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Resumosde GeografiaA – 10ºano
MóduloInicial- A posição de Portugal na Europa e no Mundo
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Território- espaçoterrestre,marítimoe aéreosobre o qual os órgãospolíticosde um país
exercemosseuspoderes.
Constituiçãodo território Português
 Portugal Continental
 ArquipélagodaMadeira
 ArquipélagodosAçores
 Portugal temuma superfície de 92117 km2
:
 Portugal continental:88967 km2
 Açores2322 km2
 Madeira828 Km2
Maior distância:Norte-Sul:560 km
Este-Oeste:220km
Região autónoma: territóriocomum sistemade organizaçãopoliticaque possui liberdade
para se governarpelassuasprópriasleis,emboracomalgumadependênciarelativamenteao
Estado-Soberano
Regiõesautónomas:
 Açores
o Grupo oriental (este) –Santa Maria e SãoMiguel
o Grupo Central – Terceira,Graciosa,São Jorge,Picoe Faial
o Grupo Ocidental- Florese Corvo
 Madeira
o Madeira
o PortoSanto
o IlhasSelvagens
o Ilhasdesertas
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Organização administrativa de Portugal
O território português encontra-se organizado administrativamente em duas Regiões
Autónomas (Açores e Madeira) e em 18 distritos no continente. Cada distrito divide-se em
concelhose cada concelhoemfreguesias.
Cidadania - vínculojurídico-políticoque,traduzindoapertinênciade umindivíduoaum
estado,oconstitui,perante esse estado,numconjuntode direitose obrigações;
Distrito- corresponde auma circunscriçãoterritorial bemdelimitada,que possui um
representantedogoverno(18distritos)
Concelho- Constitui umasubdivisãodosdistritos(308concelhos)
Freguesias– Circunscriçãoadministrativaemque se subdivide oconcelho (4257 freguesias)
NUT- nomenclaturadasunidadesestatísticasterritoriais(página1figura1)
Localização absoluta de Portugal Continental,e das suas respetivasilhas:
Portugal continental apresenta uma latitude compreendida entre os 36º57’ N (cabo de
Santa Maria) e os 42º9’ N (foz do rio Trancoso) e uma longitude que varia entre os 6º 12’ O
(fozda ribeiraCastro) e os 9º 30’ O (caboda Roca).
O arquipélago dos Açores localiza-se a uma latitude que varia entre os 36º 55’ N e os
39º 43’ N e a uma longitude compreendidaentre osvalores24º 46’ O e 31º 16’ O.
O arquipélago da Madeira localiza-se a uma latitude que varia entre os 30º N e entre
os valores16º O e os 17º O de longitude.
Localização relativa de Portugal Continental,e das suas respetivasilhas:
Portugal continental apresenta uma localização periférica relativamente ao continente
europeu. Localiza-se no extremo sudoeste da Europa e da península Ibérica e é no cabo da
Roca que se pode encontraro pontomaisocidental de todoocontinente.
O arquipélago dos açores e o arquipélago da Madeira localizam-se, relativamente a
Portugal continental,aoeste e asudoeste,respetivamente.
Pontos extremosna Europa:
Norte:O cabo Norte (naNoruega) 72 º N
Sul:A ilhacreta (naGrécia) 35ºN
Oeste:Ocabo da Roca (emPortugal) 10ºO
Este:Os montesUrais (naRússia) - 60ºE
Finisterra– ponta ou cabo que termina uma região
Importância geoestratégicados Açores:
A sua localização(1/3 entre Europa e América) confere-lhe uma posição geoestratégica
de enorme importânciaemtermosmilitares(base dasLajes).
Página4
Norte Atlântico:
Clima: influência atlântica, mais húmido, menores amplitudes térmicas
do que o Norte Transmontano
Relevo:maiordensidade nosprincipaiscentrosmontanhosos
Vegetação:Folhacaduca
Norte transmontano:
Clima: influênciacontinental,elevadasamplitudestérmicasanuais,
baixosvaloresde precipitação(emparticularnovale dodouro)
Relevo:regiãoonde predominaosplanaltos
Vegetação:vegetaçãomediterrâneanovale dodouro,e principais
Afluentes,nasregiõesde altitude maiselevadadominamocastanheiro
Sul:
Clima: tipicamentemediterrâneo,verõesquentese secose invernos
frescose húmidos
Relevo:regiãoplanaonde se localizamasbaciasdo tejoe do sado,a
Planície alentejana
Vegetação:vegetaçãomediterrânea(oliveirase azinheiras)
EFTA- European Free Trade association
(associaçãoEuropeiade comérciolivre)
Foi criada em1959, com assinaturadoTratado De Estocolmo.A condiçãoespecial que
Portugal conseguiujuntodaEFTA,permitiu-lhealgumasvantagens,nomeadamente noque
respeitaaocomércioexternoe que se concretizanumaumentodasexportações.
Paísesfundadores:ReinoUnido,Áustria,Dinamarca,Noruega,Portugal,Suíçae Suécia
Objetivosda EFTA:
 Expansãoconstante daatividade económica
 Plenoemprego
 Aumentodaprodutividade
 Exploraçãoracional dosrecursos
 Estabilidade financeira
 Melhoriacontínuado nível de vida

Importância da assinatura do tratado de Roma:
Assinadoem25 de Março de 1957: este tratadopreviaa criação de um mercado
internoque tinhaquatroobjetivosprincipais:asseguraralivre circulaçãodaspessoas,das
mercadorias,dosserviçose doscapitaisnosestados-membros
Paísesfundadoresda CEE: Alemanha,Bélgica,França,Itália,Luxemburgo,e PaísesBaixos
Página5
Mercado comum – (estabelecimentode ummercadolivre de direitosentre estesestadoscom
uma pautaexternacomum)
Alargamentos:
1ºalargamento(1978) – ReinoUnido,Irlanda,Dinamarca
2º Alargamento(1981) – Grécia
3º Alargamento(1986) - Portugal e Espanha
4ºalargamento(1995) - Suécia,Finlândia,Áustria
5ºalargamento(2004) – Eslováquia,RepúblicaCheca,Polónia,Letónia,Eslovénia,Hungria,
Chipre,Malta,Lituânia,Estónia.
6ºalargamento(2007) – Roménia,Bulgária
Importância do tratado de Maastricht
O objetivoeracriaruma economiaunificada,poispelaprimeiravezultrapassavao
objetivoinicial dacomunidade de constituir ummercadocomume dá-lhe umavocaçãode
únicapolitica,consagradooficialmente onome de UE, que a partir dai substitui ode CEE.
Diferençasentre CEE e UE
CEE (comunidade económicaeuropeia) que foi instituídopelotratadoque Romaque pretendia
a criação de ummercado comumeuropeu,que facilitasseastrocas comerceiaporessaviao
crescimentoeconómico;
UE foi instituídapelotratadode Maastricht com esse tratadoassinalou-se umanovaetapano
processode criação de uma uniãocada vezmaisaprofundavaentre ospovosda Europa,em
que as decisõesserãotomadasaonível + próximopossível doscidadãos.Outraconsequência
deste tratadofoi a criação de umanova moedaúnica – o euro.
Importância do euro- vantagens:
 Maior facilidade de comparaçãode preços
 Mais segurançae maisoportunidadesparaasempresase osmercados
 Maior estabilidade e crescimentoeconómico
 Mercados financeirosmaisintegrados
 Maior pesoda UE na economiamundial
 Um símboloconcretoda identidade europeia
Importância das relaçõesentre Portugal e as comunidadesde emigrantes:
Portugal deve continuaradefenderasualíngua,costumese tradiçõesportuguesas
atravésdos paísesemque se encontramemigrantesde línguaportuguesa
Importância da CPLP (comunidade de paísesde línguaportuguesa) – preservare difundira
línguaportuguesa
Paísesque a constituem:Brasil,Angola,Moçambique,CaboVerde,SãoTomé e Príncipe,
Guiné-Bissau,Portugal e Timor-Leste.
Página6
ObjetivosCPLP:
 Consolidaraidentidadecultural e nacional e plurinacional dospaísesde LP
 Incentivaracooperaçãoeconómica,social,cultural,jurídica,e técnico-científica
 Promovere enriqueceraLP
 Melhorintercâmbiocultural e adifusãodacriação intelectual e artística
 Aprofundaraconcertação da políticadiplomáticaemtermosde relações
internacionais
Paísesque constituemPALOP: Angola,Cabo-Verde,Guiné-Bissau,Moçambique,e SãoTomé e
Príncipe
ONU- fundada em 1945, na sequência da II Guerra Mundial, com o objetivo de criar condições
para a manutenção da paz e da segurança no mundo, zelar pelos direitos fundamentais do ser
humanoe contribuirparao progressoeconómico,tecnológico,científicoe cultural.
Portugal passoua integrareste organismoem1955.
NATO- A Organizaçãodo Tratado do AtlânticoNorte porvezeschamadaAliançaAtlântica,é
uma aliançamilitarintergovernamentalbaseadanoTratadodo AtlânticoNorte que foi
assinadoem4 de Abril de 1949. O quartel-general daOTAN estálocalizadoemBruxelas,na
Bélgica,e a organizaçãoconstitui umsistemade defesacoletivanaqual osseusEstados-
membrosconcordamcom a defesamútuaemrespostaa umataque porqualquerentidade
externa.
Outras organizações:
 OCDE (organizaçãopara a cooperaçãoe desenvolvimentoeconómico)
 OIT (organização internacional dotrabalho)
 FAO(ONU) para a agriculturae alimentação
 UNESCO (ONU) – educação,ciênciae património
 OMS- organizaçãomundial de saúde
 OMC – organizaçãomundial docomércio
Página7
Tema 1 – A população portuguesa,utilizadorade recursos e a organizadora de espaços
Unidade 1.1 A população: evoluçãoe diferençasregionais
População absoluta de um território – nº total de habitantesde umlugar
Para a contabilizarfaz-se censos
Censosou Recenseamentos- contagemde todososhabitantesdopaís,por sexo, idade,
distribuição,geográfica,e característicassocioeconómicas;
Paísesdesenvolvidos –Paísesque temalto nível de desenvolvimentoeconómicoe social;Os
paísesde desenvolvimentoapresentamumIDHe PIB elevados.Nestespaísesgeralmente os
setoresterciáriose quaternáriospredominamnaeconomia;
Paísesem desenvolvimento –Paísesque apresentamumabase industrial em
desenvolvimentoe umIDH geralmente baixo.Nestespaísesosetorprimáriopredominana
economia;
Diferentesfasesdomodelode transição demográfica:
o Fase 1
 Própriadas sociedadesmaisprimitivas;
 A populaçãoestabiliza,comvaloresmuitoelevadosde natalidade e de
mortalidade;
 Valoresde natalidade rondamos40% com valoresmuitoconstantes;
 Valores de mortalidade muitoelevados, masporvezesmuitoirregulares;
o Fase 2
 Característicados paísesem iníciodoprocessode desenvolvimento;
 Manutençãodos valoreselevadosde natalidade;
 Declínioacentuadodamortalidade,devidoàmelhoriadascondiçõesde
higiene e de saúde;
 Crescimentodapopulaçãoaum ritmoacelerado;
o Fase 3
 Própriade países emplenoprocessode desenvolvimento;
 Declínioacentuadodanatalidade,aqual desce para valorespróximosde 10%
 Manutençãode valoresbaixosde mortalidade,devidoàsmelhoriasda
assistênciamédica;
 Estabilizaçãodocrescimentonatural,comvaloresmuitobaixosnanatalidade
e na mortalidade;
o Fase4
 Própriade países que iniciarammuitocedoeste processode transição
demográfica;
 Valoresexcessivamente baixosde natalidade,podendoserinferioresaosda
mortalidade;
 Valoresde mortalidade muitobaixos,comtendênciaparauma ligeirasubida,
devidoaoenvelhecimento;
 Estagnação ou reduçãoda população
Página8
Evolução da população portuguesa no séculoXX
No períodoanterior a 1950 a populaçãoportuguesaregistouumgrande crescimento
(elevadataxade crescimentonatural),àexceçãodoperíodoentre 1911 e 1920 devidoà1ª
Guerra Mundial,à gripe pneumónicae a alteraçõespolíticasnasequênciadaimplantaçãoda
república.
Entre 1950 e 1960 a revoluçãodemográficaportuguesacomeçaaprocessar-se,ainda
que Portugal tenhasidoaté à década de 60, um dospoucospaíses da Europaque não sofreuo
processode envelhecimentodapopulação,apresentandoumapopulaçãojovem.
Os fatores que contribuíram para esta situação foram:
-característicasrurais
-influênciadaigrejaCatólica
-baixonúmerode mulheresatrabalharfora de casa
-O reduzidousode métodoscontracetivos,bemcomo,de consultasde
planeamentofamiliar,..
