2. Introdução
• Exercícios respiratórios: nome genérico para
descrever diversos exercícios que otimize a
ventilação pulmonar
• Inicio em 1934 no Brompton Hospital em pacientes
submetidos a cirurgia torácica
• Em 1980 Cuello, Argentina, apresentou um conjunto
de exercícios respirtórios/cinesioterapia respiratória,
com objetivo de melhorar a função do aparelho
respiratório
3. Objetivo dos Exercícios Respiratórios
Restaurar o padrão respiratório
Controlar a respiração
Potencializar a mobilização de secreções
Expansão pulmonar
Melhorar força e endurance
Aumentar volume corrente
Promover relaxamento
4. EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COM FRENO LABIAL
• Exercício respiratório com os lábios franzidos.
• Consiste em realizar expirações suaves contra
uma resistência imposta pelos lábios ou
dentes semi-fechados, podendo o tempo
expiratório ser curto ou longo
5. EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COM FRENO LABIAL
• Por meio deste exercício obtém-se melhora do
padrão respiratório, com redução da FR se o tempo
expiratório for prolongado
• Aumento do volume corrente com menor trabalho
respiratório
• A expiração lenta e prolongada contra uma
resistência permite manter a pressão
intrabrônquica
6. EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DIAFRAGMÁTICO
• Utilizados em processos agudos e crônicos
que provocam redução de volumes
pulmonares – podendo alcançar até 2 litros
• Tem como objetivo melhorar a ventilação
pulmonar, principalmente nas regiões basais
por maior excursão do músculo diafragma
7. • O exercício diafragmático é realizado aplicando
estímulo manual a região abdominal, com leve
compressão, solicitando-se inspiração nasal de
forma suave e profunda com deslocamento
anterior da região abdominal
• Em pacientes acometidos por DPOC, que
apresentam rebaixamento da cúpula
diafragmática, os exercícios respiratórios não são
suficientes para alterar a distribuição da
ventilação
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DIAFRAGMÁTICO
8. Cautela no Exercício Respiratório Diafragmático
• Pacientes que apresentam hiperinsuflação
pulmonar já apresentam aumento da atividade
dos músculos torácicos
• Nesse caso a realização de exercícios
diafragmáticos pode diminuir a eficiência
muscular respiratória e tornar o movimento
toraco abdominal mais descoordenado, com
tendência a piorar a sensação de dispnéia
9. A experiência do grupo do Dr. Ambrosino – Jornal Europeu de Respiratória, 1998
Em seu grupo de DPOC grave e com hipercapnia,
foi realizado exercício diafragmático. Houve
aumento do VC, diminuição da FR, o que
resultou em significante aumento do volume
minuto. Apesar da melhora nos gases
sanguíneos arteriais, houve PIORA na sensação
de DISPNÉIA, atribuído ao aumento no esforço
muscular inspiratório
10.
11. EXPANSÃO TORÁCICA INFERIOR UNILATERAL
• É o exercício realizado com aplicação do estímulo
manual na região inferior de um dos hemitórax. O
paciente coloca a mão próximo a oitava costela
• Orientação ao paciente: inspiração profunda nasal,
expandindo a região na qual está posicionada a mão,
que deve exercer uma leve compressão no início da
fase
• A fase expiratória pode ser associada ao freno-labial
e leve compressão da mão, na área apoiada
contribuindo para a depressão das costelas
12. • A inspiração é nasal e profunda, atingindo CPT, e
as mãos exercem suave compressão no início do
movimento. A expiração pode estar associada a
freno labial com compressão sobre o tórax no
sentido de desinsuflação
• Durante a realização desse exercício pode ser
alcançado altos volumes pulmonares, de 2 a 3 L
EXPANSÃO TORÁCICA INFERIOR BILATERAL
13. EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS SUSPIROS
Objetivos dos SUSPIROS
o Melhorar a força dos músculos inspiratórios
o Melhorar o endurance
o Aumentar a saturação de oxigênio
o Aumentar volumes pulmonares
o Melhorar a distribuição da ventilação pulmonar de forma homogênea
o Recrutamento alveolar
o Aumento de complacência pulmonar
14. • Consiste em inspirações nasais breves, sucessivas
e rápidas até atingir a capacidade inspiratório
máxima
• A expiração deve ser realizada com freno labial
• Nesta técnica o tempo inspiratório é prolongado
EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS SUSPIROS
15. • A inspiração é nasal, suave e curta,
fracionando o tempo inspiratório total com
pausas intermediárias.
• Expiração é lenta e suave com freno labial
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO INSPIRAÇÃO EM TEMPOS
“inspiração fracionada”
17. EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COM EXPIRAÇÃO ABREVIADA
Objetivos da Expiração Abreviada
Aumentar o volume inspiratório
Expansão de áreas colapsadas
Prevenção de atelectasias
Melhora da relação ventilação/perfusão (V/Q)
Melhorar a hipoxemia
18. • Inicialmente, faz uma inspiração nasal de pequeno
volume de ar seguida de expiração breve com freno
labial (sem expirar todo volume inspirado).
• Em seguida, realiza outra inspiração de médio
volume pulmonar e nova expiração, também breve
com freno labial (sem expirar todo volume
inspirado).
• Por último, realiza-se uma inspiração até a CPT e
expira prolongadamente e de forma suave, com
freno labial.
EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COM EXPIRAÇÃO ABREVIADA
22. Objetivos
• Minimizar os efeitos provocados pelo aumento
da resistência ao fluxo de ar, a turbulência
causada pela irregularidade das paredes
brônquicas
• Evitar o colapso precoce das pequenas e
médias vias aéreas
• Diminuir o trabalho muscular excessivo
23. Vantagens alcançadas com a validação da
técnica por Cuello com inalação de Xe em
pacientes com broncoespasmo
Cuello observou aumento considerável da
distribuição da ventilação, principalmente para
as zonas pulmonares de maior obstrução
Neste estudo, Cuello também demonstrou:
aumento de SpO2, diminuição dos sibilos,
aumento do VC, diminuição da hipersonoridade
torácica e menor sensação de dispnéia
24.
25. EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO INTERCOSTAL
Deve ser feito na posição sentada ou semi-
sentada
A inspiração e a expiração são feitas via nasal
Este exercício tem a finalidade de aumentar a
atividade da musculatura torácica, favorecendo
melhor ventilação das regiões laterais
pulmonares
27. EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO COM
INSPIRAÇÃO MÁXIMA
SUSTENTADA
A inspiração sustentada máxima é realizada com
esforço máximo, de forma lenta, pela via nasal,
até atingir a máxima capacidade inspiratória com
manutenção de 3 seg, seguida de expiração sem
esforço com freno labial