Este documento descreve a teoria da aprendizagem por ensaio-erro de Edward Thorndike. Aprender é resolver problemas através de tentativas que levam a erros ou acertos. Thorndike observou que animais aprendem a associações entre estímulos e respostas por tentativa e erro. Ele formulou três leis da aprendizagem baseadas nisso: a lei do efeito, a lei do exercício e a lei da maturidade específica. A aprendizagem por ensaio-erro envolve eliminar gradualmente tentativas
1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE CHÓKWÈ
Trabalho Investigativo de IPP
Classe: 12ª Turma:B101 Curso Nocturno
Discentes:
Lavy Chichongue……….No 26
Marta Chaúque………….No 32
Nila Daude……………...No 33
Nilza Chaúque…………..No 41
Sandra Francisco ……….No 37
Docente: Almerante Mandavir
Chokwe, Setembro de 2022
2. Índice
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
2 TEORIAS DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTAS ......................................................... 4
2.1 A aprendizagem................................................................................................................ 4
3 APRENDIZAGEM POR ENSAIO-ERRO/TENTATIVA E ERRO ...................................... 5
3.1 Leis da aprendizagem...................................................................................................... 5
4 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 7
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 8
3. Aprendizagem por Ensaio-erro
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1 INTRODUÇÃO
A aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia. A razão deste interesse em investigar o
processo de aprender é clara: praticamente todo o comportamento humano é aprendido.
Não devemos pensar, entretanto, que é só o ser humano que aprende. Sabe-se hoje que todas as formas
mais organizadas de vida animal aprendem, mas a importância da aprendizagem é maior quanto mais
evoluída a espécie.
O número de comportamentos instintivos que garante a sobrevivência é cada vez menor à medida que se
ascende na escala evolutiva. Assim, apesar dos animais mais inferiores também aprenderem, suas
aprendizagens são de pequeno ou nenhum valor de sobrevivência. Esta lhes é garantida pelas reações
inatas de que é dotada a espécie.
O homem é a espécie animal mais evoluída e, como tal, é a que possui menor número de comportamentos
inatos, fixos e invariáveis. Por isso, o homem é o que mais depende da aprendizagem para sobreviver.
Precisamos aprender praticamente tudo: vestir, comer, andar, falar, etc. A lista de reações aprendidas no
ser humano é quase interminável e nela poderiam ser incluídos, como exemplos, os comportamentos de
dar “bom dia”, andar de bicicleta, gostar de pudim, atitudes raciais preconceituosas, ideais de vida, etc.
Começamos a aprender antes de nascer e continuamos a fazê-lo até a morte. É a capacidade de aprender
que torna possível às gerações tirar proveito das experiências e descobertas das gerações anteriores,
acrescentar sua própria contribuição e, assim, promover o progresso. Apesar disso, é um engano pensar
que aprendizagem leva, invariavelmente, a um crescimento pessoal e social. Não aprendemos somente os
comportamentos que nos tornarão melhores, mais capazes ou mais felizes. Também aprendemos
comportamentos inúteis ou prejudiciais.
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2 TEORIAS DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTAS
Para Davidoff (2006:258), na perspectiva behaviorista, a aprendizagem e um comportamento
observável, adquirido de forma automática através de estímulos e respostas.
O principal pressuposto da teoria é que a aprendizagem em geral e sinónimo de formação de
hábitos.
Os mecanismos centrais da formação de hábitos são o condicionamento e o reforço, que e a
satisfação que o individuo recebe como resultado de sua performance.
2.1 A aprendizagem
A aprendizagem é a modificação sistemática do comportamento por efeito da prática ou
experiência, com um sentido de progressiva adaptação ou ajustamento, ou processo de relação do
sujeito com o mundo externo e que tem consequências no plano da organização interna do
conhecimento.
Todas as formas mais organizadas de vida animal aprendem, tendo em vista que esta
aprendizagem garante a sobrevivência das espécies, no entanto, só lhes são garantidas as reações
inatas de que é dotada a espécie, levando-se à afirmação que “o homem é o animal mais
dependente da aprendizagem para sobreviver”. E é devido a essa capacidade de aprender que
torna possível às novas gerações tirar proveito das experiências e descobertas das gerações
anteriores e acrescentar novos conhecimentos, para, assim, promover o progresso.