Entre 1960 e 1970 começoua registar-se pelaprimeiravezneste séculouma
diminuiçãodapopulação.
Para esta muitocontribuíram:
-emigração
-guerracolonial
-alterações socioculturais(utilização de meios contracetivos,maior
númerode mulheresnomercado de trabalho)
Entre 1970 e 1981 regista-se umgrande crescimentodemográfico,
Devidoa vários aspetos,nomeadamente:
-fimdaguerra colonial
-fimdosurto migratório
-regressoalgunsemigrantes
-regressodapopulação“retornada”de África
Entre 1981 e 1991, a populaçãoportuguesapassoupor umafase de estagnação,um
reflexodadiminuiçãodanatalidade.
Entre 1991 e 2001 a populaçãoportuguesaaumentouligeiramente ultrapassandoos
10 milhões,asbaixastaxasde crescimentonatural foramcompensadaspelosurtomigratório
proveniente de Áfricae dospaísesda Europa de Leste.
Atualmente continua…
 Baixataxa de mortalidade
 Baixataxa de natalidade
 Aumentodaesperançamédiade vida
Natalidade – nº de nascimentosque ocorrememdeterminadolugarnum determinado
períodode tempo
Taxa de natalidade - númeromédiode nados-vivosporcada 1000 habitantes
Página9
=
NATALIDADE
POPULAÇÃO TOTAL
x1000
Taxa de fecundidade -
NASCIMENTOS
TOTAL DE MULHERES DE 15/49
x1000
Índice sintéticode fecundidade –nº médiode filhosporcada mulher
Índice de renovação de gerações – nº médiode filhosque cadamulherdeveriaterpara
assegurara substituiçãode gerações
Variação da taxa de natalidade
-Ospaísesde TN maiselevadalocalizam-se normalmente nosÁfricae noMédio
Oriente (paísesemdesenvolvimento)
-Ospaísescom TN mais baixa,localizam-se ondeexiste ummaiordesenvolvimento
nomeadamente nohemisférionorte,casodaUE e dosEUA. (paísesdesenvolvidos)
Natalidade no sei europeu
Portugal registaumvalormuitoidêntico àmédiada UE, no entantoexistemoutros
paísesque emboracom valoresbaixosjámelhoraramligeiramentedevidoaoincentivoda
natalidade.
Evolução da taxa de natalidade
A taxade natalidade temvindoadiminuirdesde 1960, atingindooseumínimo,10.4%
em2004. Numprimeiroperíodo,entre 1960 e 1991 o decréscimofoi muitoacentuadode
24.2% para 11.8%, posteriormente de 1991 a 2004, a taxa de natalidade continuouadiminuir
emborade forma maisgradual de 11.8% para 10.4%
Fatores:
 Emancipaçãoda mulhere a sua entradapara o mundodotrabalho
 Acessoao planeamentofamiliare ageneralizaçãodocontrolodanatalidade
 Aumentodaidade docasamento
 Mudança de mentalidades
 Aumentodonível de instruçãoe o alargamentodo períodode escolaridade
obrigatório
As regiõesdolitoral,Algarve,Norte,Madeirae Açoressãoas que têmmaior
TN atualmente e asdo Interiorasque têmvaloresmaisbaixos.
Mortalidade- nº de óbitosque ocorrememdeterminadolugarnumdeterminadoperíodode
tempo;
Taxa de mortalidade- A taxa de mortalidade permite-nosconheceronúmeromédiode óbitos
por mil habitantes.
=
MORTALIDADE
POPULAÇÃO TOTAL
x1000
Mortalidade infantil – nº de óbitosde crianças com menosde 1 ano de idade.
Página
10
Taxa de mortalidade infantil- nºde óbitosde criançascom menosde um ano de idade
observadonumdeterminadoperíodo,referindoaonº de nadosvivosdomesmoperíodo
(habitualmente expressaumnúmerode óbitosde criançascommenosde 1 ano por 1000
nados-vivos)
=
Nº DE CRIANÇAS FALECIDAS DE UM ANO DE IDADE
Nº DE NADOS VIVOS
x1000
Variações da mortalidade:
-Taxasmaiselevadasocorremnospaísesmenosdesenvolvidos,nomeadamentenos
continentesafricanoe asiático,onde se registamproblemasde alimentaçãoe noscuidadosde
saúde;
-Ospaísesdesenvolvidosregistamvaloresestáveis,umavezque oenvelhecimentoda
populaçãoe a morte natural da velhice sãocompensadospelaexcelênciadoscuidadosde
saúde e dos níveisalimentares.Portugal estáinseridoneste grupo.
Portugal no seioda Europa – TM & TMI
Apesardospróximosvaloreseuropeus,Portugalem2001 apresentavaumvalor
ligeiramente superioràmédiada UE, issodeve-se aomaiordesenvolvimentodosnossos
parceiros,que se traduznuma melhorassistênciamédica,e noacompanhamentoaosidosos.
Na TMI, apesarde Portugal continuara serum dospaíses com maiorTMI na UE,
Portugal temregistadoaolongodostempos,umelevadodecréscimodaTMI.
Evolução em Portugal
 Taxa de Mortalidade
Entre 1960 e 2004 não evidenciaalteraçõessignificativas,diminui de 10,4% para
9.7% tendoatingidoummáximode 10.5 em1991;
 Taxa de Mortalidade Infantil
A taxade mortalidade infantildiminui drasticamente desde 1950 atingindoo
seumínimo4.1% em 2004. Numperíodoentre 1950 e 1991, o decréscimofoi
muitoacentuadode 14.9% para 10.9% posteriormente de 1991 a 2004 a TMI
continuaa diminuir,emborade formamaisgradual passandode 10.4% para 4.1%
Fatores para a diminuiçãoda TM:
 Melhoriadoshábitosalimentares
 Cuidadosde saúde maiseficazes
 Melhoriadascondiçõese de hábitosde higiene
 Melhoriadascondiçõesde trabalho(segurançanotrabalho)
Fatores para a diminuiçãoda TMI:
 Generalizaçãode umarede de assistênciamaterno-infantilque permitiu
melhoraro acompanhamentodasgrávidas(realizaçãode examesde
diagnóstico,análises, ecografias)e dosbebésnosprimeirosanosde vida
 Realizaçãode partosemhospitais
 Generalizaçãodavacinainfantil
Página
11
Contrastes regionais:
Taxa de mortalidade:
Os valoresmaiselevadosregistam-senocentroe no sul do território,atingindoo
máximoemPinhal InteriorSul (16.5%) e osvaloresmaisbaixoslocalizam-senoNorte
(sobretudonoLitoral,sendoomínimonaregiãoAve)
Taxa de mortalidade infantil:
Os valoresmais elevadosencontram-se naregiãoNorte (sobretudointerior),no
AlentejonaMadeirae nosAçores,atingindoomáximonaMadeira(7%).Os valoresmais
baixoslocalizam-se naregiãocentroe regiãoLisboa,sobretudonoLitoral,sendoaregião
Pinhal Litoral que apresentaovalormínimo
Crescimentonatural = natalidade –mortalidade
Taxa de crescimentonatural= taxa de natalidade –taxa de mortalidade
Saldo migratório= imigrantes –emigrantes
Crescimentoefetivo=crescimentonatural +saldomigratório
Taxa de crescimentoefetivo =
CRESCIMENTO NATURAL+SALDO MIGRATÓRIO
POPULAÇÃO ABSOLUTA
x1000
Emigração- saída de pessoasparaum país estrangeiro.
Imigração- entradade populaçãoestrangeiranumpaís.
Consequênciasdaemigração
PARA O PAÍS DE ORIGEM PARA O PAÍS DESTINO
POSITIVAS NEGATIVAS POSITIVAS NEGATIVAS
 Entrada de
divisas
 Difusãode novas
ideiase costumes
 Concentração
fundiária,porque
os agricultores
que migram
acabam por
venderas
explorações
agrícolas
 Perdade mão-de-
obra com plena
capacidade
produtiva
 Desequilíbrio entre
os sexosjáque
grande parte dos
emigrantesé
formadapor
homens
 Envelhecimentoda
populaçãoe
diminuiçãodataxa
de natalidade
 Aumentoda
disponibilidadede
mão-de-obra
 Rejuvenescimento
da populaçãoque
se revelanuma
maiorcapacidade
empreendedorae
na dinamizaçãoda
economia.
 Aumentodas
taxasde
desemprego
 Problemas
habitacionais
que levamà
proliferação
de bairrosde
lata e de
bairros
clandestinos
Página
12
Taxa de crescimentonatural nos PD e PDE:
Se a populaçãoaumentaanível mundial é graças ao contributodosPED que
apresentamaindavaloreselevadosde taxade natalidade,nosPDocrescimentonatural já
apresentavaloresnulosounegativos.
+no contexto europeu:
Os valoresdataxa de crescimentonatural emPortugal sãoidênticosà médiadaUE.
Existempaísescomsituaçõesmaisgraves,ex.:Bulgáriae Hungria.
Evolução da Taxa de crescimentonatural em Portugal
Temacompanhadoa descidada TN, peloque temdiminuídosignificativamentedesde
1960, quandoo valorera de 13,37% para em 2001 serapenasde 0,7%.
Apesardeste decréscimoPortugalcontinuaaapresentarumcrescimentonatural
positivo.
Diferençasregionaisda taxa de crescimentonatural:
Litoral (crescimentopositivoounulo) e ointerior(comtodasasregiõesaregistarum
crescimentonegativo);
Evolução da taxa de crescimentoefetivoemPortugal
A T.C.E temvindoa descerdevidoà quebradanatalidade relativamente àtaxade
crescimentoefetivodepoisde tersidofrancamentenegativonosanos60 e iníciodos 70 (o
valormínimoregistou-se em1966, com -0.84%) emresultadodaemigraçãopara a Europa.
Portugal conheceuumarecuperaçãonoperíodode 1975 a 1985 com o resultadodoregresso
das populaçõesdasex-colóniase dofimdo surtomigratório.
Nosanos 90, Portugal passoude umpaís de origemde emigrantesparaumpaís de
destinomigratório.
Contrastes regionaisassociadosà taxa de crescimentoefetivo:
No litoral,ataxade natalidade é maiselevada,devidoà concentraçãopopulacional
nessasregiões,emcontrapartidaointeriorestáaficardesertificado devidoaosfluxos
migratóriosdaspopulaçõesjovens.
Há mais imigraçãonolitoral porque sãoregiõesmaisricase há maisoportunidadesde
emprego.
Esperança média de vida- nº médiode anosque uma pessoaà nascençapode esperarviver,
mantendo-se astaxasde mortalidade poridadesobservadonummomento
Envelhecimentodemográfico- aumentodaproporçãode pessoasidosasnoefetivototal das
pessoas.
Qualidade de vida- noção complexae subjetivarelacionadacoma satisfaçãodasnecessidades
do domínioeconómico,social,psicológicoe ambiental.Podesersinónimode confortoe de
bem-estar.
Esperança média de vida a nível mundial:
-Ospaísesdesenvolvidosonde aEMV ronda os77 anosde idade consequênciadas
melhorescondiçõesde saúde e apoioà3ª idade (Japão,EUA,UE)
-Ospaísesmenosdesenvolvidosonde aEMV ronda menosde 50 anos consequência
das carênciasalimentares,doscuidadosde saúde e de conflitos(África)
Página
13
+Na europa:
Portugal temuma esperançamédiade vidanos78.17 anos,sendode 74.84 para os
homens,e de 81.3 para as mulheres.Portugal estádentrodaesperançamédiade vidadaUE.
Fatores para o aumentoda EMV:
-alimentaçãomaisricae variada
-cuidadosde saúde maiseficazes
-avançosna medicina
-assistênciaaosidosos
-Melhorqualidade de vida
Contrastes Regionais
No litoral registam-se osvaloresmaiselevadosde EMV,devidoao acessoaos
melhorescuidadosmédicos.Nointeriorregistam-se osmaisbaixosdevidoaausênciadeste
fator.
Estrutura etária-Distribuiçãodapopulaçãoporidadese sexos
Grupo etário- grupode idades:grupode jovensaté aos14 anos,grupo dosadultosde 15 aos
64, e o grupode idososde 65 e maisanos.
Classe etária- grupode indivíduosque apresentamidadesmuitopróximas
Na estrutura de uma população há três grandesgrupos etários:
-Jovens(0-15anos)
-Adultos(15-64anos)
-Idosos(+65anos)
Tipos de pirâmidesetárias
-Pirâmide Jovemoucrescente:Base largae topoestreito,paíspoucodesenvolvidocomTN
elevadae baixaEMV
-Pirâmide AdultaouTransição:Zonacentral tão larga quantoa base,país em desenvolvimento
com uma ligeiraquebranaTN
-Pirâmide IdosaouDecrescente:Base estreitae Topolargo,país desenvolvido,baixaTN e
elevadaEMV
-Pirâmide rejuvenescente:IdênticaàIdosa,ligeiroaumentonalargurada Base fruto das
políticasnatalistas
Classe Oca: É o nome que se dá a uma classe que é menordo que aquelaque representao
escalãoetáriosuperior.
