada das vias
58
7.4 CARÊNCIA DE TRANSPORTE COLETIVO
59
7.5 CONSIDERAÇÕES
62
8 COMPATIBILIZAÇÃO DA AVENIDA DO LITORAL COM A ESTRUTURA
VIÁRIA PRINCIPAL DOS MUNICÍPIOS
8.1 DENSIDADES URBANAS E DISTRIBUIÇÃO DE USOS
64
64
8.1.1 Evolução da Ocupação do Território do Litoral Norte
64
8.1.2 Evolução Político Administrativa
68
8.1.3 Pólos regionais
69
8.2 TENDÊNCIAS RECENTES DE CRESCIMENTO
69
8.2.1 Crescimento da População
69
8.2.2 Tendências de Crescimento Urbano
75
8.3 PONTOS TURÍSTICOS
8.3.1 Atividade turística no Litoral Norte
9. LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E AMBIENTAL INCIDENTE NO TRAÇADO
PROPOSTO
82
82
86
9.1 LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA
86
9.1.1 Planos Diretores
86
9.2 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
87
9.2.1 Aspectos Metodológicos
87
9.2.2 Unidades de Conservação
88
9.2.3 Áreas de Preservação Permanente
95
9.2.4 Reserva da Biosfera da Mata Atlântica
96
9.2.5 Legislação Estadual Específica sobre Mata Atlântica
97
9.2.6 Terras Indígenas
98
9.2.7 Remanescentes das Comunidades dos Quilombos
99
9.2.8 Síntese Conclusiva
99
7. 10. COMPATIBILIZAÇÃO DO TRAÇADO DA AVENIDA DO LITORAL COM 100
OS INTERESSES LOCAIS
10.1 SISTEMÁTICA DE DIVULGAÇÃO AOS CANAIS DE REPRESENTAÇÃO
DA COMUNIDADE E CALENDÁRIO DAS CONSULTAS PÚBLICAS
REALIZADAS
100
10.2 SISTEMÁTICA DE DESENVOLVIMENTO DAS CONSULTAS PÚBLICAS
REALIZADAS.
103
10.3 RESULTADO DAS CONSULTAS PÚBLICAS
103
10.3.1 Consultas Públicas de Torres
103
10.3.2 Consultas Públicas de Tramandaí
106
10.3.3 Consulta Pública de Capão da Canoa
108
10.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
11. DIRETRIZES DO TRAÇADO DA AVENIDA DO LITORAL
109
110
12. CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA DEFINIÇÃO DO TRAÇADO E DE 112
SUAS ALTERNATIVAS
13. ALTERNATIVAS DO TRAÇADO PROPOSTO
114
13.1 PALMARES DO SUL
115
13.2 BALNEÁRIO PINHAL
116
13.3 CIDREIRA
116
13.4 TRAMADAÍ
116
13.5 TRAMANDAÍ/IMBÉ: TRAVESSIA DO ESTUÁRO DO RIO TRAMANDAÍ
117
13.6 IMBÉ
119
13.7 OSÓRIO
119
13.8 XANGRI-LÁ
119
13.7 CENTRO DE XANGRI-LÁ E CAPÃO DA CANOA
119
13.8 CAPÃO DA CANOA
120
13.9 TERRA DE ARREIA
121
13.10 ARROIO DO SAL
122
13.11 TORRES
122
13.12 CONSIDERAÇÕES
123
14. PLANO FUNCIONAL
14.1.CARACTERÍSTICAS DOS DISPOSITIVOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL
141
141
14.1.1. Tipos de seções transversais
141
14.1.2. Elementos componentes da seção transversal
147
14.2. NORMAS DE PROJETO A SEREM ADOTADAS
158
14.2.1. Normas para projeto geométrico
158
14.2.2. Normas de sinalização
159
14.2.3. Normas para pavimentação
162
14.2.4. Normas para terraplenagem
164
14.2.5. Normas para drenagem
164
8. 14.3. DISPOSITIVOS DE INTERSEÇÕES
164
14.3.1. Tipos de dispositivos
164
14.3.2. Retorno com laço nas quadras
165
14.3.3. Giro à esquerda
166
14.3.4. Semaforização
166
14.3.5. Rótulas
167
14.3.6. Em níveis diferentes (trevos, trombetas, etc)
168
14.3.7. Características das rotatórias
168
14.3.8. Características das rótulas cheias
169
14.3.9. Modern roundabouts
170
14.3.10. Segmentos e os dispositivos a serem empregados
171
14.4. DISPOSITIVOS PARA SEGURANÇA VIÁRIA
172
14.4.1. Travessias de pedestres
173
14.4.2. Arborização da via
174
14.5. MOBILIÁRIO URBANO
14.5.1. Critérios de implantação
15. CARACTERÍSTICAS DOS TRECHOS E OBRAS A IMPLANTAR
176
177
184
15.1. PALMARES DO SUL
185
15.2. BALNEÁRIO PINHAL
188
15.3. CIDREIRA
189
15.4. TRAMANDAÍ
191
15.5. PONTE SOBRE O ESTUÁRIO DO RIO TRAMANDAÍ
193
15.6. IMBÉ
194
15.7. OSÓRIO
195
15.8. XANGRI-LÁ
196
15.9.CAPÃO DA CANOA
198
15.10. TERRA DE ARREIA
200
15.11. ARROIO DO SAL
201
15.12. TORRES
202
16. ESTIMATIVA DE CUSTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
ANEXO 1 Linhas de ônibus, empresa responsável, extensão, número de
viagens, volume de passageiros e modalidade – Plano Praia 20032004
ANEXO 2 – Decisão Normativa da Direção Executiva sobre tráfego na RS389 –
Estrada do Mar (Decisão Normativa n° 26)
ANEXO 3 – Cópia das listas de presença das Consultas Públicas realizadas
ANEXO 4 – Ofício enviado pela FEPAM
205
9. 1. INTRODUÇÃO
A aglomeração urbana do Litoral Norte foi estabelecida pela Lei
Complementar n° 12.100, de 27 de maio de 2004, e é composta por 20
municípios: Torres, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara, Arroio do Sal,
Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Itati, Maquiné, Terra de
Areia, Capão da Canoa, Xangri-lá, Imbé, Osório, Tramandaí, Cidreira,
Balneário Pinhal, Palmares do Sul, Capivari do Sul e Caraá. Esta Lei se
fundamentou nos artigos 16, 17 e 18 da Constituição Estadual, com a redação
dada pela Emenda Constitucional n° 28, de 13 de dezembro de 2001,
regulamentados pela Lei Complementar n° 11.740, de 13 de janeiro de 2002.
O Litoral Norte é considerado uma aglomeração urbana especial
porque a sua densidade populacional apresenta comportamento sazonal
bastante diferenciado das demais aglomerações urbanas do Estado. Durante
três meses por ano a região comporta cerca de 1.106.000 habitantes, e nos
demais meses se reduz a 258.304 habitantes, ou seja, os meses de verão
abrigam uma população sazonal 4,3 vezes maior do que os demais meses do
ano, conforme levantamento efetuado neste trabalho.
Segundo METROPLAN (2004), comparativamente às demais
aglomerações no Estado, constata-se que a região do Litoral Norte teve um
crescimento populacional duas vezes maior do que o observado na
Aglomeração Urbana do Nordeste; quase três vezes o da Região Metropolitana
de Porto Alegre; 3,5 vezes o da Aglomeração Urbana de Pelotas/Capão do
Leão e 4 vezes a do Estado como um todo.
O crescimento ocorreu principalmente na faixa litorânea, e este
processo gerou uma continuidade urbana entre os municípios litorâneos, que
fica perfeitamente identificada ao se examinarem fotografias aéreas ou
imagens de satélite da região.
A Lei Complementar n° 12.100/2004, que instituiu a aglomeração
urbana do Litoral Norte, também identificou , em seu artigo 2°, as funções
públicas que são objeto de gestão comum, dentre as quais consta o transporte
público de passageiros, sistema viário regional e saneamento ambiental.
A região já foi objeto de diversos estudos de instituições oficiais,
notadamente METROPLAN, FEPAM e CPRM, que apontam as fragilidades e
potencialidades ambientais, ressaltando a necessidade de planejamento e
gestão regional, processos nos quais a participação do Estado, dos municípios
e da comunidade é fundamental para obtenção do sucesso.
Levantamentos realizados pela METROPLAN em conjunto com as
equipes técnicas das Prefeituras Municipais do Litoral Norte, através dos
estudos relativos à formulação de novos planos diretores, i ndicaram uma série
de dificuldades de mobilidade, especialmente no que se refere à circulação de
transporte de carga e de passageiros. A outra conclusão a que chegaram as
equipes de trabalho é a necessidade de cuidados ambientais relativos à
ampliação da atividade turística regional, onde se insere o gerenciamento de
1
10. resíduos sólidos, como parte importante dos aspectos relativos à qualidade de
vida e preservação ambiental desta região.
O Estudo de Concepção do Traçado da Avenida do Litoral e do
Sistema de Gerenciamento Regional de Resíduos Sólidos foram contratados
através de recursos alocados pelo Conselho Regional de Desenvolvimento –
COREDE Litoral – na Consulta Popular para o exercício de 2004, e estão
embasados nas citadas funções públicas de gestão comum, visando atender
uma significativa demanda regional. Este estudo utiliza duas sistemáticas
diferenciadas para atender a estas demandas complementares: uma voltada
para a definição do traçado da Avenida do Litoral e outra para a formulação do
sistema de gerenciamento de resíduos sólidos.
Para fins de definição do traçado da Avenida do Litoral
considerou-se a área abrangida pelos 11 municípios costeiros do Litoral Norte:
Palmares do Sul, Balneário Pinhal, Cidreira, Tramandaí, Imbé, Osório, Xangrilá, Capão da Canoa, Terra de Areia, Arroio do Sal e Torres.
Para a análise da gestão de resíduos sólidos considerou-se o total
de municípios incluídos na aglomeração urbana do Litoral Norte e pelo
COREDE (Conselho Regional de Desenvolvimento), somando 20 municípios,
contemplando, além dos citados anteriormente, o município de Capivari do
Sul, situado na Planície Costeira, mas sem orla marítima, e os municípios da
encosta da Serra Geral: Maquiné, Caraá, Itati, Três Forquilhas, Três
Cachoeiras, Morrinhos do Sul, Dom Pedro de Alcântara e Mampituba.
O estudo solicitado pela Secretaria Estadual de Habitação e
Desenvolvimento Urbano, e contratado pela Fundação Estadual de
Planejamento Metropolitano e Regional - METROPLAN, cumprirá as seguintes
etapas:
§ Etapa 1 – Identificação preliminar do traçado da Av. do Litoral,
incluindo o plano de logística de coleta de resíduos sólidos;
§ Etapa 2 – Compatibilização da proposta com os interesses
locais;
§ Etapa 3 - Elaboração do Projeto Funcional da Avenida do Litoral
e Sistema Regional de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
§ Etapa 4 - Elaboração de Termos de Referência.
O presente documento consiste no Volume 1 - Estudo de
Concepção do Traçado da Avenida do Litoral, que junto com o Volume 2 Alternativas Regionais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos no
Litoral Norte e com o Volume 3 – Termos de Referência constituem a
totalidade do estudo.
A localização da área de estudo é apresentada na Figura 1.1,
sendo que a estrutura viária regional e a divisão política da aglomeração
urbana do Litoral Norte são expostas na Prancha 1.1.
2
11.
12.
13. 2. METODOLOGIA
2.1.
ATIVIDADES GERAIS
2.1.1.
Consulta a órgãos e coleta de dados gerais
A busca de informações em órgãos e instituições foi fundamental
para o alcance dos objetivos deste trabalho. Dentre as fontes de informações
utilizadas destacam-se: as prefeituras dos municípios do Litoral Norte,
particularmente os responsáveis e funcionários atuantes nas Secretarias e
Departamentos diretamente envolvidos na prestação de serviços relacionados
com obras, transportes, turismo e resíduos sólidos; a Associação dos
Municípios do Litoral Norte, o DAER, a Brigada Militar e empresas que atuam
na coleta, processamento e disposição final de resíduos sólidos.
A Comissão de Acompanhamento, constituída por técnicos da
METROPLAN, também representou uma fonte de consulta, especialmente para
orientar o trabalho e esclarecer dúvidas.
Além da consulta a órgãos e instituições, foi realizada coleta de
dados gerais existentes nos referidos órgãos e na bibliografia existente, bem
como em normativas legais, enfatizando a legislação ambiental e urbanística,
incluindo os Planos Diretores municipais e o Zoneamento Ecológico-Econômico
do Litoral Norte.
2.1.2.
Visitas técnicas de campo
As visitas técnicas de campo foram orientadas para obtenção de
informações não disponíveis em levantamentos anteriores e complementação
dos dados obtidos junto aos órgãos e instituições. Estas visitas foram,
freqüentemente, acompanhadas por técnico designado pelo contratante.
2.2.
ATIVIDADES ESPECÍFICAS
2.2.1.