A aprendizagem promove uma modificação no comportamento de forma que, em toda trajectória
de crescimento não desenvolvemos somente os comportamentos bons, também aprendemos
comportamentos inúteis e prejudiciais.
Por outro lado, não é só a aprendizagem que provoca alterações na conduta, também podemos
citar outros factores como maturação, comportamentos inatos e alterações causadas pelo próprio
organismo.
A aprendizagem de um indivíduo pode ocorrer de diversas maneiras:
Condicionamento simples;
Condicionamento operante ou instrumental;
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Ensaio-e-erro;
Imitação;
Discernimento ou “insight”; e
por raciocínio
3 APRENDIZAGEM POR ENSAIO-ERRO/TENTATIVA E ERRO
Edward L. Thorndike (1874-1949), (pai da Psicologia Educacional) psicólogo educacional dos
Estados Unidos da América, elaborou a teoria de aprendizagem por ensaio-erro baseada em
experiências de colocação de ratos e gatos em caixas-labirinto.
Para Thorndike, aprender era resolver um problema; a aprendizagem consistia em estabelecer
uma conexão, a nível do sistema nervoso, entre estímulo e reacção, conseguia após uma serie de
tentativas e erros.
3.1 Leis da aprendizagem
Os animais expostos em situação de descoberta de caminho correcto para chegarem ao ponto
onde se encontrava a saída e o alimento, agiram por tentativas, experimentando êxitos e fracassos
até terem sucesso.
Com base em várias experiências, Thorndike enunciou “as suas três leis da aprendizagem” que
giram a volta da ideia de que a aprendizagem anda associada a um esforço que e recompensado.
São elas: a lei do efeito, a lei do exercício ou frequência e a lei da maturidade específica.
Lei do efeito – uma associação é fortalecida ou enfraquecida em virtude de suas consequências
(recompensa e punição);
Lei do exercício ou frequência – as associações entre estímulo e resposta são fortalecidas com a
prática ou repetição dessas associações; “exercitar uma conexão entre um estímulo e uma
resposta fortalece-a; não exercitar tal conexão durante um certo período a enfraquece”;
Lei da prontidão (maturidade especifica) - se um organismo estiver preparado para estabelecer a
conexão entre o estímulo e a reacção, o resultado será agradável e a aprendizagem efectuar-se-á;
caso contrário, o resultado não será agradável e a aprendizagem será inibida.
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Com efeito, o que observamos nas experiências da caixa problema de Skinner foram
interpretados por Thorndike como aprendizagem por ensaio-erro, pois o rato, inicialmente, fez
vários movimentos às cegas na gaiola e, por acaso, pisou a alavanca que despoletou o alimento.
Estas tentativas passaram a diminuir à medida que o animal passou a estabelecer uma relação
entre pisar a alavanca e obtenção de alimento. O animal passou a pisar directamente a alavanca
sempre que tinha fome.
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4 CONCLUSÃO
Depois da elaboração do presente trabalho concluímos que a aprendizagem por ensaio-e-erro,
estudada primeiramente por Edward Lee Thorndike, é um tipo de aprendizagem que se
caracteriza por uma eliminação gradual dos ensaios ou tentativas que levam ao erro e à
manutenção dos comportamentos que obtiveram efeito desejado.
Este estudioso considera que o organismo tende a repetir a reacção do efeito agradável,
permitindo, portanto, ao indivíduo que este aprenda reinterpretando seus erros e acertos,
compreendendo as razões estruturais que o tornaram possível.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAVIDOFF L.L. Introdução a Psicologia. Pearson Macron Book, Brazil; 2006.
MWAMWENDA, T.S. Psicologia Educacional,Uma Perspectiva Africana. Maputo, Text
Editores, 2005. págs.164-179.
RODRIGUES, A. & BILA, L. V. Módulo de Psicologia de Desenvolvimento e de
Aprendizagem. Maputo. Universidade Pedagógica. S/d.