Evolução da estrutura etária emPortugal
Foi até à década de 60 um dospoucospaíses a possuirumapopulação
predominantemente jovem.
Para este facto contribuíram:
-característicasrurais
-poucadifusãodosmétodoscontracetivos
Página
14
-fraca presençade mulheresnomercado de trabalho
-a elevadanatalidade
Na década de 60 verificou-se algumaalteraçãocomoconsequênciadaguerracolonial
e da emigração.
Na década de 70 verificou-se maisuma alteração como consequênciado:
-êxodorural
-alargamentodaescolaridade obrigatória
-alterações domodode vida
Atualmente a pirâmide de Portugal é idosatendocomofatores:
-diminuiçãonatalidade
-diminuiçãomortalidade
-aumentodaEsperançaMédia de Vida
Estrutura etária portuguesa pós integraçãona UE
Acentuou-se oenvelhecimentodapopulação,verificando-se umclaroestreitamento
da base,diminuiçãode jovense umalargamentonaparte médiae superiorda pirâmide que
corresponde aoaumentodonº de adultose jovens.
Possíveiscenáriosno futuro da Estrutura etária portuguesa
Dá continuaçãoà evoluçãoiniciadaem1981: tendênciaparao envelhecimentoda
população.
Estrutura etária portuguesa no contextoeuropeu
A nossaestruturaetáriaestámuitoparecidacom os outrosPD, ousejaidosa e
decrescente.
Contrastes regionaisna Estrutura etária portuguesa:
Mais idosos:regiãocentroe Alentejo
Mais jovens:Norte e regiõesautónomas
Êxodo rural: expressãoque evocaapartida emmassadas populaçõesruraisparaas cidades
Relação de masculinidade:nºde homensporcada 100 mulheres
População ativa:
Considera-seapopulação ativao conjuntode indivíduoscomidade mínimade 15 anos
que constituemmão-de-obradisponível paraa produçãode e de serviçosque entramno
circuitoeconómico.Englobaosempregadose osdesempregados.
Geralmente ototal de ativose inativos temsidosemelhante,mascomcerta tendência
para uma crescente superioridaderelativados ativos.
Populaçãoativa
População
empregada
População
desempregada
Página
15
Estrutura da População Ativa: Distribuiçãodos ativospelossetoresde atividade(primário,
secundárioe terciário)
Setores:
 Primário(agricultura,pecuária,pesca,silvicultura,exploraçãomineira)
 Secundário(construçãocivil,indústria,fornecimentode água,gáse eletricidade)
 Terciário(comércio,transportes,telecomunicações,turismo, serviços)
 TerciárioSuperiorou Quaternário(tecnologias,profissõesliberaise de investigação)
Evolução da população por setores:
-diminuição dapopulaçãoa trabalharno setorprimárioà medidaque opaís se vai
desenvolvendo(mecanização)
-aumentoinicial daatividade secundáriae posteriordiminuiçãoemfunçãodos
avançostecnológicos
-aumentogradual daatividade terciárioà medidaque osoutrossetoresse vão
modernizandoe incorporandomaisserviços
 NosPED o setor predominanteé osetorprimário,e secundárioà medidaque
se vão industrializando.NosPDossetorespredominantessão: oterciário e o
secundário,tal comose verificaemPortugal.
Taxa de atividade –Relaçãoentre a populaçãoativae a populaçãototal
=
POPULAÇÃO ATIVA
POPULAÇÃO TOTAL
x100
Contrastes regionais:
 Regiãode Lisboae Vale doTejo:Apresentavaloresmaispróximosdos países
desenvolvidos,baixosetorprimário,presençaimportante dosecundárioe
maioritariamente terciário.
 RegiõesAlgarve e Madeira:grande presençasetorterciário,frutodoturismo
 RegiõesAlentejoe Açores:Predomínio dosetorterciário,masumapresençaainda
significativadosetorprimário
 RegiãoNorte:Setorsecundárioidênticoaoterciário
 RegiãoCentro:Distribuiçãomaisequilibrada,presençassignificativasde todosos
setores,compredomíniodoterciário
Qualificação profissional:conjuntode aptidões,conhecimentos,certificaçõese experiências
adquiridasque permitemexerceruma determinadaprofissão.
Analfabetismo- nãosaberescrevernemler.
Taxa de analfabetização - Percentagemde pessoasque NÃOsãocapazesde ler,escrevere
compreenderumtextosimples;
=
POPULAÇÃO ANALFABETA
POPULAÇÃO TOTAL
X100
Alfabetismo- saberlere escrever
Taxa de alfabetização- Percentagemde pessoasque sãocapazesde ler,escrevere
compreenderumtextosimples;
=
POPULAÇÃO ALFABETA
POPULAÇÃO TOTAL
X100
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Taxa de escolarização- proporção da populaçãoresidenteque estáafrequentarumgrau de
ensino,relativamente aototal dapopulaçãoresidente dogrupoetáriocorrespondente às
idadesnormaisde frequênciadesse graude ensino;
=
NÚMERO DE ESTUDANTES NUM NIVELDE ENSINO
POPULAÇÃO PERTENCENTEA ESSE NIVEL
X100
Portugal comparativamente à EU
O baixonível de escolaridadee afalta de qualificaçõesprofissionaisdapopulação
portuguesa- frutode atrasosacumuladosdopassado- colocaPortugal na cauda da UE.
A médiadonº de anosde escolaridade naUE é de 8,2 anos,enquantoPortugal é de
5,9%, contrastandocom a Suéciaque é de 11,4%
Evolução do grau de instrução em Portugal
Apesarde continuaratrasadorelativamenteaospaísesmaisdesenvolvidosdaEuropa
e doMundo, Portugal temregistadoumagrande evoluçãoemtermosdosníveisde instrução
da sua população.
Em 1960 a quantidade de populaçãosemensinoprimário,atingiaos60%, enquantoo
ensinosuperiorse limitavaaapenas0,6% da população
Em 2001, semensinoatinge 12% e quantoao ensinosuperior6% comcurso já
concluídoe 4% a frequentar.
Estesvaloresindiciamumafrancamelhoriadosníveisde instruçãoparaos quaiscontribuem
fatorescomoo alargamentoda escolaridade obrigatória,que erainicialmente de 4anos (até
1964) passandopara6 anos (até 1973) e de 8 anos (entre 1973 e 1986), e depois9 anos,e
atualmente 12 anos.
Outro fatorimportante é a valorizaçãosocial dainstruçãoe a penalizaçãodotrabalho
infantil.
Vários problemasda população portuguesa:
-envelhecimentodapopulação
-declíniodafecundidade
-Baixonível educacional
-Desemprego
Envelhecimentodapopulação no mundo:
-Ospaísesdesenvolvidos,comvaloressuperioresa15% (Europa,AméricadoNorte,Oceâniae
Japão)
-Ospaísesmenosdesenvolvidos,comvaloresinferioresa10% (Ásiae África)
-Ospaísesem desenvolvimento,comvaloresentre os10 e os 15% onde existempolíticasde
diminuiçãodanatalidade.
Índice de envelhecimento- percentagemde indivíduos(com+de 65 anos) relativamente aonº
de jovens(comidade inferiora15 anos)
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Evolução do índice de envelhecimentoemPortugal
A populaçãoidosaportuguesatemvindoacrescerde forma consciente,nosúltimos70
anos, essatendênciadeverámanter-seaté 2020, anoem que cada 2 em10 portuguesesterão
maisde 65 anos.
De acordocom os dados apresentadosnoIIIcongressode demografia,enquantoem
1941 existiam505600 idosos,em2002 estavamrecenseados1735542 o que significaum
crescimentode 243% valormuitosuperioraocrescimentodapopulaçãototal que foi de 34%.
Assim,enquantoem1941 as pessoascommaisde 65 anosrepresentavam6.5% da
populaçãoem2002 elaspassarama representar16.7% e em2020, estima-se que representam
19.2%
Contrastes regionais:
 Em todo o interiore aindaemalgumasregiõesdolitoral centroe sul,o índice
ultrapassaos100% sendoovalormais altona BeiraInteriorsul com218,9%
 No litoral,especialmente noNorte,e aindamaisnasregiõesautónomasdosAçorese
da Madeira,assiste-se aumclaro predomíniodosjovensrelativamente aosidosos,a
causa destesvaloresassentananatalidade que é muitosuperiornestasregiões
 A Grande Lisboae a penínsulade Setúbal,assimcomooAlgarve,apresentamvalores
intermédios,emconsequênciadaatração de populaçãoemidade jovemque se
deslocapara estasregiõesembuscade empregoe qualidade de vidasuperior,oque
minorao processode envelhecimento
Índice de DependênciaTotal - % de não ativosemrelaçãoaos ativos
Índice de Dependênciade idosos- %de idososemrelaçãoaonº de ativos
Temregistadoumaevoluçãoregular,passandode 12,7 (anos60) para 24% em2001.
Índice de Dependênciade jovens- %de jovensemrelaçãoao nº de ativos
Temregistadoumadescidade 46% para 23%, ou seja,cerca de metade.
 A populaçãoinativatem vindosempre aaumentardevidoàpopulaçãoidosa,issovai
originarproblemaseconómicos,oque tambémnãofavorece apopulaçãojovemque é
cada vezem menornúmero.Nofuturose estavariação nãose alteraros jovensvão
ter problemasemcriatividade e inovação
Consequênciasdoenvelhecimento:
 Aumentodoíndice de dependênciade idososfazcomque a populaçãoativatenha
cada vezmais encargoscom a populaçãoidosa
 Diminuiçãodapopulaçãoativaconduza uma reduçãona produtividadedopaís
 Diminuiçãodoespiritonadinamizaçãoe inovação, que emgeral sãocaracterísticasda
populaçãomaisjovem
 Diminuição daprodutividade,porqueemprincípio,osjovensserãomaisprodutivosdo
que os empregadosemfimde carreira
 Aumentodosencargossociaiscomas reformase com a assistênciamédicaaosidosos
 Reduçãona natalidade,umavezque estãoadiminuirosescalõesetáriosonde a
fecundidade é maiselevada;
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Taxa de Fecundidade:Nºde nascimentosporano,por mil mulherescomidade entre os15 e
os 49 anos
Índice de renovação de gerações: valorque corresponde aonº de filhosque emmédia,cada
mulherdeveráter(valormínimo2,1);
Índice sintéticode fecundidade: nºde crianças que emmédiacada mulhertem
Declínioda fecundidade:
Na U.E. o decréscimo temsidoconstante.
Portugal em1960 registavaumvalorde 3,1 filhospormulher,nºapenassuperadopela
Irlanda.
Atualmente PortugalregistaovalormédiodaU.E ou seja1,5 filhospormulher.
Irlandaregistao valormaisalto1,9 filhose Espanhae Itália osmaisbaixoscom 1,2
p/mulher.
Literacia- competênciasbásicasde leitura,escritae cálculoe aindade interpretaçãode
situaçõesde diagnósticoe de solução de problemas;
Atualmente,apesarde ter12 anosde escolaridade obrigatória, Portugalcontinuaa
ocupar uma posiçãointermédia,nocontextomundial,registandovaloresinferioresaosmais
desenvolvidos
Tem existidoumprogresso neste setor,nomeadamente:
-diminuiçãodataxade analfabetismo
-aumentodataxa de escolarização
-aumentodaescolaridade obrigatória
Desemprego- Ofertade mão-de-obradisponívelsuperioràprocura. Suspensãoforçadade
trabalho.
Emprego Temporário:Estatuto precáriode emprego.Otrabalhador temum vínculopequeno
com a entidade empregadora.TrabalhoSazonal.
Desempregoou subemprego:empregoatempoparcial,quandoo empregadotem
capacidade de desempenharastarefasa tempointeiro,implicaqualificaçõesaquelasque o
empregadopossui e nãohá garantiasde continuidade e ossaláriossãosempre baixos
Taxa de desemprego=
NUMERO DE DESEMPREGADOS
POPULAÇÃO ATIVA
X100
Regista-se um contraste entre:
-Os paísesmenosdesenvolvidos têmprecáriossistemasestatísticos,porissoé maisprovável
que a taxa de desempregosejasuperioraosvaloresque ossistemasregistam.A presençade
trabalhotemporário,subemprego,trabalhoinfantil e outrasformasde trabalho,precário,que
é menosfrequentesnospaísesdesenvolvidos,sãofatoresque distorcemosníveisde
desemprego.