Levantamentos básicos na área selecionada
Para a execução deste estudo foram utilizados os seguintes
procedimentos:
§
Atualização e complementação da base cartográfica
§
Levantamento
urbana e serviços
das
disponibilidades
de
infra-estrutura
O resultado deste levantamento é apresentado na forma de
relatórios, quadros, mapas, gráficos e outras figuras consideradas importantes
para a compreensão do estudo.
5
14. 2.2.2.
Caracterização das ligações municipais existentes
As ligações municipais existentes nos onze municípios que terão
pontos de contato com a Avenida do Litoral foram analisadas, considerando o
sistema viário regional existente, incluindo as vias de ligação com os demais
municípios da aglomeração, a área dos municípios e as manchas urbanas.
Foram utilizados mapas na escala 1:50.000 (escala regional) e
escalas entre 1:10.000 e 1:2.000 (escalas municipais), possibilitando a
identificação e caracterização do Sistema Viário Regional, incluindo rodovias
federais, estaduais, municipais e estradas vicinais.
O trajeto das ligações intermunicipais foi percorrido pela equipe,
com documentação fotográfica, diversas vezes acompanhada pelas equipes
técnicas das prefeituras municipais, que indicaram pontos e rotas de maior
uso da população e do transporte de carga e de passageiros.
O volume de tráfego foi obtido principalmente através de dados
do DAER, efetuando-se algumas interpolações e análises comparativas para
obtenção de informações complementares.
Após o levantamento das informações relativas ao sistema viário
e de dados de volume de tráfego, foi efetuada a análise de fluxos principais e
dos seguintes modos principais de transporte:
a) de passageiros:
§
turismo, incluindo identificação e mapeamento de fluxos
de automóveis e de ônibus de turismo
§
linhas de transporte coletivo, mapeamento e tabulamento
de horários e freqüência de linhas regionais, linhas
municipais e transporte especial (dindinho/lilico);
§
conexões regionais e mobilidade, incluindo rodovias
federais e estaduais incidentes sobre a área da
Aglomeração Urbana;
§
ligação entre as praias: identificação e mapeamento das
principais vias de conexão utilizadas por moradores,
veranistas e transporte coletivo, identificação dos trechos
implantados da ligação regional Interpraias e Av.
Paraguassú;
§
ligação para o interior do município: identificação e
mapeamento de vias e estradas vicinais e sua conexão
com o sistema viário urbano e regional;
§
pontos críticos: identificação e mapeamento de pontos
geradores de tráfego pesado, pontos de risco,
cruzamentos com altos índices de acidentes viários, vias
com conflitos entre modos de transporte e pedestres,
vias indutoras de altas velocidades, deficiências de
conservação e pavimentação;
6
15. §
utilização de vias locais para circulação regional:
identificação e mapeamento de vias com utilização
inadequada por tráfego intenso ou pesado;
§
utilização de vias regionais para circulação de caráter
local;
§
conflitos entre modos de transporte.
b) de carga:
§
para abastecimento local;
§
relação com os municípios limítrofes;
§
para coleta e transporte de resíduos sólidos.
§
identificação, mapeamento e distribuição dos usos,
visando a identificação de pontos predominantes de
comércio regional e local;
§
pólos de Lazer Noturno
§
shopping centers
§
identificação de usos terciários especiais, como
plataformas de pesca, estádios e centros esportivos,
centro de eventos e feiras.
2.2.3.
Diagnóstico da coleta e transporte de resíduos
sólidos
•
Coleta de dados
O levantamento de dados para o diagnóstico da coleta de
resíduos sólidos domiciliares e semelhantes foi realizado em quatro etapas:
aplicação do protocolo de pesquisa, entrevistas semi-estruturadas, coleta de
dados preexistentes e coleta de dados primários. A forma de atuação em cada
uma dessas etapas é discutida a seguir.
•
Aplicação do protocolo de pesquisa
O protocolo de pesquisa é um questionário simples. As perguntas
são objetivas e envolvem a forma de administração dos serviços,
equipamentos e pessoal empregados, a forma de estruturação do
planejamento da coleta, a forma de controle da sua eficiência, as quantidades
coletadas, a destinação final dos resíduos, entre outros. Estes questionários
foram respondidos por funcionários das prefeituras municipais e prestadores
de serviços privados que atuam no setor estudado.
7
16. •
Entrevistas semi-estruturadas
A etapa de entrevista semi-estruturada será realizada com os
dirigentes dos departamentos ou responsáveis pela limpeza pública, bem
como com alguns funcionários da limpeza pública. Nos municípios onde a
coleta de resíduos domiciliares é gerenciada por mais de um setor, as
entrevistas foram realizadas com mais de um dirigente, ou com ambos
reunidos. Os assuntos discutidos abarcam também as questões específicas do
sistema de coleta implantado pelo município, realizando-se uma avaliação da
qualidade dos serviços e dos principais embaraços e dificuldades enfrentadas
na sua gestão, porém sempre pela ótica do administrador municipal.
•
Coleta de dados preexistentes
A coleta de dados preexistentes foi realizada em diversos setores
da administração da limpeza pública. As informações sobre o planejamento
dos serviços foram obtidas através do responsável pelo setor. Os dados
referentes às características da frota foram obtidos no setor de patrim ônio,
almoxarifado, ou outro departamento, quando existente na estrutura
organizacional do município.
Nos municípios que possuem um planejamento mais organizado,
os levantamentos sobre itinerários e controles de percursos e quantidades
coletadas foram realizados através de dados preexistentes, apropriando-se
das séries históricas de controle. Quando o serviço é administrado
indiretamente, as informações foram obtidas diretamente nas empresas
contratadas.
•
Coleta de dados primários
A coleta de dados primários é realizada sempre que as
informações preexistentes demonstraram-se insuficientes ou inconsistentes.
A inconsistência dos dados foi definida ou pela incompatibilidade
de informações, ou quando os dados obtidos sugeriram índices de
desempenho inverossímeis. A coleta de dados primários concentrou-se em
caracterização da frota, definição dos itinerários, quantidade coletada,
destinação dos resíduos, número de viagens por setor e distâncias dos
percursos.
•
Tratamento de dados
As avaliações foram realizadas de forma direcionada,
contemplando-se quatro enfoques distintos que compõem o sistema de coleta
domiciliar: o gerenciamento dos serviços, o atendimento da população, a frota
disponível e o volume coletado.
Os dados foram organizados em grupos, cada um desses grupos é
caracterizado por um conjunto de indicadores, sendo que cada indicador é
valorado individualmente. A ponderação dessas valorações dos indicadores dá
origem a um atributo de grupo que pretende descrever a situação dos sistemas.
8
17. 2.3.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
No levantamento de campo foram utilizados os seguintes
equipamentos:
o
Micro-computador portátil: Notebook Pentium III-750 MHz;
o
Veículos para deslocamento da equipe e material;
o
Câmera fotográfica digital: 01 Kodak 4300;
o
GPS de navegação: 01 Garmin CX;
o
Cartas do Serviço geográfico do exército em papel;
o
Equipamentos de topografia e trena métrica.
9
18. 3. ESTRUTURA VIÁRIA EXISTENTE
Em relação às carências de mobilidade, que serão tratadas no
capítulo 7, dependem primordialmente da infra-estrutura viária os
deslocamentos realizados pelos veículos de carga e de transporte de
passageiros.
3.1.
ESTRUTURA VIÁRIA PRINCIPAL
As principais vias de conexão entre os municípios da Aglomeração
Urbana do Litoral Norte são a BR-101, a RS-389/Estrada do Mar e a Estrada
Interpraias. Analisadas em conjunto, apresentam caráter específico que
permite hierarquização conforme tipo de uso e demandas que atentem.
A BR-101 é a mais importante via de conexão do litoral norte do
estado. Possui caráter supra-regional, conecta o sul do Estado e todo o litoral
com outros estados e recebe o tráfego de longa distância e o tráfego regional
de carga que abastece tanto o Rio Grande do Sul quanto os municípios da
região. A duplicação da BR-101, agora em processo, tende a fortalecer sua
importância dentro do caráter atual, diminuindo, até mesmo, o tráfego na RS389.
A RS-389/Estrada do Mar é o principal eixo de ligação regional.
Realiza a conexão entre a BR-290/Freeway e os municípios do Litoral Norte trecho Osório-Torres - recebendo a maior parte do tráfego de veículos de
passeio, notadamente dos veranistas, que partem do interior do Estado e da
Região Metropolitana de Porto Alegre.
A RS-786/Estrada Interpraias - em muitas cidades coincidente
com a Avenida Paraguassú - foi a principal via de ligação entre os núcleos
urbanos dos municípios do litoral. Até hoje é a ligação intra-urbana principal e
espinha dorsal do crescimento urbano na região e por isto mesmo, fator viário
de conurbação dos núcleos urbanos existentes. Em todos os municípios sua
presença na malha urbana e sua influência no crescimento da malha são
facilmente notadas. Atualmente não apresenta, até mesmo no interior do
mesmo município, continuidade de traçado e de gabarito. Além disto, muitos
trechos estão em péssimo estado de conservação.
Além das vias norte-sul já citadas, as principais vias regionais de
ligação são, na direção leste-oeste, as rodovias estaduais RS 040, RS-030,
RS-784, RS-407, RS-486 e RS-453, caracterizadas a seguir:
A RS-040 liga a porção leste da região metropolitana diretamente
aos municípios de Capivari do Sul, Palmares do Sul, Balneário Pinhal e
Cidreira. Teve essencial importância no processo de ocupação desta parte do
litoral e ainda hoje é o principal eixo de ligação.
A RS-030 já teve mais importância no contexto regional antes da
implantação da BR-290, quando era principal ligação entre o litoral e o resto
10
19. do estado. Hoje seu trecho mais utilizado é justamente onde termina a BR290, entre Osório e Tramandaí. É o caminho preferencial para o transporte de
carga e passageiros que se dirige a estes municípios.
A RS-784 liga a RS-040 diretamente a Cidreira. Tem importância
para o tráfego de carga e veículos de passeio que realizam este trajeto.
A RS-407 liga a BR-101, na localidade de Morro Alto, cruzando a
Estrada do Mar, à Estrada Interpraias na cidade de Capão da Canoa. Antes da
implantação da Estrada do Mar, era o caminho preferencial para o tráfego com
direção a Capão da Canoa e região próxima.
A RS-486 tem início em Aratinga e seu fim da praia de Curumim.
É parte da Rota do Sol, que está em implantação e vai ligar os municípios da
serra aos do litoral. Atualmente, mesmo não pavimentada, sua relativa
importância para o Litoral Norte se deve à ligação que realiza entre a BR-101,
a Estrada do Mar e a Estrada Interpraias. Com a conclusão da Rota do Sol,
este trecho fará parte do trajeto principal dos veranistas que circulam entre a
serra (notadamente Caxias do Sul e Bento Gonçalves) e o litoral
(principalmente as praias de Arroio do Sal), ganhando grande importância no
contexto estadual.
A ligação do final da Estrada do Mar com a BR-101 e o núcleo
urbano de Torres é realizado pela RS-453, que no centro da cidade passa a se
chamar Avenida Barão do Rio Branco.
Além destes acessos regionais principais, uma série de acessos
hierarquicamente inferiores conecta a Estrada do Mar com as diversas praias
da Aglomeração Urbana do Litoral Norte, dos quais se destacam os acessos
para as praias de Rondinha em Arroio do Sal, Capão Novo, Xangri-lá, Atlântida
Sul e Rainha do Mar. No extremo sul da Aglomeração, é importante ressaltar o
acesso não pavimentado da RST 101 aos balneários de Dunas Altas e Quintão.
Prancha 3.1.
O sistema viário regional e sua hierarquia são apresentados na
11
20.
21. 3.2.
DEFICIÊNCIAS DA ESTRUTURA VIÁRIA
As deficiências da infra-estrutura viária são abordadas neste item
em relação aos pólos regionais da Aglomeração Urbana do Litoral Norte.
3.2.1. Torres, Arroio do Sal e Praia de Bom Jesus -Terra de
Areia
As vias mais importantes desta região são a BR-101, a Estrada do
Mar e a RS-453.
O fluxo de veículos de passeio acessa Torres pela Estrada do Mar,
vindo do sul, ou pela BR 101, vindo de Santa Catarina. Nos dois casos a RS453 faz a ligação com o centro da cidade. Arroio do Sal e a Praia de Bom Jesus
são acessados pelos automóveis diretamente pela Estrada do Mar.
Dentro do Município de Torres não existe via de ligação entre a
porção sul (Praia do Paraíso e demais praias) e o centro da cidade. Parte do
trajeto é coberto pela Estrada dos Cunhas (Foto 3.2.1), que corta o Parque
Estadual de Itapeva e termina na Estrada do Mar antes de atingir o centro da
cidade, o que acaba por misturar o tráfego local ao regional. Como alternativa
para o transporte de cargas e passageiros muitos utilizam a beira da praia
para chegar ao centro da cidade. A situação é apresentada na figura 3.2.1.1.
