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1
Projeto:
Módulo 1 / 2016.1
PIBID-UEPB/LETRAS
Nome:___________________________________________________________________________Série:___
Endereço:_________________________________________________________________________Nº:_____
E-mail:___________________________________________________________Telefone:________________
2
Universidade Estadual da Paraíba-UEPB
Programa institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID
Subprojeto Letras-Língua Portuguesa
Escola de Atuação: E.E.E.F.M Caic José Joffily
Coordenadora de Área: Magliana Rodrigues da Silva
Supervisora: Alessandra Magda de Miranda
Docentes: Fernanda Félix
Flávia Roberta
Joseilma Barros
Roberlânia Barbosa
Projeto:
Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco
3
UMA MENSAGEM PARA VOCÊ:
Caro aluno,
O Projeto Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco tem a
honra de recebê-lo como integrante da nossa equipe. Hoje, você faz parte
do projeto que a cada dia obtém melhores resultados do trabalho
desenvolvido nas escolas selecionadas. Esperamos que aproveite ao máximo
essa oportunidade que surgiu em sua vida.
Este módulo contém uma coletânea de textos e de informações
relacionadas à Língua Portuguesa, cujo objetivo é servir de apoio para as
discussões e análises a serem realizadas neste primeiro período. De início,
iremos trilhar sobre os textos que tratam dos valores sociais, neste
momento, você irá se deliciar e embarcar no mundo animado das fábulas,
mas também desbravará e conquistará novos conhecimentos através dos
textos argumentativos.
Esperamos contar com a sua presença durante todo o ano, pois não há
construção de conhecimento sem o processo de aprendizagem. Sendo
assim, organize sua bagagem, deixe um espaço para o conhecimento e
vamos embarcar nessa viagem!
Atenciosamente:
A Equipe
4
CONTATOS DO PROJETO:
Blog: http://nastrilhasdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/
Página: https://www.facebook.com/nastrilhasdalinguaportuguesauepb?fref=ts
Perfil no Facebook: https://www.facebook.com/NasTrilhasdaLinguaPortuguesa?fref=ts
SUMÁRIO
 A FAMÍLIA..........................................................................................................5
O TRABALHO O GÊNERO REPORTAGEM ................................................................9
 O TRABALHO INFANTIL ...............................................................................10
TRABALHANDO O GÊNERO CONTO.......................................................................16
TRABALHANDO OS VERBOS ....................................................................................18
 ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA ...................................................................23
TRABALHANDO COESÃO E COERÊNCIA...............................................................30
TRABALHANDOS OS ELEMENTOS COESIVOS .....................................................32
 REDUCAÇÃO DA MAIORIDADE PENAL ....................................................33
TRABALHANDOS OS TIPOS DE ARGUMENTOS ...................................................35
TRABALHANDO A NOTÍCIA......................................................................................43
TRABALHANDO O ARTIGO DE OPINIÃO .................................................................4
 PROPOSTAS......................................................................................................53
ATIVIDADES .................................................................................................................58
5
6
O que fazo balão subir?1
(Adaptado)
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa festa.
Para atrair compradores, o homem deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos
ares.
Estava, ali perto, um menino observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e
finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas…
Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então, o menino aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que
prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse:
- Não é a cor, filho é o que está dentro dele que o faz subir.
A diferença da nossa vida não está na aparência e sim no conteúdo.
Autor desconhecido
1Disponível em: http://www.pf.gov.br/anp/institucional/prevencao-as-drogas-gpred/textos-
motivacionais/o-que-faz-o-balao-subir Acesso em: 29 de fevereiro de 2016.
CONCEPÇÕES DE FAMÍLIA
Cícero
7
Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/UNICEF_A1_pg_01ª11.pdf
8
Droga é a maior causa de abandono de crianças2
País tem 46 mil em abrigos; vício dos pais é responsável por 80% dos encaminhamentos
POR CLEIDE CARVALHO E GUSTAVO URIBE /
24/02/2014 7:00 / ATUALIZADO 24/02/2014 8:11
SÃO PAULO — Pelo menos 46 mil crianças e adolescentes vivem hoje em
abrigos no Brasil. Nos últimos dois anos, a cada dia 38 meninas e meninos de até 15
anos de idade foram vítimas de abandono ou negligência, segundo dados do Mapa da
Violência 2014 — Crianças e Adolescentes, antecipados ao GLOBO, que reúne
notificações da rede de saúde. Ao mesmo tempo em que pratica regras mais rígidas e
evita separar pais e filhos, o país perde a guerra contra os efeitos devastadores do crack
nas famílias. Segundo pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP),
mais de 80% dos encaminhamentos de crianças e adolescentes a abrigos estão
vinculados à dependência química dos pais. E a droga por trás dos números, segundo os
especialistas, é o crack.
— Estamos perdendo muitas batalhas para o crack. Essa é mais uma — diz o
desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador de Infância e Juventude do
Tribunal de Justiça de São Paulo.
Dos 27.625 casos de abandono e negligência nesses últimos dois anos, incluídos
no Mapa da Violência, 61% são de crianças com até 4 anos — fase em que
desenvolvem a capacidade cognitiva, que é conhecer, entender e se relacionar com o
mundo. Além do abandono, as crianças são vítimas de outros tipos de violência. No
caso dos meninos, trabalho infantil (58%) e violência física (53,8%) lideram a lista. As
meninas sofrem violência sexual (81,2%) e são vítimas de tráfico humano (76,9%) e
tortura (55,8%).
— Os números estão subestimados. Temos muitos problemas de subnotificação
pelos estados — diz o sociólogo JulioJacoboWaiselfisz, responsável pela elaboração do
Mapa com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
O destino de órfãos do crack preocupa. Apenas 20% dos municípios brasileiros
têm abrigos cadastrados pelas autoridades, de acordo com o Censo 2012 do Sistema
Único de Assistência Social. Ou seja, ou não há abrigos ou são clandestinos. Não são
raros casos em que as crianças são deixadas com vizinhos ou conhecidos.
2 Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/droga-a-maior-causa-de-abandono-de-criancas-
11693322 Acesso em 29 de fevereiro de 2016.
9
AntonioCarlos Ozório Nunes, da Comissão da Infância e Juventude do CNMP, diz que
parentes de usuários de crack relutam em ficar com seus filhos, pois temem o
comportamento imprevisível dos pais:
— As famílias têm mais medo dos dependentes químicos de crack, tidos como
mais agressivos. E quando a mãe é presa, como fazer? Às vezes, ninguém quer ficar
com a criança.
Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(Conanda) e assessor nacional da ONG Aldeias Infantis SOS, que mantém abrigos em
13 estados do país, Fábio José Garcia Paes afirma que na Região Sul do país os casos de
abandono e negligência triplicaram nos últimos anos. Hoje, segundo ele, 45% das cerca
de 800 crianças atendidas foram abrigadas porque os responsáveis por elas entraram no
mundo das drogas.
— O crack se destaca como elemento avassalador — diz Paes.
Há outra questão ainda mais delicada: o uso de crack pela mãe engrossa a lista
dos preconceitos que permeiam a adoção. Há receio de que os bebês abandonados
venham a sofrer transtornos mentais no futuro, associados à droga consumida durante a
gestação. Na capital paulista, o Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, da
rede estadual, costuma receber gestantes usuárias de drogas. Em 2012, foram 71 casos.
Em 2013, 90. Este ano, até o início da segunda quinzena deste mês, já foram 16
atendimentos.
— O crack hoje bate em todas as portas. A capilarização da droga é monstruosa
e ela tem preponderância sobre o álcool e a cocaína. Mas é preciso lembrar que o álcool
pode trazer mais dano ao feto do que a cocaína — diz Samuel Karasin, que atua no
plantão judiciário do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod),
perto da região conhecida como cracolândia em São Paulo.
O problema é que o crack costuma deixar seus dependentes menos funcionais.
Não é incomum, segundo Karasin, casos de mulheres que tiveram bebês e abandonaram
o hospital sem eles. Ou de gestantes que fogem do atendimento durante a gravidez,
colocando a vida do bebê em risco. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo
aumentou em 140% os leitos para tratamento de dependentes químicos nos últimos dois
anos: de 482 em 2011 para 1.160 em 2013.
Diretor técnico do Unad — Unidade de Atendimento ao Dependente Heliópolis,
em São Paulo, o psiquiatra Cláudio da Silva diz que o preconceito contra os órfãos de
crack potencializa o risco de eles virem a desenvolver quadros psicóticos, depressão,
bipolaridade e até vir a se envolver com drogas no futuro:
— A proteção, o suporte psicológico e o apoio familiar anulam fatores de risco.
Ariel de Castro Alves, que integra o Conselho Estadual de Direitos das Crianças
e Adolescentes em São Paulo, afirma que as drogas acentuam os conflitos familiares e
aumentam a vulnerabilidade social:
— Estamos criando uma geração de filhos do crack. O abandono, no futuro,
resulta em violência e aumento no número de infrações.
10
Definição:
A reportagem é um gênero textual jornalísticos de caráter
informativo. É um texto extenso, resultado de uma investigação mais
detalhada dos fatos, acrescentando as informações em maior
profundidade. É necessário que o textotraga fatos relevantes,
geradores de interesses.
Composição:
 Tema
 Entrevistas
 Pesquisas
 Dados
 Textos não verbais (imagens )
Linguagem:
Embora a linguagem seja impessoal, na maior parte do tempo, quase
sempre se nota a opinião do jornal ou do jornalista e de pessoas
envolvidas no assunto.
Às vezes, o jornal ou a revista emprega uma linguagem com traços
de informalidade, dependendo do público a que se destina.
11
Os meninos carvoeiros
Os meninos carvoeiros Passam a caminho da cidade.
― Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
do- [brando-se com um gemido.)
― Eh, carvoero! Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
― Eh, carvoero!
Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados!
(BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987.)
TRABALHO INFANTIL E ESTRUTURA FAMILIAR: QUAL A
RELAÇÃO?
12
Que Leitura você faria dessa imagem? Como você a intitularia?
 Leia o texto:
Crianças e jovem brasileiros: um retrato do descaso em nosso país.
Crianças abandonadas, violentadas e negligenciadas não só pela família, mas
também pelo Estado. São essas as crianças que tornam-se alvos da criminalidade no
Brasil.
Os Estatuto da Criança e do Adolescente relata os deveres da família, da
sociedade e do Estado de uma forma muito superficial, mas que não tem haver com a
realidade. Se acrianças e adolescentes tivesserealmente todoos direitos que o estatuto
manda, certamente o problema da criminalidade no Brasil ía diminuir
Mas, devemos nos ligar não somente para os direito que eles tem, mas também
aos seus dever, pois a legislação brasileira é bastante fraca ao impedir que eles se dão
bem.
Uma questão muito boa é a educação, pois ela é o pilar para haver mudança
numa sociedade. A educação nos preparam para bom empregos, influencia para se ter
uma boafamilia que, por consequência, agente ficamais preparado a educar os filho.
O problema da criminalidade infantil não poderá ser resolvida sozinha, mais
dede ajuda família, sociedade e estado.
Texto adaptado. Original disponível em:
http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/criancas-e-jovens-brasileiros-
um-retrato-do-descaso-em-nosso-pais.jhtm
13
ARTIGO DE OPINIÃO:
O Drama do Trabalho Infantil no Brasil
(Francisco Lima Filho)
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), existem mais de quatro milhões de brasileiros com idade entre 5 e 17 anos que
trabalham, dos quais 30% têm uma jornada semanal superior a 40 horas.
Esses dados nos fazem refletir a respeito do drama do trabalho infantil no Brasil,
na medida em que entre nós, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, “é
dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade,
à convivência familiar e comunitária”, garantia que também se encontra expressa no art.
227 da Carta de 1988.
Entretanto, esse dever não tem sido cumprido, pois, ainda temos, apesar de
avanços que não se pode negar, muitas crianças fora da escola sendo explorada como
mão-de-obra, inclusive em atividades perigosas e ilícitas.
Segundo os dados divulgados pelo Censo Demográfico de 2000/2010 do IBGE,
apesar de ter diminuído 13,44% na faixa etária de 10 a 17 anos, o trabalho infantil
especificamente entre crianças de 10 a 13 anos teve expressivo aumento na última
década.
Os dados publicados em 2012 assustam, pois praticamente em todas as capitais
existe o fenômeno do trabalho infantil, inclusive em lixões
Esse quadro nos faz refletir a respeito da eficácia dos programas sociais do
Governo, que tudo indica, não estão sendo suficientes para evitar o problema, que
evidentemente não se resolve com distribuição de cestas-básicas, mas com políticas
públicas de geração de trabalho e emprego para os pais desses menores que devem ser
colocados em escolas de qualidade, inclusive de qualificação profissional aqueles que
estejam prestes a atingir a idade para ingresso no mercado de trabalho, isso sem se falar
da necessidade da construção de creches para abrigar os filhos de pessoas pobres que
não têm com quem deixar seus filhos para poderem trabalhar.
14
Urge que também se adote política pública
eficaz de combate ao tráfico de entorpecentes e de
pessoas, com resgate de menores e adolescentes que
são explorados por traficantes, recuperando-se aqueles
que infelizmente estão hoje nas ruas vítimas do vício
das drogas, especialmente da chaga do craque, não
com internação compulsória provisória como se
fossem criminosos, mas com tratamento integral do
qual deve participar a família.
Não podemos deixar que nossas crianças e
adolescentes sejam capturados por aqueles que sem
qualquer compromisso social ou humanitário as
exploram. Mas não é apenas o Governo que deve agir.
A sociedade como um todo tem esse dever. Afinal,
esses menores que hoje são vítimas de exploração
serão os adultos de amanhã. Portanto, precisam ser resgatados e educados de forma
completa para que possam exercer a cidadania que não pode ficar limitada ao
recebimento de ajuda do Estado. É necessário, pois, refletir a respeito do dever da
sociedade para com esses futuros cidadãos.
Disponível em: http://www.douranews.com.br/14pinião/item/61778-artigo-o-
drama-do-trabalho-infantil-no-brasil
REPORTAGEM:
Trabalho infantil na TV
Paula Sato
Para a Constituição brasileira, o jovem só pode trabalhar a partir dos 16 anos, exceto
nos casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, para os quais a idade mínima é 18
anos. Antes disso, a partir dos 14 anos, é permitido que o adolescente trabalhe na
condição de aprendiz. Porém, a Conferência Internacional do Trabalho, de 1973, abre
uma brecha para que as crianças possam participar de manifestações artísticas, desde
que haja uma autorização da justiça.
“A participação de crianças em teatro, programas de televisão ou filmes não é
considerado um trabalho regular na medida em que se trata de uma manifestação
artística. Mas é preciso um alvará pedindo autorização para a Justiça da Infância e da
Juventude”, explica Paulo Afonso Garrido de Paula, professor do Departamento de
Direitos Difusos e Coletivos da PUC-SP. Apesar desses dispositivos legais, há algumas
semanas, a participação da menina Maisa Silva, de sete anos, no “Programa Sílvio
Santos”, gerou polêmica. O apresentador foi acusado de violar o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) ao expor a garota a uma situação vexatória e que viola sua
dignidade. Como resultado, a justiça revogou a licença que permitia com que Maisa
participasse do programa no SBT. Paulo Afonso diz que, na questão do trabalho de
pequenos artistas, o mais importante é tentar assegurar os direitos previstos pelo ECA.
15
“A ideia básica do estatuto é a proteção integral da criança e do adolescente, garantir
que ela tenha um desenvolvimento saudável. Isso nem sempre fica muito evidente na
questão do trabalho artístico. Mas é preciso levar em conta a idade e os efeitos que o
trabalho poderá ter no seu desenvolvimento”, afirma.
Mas como saber qual é o limite saudável para o trabalho de uma criança
prodígio? Para o advogado, tudo depende de como é que isso acontece, “desde que as
condições oferecidas sejam adequadas, seguras e que se leve em consideração a sua
idade, não há problema. Mas também é preciso analisar se ela vai à escola, se tem
tempo para o lazer, se a atividade não toma a vida toda da criança”, analisa. Já Renato
Antônio Alves, professor de psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, aponta
que é muito difícil avaliar quais podem ser os prejuízos psicológicos do trabalho em
televisão, mas que um ponto a ser levado em conta é a questão de ter responsabilidade e
assumir compromissos ainda na infância.
“A discussão, pensando na criança e no adolescente, é até que ponto isso afeta o
seu desenvolvimento. A criança não tem que pensar em ser responsável, em trabalhar.
Ela está conhecendo o mundo, experimentando, e esse aprendizado já toma muito
tempo”, afirma. O psicólogo ainda lembra que, muitas vezes, a criança que aparece em
comerciais ou joga futebol em categorias de base não escolheu exercer a atividade, mas
é incitada a fazer isso pelos pais.
“A criança tem que ter espaço para o desejo. Quando você impõe o desejo dos
pais sobre ela, a criança tem pouco recurso para dizer não e se sente obrigada a fazer
isso”, afirma. Mas, quem acha que a vida das jovens estrelas está muito longe da
realidade das crianças comuns se engana. Renato Alves compara a situação de trabalho
com a de crianças que têm toda sua agenda preenchida com atividades extracurriculares
e não têm tempo para brincar. “Essas crianças não têm um trabalho formal, mas têm
uma rotina totalmente preenchida, sem tempo livre para brincar, para desenvolver a
criatividade. Nessa idade, elas não deveriam ser cobradas e nem ter essas
responsabilidade. Claro que a criança precisa ser preparada para enfrentar isso no
futuro, mas, no momento, ela tem o direito de brincar e se desenvolver”, finaliza o
psicólogo.
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/criancas-podem-trabalhar-
televisao-como-maisa-programa-silvio-santos-473143.sht
Crianças erotizadas: não pode!
(Isabella Henriques)
Dias atrás, as fotografias do ensaio intitulado “Sombra e Água Fresca”, da revista Vogue
Kids, foram alvo de contundentes críticas por parte da sociedade em geral,
especialmente nas redes sociais, por apresentarem meninas em poses sensuais e mesmo
erotizadas. A grande questão colocada dizia respeito ao fato de que tais fotografias
16
valiam-se de crianças representadas como se mulheres adultas fossem, fazendo caras e
bocas costumeiras às modelos adultas, mas incompatíveis com a faixa etária das
meninas fotografadas.
Eram fotos que apresentavam as meninas em um cenário praiano, mas elas não estavam
correndo ou brincando no mar ou na areia, como seria natural. Aliás, nem sorrindo
estavam. Com semblantes mais fechados e expressões lânguidas, posaram em posições
de clara fragilidade, tirando a blusa e olhando por cima do ombro; com a alça da roupa
caída para mostrar o biquíni de um dos lados; e com o corpo deitado e as pernas
entreabertas. Difícil explicar sem mostrar.
Importante é ressaltar que a sensação de desconforto com as imagens foi praticamente
um consenso entre mães, pais, especialistas em infância, estudantes, instituições que
trabalham em prol da garantia dos direitos das crianças etc. Enfim, houve um repúdio
generalizado por parte da sociedade brasileira.
Vale ainda ressaltar que as fotos faziam parte de um editorial de moda, com vistas à
promoção do consumo de produtos de vestuário diversos, no interior de uma revista
sobre moda infantil vendida em todo o país como encarte da revista Vogue. Não se
tratava, pois, de um ensaio fotográfico meramente artístico ou de acesso restrito.
Além de promover a venda das roupas e acessórios, o ensaio continha uma estética no
sentido de direcionar a infância ao consumo e mesmo à adultização da infância e à
objetificação feminina. Isso sem falar no fato de que as meninas retratadas, ao
participarem do referido ensaio, trabalharam, sendo que a legislação brasileira veda o
trabalho infantil, permitindo que a sua forma artística aconteça, desde que tenha as
devidas autorizações, a fim de se garantir o respeito ao direito da criança de ter seus
interesses preservados.