-Os paísesmais desenvolvidos apresentamrealidadesmuitodistintas,conformeoatual
estadode desenvolvimentodasuaeconomia.Comoa Espanha(20%) e Japão (3%),existe uma
grande diferença.
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Na U.E
O desempregoconstitui umdosmaioresproblemasdaU.E, poisalémde umproblema
económico,devidoaosrecursosfinanceirosnecessáriosparaopagamentode subsídios(em
vezde seremutilizadosnoutrossetores).
É tambémum grave problemasocial pelasimplicaçõesque temjuntodaspopulações
por ele afetadas.
Portugal registaatualmente umdosvaloresmaisaltosde sempre.
Evolução do DesempregoemPortugal
 Crescimentoaté 1986 comoconsequênciadasalteraçõeseconómicasocorridasapóso
25 de Abril e agravadaspeladiminuiçãodosurtomigratórioe peloregressodos
retornadosdasex-colónias.
 Decréscimono períodoentre 1986 e 1992, altura emque a adesãoà UE e a chegada
de incentivoseconómicoscriarammuitospostosde trabalho.
 Novo crescimentoentre 1991 e 1996 emconsequênciadacrise económicanospaíses
maisdesenvolvidoscomoosda U.E, EUA e Japão que constituemosprincipais
investidorese clientesde Portugal
 Novo decréscimoaté 2000 graças ao crescimentoeconómicoresultante doquadro
comunitáriode apoioe a realizaçãode váriasobras públicas(Expo98,Ponte Vascoda
Gama, AeroportodaOta ou Barragem doAlqueva.
Causas do desemprego:
 Baixosníveisde instruçãoe formaçãoprofissional
 Dificuldade naprocurado1º emprego
 Proliferaçãode contratosacurto prazo
 Desigualdade de oportunidades,entre homense mulheres
Consequências:
 Insegurança/instabilidade nascondiçõesde vidadapopulação
 Precaridade doemprego
 Saláriosbaixos
 Aumentodapobreza
Para diminuiro desemprego:
 Melhoraro nível de instruçãoe formaçãoprofissional nasnovastecnologias
 Melhorara apetibilidade e a reconversãoparanovasáreas profissionais,atravésde
reforçosde novastecnologias
 Promovera transiçãoadequadadosjovensparaa vidaativa
Políticademográfica: conjuntode medidase de programasimplementadospelosgovernos de
formaa estimularou não,a natalidade.
PolíticaNatalista: Pretende aumentarosíndicesde natalidade,comoé o caso dospaíses
desenvolvidosaplica-se estapolíticadevidoaoenvelhecimentodapopulação e aosbaixos
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níveisde natalidade ochamadoduploenvelhecimento.Oque pode provocargrandesencargos
financeirosnossistemasde segurançasocial que entramemruturaou mesmofalência.
Propõe-se:
-subsídiosprogressivosatribuídosaoscasaisa partir doprimeirofilho,atingidovalormuito
consideráveisapartirdos quatrofilhos.
-serviçosmédicose materno-infantistotalmentegratuitos.
-Alargamentodoperíodode licençade partopara os pais,podendousufruirdestaopai ou a
mãe.
-incentivosfiscaisatribuídosafamíliasnumerosas
-facilidadesconcedidasasfamíliasna pré escolarizaçãoe escolaridade
-facilidadesnoacessoàhabitação,compatíveiscomo alargamentodoagregadofamiliar
-reduçãodohorário e atribuiçãode subsídiosparaa mãe no períodode amamentação
-Legislaçãolaboral que protege amulherdurante agravideze noperíodopósnatal
PolíticaAnti natalista: Visareduzirsignificativamente astaxasde natalidade verificadascomo
é o caso dospaísesmenosdesenvolvidos.
Propõe-se:
-Subsídiosaoscasaiscom um sófilhoe agravamentodosimpostosacasais com muitosfilhos.
-Campanhasde sensibilizaçãoparaoscasamentostardios e para a integraçãoda mulherno
mercadode trabalho
-Aumento donível de instrução
-Programas de Planeamentofamiliar
-LegalizaçãodoAborto
-Esterilização
Incentivosà natalidade:
Nível económico:
-abonose subsídiosprogressivosemfunçãodonº de filhos.
-assistênciamédicae educaçãogratuitas
-incentivosfiscaisparaasfamíliasnumerosas
-créditoà habitaçãomaisfavorável afamíliasgrandes
Nível legislativo:
-alargamentodoperíodode licençade partopara ospais (tantopai como mãe)
-reduçãodohorário e atribuiçãode subsídiosparaa mãe no períodode amamentação
-legislaçãopóslaboral (protege amulherdurante agravideze pósparto)
Incentivosà natalidade
Nível dasautarquias:
- Por cada criança que nasce as câmaras oferecemmaterial escolar,e umasérie de incentivos,
nomeadamente nointeriordopaís, onde o problemaé aindamaisacentuado.
Importância da qualificaçãoprofissional:
Para melhoraras qualificaçõesiniciaise paraosindivíduosestaremaptosparaas
exigênciasdaentidade empregadoraparase adaptaremao desenvolvimentode novas
tecnologiastêmde requereroutrasqualificações
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Nível de instrução e o emprego:
Durante muitosanos,as pessoasque tivessemcursosuperiortinham emprego
garantidodepoisde acabaremo curso.Nosdias de hoje terqualificaçõesnãoé sinónimode
ter emprego.Énecessáriomelhorarosseusníveisde instrução
DesenvolvimentoSustentável: Conceitode desenvolvimentoque assentanumacorreta
utilizaçãodosrecursosfísicose humanose que visauma grande qualidade de vidada
população,evitandosituaçõesde pobrezae de qualquerformade exclusão.
Medidasde um desenvolvimentosustentável paraPortugal:
-Apostanosetorda educação
-Aumentodashabilitaçõesgeraisdapopulação
-alargamentodaescolaridade obrigatóriaparao12ºano
-apostano ensinotécnico-profissional
-Apostanaformação profissionale narequalificaçãodostrabalhadoresmenosqualificados
-Apostanainvestigaçãocientíficae tecnológica
-Criaçãode novoscentrostecnológicos
-Desenvolvimentodoensinoàdistância
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1.2 A distribuição da população
Focos demográficos- onde hágrandesconcentraçõesde populações;
Vazioshumanos- onde a populaçãoé escassa
Distribuição- traduz a disposiçãodosindivíduosnomundo
Densidade populacional – é a intensidadedopovoamentoexpressapelarelaçãoentre onºde
habitantese a áreaterritorial (habitualmente expressaemhabitantesporkm2
)
Nº DE HABITANTES
ÁREAS DASUPERFICIE
Distribuição da população no mundo:
-Cercade 90% da populaçãohabitano hemisférionorte
-Cercade 70% está concentradaentre osparalelos20º e 60º N, ouseja,um claropredomínio
para a zonatemperadanorte.
-Cercade 90% habitaaté 500 metrosde altitude
-Maisde 2/3 vive auma distânciainferiora500 km domar
Distribuição da população na Europa:
- A maiorconcentraçãona Europa ocorre nas regiõesocidental e central,onde se localizam:
ReinoUnido, França,Bélgica,Holandae Alemanha.
- O norte da Europa (penínsulaEscandinava) é aregiãode menorconcentraçãohumana.
A distribuiçãoda população portuguesa:
A distribuiçãodapopulaçãotemregistadoumatendênciaque acompanhaahistória
do nossopaís. Ouseja,uma maiorconcentraçãode populaçãonolitoral doque no interior.
Grande Densidade
-NaGrande Lisboae no Grande Porto
-Densidadesimportantesemtodoolitoral desde onorte (Minhoe Lima) até ao Algarve,a
únicaexceçãoé o Alentejolitoral
-RegiãoautónomadaMadeiraa destacar-se relativamente àdosAçores,registando
densidadesmuitosuperiores
Baixa Densidade
-Todaa regiãodointeriordesde oAltoTrás-os-Montesaté aoBaixoAlentejo
DensidadesMédias
-Douro(VilaReal)
-Viseu
-Covada Beira(Covilhã)
Área metropolitana- Espaço geográficode carácterurbano com elevadadensidade
populacional,que abrange umagrande cidade e osterritóriospolíticae administrativamente
autónomosque lhe estãofronteiriçose próximos.Noslimitesgeográficosdeste espaço,mais
ou menosalargado,háuma grande mobilidadequotidianade pessoasentreasáreasde
residênciae asáreasde trabalhoe vice-versa.EmPortugal foramcriadasas áreas
metropolitanasde Lisboae doPorto,pelaLei n.º44/91, de 2 de agosto,que se definemcomo
"pessoascoletivasde direitopúblicode âmbitoterritorial e visamaprossecuçãode interesses
própriosdaspopulaçõesdaárea dosmunicípiosintegrantes".
A complexidade de problemasque asaltasdensidadespopulacionaiscolocamconstitui o
justificativoprincipal paraa criação destaestruturade gestãocom carácter supramunicipal.
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Bipolarização- termo que designaaforça atrativaque Lisboae Portoe as suas áreas
metropolitanasexercemsobre aspopulaçõese atividadesdopaís.
Litoralização -Processoque corresponde aumamaiorconcentraçãopopulacional juntoàfaixa
litoral.Este fenómenocria,emgeral,grandesdesequilíbriose assimetriasregionais,jáque a
estasáreas opõem-se,muitasvezes,extensasáreasde desertificaçãonoque se refere à
ocupação humana.Este processodecorre dofacto da proximidadeaomar constituirum
importante fatornafixaçãodas populações.Paraeste factocontribuem, sobretudo,a
influênciade umclimamaisamenonolitoral,a possibilidade de se desenvolveraatividade
piscatória,de recolhadosal e a grande acessibilidade de que estasregiõescosteiras
normalmente usufruem.Tal situaçãogeográficacondiciona,consequentemente,ainstalaçãoe
o desenvolvimentodasatividadeseconómicas(indústriae serviços) que,porsuavez,são
extremamente atrativasparaa população.Nocasode Portugal continental,este fenómeno
assume umgrande destaque,sobretudonafaixalitoral limitadaentre Bragae Setúbal.
Urbanização-processode construçãoe expansãode cidadescomoresultadode alteraçõesna
atividade económicae nomodode vidada população;
Fatores naturais:
 Relevo- asplaníciessãomaisfavoráveisà fixaçãohumana,ao invésáreas
montanhosas,adensidade populacional tendeadiminuir;
 Clima– a maior oumenosdisponibilidadede água (existênciade cursosde água) e a
ocorrênciade muitocalor oude muitofriopodemcondicionaraocupaçãohumana
dos territórios;
 Fertilidade dossolos- fundamental nafixaçãodapopulaçãoporque a influênciao
rendimentoagrícolae a produçãode alimentos
Fatores humanos- agriculturapróspera,grande industrializaçãoe desenvolvimentodosetor
do comércioe dos serviços, bemcomo,dostransportes que contribuíramparaa riqueza
destespaíses,tornando-osatrativosamuitospovosde várioscontinentes; asantigas
civilizações(ex:chinesa,indiana,novale doNilo) sãoaindahoje áreasde grande concentração
populacional.
Despovoamento-diminuiçãomaioroumenordapopulaçãode uma regiãoouterritóriopode
serresultadode umêxodorural súbito,de um surtomigratórioouda quedada taxa de
natalidade /envelhecimentodapopulação.
Distribuição da população:
NA MADEIRA:
 Funchal,Câmara de Lobose Santa Cruzapresenta69% da população.Em oposição
PortoMoniz, na vertente norte,é oconcelhomenospovoado.
NOSAÇORES:
 S. Miguel é a ilhamaispovoada,onde vive 55% da população,aqui se localizamos
concelhoscommaiordensidade populacional,Lagoa,PontaDelgada,RibeiraGrande.
Os concelhosCorvo, SãoRoque doPicoe Lagos das Floressãoos que apresentam
menordensidade populacional.
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Fatores que levaram à litoralização:
 Fatores económicos
 No litoral háuma concentraçãode atividadeseconómicas,atraídaspelos
benefícioscomo:densidade de rede de transporte e de infraestruturas,facilidade
de acessoaos mercadosmaisvastos,proximidadeaoscentros de decisão,oferta
de serviçosàs empresas.
