SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Baixar para ler offline
Uma prenda de
Natal
UmaM. Christina Butler
Ilustrado por Tina
Macnaughton
O vento gelado
acordou o Pequeno
Ouriço-Cacheiro do
seu profundo sono
de Inverno.
À sua volta, as
folhas esvoaçavam
pelo ar e um imenso
manto de neve
cobria a clareira.
Cheia de frio, tentou
adormecer
novamente, mas em
vão.
Subitamente, algo
caiu do céu…
… e aterrou mesmo à sua frente.
Era uma linda prenda! E tinha o seu nome escrito na
etiqueta!
O pequeno Ouriço-
Cacheiro abriu
com entusiasmo o
embrulho.
Que surpresa! Um
lindo gorro de lã
vermelho… mesmo
do seu tamanho!
Enfiou-o logo na cabeça.
Puxou-o para trás.
Puxou-o para a frente.
Puxou-o para um lado, e
depois, para o outro…
Que estranho! O pompom ficava sempre virado para o lado
errado. Talvez, o gorro fosse demasiado grande para um
ouriço-cacheiro ainda tão pequenino.
Tirou-o e decidiu guardá-lo.
Até que teve uma brilhante ideia…
Embrulhou novamente o gorro e fez um bonito laço.
Rasgou uma parte da etiqueta e escreveu na outra umas
palavras misteriosas.
De seguida, dirigiu-se a casa do seu
amigo Coelhinho.
Como ele não estava, deixou a prenda à
frente da sua porta.
Um forte nevão começou a
cair.
O Pequeno Ouriço-Cacheiro
tentou encontrar o caminho
de regresso à sua casa.
Os flocos de neve caíam
cada vez mais. Perdido, já
não sabia por onde ir.
– Oh, meu Deus! Eu não
devia ter saído com este
tempo tão frio! – murmurou.
– Mas, tenho a certeza que o
meu amigo Coelhinho vai
ficar muito feliz com o lindo
gorro de lã que lhe ofereci.
– Que mau tempo!
– resmungou o
Coelhinho de
regresso a casa.
Viu a prenda
pousada na soleira
da porta e ficou
radiante.
– O que será! –
exclamou. Abriu o
embrulho e gritou:
– Um gorro de lã!
Para MIM!
Entusiasmado, experimentou-o.
Primeiro, com as orelhas dentro e depois com elas de fora.
Puxou-o para um lado, para o outro…
De todas as maneiras, as suas grandes orelhas ficavam
sempre MAL!
O gorro estava
agora muito maior.
Tornara-se
demasiado grande
para um coelho tão
pequeno.
Por isso…
… o Coelhinho voltou a
embrulhar o gorro e escreveu
algo no canto da etiqueta.
Depois, saiu e dirigiu-se a
casa do seu amigo Texugo.
Com o frio, este ficava muito
resmungão.
– Feliz Natal, amigo! –
exclamou o Coelhinho,
alegremente.
– Quem está aí! – perguntou,
intrigado, o Texugo.
– Feliz Natal! – repetiu o
Coelhinho. E, com carinho,
entregou o misterioso
embrulho ao seu amigo.
– Uma prenda de Natal?
– exclamou o Texugo,
muito admirado.
– Para MIM?
Feliz, o texugo colocou o gorro na
cabeça, mas as suas orelhas ficaram
completamente tapadas.
– Que tal? Fica-me BEM? – perguntou,
olhando-se ao espelho.
– Muito bem! – respondeu o seu amigo.
– Como? Que disseste? – perguntou o
Texugo.
– Muito bem! – gritou o Coelhinho,
saindo aos saltos.
– Não gostas dele?
– perguntou o
Texugo, voltando-se
para trás.
Contudo, o
Coelhinho já tinha
partido.
– Este gorro não me
serve! – disse ele,
tirando-o.
– Não consigo ouvir
nada. Que pena!
Tem uma cor tão
bonita!
O texugo tornou
a embrulhar o
gorro, sem se
preocupar com a
etiqueta.
Dirigiu-se a casa
da sua amiga
Raposa.
A Raposa estava a sair para o seu
passeio habitual.
– Que bom, estás aqui! – disse o
Texugo. – Tenho uma prenda de
Natal para ti.
– Uma prenda de Natal? – perguntou a
Raposa, intrigada.
– Sim, de Natal! – confirmou o Texugo.
– É uma época muito especial que nos
lembra que devemos ser todos amigos!
– respondeu afastando-se.
– Um gorro? –
exclamou a Raposa,
sorrindo.
– Para que preciso eu
de um gorro?
Pensativa, observou-o
de novo.
Fez dois buracos
para as suas
orelhas e enfiou-o.
Feliz, prosseguiu o
seu caminho.
As planícies esbranquiçadas
brilhavam sob a luz do luar.
A Raposa farejava à sua volta, quando de repente,
descobriu um pequeno trilho. Seguiu-o por um lado,
depois por outro…
De súbito, parou.
Alguma coisa estava debaixo da neve!
A Raposa começou a escavar, a
escavar… até que encontrou um
pequeno ouriço-cacheiro.
Ele estava gelado e
não se mexia.
– Pobrezinho! –
exclamou a Raposa.
Colocou o
pequenino dentro
do gorro de lã e
levou-o, com
cuidado, até à casa
do Coelhinho.
Ele e o seu amigo Texugo
estavam a lanchar.
– Vejam o que eu encontrei na
neve! – exclamou a Raposa.
Ambos espreitaram para dentro
do gorro.
– Um ouriço-
cacheiro? Como é
possível teres
encontrado um
ouriço-cacheiro
com este frio? –
perguntou o
Texugo. – Ele tem
de ser reanimado
imediatamente!
– É o meu amigo, o
Pequeno Ouriço-
Cacheiro! – gritou o
coelhinho. – talvez se
tenha perdido quando
tentava regressar a
casa!
O Pequeno Ouriço-
Cacheiro abriu os
olhos.
– Olá! – balbuciou,
sonolento. – Que
bom! Este cobertor é
tão quentinho!
Os amigos olharam uns
para os outros.
O Coelhinho riu-se e a
raposa abanou a cabeça.
– Hummm! – disse o
Texugo. – Penso que este
gorro de lã é mesmo
perfeito para o nosso
Pequeno Ouriço-Cacheiro!
– Feliz Natal, amigo! – gritaram todos…
mas o Pequeno Ouriço-Cacheiro, feliz, já
caíra num profundo sono.
Uma prenda de Natal que aquece corações