Não há dúvidas quanto à importância de as crianças serem representadas na mídia, até
para serem vistas e enxergadas na sociedade como sujeitos de direitos que são. No
entanto, as produções culturais devem contribuir para o desenvolvimento infantil ou, ao
menos, não o prejudicar. No caso, as fotos, da forma como foram apresentadas, e até por
toda a repercussão que causaram, certamente prejudicaram o melhor e o maior interesse
das meninas retratadas, que, de um dia para o outro, viram-se no centro de uma ampla
discussão acerca dos processos de trabalho infantil, erotização e adultização precoce aos
quais acabaram sendo submetidas.
A intensa mobilização social, que culminou em uma série de denúncias de pessoas
físicas diversas aos órgãos responsáveis, levou a uma denúncia formal por parte do
Ministério Público do Trabalho, que, por conseguinte, gerou uma decisão da Justiça do
Trabalho determinando a retirada da revista Vogue Kids de circulação e das fotos de
todas as mídias digitais. Ponto para a sociedade brasileira, que se valeu do Judiciário e
das leis que garantem prioridade absoluta na proteção das crianças!
Texto publicado na edição impressa de 21 de setembro de 2014
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/criancas-erotizadas-nao-pode-
edvcfvep2im7g60qeisudmwjy
17
O conto é uma obra de ficção. Cria um universo de seres e acontecimentos de
ficção, de fantasia ou imaginação. O conto apresenta um narrador, personagens e
enredo.
Algumas características:
- É uma narrativa linear e curta, tanto em extensão quanto no tempo em que se passa.
- A linguagem é simples e direta, não se utiliza de muitas figuras de linguagem ou de
expressões com pluralidade de sentidos.
- Todas as ações se encaminham diretamente para o desfecho.
- Envolve poucas personagens, e, as que existem se movimentam em torno de uma
única ação.
- As ações se passam em um só espaço, constituem um só eixo temático e um só
conflito.
Focos narrativos:
· Primeira pessoa: Personagem principal conta sua história; este narrador limita-
se ao saber de si próprio, fala de sua própria vivência.
· Terceira pessoa: O texto é narrado em 3ª pessoa e neste caso podemos ter:
a) narrador observador: o narrador limita-se a descrever o que está acontecendo,
"falando" do exterior, não nos colocando dentro da cabeça da personagem; assim não
sabemos suas emoções, ideias, pensamentos; o narrador apenas descreve o que vê, no
mais, especula;
b) narrador onisciente: conta a história; o narrador tudo sabe sobre a vida das
personagens, sobre seus destinos, ideias, pensamentos; como se narrasse de dentro da
cabeça delas.
O conto pode apresentar-se em discurso:
· Direto: (discurso direto) as personagens conversam entre si; usam-se os travessões.
Além de ser o mais conhecido é, também, predominante no conto.
Exemplo:
(...)Depois da sobremesa, boca pedindo água depois de tanto doce caseiro, o velho
Arquimedes disse:
— Ocês tão bebendo tanta água, sem nojo...
— Bisavô, era brincadeira!
— Eu também fiz uma brincadeira: durante todo esse tempo que fiquei banguela, minha
dentaduraficou de molho, dentro do filtro!
O Bisavô e Dentadura. (Sylvia Orthof)
18
· Indireto: (discurso indireto) quando o escritor resume a fala da personagem em
forma narrativa, sem destacá-la. Ele conta como aconteceu o diálogo, quase que
reproduzindo-o. Exemplo:
“Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a
boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que
devia sofrer de ataque. (...)A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava
morrendo.”
Uma vela para Dario. (Dalton Trevisan)
Indireto livre (discurso indireto livre) é a fusão entre autor e personagem (primeira e
terceira pessoa da narrativa); o narrador narra, mas no meio da narrativa surgem
diálogos indiretos da personagem como que complementando o que disse o narrador.
Disponível em: http://portuguesemdestaque.blogspot.com.br/p/contos.html
Concordância Verbal e Nomina
Observe:
As crianças estão animadas.
Crianças animadas.
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural,
concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas
está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se
refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se
correspondem.
Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo
ser verbal ou nominal.
Concordância Verbal: Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu
sujeito.
a) Sujeito Simples
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os
exemplos:
A orquestra tocou uma valsalonga.
3ª p. Singular 3ª p. Singular.
19
Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural 3ª p. Plural
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante
hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a
concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que
nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por
isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o
grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um
substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por Exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta
interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando
especificados:
Por Exemplo:
Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a
forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.
Concordância nominal: se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou
numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,
adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-
se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da
oração, e o adjetivo, comoadjunto adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.
Por Exemplo:
20
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar.
Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.
Por Exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre
concordar no plural.
Por Exemplo:
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo
forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).
Exemplos:
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o
adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi
flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há
substantivos de gêneros diferentes.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.
Exemplos:
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
21
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de
nenhum modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou
qualquer outro determinativo.
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere.
Por Exemplo:
Juliana as viu ontem muito felizes.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto,
etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular.
Por Exemplo:
Os jovens tinham algo de misterioso.
6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda
normalmente com o nome a que se refere.
Por Exemplo:
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.
Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função
adverbial, ficando, portanto, invariável.
Por Exemplo:
Eles só desejam ganhar presentes.
7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular,
podem ser usadas as construções:
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
22
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo.
Por Exemplo:
Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
Obs.: veja esta construção:
Estudo a cultura espanhola e portuguesa.
Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única,
espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo.
Verbos no Pretérito Perfeito e imperfeito:
O pretérito perfeito, diferentemente do imperfeito, indica a ação momentânea,
determinada no tempo. Já o imperfeito exprime a ação durativa, não limitada no
tempo. Para que possamos estabelecer as diferenças, comparemos ambos os exemplos,
os quais seguem expressos:
 Em casa estudava a lição que seus professores a ensinavam e fazia exercícios
constantemente, a fim de treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito
imperfeito.
 Em casa estudou a lição que seus professores a ensinaram e fez exercícios
constantemente, a fim de treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito
perfeito.
Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint59.php
23
FALCÃO - MENINOS DO TRÁFICO
A obra em comento mostra a gravação do
documentário realizado pelos autores MV Bill e Celso
Atayde que, durante 06 (seis) anos vivenciaram a
realidade dos meninos que vivem nas favelas.Ao produzir
o documentário e publicar o livro, a intenção dos autores
foi a de junto aos leitores refletir e conscientizar a
população acerca de um Brasil que muitos não conhecem,
e não a de denunciar a criminalidade lá existente, nem
encontrar uma solução para ela. E o objetivo maior é
demonstrar que por trás daqueles jovens traficantes
existem sentimentos que muitas vezes são impedidos de
aflorar, e sonhos que quase nunca são realizados porque
eles não têm oportunidade para tentar, ou quando tentam,
são mortos antes de alcançá-los, pelas drogas, pelos
criminosos ou pela polícia.
No depoimento deste único sobrevivente, ele diz
que “Eu queria é ser um palhaço. É meu sonho desde
pequeninho, se eu conseguisse entrar em uma escola de
Ciro, saía da “boca” agora.
Disponível em:
http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5954
Meu Nome Não é Johny
Sinopse: João Guilherme Estrella (Selton Mello) nasceu em
uma família de classe média do Rio de Janeiro. Filho de um
diretor do extinto Banco Nacional, ele cresceu no Jardim
Botânico e frequentou os melhores colégios, tendo amigos
entre as famílias mais influentes da cidade. Carismático e
popular, João viveu intensamente os anos 80 e 90. Neste
período ele conheceu o universo das drogas, mesmo sem
jamais pisar numa favela. Logo tornou-se o maior vendedor
de drogas do Rio de Janeiro, sendo preso em 1995. A partir
de então passou a frenquentar o cotidiano do sistema
carcerário brasileiro.
Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/meu-
nome-nao-e-johnny/
CRIME: ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA?
24
JOVEM CONCILIA ESTUDOS COM TRABALHO NO CAMPO EM PEEPASSA EM
MEDICINA
Jeferson foi 3º lugar em curso da Universidade Federal de Campina Grande.
Ele é o 1º da família a fazer faculdade, os pais têm fundamental incompleto.
Paula CavalcanteDo G1 Caruaru
Um jovem de 20 anos conciliou os estudos com o
trabalho no campo e conseguiu ser aprovado em
medicina. Todos os dias, Jeferson César Silva de
Oliveira ajudava os pais a tirar o leite da vaca e nos
trabalhos na roça. Além disso, cursava licenciatura em
física em um instituto federal.
Ele mora no Sítio Lage do Carrapicho, zona rural de
Alagoinha, Agreste pernambucano, e conquistou o
terceiro lugar no curso da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG), na Paraíba, pelo Sistema de
Seleção Unificada (Sisu).
Não tive nenhum professor para me ajudar. Apenas
pegava um tema na internet e treinava uma redação por
semana"
JefersonSilva de Oliveira, que tirou 920 na redação
do Enem
O jovem é o primeiro da família a cursar o ensino
superior – os pais só estudaram até a terceira série do ensino fundamental.
Jeferson disse que sempre teve vontade de cursar medicina, mas não tentou uma vaga antes
por causa da seca que atingiu a região com mais intensidade em 2012. "Minha família não
tinha condições financeiras para me manter em outra cidade."
Por isso, ele cursou licenciatura em física no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Pernambuco (IFPE) durante três anos em Pesqueira, município vizinho.
A licenciatura não era o que
jovem queria, mas era a mais
conveniente na época. O jovem
ganhava bolsas no antigo curso
que, segundo ele, "ajudavam
bastante" para alcançar o sonho
de estudar para a profissão
desejada.
"Sempre que podia juntava um
pouco do dinheiro para poder
me manter pelo menos no início
do curso de medicina em
alguma cidade. Então, em 2015,
quando percebi que nós
estávamos nos reestruturando
após a seca, decidi arriscar",
25
relatou.
A inspiração para fazer medicina vem da realidade do lugar onde vive com os pais e a irmã
de 10 anos. "Moro em uma cidade pequena, e todos nós sabemos a dificuldade para ter
médicos para atender a população. Pensando no futuro, [escolhi medicina para] poder
contribuir para o benefício das pessoas", contou.
Jeferson passou pelo sistema de cotas e aguarda o início das aulas, previsto para este
semestre.
Jeferson Cesar passou em 3º lugar em medicina
pelo sistema de cotas (Foto: Reprodução/SiSU)
Rotina de estudos
O dia de Jeferson começava cedo: às 5h acordava, tirava leite da vaca e trabalhava até umas
10h com o pai no campo. "Lá eu levava meu celular e com o fone de ouvido ia escutando
algumas aulas que eu tinha encontrado na internet", afirmou.
Em seguida, ele tinha o tempo livre até as 14h, com o horário do almoço incluso.
E era nesse tempo livre que os livros tomavam conta das ocupações do jovem. Após resolver
os trabalhos da faculdade, começava os estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem). Ele chegou a responder cerca de 6.500 questões de exames anteriores.
"À tarde eu trabalhava até as 17h e ia me arrumar para a faculdade. Lá, estudava até as 22h",
conta. Ao chegar em casa, Jeferson estudava por mais uma hora antes de dormir.
Matemática era a disciplina que ele mais se dedicava. Na redação do Enem, o jovem que
nunca fez nenhum cursinho tirou 920 pontos. "Não tive nenhum professor para me ajudar.
Apenas pegava um tema na internet e treinava uma redação por semana."
Disponível em: http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2016/02/jovem-concilia-
estudos-com-trabalho-no-campo-em-pe-e-passa-em-medicina.html Acesso em: 11/02/16
26
REFLEXÃO: Acreditar e Agir
"Um viajante ia caminhando às margens de um grande rio, seu objetivo era chegar à
outra margem. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A
voz de um homem de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio, oferecendo-se para
transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido era provido de dois remos de carvalho. Logo os seus
olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés dentro do
barco o viajante observou que eram duas palavras. Num dos remos estava escrito
Acreditar e no outro Agir.
Curioso, o viajante perguntou a razão daquelas palavras nos remos. O barqueiro então
pegou o remo chamado Acreditar e começou a remar. O barco começou a dar voltas
sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo chamado Agir e começou a
remar. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles
simultaneamente, e o barco, então, impulsionado por ambos os lados, navegou através
das águas, chegando ao outro lado do rio.
Então, o barqueiro disse ao viajante:
— Este porto se chama autoconfiança. É preciso Acreditar e também Agir para que
possamos alcançá-lo".
(Autor desconhecido)
SUCESSO: ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA?
27
1º COLOCADO DO IFRN AOS 15 ANOS! SALVO PELOS LIVROS, ELE
NUNCA VIROU UMA NOITE
ESTUDANDO.
Thompson Vitor | 15 anos | Rio
Grande do Norte
Thompson é um menino de origem
muito humilde e poderia ter passado
muito longe dos estudos, mas a
leitura transformou sua história.
Ele passou a infância na favela de
Maré, na periferia de Natal, e sua
mãe, Rosângela, catava lixo para
sobreviver. Desde quando ele era
pequeno, ela quis oferecer o que de
melhor uma criança pode
receber: livros! Procurava-os no lixo
dos bairros nobres e lia o pouco que
sabia para ele. ”Não sabia ler muito, mas os enchia de leitura e eles iam tomando
gosto”, conta ela.
Esse hábito fez com que Thompson desenvolvesse uma certa facilidade para aprender
e isso ajudou muito quando ele chegou no colégio. Com apenas 15 anos e estudando
só 2 horas por dia, ele foi aprovado no curso técnico de Multimídia do IFRN
(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte) com
sua nota ENEM. Ele tirou 846 pontos de 1.000 e levou o primeiro lugar das 2.400
vagas ofertas pelo SISU.
Mesmo sem terminar o Ensino Médio, ele conseguiu se matricular no curso onde
passou e ainda diz que pretende cursar Direito em uma próxima oportunidade. Viu
como é possível planejar um passo de cada vez?
Disponível em: http://missub2c.wpengine.com/wp-content/uploads/2015/04/foto1-
copy2.jpg
CATADOR DELATINHAS NAINFÂNCIA,
ADVOGADO ESTÁ PRESTES A VIRAR
DOUTOREMDIREITO
Lúcio Antônio Machado
Almeida driblou todas as previsões
pessimistas que permeiam o destino de
um menino pobre, negro e que deixou
a escola aos 13 anos. Filho de pai
pescador e de mãe doméstica
analfabeta, foi criado em uma colônia
de pescadores em Rio Grande, no Sul do Estado.
28
Primogênito de quatro irmãos, vendia latinhas, ferro e vidro para comprar brinquedos.
Foi assim dos oito aos 12 anos. Hoje, aos 43 anos, está a 15 dias de defender a tese de
doutorado em Direito na Ufrgs.
Aluno aplicado, Lúcio estudou até os 13 anos, quando o pai pediu que deixasse a escola
para ajudar na renda de casa. Até os 18 anos, ele trabalhou como empacotador de
supermercado.
— Isso me aborrecia muito. Foi uma época terrível, porque via os outros estudando e
não podia — lembra.
Em busca de novas oportunidades, Lúcio mudou-se para Porto Alegre aos 18 anos. Fez
bicos vendendo sorvete, sendo camelô e
fazendo xis em uma lanchonete da
Rodoviária. Só teve contato com a escola
novamente ao ser servente de pedreiro na
reforma de uma, na Vila Cruzeiro.
— Gostava de trabalhar naquela obra porque
tinha contato com os livros da biblioteca.
Ficava tri feliz! — conta.
A grande mudança começou a ocorrer
quando foi trabalhar como vigia no Hospital
da Puc. Com carteira assinada, passou a ganhar mais para, enfim, retornar às salas de
aula. Aos 21 anos, concluiu a sétima e a oitava séries pelo ensino supletivo. No ano
seguinte, completou o ensino médio, também no supletivo. Em 1994, passou no
vestibular de Matemática na Ufrgs. Fez três anos do curso, também chegou a passar em
Filosofia, mas não concluiu nenhuma das faculdades.
Enquanto isso, foi assistente administrativo em dois hospitais. Passou em concurso para
fiscal de trânsito pela EPTC em 1998 e, em 2001, foi aprovado em um concurso para
ser monitor da Fase. Lá, encontrou realidades com a qual se identificava:
— Amava trabalhar na Fase com os adolescentes, porque eu me via neles. Muitos não
tiveram a mesma sorte que eu.
Apenas em 2003 Lúcio começou a investir no sonho de criança de se formar em Direito.
Ingressou na Puc, trabalhando à noite e pela manhã para estudar à tarde.
29
Osegredo dosucesso
Morador do Bairro Camaquã, na Zona Sul da Capital, Lúcio orgulha-se em possuir um
acervo de 2 mil livros no escritório.
Além de três empregos — professor em duas universidades e assessor legislativo na
Câmara de Vereadores da Capital — e do doutorado, está focado em um objetivo maior:
passar no concurso para juiz federal.
Seguir perseverante em meio a tantas dificuldades não foi simples. Para ele, sair da
posição de vítima e estar desarmado frente às diferenças raciais e de classe foi
fundamental. Ele faz questão de passar estes princípios para os três filhos, de dois, 14 e
18 anos.
— Não se pode ter uma estratégia de ódio. Quem estudar e trabalhar, vai conseguir.O
professor que não cansa de estudar
Na faculdade, as dificuldades financeiras o faziam atrasar as mensalidades. O crédito
educativo chegou apenas na metade do curso. Lúcio formou-se em 2007 e nunca mais
largou os estudos. Fez mestrado na Ufrgs com a linha de pesquisa direcionada aos
direitos humanos.
Mas a experiência profissional mais gratificante ocorreu a partir de 2013, quando
começou a lecionar nos cursos de Direito da Faculdade Dom Bosco, da Capital, e na
Ulbra de Torres:
— É muita gente dizendo que tu não vais conseguir, que tu não tens condições. Prometi
que, comigo, seria diferente.
E foi. A tese do doutorado na Ufrgs, concluída em três anos, trata sobre as cotas raciais.
Disponível em: http://www.amodireito.com.br/2015/06/catador-de-latinhas-na-
infancia.html
30
Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a mensagem
pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Para compreender um pouco
melhor os conceitos de Coerência textual e de Coesão textual, e também para distingui-
los, vejamos:
O que é coesão textual?
Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos
que permitem uma sequêncialógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas
palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto,
temos:
 As referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo
faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou
quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação
semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas
relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.
 As substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de
coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto,
estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou
hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical
(mesma palavra).
 Os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos
coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou
seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.
 A correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta
utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma
forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos.
São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre
suas diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias.
Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/coesao-e-coerencia-textual/
31
São elementos necessários para dar fluidez e coesão ao texto, fazendo com que o
mesmo não fique truncado. Assim sendo, vejamos:
* Embora, ainda que, mesmo que – Tais conectivos estabelecem relação de concessão
e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-
los. Observe o exemplo:
EX: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa.
* Aliás, além de tudo, além do mais, além disso – Reforçar à ideia final.
EX: O garoto é um excelente aluno, destaca-se entre os demais. Além de tudo é muito
educado e gentil.
* Ainda, afinal, por fim – Incluem mais um elemento no conjunto de idéias.
EX: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria,
e ainda assim pensou muito.
* Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras – Revelam esclarecimentos ao que já
foi exposto anteriormente.
EX: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a
tornar o texto mais claro.
* Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma – Exemplifica o que já foi
expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação.
Exemplo: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser
refeito.
* Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante –
Estabelecem oposição entre dois enunciados.
EX: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo.
* Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo – Estabelecem uma noçãogradativa.
EX: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. Até mesmo porque a amizade
dela é muito importante para nós.
* E, nem, como também, mas também – Estabelecem uma relação de soma aos
termos do discurso.
EX: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca
das decisões firmadas.
Disponível em: http://professorvirtual2011.blogspot.com.br/2013/03/elementos-
coesivos-para-usar-na-redacao.htm
32
SOBRE A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL
"Maioridade penal é a idade a partir da qual a pessoa passa a ser responsabilizada
penalmente, ou seja, ela passa a responder a uma aplicação de uma pena ou de uma
sanção punitiva. A idade de 18 anos ficou determinada na Constituição de 88 e é um
alinhamento com uma diretriz internacional dos direitos humanos denominada Doutrina
da Proteção Integral", explica o promotor Ramidoff.