 Melhorescondiçõesde emprego
 Facilidade de acessoadiversosequipamentossociais
 Atividade turísticamaiornolitoral
 Fatores físicos
 Regiõesde baixaaltitude
 Climatemperado
 Posiçãolitoral
 Fertilidadesdossolos
O Despovoamentodo interior
As razões para este despovoamentosão:
-Fluxomigratórioparaoestrangeiro
-ÊxodoRural internoparao litoral
Êxodo rural- expressãoque evocaapartidaemmassa das populaçõesruraisparaas cidades
Êxodo urbano – expressãoque evocaapartidaemmassa das populaçõesdascidadespara
aldeias
Problemas/consequênciasresultantesdodespovoamentodointerior:
 Despovoamentogeradopeloabandonode muitasaldeias,ficandoapopulaçãorural
dispersae isolada;
 Envelhecimentodapopulação
 O decréscimodanatalidade e donº de populaçõesjovens
 Insuficiênciadapopulaçãoativa,nomeadamenteafaltade mão-de-obraqualificada
 A perdade importânciaagrícola,hoje praticadasobretudoporidosos
 Degradaçãoambiental porabandonode muitasterrasagrícolas, e expansãodasáreas
de matos,mais suscetíveisàocorrênciade incêndios
 Fragilidade dotecidoeconómico,comrepercussõesnoaumentodapopulação
desempregada
 A alteraçãoda estruturada procura de serviços,devidoàsmudanças demográficas
que se refletemdiretamente na carênciade serviçosde apoioà populaçãoidosa
 Insuficiênciade infraestruturase de equipamentos
Aspetosnegativos/consequênciasdaconcentração no Litoral:
 Expansãode espaçoscom excessode construçãode edifícios
 Aparecimentode estratosdapopulaçãosemmeiosparaobterumahabitaçãodigna,
levandoàconstrução de bairrosde barracas
 Insuficiênciade equipamentosescolares,de saúde e de outros
 Incapacidade de algumasinfraestruturasresponderàsnecessidadesdapopulação
 Insuficiênciade espaçosverdese equipamentosde lazer
 Aumentodosriscosde inundaçõesprovocadospelaconstruçãoemleitos emcheiaou
pelaexcessiva,impermeabilizaçãodossolos
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 Degradaçãoambiental decorrente dacrescente produçãode resíduos,e doaumento
dos váriostiposde poluição
 Surgimentode grandesdesigualdadessociaisnointeriordasáreasurbanas,que
originammuitasvezesproblemascomoasegregaçãoe exclusãosocial
Ordenamentodo território--Oordenamentodoterritórioconsistenumprocessode
organizaçãodo espaçobiofísico,de formaa possibilitaraocupação,utilizaçãoe transformação
do ambiente de acordocomas suas potencialidades.Asregrasde ordenamentodoterritório
assegurama organizaçãodo espaçobiofísico,controlandooaumentodaocupaçãoantrópicae
evitandoosproblemasdaíresultantes.
A elaboraçãode cartas de ordenamentodoterritóriopermitedefiniráreasdestinadasàs
diferentesatividadeshumanas,como,porexemplo,locaisde habitação,locaisparaa prática
agrícola, zonasde interesse ecológico,etc.
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RESUMOS DE GEOGRAFIA:
RECURSOS DO SUBSOLO.
Definir recurso:
Bem oferecido pela natureza que a população de um país pode explorar ou aproveitar
nomeadamente a água, os solos e as riquezas de subsolo.
Recursos naturais:
Riqueza disponível na natureza nomeadamente a água, os solos, a vegetação e os
subsolos, e que podem ser aproveitados ou explorados para utilização em diversas
atividades humanas.
Indicar como se subdividem os recursos naturais: Geológicos, climáticos, hídricos e
biológicos:
Geológicos ou de subsolo – recursos que podem ter duas finalidades, a produção de
energia (combustíveis fósseis ex: petróleo, gás natural e carvão) ou então podem ser
minerais ou rochas que irão ser transformados pelas indústrias, as chamadas as
matérias-primas.
Climáticos – Recursos que estão associados aos elementos climáticos (ex: vento e sol
que vão dar origem às energias eólica e solar, entre outras)
Hídrico – Reservatórios de água que podem ser potencialmente úteis ao homem para
as suas atividades (uso doméstico, agrícola, industrial, etc.). Depreende-se que se fala
somente em água doce, a qual existe em percentagem muito pequena disponível para
consumo humano.
Biológicos – São disponibilizados pela vegetação existente à superfície (a madeira, as
plantas medicinais e a biomassa), pela fauna (a vida selvagem e a pesca) e pelo solo (a
turfa).
Indicar como se subdividem os recursos geológicos: energéticos e matérias-primas:
Recursos energéticos – elemento com o qual se pode obter energia. Os recursos
energéticos podem ser não renováveis (carvão, petróleo,..) e renováveis (energia solar,
eólica, geotérmica,…).
Matérias-primas – matéria em bruto fornecida pela extração mineira ou pela
exploração florestal e agropecuária; é transformada pela indústria para fabricar
produtos semiacabados e acabados. São também considerados matérias-primas o
carvão, o petróleo e o gás natural que ainda hoje se utilizam para transformar
matérias-primas.
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Recurso renovável – recursos naturais cujas reservas podem ser continuamente
repostas à velocidade com que são consumidas, considerando-se, assim, inesgotáveis.
Recurso não-renovável – recursos naturais que existem em quantidades finitas, não
havendo capacidade de reposição das reservas que vão sendo consumidas.
Depósitos minerais ou jazidas;
Concentração de minerais úteis (metais, combustíveis) a maior ou menor
profundidade, e cujo teor nas rochas é suficientemente grande para que a sua
extração seja economicamente interessante.
As principais produções de recursos do subsolo em Portugal
Em Portugal temos a extração de minerais industriais, rochas ornamentais, minerais
metálicos e minerais não metálicos e águas.
Minerais industriais – rochas para a construção (britas, areias, argilas e mármores); e
outros minerais, como as argilas especiais e o caulino, muito utilizados na indústria
cerâmica.
Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos.
Minerais metálicos – minerais que apresentam na sua constituição substâncias
metálicas, como por exemplo, o ferro, o cobre, o estanho ou o volfrâmio.
Minerais não-metálicos – minerais constituídos por substâncias não metálicas, como,
por exemplo, o sal-gema, o quartzo, o feldspato ou o gesso.
Água de nascente – água proveniente de um formação subterrânea, e onde fluiu
naturalmente até à superfície, podendo ser coletada na nascente ou através de um
pequeno furo que canaliza a água da formação até à fonte.
Águas minerais natural – água que provem de fonte natural ou de captação artificial e
possui composição química eou propriedades físicas das águas comuns, com
características que lhe conferem uma ação terapêutica.
Definir termalismo – utilização das águas minerais que apresentam substâncias
químicas favoráveis ao tratamento de certas doenças. Nestas águas vêm de falhas que
fraturam maciços antigos mais ou menos próximos de pontos vulcânicos.
Definir água termal – água mineral cuja temperatura de emergência é 4ºC mais
elevada que a temperatura média do local onde emerge. Pode ter aplicações no
campo da medicina.
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Indicar as principais unidades morfo-estruturais portuguesas/Explicar cada uma das
unidades geomorfológicas;
- Maciço antigo que se formou na era paleozoica, representa cerca de dois
terços do território e corresponde a toda a área norte e a grande parte do
centro e do Alentejo.
- Orlas sedimentares mesocenozoicas que correspondem à metade sul do
Algarve e à faixa compreendida entre Aveiro e Lisboa.
- Bacias sedimentares do Tejo e do Sado datadas da era cenozoica.
Indicar para cada unidade geomorfológicaos principais recursos existentes
- Maciço antigo ou Maciço hespérico: é a unidade mais antiga do território,
constituída fundamentalmente por granito e xistos. É nesta unidade que se
localizam as jazidas mais importantes de minerais metálicos (cobre,
volfrâmio, ferro e estanho), energéticos (carvão e urânio) e de rochas
ornamentais (mármore e granito).
- Orlas sedimentares (ocidental e meridional): constituídas essencialmente
por rochas sedimentares, os recursos minerais mais explorados são as
rochas industriais (calcário, areias, argilas, arenitos)
- Bacias do Tejo e do Sado: correspondem à unidade geomorfológica mais
recente do território, formado pela deposição de sedimentos de origem
marinha e fluvial. Os recursos minerais mais explorados são,
fundamentalmente, rochas industriais (areias e argilas).
Nas regiões autónomas dominam as rochas magmáticas ou vulcânicas (basalto
e pedra-pomes), mas a sua exploração não tem relevância económica.
Referir os principais problemas do setor dos recursos do subsolo;
A grande parte das jazidas minerais é de pequena dimensão. Contudo, a rendibilidade
económica é fraca, daí, que atualmente existe atividade mineira apenas em duas
minas de grande dimensão.
 Muitas jazidas minerais ocorrem a grande profundidade e localizam-se em
áreas de acesso difícil devido ao fraco desenvolvimento de infraestruturas
rodoviárias e ferroviárias que as servem, o que encarece a extração e o
transporte dos minérios;
 Os custos com a mão-de-obra e com os aspetos da segurança são mais
elevadas dos do que noutros países potencialmente concorrentes de Portugal,
que assimconseguem preços de mercado mais competitivos.
A atividade extrativa origina vários problemas no domínio ambiental, que acabam por
funcionar como obstáculos ao seu próprio desenvolvimento. As regiões onde se
localizam as minas registam vários riscos ambientais relacionados com a degradação
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29
da paisagem e a contaminação química dos solos e das águas subterrâneas e
superficiais, quer pelas minas quer pelas pedreiras a céu aberto.
Localizar as principais explorações de rochas em Portugal (ornamentais e industriais);
Definir recurso endógeno;
Conjunto de bens existentes num determinado território, desde que explorado.
Definir recurso exógeno;
Conjunto de bens que podem ser utilizados por uma região ou país, com origem
exterior a esse espaço.
Explicar as principais potencialidades portuguesas no que se refere às fontes
energéticas e outros recursos;
A mina de Aljustrel (Beja) tradicionalmente produtora de cobre, zinco, chumbo e
enxofre apresenta também bom potencial na exploração de outros metais como a
prata, o ouro, o estanho, o cobalto ou o cádmio, entre outros. A mina de Jales (Vila
Real) foi durante muitos anos a única mina de ouro da Península Ibérica, sendo que
devido a prospeções recentes, definiu-se a existência de novas reservas que poderão
ser potencializadas com a reativação da produção.
Em Portugal os projetos com grande viabilidade de aproveitamento energético
relacionam-se com as fontes de: energia hídrica; biomassa; biogás; energia solar;
energia eólica; energia das ondas.
Referir o termalismo como uma área potencial em Portugal associado ao turismo
termas;
Atualmente esta atividade é entendida como grande potencializadora dos recursos
termais das regiões onde ocorrem, o que é feito alargando a sua oferta ao setor do
turismo em geral. A estrutura das estâncias termais e a valorização dos produtos que
são oferecidos vão no sentido de promover também o lazer e o bem-estar como
características próprias das termas.
Classificação Exemplos Utilização Localização
Industriais
Calcário
Granito
Argila
Caulino
Ardósia
Xisto
Areia
Construção Civil
Produção de
cimento e cal
Águeda
Leiria
Costa
portuguesa
Ornamentais
Granitos
Calcário
Ardósias
Mármores
Fins decorativos
Fins
ornamentais
Alentejo
Portalegre
Évora
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A colocação em prática destas mediadas tem tido resultados positivos no aumento
do número de frequentadores turistas, assim as termas contribuem para o fomento do
turismo na região e para o aumento de um conjunto de atividades que se relacionam
direta ou indiretamente com aquele setor, fazendo crescer o volume de negócios. Tais
como a atividade hoteleira, atividades de animação, a restauração e o comércio local.
Consequentemente o desenvolvimento do turismo conduz à criação de mais emprego
e aumento do consumo da população, o que pode constituir um fator decisivo para a
dinamização das economias regionais, facto que ocorrendo em áreas do interior
(caracterizadas pela perda de habitantes) pode ser determinante para a fixação da
população.
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2.2 A radiação solar
Radiação solar- energiasolarque chegaà terra.
Radiação terrestre- radiaçãode longocomprimentode onda.Traduz-se pelaemissãode calor
para a terrana banda IV (Infravermelho).
Composiçãoda atmosfera:
 Azoto(78%)
 Oxigénio(21%)
 Árgon(0.9%)
 Dióxidode carbono(0.03%)
Camadas da atmosfera:
 Troposfera: é a camada inferiore mais densadaatmosferaterrestre,e temuma
espessuramédiade 11 a 12 km. A radiação solaré absorvidapelasuperfície daTerra,e
por sua veza terra emite calor.Estaemissãoé maisintensajuntoà superfície,e por
issoa temperaturadiminui comaaltitude.Olimite superiordatroposferadesigna-se
por tropopausa.
 Estratosfera: localiza-se sobre atroposfera.Entre os11 kmaproximadamente e os50
km de altitude.Entre os20 e os50 km encontra-se acamada de ozono que atua como
filtroparaa radiaçãosolar,em particularpara a UV (ultravioleta).A presençada
camada de ozonoe a absorção de radiação solarfazemaumentara temperaturanesta
camada. Assim,ogradiente de variaçãodatemperaturaé positivo,ousejaaumenta
com a altitude.A estratosferaé limitadanasuaparte superiorpelaestratopausa.