Na parte sul do Município de Torres, caracterizado pela foto 3.2.2,
o percurso pelo interior das praias não é contínuo, a malha viária não constitui
eixos principais de circulação e obriga o usuário a realizar trajetória bastante
irregular (fig. 3.2.1.2). Além disto, o estado de conservação das vias é
precário, não há continuidade de pavimento, sendo que a grande parte das
vias não têm pavimentação. A ausência total de sinalização dificulta ainda
mais as conexões e a utilização do trajeto por turistas. Indicativo da
dificuldade que apresenta é o fato de que o transporte escolar não é realizado
na parte sul do município porque o custo é muito elevado.
Foto 3.2.1 – Trecho da Estrada dos
Cunhas, ligação da parte sul de Torres
com a Estrada do Mar através do
Parque Estadual de Itapeva.
Foto 3.2.2 – Aspecto da ocupação
urbana na parte sul de Torres,
Balneário de Praia Real.
13
22.
23.
24. Arroio do Sal possui malha viária bastante irregular em termos de
gabarito, pavimento e estado de conservação. A maior parte das vias tem
gabarito reduzido e não apresentam passeio para pedestres. Na malha viária
do Município, somente as ligações com a Estrada do Mar apresentam pista
dupla. A descontinuidade da malha viária é um problema grave em Arroio do
Sal, que acrescido do gabarito reduzido das vias existentes, dificulta a
implantação de vias estruturadoras. O trajeto percorrido pelos veículos no
deslocamento interpraias é marcado na figura 3.2.1.3.
A Praia de Bom Jesus, pertencente ao Município de Terra de
Arreia, possui malha viária ainda mais problemática: poucas ruas são
pavimentadas e há baixo nível de continuidade das vias. Nestas praias, a
poeira e a lama constituem-se em problemas sérios para moradores e
veranistas.
A conexão entre Torres, Arroio do Sal e a Praia de Bom Jesus
apresenta sérios problemas e é de difícil percurso, o que obriga os moradores
a utilizarem a Estrada do Mar. O transporte de passageiros e de carga circula
nesta precária malha interna dos municípios, já que o tráfego deste tipo só
pode utilizar Estrada do Mar dentro das limitações e autorizações concedidas
pelo DAER, o que aumenta os trajetos e os tempos de viajem.
O tráfego de carga percorre preferencialmente a BR-101 e a RS453 para chegar ao centro de Torres. A distribuição das mercadorias até os
bairros da parte sul de Torres (Paraíso), de Arroio do Sal e Terra de Arreia
evita a circulação pelo interior dos bairros devido às condições das vias,
preferindo sempre que possível utilizar a Estrada do Mar ou a beira da praia.
Uma reclamação apontada pelos moradores de Arroio do Sal
mostra as dificuldades e os conflitos presentes no transporte de carga entre
estes municípios: devido às dificuldades de tráfego, empresas transportadoras
de cargas têm-se negado a distribuir, em certas regiões a sul de Torres e
Arroio do Sal, as mercadorias que levam até o centro de Torres, o que obriga
os comerciantes locais a realizar este tipo transporte por conta própria.
As linhas de transporte coletivo que ligam estas cidades à
Aglomeração Urbana do Litoral Norte e ao restante do Estado percorrem
trajeto bastante irregular que alterna trechos de gabaritos e pavimentos
diferentes, em vias de caráter bastante diverso, pelo interior dos núcleos
urbanos. Os piores trechos do trajeto interno realizado pelos ônibus são a
Praia de Bom Jesus e a ligação Arroio do Sal - centro de Torres.
16
25.
26. 3.2.2.
Capão da Canoa, Xangri-lá e balneários de
Mariápolis e Atlântida Sul (Município de Osório)
A conurbação formada por Capão da Canoa, Xangri-lá e os
balneários de Mariápolis e Atlântida Sul (pertencentes a Osório) apresenta
características comuns de ocupação. As vias de acesso principais são a Estrada
do Mar (RS-389), a RS 796 e a BR-101 na direção norte-sul, RS-407 e RS-486
que ligam a BR-101 à estrada Interpraias.
A Avenida Paraguassú com previsão de pista dupla e canteiro
central está, em geral, presente nestes municípios. Mesmo quando não
completamente implantada apresenta seus recuos viários respeitados e, em
muitos trechos, infra-estruturas de drenagem e de energia elétrica
implantadas, como mostra a foto 3.2.3.
A malha urbana, a exceção da Av. Paraguassú, apresenta pouca
continuidade. Nota-se a carência de outra via de ligação norte-sul, já que o
tráfego interno de veículos e todo o tráfego de carga e passageiros que
acessam estes núcleos urbanos são obrigados a passar pela Avenida
Paraguassú. Como única via estruturadora e contínua da malha viária, agrega
ainda as principais atividades de comércio e serviço, o que tornam muito
precárias suas condições de circulação durante os períodos de veraneio.
Outro problema presente é o conflito do trânsito motorizado com
pedestres e ciclistas, causado pela falta de sinalização, ausência de passeios
ou ciclovias e grande volume de tráfego.
Na porção norte de Capão da Canoa, balneários de Arroio
Teixeira, Conceição e Curumim, repetem-se as mesmas características de
descontinuidade viária e padrões estreitos de gabarito de vias. Em geral, o
trajeto entre os balneários utiliza várias vias internas, já que a sinalização é
pouco eficiente. O percurso preferencial é apresentado na figura 3.2.2.1.
18
27.
28. Nos balneários de Coqueiros, Noiva do Mar e Rainha do Mar, no
sul do Município de Xangri-lá, a Av. Paraguassú ,que segue do centro da
cidade, segue na Rua Água Marinha (antiga Alameda 1), que por fim perde
sua continuidade na divisa com o Município de Osório. Nestes balneários, a Av.
Paraguassú se encontra deslocada a noroeste cinco quadras, mas mantém seu
perfil característico (foto 3.2.4). O trajeto atual interpraias e a posição da Av.
Paraguassú nestes balneários estão marcados na figura 3.2.2.2.
Foto 3.2.3 – Trecho Av. Paraguassú na Foto 3.2.4 – Aspecto da Av. Paraguassú
Zona Norte de Capão da Canoa, sem nos balneários Coqueiros, Noiva do Mar e
passeios e com uma pista implantada.
Rainha do Mar, em Xangri-lá.
Nos balneários de Mariápolis e Atlântida Sul, pertencentes ao
Município de Osório, a Avenida Paraguassú (foto 3.2.5) mantém a posição
relativa que apresenta na parte sul de Xangri-lá. Contudo, boa parte dos
projetos destes balneários não foi implantada, e a única via faz a ligação entre
Imbé e Xangri-lá é a Av. Beira Mar, por onde circulam ônibus e cargas, que
não está pavimentada, apresenta buracos e invasão de dunas na pista (foto
3.2.6). Ligada à Av. Beira Mar, no Balneário de Atlântida Sul existe um acesso
direto à RS 786, bem próximo de seu entroncamento com a Estrada do Mar
(RS 389), que apresenta iguais más condições.
Foto 3.2.5 – Av. Paraguassú em Osório.
Foto 3.2.6 – Av. Beira Mar no Balneário
de Atlântida Sul, em Osório.
20
29.
30. 3.2.3.
Tramandaí, Imbé, Cidreira, Balneário Pinhal e
Palmares do Sul
Sob a influência do Município de Tramandaí, duas manchas
urbanas são identificáveis: a conurbação entre Tramandaí e Imbé separada
pelo Rio Tramandaí e a conurbação efetiva entre Cidreira e Balneário Pinhal
mas menos densa entre Balneário Quintão e Dunas Altas (pertencentes ao
Município de Palmares do Sul).
Em termos da infra-estrutura viária, o principal aspecto a se notar
é a ausência da Estrada do Mar. O tráfego de acesso a esta região tende a
ocorrer mais na direção leste-oeste, obedecendo ao próprio histórico da
ocupação. Assim, na chegada da RS-030 se desenvolvem Tramandaí e Imbé e
na chegada da RS-040/RS784 Balneário Pinhal e Cidreira.
A RS-030 é a via mais importante para esta parte do litoral pois
conecta o centro de Tramandaí com a BR-290 em Osório. Em Tramandaí, a
Avenida Fernandes Bastos e a Av. Emancipação conduzem da RS-030 à pont e
sobe o Rio Tramandaí - única ligação com o Município de Imbé. A RS-786 distribui
o tráfego para a parte sul ligando a RS-030 com a Av. Flores da Cunha (foto 3.2.7)
e sua continuação na Av. Minas Gerais (Interpraias), ligação com o Município de
Cidreira (fig. 3.2.3.1).
Na parte norte do Município de Imbé, a Avenida Paraguassú se
alinha com a de Osório, e na parte sul encontra a ponte sobre o Rio Tramandaí
(foto 3.2.8). Contudo, no Balneário de Imara, somente um trecho está
implantado, sendo que sua projeção, onde não existe, se daria próximo ao
limite das dunas.
A conexão do centro de Tramandaí com o Município de Imbé é,
pela complexidade e volume de tráfego que recebe no verão, um dos pontos
mais problemáticos da malha urbana da Aglomeração Urbana do Litoral Norte.
As avenidas Emancipação, Fernando Amaral e Fernandes Bastos além de
concentrarem muitas atividades de comércio e serviços, atendem a demanda
de tráfego regional de cargas e passageiros que circula no sentido norte-sul.
Nas épocas de maior fluxo de veranistas é muito comum a formação de
congestionamentos em vários horários do dia principalmente na travessia do
Rio Tramandaí.
Foto 3.2.7 – Av. Flores da Cunha-Centro Foto 3.2.8 – Aspecto da Av. Paraguassú,
de Tramandaí, trecho em pista dupla.
esquina Av. Porto Alegre, em Imbé.
22
31.
32. Em Cidreira, o eixo viário mais importante é a Av. Mostardeiro
(foto 3.2.10) e sua continuação na Av. A. Além de concentrar as atividades
comerciais, de serviços e institucionais, recebe o tráfego de ônibus e cargas
que partem dos municípios a sul - principalmente Pinhal. A Av. Mostardeiro, no
entanto, não possui conexão direta a norte com as demais vias regionais e
com a Estrada Interpraias. A sua terminação junto à praia obriga o tráfego
descontínuo por vias locais até a Av. Giacomo Carniel que cruza em rótula com
a Av. Fausto Borba Prates e continua até a RS-784 (fig 3.2.3.2).
A RS-040 que liga Viamão a Balneário Pinhal é o caminho mais
importante de ligação entre Porto Alegre e a parte sul da Aglomeração Urbana
do Litoral Norte. Contudo, congestionamentos freqüentes nos meses de verão
já tornam esta ligação deficitária e muitos usuários preferem fazer o trajeto
RS-030/BR-290, se encaminhando por Tramandaí.
O transporte de cargas acessa a cidade de Cidreira pela RS-784
ou, a partir de Pinhal, pela Av. A. No entanto, as linhas de ônibus que
percorrem a RS-040 passam sempre por Balneário Pinhal para seguir depois
para Cidreira pelas avenidas A e Mostardeiro. Desta maneira, o tráfego
regional coincide com a localização das atividades de comércio e serviço, como
acontece em outros municípios da Aglomeração.
Foto 3.2.9 – Aspecto da Av. Fausto Foto
3.2.10
.–
Aspecto
Borba Prates, seqüência da Interpraias Mostardeiro, em seu trecho
em Cidreira
Cidreira.
da
Av.
sul, em
A RS-040 - Viamão a Balneário Pinhal - é a ligação regional mais
importante da parte sul da Aglomeração Urbana do Litoral Norte. Dela parte a
RS-784 que dá acesso direto ao centro da cidade de Cidreira. A Estrada
Interpraias é a única ligação com o centro regional, Tramandaí. Para sul de
Cidreira não há continuidade direta com a malha viária de Balneário Pinhal a
não ser a Av. A. No centro de Cidreira, a Avenida Fausto Borba Prates
(Central) (foto 3.2.9) dá continuidade à Estrada Interpraias de Tramandaí até
o cruzamento com a Av. Itália, onde termina o trecho implantado e começam
as dunas (fig. 3.2.3.3).
24
33.
34.
35. Em Balneário Pinhal a RS-040 é a via regional de acesso principal.
Dentro da cidade a Av. Castelo Branco dá continuidade à RS -040 conectando
também a Av. Perimetral com a Av. Itália - a principal da cidade.
A Av. Itália apresenta boas condições de tráfego, está
completamente implantada, mas não possui continuidade a norte com a malha
viária de Cidreira. A Av. Emancipação (foto 3.2.11) é que continua a Av. A de
Cidreira e recebe o tráfego neste eixo e o repassa para a Av. Perimetral. O
tráfego preferencial sofre então uma mudança de direção no entroncamento
das Avenidas Perimetral e Itália (fig. 3.2.3.4). Para sul, a continuidade se dá
sem interrupções da Av. Itália para a Rua José Alves de Sousa e em seguida
para a Av. Paraguassú, já no Balneário de Magistério.