A Constituição estabelece que as pessoas menores de 18 não serão responsabilizadas
penalmente, mas de maneira diferenciada, com base no Estatuto da Criança e do
Adolescente.
Se é constatado o envolvimento de um adolescente em qualquer tipo de crime, mesmo
que ele não tenha sido preso em flagrante e não seja o autor direto do delito, ele é detido
por até 45 dias. Esse é o prazo máximo em que o juiz da Infância e Juventude deve se
posicionar sobre o caso. De acordo com o ECA, os centros de internação para
adolescentes devem oferecer aos infratores reclusos cursos de profissionalização e eles
também devem estudar, assim como qualquer outro adolescente de sua idade. Além
disso, as unidades de internação devem oferecer, entre outras coisas, alojamento em
condições adequadas de higiene e salubridade, vestuário, alimentação e cuidados
médicos e psicológicos.
Em qualquer uma das medidas aplicadas, o adolescente precisa passar pelo
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que envolve psicólogos e assistentes
sociais, e também deve haver atendimento à sua família. Esta equipe é responsável pela
apresentação de relatórios ao juiz, informando, sempre, as condições do infrator. (Fonte:
Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua)
"O ECA prevê seis tipos de medidas socioeducativas para os adolescentes infratores:
advertência, obrigação de reparar o dano causado, prestação de serviços à comunidade,
liberdade assistida, semiliberdade e internação (que implica perda real da liberdade,
durante até três anos, em centros de internamento para adolescentes)", diz o promotor.
Fragmento do texto: Por que a sociedade quer reduzir a maioridade penal?, Portal
educacional.
Disponível em:http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/page/por-que-a-sociedade-
quer-reduzir-a-maioridade-penal.
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
33
A Banalização da Vida
Este é talvez um dos fatos mais assustadores e tristes
do nosso momento: falta de segurança generalizada, o medo,
pois aqui se mata e se morre como quem come um pãozinho.
Bala perdida, traficante, bandido graúdo ou pequeno, e o
menor de idade, que é o mais complicado: pelas nossas leis
absurdas, sendo menor ele não é de verdade punido. É
levado para um estabelecimento hipoteticamente educativo e
socializador, de onde deveria sair regenerado, com
profissão, com vergonha na cara, sair gente. Não sai. Não,
salvo raríssimas exceções, e todo mundo sabe disso.
Todo mundo sabe que é urgente e essencial reduzir para menos de 18 anos a idade
em que se pode prender, julgar, condenar um assassino feroz, reincidente, cruel e
confesso. Mas aí vem quem defenda, quem tenha pena, ah! os direitos humanos, ah! são
crianças. São assassinos apavorantes: torturam e matam com frieza de animais, tantas
vezes, e vão para a reeducação ou a ressocialização certamente achando graça:
logo, logo estarão de volta. Basta ver os casos em que, checando-se a ficha do
“menino”, ele é reincidente contumaz.
Outro ponto dessa nossa insegurança é a rala presença de policiais em muitas
cidades brasileiras. Posso rodar quarteirões intermináveis de carro, e não vejo um só
policial. Culpa deles? Certamente não. Os policiais ganham mal, arriscam a vida, são
mortos frequentemente, são mais heróis do que vilões, embora muitos os queiram
enxergar assim. Onde não temos policiamento, mais insegurança.
Na verdade, a violência é tão alta e tão geral no país que mesmo porteiros
treinados de bons edifícios ou condomínios pouco adiantam: facilmente são rendidos,
ou mortos, e estamos à mercê da bandidagem.
Banalizamos a vida também nessas manifestações de toda sorte, em que paus,
barras de ferro, bombas caseiras, até armas de fogo, não apenas assustam, não só
ameaçam, mas aqui e ali matam alguém. Incendeiam-se ônibus não apenas em protesto,
mas por pura maldade, com gente dentro, mesmo crianças: que civilização estamos
nos tornando? Morrer assassinado, mesmo sem estar no circuito perigoso dos bandidos,
dos marginais, começa a se tornar, não ainda banal, mas já frequente: nas ruas, às 10 da
manhã, matam-se pais de família ou jovens estudantes ou operários. Não falo em becos
onde a violência impera e a mortandade é comum, mas em ruas abertas de bairros de
classe média. Não se passa semana sem que se noticie criança morta por bala perdida.
Agora uma mulher foi morta com um tiro na cabeça quando ia comprar pão para
as oito crianças que estava criando: levada no porta-malas do carro da polícia, caiu na
rua, ficou presa pela roupa e assim foi arrastada no asfalto por um longo trecho. Vemos
esse horror na televisão, e vamos tomar calmamente o café da manhã.
Nada, quase nada mais nos espanta: estamos ficando calejados, não nas mãos por
trabalho duro, mas na alma pelo horror que nos assola tanto que a cada vez nos
horrorizamos menos.
34
Que humanidade estamos nos tornando, nós os abandonados, os expostos, os
indefesos, sem proteção nem de uma Justiça confusa, anacrônica, irreal, e, quando a lei
é boa, tão mal cumprida?
Quero escrever uma coluna otimista. Quero escrever poemas delicados, romances
intensos, crônicas de amor pela cidade, pelas pessoas, pela natureza, quero tudo isso.
Mas se tenho voz, e vez, não posso falar de flores enquanto o asfalto mostra manchas de
sangue, famílias são destroçadas, ruas acossadas, casas ameaçadas, seres humanos feito
coelhos amedrontados sem ter para onde correr, nem a quem recorrer, e não se vê nem
uma luz no fim desse túnel.
Pouca esperança real temos. Nós nos desinteressamos para sobreviver
emocionalmente diante da horrenda banalização da vida representada não só pela
quantidade e violência dos crimes cometidos e impunes como pela
punição incrivelmente pequena para quem mata com seu automóvel por correr demais
ou dirigir bêbado, por exemplo. O descaso, ou a incompetência, com que tudo isso é
administrado nos faz temer outra ameaça ainda: a banalização da vida é o outro lado da
banalização da morte.
(Lya Luft)
Disponível em: http://cemanosdeitabuna.ning.com/profiles/blogs/a-banalizacao-da-
vida-por-lya-luft.
Para introduzirmos s o trabalho com os tipos argumentativos, precisamos entender o que
é uma tese e qual sua importância no texto dissertativo, vejamos:
O QUE É UMA TESE?
A tese nada mais é do que a sua opinião (o seu posicionamento) a respeito do
tema e ela é a ideia principal da redação. Em outras palavras: se você pudesse resumir a
sua dissertação inteira (de 30 linhas, talvez) numa única frase, essa frase seria a tese (a
ideia principal do texto). Afinal, nós devemos escrever uma dissertação inteira para
comprovar a nossa tese.
Como fazer a tese da redação?
Existe uma maneira bem simples e prática de se fazer a tese da redação: pense
quais serão as ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento. Se a tese é a
ideia principal da redação inteira, então a tese nada mais é do que a união das ideias
principais de cada parágrafo de desenvolvimento.
35
Primeiro, se pergunte: quantos parágrafos de desenvolvimento eu vou escrever e
quais serão as ideias principais de cada um? Bem, uma dissertação geralmente tem dois
ou três parágrafos de desenvolvimento. Agora, veremos quais tipos de argumentos
poderemos utilizar na defesa do nosso posicionamento (tese):
Sabemos que a argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém,
para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado.Sempre que argumentamos,
temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós.
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as
provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o
leitor de que essa é a correta.Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa
consolida o texto, lembrando que para cada tipo de texto, há um ou mais tipos de
argumentos adequados.
Argumentação por citação
Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’,
que pensam como nós acerca do tema em evidência.Apresentamos no corpo de nosso
texto a menção de uma informação extraída de outra fonte.
A citação pode ser apresentada assim:
Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de
regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo
adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às
regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade
em si mesma equilibrada.
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia
poderá funcionar bem.
Argumentação por comprovação
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas
(dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham.
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista
equivocado.
Veja:
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão
Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional
do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que
estão fora das escolas em cada estado.Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de
crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o
ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula.
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão
fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças
excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2%
(168,7 mil).
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003)
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese.
36
Argumentação por raciocínio lógico
A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar
que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma
interpretaçãopessoal que pode ser contestada.
Veja:
“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não
admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para
os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser
proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.”
VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000.
Tipos de Argumento mais comuns:
- Autoridade(quando o autor convoca alguém qualificado no assunto para falar em seu
texto);
-Baseado no consenso (quando o autor usa algo sabido por todos);
-Baseado em provas concretas (quando apresenta números, dados, depoimentos,
documentos para provar o exposto);
-Baseado em raciocínio lógico (o autor coloca, de forma intrincada, causa e
consequência no seu texto. Usa de dialética)
-Baseado na competência linguística (usa da etimologia para conceituar as palavras.
Isso dá autoridade para o autor e acaba com possíveis ambiguidades).
A Contra Argumentação:
A contra argumentação nada mais é do que contestar e derrubar o argumento
opositor. É uma espécie de "feitiço virou contra o feiticeiro", ou seja: eu uso o
argumento opositor ao meu favor, derrubando-o. É evidente que, para usá-lo, você
precisa ter a mente mais aberta e se imaginar a posição contrária ao da sua, pois você
precisa refutar os argumentos contrários aos da sua opinião. Você ataca a opinião
contrária.
Disponível em:
http://generostextuaisceob.blogspot.com.br/2009/11/apologo.html
Por que a sociedade quer reduzir a maioridade penal?
20 de abril de 1997, Dia do Índio. Cinco estudantes da classe média brasiliense, com
idades entre 16 e 19 anos, ateiam fogo, “por brincadeira”, no índio pataxó Galdino Jesus
dos Santos enquanto ele dormia. No mesmo ano, a presidente do Tribunal do Júri de
Brasília, juíza Sandra de Santis Mello, altera a classificação desse crime de homicídio
para lesão corporal seguida de morte. Por causa da decisão, os rapazes ficam livres do
júri e o julgamento passa a ser de competência de uma vara criminal. A opinião pública
se rebela. Surgem manifestações contra a decisão da juíza, inclusive de organizações
internacionais. Ouve-se, por todos os cantos do país, que os acusados foram
beneficiados por causa de sua classe social e que eles deveriam receber penas
exemplares.
37
Um dos acusados, G. N. A. J., então com 16 anos, é libertado por decisão do Tribunal
de Justiça. Em sessão secreta, juízes substituem a internação do adolescente em instituto
correcional, que deveria durar três anos, por liberdade assistida.
Em 2001, depois de muitas reviravoltas no caso, os outros quatro estudantes, que na
época do crime tinham 18 e 19 anos, foram condenados a 14 anos de prisão, sendo a
sentença proferida pela mesma juíza. Eles permaneceram presos durante os quatro anos
em que aguardaram o julgamento.
Em meio à condenação, muita gente questionou o que difere os quatro rapazes
condenados do adolescente G. N. A. J. Ele não tinha condições de responder pelos seus
atos por ser dois anos mais novo que os demais? Essa diferença justifica um tratamento
diferenciado pelo mesmo crime?
O caso do índio pataxó exemplifica bem um assunto que, vira e mexe, está em pauta nas
discussões do brasileiro, principalmente quando casos de violência cometidos por
jovens vêm à tona: a redução da maioridade penal para 16 anos.
Reflexo da violência?
De acordo com uma pesquisa divulgada em setembro pela Agência Estado, 87,9% dos
brasileiros são a favor da redução da idade penal de 18 para 16 anos. A pesquisa foi
realizada nas principais capitais e nas grandes cidades do país, entre os meses de julho e
agosto, pela Toledo & Associados, que ouviu 3,1 mil pessoas.
A mesma pesquisa também apontou que a maioria dos entrevistados é favorável à pena
de morte e à utilização das Forças Armadas nas cidades em alguns casos, como para
combater o tráfico de drogas.
O Educacional também realizou uma enquete entre seus usuários, perguntando se eles
concordavam ou não com a redução da maioridade penal. Dos 923 votantes, 74% se
manifestaram a favor e 26%, contra.
"O que querem fazer com a redução da maioridade penal é uma vingança pública com
uma classe social empobrecida, porque essa discussão é, na verdade, uma luta de
classes. Um garoto da classe A não vai parar na cadeia, assim como acontece com os
adultos", afirma o promotor da Vara da Infância e Adolescência de Curitiba, Mário Luiz
Ramidoff. Ele diz que o resultado desse tipo de pesquisa é motivado pela situação atual
de violência em que vive o país. "As pessoas vivem sob uma constante sensação de
impunidade, o que faz com que elas procurem saídas fáceis para a situação", opina.
O Estatuto da Criança e do Adolescente sob fogo
O principal argumento dos defensores do rebaixamento da idade penal é que o Estatuto
da Criança e do Adolescente - ECA - não pune criminalmente; ao contrário, "protege"
adolescentes infratores [...]. No entanto, apesar de crianças e adolescentes não estarem
sujeitos às punições previstas pelo Código Penal, eles recebem sanções previstas pelo
Estatuto, que vão desde advertência a medida socioeducativa em regime de internação
(em que o adolescente fica retido em uma unidade de internação). As medidas
socioeducativas são aplicadas de acordo com a gravidade da infração praticada e a idade
da criança ou adolescente e, além da punição, o infrator recebe apoio psicológico e
participa de programas de reinserção social.
"Quando se implantou o ECA aqui no Brasil, divulgava-se que era uma lei que servia
apenas para proteger 'menores', conotação essa que foi muito prejudicial à sua
38
implementação", afirma Jussara Goiás, coordenadora do Movimento Nacional de
Meninos e Meninas de Rua, uma ONG que participa de forma crítica e ativa na
elaboração de leis e políticas públicas para a infância e a adolescência. "O ECA ficou
com a fama de que só serve para dar liberdades, mas ninguém se preocupou em dizer
que ele pune com muito mais rigor do que o Código Penal pune os adultos. O
adolescente deve responder pelo delito desde seu primeiro ato de infração. Se o adulto
for réu primário, recebe um habeas corpus e sai livre", completa Jussara.
Emenda sobre maioridade está estacionada
O Projeto de Emenda Constitucional - PEC - que pede a redução da maioridade dos 18
para os 16 anos (173/93) nunca foi votado. A proposta tramita no Congresso há mais de
dez anos e a ela já foram anexados mais de dez projetos de lei, de 14 deputados
diferentes, incluindo um que estabelece a maioridade aos 14 anos.
O projeto, de autoria do vice-governador do Distrito Federal, Benedito Domingos, do
PPB, é cercado de muita polêmica. "Pelo meu projeto, não haverá separação para
adolescentes por tipo de crime. Eles serão tratados da mesma maneira que uma pessoa
de 23 ou 30 anos", afirma o deputado federal reeleito, Jair Bolsonaro, do PBB/RJ, autor
de uma das emendas.
O deputado acredita que a redução da maioridade diminuiria a criminalidade entre os
jovens porque isso os faria pensar duas vezes antes de cometer uma infração. "Você só
respeita aquilo que você teme. Se acreditar que com 17 anos não vai acontecer nada
com você, vai praticar o crime", afirma Bolsonaro. O parlamentar vai ainda mais longe,
dizendo que outras soluções para o problema seriam a pena de morte e o controle de
natalidade. "Como é muito caro reeducar esse povo todo, espero um dia também
aprovar a pena de morte". Para isso, o deputado terá que esperar mais, pois seria
necessário mudar a Constituição, que proíbe tal prática no país.
Vários movimentos sociais que defendem os direitos da criança e do adolescente, como
o MNMMR, mobilizam-se todas as vezes que a emenda da redução da maioridade penal
entra na pauta de votação. Com isso, a proposta está engessada na Comissão de
Constituição e Justiça — CCJ — da Câmara Federal. Com a morosidade, a cada fim de
legislatura, o projeto é arquivado. No entanto, no ano seguinte, os deputados
ressuscitam a proposta.
Volpi acredita que existem dois grupos de políticos que se "aventuram" nesse tema. O
primeiro é composto por aqueles que são realmente equivocados, que acreditam que a
diminuição da maioridade penal seria uma solução. O outro abrange os políticos que são
demagogos. "Esses oferecem uma resposta fácil e usam esse tema como bandeira para
gerar uma ideia e solução para o problema da violência e ganhar votos", diz.
Prisão x educação
Um dos argumentos dos deputados para reduzir a idade penal sustenta que um jovem
infrator de 17 anos já tem consciência dos atos que comete, já que a diferença de idade
do criminoso que responde por todos os seus atos conforme o Código Penal e a do
jovem infrator pode nem chegar a um ano.
Mas um adolescente estaria psicologicamente apto a responder por seus crimes como
um adulto? "Se o adolescente pode cometer uma infração, ele também deve responder
por seus atos. Assim como ele tem os seus direitos, também deve ter suas
39
responsabilidades", afirma a psicanalista e professora da Associação de Psicanálise de
Curitiba Lúcia Cavalcanti.
"Mas a questão que realmente deve ser discutida é: será que a prisão pode reeducar esse
sujeito para a coletividade se ele já não respeita a lei?", continua a professora. "Claro
que não", ela mesma responde. "Ele já deveria estar capacitado a reconhecer e aceitar as
normas da sociedade. Se cometer um crime, é porque isso não aconteceu. Colocá-lo
numa prisão não vai ajudar a educá-lo, assim como também não ajuda alguém mais
velho".
Lúcia acredita que o que faltou para os garotos do caso do índio pataxó foi educação
para saber aceitar o próximo. "Da mesma maneira como alguns jovens quebram
telefones públicos ou fazem pichações, eles encaravam o índio como uma placa a ser
pichada. A reclusão não recuperaria o adolescente, nem vai recuperar os outros que
foram presos. A reclusão não vai dizer a eles o que é certo e errado".
A psicanalista acredita que, do jeito que as coisas estão hoje, não adianta reduzir a pena,
pois os jovens teriam que ser preparados para a realidade dessa nova lei para serem
capazes de responder por ela. "Primeiro, deve vir o conhecimento". Ela conta o exemplo
de uma escola pública em que as crianças não iam para a sala de aula após soar o sinal
do recreio. Por causa disso, a diretora resolveu fazer uma sanção para aqueles que não
obedecessem às regras, que consistia na limpeza dos banheiros depois da aula para os
alunos que permanecessem no pátio. A diretora considerou a solução adequada, pois os
alunos teriam que fazer um trabalho que iria se transformar num benefício à
coletividade. Mas, no dia em que as mães souberam que os filhos ficaram limpando o
banheiro, mobilizaram a imprensa e foi aquele alarido na porta da escola, o que fez a
diretora ter de explicar por que tomou tal atitude, pois, segundo as mães, "as crianças
não estavam lá para limpar banheiro". "Os pais dessas crianças infratoras
desautorizaram a diretora, que não teve opção senão deixar que sua escola virasse uma
bagunça", explica Lúcia.
"Na real"
A grande adesão popular ao tema vai de encontro com os dados do Ministério da Justiça
sobre a delinquência no país, segundo os quais a maior parte dos delitos graves é
cometida por adultos, sendo que os adolescentes normalmente são detidos por furtos ou
roubos sem morte. De acordo com esses dados, 73,8% das infrações cometidas por
jovens atentam contra o patrimônio e, destas, 50% são furtos. Apenas 8,46% são contra
a vida. Além disso, 90% dos crimes no Brasil são cometidos por pessoas com mais de
18 anos.
O promotor Mário LuisRamidoff utiliza dados da Vara da Infância e Juventude de
Curitiba para ilustrar a disparidade: "Curitiba tem uma população de 1,58 milhões de
pessoas. Desses, 42% são crianças e adolescentes, o que dá uma população de 460 mil
adolescentes. Aqui no fórum, eu tenho 3,8 mil investigações de atos delituosos, o que
representa 0,3% da população da cidade. Desses, apenas 34 são adolescentes internados,
ou seja, apenas 0,16% responde por crimes hediondos. Daí, eu pergunto: onde está o
problema da delinquência juvenil? Está somente estampado nos jornais para vender
segurança e pedir verba pública".