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Uma prenda de Natal
Uma prenda de NatalUma prenda de Natal
Uma prenda de Natalalgnb
 
Uma prenda de natal
Uma prenda de natalUma prenda de natal
Uma prenda de natalAcilu
 
Ninguém dá prendas ao pai natal
Ninguém dá prendas ao pai natalNinguém dá prendas ao pai natal
Ninguém dá prendas ao pai natalDulceGalvao1
 
16874606 Espiritismo Infantil Historia 28
16874606 Espiritismo Infantil Historia 2816874606 Espiritismo Infantil Historia 28
16874606 Espiritismo Infantil Historia 28Ana Cristina Freitas
 
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01beebgondomar Judite
 
A rapariga com superpoderes
A rapariga com superpoderesA rapariga com superpoderes
A rapariga com superpoderesCarmo Silva
 
Uma Estrela Atrás Da Porta
Uma Estrela Atrás Da PortaUma Estrela Atrás Da Porta
Uma Estrela Atrás Da PortaMaria Borges
 
Os nossos textos
Os nossos textosOs nossos textos
Os nossos textosnaliniram
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalMarcio Flores
 
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animadoNatal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animadoJorge Armenio
 
A história do pai natal
A história do pai natalA história do pai natal
A história do pai natalAna Teresa
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalAna Moreira
 

Mais procurados (18)

Uma prenda de Natal
Uma prenda de NatalUma prenda de Natal
Uma prenda de Natal
 
Um bocadinho de inverno
Um bocadinho de invernoUm bocadinho de inverno
Um bocadinho de inverno
 