 Mesosfera:estende-sedesde os50 kmaté aos 80 km.É a zona maisfriada atmosfera
e o gradiente datemperaturavoltaasernegativo.Nasua parte superior,a
temperaturapode chegaraté ao -100Cº. É limitadapelamesopausa.
 Termosfera:está compreendidaentre os80 e os 60 km, e temuma densidade muito
baixa.A temperaturavariamuitocom a atividade solare ogradiente térmicovoltaa
serpositivopodendoatingiro1500Cº
Funçõesda atmosfera
Filtra e absorve Apresenta-secomoumacapa protetoraou
filtrodoglobo,refletindoparaoespaçoou
absorvendoasradiaçõessolaresque seriam
excessivasparaavidaterrestre.
Protege É uma barreiraimprescindívelàentradade
corpos estranhosnaatmosfera,como
meteoritos.Estes,devidoaoatritoprovocado
peloar, incendeiam-se e acabampor
pulverizar-se evitandoque atinjama
superfície doplaneta
Controla a temperatura Devidoàatmosfera
É fonte de vida Concentrana sua composição,elementos
fundamentaisàvida,nomeadamenteo
oxigénioque permite aosseresvivos
respirarem
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Balanço térmico:
A terra e a suaatmosferarecebemenergiasolare irradiama mesmade voltapara o
espaço.O balançoda radiaçãosolar deve serencaradocomoum mecanismode
compensaçãoque regulaa quantidade de radiaçãoque chegaa terra e a quantidade de
calor que a terra emite parao espaço.
É composto por 3 partes: radiação solarincidente,aenergiasolar refletidae aenergia
emitidapelaterra.
 Reflexão(30%)
 Parte da energiaque chegaà terra é refletidaparao espaçono mesmo
comprimentode ondaque chegaà terra
 Percentagemdestaenergiarefletidadesigna-se poralbedoe temvalores
muitodiferenciadosconformeasuasuperfície.
Albedo:Refletividadedaatmosferae dasuperfície terrestre.Oalbedomédiositua-se àvolta
dos 30%, a quantidade de radiaçãosolarque se perde de imediatoparao espaço.Contudo,os
váriostiposde nuvense de superfíciestêmalbedosmuitodiferentes.
+albedo tonsclaros Absorve menose refletemais
- Albedo Tons escuros absorve maise reflete menos
 Emissão(70%)
 Parte da energiaemitidaparaoespaçopelaterra e pelasuaatmosferasoba
formade radiaçãode longocomprimentode onda(calor)
 Radiaçãoabsorvidapelaterrafaz aumentara temperatura
 A energiade longocomprimentode ondaemitidapelasuperfícieterrestre e
que é absorvidapelaatmosferae fazaumentara temperatura(efeitode
estufa)
 O efeitode estufadeve-se aoH2O,e outros gasescomoo CO2
 O efeitode estufanatural pode serreforçadopelas atividades humanascom,
a produção sobretudo de gasesde efeitode estufa (utilizaçãode combustíveis
fósseis,desflorestação,agriculturaintensiva,...
 Parte do calor é ainda dissipadaporprocessosdaatmosfera(formaçãode
nuvens,etc.)
Radiação global- radiaçãosolar que atinge umasuperfície,sendoigualà
soma da radiaçãosolardireta,da radiaçãosolar difusae da radiação
refletida.
Radiação solar direta- luzsolar recebidadiretamentedosol atravésdos
raiossolares.
Radiação solar difusa- luzsolarrecebidaindiretamente,resultanteda
ação da difraçãodas nuvens,nevoeiro,poeiras,emsuspensãoe outros
obstáculosnaatmosfera.
Radiação solar terrestre- radiaçãode longocomprimentode onda.
Traduz-se pelaemissãode calornaterra pelosIV (infravermelhos).
Efeitode estufa- é um processo que ocorre quandouma parte da
radiação infravermelhaemitidapelasuperfície terrestre é absorvidapor
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determinados gasespresentesnaatmosfera.Comoconsequênciadisso,ocalorficaretido,não
sendolibertadoparaoespaço.O efeitode estufadentrode umadeterminadafaixaé de vital
importânciapois,semele,a vidacomoa conhecemosnãopoderiaexistir.Serve paramantero
planetaaquecido,e assim,garantiramanutençãoda vida. Oque se pode tornar catastróficoé
a ocorrênciade umagravamentodoefeitoestufaque destabilizeoequilíbrioenergéticono
planetae origine umfenómenoconhecidocomo aquecimentoglobal.
Temperatura- grau de aquecimentooude arrefecimentode umlugar oude um corpo.
Movimentode Rotação- movimentoque aterraexecutasobre oseueixoimaginário,no
sentidooeste-este, e que temduraçãode 23h 56 min.
Ao longododia,a inclinaçãodosraiossolaresmudade tal forma,que ao nascer e ao pôr-do-
sol,a inclinaçãoé máxima, e osraios incidemde formaoblíqua.Aocontrário,aomeio-dia,os
raiossolaresincidemmaisnavertical.A intensidade daradiaçãosolarvariaemfunçãoda
obliquidade,dosraiossolaresobservada,ousejaquantomaioraobliquidademenora
intensidadedaradiaçãosolar,emvirtude damaiormassa atmosféricaaatravessar.Tambéma
superfície recetoraé maiorquantomaiorfor a obliquidade dosraiossolares.
Consequênciasdomovimentode rotação:
 Sucessãode diase de noites
 Variaçãoda temperaturaaolongodo dia
 Movimentodiurnoaparente dosol
Movimentodiurnoaparente do sol: movimentoque osol parece descreveremvoltadaterra,
emsentidoretrógrado(sentidodosponteirosdorelógio,emsentidoeste-oeste)em
consequênciadomovimentoreal de rotaçãoda terra.
Amplitude térmica- diferençaentre atemperaturamáximae atemperaturamínima.
Temperatura média- médiadosvaloresdatemperatura.Nocaso da temperaturamédiaanual
é a soma dastemperaturasmensaisaolongodoano a dividirpor12
Movimentode translação- movimentoque aterraexecutaemtornodo sol.Temuma duração
de 365 diase 6 horas e sentidooeste-este.
Solstícios- 21 de Junhoé conhecidono hemisférioNorte comoosolstíciode verão,e o dia
solarque tem aqui a sua duração máxima.21 de Dezembroé conhecidopelohemisférioNorte
como o solstíciode Inverno,quandoaduração dodia é a menorde todo o ano).Círculopolar
ártico- dia de 24 horas (solstíciode verão)
Equinócio-ambososhemisfériosrecebemamesmaquantidade de radiaçãosolar,osdiastem
a mesmaduração das noitesemtodoo globo.Equinócioprimavera(H.N.) –21/22de março.
Equinóciode outono(H.S.) –22/23 de Setembro
Outrosfatorescontribuemparaa variação da radiaçãosolar,por exemploaexposição
geográficaé importante,poisumavertente cominclinaçãoigual àdosraios solaresfazcom
que estespossamincidirmais navertical,nasregiõesde latitudesmédias,aumentandodesta
forma,a intensidade daradiaçãosolar.A nebulosidade e ascaraterísticasda atmosferapodem
influenciaraquantidade de radiaçãosolarrecebida.Assim, asnuvens,aespessurada
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atmosferae do H2O podemalterarosprocessosde absorção,reflexão,e difusãodaradiação
solar.
Consequênciasdomovimentode translação:
 Variaçãoda temperaturaaolongodo ano
 A sucessãode estaçõesde ano
 A desigual duraçãodosdiase das noites
 Movimentoanual aparente dosol
Movimentoanual aparente do sol:movimentoque osal parece descreveremvoltadaterra,
emconsequênciadomovimentode translação.
Constante solar- é umaconstante usada emastronomiaque consiste nataxaà qual é recebida
a energiasolar,porunidade de área,no limite exteriordaatmosferaterrestre paraa distância
médiaentre aTerra e o Sol.O seuvaloré de 1,353 kW/m2
.
Ângulode incidência- ânguloque umraiode sol fazcom a superfície aoincidirsobre ela.
Aumentalatitude ângulode incidênciadiminui maior perdade energiasolar
por absorção,reflexãoe difusão,umavezque amassaatmosféricaa atravessaré maior.
Ângulode incidênciadiminui maiorseráa superfície pelaqual a radiaçãosolarse
distribui reduza quantidade de energiarecebida
Encosta soalheira- expostaàradiaçãodurante a maior parte do dia.
Encosta umbria- abrigadada radiação solar.Por vezeshááreasda vertente que nãochegama
receberradiaçãosolardireta.
Nebulosidade- é apresençade nuvensnocéu.
Insolação- númerode horas durante o períodoconsiderado(dia,mês,ano) emque ocorre
radiação solardireta,istoé,proveniente dodiscosolarsemsofrernemreflexãonemabsorção.
Isotérmica- linhaque une ospontos/lugares comigual temperatura.
Fatores que fazem variar a radiação solar e consequentemente atemperatura
 Latitude: quantomaioré a inclinaçãodosraiossolares,maioré a superfície que
recebe radiação,de que resultaumamenorquantidade de energiarecebidapor
unidade de superfície.Tambémquantomaiorainclinaçãodosraiossolares,maioré a
espessuradacamada atmosféricaatravessada,oque se vai refletirnumamaiorperda
energéticapelos processosjáreferidosde absorção,difusãoe reflexão. Devidoà
esfericidade daterra,osraios solaresatingemasuperfície comdiferente inclinação,
aumentandodoequadorparaos polos,istoé,aumentacom a latitude.
 Altitude:a temperaturadiminui comaaltitude;A altitude é fundamental paraexplicar
algunscontrastesna distribuiçãodatemperatura.A temperaturadiminui coma
altitude,comumgradiente médiode 0,6ºCpor cada 100 metros.
 Relevo:o relevotambéminterferenamedidaemque aorientaçãodasvertentes
montanhosasse apresentammaisaomenosexpostasaosol,vertentesumbriase
vertentessoalheiras.
 Correntesmarítimas: Ex.: Em Miami têmtemperaturasmaiselevadasporquese
encontra, nasproximidadesdacorrente quentedogolfo,onde nestazona,aágua do
mar registatemperaturasmaiselevadas.LasPalmas,é influenciadopelascorrentes
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friasdas canárias.Assim,apesardaslatitudessemelhantestêmtemperaturas
diferentes.
Variação das temperaturas emPortugal:
A temperaturaaumentadonorte para o sul por ação da latitude.
A temperaturaapresentamenorescontrastesanuaisnoLitoral,poraçãoamenizadora
do atlântico.
As temperaturasmédiasanuaismaisbaixasregistam-senoNoroeste e sobretudona
cordilheiracentral,devidoaosfatores latitude e altitude.
Em ambosos arquipélagos,aamplitudetérmicaanual nãoé muitoelevada,devidoà
influênciadooceano.
Cabos,Litoral entre Peniche e Sintrae o cabo S. Vicente – amplitudes térmicasmaisbaixas
Trás-os-Montes,Beirainterior,Alentejointerior –amplitudesmaisaltas
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2.3 Recursos hídricos
Importância da água:
A água é o elementofundamental paraa existênciadavida.Todososseres vivos
necessitamdelaparasobreviverem.
A água é o mais importante dosconstituintesdosorganismosvivos,poiscercade 50 a
90 % da biomassaé constituídapor água.O seupapel nas funçõesbiológicasé extremamente
importante e diversificado,sendonecessária,porexemplo,paraotransporte de nutrientese
dos produtosdarespiraçãocelulare para a decomposiçãodamatériaorgânica,que libertaa
energianecessáriaparaometabolismo.
Sendoassim,é natural que o Homemse preocupe coma formacomo a água se distribui na
Naturezae como pode seracessível,sendoadisponibilidade de águapotável umproblema
crescente daHumanidade.
Entre outros,a água prestaos seguintesserviçosambientais:
 regulaçãodoclima;
 regulaçãodosfluxoshidrológicos;
 reciclagemde nutrientes;
 produçãode energia;
Água salgada- 97.5%
Água doce- 2.5%
Cerca de 2/3 da Terra é cobertopor água,visto do espaço,parece-nosumabola
pequenaazul,poreste motivosomosconhecidoscomoplanetaazul.
Cicloda água
Processos:
 Precipitação consiste no vaporde água condensadoque cai sobre a superfície
terrestre.(Chuva–precipitaçãonoestadolíquido)
 Infiltração consiste nofluxode águada superfície que se infiltrano solo.
 Escoamento superficial é o
movimentodaságuasna
superfície terrestre,
nomeadamente dosoloparaos
mares.
 Evaporação é a transformação
da água no seuestadolíquido
para o estadogasosoà medida
que se deslocada superfície
para a atmosfera.