No resto do mundo, a questão é tratada com outros olhos. Segundo a Agência de
Notícias dos Direitos da Infância - ANDI -, em 55% dos países, a maioridade é aos 18
anos. Apenas em 19%, é aos 17 anos, e em 13%, aos 16 anos. Em 4%, é aos 21 anos.
40
O exemplo dos Estados Unidos contribui para os argumentos de quem é contra a
redução. Lá, a punição para o infrator foi intensificada nos últimos cinco anos. No
mesmo período, a média de crimes cresceu de tal forma que as infrações graves
cometidas por adolescentes são três vezes maiores do que no Brasil. A Espanha voltou
atrás na decisão de reduzir a maioridade para 16 anos. A Alemanha, além de retornar a
maioridade para 18 anos, está criando uma justiça especializada em crimes cometidos
por pessoas de 18 a 21 anos.
Para Jussara Goiás, o problema do país não são os jovens e, sim, o tráfego de drogas, o
crime organizado e a corrupção. Ou seja, são os adultos. "Nós temos que resolver esses
problemas para oferecer uma vida melhor para os jovens. Assim, o número daqueles
que vão se envolver com o crime será muito pequeno".
Disponível em:http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/page/por-que-a-sociedade-
quer-reduzir-a-maioridade-penal.
ESTUDO SOBRE COERÊNCIA TEXTUAL
O que é coerência textual?
Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e
não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente
coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:
"As ruas estão molhadas porque não choveu"
Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos
verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema.
Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois
se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento.
Não ter chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente.
Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:
 Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias
que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.
 Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste
na repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente
precisa transmitir alguma informação, mas quando hárepetição excessiva de
palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a
informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa,
então ele será incoerente
 Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos
diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente,
mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a
representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da
relevância, e trazem incoerência ao texto.
Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a
CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA.
41
Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras
partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto
(tema) sem avisar ao leitor. Já a quebra da progressão semântica acontece quando não
há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo (que é
o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega
ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem.
Em resumo, podemos dizer que a COERÊNCIAé a relação lógica entre as ideias,
fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo
significativo que é o texto.
Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/coesao-e-coerencia-textual/
ESTATUTO DA CRIANÇA E
DO ADOLESCENTE NÃO É
CUMPRIDO, AVALIAM
ESPECIALISTAS
Em evento da série Diálogos
Capitais, o defensor público
Giancarlo Vay e o promotor
Tiago de Toledo Rodrigues
criticam a redução da
maioridade penal, por Felipe
Campos Mello —
publicado 29/07/2015
18h33, última
modificação 30/07/2015 21h37
Alvo de críticas por parte dos setores que defendem a redução da maioridade penal,
o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) não foi mal elaborado, mas é executado
de forma defeituosa. O diagnóstico é do defensor público Giancarlo Vay e do
promotor Tiago de Toledo Rodrigues, promotor da Vara de Infância e Juventude. Os
dois estiveram na terça-feira 28, na Fnac Paulista, em evento promovido por
CartaCapital e mediado por Sergio Lirio, redator-chefe da revista.
Para Tiago Rodrigues, o ECA é um projeto feito por pessoas de extrema competência,
pesquisado por juristas do mundo inteiro, mas aplicado de maneira parcial e equivocada
pelo poder público. “Como posso dizer que o projeto é ruim se ele não foi cumprido?",
questionou o promotor. "Quem pode concluir pela falência de uma lei que não foi
respeitada? Isso seria no mínimo um preconceito legislativo", disse.
Em fevereiro, Rodrigues assinou com outros colegas o texto "A falência da Fundação
Casa", no qual fez inúmeras críticas à instituição responsável pelos menores infratores
de São Paulo, onde há elevados índices de reincidência, superlotação de unidades,
42
frequentes rebeliões, notícias regulares de torturas, e insalubridade das condições de
moradia, entre outros problemas.
Vay também destacou a existência de uma série de violações dentro do processo de
socialização do adolescente e lembrou
que apenas este é responsabilizado.
Com os governantes, que deveriam
garantir condições para o
desenvolvimento dos adolescentes,
nada ocorre. ”Infelizmente, [o sistema
socioeducativo] serve para docilizar os
corpos revoltados que não se adequam
às normas sociais impostas", afirmou.
Para Vay, a Proposta de Emenda à
Constituição que reduz a maioridade
penal de 18 para 16 anos em casos de
crimes hediondos e foi aprovada em
primeiro turno pela Câmara "está
sendo vendida como uma panaceia
para todos os problemas”. Rodrigues
lembrou que há um sentimento
de insegurança na sociedade e Vay
atribuiu parte desse fenômeno a
determinados veículos de imprensa.
Segundo o defensor público, há uma “mídia marrom” que veicula cada dia mais
reportagens sobre a violência, passando uma impressão de que a criminalidade é ainda
maior.
Há maturidade aos 16 anos?
Um argumento muito utilizado pelos setores favoráveis à redução da maioridade penal é
de que um jovem de 16 anos possui plena responsabilidade e consciência ao pegar uma
arma e praticar um crime. Segundo Tiago Rodrigues, esse questionamento é simplista e
trata de forma equivocada sobre o conceito de imputabilidade penal.
“Imputabilidade penal é a capacidade de entender a si mesmo, o mundo que o cerca e
ter maturidade para se comportar de acordo com esse entendimento, para refrear seus
instintos", diz. "Reduzir a maioridade penal não pode ser admitido, porque entre os 16 e
18 anos não há suficiente maturidade para que o sujeito tenha uma responsabilização na
condição de adulto", afirmou."E ele vai sofrer uma sanção, que pode ser, inclusive, de
internação."
Vay destacou o fato de que não há relação alguma entre o conceito de imputabilidade
penal e a questão da consciência anteriormente indagada. “A proposta da Câmara que
propõe reduzir a imputabilidade para somente alguns crimes é meio que esquisita,
porque você tem a consciência de compreender a licitude de alguns atos, mas não teria a
consciência para compreender de outros atos", diz. "É exatamente por essa razão que eu
friso que a questão da imputabilidade penal nada tem a ver com a questão da
consciência.”
Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/dialogos-capitais/em-sao-paulo-carta-
capital-debate-a-reducao-da-maioridade-penal-1006.html. Acesso em: 18/02/16.
43
A notícia é um gênero textual de caráter jornalístico do tipo narrativo. Tal atribuição
está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem
literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste
âmbito é a palavra de ordem.
Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do
público em geral, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa,
isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura tenderem a ocasionar múltiplas
interpretações por parte do receptor.
De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos
inerentes ao gênero em foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes:
Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem
evidente, com vistas a despertar a atenção do leitor.
Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe
algumas informações, de modo a torná-lo ainda mais atrativo.
Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente sintetiza os
traços peculiares condizentes ao fato, procurando se ater aos traços básicos relacionados
às seguintes indagações: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê?
Corpo da notícia – Relaciona-se à informação propriamente dita, procedendo à
exposição de uma forma mais detalhada no que se refere aos acontecimentos
mencionados.
Diante do que foi exposto, uma característica pertinente à linguagem jornalística é
exatamente a veracidade em relação aos fatos divulgados, predominando o caráter
objetivo preconizado pelo discurso.
Disponível em:
http://portugues.uol.com.br/redacao/anoticiaumgenerotextualcunhojornalistico.html
44
VÍDEOS:
Vídeo “Rachel Sheherazade fala sobre redução da maioridade penal”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=y_xffJ-dzWA&feature=youtu.be
Vídeo “Emilio Surita esculacha Rachel Sheherazade ao vivo”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=gM55jRPqnMs.
Vídeo “Diálogos Capitais sobre Redução da Maioridade Penal: "ECA deveria ser
cumprido”. Disponível em:https://youtu.be/XPsugVD3RvE
45
CHARGES
Charge 1:
Disponível em: https://kikacastro.files.wordpress.com/2015/07/joaom.jpg
Charge 2:
Disponível: http://www.sul21.com.br/wp-content/uploads/2015/04/20150407-latuff-e-a-
reducao-da-maioridade-penal.jpg
46
Charge 3:
Disponível em: http://www.juniao.com.br/wp-
content/uploads/2013/04/Charge_Juniao_18_04_2013_72.jpg
Charge 4:
Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-cTxbuAjk1Lo/VYQaSx-
oTiI/AAAAAAAADuw/QkH_gWDc6ao/s1600/XXX.png
O que é a Charge?
A charge é um gênero textual, que em seu significado literal é entendida como uma
ilustração de natureza caricatural, que gera o tom humorístico, em que se busca
representar pessoa, fato ou ideia. Foi uma maneira encontrada por volta do século XIX,
por pessoas que se opunham a governos e queriam se expressar de uma forma inusitada,
mas muitos foram reprimidos. Por outro lado, ganhou popularidade com a grande
massa, o que contribuiu para que elas continuassem existindo até hoje. Existe a
necessidade de que quem está tendo acesso a uma charge esteja inteirado com assuntos
recorrentes no momento, para que entendam a crítica proposta pela mesma.
47
ARTIGO DE OPINIÃO X TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO:
PARA ESCLARECER:
Gêneros Textuais: são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou
escritos. Tais estruturas designam qual é o gênero textual em questão, pois cada gênero
só poderá ser definido se a sua estrutura for correspondente. Exemplo de gêneros
textuais: carta, carta ao leitor, artigo de opinião, notícia, charge e etc.
Tipologia Textual ou Modalidade Textual: é a forma como o texto se apresenta.
Tipos de texto: narração, dissertação, argumentação e etc.
Diante do que foi explanado, percebemos que a dissertação e argumentação não se
tratam de gêneros textuais, e sim de tipologia textual. Agora veremos o quadro
comparativo entre o artigo de opinião e o texto dissertativo argumentativo:
ARTIGO DE OPINIÃO:
• Trata-se de um gênero textual;
• Possui: introdução,
desenvolvimento e conclusão;
• Possui narração, argumentação e
dissertação;
• Utiliza linguagem subjetiva ou
objetiva;
• Exposição de ideias;
• Quem geralmente redige é uma
personalidade importante que domina o
assunto.
• Local de veiculação: jornais,
revistas e etc.
TEXTO DISSERTATIVO
ARGUMENTATIVO:
• Trata-se de uma tipologia
textual;
• Possui introdução,
desenvolvimento e conclusão;
• Possui predominantemente a
dissertação e argumentação;
• Utiliza linguagem subjetiva;
• Exposição de ideias;
• Qualquer indivíduo, dominante
das estruturas e do conteúdo, pode
redigir esse tipo de texto.
• Locais de veiculação:
abrangente em livros, revistas, jornais e
outros gêneros.
48
CONHECENDO O GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO
O QUE É UM ARTIGO?
Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( 1994, p.1 ), é um “
texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas
e resultados nas diversas áreas do conhecimento ”.
Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e
humor. Há artigos tanto na mídia impressa ( jornais, revistas ) quanto em rádio e
televisão ( nesse caso, são lidos no ar pelo articulista ).
Como o nome diz, Artigo de Opinião é aquele que exprime a opinião do autor.
Características:
• Texto argumentativo. Argumentação é uma forte característica do artigo de
opinião, em que o autor tenta a todo tempo convencer, persuadir o leitor acerca de sua
opinião, sua posição. Não há como ficar neutro em um Artigo de Opinião.
• Exprime a opinião, o posicionamento do autor sobre determinado assunto.
• É uma redação geralmente curta cujo tamanho quem determinará será o autor.
Para fins didáticos, escolares, cerca de 15 a 30 linhas.
•Normalmente feito em 1ª pessoa, mas também pode aparecer em 3ª pessoa.
•O artigo de opinião é assinado. Observação: Em exames vestibulares e concursos, não
se assinada para não haver identificação do candidato.
•As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por
este motivo, ele deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.
Estrutura:
 Título;
 Assinatura;
 Parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia a ser
retratada são evidenciados.
 Desenvolvimento, no qual são expostos os argumentos em defesa de um
ponto de vista a ser defendido;
 Conclusão, na qual ocorre o fechamento de todas as ideias abordadas ao
longo do discurso.
Procedimento:
 Escolher o tema, levantar todos os aspectos sobre o assunto, prós, contras,
estatísticas, colher diferentes opiniões, diferentes pontos de vista, buscar
49
informações em publicações. Definir sua opinião sobre o assunto e para qual
lado irá pender, qual ideia irá defender.
 Aspectos persuasivos são as orações no imperativo ( seja, compre, ajude,
favoreça, exija etc.. ) e a utilização de conjunções que agem como elementos
articuladores ( e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma
que etc.. ) e dão maior clareza às ideias.
Lembre-se que o Artigo de Opinião tem o objetivo de contribuir para o
enriquecimento cultural, assim, transmite conhecimento, novas leituras de mundo e
exige conhecimento e cultura do autor. Quem lê um artigo, quer aprender mais.Após o
término do Artigo, é sempre importante fazer a releitura.
Para um bom texto:
Coesão, Coerência, Clareza e Concisão.
Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/portugues/artigo-opiniao.html
50
I
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo
deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em
norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema:A CRIMINALIDADE NA VIDA
DOS JOVENS BRASILEIROS DO SÉCULO XXI É ESCOLHA OU
CONSEQUÊNCIA?O seu texto deverá ser destinado aos estudantes de ensino médio e
também será publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”.
Apresente propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de forma coesa e
coerente, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1:
Aumento do número de jovens envolvidos em crimes justifica redução da
maioridade penal, defende promotor
Criado em 22/04/13 09h54 e atualizado em 22/04/13 16h10
Por Thais Leitão Edição:Juliana Andrade e Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil
[...]Os atos infracionais praticados por adolescentes aumentaram aproximadamente 80%
em 12 anos, ao subir de 8 mil, em 2000, para 14,4 mil, em 2012 - diferentemente do que
ocorre em relação aos crimes praticados por maiores de 18 anos, que vêm diminuindo
na última década na cidade de São Paulo. Para o promotor de Justiça Thales de Oliveira,
que atua na Vara da Infância e Juventude de São Paulo, essa situação evidencia a
necessidade do endurecimento das punições a adolescentes. [...]Segundo ele, sua
experiência, somada a dados estatísticos, evidencia que, a partir de 16 anos, há um
ingresso mais forte na criminalidade violenta, associada a práticas como latrocínio e
homicídio. “Nas idades entre 13 e 15 anos os casos [de crimes mais violentos] ainda são
exceção”, acrescentou. Thales de Oliveira ressaltou que, diferentemente do que se
costuma imaginar, os adolescentes infratores não são apenas usados por quadrilhas
criminosas em razão de sua inimputabilidade, mas já assumem as organizações,
liderando muitas delas.“Eles são muito mais audaciosos, em parte por causa da idade,
mas também porque são conscientes da inimputabilidade e acabam sendo mais violentos
do que os maiores de 18 anos”, disse, citando dois casos de violência cometida por
adolescentes que atendeu recentemente.
Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/04/aumento-do-numero-de-
jovens-envolvidos-em-crimes-justifica-reducao-da
AS PROPOSTAS:
51
TEXTO 2:
.
TEXTO3:
52
II
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo
deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em
norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema: O TRABALHO INFANTIL NA
SOCIEDADE BRASILEIRA: CAUSA OU CONSEQUÊNCIA? O seu texto deverá
ser destinado aos estudantes de ensino médio e também será publicado no blog “Nas
Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”. Apresente propostas coerentes,
selecione, organize, relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para a
defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I:
TEXTO II:
Em países de Primeiro Mundo as crianças têm assistência social, condições financeiras
para viver com qualidade de vida e não precisam fazê-lo. Começam a trabalhar depois
que terminam os estudos universitários. Mas em países pobres, como o nosso Brasil, a
realidade é outra. A partir dos 10 ou 12 anos, as crianças precisam trabalhar sim para
ajudar nas despesas da família e para que se tornem pessoas de bem, de caráter. Como
tantas outras pessoas que conheci, trabalhei de dia e estudei à noite. Tenho satisfação de
ter começado a trabalhar com menos de dez anos. Aprendi muito nas diversas atividades
que enfrentei. Pessoas que começam a trabalhar depois de adultos não têm experiência
53
de vida; são inseguros. O “Estatuto da Criança” deve ser revisto; não serve para as
crianças do Brasil.
Fraterno Maria Nunes
Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/opiniao-do-
leitor/coluna-do-leitor/criancas-precisam-trabalhar-
bfwfo1c2s7xu2kkem23qmcbim
TEXTO III
54
III
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo
deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em
norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema: REDUÇÃO DA MAIORIDADE
PENAL: DILEMA OU SOLUÇÃO? O seu texto deverá ser destinado aos estudantes
de ensino médio e também será publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa:
o texto em foco”. Apresente propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de
forma coesa e coerente, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
TEXTO II
55
TEXTO III
56
 Instruções:
- Desenvolva seu artigo com o mínimo de 15 e no máximo 30 linhas;
- Dê um título sugestivo e criativo ao seu texto;
- Defenda as ideias apresentadas através de uma dissertação integrada, coerente,
organizada e estruturada;
- Fundamente suas ideias com argumentos, sem sair do tema.
 Critérios para a avaliação:
Os avaliadores de atribuirão uma nota de 0 a 02 pontos em cada uma das cinco
competências abaixo:
1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa;
2) Compreensão da proposta de redação;
3) Seleção e organização das informações;
4) Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto
5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os
valores e considerando as diversidades socioculturais.
 Situações em que a redação pode serzerada ou anulada:
1) Fuga total ao tema;
2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;
3) Texto com até 7 linhas;
4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto
deliberadamente desconectada do tema proposto;
5) Desrespeito aos direitos humanos;
6) Redação em branco, mesmo com texto em rascunho.
7) Cópia do texto motivador
Boa sorte!
57
__________________________________________________________
__________________________
1_____________________________________________________________________
2_____________________________________________________________________
3_____________________________________________________________________
4_____________________________________________________________________
6_____________________________________________________________________
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20____________________________________________________________________
21____________________________________________________________________
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28____________________________________________________________________
29____________________________________________________________________
30____________________________________________________________________
58
ATIVIDADES
59
Universidade Estadual da Paraíba- UEPB
Programa de Iniciação à Docência-PIBID
Coordenadora de Área: Magliana Rodrigues
Supervisora: Alessandra Miranda
Monitoras: Fernanda Félix, Flavia Roberta, Joseilma Barros, Roberlânia Barbosa.
ATIVIDADE:
Aimportância da __________________ para a vida
Se existe algo ou alguém em que podemos depositar toda nossa confiança, é na
nossa __________________. ____________ nos mostra o que é certo, indica os
melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional.
Uma __________________ em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida
por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a
formação de novas __________________.
É também no ambiente ____________ que conhecemos nossos primeiros
valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo,
damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização. Por
isso, é tão comum que nos _____________ como quem nos criou, como nossos
_________ e ________, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes.
Não podemos esquecer que cada um tem um papel fundamental dentro de casa,
onde existem direitos e deveres, e todos devem cumprir com suas obrigações. Aí entra o
respeito mútuo, a consideração pelos mais velhos, as tarefas domésticas, os deveres
diários. Há situações em que toda responsabilidade do dia a dia e os serviços de casa
ficam por conta da mãe, os filhos culpam os pais por não poderem presenteá-los com
aquilo que desejam ou os irmãos vivem se desentendendo. Nestes casos, a
__________________ permanece em desarmonia, sobrecarregando apenas um
integrante, tornando instável a união do lar e a estrutura ___________.
Certas situações podem causar grandes frustações em uma vida. Muitos definem
a __________________ como sendo a “base de tudo”, uma expressão bastante utilizada
para caracterizar o laço ___________ que vai além do sangue, sendo também emocional
e espiritual. Mas esta base pode se desintegrar, desgastando e se tornando prejudicial.
Então, é preciso preservá-la sempre.