Uma prenda de_natal[1]
Uma prenda de_natal[1]Uma prenda de_natal[1]
Uma prenda de_natal[1]
 
Uma prenda de natal
Uma prenda de natalUma prenda de natal
Uma prenda de natal
 
Ninguém dá prendas ao pai natal
Ninguém dá prendas ao pai natalNinguém dá prendas ao pai natal
Ninguém dá prendas ao pai natal
 
Uma Prenda de Natal
Uma Prenda de NatalUma Prenda de Natal
Uma Prenda de Natal
 
16874606 Espiritismo Infantil Historia 28
16874606 Espiritismo Infantil Historia 2816874606 Espiritismo Infantil Historia 28
16874606 Espiritismo Infantil Historia 28
 
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
 
A rapariga com superpoderes
A rapariga com superpoderesA rapariga com superpoderes
A rapariga com superpoderes
 
Uma Estrela Atrás Da Porta
Uma Estrela Atrás Da PortaUma Estrela Atrás Da Porta
Uma Estrela Atrás Da Porta
 
Os nossos textos
Os nossos textosOs nossos textos
Os nossos textos
 
Paragem aLer+_ dezembro.2012
Paragem aLer+_ dezembro.2012Paragem aLer+_ dezembro.2012
Paragem aLer+_ dezembro.2012
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natal
 
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animadoNatal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
 
Natal, história
Natal, históriaNatal, história
Natal, história
 
O natal power point
O natal power pointO natal power point
O natal power point
 
A história do pai natal
A história do pai natalA história do pai natal
A história do pai natal
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natal
 

Último

A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 

Último (20)