Ao contrário do que ocorre na maioria dos municípios, a via principal
de tráfego, a Av. Itália não concentra também as atividades comerciais. Existem
dois centros de comércio, que funcionam principalmente durante a época de
veraneio, um mais a sul na Rua Luciana de Abreu e outro mais a norte na Rua
General Osório. Mesmo assim, há escola situada em trecho da Interpraias não
duplicado e sem passeio, o que gera trânsito intenso de pedestres no horário de
saída e sua circulação sobre a pista de rolamento. Em geral as avenidas principais
apresentam gabarito generoso e boas condições ao tráfego motorizado. Não
existem passeios contínuos nem ciclovias, na maioria das vias automóveis,
ciclistas, carroças e pedestres coexistem.
As linhas de transporte coletivo fazem seu itinerário pela RS-040
e passam pelo Município para depois seguir para Cidreira ou Quintão. O
município recebe ainda boa parte do tráfego de carga que distribui,
principalmente material de construção nos municípios da região.
O acesso ao Balneário Quintão pela cidade de Balneário Pinhal se
faz pela Estrada Interpraias na continuidade da Av. Paraguassú que reaparece
no Balneário Magistério (foto 3.2.11 e 3.2 12).
Foto 3.2.11 Av. Emancipação em Foto
3.2.12
–Av.
Paraguassú
no
Balneário Pinhal, seqüência da Av. A de Município de Balneário Pinhal, no Baleário
Cidreira.
Magistério.
27
36.
37. Os balneários Quintão e Dunas Altas no Município de Palmares do
Sul são os que possuem infra-estrutura viária mais deficitária. O acesso a
partir do centro de Palmares do Sul se dá por ligação não pavimentada de 40
km da BR-101 até o extremo sul de Dunas Altas. A ligação a norte com o
Município de Balneário Pinhal é realizada pela Estrada Interpraias através de
trecho que corta área ocupada por dunas.
Em Quintão existe somente uma via de ligação implantada, a Rua
Esparta, que concentra todas as atividades de comércio e serviço. O gabarito
reduzido, a ausência de sistema de drenagem, os cruzamentos com desníveis
e a deterioração dos pavimentos a tornam foco de congestionamentos nas
épocas de veraneio. A inexistência de uma via estruturadora que receba o
tráfego pesado torna ainda mais grave suas condições de tráfego (foto
3.2.13).
Foto 3.2.13 – Aspecto da Rua
Esparta, principal rua de comércio,
serviços
e
concentradora
do
tráfego.
A Av. Paraguassú, a duas quadras da Rua Esparta, apresenta
estado bastante irregular. Na área mais densificada está parcialmente
implantada, sem pavimentação nem sistema de drenagem, e oferece
condições insatisfatórias de tráfego (foto 3.2.14). Na porção sul do Balneário,
onde a densidade de ocupação é baixa, existe a previsão para sua
implantação, que só é percebida pelo alinhamento dos postes da rede elétrica.
Contudo, sua diretriz foi respeitada em toda a extensão do Balneário,
prevendo largura total de 32 metros, com duas pistas de 8 metros e canteiro
central (foto 3.2.15). A figura 3.2.3.5 mostra a localização das vias principais
de Balneário Quintão.
29
38. Foto
3.2.14
–
Aspecto
da
Av. Foto
3.2.15
–
Aspecto
da
Av.
Paraguassú parcialmente implantada no Paraguassú ainda não implantada na
Balneário Quintão.
parte sul de Balneário Quintão.
O Balneário Dunas Altas está situado no Município de Palmares do
Sul, mas não apresenta continuidade com a ocupação urbana de Quintão. Um
vazio urbano separa os dois balneários, que são ligados por via pavimentada
com saibro que corresponde à rua principal de Dunas Altas e é, em Quintão, a
Rua Esparta (foto 3.2.16 e 3.2.17). Em Dunas Altas, a densidade de ocupação
é baixa e a única via importante é a própria continuação da Rua Esparta.
Foto 3.2.16 – Aspecto do Balneário Foto 3.2.17 – Ligação entre
Dunas Altas e sua rua principal.
balneários Dunas Altas e Quintão.
os
30
39.
40. 4. TRÁFEGO
4.1.
VOLUME DE TRÁFEGO
Para a caracterização do volume de tráfego do Litoral Norte foram
utilizados os dados do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER)
para o número de veículos passantes, em 2003, nas rodovias estaduais que dão
acesso aos municípios do Litoral Norte, entretanto, as médias diárias e anuais
disponíveis não permitem verificar as diferenças sazonais. Os dados apresentados
são para as seguintes rodovias: RS-030, RS-040, RS-389, RS-784 e RS-786. No
quadro 4.1.1 além do número de veículos passantes por ano e por dia, são
apresentados o trecho da rodovia (sentido) e o número do quilômetro em que a
contagem foi realizada. Para os trechos considerados, a contagem de veículos
passantes em cada ponto foi feita através de Controle Eletrônico de Velocidade
(CEV) instalado em rodovias sob jurisdição do DAER, ou conveniadas, tendo sido
efetuada 365 dias por ano durante as 24 horas em 2003.
Quadro 4.1.1 – Número de veículos passantes em 2003
Rodovia
Município
Trecho da Rodovia
(sentido)
Nº km
Nº de Veículos
Passantes
Por Ano
Por Dia
RS - 30
Osório
Tramandaí - Osório
85+300
187.324
513
RS - 30
Osório
Osório - Tramandaí
85+950
450.926
1.235
RS - 30
Tramandaí
Osório – Tramandaí*
98+580
694.609
1.903
RS - 30
Tramandaí
Osório – Tramandaí*
98+580
1.263.654
3.462
RS - 30
Tramandaí
Tramandaí – Osório*
98+660
838.178
2.296
RS - 30
Tramandaí
Tramandaí – Osório*
98+660
1.219.174
3.340
RS - 40
Viamão
Viamão – Balneário Pinhal**
19+000
2.657.633
7.281
RS - 40
Balneário Pinhal
Viamão – Balneário Pinhal
26+200
1.231.856
3.375
RS - 40
Balneário Pinhal
Balneário Pinhal - Viamão
92+210
429.936
1.178
RS - 389
Osório
Osório - Torres
07+600
1.229.952
3.370
RS - 389
Osório
Osório - Torres
13+800
1.191.852
3.265
RS - 389
Capão da Canoa
Osório - Torres
34+210
907.649
2.487
RS - 389
Capão da Canoa
Osório - Torres
50+030
810.029
2.219
RS - 389
Capão da Canoa
Osório - Torres
50+030
744.153
2.039
RS - 389
Torres
Torres - Osório
84+010
699.019
1.915
RS - 784
Cidreira
Cidreira - Viamão
03+200
283.885
778
RS - 784
Cidreira
Viamão – Cidreira
03+200
290.347
795
RS - 786
Cidreira
Tramandaí - Cidreira
03+850
485.202
1.329
RS - 786
Cidreira
Cidreira - Tramandaí
03+860
497.364
1.363
* Rodovia duplicada. A contagem é realizada individualmente por faixa, por i so são apresentados
s
dois valores diferentes para o mesmo quilômetro.
** A contagem foi o somatório dos dois sentidos da rodovia.
Fonte: DAER, 2004.
32
41. Os dados para o volume diário de tráfego (VDM) disponível, segundo
as categorias dos veículos (categoria 1 – passeio; categoria 2 – coletivo, categoria
3 – carga leve; categoria 4 – carga média; categoria 5 – carga pesada; e categoria
6 – carga ultra pesada), contempla somente um determinado mês do ano para
diferentes trechos localizados em rodovias que dão acesso aos 11 municípios pelos
quais passará o traçado da Avenida do Litoral, não permitindo, portanto, a análise
do volume de tráfego sazonal (quadro 4.1.2). A estimativa para 2004 foi feita
considerando-se a taxa de crescimento de tráfego de 3% ao ano (segundo normas
do DNIT, empregadas pelo DAER) (quadro 4.1.3 e gráfico 4.1.2).
O volume diário médio de veículos que circulam nas rodovias
estaduais do Litoral Norte é de 6.368 veículos dos quais 5.356 são veículos de
passeio, 302 são veículos de transporte coletivo, 228 são veículos de carga leve
(caminhão com dois eixos), 160 são veículos de carga média (caminhão com dois
eixos), 278 são veículos de carga pesada (caminhão com três eixos) e 44 são
veículos de carga ultra pesada (caminhão com quatro eixos), ou seja, 84% são
veículos de passeio, 5% são veículos de transporte coletivo e 11% são veículos de
carga (gráfico 4.1.1).
5%
4% 2%
4% 1%
84%
Passeio
Coletivo
Carga Leve
Carga Média
Carga Pesada
Carga Ultra
Fonte: Estimativa a partir de DAER, 2004.
Gráfico 4.1.1 - Volume Diário Médio de Tráfego em Rodovias do Litoral Norte
conforme a categoria
33
42. Quadro 4.1.2 – Volume Diário Médio de Tráfego em Rodovias do Litoral Norte
Tipo
Rodovia
Trecho
Descrição
Extensão
Volume Diário Médio (VDM)
(km)
Passeio
ERS
ERS
30
30
Mês
Ano
Carga
Coletivo
Leve
Média
Pesada
Ultra
Total
170
Entrada BR-101(B)/290(Osório) - Entrada RS389(A)(p/Mariápolis)
1,85
5.052
286
264
247
584
100
6.533
Nov
2000
180
Entrada RS-389(A)(p/Mariápolis) - Entrada
RS/389(B)(p/Mariápolis)
0,87
7.509
249
333
270
755
159
9.275
Nov
2000
15,15
5.412
473
368
256
533
103
7.145
Dez
2000
9,73
19.606
1.843
641
457
287
84
22.918
Out
2003
ERS
30
190
Entrada RS-389(B)(p/Mariápolis) - Entrada
RS/786(B)(p/Tramandaí)
ERS
40
10
Arroio Sabão (Porto Alegre) - Viamão
10
Entrada BR-453(p/Torres) - Entrada RS486(p/Curumim)
38,71
2.137
40
45
25
43
0
2.290
Mai
2001
30
Entrada RS-486(p/Curumim) - Entrada RS407(p/Capão da Canoa)
19,97
2.432
29
46
32
53
2
2.594
Abr
2001
50
Entrada RS-407(p/Capão da Canoa) - Entrada
RS-786(Mariápolis)
12,79
4.860
43
128
88
205
2
5.326
Set
2004
70
Entrada RS-786(Mariápolis) - Entrada RS030(A)(p/Tramandaí)
18,91
3.826
38
75
48
178
4
4.169
Set
2004
2001
ERS
ERS
ERS
ERS
389
389
389
389
ERS
389
110
Entrada RS-030(B)(Osório) - Entrada BR290(p/Gravataí)
2,81
4.739
27
141
81
185
46
5.219
Mar
ERS
786
30
Tramandaí - Entrada RS-030(p/Osório)
4,25
2.291
90
112
76
25
0
2.594
Mar
2001
ERS
786
50
Entrada RS-030(p/Osório) - Jardim do Éden
7,71
3.013
410
197
215
214
44
4.093
Mar
2001
ERS
786
70
Jardim do Éden - Entrada RS-784(Cidreira)
12,59
1.353
61
99
93
175
36
1.817
Abr
2001
ERS
786
Entrada RS-389(Mariápolis) - Tramandaí
13,11
2.229
66
113
79
60
4
2.551
Set
2004
ERS
407
10
Entrada BR-101(Morro Alto) Entrada RS389(p/Torres)
12,03
1.233
135
194
112
342
31
2.047
Abr
2001
ERS
407
30
Entrada RS-389(p/Torres) Capão da Canoa
3,77
4.705
179
250
132
220
37
5.523
Abr
2001
1,88
6.578
338
249
108
235
13
7.521
Abr
2001
3,47
7.870
487
325
185
229
12
9.108
Abr
2001
RST
453
410
Entrada BR-101(p/Três Cachoeiras) Entrada
RS-389(p/Capão da Canoa)
RST
453
430
Entrada RS-389(p/Capão da Canoa) Torres
Fonte: DAER, 2004.