"Um bom relacionamento ____________ é a principal arma de combate às drogas e aos
problemas emocionais". O psicanalista Evilázio Vieira ressalta que um bom relacionamento
__________ é a principal arma de combate às drogas e aos problemas emocionais que
acometem os adolescentes e os jovens. _______ explica que, a partir da adolescência, o
indivíduo procura o ambiente fora de casa e os amigos para buscar aprovação e se
identificar, e depois volta para o lar. Quando a __________________ tem uma base
sólida e oferece amor e atenção, ele não sente necessidade de buscar uma fuga da
realidade nas ruas, ao lado dos amigos; ele usa o ambiente externo de forma saudável.
Mas, quando sua vida é instável no âmbito________, ele busca suprir na rua aquilo que
lhe falta dentro de casa; neste caso, é onde tem início a dependência química, a rebeldia
e o comportamento violento.
Portanto, a __________________ é algo único e insubstituível, extremamente
necessário para a formação do ser humano. Sua ausência gera graves consequências.
Pais e filhos precisam se manter unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com
carinho, dedicação e fé, para que sua estrutura se mantenha forte e _____ indivíduos não
caiam no mundo dos vícios e das futilidades.
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Módulo

  • 1. 1 Projeto: Módulo 1 / 2016.1 PIBID-UEPB/LETRAS Nome:___________________________________________________________________________Série:___ Endereço:_________________________________________________________________________Nº:_____ E-mail:___________________________________________________________Telefone:________________
  • 2. 2 Universidade Estadual da Paraíba-UEPB Programa institucional de Bolsa de Iniciação à Docência-PIBID Subprojeto Letras-Língua Portuguesa Escola de Atuação: E.E.E.F.M Caic José Joffily Coordenadora de Área: Magliana Rodrigues da Silva Supervisora: Alessandra Magda de Miranda Docentes: Fernanda Félix Flávia Roberta Joseilma Barros Roberlânia Barbosa Projeto: Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco
  • 3. 3 UMA MENSAGEM PARA VOCÊ: Caro aluno, O Projeto Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco tem a honra de recebê-lo como integrante da nossa equipe. Hoje, você faz parte do projeto que a cada dia obtém melhores resultados do trabalho desenvolvido nas escolas selecionadas. Esperamos que aproveite ao máximo essa oportunidade que surgiu em sua vida. Este módulo contém uma coletânea de textos e de informações relacionadas à Língua Portuguesa, cujo objetivo é servir de apoio para as discussões e análises a serem realizadas neste primeiro período. De início, iremos trilhar sobre os textos que tratam dos valores sociais, neste momento, você irá se deliciar e embarcar no mundo animado das fábulas, mas também desbravará e conquistará novos conhecimentos através dos textos argumentativos. Esperamos contar com a sua presença durante todo o ano, pois não há construção de conhecimento sem o processo de aprendizagem. Sendo assim, organize sua bagagem, deixe um espaço para o conhecimento e vamos embarcar nessa viagem! Atenciosamente: A Equipe
  • 4. 4 CONTATOS DO PROJETO: Blog: http://nastrilhasdalinguaportuguesa.blogspot.com.br/ Página: https://www.facebook.com/nastrilhasdalinguaportuguesauepb?fref=ts Perfil no Facebook: https://www.facebook.com/NasTrilhasdaLinguaPortuguesa?fref=ts SUMÁRIO  A FAMÍLIA..........................................................................................................5 O TRABALHO O GÊNERO REPORTAGEM ................................................................9  O TRABALHO INFANTIL ...............................................................................10 TRABALHANDO O GÊNERO CONTO.......................................................................16 TRABALHANDO OS VERBOS ....................................................................................18  ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA ...................................................................23 TRABALHANDO COESÃO E COERÊNCIA...............................................................30 TRABALHANDOS OS ELEMENTOS COESIVOS .....................................................32  REDUCAÇÃO DA MAIORIDADE PENAL ....................................................33 TRABALHANDOS OS TIPOS DE ARGUMENTOS ...................................................35 TRABALHANDO A NOTÍCIA......................................................................................43 TRABALHANDO O ARTIGO DE OPINIÃO .................................................................4  PROPOSTAS......................................................................................................53 ATIVIDADES .................................................................................................................58
  • 5. 5
  • 6. 6 O que fazo balão subir?1 (Adaptado) Era uma vez um velho homem que vendia balões numa festa. Para atrair compradores, o homem deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares. Estava, ali perto, um menino observando o vendedor e, é claro apreciando os balões. Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo até sumirem de vista. O menino, de olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas… Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto. Então, o menino aproximou-se do vendedor e lhe perguntou: - Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros? O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse: - Não é a cor, filho é o que está dentro dele que o faz subir. A diferença da nossa vida não está na aparência e sim no conteúdo. Autor desconhecido 1Disponível em: http://www.pf.gov.br/anp/institucional/prevencao-as-drogas-gpred/textos- motivacionais/o-que-faz-o-balao-subir Acesso em: 29 de fevereiro de 2016. CONCEPÇÕES DE FAMÍLIA Cícero
  • 8. 8 Droga é a maior causa de abandono de crianças2 País tem 46 mil em abrigos; vício dos pais é responsável por 80% dos encaminhamentos POR CLEIDE CARVALHO E GUSTAVO URIBE / 24/02/2014 7:00 / ATUALIZADO 24/02/2014 8:11 SÃO PAULO — Pelo menos 46 mil crianças e adolescentes vivem hoje em abrigos no Brasil. Nos últimos dois anos, a cada dia 38 meninas e meninos de até 15 anos de idade foram vítimas de abandono ou negligência, segundo dados do Mapa da Violência 2014 — Crianças e Adolescentes, antecipados ao GLOBO, que reúne notificações da rede de saúde. Ao mesmo tempo em que pratica regras mais rígidas e evita separar pais e filhos, o país perde a guerra contra os efeitos devastadores do crack nas famílias. Segundo pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), mais de 80% dos encaminhamentos de crianças e adolescentes a abrigos estão vinculados à dependência química dos pais. E a droga por trás dos números, segundo os especialistas, é o crack. — Estamos perdendo muitas batalhas para o crack. Essa é mais uma — diz o desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo. Dos 27.625 casos de abandono e negligência nesses últimos dois anos, incluídos no Mapa da Violência, 61% são de crianças com até 4 anos — fase em que desenvolvem a capacidade cognitiva, que é conhecer, entender e se relacionar com o mundo. Além do abandono, as crianças são vítimas de outros tipos de violência. No caso dos meninos, trabalho infantil (58%) e violência física (53,8%) lideram a lista. As meninas sofrem violência sexual (81,2%) e são vítimas de tráfico humano (76,9%) e tortura (55,8%). — Os números estão subestimados. Temos muitos problemas de subnotificação pelos estados — diz o sociólogo JulioJacoboWaiselfisz, responsável pela elaboração do Mapa com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. O destino de órfãos do crack preocupa. Apenas 20% dos municípios brasileiros têm abrigos cadastrados pelas autoridades, de acordo com o Censo 2012 do Sistema Único de Assistência Social. Ou seja, ou não há abrigos ou são clandestinos. Não são raros casos em que as crianças são deixadas com vizinhos ou conhecidos. 2 Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/droga-a-maior-causa-de-abandono-de-criancas- 11693322 Acesso em 29 de fevereiro de 2016.
  • 9. 9 AntonioCarlos Ozório Nunes, da Comissão da Infância e Juventude do CNMP, diz que parentes de usuários de crack relutam em ficar com seus filhos, pois temem o comportamento imprevisível dos pais: — As famílias têm mais medo dos dependentes químicos de crack, tidos como mais agressivos. E quando a mãe é presa, como fazer? Às vezes, ninguém quer ficar com a criança. Integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e assessor nacional da ONG Aldeias Infantis SOS, que mantém abrigos em 13 estados do país, Fábio José Garcia Paes afirma que na Região Sul do país os casos de abandono e negligência triplicaram nos últimos anos. Hoje, segundo ele, 45% das cerca de 800 crianças atendidas foram abrigadas porque os responsáveis por elas entraram no mundo das drogas. — O crack se destaca como elemento avassalador — diz Paes. Há outra questão ainda mais delicada: o uso de crack pela mãe engrossa a lista dos preconceitos que permeiam a adoção. Há receio de que os bebês abandonados venham a sofrer transtornos mentais no futuro, associados à droga consumida durante a gestação. Na capital paulista, o Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, da rede estadual, costuma receber gestantes usuárias de drogas. Em 2012, foram 71 casos. Em 2013, 90. Este ano, até o início da segunda quinzena deste mês, já foram 16 atendimentos. — O crack hoje bate em todas as portas. A capilarização da droga é monstruosa e ela tem preponderância sobre o álcool e a cocaína. Mas é preciso lembrar que o álcool pode trazer mais dano ao feto do que a cocaína — diz Samuel Karasin, que atua no plantão judiciário do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), perto da região conhecida como cracolândia em São Paulo. O problema é que o crack costuma deixar seus dependentes menos funcionais. Não é incomum, segundo Karasin, casos de mulheres que tiveram bebês e abandonaram o hospital sem eles. Ou de gestantes que fogem do atendimento durante a gravidez, colocando a vida do bebê em risco. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo aumentou em 140% os leitos para tratamento de dependentes químicos nos últimos dois anos: de 482 em 2011 para 1.160 em 2013. Diretor técnico do Unad — Unidade de Atendimento ao Dependente Heliópolis, em São Paulo, o psiquiatra Cláudio da Silva diz que o preconceito contra os órfãos de crack potencializa o risco de eles virem a desenvolver quadros psicóticos, depressão, bipolaridade e até vir a se envolver com drogas no futuro: — A proteção, o suporte psicológico e o apoio familiar anulam fatores de risco. Ariel de Castro Alves, que integra o Conselho Estadual de Direitos das Crianças e Adolescentes em São Paulo, afirma que as drogas acentuam os conflitos familiares e aumentam a vulnerabilidade social: — Estamos criando uma geração de filhos do crack. O abandono, no futuro, resulta em violência e aumento no número de infrações.
  • 10. 10 Definição: A reportagem é um gênero textual jornalísticos de caráter informativo. É um texto extenso, resultado de uma investigação mais detalhada dos fatos, acrescentando as informações em maior profundidade. É necessário que o textotraga fatos relevantes, geradores de interesses. Composição:  Tema  Entrevistas  Pesquisas  Dados  Textos não verbais (imagens ) Linguagem: Embora a linguagem seja impessoal, na maior parte do tempo, quase sempre se nota a opinião do jornal ou do jornalista e de pessoas envolvidas no assunto. Às vezes, o jornal ou a revista emprega uma linguagem com traços de informalidade, dependendo do público a que se destina.
  • 11. 11 Os meninos carvoeiros Os meninos carvoeiros Passam a caminho da cidade. ― Eh, carvoero! E vão tocando os animais com um relho enorme. Os burros são magrinhos e velhos. Cada um leva seis sacos de carvão de lenha. A aniagem é toda remendada. Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, do- [brando-se com um gemido.) ― Eh, carvoero! Só mesmo estas crianças raquíticas Vão bem com estes burrinhos descadeirados. A madrugada ingênua parece feita para eles... Pequenina, ingênua miséria! Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! ― Eh, carvoero! Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado, Encarapitados nas alimárias, Apostando corrida, Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados! (BANDEIRA, Manuel. Poesia e prosa completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987.) TRABALHO INFANTIL E ESTRUTURA FAMILIAR: QUAL A RELAÇÃO?
  • 12. 12 Que Leitura você faria dessa imagem? Como você a intitularia?  Leia o texto: Crianças e jovem brasileiros: um retrato do descaso em nosso país. Crianças abandonadas, violentadas e negligenciadas não só pela família, mas também pelo Estado. São essas as crianças que tornam-se alvos da criminalidade no Brasil. Os Estatuto da Criança e do Adolescente relata os deveres da família, da sociedade e do Estado de uma forma muito superficial, mas que não tem haver com a realidade. Se acrianças e adolescentes tivesserealmente todoos direitos que o estatuto manda, certamente o problema da criminalidade no Brasil ía diminuir Mas, devemos nos ligar não somente para os direito que eles tem, mas também aos seus dever, pois a legislação brasileira é bastante fraca ao impedir que eles se dão bem. Uma questão muito boa é a educação, pois ela é o pilar para haver mudança numa sociedade. A educação nos preparam para bom empregos, influencia para se ter uma boafamilia que, por consequência, agente ficamais preparado a educar os filho. O problema da criminalidade infantil não poderá ser resolvida sozinha, mais dede ajuda família, sociedade e estado. Texto adaptado. Original disponível em: http://educacao.uol.com.br/bancoderedacoes/redacao/criancas-e-jovens-brasileiros- um-retrato-do-descaso-em-nosso-pais.jhtm
  • 13. 13 ARTIGO DE OPINIÃO: O Drama do Trabalho Infantil no Brasil (Francisco Lima Filho) De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de quatro milhões de brasileiros com idade entre 5 e 17 anos que trabalham, dos quais 30% têm uma jornada semanal superior a 40 horas. Esses dados nos fazem refletir a respeito do drama do trabalho infantil no Brasil, na medida em que entre nós, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, “é dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária”, garantia que também se encontra expressa no art. 227 da Carta de 1988. Entretanto, esse dever não tem sido cumprido, pois, ainda temos, apesar de avanços que não se pode negar, muitas crianças fora da escola sendo explorada como mão-de-obra, inclusive em atividades perigosas e ilícitas. Segundo os dados divulgados pelo Censo Demográfico de 2000/2010 do IBGE, apesar de ter diminuído 13,44% na faixa etária de 10 a 17 anos, o trabalho infantil especificamente entre crianças de 10 a 13 anos teve expressivo aumento na última década. Os dados publicados em 2012 assustam, pois praticamente em todas as capitais existe o fenômeno do trabalho infantil, inclusive em lixões Esse quadro nos faz refletir a respeito da eficácia dos programas sociais do Governo, que tudo indica, não estão sendo suficientes para evitar o problema, que evidentemente não se resolve com distribuição de cestas-básicas, mas com políticas públicas de geração de trabalho e emprego para os pais desses menores que devem ser colocados em escolas de qualidade, inclusive de qualificação profissional aqueles que estejam prestes a atingir a idade para ingresso no mercado de trabalho, isso sem se falar da necessidade da construção de creches para abrigar os filhos de pessoas pobres que não têm com quem deixar seus filhos para poderem trabalhar.
  • 14. 14 Urge que também se adote política pública eficaz de combate ao tráfico de entorpecentes e de pessoas, com resgate de menores e adolescentes que são explorados por traficantes, recuperando-se aqueles que infelizmente estão hoje nas ruas vítimas do vício das drogas, especialmente da chaga do craque, não com internação compulsória provisória como se fossem criminosos, mas com tratamento integral do qual deve participar a família. Não podemos deixar que nossas crianças e adolescentes sejam capturados por aqueles que sem qualquer compromisso social ou humanitário as exploram. Mas não é apenas o Governo que deve agir. A sociedade como um todo tem esse dever. Afinal, esses menores que hoje são vítimas de exploração serão os adultos de amanhã. Portanto, precisam ser resgatados e educados de forma completa para que possam exercer a cidadania que não pode ficar limitada ao recebimento de ajuda do Estado. É necessário, pois, refletir a respeito do dever da sociedade para com esses futuros cidadãos. Disponível em: http://www.douranews.com.br/14pinião/item/61778-artigo-o- drama-do-trabalho-infantil-no-brasil REPORTAGEM: Trabalho infantil na TV Paula Sato Para a Constituição brasileira, o jovem só pode trabalhar a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, para os quais a idade mínima é 18 anos. Antes disso, a partir dos 14 anos, é permitido que o adolescente trabalhe na condição de aprendiz. Porém, a Conferência Internacional do Trabalho, de 1973, abre uma brecha para que as crianças possam participar de manifestações artísticas, desde que haja uma autorização da justiça. “A participação de crianças em teatro, programas de televisão ou filmes não é considerado um trabalho regular na medida em que se trata de uma manifestação artística. Mas é preciso um alvará pedindo autorização para a Justiça da Infância e da Juventude”, explica Paulo Afonso Garrido de Paula, professor do Departamento de Direitos Difusos e Coletivos da PUC-SP. Apesar desses dispositivos legais, há algumas semanas, a participação da menina Maisa Silva, de sete anos, no “Programa Sílvio Santos”, gerou polêmica. O apresentador foi acusado de violar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao expor a garota a uma situação vexatória e que viola sua dignidade. Como resultado, a justiça revogou a licença que permitia com que Maisa participasse do programa no SBT. Paulo Afonso diz que, na questão do trabalho de pequenos artistas, o mais importante é tentar assegurar os direitos previstos pelo ECA.