A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 

Uma prenda de Natal que aquece corações

  • 1. Uma prenda de Natal UmaM. Christina Butler Ilustrado por Tina Macnaughton
  • 2. O vento gelado acordou o Pequeno Ouriço-Cacheiro do seu profundo sono de Inverno. À sua volta, as folhas esvoaçavam pelo ar e um imenso manto de neve cobria a clareira. Cheia de frio, tentou adormecer novamente, mas em vão. Subitamente, algo caiu do céu…
  • 3.
  • 4. … e aterrou mesmo à sua frente. Era uma linda prenda! E tinha o seu nome escrito na etiqueta!
  • 5. O pequeno Ouriço- Cacheiro abriu com entusiasmo o embrulho. Que surpresa! Um lindo gorro de lã vermelho… mesmo do seu tamanho!
  • 6. Enfiou-o logo na cabeça. Puxou-o para trás. Puxou-o para a frente. Puxou-o para um lado, e depois, para o outro…
  • 7. Que estranho! O pompom ficava sempre virado para o lado errado. Talvez, o gorro fosse demasiado grande para um ouriço-cacheiro ainda tão pequenino. Tirou-o e decidiu guardá-lo. Até que teve uma brilhante ideia…
  • 8. Embrulhou novamente o gorro e fez um bonito laço. Rasgou uma parte da etiqueta e escreveu na outra umas palavras misteriosas.
  • 9. De seguida, dirigiu-se a casa do seu amigo Coelhinho. Como ele não estava, deixou a prenda à frente da sua porta.
  • 10. Um forte nevão começou a cair. O Pequeno Ouriço-Cacheiro tentou encontrar o caminho de regresso à sua casa. Os flocos de neve caíam cada vez mais. Perdido, já não sabia por onde ir. – Oh, meu Deus! Eu não devia ter saído com este tempo tão frio! – murmurou. – Mas, tenho a certeza que o meu amigo Coelhinho vai ficar muito feliz com o lindo gorro de lã que lhe ofereci.
  • 11. – Que mau tempo! – resmungou o Coelhinho de regresso a casa. Viu a prenda pousada na soleira da porta e ficou radiante. – O que será! – exclamou. Abriu o embrulho e gritou: – Um gorro de lã! Para MIM!
  • 12. Entusiasmado, experimentou-o. Primeiro, com as orelhas dentro e depois com elas de fora. Puxou-o para um lado, para o outro… De todas as maneiras, as suas grandes orelhas ficavam sempre MAL!
  • 13. O gorro estava agora muito maior. Tornara-se demasiado grande para um coelho tão pequeno. Por isso…
  • 14. … o Coelhinho voltou a embrulhar o gorro e escreveu algo no canto da etiqueta. Depois, saiu e dirigiu-se a casa do seu amigo Texugo. Com o frio, este ficava muito resmungão. – Feliz Natal, amigo! – exclamou o Coelhinho, alegremente. – Quem está aí! – perguntou, intrigado, o Texugo. – Feliz Natal! – repetiu o Coelhinho. E, com carinho, entregou o misterioso embrulho ao seu amigo.
  • 15. – Uma prenda de Natal? – exclamou o Texugo, muito admirado. – Para MIM?
  • 16. Feliz, o texugo colocou o gorro na cabeça, mas as suas orelhas ficaram completamente tapadas. – Que tal? Fica-me BEM? – perguntou, olhando-se ao espelho. – Muito bem! – respondeu o seu amigo. – Como? Que disseste? – perguntou o Texugo. – Muito bem! – gritou o Coelhinho, saindo aos saltos.
  • 17. – Não gostas dele? – perguntou o Texugo, voltando-se para trás. Contudo, o Coelhinho já tinha partido. – Este gorro não me serve! – disse ele, tirando-o. – Não consigo ouvir nada. Que pena! Tem uma cor tão bonita!
  • 18. O texugo tornou a embrulhar o gorro, sem se preocupar com a etiqueta. Dirigiu-se a casa da sua amiga Raposa.
  • 19. A Raposa estava a sair para o seu passeio habitual. – Que bom, estás aqui! – disse o Texugo. – Tenho uma prenda de Natal para ti.
  • 20. – Uma prenda de Natal? – perguntou a Raposa, intrigada. – Sim, de Natal! – confirmou o Texugo. – É uma época muito especial que nos lembra que devemos ser todos amigos! – respondeu afastando-se.
  • 21. – Um gorro? – exclamou a Raposa, sorrindo. – Para que preciso eu de um gorro? Pensativa, observou-o de novo.
  • 22. Fez dois buracos para as suas orelhas e enfiou-o. Feliz, prosseguiu o seu caminho.
  • 24. A Raposa farejava à sua volta, quando de repente, descobriu um pequeno trilho. Seguiu-o por um lado, depois por outro… De súbito, parou. Alguma coisa estava debaixo da neve!
  • 25. A Raposa começou a escavar, a escavar… até que encontrou um pequeno ouriço-cacheiro.
  • 26. Ele estava gelado e não se mexia. – Pobrezinho! – exclamou a Raposa. Colocou o pequenino dentro do gorro de lã e levou-o, com cuidado, até à casa do Coelhinho.
  • 27. Ele e o seu amigo Texugo estavam a lanchar. – Vejam o que eu encontrei na neve! – exclamou a Raposa. Ambos espreitaram para dentro do gorro.
  • 28. – Um ouriço- cacheiro? Como é possível teres encontrado um ouriço-cacheiro com este frio? – perguntou o Texugo. – Ele tem de ser reanimado imediatamente!
  • 29. – É o meu amigo, o Pequeno Ouriço- Cacheiro! – gritou o coelhinho. – talvez se tenha perdido quando tentava regressar a casa! O Pequeno Ouriço- Cacheiro abriu os olhos. – Olá! – balbuciou, sonolento. – Que bom! Este cobertor é tão quentinho!
  • 30. Os amigos olharam uns para os outros. O Coelhinho riu-se e a raposa abanou a cabeça.
  • 31. – Hummm! – disse o Texugo. – Penso que este gorro de lã é mesmo perfeito para o nosso Pequeno Ouriço-Cacheiro!
  • 32. – Feliz Natal, amigo! – gritaram todos… mas o Pequeno Ouriço-Cacheiro, feliz, já caíra num profundo sono.