 Transpiração é a formacomo a
água existentenosorganismos
passa para a atmosfera.
 Evapotranspiração é o processo
conjuntopeloqual aágua que
cai é absorvidapelasplantas,
voltandoàatmosferaatravésda transpiraçãoou evaporação direta(quandonão
absorvida).
 Condensação– Passagemdoestadogasosoao estadolíquido.
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Balanço hídrico- cálculodasdisponibilidadeshídricascombase nosganhos (precipitação)e
perdasde água (evapotranspiração) numadeterminadaregiãoemfunçãodacapacidade de
uso dosolo.
Pressão atmosférica- pressãoque a atmosferaexerce sobre asuperfície terrestre.
Unidadesde medidade pressão atmosférica:
 1013 hPa (hectopascais)
 1013 mb (milibares)
 760 mmHg(milímetrosde mercúrio)
Barómetro- instrumentoque mede apressãoatmosférica
Isóbaras/linhas isobáricas-linhasoulugaresque unempontoscomigual pressãoatmosférica
3 Fatores que fazem variar a pressão atmosférica:
 Altitude:quantomaioré a altitude,menoré aquantidade de partículasde ar, logo
menoro pesologomenora pressãoatmosférica.
 Temperatura: quantomaisalta é a temperaturamaisaspartículas ficamdispersas e
dilatadas,menoropeso,menor a pressão.
Menor a temperatura,aspartículas ficammaisconcentradase retraídas,maior é o
peso,maioré a pressão.
Cartas sinóticas– mapa que representafenómenosatmosféricos(comoapressão
atmosférica) adireção,a humidade,entreoutras,numdeterminadomomentopodendo
caraterizaro estadode temponum local.
Centro barométrico- centrode altasou baixaspressõesatmosféricas,representadoporlinhas
concêntricasque unemlugarescomigual pressãoatmosférica.
Centro barométricode altas pressões- centroonde a pressãoaumentadaperiferiaparao
centro.Nas cartas sinóticasrepresenta-sepelaletraA oupor um +, sendoque origina
frequentemente umasituaçãode bomtempo,ouseja,ausênciade precipitação.
Centro barométricode baixas pressões- centrobarométricoonde apressãoaumentado
centropara a periferia.Nascartassinóticasrepresenta-se pelaletraBou um-, normalmente
originaumasituaçãode mautempo,ou sejaocorrênciade precipitação.
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 Latitude
Justificaçõespara a variação baseada na latitude:
Razão térmica: centrobarométricoque se formapor influênciadavariaçãoda temperaturado
ar quandoeste contacta com a superfície terreste.
 Baixaspressõesequatoriais
 Altaspressõespolares
Razão dinâmica: centrobarométricoque resultadasubida/descidadasmassas de ar em
latitude e altitude
 Altaspressõessubtropicais
 Baixaspressõessubpolares
Centro barométricode altas pressões
À superfície- ardiverge
Em altitude- ardescendente
Centrode altaspressõesestáassociadoaum bomtempo,porque oar atinge a superfície
terrestre,aquece e nãohá condiçõesparaa formação de nuvensnemprecipitação
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Centro barométricode baixas pressões
À superfície- arconvergente
Em altitude- arascendente
Centrode altaspressõesestáassociadoaum mautempo, porque oar à superfície é leve,vai
ascendere arrefeceremaltitude e porissohá condiçõesparacondensar,formarnuvense
precipitar.
Efeitode Coriolis- forçaresultante domovimentode rotaçãoda terraque desviao ventodo
hemisférionorte paraa direitae para a esquerdanohemisfériosul.Estaforçaé nula no
equadore atinge os valoresmáximosnospolos.
Tipos de vento:
 Ventosalísios- fluxode ventoque circulaentre asaltaspressõessubtropicaise as
baixaspressões equatoriais.
 Ventosde oeste- fluxode ventoque circulaentre asaltaspressõessubtropicaise
as baixaspressõessubpolares
 Ventode leste/este- fluxode ventoque circulaentre asaltaspressõespolarese as
baixaspressõessubpolares.
Convergênciaintertropical (CIT)- a intensaradiaçãosolarnas regiõesequatoriaisaquece oar,
o que provoca a sua ascendência,poisoaraquecidoé maisleve.Aoascenderarrefece e
condensa,oque confere àsregiõesequatoriaisumcarizextremamentechuvoso.
Calmarias equatoriaisou doldrums- grandesespaçossemventosnaregiãoequatorial devido
ao enfraquecimentodosventosalísios,estasituaçãoé frequente naáreaafetadapelaCIT.
 Nas altaspressõespolarese altaspressõessubtropicaisencontra-se centrosde altas
pressões,logoaprecipitaçãovai serpouca,poisa alta pressãooriginabomtempo,ou
sejaausênciade precipitação.
 Nas baixaspressõesequatoriaise baixaspressõessubpolaresencontram-se centrosde
baixaspressões,logoaprecipitaçãovai sermuita,poisas baixaspressõesoriginam
mau tempo,ousejapresençade precipitação (líquidanocasodas baixaspressões
equatoriaise sólidanocasodas baixaspressõessubpolares).
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Estado de tempo-condiçõesatmosféricasregistadosnumlugarnumdeterminadomomento.
Clima-sucessãohabitual,geralmente 30anos de estadosde tempoque ocorremnumlocal ao
longodo ano.
Elementosque compõemo clima:
o Humidade
o Precipitação
o Temperatura
o Pressãoatmosférica
o Vento
Fatores que fazem variar o clima:
 Latitude
 Altitude
 Proximidade/afastamentodo mar(Continentalidade)
 Relevoe a suadisposição
 Correntesmarítimas
 Exposiçãogeográficadasvertentes
 Posiçãodosvalesdosriosrelativamenteaolitoral
 Existênciade vegetação
Meteorologia- ciênciaque estudaosfenómenosatmosféricos.
Climatologia- ciênciaque estudaadistribuiçãoe ascaraterísticasdos climasda terra.
Massa de ar- volume de ar onde as diferençashorizontaisde temperaturae humidade são
relativamente pequenas.Possuiumadimensãohorizontal de centenasde quilómetrose asua
homogeneidade é produzidapelocontatoprolongado.
Massas de ar que afetam Portugal:
No verão:
o Tropical marítima (quente e húmida)
o Tropical continental (muitoquentee seca)
No inverno:
o Polarmarítima (friae húmida)
o Polarcontinental (muitofriae seca)
Principaissituaçõesde verão em Portugal:
o Tipo de tempode anticiclone com ventode oeste ou noroeste- caracteriza-se pela
localizaçãodoanticiclone centradonooceanoatlânticoque provocacéulimpoou
pouconublado,comventopredominante de oesteounoroeste (quetransportam
humidade daío maiorteor de frescuraque se sente no ar)
o Tipo de tempode anticiclone com ventode leste ousudeste- caracteriza-se pela
localizaçãodoanticiclone sobre ooceanoatlânticoe pelaexistênciade umadepressão
(centrode baixaspressõesde origemtérmicalocalizadaaNorte de África (oupor
vezesnointeriordapenínsulaibérica).Estasituaçãometeorológicaprovocacéulimpo
e o aumentodastemperaturas.Pode provocartrovoadasde verãocomchuvas curtas
muitointensassobretudonasregiõesmaisinteriorese aofimda tarde.
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Principaissituaçõesde invernoem Portugal:
o Tipo de tempoperturbado de oeste- é o estadomaisfrequentenoinverno,resultada
descidaemlatitude dadepressãosubpolarque se instalanooceanoatlânticoanorte /
noroeste de Portugal e provocaum choque entre massasde ar com origensdistintas
(emtermosde temperaturae humidade) nomeadamentepolare tropical.Assim
temosformaçãode sistemasfrontaisoufrentesque vãoprovocarinstabilidadeno
tempocom céumuitonublado,comchuvasde intensidade variável e ventosde oeste
ou noroeste.
o Tipo de tempoanticiclone (frioe seco) – é vulgarno invernoporação de um
anticiclone de origemtérmicalocalizadanaeuropacentral e de leste,o nossopaís
pode serassolado(abrangido) porumtipode tempomuitofrioe seco com ocorrência
de geadasdevidoàmassa de ar polarcontinental (fria e seca) e ventode nordeste ou
norte.Este tipode tempoé comummanter-se porperíodosrelativamente longosque
pode originara quedade neve naregiãonordeste e nasterras altas.
o Tipo de tempocom depressãoem altitude (gota de ar frio) é um tipode tempo
menosfrequentedoque osanteriores.Resultadaformaçãode uma depressãodo
atlânticoentre osaçorese o continente.Océuapresenta-semuitonubladocom
precipitaçõesacompanhadasde trovoadasfrequentes.Osperíodosde chuvasão
intensose podemestender-se por8a 10 dias.
Humidade absoluta- quantidade de vaporde água existente naatmosferaporunidade de
volume de ar,medindo-seemgramaspormetro cúbico(g/m3
)
Humidade relativa- razão entre a quantidade de vaporde águaexistentenumvolume de
ar a uma determinadatemperaturae aquantidade máximade vaporde águaque esse
volume de ar pode conter.
Ponto de saturação- quantidade máximade vaporde águaque o ar pode contera uma
determinadatemperatura.
Precipitação- todasas formasde água, líquidaousólida,que caemdasnuvensalcançando
o solo.É representadoemmilímetros:
 Líquida:
o Chuva
 Sólida:
o Neve
o Saraiva
o Granizo
Tipos de chuva:
 Precipitação frontal:resultado contatode duasmassasde ar e de temperatura
diferentes,massasde arpolarvindasdo norte,e de ar tropical vindasde latitudesmais
meridionaisorigináriasdosanticiclonessubtropicais.Oar quente aoascendersobre o
ar frioarrefece e o vapor de água condensa,dandolugarprimeiroàformaçãode
nuvense depoisàquedade chuva.
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 Precipitação orográfica: as chuvasorográficasformam-se quandoumamassade ar
húmidaencontraumabarreiramontanhosae é obrigadaa subir.
Ao subira massaarrefece e o vapor de água condensaemparticularna vertente
expostaaofluxo,navertente opostaacontece ocontrário,ousejao ar desce,aquece
e ficamaisseco.
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 Precipitação convectiva:o grande aquecimentoaque por vezesoar está sujeito
aquece o ar pelabase.Este aquecimentotornaoar instável e pode levarà sua
ascendência.Aoascenderoar arrefece e o vaporde água condensa.
 Precipitaçõesciclónicasou convergentes: tipode chuvaresultante daconvergência
dos ventosnumdeterminadolocal.
Precipitação emPortugal:
Mais acentuadano Noroeste de Portugal,e menosacentuadanosudeste.
Fatores que fazem variar a precipitação:
 Fator latitude: apesarde os limitessul e Norte de Portugal continental apenas
distarem5 graus de latitude,este contribui tambémparaoseucontraste,entre as
regiõesnorte e sul em termostotaisde precipitaçãoe do nº de dias.
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 Fator altitude e disposiçãodas vertentes: locaisde maioraltitude asprecipitaçõessão
quase sempre abundantes.Este factodeve-se aoarrefecimentodoarcom o aumento
da altitude que originaumamaisfácil condensaçãodovaporde água.
 Distância relativa ao mar (continentalidade):asregiõeslitoraisrecebemmaiores
quantidadesde precipitaçõesque ointerior.Essasituaçãodeve-seaofactode estas
receberemainfluênciade ventoshúmidosprovenientesdomar.
 Posição dos valesdos rios relativamente ao litoral:o facto de os riosportugueses
teremna sua grande maioriaumpercursoeste/oeste,fazcom que os seusvales
funcionemcomoautênticoscorredoresporonde asmassasde ar húmidopenetramno
interiordopais.Este facto fazcom que algumasregiõesinterioresse comportemcomo
se fossemcosteiras
Superfície frontal- duasmassasde ar que se encontram, criandoáreasde contacto
Frente-pontode contactoentre asuperfície frontal e osolo
Frente quente:o ar quente avançasobre o ar frio.A subidadá-se de formamaisou menos
lentae suave e,por isso,a chuva normalmente nãoé muitoforte (chuvisco).
Frente fria: o ar frioavança emcunha sobre o ar quente obrigandoeste últimoaascenderpor
vezesde formaintensa, chuvaforte do tipoaguaceiro.
Frente oclusa: o tempotambémé bastante instável,comventosfortese muitachuva.Oar
quente é obrigadoa ascenderemvirtude dajunçãodoar frioposteriorcomo ar frioanterior.