  • 15. 15 “A ideia básica do estatuto é a proteção integral da criança e do adolescente, garantir que ela tenha um desenvolvimento saudável. Isso nem sempre fica muito evidente na questão do trabalho artístico. Mas é preciso levar em conta a idade e os efeitos que o trabalho poderá ter no seu desenvolvimento”, afirma. Mas como saber qual é o limite saudável para o trabalho de uma criança prodígio? Para o advogado, tudo depende de como é que isso acontece, “desde que as condições oferecidas sejam adequadas, seguras e que se leve em consideração a sua idade, não há problema. Mas também é preciso analisar se ela vai à escola, se tem tempo para o lazer, se a atividade não toma a vida toda da criança”, analisa. Já Renato Antônio Alves, professor de psicologia da Universidade Metodista de São Paulo, aponta que é muito difícil avaliar quais podem ser os prejuízos psicológicos do trabalho em televisão, mas que um ponto a ser levado em conta é a questão de ter responsabilidade e assumir compromissos ainda na infância. “A discussão, pensando na criança e no adolescente, é até que ponto isso afeta o seu desenvolvimento. A criança não tem que pensar em ser responsável, em trabalhar. Ela está conhecendo o mundo, experimentando, e esse aprendizado já toma muito tempo”, afirma. O psicólogo ainda lembra que, muitas vezes, a criança que aparece em comerciais ou joga futebol em categorias de base não escolheu exercer a atividade, mas é incitada a fazer isso pelos pais. “A criança tem que ter espaço para o desejo. Quando você impõe o desejo dos pais sobre ela, a criança tem pouco recurso para dizer não e se sente obrigada a fazer isso”, afirma. Mas, quem acha que a vida das jovens estrelas está muito longe da realidade das crianças comuns se engana. Renato Alves compara a situação de trabalho com a de crianças que têm toda sua agenda preenchida com atividades extracurriculares e não têm tempo para brincar. “Essas crianças não têm um trabalho formal, mas têm uma rotina totalmente preenchida, sem tempo livre para brincar, para desenvolver a criatividade. Nessa idade, elas não deveriam ser cobradas e nem ter essas responsabilidade. Claro que a criança precisa ser preparada para enfrentar isso no futuro, mas, no momento, ela tem o direito de brincar e se desenvolver”, finaliza o psicólogo. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/criancas-podem-trabalhar- televisao-como-maisa-programa-silvio-santos-473143.sht Crianças erotizadas: não pode! (Isabella Henriques) Dias atrás, as fotografias do ensaio intitulado “Sombra e Água Fresca”, da revista Vogue Kids, foram alvo de contundentes críticas por parte da sociedade em geral, especialmente nas redes sociais, por apresentarem meninas em poses sensuais e mesmo erotizadas. A grande questão colocada dizia respeito ao fato de que tais fotografias
  • 16. 16 valiam-se de crianças representadas como se mulheres adultas fossem, fazendo caras e bocas costumeiras às modelos adultas, mas incompatíveis com a faixa etária das meninas fotografadas. Eram fotos que apresentavam as meninas em um cenário praiano, mas elas não estavam correndo ou brincando no mar ou na areia, como seria natural. Aliás, nem sorrindo estavam. Com semblantes mais fechados e expressões lânguidas, posaram em posições de clara fragilidade, tirando a blusa e olhando por cima do ombro; com a alça da roupa caída para mostrar o biquíni de um dos lados; e com o corpo deitado e as pernas entreabertas. Difícil explicar sem mostrar. Importante é ressaltar que a sensação de desconforto com as imagens foi praticamente um consenso entre mães, pais, especialistas em infância, estudantes, instituições que trabalham em prol da garantia dos direitos das crianças etc. Enfim, houve um repúdio generalizado por parte da sociedade brasileira. Vale ainda ressaltar que as fotos faziam parte de um editorial de moda, com vistas à promoção do consumo de produtos de vestuário diversos, no interior de uma revista sobre moda infantil vendida em todo o país como encarte da revista Vogue. Não se tratava, pois, de um ensaio fotográfico meramente artístico ou de acesso restrito. Além de promover a venda das roupas e acessórios, o ensaio continha uma estética no sentido de direcionar a infância ao consumo e mesmo à adultização da infância e à objetificação feminina. Isso sem falar no fato de que as meninas retratadas, ao participarem do referido ensaio, trabalharam, sendo que a legislação brasileira veda o trabalho infantil, permitindo que a sua forma artística aconteça, desde que tenha as devidas autorizações, a fim de se garantir o respeito ao direito da criança de ter seus interesses preservados. Não há dúvidas quanto à importância de as crianças serem representadas na mídia, até para serem vistas e enxergadas na sociedade como sujeitos de direitos que são. No entanto, as produções culturais devem contribuir para o desenvolvimento infantil ou, ao menos, não o prejudicar. No caso, as fotos, da forma como foram apresentadas, e até por toda a repercussão que causaram, certamente prejudicaram o melhor e o maior interesse das meninas retratadas, que, de um dia para o outro, viram-se no centro de uma ampla discussão acerca dos processos de trabalho infantil, erotização e adultização precoce aos quais acabaram sendo submetidas. A intensa mobilização social, que culminou em uma série de denúncias de pessoas físicas diversas aos órgãos responsáveis, levou a uma denúncia formal por parte do Ministério Público do Trabalho, que, por conseguinte, gerou uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a retirada da revista Vogue Kids de circulação e das fotos de todas as mídias digitais. Ponto para a sociedade brasileira, que se valeu do Judiciário e das leis que garantem prioridade absoluta na proteção das crianças! Texto publicado na edição impressa de 21 de setembro de 2014 http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/criancas-erotizadas-nao-pode- edvcfvep2im7g60qeisudmwjy
  • 17. 17 O conto é uma obra de ficção. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação. O conto apresenta um narrador, personagens e enredo. Algumas características: - É uma narrativa linear e curta, tanto em extensão quanto no tempo em que se passa. - A linguagem é simples e direta, não se utiliza de muitas figuras de linguagem ou de expressões com pluralidade de sentidos. - Todas as ações se encaminham diretamente para o desfecho. - Envolve poucas personagens, e, as que existem se movimentam em torno de uma única ação. - As ações se passam em um só espaço, constituem um só eixo temático e um só conflito. Focos narrativos: · Primeira pessoa: Personagem principal conta sua história; este narrador limita- se ao saber de si próprio, fala de sua própria vivência. · Terceira pessoa: O texto é narrado em 3ª pessoa e neste caso podemos ter: a) narrador observador: o narrador limita-se a descrever o que está acontecendo, "falando" do exterior, não nos colocando dentro da cabeça da personagem; assim não sabemos suas emoções, ideias, pensamentos; o narrador apenas descreve o que vê, no mais, especula; b) narrador onisciente: conta a história; o narrador tudo sabe sobre a vida das personagens, sobre seus destinos, ideias, pensamentos; como se narrasse de dentro da cabeça delas. O conto pode apresentar-se em discurso: · Direto: (discurso direto) as personagens conversam entre si; usam-se os travessões. Além de ser o mais conhecido é, também, predominante no conto. Exemplo: (...)Depois da sobremesa, boca pedindo água depois de tanto doce caseiro, o velho Arquimedes disse: — Ocês tão bebendo tanta água, sem nojo... — Bisavô, era brincadeira! — Eu também fiz uma brincadeira: durante todo esse tempo que fiquei banguela, minha dentaduraficou de molho, dentro do filtro! O Bisavô e Dentadura. (Sylvia Orthof)
  • 18. 18 · Indireto: (discurso indireto) quando o escritor resume a fala da personagem em forma narrativa, sem destacá-la. Ele conta como aconteceu o diálogo, quase que reproduzindo-o. Exemplo: “Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. (...)A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo.” Uma vela para Dario. (Dalton Trevisan) Indireto livre (discurso indireto livre) é a fusão entre autor e personagem (primeira e terceira pessoa da narrativa); o narrador narra, mas no meio da narrativa surgem diálogos indiretos da personagem como que complementando o que disse o narrador. Disponível em: http://portuguesemdestaque.blogspot.com.br/p/contos.html Concordância Verbal e Nomina Observe: As crianças estão animadas. Crianças animadas. No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem. Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal. Concordância Verbal: Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito. a) Sujeito Simples Regra Geral O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos: A orquestra tocou uma valsalonga. 3ª p. Singular 3ª p. Singular.
  • 19. 19 Os pares que rodeavam a nós dançavam bem. 3ª p. Plural 3ª p. Plural Casos Particulares Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir. 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por Exemplo: A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados: Por Exemplo: Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento. Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto. Concordância nominal: se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa- se da relação entre nomes. Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, comoadjunto adnominal. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. Por Exemplo:
  • 20. 20 As mãos trêmulas denunciavam o que sentia. 2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos: a) Adjetivo anteposto aos substantivos: - O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Por Exemplo: Encontramos caídas as roupas e os prendedores. Encontramos caída a roupa e os prendedores. Encontramos caído o prendedor e a roupa. - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. Por Exemplo: As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. Encontrei os divertidos primos e primas na festa. b) Adjetivo posposto aos substantivos: - O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino). Exemplos: A indústria oferece localização e atendimento perfeito. A indústria oferece atendimento e localização perfeita. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes. - Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural. Exemplos: A beleza e a inteligência feminina(s). O carro e o iate novo(s). 3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
  • 21. 21 a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador. Por Exemplo: Água é bom para saúde. b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo. Por Exemplo: Esta água é boa para saúde. 4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere. Por Exemplo: Juliana as viu ontem muito felizes. 5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular. Por Exemplo: Os jovens tinham algo de misterioso. 6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere. Por Exemplo: Cristina saiu só. Cristina e Débora saíram sós. Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, portanto, invariável. Por Exemplo: Eles só desejam ganhar presentes. 7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções: a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo. Por Exemplo: Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
  • 22. 22 b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. Por Exemplo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa. Obs.: veja esta construção: Estudo a cultura espanhola e portuguesa. Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo. Verbos no Pretérito Perfeito e imperfeito: O pretérito perfeito, diferentemente do imperfeito, indica a ação momentânea, determinada no tempo. Já o imperfeito exprime a ação durativa, não limitada no tempo. Para que possamos estabelecer as diferenças, comparemos ambos os exemplos, os quais seguem expressos:  Em casa estudava a lição que seus professores a ensinavam e fazia exercícios constantemente, a fim de treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito imperfeito.  Em casa estudou a lição que seus professores a ensinaram e fez exercícios constantemente, a fim de treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito perfeito. Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint59.php
  • 23. 23 FALCÃO - MENINOS DO TRÁFICO A obra em comento mostra a gravação do documentário realizado pelos autores MV Bill e Celso Atayde que, durante 06 (seis) anos vivenciaram a realidade dos meninos que vivem nas favelas.Ao produzir o documentário e publicar o livro, a intenção dos autores foi a de junto aos leitores refletir e conscientizar a população acerca de um Brasil que muitos não conhecem, e não a de denunciar a criminalidade lá existente, nem encontrar uma solução para ela. E o objetivo maior é demonstrar que por trás daqueles jovens traficantes existem sentimentos que muitas vezes são impedidos de aflorar, e sonhos que quase nunca são realizados porque eles não têm oportunidade para tentar, ou quando tentam, são mortos antes de alcançá-los, pelas drogas, pelos criminosos ou pela polícia. No depoimento deste único sobrevivente, ele diz que “Eu queria é ser um palhaço. É meu sonho desde pequeninho, se eu conseguisse entrar em uma escola de Ciro, saía da “boca” agora. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5954 Meu Nome Não é Johny Sinopse: João Guilherme Estrella (Selton Mello) nasceu em uma família de classe média do Rio de Janeiro. Filho de um diretor do extinto Banco Nacional, ele cresceu no Jardim Botânico e frequentou os melhores colégios, tendo amigos entre as famílias mais influentes da cidade. Carismático e popular, João viveu intensamente os anos 80 e 90. Neste período ele conheceu o universo das drogas, mesmo sem jamais pisar numa favela. Logo tornou-se o maior vendedor de drogas do Rio de Janeiro, sendo preso em 1995. A partir de então passou a frenquentar o cotidiano do sistema carcerário brasileiro. Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/meu- nome-nao-e-johnny/ CRIME: ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA?
  • 24. 24 JOVEM CONCILIA ESTUDOS COM TRABALHO NO CAMPO EM PEEPASSA EM MEDICINA Jeferson foi 3º lugar em curso da Universidade Federal de Campina Grande. Ele é o 1º da família a fazer faculdade, os pais têm fundamental incompleto. Paula CavalcanteDo G1 Caruaru Um jovem de 20 anos conciliou os estudos com o trabalho no campo e conseguiu ser aprovado em medicina. Todos os dias, Jeferson César Silva de Oliveira ajudava os pais a tirar o leite da vaca e nos trabalhos na roça. Além disso, cursava licenciatura em física em um instituto federal. Ele mora no Sítio Lage do Carrapicho, zona rural de Alagoinha, Agreste pernambucano, e conquistou o terceiro lugar no curso da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Não tive nenhum professor para me ajudar. Apenas pegava um tema na internet e treinava uma redação por semana" JefersonSilva de Oliveira, que tirou 920 na redação do Enem O jovem é o primeiro da família a cursar o ensino superior – os pais só estudaram até a terceira série do ensino fundamental. Jeferson disse que sempre teve vontade de cursar medicina, mas não tentou uma vaga antes por causa da seca que atingiu a região com mais intensidade em 2012. "Minha família não tinha condições financeiras para me manter em outra cidade." Por isso, ele cursou licenciatura em física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) durante três anos em Pesqueira, município vizinho. A licenciatura não era o que jovem queria, mas era a mais conveniente na época. O jovem ganhava bolsas no antigo curso que, segundo ele, "ajudavam bastante" para alcançar o sonho de estudar para a profissão desejada. "Sempre que podia juntava um pouco do dinheiro para poder me manter pelo menos no início do curso de medicina em alguma cidade. Então, em 2015, quando percebi que nós estávamos nos reestruturando após a seca, decidi arriscar",
  • 25. 25 relatou. A inspiração para fazer medicina vem da realidade do lugar onde vive com os pais e a irmã de 10 anos. "Moro em uma cidade pequena, e todos nós sabemos a dificuldade para ter médicos para atender a população. Pensando no futuro, [escolhi medicina para] poder contribuir para o benefício das pessoas", contou. Jeferson passou pelo sistema de cotas e aguarda o início das aulas, previsto para este semestre. Jeferson Cesar passou em 3º lugar em medicina pelo sistema de cotas (Foto: Reprodução/SiSU) Rotina de estudos O dia de Jeferson começava cedo: às 5h acordava, tirava leite da vaca e trabalhava até umas 10h com o pai no campo. "Lá eu levava meu celular e com o fone de ouvido ia escutando algumas aulas que eu tinha encontrado na internet", afirmou. Em seguida, ele tinha o tempo livre até as 14h, com o horário do almoço incluso. E era nesse tempo livre que os livros tomavam conta das ocupações do jovem. Após resolver os trabalhos da faculdade, começava os estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ele chegou a responder cerca de 6.500 questões de exames anteriores. "À tarde eu trabalhava até as 17h e ia me arrumar para a faculdade. Lá, estudava até as 22h", conta. Ao chegar em casa, Jeferson estudava por mais uma hora antes de dormir. Matemática era a disciplina que ele mais se dedicava. Na redação do Enem, o jovem que nunca fez nenhum cursinho tirou 920 pontos. "Não tive nenhum professor para me ajudar. Apenas pegava um tema na internet e treinava uma redação por semana." Disponível em: http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2016/02/jovem-concilia- estudos-com-trabalho-no-campo-em-pe-e-passa-em-medicina.html Acesso em: 11/02/16
  • 26. 26 REFLEXÃO: Acreditar e Agir "Um viajante ia caminhando às margens de um grande rio, seu objetivo era chegar à outra margem. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio, oferecendo-se para transportá-lo. O pequeno barco envelhecido era provido de dois remos de carvalho. Logo os seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés dentro do barco o viajante observou que eram duas palavras. Num dos remos estava escrito Acreditar e no outro Agir. Curioso, o viajante perguntou a razão daquelas palavras nos remos. O barqueiro então pegou o remo chamado Acreditar e começou a remar. O barco começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo chamado Agir e começou a remar. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente, e o barco, então, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas, chegando ao outro lado do rio. Então, o barqueiro disse ao viajante: — Este porto se chama autoconfiança. É preciso Acreditar e também Agir para que possamos alcançá-lo". (Autor desconhecido) SUCESSO: ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA?
  • 27. 27 1º COLOCADO DO IFRN AOS 15 ANOS! SALVO PELOS LIVROS, ELE NUNCA VIROU UMA NOITE ESTUDANDO. Thompson Vitor | 15 anos | Rio Grande do Norte Thompson é um menino de origem muito humilde e poderia ter passado muito longe dos estudos, mas a leitura transformou sua história. Ele passou a infância na favela de Maré, na periferia de Natal, e sua mãe, Rosângela, catava lixo para sobreviver. Desde quando ele era pequeno, ela quis oferecer o que de melhor uma criança pode receber: livros! Procurava-os no lixo dos bairros nobres e lia o pouco que sabia para ele. ”Não sabia ler muito, mas os enchia de leitura e eles iam tomando gosto”, conta ela. Esse hábito fez com que Thompson desenvolvesse uma certa facilidade para aprender e isso ajudou muito quando ele chegou no colégio. Com apenas 15 anos e estudando só 2 horas por dia, ele foi aprovado no curso técnico de Multimídia do IFRN (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte) com sua nota ENEM. Ele tirou 846 pontos de 1.000 e levou o primeiro lugar das 2.400 vagas ofertas pelo SISU. Mesmo sem terminar o Ensino Médio, ele conseguiu se matricular no curso onde passou e ainda diz que pretende cursar Direito em uma próxima oportunidade. Viu como é possível planejar um passo de cada vez? Disponível em: http://missub2c.wpengine.com/wp-content/uploads/2015/04/foto1- copy2.jpg CATADOR DELATINHAS NAINFÂNCIA, ADVOGADO ESTÁ PRESTES A VIRAR DOUTOREMDIREITO Lúcio Antônio Machado Almeida driblou todas as previsões pessimistas que permeiam o destino de um menino pobre, negro e que deixou a escola aos 13 anos. Filho de pai pescador e de mãe doméstica analfabeta, foi criado em uma colônia de pescadores em Rio Grande, no Sul do Estado.
  • 28. 28 Primogênito de quatro irmãos, vendia latinhas, ferro e vidro para comprar brinquedos. Foi assim dos oito aos 12 anos. Hoje, aos 43 anos, está a 15 dias de defender a tese de doutorado em Direito na Ufrgs. Aluno aplicado, Lúcio estudou até os 13 anos, quando o pai pediu que deixasse a escola para ajudar na renda de casa. Até os 18 anos, ele trabalhou como empacotador de supermercado. — Isso me aborrecia muito. Foi uma época terrível, porque via os outros estudando e não podia — lembra. Em busca de novas oportunidades, Lúcio mudou-se para Porto Alegre aos 18 anos. Fez bicos vendendo sorvete, sendo camelô e fazendo xis em uma lanchonete da Rodoviária. Só teve contato com a escola novamente ao ser servente de pedreiro na reforma de uma, na Vila Cruzeiro. — Gostava de trabalhar naquela obra porque tinha contato com os livros da biblioteca. Ficava tri feliz! — conta. A grande mudança começou a ocorrer quando foi trabalhar como vigia no Hospital da Puc. Com carteira assinada, passou a ganhar mais para, enfim, retornar às salas de aula. Aos 21 anos, concluiu a sétima e a oitava séries pelo ensino supletivo. No ano seguinte, completou o ensino médio, também no supletivo. Em 1994, passou no vestibular de Matemática na Ufrgs. Fez três anos do curso, também chegou a passar em Filosofia, mas não concluiu nenhuma das faculdades. Enquanto isso, foi assistente administrativo em dois hospitais. Passou em concurso para fiscal de trânsito pela EPTC em 1998 e, em 2001, foi aprovado em um concurso para ser monitor da Fase. Lá, encontrou realidades com a qual se identificava: — Amava trabalhar na Fase com os adolescentes, porque eu me via neles. Muitos não tiveram a mesma sorte que eu. Apenas em 2003 Lúcio começou a investir no sonho de criança de se formar em Direito. Ingressou na Puc, trabalhando à noite e pela manhã para estudar à tarde.