34
43. Quadro 4.1.3 – Volume Diário Médio de Tráfego em Rodovias do Litoral Norte - 2004
Tipo
Rodovia
Trecho
Descrição
Extensão
Volume Diário Médio (VDM)
(km)
Passeio
ERS
ERS
30
30
Mês
Coletivo
Leve
Média
Pesada
Ultra
Total
170
Entrada BR-101(B)/290(Osório) - Entrada RS389(A)(p/Mariápolis)
180
Entrada RS-389(A)(p/Mariápolis) - Entrada
RS/389(B)(p/Mariápolis)
0,87
8.451
280
375
304
850
179
10.439
Nov
Entrada RS-389(B)(p/Mariápolis) - Entrada
RS/786(B)(p/Tramandaí)
15,15
6.091
532
414
288
600
116
8.042
Dez
1,85
5.686
Ano
Carga
322
297
278
657
113
7.353
Nov
ERS
30
190
ERS
40
10
Arroio Sabão (Porto Alegre) - Viamão
9,73
20.194
1898
660
471
296
87
23.606
Out
38,71
2.335
44
49
27
47
0
2.502
Mai
2004
2004
2004
2004
ERS
389
10
Entrada BR-453(p/Torres) - Entrada RS486(p/Curumim)
ERS
389
30
Entrada RS-486(p/Curumim) - Entrada RS407(p/Capão da Canoa)
19,97
2.658
32
50
35
58
2
2.835
Abr
ERS
389
50
Entrada RS-407(p/Capão da Canoa) - Entrada
RS-786(Mariápolis)*
12,79
4.860
43
128
88
205
2
5.326
Set
ERS
389
70
Entrada RS-786(Mariápolis) - Entrada RS030(A)(p/Tramandaí)*
18,91
3.826
38
75
48
178
4
4.169
Set
ERS
389
110
Entrada RS-030(B)(Osório) - Entrada BR290(p/Gravataí)
2,81
5.178
30
154
89
202
50
5.703
Mar
ERS
786
30
Tramandaí - Entrada RS-030(p/Osório)
4,25
2.503
98
122
83
27
0
2.835
Mar
2004
ERS
786
50
Entrada RS-030(p/Osório) - Jardim do Éden
7,71
3.292
448
215
235
234
48
4.473
Mar
2004
ERS
786
70
Jardim do Éden - Entrada RS-784(Cidreira)
12,59
1.478
67
108
102
191
39
1.985
Abr
2004
ERS
786
Entrada RS-389(Mariápolis) – Tramandaí*
13,11
2.229
66
113
79
60
4
2.551
Set
ERS
407
10
Entrada BR-101(Morro Alto) Entrada RS389(p/Torres)
12,03
1.347
148
212
122
374
34
2.237
Abr
ERS
407
30
Entrada RS-389(p/Torres) Capão da Canoa
3,77
5.141
196
273
144
240
40
6.035
Abr
1,88
7.188
369
272
118
257
14
8.218
Abr
3,47
8.600
532
355
202
250
13
9.953
Abr
RST
453
410
Entrada BR-101(p/Três Cachoeiras) Entrada
RS-389(p/Capão da Canoa)
RST
453
430
Entrada RS-389(p/Capão da Canoa) Torres
2004
2004
2004
2004
2004
2004
2004
2004
2004
2004
Fonte: Estimativa a partir de DAER, 2004.
* Dados da contagem disponíveis para 2004.
35
44. 0
Passeio
Coletivo
Leve
Média
Pesada
Ultra
Entrada RS389(Mariápolis) Tramandaí)
Entrada BR-101(p/Três
Cachoeiras) Entrada RS389(p/Capão da Canoa)
Entrada BR-101(Morro
Alto) Entrada RS389(p/Torres)
Entrada RS030(p/Osório) - Jardim
do Éden
Entrada RS030(B)(Osório) - Entrada
BR-290(p/Gravataí)
Entrada RS-407(p/Capão
da Canoa) - Entrada RS786(Mariápolis)
Entrada BR453(p/Torres) - Entrada
RS-486(p/Curumim)
Entrada RS389(B)(p/Mariápolis) Entrada
RS/786(B)(p/Tramandaí)
Entrada BR101(B)/290(Osório) Entrada RS389(A)(p/Mariápolis)
VDM
25000
20000
15000
10000
5000
Descrição
Total
Fonte: Estimativa a partir de DAER, 2004.
Gráfico 4.1.2 – Volume Diário Médio (Estimativa 2004)
36
45. 4.2.
ACIDENTES DE TRÂNSITO
Nas rodovias estaduais, que dão acesso ao Litoral Norte, foram
registrados, em 2003, 1.442 acidentes com o envolvimento de 2.422 veículos
e um total de 887 feridos e 38 mortos (quadro 4.2.1).
Quadro 4.2.1 – Acidentes registrados nas rodovias que dão acesso ao Litoral Norte 2003
Rodovia
Nºde
acidentes
Descrição
Nºde
feridos
Nºdeveículos
envolvidos
Nºde
mortos
Extensão
do trecho
(km)
Freqüência
de
acidentes
(horas)
Freqüência
deferidos
(horas)
Freqüência
de mortes
(horas)
RS040
Viamão - Águas Claras
- Pinhal
593
386
13
1052
85
15
23
674
RS030
Vista Alegre - Santo
Antônio -Osório Tramandaí
392
239
14
632
94,3
22
37
626
RS389
Osório - Torres
(Estrada do Mar)
320
175
8
500
93,1
27
50
1.095
RS786
Capão Novo Tramandaí - Cidreira Quintão
137
87
3
238
57,5
64
101
2.920
1.442
Total
887
38
2.422
-
-
-
-
Fonte: DAER/BPRv, 2004
Nos municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte foram
registrados, em 2004, até o mês de novembro, 1.727 acidentes (quadro
4.2.2), conforme dados do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da
Brigada Militar de Osório.
Quadro 4.2.2 - Número de acidentes de trânsito ocorridos, em 2004 até o mês de
novembro na Aglomeração Urbana do Litoral Norte
MUNICIPIO
Jan
Fev
Mar
Abr
Jun
Jul
Ago
10
10
2
2
1
3
1
3
Balneário Pinhal
8
6
3
2
1
4
1
Capão da Canoa
80
83
26
14
12
6
6
8
4
2
1
Imbé
59
34
25
16
Osório
34
22
30
Palmares do Sul
7
5
Terra de Areia
6
Arroio do Sal
Cidreira
Torres
Tramandaí
Xangri-lá
Total
Mai
Set
Out
Nov
TOTAL
5
3
2
42
3
1
1
0
30
22
27
11
9
16
306
3
2
1
1
2
1
31
3
5
9
6
16
15
14
202
18
32
22
15
32
35
27
15
282
3
5
4
2
1
3
1
1
1
33
7
2
1
3
2
0
2
4
2
1
30
48
31
23
18
23
34
24
16
31
23
16
287
112
107
22
46
16
16
17
21
28
27
11
423
9
11
3
1
4
2
3
2
1
3
2
41
379
324
143
125
100
99
95
116
134
113
79
1.727
Fonte: Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Brigada Militar de Osório, 2004.
37
46. Os locais de maior incidência de acidentes de trânsito nos
municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte são apresentados no
quadro 4.2.3.
Quadro 4.2.3 - Locais de maior incidência de acidentes de trânsito na Aglomeração
Urbana do Litoral Norte
Município
Locais de maior incidência de acidentes de trânsito
Arroio do Sal
Av. Assis Brasil e Av. Interpraias.
Balneário Pinhal
Av. Itália, Av. Castelo Branco, Av. Perimetral;
Capão da Canoa
Av. Paraguassú, Av. Rudá, Rua General Osório.
Cidreira
Av. Mostardeiro e Av. Fausto Borba Prates na Rótula com a RS 786;
Imbé
Trevo – Av. Paraguassú c/ RS 786, no Balneário Presidente;
Balneário Magistério, Av. Paraguassú, Av. Luciana de Abreu.
Trevo da RS 786 – Acesso Balneário Santa Terezinha;
Av. Paraguassú – Acesso ao Bairro Courasa.
Osório
Rua Costa Gama c/ Rua Santos Dumont;
Rua Costa Gama c/ Rua Sete de Setembro;
Av. Marechal Floriano c/ Rua João Sarmento;
Av. Getúlio Vargas c/ Rua Major João Marques.
Palmares do Sul
Estrada Butituva – Av. Esparta – Av. Principal;
Terra de Areia
Estrada Geral
Torres
Av. Barão do Rio Branco e Av. José Bonifácio.
Tramandaí
Av. Belém esquina Fernandes Bastos;
Av Fernandes bastos esquina Tristão Monteiro;
Rótula da Av. Emancipação com Av. da Igreja;
Rótula da Av. Flores da Cunha com Alberto Pasqualini.
Xangri-lá
Av. Paraguassú c/ Rua Rio Jacuí;
Av. Paraguassú c/ Av. Central.
Fonte: Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Brigada Militar de Osório, 2004.
Os trechos de maior incidência de acidentes de trânsito nos
municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte são apresentados no
quadro 4.2.4.
38
47. Quadro 4.2.4 - Trechos de maior incidência de acidentes de trânsito na Aglomeração
Urbana do Litoral Norte
Município
Arroio do Sal
Balneário Pinhal
Trechos de maior incidência de acidentes de trânsito
Av. Assis Brasil (entre o Posto de combustível Primeiro e o Módulo do 4º
Pelotão) e Av. Interpraias (entre a Praia Âncora e Rondinha).
Av. Paraguassú até o Balneário Magistério.
Capão da Canoa
Av. Paraguassú (Bairro centro), Av. Rudá (Bairro Santa Luzia), Rua General
Osório (entre Zona Nova e Capão Novo).
Cidreira
Av. Mostardeiro e Av. Fausto Borba Prates na Rótula com a RS 786;
Imbé
Av. Paraguassú , Av. Garibaldi, RS 786, Av. Beira Mar.
Osório
Rua Costa Gama c/ Rua Santos Dumont;
Rua Costa Gama c/ Rua Sete de Setembro;
Av. Marechal Floriano c/ Rua João Sarmento;
Av. Getúlio Vargas c/ Rua Major João Marques.
Palmares do Sul
Estrada Butituva.
Terra de Areia
Estrada Geral
Torres
Av. Barão do Rio Branco (do Supermercado Bom Rancho até a Praça XV de
Novembro) e Av. José Bonifácio (próximo ao Supermercado Nacional e
Estação Rodoviária).
Tramandaí
Av. Fernandes bastos em toda a extensão;
Av. Minas Gerais em toda a extensão.
Xangri-lá
Av. Paraguassú (ao longo da Avenida).
Fonte: Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Brigada Militar de Osório, 2004.
O período de maior incidência de acidentes de trânsito nos
municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte são apresentados no
quadro 4.2.5.
Quadro 4.2.5 - Período de maior incidência de acidentes de trânsito na Aglomeração
Urbana do Litoral Norte
Município
Período de maior incidência de acidentes de trânsito
Arroio do Sal
Temporada de Verão – 24 horas
Balneário Pinhal
Temporada de Verão – 24 horas
Capão da Canoa
Temporada de Verão – 24 horas
Cidreira
Temporada de Verão – 24 horas
Imbé
Temporada de Verão - Entre 05:00 e 07:00h e 17:00 e 23:00h
Osório
Segundas e Sextas–feiras – 24 horas
Palmares do Sul
Temporada de Verão – 24 horas
Terra de Areia
Finais de Semana, Feriados – Entre 11:00 e 21:00h
Torres
Temporada de Verão – 24 horas
Tramandaí
Temporada de Verão – 24 horas
Xangri-lá
Temporada de Verão – 24 horas
Fonte: Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Brigada Militar de Osório, 2004.
39
48. 5. TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
5.1.
TRANSPORTE COLETIVO INTERMUNICIPAL
O transporte coletivo de passageiros é realizado, regularmente, por
dez empresas que são responsáveis por 117 linhas de ônibus, das quais sete são
linhas suburbanas e 110 linhas de longo curso, segundo classificação do DAER.
Cinco linhas utilizam a Interpraias no seu trajeto: Capão da Canoa - Atlântida Sul,
Osório - Capão da Canoa, Torres - Arroio do Sal, Tramandaí - Boa União e
Tramandaí - Torres, como apresentado no quadro 5.1.1. Para 85 linhas de longo
curso existem dados para o número de passageiros e viagens que, no período de
outubro de 2003 a novembro de 2004, totalizou o volume de 3.650.971
passageiros e 116.829 viagens. Para 25 linhas de longo curso os dados referentes
ao número de passageiros e viagens não estão disponíveis. Para as sete linhas
suburbanas o número total de passageiros foi de 918.335 e 59.548 viagens, no
mesmo período. Das 117 linhas de ônibus, 58 atendem outros municípios além
daqueles localizados na Aglomeração Urbana do Litoral Norte, as 59 demais linhas
têm origem e destino nos municípios da própria Aglomeração.
O Plano Praia, que se estende de 15 de dezembro até 15 de março,
visa a atender a demanda nos meses de veraneio, sendo as linhas regulamentadas
pelos DAER. O Plano Praia 2003/2004 foi constituído de 132 linhas, conforme
dados disponibilizados pelo DAER, o que representa um acréscimo de 113% em
relação às linhas regulares. Estima -se para estas linhas um volume de,
aproximadamente, 580.478 passageiros e cerca de 24.721 viagens. As linhas de
ônibus, empresa responsável, extensão, número de viagens, volume de
passageiros e modalidade encontram-se em anexo (Anexo 1).
Com a constituição da Aglomeração Urbana do Litoral Norte, o
transporte coletivo intermunicipal com origem e destino nos municípios do
aglomerado passa a ser regido pela Lei no 11.127, de fevereiro de 1998, tendo a
METROPLAN como órgão gestor. A regulamentação deste sistema de transporte,
que assume características metropolitanas, está em fase de transição do DAER
para a METROPLAN.