  • 29. 29 Osegredo dosucesso Morador do Bairro Camaquã, na Zona Sul da Capital, Lúcio orgulha-se em possuir um acervo de 2 mil livros no escritório. Além de três empregos — professor em duas universidades e assessor legislativo na Câmara de Vereadores da Capital — e do doutorado, está focado em um objetivo maior: passar no concurso para juiz federal. Seguir perseverante em meio a tantas dificuldades não foi simples. Para ele, sair da posição de vítima e estar desarmado frente às diferenças raciais e de classe foi fundamental. Ele faz questão de passar estes princípios para os três filhos, de dois, 14 e 18 anos. — Não se pode ter uma estratégia de ódio. Quem estudar e trabalhar, vai conseguir.O professor que não cansa de estudar Na faculdade, as dificuldades financeiras o faziam atrasar as mensalidades. O crédito educativo chegou apenas na metade do curso. Lúcio formou-se em 2007 e nunca mais largou os estudos. Fez mestrado na Ufrgs com a linha de pesquisa direcionada aos direitos humanos. Mas a experiência profissional mais gratificante ocorreu a partir de 2013, quando começou a lecionar nos cursos de Direito da Faculdade Dom Bosco, da Capital, e na Ulbra de Torres: — É muita gente dizendo que tu não vais conseguir, que tu não tens condições. Prometi que, comigo, seria diferente. E foi. A tese do doutorado na Ufrgs, concluída em três anos, trata sobre as cotas raciais. Disponível em: http://www.amodireito.com.br/2015/06/catador-de-latinhas-na- infancia.html
  • 30. 30 Para que um texto tenha o seu sentido completo, ou seja, transmita a mensagem pretendida, é necessário que esteja coerente e coeso. Para compreender um pouco melhor os conceitos de Coerência textual e de Coesão textual, e também para distingui- los, vejamos: O que é coesão textual? Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequêncialógico-semântica entre as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:  As referências e as reiterações: Este tipo de coesão acontece quando um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com outros termos do texto, como é o caso da anáfora e da catáfora.  As substituições lexicais (elementos que fazem a coesão lexical): este tipo de coesão acontece quando um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade lexical (mesma palavra).  Os conectores (elementos que fazem a coesão interfrásica): Estes elementos coesivos estabelecem as relações de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são conjunções, preposições e advérbios conectivos.  A correlação dos verbos (coesão temporal e aspectual): consiste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a compreensão da sequência dos mesmos. São os elementos coesivos de um texto que permitem as articulações e ligações entre suas diferentes partes, bem como a sequenciação das ideias. Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/coesao-e-coerencia-textual/
  • 31. 31 São elementos necessários para dar fluidez e coesão ao texto, fazendo com que o mesmo não fique truncado. Assim sendo, vejamos: * Embora, ainda que, mesmo que – Tais conectivos estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê- los. Observe o exemplo: EX: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. * Aliás, além de tudo, além do mais, além disso – Reforçar à ideia final. EX: O garoto é um excelente aluno, destaca-se entre os demais. Além de tudo é muito educado e gentil. * Ainda, afinal, por fim – Incluem mais um elemento no conjunto de idéias. EX: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito. * Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras – Revelam esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. EX: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro. * Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma – Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Exemplo: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. * Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante – Estabelecem oposição entre dois enunciados. EX: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. * Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo – Estabelecem uma noçãogradativa. EX: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós. * E, nem, como também, mas também – Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso. EX: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas. Disponível em: http://professorvirtual2011.blogspot.com.br/2013/03/elementos- coesivos-para-usar-na-redacao.htm
  • 32. 32 SOBRE A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL "Maioridade penal é a idade a partir da qual a pessoa passa a ser responsabilizada penalmente, ou seja, ela passa a responder a uma aplicação de uma pena ou de uma sanção punitiva. A idade de 18 anos ficou determinada na Constituição de 88 e é um alinhamento com uma diretriz internacional dos direitos humanos denominada Doutrina da Proteção Integral", explica o promotor Ramidoff. A Constituição estabelece que as pessoas menores de 18 não serão responsabilizadas penalmente, mas de maneira diferenciada, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente. Se é constatado o envolvimento de um adolescente em qualquer tipo de crime, mesmo que ele não tenha sido preso em flagrante e não seja o autor direto do delito, ele é detido por até 45 dias. Esse é o prazo máximo em que o juiz da Infância e Juventude deve se posicionar sobre o caso. De acordo com o ECA, os centros de internação para adolescentes devem oferecer aos infratores reclusos cursos de profissionalização e eles também devem estudar, assim como qualquer outro adolescente de sua idade. Além disso, as unidades de internação devem oferecer, entre outras coisas, alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade, vestuário, alimentação e cuidados médicos e psicológicos. Em qualquer uma das medidas aplicadas, o adolescente precisa passar pelo acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, que envolve psicólogos e assistentes sociais, e também deve haver atendimento à sua família. Esta equipe é responsável pela apresentação de relatórios ao juiz, informando, sempre, as condições do infrator. (Fonte: Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua) "O ECA prevê seis tipos de medidas socioeducativas para os adolescentes infratores: advertência, obrigação de reparar o dano causado, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação (que implica perda real da liberdade, durante até três anos, em centros de internamento para adolescentes)", diz o promotor. Fragmento do texto: Por que a sociedade quer reduzir a maioridade penal?, Portal educacional. Disponível em:http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/page/por-que-a-sociedade- quer-reduzir-a-maioridade-penal. REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
  • 33. 33 A Banalização da Vida Este é talvez um dos fatos mais assustadores e tristes do nosso momento: falta de segurança generalizada, o medo, pois aqui se mata e se morre como quem come um pãozinho. Bala perdida, traficante, bandido graúdo ou pequeno, e o menor de idade, que é o mais complicado: pelas nossas leis absurdas, sendo menor ele não é de verdade punido. É levado para um estabelecimento hipoteticamente educativo e socializador, de onde deveria sair regenerado, com profissão, com vergonha na cara, sair gente. Não sai. Não, salvo raríssimas exceções, e todo mundo sabe disso. Todo mundo sabe que é urgente e essencial reduzir para menos de 18 anos a idade em que se pode prender, julgar, condenar um assassino feroz, reincidente, cruel e confesso. Mas aí vem quem defenda, quem tenha pena, ah! os direitos humanos, ah! são crianças. São assassinos apavorantes: torturam e matam com frieza de animais, tantas vezes, e vão para a reeducação ou a ressocialização certamente achando graça: logo, logo estarão de volta. Basta ver os casos em que, checando-se a ficha do “menino”, ele é reincidente contumaz. Outro ponto dessa nossa insegurança é a rala presença de policiais em muitas cidades brasileiras. Posso rodar quarteirões intermináveis de carro, e não vejo um só policial. Culpa deles? Certamente não. Os policiais ganham mal, arriscam a vida, são mortos frequentemente, são mais heróis do que vilões, embora muitos os queiram enxergar assim. Onde não temos policiamento, mais insegurança. Na verdade, a violência é tão alta e tão geral no país que mesmo porteiros treinados de bons edifícios ou condomínios pouco adiantam: facilmente são rendidos, ou mortos, e estamos à mercê da bandidagem. Banalizamos a vida também nessas manifestações de toda sorte, em que paus, barras de ferro, bombas caseiras, até armas de fogo, não apenas assustam, não só ameaçam, mas aqui e ali matam alguém. Incendeiam-se ônibus não apenas em protesto, mas por pura maldade, com gente dentro, mesmo crianças: que civilização estamos nos tornando? Morrer assassinado, mesmo sem estar no circuito perigoso dos bandidos, dos marginais, começa a se tornar, não ainda banal, mas já frequente: nas ruas, às 10 da manhã, matam-se pais de família ou jovens estudantes ou operários. Não falo em becos onde a violência impera e a mortandade é comum, mas em ruas abertas de bairros de classe média. Não se passa semana sem que se noticie criança morta por bala perdida. Agora uma mulher foi morta com um tiro na cabeça quando ia comprar pão para as oito crianças que estava criando: levada no porta-malas do carro da polícia, caiu na rua, ficou presa pela roupa e assim foi arrastada no asfalto por um longo trecho. Vemos esse horror na televisão, e vamos tomar calmamente o café da manhã. Nada, quase nada mais nos espanta: estamos ficando calejados, não nas mãos por trabalho duro, mas na alma pelo horror que nos assola tanto que a cada vez nos horrorizamos menos.
  • 34. 34 Que humanidade estamos nos tornando, nós os abandonados, os expostos, os indefesos, sem proteção nem de uma Justiça confusa, anacrônica, irreal, e, quando a lei é boa, tão mal cumprida? Quero escrever uma coluna otimista. Quero escrever poemas delicados, romances intensos, crônicas de amor pela cidade, pelas pessoas, pela natureza, quero tudo isso. Mas se tenho voz, e vez, não posso falar de flores enquanto o asfalto mostra manchas de sangue, famílias são destroçadas, ruas acossadas, casas ameaçadas, seres humanos feito coelhos amedrontados sem ter para onde correr, nem a quem recorrer, e não se vê nem uma luz no fim desse túnel. Pouca esperança real temos. Nós nos desinteressamos para sobreviver emocionalmente diante da horrenda banalização da vida representada não só pela quantidade e violência dos crimes cometidos e impunes como pela punição incrivelmente pequena para quem mata com seu automóvel por correr demais ou dirigir bêbado, por exemplo. O descaso, ou a incompetência, com que tudo isso é administrado nos faz temer outra ameaça ainda: a banalização da vida é o outro lado da banalização da morte. (Lya Luft) Disponível em: http://cemanosdeitabuna.ning.com/profiles/blogs/a-banalizacao-da- vida-por-lya-luft. Para introduzirmos s o trabalho com os tipos argumentativos, precisamos entender o que é uma tese e qual sua importância no texto dissertativo, vejamos: O QUE É UMA TESE? A tese nada mais é do que a sua opinião (o seu posicionamento) a respeito do tema e ela é a ideia principal da redação. Em outras palavras: se você pudesse resumir a sua dissertação inteira (de 30 linhas, talvez) numa única frase, essa frase seria a tese (a ideia principal do texto). Afinal, nós devemos escrever uma dissertação inteira para comprovar a nossa tese. Como fazer a tese da redação? Existe uma maneira bem simples e prática de se fazer a tese da redação: pense quais serão as ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento. Se a tese é a ideia principal da redação inteira, então a tese nada mais é do que a união das ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento.
  • 35. 35 Primeiro, se pergunte: quantos parágrafos de desenvolvimento eu vou escrever e quais serão as ideias principais de cada um? Bem, uma dissertação geralmente tem dois ou três parágrafos de desenvolvimento. Agora, veremos quais tipos de argumentos poderemos utilizar na defesa do nosso posicionamento (tese): Sabemos que a argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado.Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto, lembrando que para cada tipo de texto, há um ou mais tipos de argumentos adequados. Argumentação por citação Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência.Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser apresentada assim: Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectual de compreender que a regra expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada. O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia poderá funcionar bem. Argumentação por comprovação A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado. Veja: O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada estado.Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). (Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese.
  • 36. 36 Argumentação por raciocínio lógico A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma interpretaçãopessoal que pode ser contestada. Veja: “O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.” VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000. Tipos de Argumento mais comuns: - Autoridade(quando o autor convoca alguém qualificado no assunto para falar em seu texto); -Baseado no consenso (quando o autor usa algo sabido por todos); -Baseado em provas concretas (quando apresenta números, dados, depoimentos, documentos para provar o exposto); -Baseado em raciocínio lógico (o autor coloca, de forma intrincada, causa e consequência no seu texto. Usa de dialética) -Baseado na competência linguística (usa da etimologia para conceituar as palavras. Isso dá autoridade para o autor e acaba com possíveis ambiguidades). A Contra Argumentação: A contra argumentação nada mais é do que contestar e derrubar o argumento opositor. É uma espécie de "feitiço virou contra o feiticeiro", ou seja: eu uso o argumento opositor ao meu favor, derrubando-o. É evidente que, para usá-lo, você precisa ter a mente mais aberta e se imaginar a posição contrária ao da sua, pois você precisa refutar os argumentos contrários aos da sua opinião. Você ataca a opinião contrária. Disponível em: http://generostextuaisceob.blogspot.com.br/2009/11/apologo.html Por que a sociedade quer reduzir a maioridade penal? 20 de abril de 1997, Dia do Índio. Cinco estudantes da classe média brasiliense, com idades entre 16 e 19 anos, ateiam fogo, “por brincadeira”, no índio pataxó Galdino Jesus dos Santos enquanto ele dormia. No mesmo ano, a presidente do Tribunal do Júri de Brasília, juíza Sandra de Santis Mello, altera a classificação desse crime de homicídio para lesão corporal seguida de morte. Por causa da decisão, os rapazes ficam livres do júri e o julgamento passa a ser de competência de uma vara criminal. A opinião pública se rebela. Surgem manifestações contra a decisão da juíza, inclusive de organizações internacionais. Ouve-se, por todos os cantos do país, que os acusados foram beneficiados por causa de sua classe social e que eles deveriam receber penas exemplares.
  • 37. 37 Um dos acusados, G. N. A. J., então com 16 anos, é libertado por decisão do Tribunal de Justiça. Em sessão secreta, juízes substituem a internação do adolescente em instituto correcional, que deveria durar três anos, por liberdade assistida. Em 2001, depois de muitas reviravoltas no caso, os outros quatro estudantes, que na época do crime tinham 18 e 19 anos, foram condenados a 14 anos de prisão, sendo a sentença proferida pela mesma juíza. Eles permaneceram presos durante os quatro anos em que aguardaram o julgamento. Em meio à condenação, muita gente questionou o que difere os quatro rapazes condenados do adolescente G. N. A. J. Ele não tinha condições de responder pelos seus atos por ser dois anos mais novo que os demais? Essa diferença justifica um tratamento diferenciado pelo mesmo crime? O caso do índio pataxó exemplifica bem um assunto que, vira e mexe, está em pauta nas discussões do brasileiro, principalmente quando casos de violência cometidos por jovens vêm à tona: a redução da maioridade penal para 16 anos. Reflexo da violência? De acordo com uma pesquisa divulgada em setembro pela Agência Estado, 87,9% dos brasileiros são a favor da redução da idade penal de 18 para 16 anos. A pesquisa foi realizada nas principais capitais e nas grandes cidades do país, entre os meses de julho e agosto, pela Toledo & Associados, que ouviu 3,1 mil pessoas. A mesma pesquisa também apontou que a maioria dos entrevistados é favorável à pena de morte e à utilização das Forças Armadas nas cidades em alguns casos, como para combater o tráfico de drogas. O Educacional também realizou uma enquete entre seus usuários, perguntando se eles concordavam ou não com a redução da maioridade penal. Dos 923 votantes, 74% se manifestaram a favor e 26%, contra. "O que querem fazer com a redução da maioridade penal é uma vingança pública com uma classe social empobrecida, porque essa discussão é, na verdade, uma luta de classes. Um garoto da classe A não vai parar na cadeia, assim como acontece com os adultos", afirma o promotor da Vara da Infância e Adolescência de Curitiba, Mário Luiz Ramidoff. Ele diz que o resultado desse tipo de pesquisa é motivado pela situação atual de violência em que vive o país. "As pessoas vivem sob uma constante sensação de impunidade, o que faz com que elas procurem saídas fáceis para a situação", opina. O Estatuto da Criança e do Adolescente sob fogo O principal argumento dos defensores do rebaixamento da idade penal é que o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - não pune criminalmente; ao contrário, "protege" adolescentes infratores [...]. No entanto, apesar de crianças e adolescentes não estarem sujeitos às punições previstas pelo Código Penal, eles recebem sanções previstas pelo Estatuto, que vão desde advertência a medida socioeducativa em regime de internação (em que o adolescente fica retido em uma unidade de internação). As medidas socioeducativas são aplicadas de acordo com a gravidade da infração praticada e a idade da criança ou adolescente e, além da punição, o infrator recebe apoio psicológico e participa de programas de reinserção social. "Quando se implantou o ECA aqui no Brasil, divulgava-se que era uma lei que servia apenas para proteger 'menores', conotação essa que foi muito prejudicial à sua
  • 38. 38 implementação", afirma Jussara Goiás, coordenadora do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, uma ONG que participa de forma crítica e ativa na elaboração de leis e políticas públicas para a infância e a adolescência. "O ECA ficou com a fama de que só serve para dar liberdades, mas ninguém se preocupou em dizer que ele pune com muito mais rigor do que o Código Penal pune os adultos. O adolescente deve responder pelo delito desde seu primeiro ato de infração. Se o adulto for réu primário, recebe um habeas corpus e sai livre", completa Jussara. Emenda sobre maioridade está estacionada O Projeto de Emenda Constitucional - PEC - que pede a redução da maioridade dos 18 para os 16 anos (173/93) nunca foi votado. A proposta tramita no Congresso há mais de dez anos e a ela já foram anexados mais de dez projetos de lei, de 14 deputados diferentes, incluindo um que estabelece a maioridade aos 14 anos. O projeto, de autoria do vice-governador do Distrito Federal, Benedito Domingos, do PPB, é cercado de muita polêmica. "Pelo meu projeto, não haverá separação para adolescentes por tipo de crime. Eles serão tratados da mesma maneira que uma pessoa de 23 ou 30 anos", afirma o deputado federal reeleito, Jair Bolsonaro, do PBB/RJ, autor de uma das emendas. O deputado acredita que a redução da maioridade diminuiria a criminalidade entre os jovens porque isso os faria pensar duas vezes antes de cometer uma infração. "Você só respeita aquilo que você teme. Se acreditar que com 17 anos não vai acontecer nada com você, vai praticar o crime", afirma Bolsonaro. O parlamentar vai ainda mais longe, dizendo que outras soluções para o problema seriam a pena de morte e o controle de natalidade. "Como é muito caro reeducar esse povo todo, espero um dia também aprovar a pena de morte". Para isso, o deputado terá que esperar mais, pois seria necessário mudar a Constituição, que proíbe tal prática no país. Vários movimentos sociais que defendem os direitos da criança e do adolescente, como o MNMMR, mobilizam-se todas as vezes que a emenda da redução da maioridade penal entra na pauta de votação. Com isso, a proposta está engessada na Comissão de Constituição e Justiça — CCJ — da Câmara Federal. Com a morosidade, a cada fim de legislatura, o projeto é arquivado. No entanto, no ano seguinte, os deputados ressuscitam a proposta. Volpi acredita que existem dois grupos de políticos que se "aventuram" nesse tema. O primeiro é composto por aqueles que são realmente equivocados, que acreditam que a diminuição da maioridade penal seria uma solução. O outro abrange os políticos que são demagogos. "Esses oferecem uma resposta fácil e usam esse tema como bandeira para gerar uma ideia e solução para o problema da violência e ganhar votos", diz. Prisão x educação Um dos argumentos dos deputados para reduzir a idade penal sustenta que um jovem infrator de 17 anos já tem consciência dos atos que comete, já que a diferença de idade do criminoso que responde por todos os seus atos conforme o Código Penal e a do jovem infrator pode nem chegar a um ano. Mas um adolescente estaria psicologicamente apto a responder por seus crimes como um adulto? "Se o adolescente pode cometer uma infração, ele também deve responder por seus atos. Assim como ele tem os seus direitos, também deve ter suas
  • 39. 39 responsabilidades", afirma a psicanalista e professora da Associação de Psicanálise de Curitiba Lúcia Cavalcanti. "Mas a questão que realmente deve ser discutida é: será que a prisão pode reeducar esse sujeito para a coletividade se ele já não respeita a lei?", continua a professora. "Claro que não", ela mesma responde. "Ele já deveria estar capacitado a reconhecer e aceitar as normas da sociedade. Se cometer um crime, é porque isso não aconteceu. Colocá-lo numa prisão não vai ajudar a educá-lo, assim como também não ajuda alguém mais velho". Lúcia acredita que o que faltou para os garotos do caso do índio pataxó foi educação para saber aceitar o próximo. "Da mesma maneira como alguns jovens quebram telefones públicos ou fazem pichações, eles encaravam o índio como uma placa a ser pichada. A reclusão não recuperaria o adolescente, nem vai recuperar os outros que foram presos. A reclusão não vai dizer a eles o que é certo e errado". A psicanalista acredita que, do jeito que as coisas estão hoje, não adianta reduzir a pena, pois os jovens teriam que ser preparados para a realidade dessa nova lei para serem capazes de responder por ela. "Primeiro, deve vir o conhecimento". Ela conta o exemplo de uma escola pública em que as crianças não iam para a sala de aula após soar o sinal do recreio. Por causa disso, a diretora resolveu fazer uma sanção para aqueles que não obedecessem às regras, que consistia na limpeza dos banheiros depois da aula para os alunos que permanecessem no pátio. A diretora considerou a solução adequada, pois os alunos teriam que fazer um trabalho que iria se transformar num benefício à coletividade. Mas, no dia em que as mães souberam que os filhos ficaram limpando o banheiro, mobilizaram a imprensa e foi aquele alarido na porta da escola, o que fez a diretora ter de explicar por que tomou tal atitude, pois, segundo as mães, "as crianças não estavam lá para limpar banheiro". "Os pais dessas crianças infratoras desautorizaram a diretora, que não teve opção senão deixar que sua escola virasse uma bagunça", explica Lúcia. "Na real" A grande adesão popular ao tema vai de encontro com os dados do Ministério da Justiça sobre a delinquência no país, segundo os quais a maior parte dos delitos graves é cometida por adultos, sendo que os adolescentes normalmente são detidos por furtos ou roubos sem morte. De acordo com esses dados, 73,8% das infrações cometidas por jovens atentam contra o patrimônio e, destas, 50% são furtos. Apenas 8,46% são contra a vida. Além disso, 90% dos crimes no Brasil são cometidos por pessoas com mais de 18 anos. O promotor Mário LuisRamidoff utiliza dados da Vara da Infância e Juventude de Curitiba para ilustrar a disparidade: "Curitiba tem uma população de 1,58 milhões de pessoas. Desses, 42% são crianças e adolescentes, o que dá uma população de 460 mil adolescentes. Aqui no fórum, eu tenho 3,8 mil investigações de atos delituosos, o que representa 0,3% da população da cidade. Desses, apenas 34 são adolescentes internados, ou seja, apenas 0,16% responde por crimes hediondos. Daí, eu pergunto: onde está o problema da delinquência juvenil? Está somente estampado nos jornais para vender segurança e pedir verba pública". No resto do mundo, a questão é tratada com outros olhos. Segundo a Agência de Notícias dos Direitos da Infância - ANDI -, em 55% dos países, a maioridade é aos 18 anos. Apenas em 19%, é aos 17 anos, e em 13%, aos 16 anos. Em 4%, é aos 21 anos.