40
49. Quadro 5.1.1 – Linhas de ônibus, empresa responsável, extensão da linha, viagens, volume de passageiros e modalidade
Nº
Nome da Linha
Empresa
Extensão
(km)
Viagens
Passageiros
Out. 2003Nov. 2004
Out. 2003Nov. 2004
Tipo de
linha
Modalidade
Média
Mensal
Linhas que atendem outros municípios além daqueles localizados na Aglomeração Urbana do Litoral Norte
2485
ALVORADA - REI DO PEIXE
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
134
48
1.519
108
LC
SD
1325
CANOAS - TRAMANDAÍ (VIA SAPUCAIA - RS/030)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
137
274
8.155
582
LC
CM
778
CAXIAS DO SUL - TORRES (VIA RS 230)
EXPRESSO SÃO MARCOS LTDA
221
-
-
-
LC
CM SD D
EX
917
CAXIAS DO SUL - TORRES
EXPRESSO SÃO MARCOS LTDA
212
-
-
-
LC
CM
2488
ESTEIO - CAPÃO DA CANOA
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
164
18
836
59
LC
CM SD
2452
MOSTARDAS - CAPIVARI (VIA SOLIDÃO)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
130
286
12.128
866
LC
CM
58
NOVO HAMBURGO - CAPÃO DA CANOA (VIA BR/116 )
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
166
2.789
140.361
10.025
LC
CM
54
NOVO HAMBURGO - CAPÃO DA CANOA (VIA RS/030)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
169
97
7.697
549
LC
CM
308
NOVO HAMBURGO - SÃO LEOPOLDO-OSÓRIO (VIA SAPUCAIA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
116
98
6.539
467
LC
CM
309
NOVO HAMBURGO - SÃO LEOPOLDO-TRAMANDAÍ (VIA
SAPUCAIA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
139
1.829
110.266
7.876
LC
CM
1318
NOVO HAMBURGO - TRAMANDAÍ (VIA BR/290-AUTO-ESTRADA) UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
136
1.524
33.392
2.385
LC
CM SD
EX
89
NOVO HAMBURGO - CAPÃO DA CANOA (VIA SAPUCAIA/MORRO
ALTO)
156
-
-
-
LC
CM
3390
NOVO HAMBURGO - REI DO PEIXE (VIA SÃO LEOPOLDO SAPUCAIA)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
170
-
-
-
LC
SD
289
PORTO ALEGRE - BARRO DE OURO
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
160
618
25.868
1.847
LC
CM
2059
PORTO ALEGRE - CAPÃO DA CANOA (VIA AUTO-ESTRADA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
154
3.762
165.373
11.812
LC
CM
297
PORTO ALEGRE - CAPÃO DA CANOA (VIA RS/030-MORRO ALTO) UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
149
672
24.328
1.737
LC
CM
1938
PORTO ALEGRE - CAPÃO NOVO (VIA BR/290 MORRO ALTO)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
151
1.159
32.336
2.309
LC
CM
209
PORTO ALEGRE - CIDREIRA (VIA NAZARETH)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
123
56
2.677
191
LC
CM
306
PORTO ALEGRE - CIDREIRA (VIA PINHAL)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
123
1.584
60.057
4.289
LC
CM SD
1904
PORTO ALEGRE - DUNAS ALTAS (VIA MAGISTÉRIO/QUINTÃO)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
135
1.314
70.223
5.015
LC
CM
2428
PORTO ALEGRE - FAROL DA SOLIDÃO (VIA PALMARES DO SUL)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
168
10
652
46
LC
CM
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
41
50. Quadro 5.1.1 – Linhas de ônibus, empresa responsável, extensão da linha, viagens, volume de passageiros e modalidade
Nº
Nome da Linha
Empresa
Extensão
(km)
Viagens
Passageiros
Out. 2003Nov. 2004
Out. 2003Nov. 2004
(continuação)
Tipo de
linha
Modalidade
Média
Mensal
325
PORTO ALEGRE - GRANJA VARGAS
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
105
1.570
78.741
5.624
LC
CM
2384
PORTO ALEGRE - IMBÉ (VIA BR/290/TRAMANDAÍ)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
128
774
21.542
1.538
LC
SD D EX
330
PORTO ALEGRE - ITATI (VIA TERRA DE AREIA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
178
641
33.506
2.393
LC
CM
1940
PORTO ALEGRE - JARDIM DO ÉDEN (VIA OSÓRIO - OÁSIS)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
127
416
6.979
498
LC
SD
2456
PORTO ALEGRE - MAGISTÉRIO
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
121
130
4.060
290
LC
CM SD
2435
PORTO ALEGRE - MARILUZ
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
131
621
17.306
1.236
LC
SD D
2472
PORTO ALEGRE - MARILUZ (VIA BR/290)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
131
636
21.638
1.545
LC
CM
344
PORTO ALEGRE - MOSTARDAS (VIA SOLIDÃO)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
213
1.737
127.672
9.119
LC
CM
1955
PORTO ALEGRE - NOVA TRAMANDAÍ (VIA CIDREIRA)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
141
99
4.804
343
LC
CM
348
PORTO ALEGRE - OSÓRIO
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
109
3.908
213.354
15.239
LC
CM
350
PORTO ALEGRE - PALMARES DO SUL (VIA VIAMÃO)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
98
1.105
39.375
2.812
LC
CM
2426
PORTO ALEGRE - PRAIA DO PEIXE (VIA CAPIVARI)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
129
1.285
48.622
3.473
LC
CM SD
1948
PORTO ALEGRE - QUINTÃO (VIA ALVORADA)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
139
2.085
4.657
332
LC
CM SD
605
PORTO ALEGRE - QUINTÃO (VIA PINHAL)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
126
2.198
109.557
7.825
LC
CM SD
1558
PORTO ALEGRE - SALINAS (VIA PINHAL)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
128
5.325
279.364
19.954
LC
CM SD
1081
PORTO ALEGRE - TAVARES (VIA SOLIDÃO - MOSTARDAS)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
240
947
79.041
5.645
LC
CM SD
2019
PORTO ALEGRE - TERRA DE AREIA (VIA BR-290)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
155
94
4.021
287
LC
CM
1939
PORTO ALEGRE - TRAMANDAÍ (VIA JARDIM DO ÉDEN)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
139
1.047
29.233
2.087
LC
SD
402
PORTO ALEGRE - TRAMANDAÍ (VIA RS/0TRÊS0-STO ANTONIO)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
132
4.712
299.453
21.389
LC
CM
2076
PORTO ALEGRE - VILA SÃO JOÃO ( VIA BR-290)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
202
48
3.291
235
LC
CM
741
PORTO ALEGRE - BARRA DO OURO
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
153
-
-
-
LC
CM
763
PORTO ALEGRE - CAPÃO DA CANOA
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
142
-
-
-
LC
CM SD D
EX
742
PORTO ALEGRE - ITATI (VIA TERRA DE AREIA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
171
-
-
-
LC
CM
760
PORTO ALEGRE - OSÓRIO (VIA FREE WAY)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
102
-
-
-
LC
SD
2484
PORTO ALEGRE - PINHAL
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
115
-
-
-
LC
CM SD
1969
PORTO ALEGRE - QUINTÃO (VIA GRANJA VARGAS)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
136
-
-
-
LC
CM
42
51. Quadro 5.1.1 – Linhas de ônibus, empresa responsável, extensão da linha, viagens, volume de passageiros e modalidade
Nº
Nome da Linha
Empresa
Extensão
(km)
Viagens
Passageiros
Out. 2003Nov. 2004
Out. 2003Nov. 2004
(continuação)
Tipo de
linha
Modalidade
Média
Mensal
905
PORTO ALEGRE - RUA NOVA (SÃO JOÃO)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
241
-
-
-
LC
906
PORTO ALEGRE - RUA NOVA (VIA BR 290 - MORRO AZUL)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
236
-
-
-
LC
CM
CM
765
PORTO ALEGRE - TORRES (VIA BR/290 FEDERAL)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
206
-
-
-
LC
CM SD D
EX
764
PORTO ALEGRE - TORRES (VIA BR/290 PRAIA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
223
-
-
-
LC
CM
762
PORTO ALEGRE - TRAMANDAÍ (VIA FREE-WAY)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
125
-
-
-
LC
CM
2363
SANTO ANTONIO DA PATRULHA - OSÓRIO (VIA RS/0TRÊS0)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
28
1.191
20.333
1.452
LC
CM
696
SANTO ANTONIO DA PATRULHA - OSÓRIO
TRANSPORTE MARKOSUL LTDA
39
-
-
-
LC
CM
2487
SANTO ANTONIO DA PATRULHA - TRAMANDAÍ
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
51
-
-
-
LC
CM
787
SÃO LEOPOLDO - TRAMANDAÍ (VIA RS/17)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
132
-
-
-
LC
CM
1890
SOLEDADE - PARAÍSO (VIA RAIA DA PEDRA)
GUERRA E PAGNUSSAT LTDA
59
176
3.360
240
LC
CM
2427
VIAMÃO - CIDREIRA (VIA PINHAL)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
95
14
475
33
LC
CM
Linhas com origem e destino em municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte
1665
CAPÃO DA CANOA - ATLÂNTIDA SUL (VIA INTERPRAIAS)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
18
6.176
100.180
7.155
LC
CM
2479
CAPÃO DA CANOA - BOA UNIÃO/PEDRAS BRANCAS
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
64
1.344
37.841
2.702
LC
CM
115
CAPÃO DA CANOA - TERRA DE AREIA (VIA CORNELIOS)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
24
3.372
55.050
3.932
LC
CM
1333
CAPÃO DA CANOA - TORRES (VIA RS/407 - MORRO ALTO)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
96
367
11.408
814
LC
CM
99
CAPÃO DA CANOA - MORRO ALTO (VIA B. SÃO PEDRO)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
21
-
-
-
LC
CM
92
CAPÃO DA CANOA - TERRA DE AREIA (VIA MORRO ALTO )
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
45
-
-
-
LC
CM
872
CAPÃO DA CANOA - TORRES (VIA TAPERA - CORNÉLIOS)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
77
-
-
-
LC
CM
1883
MAGISTÉRIO - SALINAS (VIA PINHAL/CIDREIRA)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
19
25
398
28
LC
CM
1800
MAQUINÉ - MARIAPOLIS (VIA OSÓRIO)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
72
1.406
22.668
1.619
LC
CM
1661
MAQUINÉ - TRÊS PINHEIROS (VIA TERRA DE AREIA)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
35
2.171
35.876
2.562
LC
CM
1660
MORRO ALTO - ARROIO CARVALHO (VIA MAQUINÉ)
AUTO VIAÇÃO CAPÃO NOVO LTDA
64
1.989
32.033
2.288
LC
CM
1776
OSÓRIO - AGUAS BRANCAS (VIA BR/101-MAQUINÉ)
CITRAL TRANSPORTE E TURISMO S/A
60
628
14.689
1.049
LC
CM
1406
OSÓRIO - ARROIO DO SAL (VIA TERRA DE AREIA)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
85
360
7.518
537
LC
CM
101
OSÓRIO - ARROIO TEIXEIRA
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
71
365
7.004
500
LC
CM
43
52. Quadro 5.1.1 – Linhas de ônibus, empresa responsável, extensão da linha, viagens, volume de passageiros e modalidade
Nº
Nome da Linha
Empresa
Extensão
(km)
Viagens
Passageiros
Out. 2003Nov. 2004
Out. 2003Nov. 2004
(continuação)
Tipo de
linha
Modalidade
Média
Mensal
1802
OSÓRIO - BARRA DO OURO (VIA MAQUINÉ)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
51
1.579
27.172
1.940
LC
CM
1450
OSÓRIO - BARROS (VIA CAPIVARI)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
99
550
33.214
2.372
LC
CM
120
OSÓRIO - CAPÃO DA CANOA (VIA MORRO ALTO)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
40
10.842
233.997
16.714
LC
CM
2294
OSÓRIO - CAPÃO DA CANOA (VIA RS/030-INTERPRAIAS)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
53
892
26.143
1.867
LC
CM
1801
OSÓRIO - CERRITO (VIA MAQUINÉ)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
61
1.272
20.683
1.477
LC
CM
2033
OSÓRIO - CIDREIRA
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
64
1.144
31.734
2.266
LC
CM
108
OSÓRIO - GRANJA VARGAS (VIA CAPIVARI)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
79
1.135
44.404
317
LC
CM
1526
OSÓRIO - ITATI (VIA TERRA DE AREIA)
CITRAL TRANSPORTE E TURISMO S/A
69
524
15.819
129
LC
CM
103
OSÓRIO - QUINTÃO (VIA RANCHO VELHO)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
84
108
3.321
237
LC
CM
1972
OSÓRIO - REI DO PEIXE (VIA TRAMANDAÍ)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
74
1.757
42.306
3.021
LC
CM
1527
OSÓRIO - RIO CARVALHO (VIA TERRA DE AREIA)
CITRAL TRANSPORTE E TURISMO S/A
87
524
19.302
1.378
LC
CM
2117
OSÓRIO - RUA NOVA (VIA MORRO AZUL)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
119
770
36.972
2.640
LC
CM
1545
OSÓRIO - TAVARES (VIA CAPIVARI)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
199
660
49.373
3.526
LC
CM
619
OSÓRIO - TORRES
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
104
2.688
99.287
7.091
LC
CM
754
OSÓRIO - BACOPARI (VIA CAPIVARI - PALMARES DO SUL)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
93
-
-
-
LC
CM
2236
PALMARES DO SUL - CACIMBAS (VIA SOLIDÃO)
EXPRESSO PALMARES TURISMO LTDA
74
-
-
-
LC
CM
1479
TORRES - ALTO RIO DA TERRA (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
55
648
10.299
735
LC
CM
1848
TORRES - ALTO RIO DE DENTRO (VIA COSTÃO)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
80
528
5.862
418
LC
CM
1525
TORRES - ARROIO DO SAL (VIA INTERPRAIAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
34
1.152
19.797
1.414
LC
CM
1481
TORRES - BOA UNIÃO (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
91
528
8.763
625
LC
CM
1867
TORRES - COLÔNIA SÃO PEDRO (VIA C.BONITO)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
22
624
4.139
295
LC
CM
1849
TORRES - MORRINHOS (VIA CAMBRAIA-MORRO DO FORNO)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
73
264
3.953
282
LC
CM
1480
TORRES - MORRO AZUL (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
53
1.148
17.793
1.270
LC
CM
1485
TORRES - MORRO DE DENTRO (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
59
1.056
13.648
974
LC
CM
1482
TORRES - MORRO DO CHAPÉU (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
66
1.196
19.267
1.376
LC
CM
1483
TORRES - MORRO DO FORNO (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
60
312
6.987
499
LC
CM
1869
TORRES - PRAIA GRANDE
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
47
1.512
12.432
888
LC
CM
1870
TORRES - ROÇA DA ESTÂNCIA (VIA RUA NOVA)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
80
1.170
12.370
883
LC
CM
44
53. Quadro 5.1.1 – Linhas de ônibus, empresa responsável, extensão da linha, viagens, volume de passageiros e modalidade
Nº
Nome da Linha
Empresa
Extensão
(km)
Viagens
Passageiros
Out. 2003Nov. 2004
Out. 2003Nov. 2004
(continuação)
Tipo de
linha
Modalidade
Média
Mensal
1487
TORRES - ROCA DA ESTÂNCIA (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
133
48
1.418
101
LC
CM
1486
TORRES - TORRES (VIA PIRATUBA/ TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
119
264
7.785
556
LC
CM
1868
TORRES (CIRCULAR) - TORRES (CIRCULAR) VIA V.SÃO JOÃO
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
59
528
9.086
649
LC
CM
483
TORRES - MORRO DO FORNO (VIA TRÊS CACHOEIRAS)
EMPRESA MAMPITUBA LTDA
60
-
-
-
LC
CM
1492
TRAMANDAÍ - BANANEIRAS (VIA TERRA DE ARREIA)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
108
574
30.911
2.207
LC
CM
1436
TRAMANDAÍ - CIDREIRA (VIA NOVA TRAMANDAÍ 1 UC)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
26
25
315
22
LC
CM
551
TRAMANDAÍ - OSÓRIO
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
23
14.405
231.703
16.550
LC
CM
1437
TRAMANDAÍ - PINHAL (VIA CIDREIRA 1 UC)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
34
25
357
25
LC
CM
1315
TRAMANDAÍ - TORRES (VIA INTERPRAIAS)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
98
1.277
72.903
5.207
LC
CM
1788
TRAMANDAÍ - BOA UNIÃO (VIA INTERPRAIAS)
UNESUL DE TRANSPORTES LTDA
100
-
-
-
LC
CM
6173
CAPÃO DA CANOA - RAINHA DO MAR (VIA XANGRI-LÁ)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
12
8.808
126.997
9.071
SUB
CM
6172
CAPÃO DA CANOA - XANGRI-LÁ (VIA GUARA)
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
9
11.744
140.663
10.047
SUB
CM
6142
PARQUE HISTÓRICO - SANTA TEREZINHA (VIA TRAMANDAÍ)
EMPRESA DINDINHO DE TRANSPORTES
22
25.620
459.610
32.829
SUB
CM
6188
RAINHA DO MAR - CURUMIM VIA CAPÃO DA CANOA
AUTO VIACAO CAPÃO NOVO LTDA
33
9.542
115.591
8.256
SUB
CM
6168
QUINTÃO - SALINAS (VIA PINHAL)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
25
15
300
21
SUB
CM
6191
TRAMANDAÍ - QUINTÃO (VIA CIDREIRA)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
46
-
-
-
SUB
CM
6193
TRAMANDAÍ - REI DO PEIXE (VIA CIDREIRA)
AUTO VIACAO SÃO JOSE LTDA
51
3.819
75.174
5.369
SUB
CM
Fonte: DAER, 2004.
Obs: CM (Comum) SD (Semi-direto) D (Direto) EX (executivo) LC (Longo Curso) SUB (Suburbana)
45
54. 5.2.
TRANSPORTE COLETIVO MUNICIPAL
Em geral, os municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte
apresentam algum tipo de transporte coletivo urbano que opera na maior
parte do ano com baixa freqüência devido à baixa densidade de população
residente. Abaixo são descritos detalhes do funcionamento em cada município
onde foram coletados dados.
5.2.1.
Torres
Duas empresas possuem concessão para atuar com transporte
coletivo no Município de Torres. A empresa Mampituba opera duas linhas e a
empresa Torrescar Transportes Turísticos opera outras sete linhas. Todo o
município é atendido, inclusive as praias da porção sul do município, cujo
trajeto percorrido inclui a Estrada dos Cunhas e parte da Estrada do Mar. As
freqüências variam de 1 hora a 10 minutos, conforme a linha, dependendo da
demanda de usuários.
O horário de funcionamento do transporte coletivo encerra-se às
24 h, exceção feita, durante o verão, a uma das linhas que opera até as 2
horas da madruga. Durante o verão são disponibilizados mais horários para as
mesmas linhas e também o funcionamento de uma linha turística – Dindinho.
5.2.2.
Capão da Canoa
A empresa CSTUR detém a concessão para operar o transporte
coletivo dentro do Município de Capão da Canoa. Três linhas operam o ano
todo em intervalos de freqüência de 55 minutos para os ônibus e 20 minutos
para as lotações em micro-ônibus. Durante o verão o número de linhas sobe
para cinco e os tempos de espera médios caem para 30 minutos para os
ônibus e 10 minutos para os micro-ônibus. Todo o município é atendido pelas
três linhas existentes. Uma parte da praia de Curumim serve a praia Arroio
Teixeira e percorre o trajeto até o centro da cidade. Outra sai de Capão Novo
percorrendo o seu interior e chegando ao Centro da cidade. A terceira linha
ordinária parte da praia Guarani, passando pelo centro da cidade e chegando
na divisa com o Município de Xangri-lá. Durante o verão as duas linhas extras
percorrem o eixo da Avenida Paraguassú, uma saindo de Curumim e outra de
Capão Novo.
5.2.3.
Tramandaí
Três empresas operam linhas de transporte coletivo dentro do
Município de Tramandaí. A Transcal opera sete linhas em micro-ônibus; a
Dindinho Transportes opera três linhas internas e a empresa Carrossauro
opera, somente nos meses entre outubro e abril, quatro linhas de microônibus.
46
55. Praticamente todos os bairros são atendidos, sendo que a
carência atual de alguns bairros – Zona Nova/Beira Mar e Nova
Tramandaí/Beira da Lagoa – deve ser suprida em breve por licitação de
concessão já em andamento.
As linhas operam fora da época de veraneio com tempo de espera
médio de 15 minutos, iniciando os serviços às 5:30 h e finalizando às 00:30 h.
Durante o veraneio as linhas são incrementadas e o tempo de
espera cai para entre 5 e 10 minutos, sendo que operam nas madrugadas em
intervalos maiores para atender veranistas freqüentadores da noite.
5.2.4.
Imbé
As empresas Bototur e Dindinho Transportes operam o transporte
coletivo no Município de Imbé, com veículos tipo ônibus, micro-ônibus e
veículos abertos de turismo.
Durante o ano o tempo de espera é de 30 minutos, diminuindo
para 15 minutos no verão. Somente durante a época de veraneio operam
linhas durante a madrugada, com tempo de intervalo de 1 hora.
5.2.5.
Cidreira
No Município de Cidreira, a empresa Transflor - Transportes Anflor
Ltda possui a concessão para operar 3 linhas de transporte urbano. As linhas
operam o ano todo no horário entre as 5:00 e as 24:00. O intervalo das
linhas, no período de março a novembro é de 20 minutos até as 20:00 e 40
minutos até as 24:00. Durante o verão são disponibilizados mais horários e o
intervalo das 20:00 às 24:00 passa a ser de 20 minutos.
5.2.6.
Balneário Pinhal
No Município de Balneário Pinhal a empresa que possuía a
concessão para operar os serviços de transporte coletivo municipal não presta
mais os serviços, pois a linha se mostrou deficitária. Somente o transporte
escolar, subsidiado pela Prefeitura Municipal opera no transporte coletivo,
alcançando 100% das escolas.
47
56. 6. TRANSPORTE DE CARGAS
O transporte de cargas, observado nas rodovias estaduais do Litoral
Norte, atinge um volume diário médio maior nos trechos de contagem localizados
na entrada na RS – 389 (Estrada do Mar) como apresentado nos quadros 4.2 e 4.3
e no gráfico 4.2. A Decisão Normativa nº 26 de 30 de abril de 2002, dispõe sobre a
circulação de veículos de carga e veículos de transporte coletivo de passageiros
com capacidade de quatro até 23 toneladas na RS-389 – Estrada do Mar (Anexo
2).
O transporte de carga mais freqüente é aquele realizado para o
abastecimento interno dos municípios e utilizam as principais vias internas
(Interpraias e Paraguassu, principalmente, entretanto, estas vias assumem nomes
variados no interior dos municípios). O Litoral Norte do Estado apresenta baixa
expressão econômica contribuindo, em 2001, com pouco mais de 1% do PIB
estadual. Além da indústria da construção civil destacam-se, em número de
estabelecimentos, no Litoral Norte, a indústria madeireira, alimentícia e moveleira.
Os veículos de carga que circulam no litoral são responsáveis pelo transporte
destes produtos, principalmente. As atividades agrícolas são representativas nos
municípios localizados no interior, são desenvolvidas em pequenas propriedades,
destacando-se o plantio de arroz, mandioca, banana, abacaxi e hortigranjeiros
(repolho, tomate, couve-flor, cenoura, alface e beterraba), entretanto, o
escoamento da safra é realizado pela BR-101.
A frota de veículos de carga dos 11 municípios a serem diretamente
atendidos pela Avenida do Litoral corresponde a 5% do total de veículos
registrados nestes municípios (gráfico 6.1). O maior número de caminhões e
caminhões tratores está nos municípios de Osório (762), Tramandaí (487), Torres
(362) e Capão da Canoa (338).
5%
5%
15%
5%
1%
Passeio
69%
Coletivo
Caminhão
Motocicleta
Motoneta e ciclomotor
Reboque e semi-reboque
Fonte: DENATRAN, 2004.
Gráfico 6.1 – Frota de veículos
No quadro 6.1 é apresentada a frota de veículos para agosto de
2004 (DENATRAN, 2004), segundo as diferentes categorias, para os 11
48
57. municípios da Avenida do Litoral. Os números mais expressivos referem-se
aos veículos de passeio (automóvel, camioneta, caminhonete e utilitário),
seguidos pelas motocicletas, caminhões, motonetas e ciclomotores (gráfico
6.1).
Quadro 6.1 – Frota de veículos
Categoria
Passeio Coletivo
Caminhão
Motocicleta
Motoneta e
ciclomotor
Reboque e
semireboque
Município
Outros
Arroio do Sal
789
13
52
171
30
77
1
Balneário Pinhal
629
14
70
103
22
39
0
Capão da Canoa
6.555
117
338
1.710
782
462
5
956
29
69
229
38
71
1
Imbé
2.097
38
146
484
187
154
1
Osório
9.773
149
762
1.684
448
570
4
Palmares do Sul
1.845
44
155
258
11
146
2
Terra de Areia
1.754
35
303
356
35
111
3
Torres
6.533
69
362
1.706
275
397
6
Tramandaí
5.725
157
487
1.466
591
543
1
Xangri-lá
1.679
10
108
491
239
181
1
38.335
675
2.852
8.658
2.658
2.751
25
Cidreira
Total
Fonte: DENATRAN, 2004.
49
58. 7. CARÊNCIA DE MOBILIDADE
As carências de mobilidade nos municípios da Aglomeração
Urbana do Litoral Norte têm quatro fontes principais: carências de
acessibilidade -macro e microacessibilidade -, problemas de fluxo viário,
carências de infra-estrutura viária - consideradas como meios físicos (vias) e
sua coordenação regional que influenciam todos os tipos de tráfego - e
carências de circulação e de transporte - considerados veículos individuais nos
diversos modos, quantidade e qualidade dos serviços de transportes coletivo e
de carga.