  • 40. 40 O exemplo dos Estados Unidos contribui para os argumentos de quem é contra a redução. Lá, a punição para o infrator foi intensificada nos últimos cinco anos. No mesmo período, a média de crimes cresceu de tal forma que as infrações graves cometidas por adolescentes são três vezes maiores do que no Brasil. A Espanha voltou atrás na decisão de reduzir a maioridade para 16 anos. A Alemanha, além de retornar a maioridade para 18 anos, está criando uma justiça especializada em crimes cometidos por pessoas de 18 a 21 anos. Para Jussara Goiás, o problema do país não são os jovens e, sim, o tráfego de drogas, o crime organizado e a corrupção. Ou seja, são os adultos. "Nós temos que resolver esses problemas para oferecer uma vida melhor para os jovens. Assim, o número daqueles que vão se envolver com o crime será muito pequeno". Disponível em:http://www.andi.org.br/infancia-e-juventude/page/por-que-a-sociedade- quer-reduzir-a-maioridade-penal. ESTUDO SOBRE COERÊNCIA TEXTUAL O que é coerência textual? Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, porém incoerente. É o caso do exemplo abaixo: "As ruas estão molhadas porque não choveu" Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COESÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas estarem molhadas. O texto está incoerente. Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus três princípios básicos:  Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que quebram a lógica.  Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de linguagem que consiste na repetição de alguma ideia, utilizando palavras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma informação, mas quando hárepetição excessiva de palavras ou termos, o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, então ele será incoerente  Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tornando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e trazem incoerência ao texto. Outros dois conceitos importantes para a construção da coerência textual são a CONTINUIDADE TEMÁTICA e a PROGRESSÃO SEMÂNTICA.
  • 41. 41 Há quebra de continuidade temática quando não se faz a correlação entre uma e outras partes do texto (quebrando também a coesão). A sensação é que se mudou o assunto (tema) sem avisar ao leitor. Já a quebra da progressão semântica acontece quando não há a introdução de novas informações para dar sequência a um todo significativo (que é o texto). A sensação do leitor é que o texto é demasiadamente prolixo, e que não chega ao ponto que interessa, ao objetivo final da mensagem. Em resumo, podemos dizer que a COERÊNCIAé a relação lógica entre as ideias, fazendo com que umas complementem as outras, não se contradigam e formem um todo significativo que é o texto. Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/coesao-e-coerencia-textual/ ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NÃO É CUMPRIDO, AVALIAM ESPECIALISTAS Em evento da série Diálogos Capitais, o defensor público Giancarlo Vay e o promotor Tiago de Toledo Rodrigues criticam a redução da maioridade penal, por Felipe Campos Mello — publicado 29/07/2015 18h33, última modificação 30/07/2015 21h37 Alvo de críticas por parte dos setores que defendem a redução da maioridade penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) não foi mal elaborado, mas é executado de forma defeituosa. O diagnóstico é do defensor público Giancarlo Vay e do promotor Tiago de Toledo Rodrigues, promotor da Vara de Infância e Juventude. Os dois estiveram na terça-feira 28, na Fnac Paulista, em evento promovido por CartaCapital e mediado por Sergio Lirio, redator-chefe da revista. Para Tiago Rodrigues, o ECA é um projeto feito por pessoas de extrema competência, pesquisado por juristas do mundo inteiro, mas aplicado de maneira parcial e equivocada pelo poder público. “Como posso dizer que o projeto é ruim se ele não foi cumprido?", questionou o promotor. "Quem pode concluir pela falência de uma lei que não foi respeitada? Isso seria no mínimo um preconceito legislativo", disse. Em fevereiro, Rodrigues assinou com outros colegas o texto "A falência da Fundação Casa", no qual fez inúmeras críticas à instituição responsável pelos menores infratores de São Paulo, onde há elevados índices de reincidência, superlotação de unidades,
  • 42. 42 frequentes rebeliões, notícias regulares de torturas, e insalubridade das condições de moradia, entre outros problemas. Vay também destacou a existência de uma série de violações dentro do processo de socialização do adolescente e lembrou que apenas este é responsabilizado. Com os governantes, que deveriam garantir condições para o desenvolvimento dos adolescentes, nada ocorre. ”Infelizmente, [o sistema socioeducativo] serve para docilizar os corpos revoltados que não se adequam às normas sociais impostas", afirmou. Para Vay, a Proposta de Emenda à Constituição que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em casos de crimes hediondos e foi aprovada em primeiro turno pela Câmara "está sendo vendida como uma panaceia para todos os problemas”. Rodrigues lembrou que há um sentimento de insegurança na sociedade e Vay atribuiu parte desse fenômeno a determinados veículos de imprensa. Segundo o defensor público, há uma “mídia marrom” que veicula cada dia mais reportagens sobre a violência, passando uma impressão de que a criminalidade é ainda maior. Há maturidade aos 16 anos? Um argumento muito utilizado pelos setores favoráveis à redução da maioridade penal é de que um jovem de 16 anos possui plena responsabilidade e consciência ao pegar uma arma e praticar um crime. Segundo Tiago Rodrigues, esse questionamento é simplista e trata de forma equivocada sobre o conceito de imputabilidade penal. “Imputabilidade penal é a capacidade de entender a si mesmo, o mundo que o cerca e ter maturidade para se comportar de acordo com esse entendimento, para refrear seus instintos", diz. "Reduzir a maioridade penal não pode ser admitido, porque entre os 16 e 18 anos não há suficiente maturidade para que o sujeito tenha uma responsabilização na condição de adulto", afirmou."E ele vai sofrer uma sanção, que pode ser, inclusive, de internação." Vay destacou o fato de que não há relação alguma entre o conceito de imputabilidade penal e a questão da consciência anteriormente indagada. “A proposta da Câmara que propõe reduzir a imputabilidade para somente alguns crimes é meio que esquisita, porque você tem a consciência de compreender a licitude de alguns atos, mas não teria a consciência para compreender de outros atos", diz. "É exatamente por essa razão que eu friso que a questão da imputabilidade penal nada tem a ver com a questão da consciência.” Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/dialogos-capitais/em-sao-paulo-carta- capital-debate-a-reducao-da-maioridade-penal-1006.html. Acesso em: 18/02/16.
  • 43. 43 A notícia é um gênero textual de caráter jornalístico do tipo narrativo. Tal atribuição está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste âmbito é a palavra de ordem. Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor. De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos inerentes ao gênero em foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes: Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem evidente, com vistas a despertar a atenção do leitor. Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe algumas informações, de modo a torná-lo ainda mais atrativo. Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente sintetiza os traços peculiares condizentes ao fato, procurando se ater aos traços básicos relacionados às seguintes indagações: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê? Corpo da notícia – Relaciona-se à informação propriamente dita, procedendo à exposição de uma forma mais detalhada no que se refere aos acontecimentos mencionados. Diante do que foi exposto, uma característica pertinente à linguagem jornalística é exatamente a veracidade em relação aos fatos divulgados, predominando o caráter objetivo preconizado pelo discurso. Disponível em: http://portugues.uol.com.br/redacao/anoticiaumgenerotextualcunhojornalistico.html
  • 44. 44 VÍDEOS: Vídeo “Rachel Sheherazade fala sobre redução da maioridade penal”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=y_xffJ-dzWA&feature=youtu.be Vídeo “Emilio Surita esculacha Rachel Sheherazade ao vivo”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gM55jRPqnMs. Vídeo “Diálogos Capitais sobre Redução da Maioridade Penal: "ECA deveria ser cumprido”. Disponível em:https://youtu.be/XPsugVD3RvE
  • 45. 45 CHARGES Charge 1: Disponível em: https://kikacastro.files.wordpress.com/2015/07/joaom.jpg Charge 2: Disponível: http://www.sul21.com.br/wp-content/uploads/2015/04/20150407-latuff-e-a- reducao-da-maioridade-penal.jpg
  • 46. 46 Charge 3: Disponível em: http://www.juniao.com.br/wp- content/uploads/2013/04/Charge_Juniao_18_04_2013_72.jpg Charge 4: Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-cTxbuAjk1Lo/VYQaSx- oTiI/AAAAAAAADuw/QkH_gWDc6ao/s1600/XXX.png O que é a Charge? A charge é um gênero textual, que em seu significado literal é entendida como uma ilustração de natureza caricatural, que gera o tom humorístico, em que se busca representar pessoa, fato ou ideia. Foi uma maneira encontrada por volta do século XIX, por pessoas que se opunham a governos e queriam se expressar de uma forma inusitada, mas muitos foram reprimidos. Por outro lado, ganhou popularidade com a grande massa, o que contribuiu para que elas continuassem existindo até hoje. Existe a necessidade de que quem está tendo acesso a uma charge esteja inteirado com assuntos recorrentes no momento, para que entendam a crítica proposta pela mesma.
  • 47. 47 ARTIGO DE OPINIÃO X TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO: PARA ESCLARECER: Gêneros Textuais: são as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou escritos. Tais estruturas designam qual é o gênero textual em questão, pois cada gênero só poderá ser definido se a sua estrutura for correspondente. Exemplo de gêneros textuais: carta, carta ao leitor, artigo de opinião, notícia, charge e etc. Tipologia Textual ou Modalidade Textual: é a forma como o texto se apresenta. Tipos de texto: narração, dissertação, argumentação e etc. Diante do que foi explanado, percebemos que a dissertação e argumentação não se tratam de gêneros textuais, e sim de tipologia textual. Agora veremos o quadro comparativo entre o artigo de opinião e o texto dissertativo argumentativo: ARTIGO DE OPINIÃO: • Trata-se de um gênero textual; • Possui: introdução, desenvolvimento e conclusão; • Possui narração, argumentação e dissertação; • Utiliza linguagem subjetiva ou objetiva; • Exposição de ideias; • Quem geralmente redige é uma personalidade importante que domina o assunto. • Local de veiculação: jornais, revistas e etc. TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO: • Trata-se de uma tipologia textual; • Possui introdução, desenvolvimento e conclusão; • Possui predominantemente a dissertação e argumentação; • Utiliza linguagem subjetiva; • Exposição de ideias; • Qualquer indivíduo, dominante das estruturas e do conteúdo, pode redigir esse tipo de texto. • Locais de veiculação: abrangente em livros, revistas, jornais e outros gêneros.
  • 48. 48 CONHECENDO O GÊNERO ARTIGO DE OPINIÃO O QUE É UM ARTIGO? Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas ( 1994, p.1 ), é um “ texto com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento ”. Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa ( jornais, revistas ) quanto em rádio e televisão ( nesse caso, são lidos no ar pelo articulista ). Como o nome diz, Artigo de Opinião é aquele que exprime a opinião do autor. Características: • Texto argumentativo. Argumentação é uma forte característica do artigo de opinião, em que o autor tenta a todo tempo convencer, persuadir o leitor acerca de sua opinião, sua posição. Não há como ficar neutro em um Artigo de Opinião. • Exprime a opinião, o posicionamento do autor sobre determinado assunto. • É uma redação geralmente curta cujo tamanho quem determinará será o autor. Para fins didáticos, escolares, cerca de 15 a 30 linhas. •Normalmente feito em 1ª pessoa, mas também pode aparecer em 3ª pessoa. •O artigo de opinião é assinado. Observação: Em exames vestibulares e concursos, não se assinada para não haver identificação do candidato. •As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, ele deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados. Estrutura:  Título;  Assinatura;  Parágrafo introdutório, no qual os elementos principais da ideia a ser retratada são evidenciados.  Desenvolvimento, no qual são expostos os argumentos em defesa de um ponto de vista a ser defendido;  Conclusão, na qual ocorre o fechamento de todas as ideias abordadas ao longo do discurso. Procedimento:  Escolher o tema, levantar todos os aspectos sobre o assunto, prós, contras, estatísticas, colher diferentes opiniões, diferentes pontos de vista, buscar
  • 49. 49 informações em publicações. Definir sua opinião sobre o assunto e para qual lado irá pender, qual ideia irá defender.  Aspectos persuasivos são as orações no imperativo ( seja, compre, ajude, favoreça, exija etc.. ) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores ( e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que etc.. ) e dão maior clareza às ideias. Lembre-se que o Artigo de Opinião tem o objetivo de contribuir para o enriquecimento cultural, assim, transmite conhecimento, novas leituras de mundo e exige conhecimento e cultura do autor. Quem lê um artigo, quer aprender mais.Após o término do Artigo, é sempre importante fazer a releitura. Para um bom texto: Coesão, Coerência, Clareza e Concisão. Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/portugues/artigo-opiniao.html
  • 50. 50 I Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema:A CRIMINALIDADE NA VIDA DOS JOVENS BRASILEIROS DO SÉCULO XXI É ESCOLHA OU CONSEQUÊNCIA?O seu texto deverá ser destinado aos estudantes de ensino médio e também será publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”. Apresente propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. TEXTO 1: Aumento do número de jovens envolvidos em crimes justifica redução da maioridade penal, defende promotor Criado em 22/04/13 09h54 e atualizado em 22/04/13 16h10 Por Thais Leitão Edição:Juliana Andrade e Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil [...]Os atos infracionais praticados por adolescentes aumentaram aproximadamente 80% em 12 anos, ao subir de 8 mil, em 2000, para 14,4 mil, em 2012 - diferentemente do que ocorre em relação aos crimes praticados por maiores de 18 anos, que vêm diminuindo na última década na cidade de São Paulo. Para o promotor de Justiça Thales de Oliveira, que atua na Vara da Infância e Juventude de São Paulo, essa situação evidencia a necessidade do endurecimento das punições a adolescentes. [...]Segundo ele, sua experiência, somada a dados estatísticos, evidencia que, a partir de 16 anos, há um ingresso mais forte na criminalidade violenta, associada a práticas como latrocínio e homicídio. “Nas idades entre 13 e 15 anos os casos [de crimes mais violentos] ainda são exceção”, acrescentou. Thales de Oliveira ressaltou que, diferentemente do que se costuma imaginar, os adolescentes infratores não são apenas usados por quadrilhas criminosas em razão de sua inimputabilidade, mas já assumem as organizações, liderando muitas delas.“Eles são muito mais audaciosos, em parte por causa da idade, mas também porque são conscientes da inimputabilidade e acabam sendo mais violentos do que os maiores de 18 anos”, disse, citando dois casos de violência cometida por adolescentes que atendeu recentemente. Disponível em: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/04/aumento-do-numero-de- jovens-envolvidos-em-crimes-justifica-reducao-da AS PROPOSTAS:
  • 52. 52 II Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema: O TRABALHO INFANTIL NA SOCIEDADE BRASILEIRA: CAUSA OU CONSEQUÊNCIA? O seu texto deverá ser destinado aos estudantes de ensino médio e também será publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”. Apresente propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. TEXTO I: TEXTO II: Em países de Primeiro Mundo as crianças têm assistência social, condições financeiras para viver com qualidade de vida e não precisam fazê-lo. Começam a trabalhar depois que terminam os estudos universitários. Mas em países pobres, como o nosso Brasil, a realidade é outra. A partir dos 10 ou 12 anos, as crianças precisam trabalhar sim para ajudar nas despesas da família e para que se tornem pessoas de bem, de caráter. Como tantas outras pessoas que conheci, trabalhei de dia e estudei à noite. Tenho satisfação de ter começado a trabalhar com menos de dez anos. Aprendi muito nas diversas atividades que enfrentei. Pessoas que começam a trabalhar depois de adultos não têm experiência
  • 53. 53 de vida; são inseguros. O “Estatuto da Criança” deve ser revisto; não serve para as crianças do Brasil. Fraterno Maria Nunes Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/opiniao-do- leitor/coluna-do-leitor/criancas-precisam-trabalhar- bfwfo1c2s7xu2kkem23qmcbim TEXTO III
  • 54. 54 III Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo deste primeiro período, redija um texto correspondente ao gênero artigo de opinião em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema: REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: DILEMA OU SOLUÇÃO? O seu texto deverá ser destinado aos estudantes de ensino médio e também será publicado no blog “Nas Trilhas da Língua Portuguesa: o texto em foco”. Apresente propostas coerentes, selecione, organize, relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. TEXTO I TEXTO II
  • 56. 56  Instruções: - Desenvolva seu artigo com o mínimo de 15 e no máximo 30 linhas; - Dê um título sugestivo e criativo ao seu texto; - Defenda as ideias apresentadas através de uma dissertação integrada, coerente, organizada e estruturada; - Fundamente suas ideias com argumentos, sem sair do tema.  Critérios para a avaliação: Os avaliadores de atribuirão uma nota de 0 a 02 pontos em cada uma das cinco competências abaixo: 1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa; 2) Compreensão da proposta de redação; 3) Seleção e organização das informações; 4) Demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto 5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais.  Situações em que a redação pode serzerada ou anulada: 1) Fuga total ao tema; 2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa; 3) Texto com até 7 linhas; 4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto; 5) Desrespeito aos direitos humanos; 6) Redação em branco, mesmo com texto em rascunho. 7) Cópia do texto motivador Boa sorte!
  • 57. 57 __________________________________________________________ __________________________ 1_____________________________________________________________________ 2_____________________________________________________________________ 3_____________________________________________________________________ 4_____________________________________________________________________ 6_____________________________________________________________________ 7_____________________________________________________________________ 8_____________________________________________________________________ 9_____________________________________________________________________ 10____________________________________________________________________ 11____________________________________________________________________ 12____________________________________________________________________ 13____________________________________________________________________ 14____________________________________________________________________ 15____________________________________________________________________ 16____________________________________________________________________ 17____________________________________________________________________ 18____________________________________________________________________ 19____________________________________________________________________ 20____________________________________________________________________ 21____________________________________________________________________ 22____________________________________________________________________ 23____________________________________________________________________ 24____________________________________________________________________ 25____________________________________________________________________ 26____________________________________________________________________ 27____________________________________________________________________ 28____________________________________________________________________ 29____________________________________________________________________ 30____________________________________________________________________
  • 59. 59 Universidade Estadual da Paraíba- UEPB Programa de Iniciação à Docência-PIBID Coordenadora de Área: Magliana Rodrigues Supervisora: Alessandra Miranda Monitoras: Fernanda Félix, Flavia Roberta, Joseilma Barros, Roberlânia Barbosa. ATIVIDADE: Aimportância da __________________ para a vida Se existe algo ou alguém em que podemos depositar toda nossa confiança, é na nossa __________________. ____________ nos mostra o que é certo, indica os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional. Uma __________________ em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas __________________. É também no ambiente ____________ que conhecemos nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo, damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização. Por isso, é tão comum que nos _____________ como quem nos criou, como nossos _________ e ________, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes. Não podemos esquecer que cada um tem um papel fundamental dentro de casa, onde existem direitos e deveres, e todos devem cumprir com suas obrigações. Aí entra o respeito mútuo, a consideração pelos mais velhos, as tarefas domésticas, os deveres diários. Há situações em que toda responsabilidade do dia a dia e os serviços de casa ficam por conta da mãe, os filhos culpam os pais por não poderem presenteá-los com aquilo que desejam ou os irmãos vivem se desentendendo. Nestes casos, a __________________ permanece em desarmonia, sobrecarregando apenas um integrante, tornando instável a união do lar e a estrutura ___________. Certas situações podem causar grandes frustações em uma vida. Muitos definem a __________________ como sendo a “base de tudo”, uma expressão bastante utilizada para caracterizar o laço ___________ que vai além do sangue, sendo também emocional e espiritual. Mas esta base pode se desintegrar, desgastando e se tornando prejudicial. Então, é preciso preservá-la sempre. "Um bom relacionamento ____________ é a principal arma de combate às drogas e aos problemas emocionais". O psicanalista Evilázio Vieira ressalta que um bom relacionamento __________ é a principal arma de combate às drogas e aos problemas emocionais que acometem os adolescentes e os jovens. _______ explica que, a partir da adolescência, o indivíduo procura o ambiente fora de casa e os amigos para buscar aprovação e se identificar, e depois volta para o lar. Quando a __________________ tem uma base sólida e oferece amor e atenção, ele não sente necessidade de buscar uma fuga da realidade nas ruas, ao lado dos amigos; ele usa o ambiente externo de forma saudável. Mas, quando sua vida é instável no âmbito________, ele busca suprir na rua aquilo que lhe falta dentro de casa; neste caso, é onde tem início a dependência química, a rebeldia e o comportamento violento. Portanto, a __________________ é algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano. Sua ausência gera graves consequências. Pais e filhos precisam se manter unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com carinho, dedicação e fé, para que sua estrutura se mantenha forte e _____ indivíduos não caiam no mundo dos vícios e das futilidades.