7.1.
CARÊNCIA DE ACESSIBILIDADE
A acessibilidade é o fator mais importante que influencia no
desenvolvimento dos núcleos urbanos. Os municípios da Aglomeração Urbana
do Litoral Norte possuem uma rede viária tal que garante a acessibilidade em
escala estadual, mas a acessibilidade no interior da região é distribuída de
maneira bastante desigual devido a deficiências de infra-estrutura e conflitos
de uso das vias.
7.1.1.
Inexistência de via regional para tráfego
veículos de carga e de transporte coletivo
de
Como a Estrada do Mar não recebe o tráfego pesado de cargas e
de transporte coletivo, à exceção da BR -101, não existe nenhuma via
implantada que possa receber este tráfego intermunicipal na Aglomeração
Urbana do Litoral Norte. A inexistência de uma via de conexão regional que
possibilite o tráfego de veículos de carga e de transporte coletivo é a principal
carência de acessibilidade notada.
Como o transporte de cargas é regulado basicamente pela
demanda, a inexistência da infraestrutura viária qualificada que garanta
acessibilidade é o principal entrave para o seu desenvolvimento. Atualmente o
trânsito de cargas percorre, no interior dos municípios, a malha viária urbana,
que muitas vezes é precária, e se mistura ao tráfego interno - como acontece
de maneira problemática em Capão da Canoa e Xangri-lá. O mesmo ocorre
com o transporte intermunicipal de passageiros, que circula pelo interior da
malha urbana dos municípios utilizando suas vias principais e por vezes
concorrendo com as empresas de transporte urbano municipal. Os trajetos das
linhas, quando dificultados pela ausência de infra-estrutura adequada, têm
seus tempos de percurso aumentados e seus veículos expostos à maior
depreciação, o que se reflete em maiores custos operacionais para as
empresas e preços maiores das passagens.
Nas ligações intermunicipais, a RS-786 cumpre este papel em boa
parte dos municípios. Contudo, entre Capão da Canoa, Terra de Areia, Arroio
do Sal e Torres a situação é problemática, pois não existe uma via única e em
boas condições para receber o tráfego. Entre o centro de Torres e Terra de
Areia passando pelas praias do sul de Torres, por exemplo, não existe
50
59. nenhuma via implantada, restando duas opções para os usuários: a beira da
praia ou a Estrada do Mar.
7.1.2.
Descontinuidade viária ou inexistência de vias de
ligação principais
Todos os municípios estudados na Aglomeração do Litoral Norte
apresentam algum tipo de descontinuidade da malha viária. A descontinuidade
da Interpraias é um dos principais entraves à mobilidad e interna da região.
Em muitos municípios onde a Estrada Interpraias não foi implantada não
existem vias com vocação para receber o tráfego intermunicipal e interno
principal. É o caso das praias de Torres e Arroio do Sal e de balneários com
infra-estrutura mais frágil, como Balneário Quintão - que tem somente a Rua
Esparta como via de tráfego e centro de comércio e serviços. Em outros, como
Capão da Canoa, a Interpraias é a única via estrutural, responde por todo o
tráfego e ainda centraliza as atividades de comércio e serviços.
Outro problema notado é a descontinuidade e desconexão da
malha urbana. A falta de coordenação entre os projetos dos loteamentos
implantados resultou em diferença na posição relativa de uma mesma via
principal em algumas parcelas das cidades, o mesmo acontecendo em divisas
de cidades – como é o caso entre Balneário Pinhal e Cidreira. Mudanças de
direção nas vias principais acabam por ocasionar pontos críticos, necessidade
de redução de velocidade, desorientação, entre outros problemas.
O tráfego regional e o tráfego interno são obrigados a intercalar o
percurso com vias transversais locais para acessar as diferentes partes da via
principal, o que ocorre em Arroio do Sal, Torres, Cidreira, Terra de Arreia e
Osório (foto 7.1.1 e 7.1.2). No caso de Torres, não existe uma via de ligação
entre a parte sul do município - Balneário Paraíso - e o centro da cidade. O
trajeto hoje é feito pela Estrada do Mar ou pela Beira da Praia ou utilizando
estradas não pavimentadas e em mau estado de conservação.
Foto 7.1.1 – Descontinuidade do sistema Foto 7.1.2 – Descontinuidade do sistema
viário principal em Arroio do Sal.
viário: inexistência de conexão das vias entre
Xangri-lá (Av. Arpoador/Paraguassú Velha) e
Imbé (Av. Paraguassú).
51
60. 7.1.3.
Conflito de usos das vias
A ausência de hierarquia viária na malha urbana dos municípios
acarreta conflitos de uso das vias. A incompatibilidade do tráfego com a malha
viária por ele utilizada é generalizado nos municípios estudados. Em Quintão,
Arroio do Sal, Terra de Areia, Osório e Cidreira, ruas com gabaritos de vias
locais recebem o tráfego regional de veículos de passeio, carga e passageiros.
A impossibilidade de trafegar veículos de carga e de transporte
coletivo pela Estrada do Mar somada à inexistência de outr a via regional faz o
tráfego intermunicipal de cargas e passageiros utilizar vias locais ou, em
alguns trechos, a beira da praia para realizar seus trajetos (problema
generalizado de Tramandaí a Torres).
Em outra manifestação do mesmo tipo de problema, que ocorre
de maneira generalizada entre Capão da Canoa e Torres, o tráfego local
desloca-se para a Estrada do Mar porque inexistem vias de ligação contínuas
ou elas apresentam más condições de trafegabilidade.
Em Capão da Canoa, a ausência de outra via estruturadora da
malha urbana congestiona a Av. Paraguassú e coloca em choque a circulação
local, o acesso aos pontos de comércio (e serviço) que ali se concentram e a
circulação regional de cargas, ônibus e veículos de passeio.
Além disto, o aumento das demandas de transporte de
passageiros e de cargas nos meses de verão é concomitante com o aumento
do fluxo de pedestres, ciclistas e veículos de passeio nas poucas vias que
possibilitam o tráfego regional.
7.2.
PROBLEMAS DE FLUXO VIÁRIO
A circulação de veículos - e conseqüentemente de pessoas,
mercadorias e serviços - está na base do funcionamento de qualquer cidade.
Nos municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte que têm, em sua
grande maioria, suas economias vinculadas diretamente ao fluxo constante de
veranistas, os problemas relacionados ao correto fluxo de veículos
representam,ainda mais, um entrave ao desenvolvimento econômico.
Os problemas de fluxo viário são os que comprometem a
circulação constante de veículos, pessoas e ciclistas. Estão relacionados ao
grande volume de tráfego e sua sazonalidade, além das deficiências de infraestruturas e acessibilidade.
52
61. 7.2.1.
Concentração pontual de grandes
tráfego e Pontos de estrangulamento
fluxos
de
Existem vários pontos na malha viária da Aglomeração Urbana do
Litoral Norte onde a redução da capacidade de tráfego produz
estrangulamento da capacidade de escoamento das vias que levam a
distúrbios na circulação.
Os pontos de estrangulamento são cruzamentos, viadutos,
interseções e pontes ou até mesmo trechos de vias que apresentam tal nível
de dificuldade ao tráfego, ou não suportam o volume de tráfego que recebem
nos meses de verão, que ocasionam diminuição da velocidade e
engarrafamentos.
Neste sentido, o ponto mais problemático é a ponte sobre o Rio
Tramandaí, ligação entre os municípios de Tramandaí e Imbé (foto 7.1.3). A
ponte é o acesso mais utilizado pelos veranistas em veículos de passeio para
chegar ao Município de Imbé, e obrigatório quando se trata de cargas e de
transporte coletivo. Além disto, Tramandai, como centro regional, recebe
muito tráfego de veranistas que moram em Imbé e que se deslocam para
usufruir de comércios e serviços oferecidos principalmente na parte central da
cidade. Nos meses de verão, o tráfego no centro de Tramandai e pela ponte
fica freqüentemente congestionado, sendo constantemente citado pelos
moradores como sendo um grave problema à mobilidade.
Outro ponto de concentração de tráfego é a parte central da
Avenida Paraguassú em Capão da Canoa, por onde passa quase todo o tráfego
intra-urbano no sentido norte-sul da cidade e o tráfego regional de cargas e
passageiros (foto 7.1.4). Este trecho se configura no período de veraneio em
um ponto crítico, gerando deslocamento de tráfego para as vias locais
adjacentes. Tal problema já se verifica em Xangri-lá em menor escala.
Também Tramandaí e Imbé apresentam grande concentração de fluxos na
Interpraias, apesar de serem cidades que apresentam alternativas de
circulação no sentido norte-sul.
Foto 7.1.3 – Ponte sobre o Rio Tramandaí Foto 7.1.4 – Avenida Paraguassú no centro
na divisa dos municípios de Tramandaí e de Capão da Canoa, trecho que apresenta
Imbé.
congestionamentos no verão.
53
62. A RS-040, acesso principal aos balneários de Quintão, Pinhal e
Cidreira, já apresenta sua capacidade de escoamento do fluxo muito
comprometida nas épocas de veraneio. O grande volume de veículos, notados
principalmente nos finais de semana, provoca a redução da velocidade e
forma, muitas vezes, extensos congestionamentos na rodovia.
Outro ponto problemático é a rótula no cruzamento das Ruas
Giacomo Carniel e Fausto Borba Prates em Cidreira, que recebe o fluxo de
cinco vias sendo quatro vias estruturais (foto 7.1 5 e 7.1.6).
Fotos 7.1.5 e 7.1.6 – Rótula no acesso ao centro de Cidreira. Recebe fluxo interno da
Avenida Fausto Borba Prates (central) e da RS-784 pela Avenida Giacomo Carniel.
7.2.2.
Congestionamentos Sazonais
O fluxo de veículos nas cidades da Aglomeração Urbana do Litoral
Norte, segundo os dados coletados, pode se apresentar triplicado ou
quadruplicado nos meses de verão - dezembro a março. A malha urbana das
cidades não está adaptada para receber o volume de tráfego intenso dos
meses de veraneio. As vias que concentram comércio e serviços não
conseguem atender ao tráfego de maneira satisfatória, também por deficiência
da malha de vias secundárias, e apresentam congestionamentos com
freqüência.
O aspecto sazonal do tráfego acarreta a necessidade de
superdimensionamento das vias para a maior parte do ano e conseqüentes
investimentos desproporcionais à populaçã o residente.
Os problemas de congestionamentos devido ao excesso de
veículos são notados em todos os municípios e são particularmente graves os
problemas de Torres, Capão da Canoa, Xangri-lá, Quintão, Tramandaí e Imbé.
7.3.
CARÊNCIA DE INFRA-ESTRUTURA VIÁRIA
As carências de infra-estrutura viária ocorrem em todos os
municípios da Aglomeração Urbana do Litoral Norte em graus variáveis. Na
raiz das carências de mobilidade estão a sazonalidade dos volumes de tráfego,
a ausência de planejamento municipal e regional e a falta de investimentos em
infra-estrutura.
54
63. 7.3.1.
Gabaritos viários variáveis
Mesmo as vias principais implantadas apresentam problemas de
gabarito. Em muitos municípios as vias principais não têm dimensão suficiente
para atender o tráfego que recebem, caso de Pinhal, Quintão e Arroio do Sal.
Em outros, vias estruturais não têm seus recuos viários respeitados, o que
impossibilita a continuidade de sua dimensão ou o seu alargamento. É o caso
específico da Av. Flores da Cunha em seu trecho central em Tramandaí, que
apresenta pista de gabarito menor do que na sua porção mais a sul.
A descontinuidade do gabarito da via se constitui num “gargalo”
para o fluxo de veículos. As decorrentes mudanças de pista e a redução da sua
largura introduzem problemas de segurança aos usuários (foto 7.1.6 e 7.1.7).
Foto 7.1.6 - Descontinuidade do gabarito da Foto 7.1.7 - Descontinuidade do gabarito da
via em Arroio do Sal - Avenida Interpraias via em Avenida Paraguassú na entrada de
esquina Avenida Capavarí.
Capão Novo.
7.3.2.
Ausência de recuos das edificações
Um dos maiores problemas a serem enfrentados para a
implantação de novas infra-estruturas viárias é a inexistência de um padrão de
recuos viários para as edificações. Invariavelmente, o problema é mais grave
justamente onde não existe uma via principal implantada, como na parte sul
de Torres, em Arroio do Sal, Terra de Areia, Osório, e Quintão
De maneira geral, nota-se a presença de recuos de ajardinamento
e recuos frontais variáveis. Via de regra há condições de alargamento da via
utilizando-se ora o recuo esquerdo ou direito. Entretanto, em alguns pontos
específicos de Arroio do Sal e da parte sul de Torres, não foram respeitados os
recuos mínimos, ou as edificações foram construídas sobre o alinhamento
frontal impedindo qualquer hipótese de alargamento viário sem envolver
demolições. Em contraposição, Av. Paraguassú no trecho de Capão da Canoa
não está completamente implantada, mas existem recuos viários respeitados e
a possibilidade de sua consolidação.
55