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Principaisclimas mundiais
Climasfrios:
 Polar:
o Amplitude térmicaelevada
o Precipitaçõesbaixas
o Temperaturasmuitobaixas
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 Subpolar:
o Amplitudestérmicasmenoresquandocomparadocomopolar
o Precipitaçõesmaiselevadas
o Temperaturasmaisaltas
 Altitude:
o Amplitudestérmicasmaisbaixas
o Precipitaçõesmaiselevadas
o Temperaturasmaisaltas
Climasquentes:
 Desérticoquente:
o Todosos mesessecos
o Temperaturaselevadas
o Precipitaçãoquase nula
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 Tropical:
o Seco: +/- 9 mesessecos
o Húmido: +/- 6 mesessecos
 Equatorial:
o Muita precipitação
o Temperaturaselevadas
o Semmesessecos
o Amplitude térmicaanual nula
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48
Climastemperados:
 Continental:
o Precipitaçõesmenores
o Temperaturasatingemvaloresnegativos
o Amplitude térmicaanual é elevada.
 Marítimo:
o Precipitaçãomuitoelevada
o Temperaturas maisregulares
o Amplitude térmicaanual média
 Mediterrâneo:
o +/- 5 Mesessecos
o Temperaturaspositivas
o Temamplitude térmicaanual parecidaaocontinental marítimo,noentanto com
máximose mínimosmuitodiferentes.
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49
Variação do Climaem Portugal Continental:
Portugal continental temumclimade tipotemperadomediterrâneo,caracterizadopor
um verãoquente e secoe por um invernofrescoe húmido.Mashá regiõesonde se observa
uma maiorinfluênciaatlântica(noroeste e cordilheiracentral),e outrasonde hámaisclara
influênciacontinental (interiornorte e sul).
Variação do clima insularem Portugal:
 Na madeira: o facto de a madeiraserumterritórioinsularde pequena dimensão
permite que ainfluênciadomar sejamuitoacentuada.
Outro aspetomuitoimportante estárelacionadocomorelevoe a disposiçãodas
vertentes.Deste modo, é nointeriordailhaonde se situamas maioresaltitudese que
se registamtemperaturasmaisbaixase asprecipitaçõesmaiselevadas.Quando
falamosdadisposiçãodasvertentestemosde distinguirnocasoda Madeira a vertente
sul onde predominaumclimacomcaraterísticas subtropicaisquentee seco,e a
vertente norte, comcaraterísticassemelhantesàregiãonoroeste de Portugal,ouseja
temperaturassuavese precipitaçõeselevadas.Portosantotemcaracterísticas
semelhantesàvertente sul
 Nos açores: O climadosaçores,é semelhante aodamadeira,é influenciadopelo
oceano.Noentanto,querdevidoàlatitude querdevidoaomaiorafastamentodo
continente africanotemosdiferençassignificativasemtermosclimáticos.Assim os
açorestêm níveisde precipitaçãosuperioresaosdamadeira,e astemperaturassão
maisbaixas.
Balanço Hídrico-cálculodas disponibilidadeshídricascombase nosganhos(precipitação) e
perdasde água (evapotranspiração) numadeterminadaregiãoemfunçãodacapacidade de
uso dosolo.
Rio- cursonatural de água que nasce,emgeral,nas montanhase vai desaguarao mar, a um
lagoou a outro rio,ou, por vezes,se entranhanaterra.
Regime de um rio- variação médiado caudal ao longodo ano
Regime dos rios portugueses:
As disponibilidadeshídricasvariamessencialmentedevidoàsquantidadesde
precipitação,peloque emtermosgerais,podemosdizerque existe umadiminuiçãonosentido
norte-sul,comapassagemdosrios de com regime regulardotipooceânico(Minho,Douro,
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50
Lima,Cávado,Tâmega) para rios de regime irregularoutorrencial (Tejo,Mira,Guadiana) que
no períodosecoe ouestival quase chegaa desaparecer.
Rede hidrográfica-conjuntoformadoporumrio principal e osseusafluentesintimamente
conectados,incluindolagos,originandoumespaçogeográficoque recebe todooescoamento
superficial proveniente dasprecipitaçõesocorridas(baciashidrográficas).
Bacia hidrográfica- área drenadapor umrio e seusafluentes.
Leitode um rio- parte da superfície sobre aqual corre um rio.É o vale que um riocria através
da erosãopara efetuaroseu percurso.
Tipos de leitode um rio:
 Leitonormal- sulcopor onde corremnormalmente aságuase as matériasque
transportam.
 Leitode inundação ou cheia- espaçodo vale dorio que pode serinundadoquando
ocorremcheias.
 Leitomenor ou de estiagem- zonadoleitoaparente que ficadescobertoquandoa
quantidade de águado riodiminui,emconsequênciadasecaprolongada.
Disponibilidade hídrica- quantidadede águadisponível.
Cheia-aumentodocaudal de umrio para alémdoseuvalor normal.
Inundação- resultadode umachuvaque não foi suficientementeabsorvidapelosoloe outras
formasde escoamento,causandotransbordamentos.Tambémpode serprovocadapelo
homematravésda construçãode barragense pelaaberturade comportas.
Caudal- quantidade de águaem m3
que passa por uma seçãode um rio porunidade de tempo.
Fatores que fazem variar o caudal:
 As quantidadesde precipitaçãoaolongodoano
 Degelonotopodas montanhas
 A naturezadorio e a permeabilidade damesma
 A vegetação – evitaumaescorrênciamaisforte diminuindoporessaviaa
probabilidadede cheias.A inexistênciade vegetaçãonasvertentesdosriosfaz
aumentara velocidade daságuasaumentandoasinundações
 A ação do homem- pode serprejudicial quando áreas de inundaçãodoleitode umrio
com construçõesdesordenadas,pelaimpermeabilizaçãodosolo,umaconsequência
do processode urbanizaçãoe aindacom a distribuiçãodacoberturavegetal comas
atividades económicase poroutras ações antrópicas.Um dasformas de controlaro
caudal dos riosestáassociadoà construção das barragens.
Etapas do processoerosivode um rio
1º Fase jovem- Desgaste/erosão –vale emvfechado(garganta)
Página
51
2º- Fase adulta- transporte –vale emv aberto
3º - Fase idosa- sedimentação- vale de fundolargoe plano
Os riosapresentamumdeclive maiorjuntoaomontante (juntoà nascente) doque a
jusante (maispróximodafoz).A representaçãográficadodeclive doleitodoriodanascente à
foz,designa-se porperfil longitudinaldorio.
Perfil transversal- que nosdá a formado vale emdeterminadasseçõesdorio.Otroço a
montante de umvale maispróximodanascente temigualmenteumaformaem«v» é estreito
e as vertentessãodeclivosas. À medidaque oescoamentovai aumentando,aformadovale
alarga-se continuandoaexistirvertentes.Juntoàfoz,ovale alarga-se consideravelmente e
temum fundoplano.Aqui poderãoexistirfenómenosde meandrização.
Barragem- é uma barreirageralmente feitade terraoude betãoarmado, construídanum
curso de água para a suaretenção,destinada àproduçãode eletricidade,de abastecimento
domésticoouindustrial paraairrigação,para a regularizaçãodoscursosde água.
Funçõesdas barragens:
 Produçãode energiahidrelétrica
 Abastecimentode águas às populaçõesparausodomésticoe para atividades
económicas(agricultura, indústria,etc.)
 Constituiçãode reservashídricasmaisimportantesemclimasde precipitações
regulares.
 Regularizaçãodoscaudais,este aspetoé igualmente importante emclimasdotipo
mediterrâneo,onde osperíodosde secase seguemaoutros a outrosde precipitações
abundantesque provocamoaumentodoscaudaise de consequente cheias.
 Aproveitamentodasalbufeirasparafinsturísticos,que emboranãoconstituaa
primeirarazãopara à suaconstrução,tem vindoassumirumaimportânciacadavez
maiorem termosde desenvolvimentolocal e regional.
Página
52
Impactos negativosdas barragens:
 Alteraçõesvisuaisdaspaisagens
 Destruiçãototal ou parcial e aldeiase outras infraestruturas
 Destruiçãoda faunae florada região
 Destruiçãodopatrimóniohistóricocomvalorincalculável
Lagoas e albufeiras:
Queras lagoas,queras albufeirassãoimportantesreservatóriosde água doce.As
lagoaspodemterdiferentesorigens,masaquelasque existememPortugal,são
nomeadamente e de poucaprofundidade.
As albufeiras(lagosse formampeloenchimentoamontante de umabarragem)
constituemosmaisimportantesreservatóriosde águadoce superficial emPortugal.A par
disso,têma funçãode poderregularizarosregimesdosrios(controlandocheiase estiagense
permitindoaexistênciade umcaudal ecológico) e de produzireletricidadee reservarágua
para rega e abastecimentoàspopulações.
Águas subterrâneas:
A água da chuvapode infiltrar-se nosoloe subsolodevidoàgravidade.Durante a
infiltração,aágua pode encontrarumacamada de rocha impermeável,começandoa
acumular-se emprofundidade.Àsformaçõesgeológicasque permitema circulaçãoe o
armazenamentode águanosseusespaçosvazios,possibilitandoasuaexploração
economicamenterendível dá-se onome de aquífero.
Em Portugal, osaquíferossão de trêstipos:porosos,cársicose fissurados.
O Maciço antigoé pobre emaquíferos.Pelocontrárioabacia do Tejo-Sadoé
especialmentericaemreservasde águasubterrânea,comcerca de 72% do total do país. As
orlasocidentaise meridional têmgrande umagrande variedade de aquíferos,possuindocerca
de 21% das reservasextraíveis.
As regiõesdomaciçoantigosãoconstituídaspor rochas poucopermeáveis:xistose
granitos.A água só consegue infiltrar-seonde asrochasestãofissuradas.
A baciado Tejo-Sadopossui omaiorsistemade aquíferosdaPenínsulaIbérica.
Na orlaocidental,ossistemasaquíferossãoimportantese de elevadaprodutividade.
São regiõesonde hágrandesextensõesde rochacalcária,porvezesmuitocarsificada,oque
facilitaainfiltraçãodaágua. Asregiõescalcáriasda áreade Leiria-Fátimasãoextremamente
ricas emsubterrâneas –toalhascársicas. Existemmesmoriossubterrâneos,característicos
destasregiões,que,quandoafloramàsuperfície,constituemnascentescomcaudais
importantes,designadasporexsurgências.Porvezes,osrios,aochegara uma regiãocalcária,
desaparecemàsuperfície,tendoparte doseupercursosubterrâneo,aparecendonovamente à
superfície unsquilómetrosmaisàfrente,nasdenominadasressurgências.
Riscos atuais para as disponibilidadeshídricas:
As águassubterrâneassão afetadaspeloarrastarde poluentesatravésdainfiltraçãoda
água da chuva.Os riossão contaminadospor efluentes de váriasorigens,que sãodespejados,
diretamente nosrecursosde água.Asatividadeshumanasmaispoluidorasparaos recursos
hídricossão as atividadesindústrias,osefluentesdomésticose asatividadesagrícolas;
Causas & consequênciasda má gestão dos recursos hídricos:
Resíduosindustriais:podemsersólidosoulíquidos,ouaindaprodutosque podemser
dissolvidose arrastadospor águas de infiltração;
Página
53
Atividadesagropecuárias são tambémgrandespoluidorasdosrecursoshídricos,destacando-
se as descargas poluentesdacriaçãode porcos,ou a contaminaçãode aquíferosatravésde
pesticidas.
Efluentesdomésticos sãooutrogrande sector poluidordaságuas.Há nelasgrandes
quantidadesde víruse de bactériase,nos paísesmenosdesenvolvidos,onde nãoháredesde
esgotos,causamgrandesepidemiasde tifooude cólera,porexemplo.
Salinização, que ocorre nosaquíferosjuntoao litoral. EmPortugal continental,existemmuitos
aquíferosjuntoaolitoral e a sua sobre-exploração pode fazercomque a água salgada,mais
densa,penetre nosaquíferos,fazendochegargrandesquantidadesde águasalgadae furose
poços,inutilizandorecursoshídricospreciosos.
Eutrofização que estárelacionadocomo aparecimentode grandesquantidadesde algas
verdese azuisnosrios,lagose albufeiras.Estasalgasdesenvolvem-se devidoaolançamento
para os riosde grandesquantidadesde resíduosorgânicosque favorecemasua proliferação.
As algasmultiplicam-se,consomemgrande parte dooxigéniodaágua,podendolevar à
extinçãodavidanas águas superficiais;
Desflorestaçãopode dever-se aosincêndiosflorestaisouaoabate de florestaparadiversos
fins.Consequências:
 Diminuiçãodainfiltraçãodaságuasdas chuvasdevidoaoaumentodoescoamento
superficial,levandoaumaalimentaçãodeficiente dosaquíferos;
 Aumentodacapacidade erosivadaságuasde escorrência,que levagrandes
quantidadesde detritosparaosrios,lagose albufeiras,aumentooriscode cheiae
diminuindootempode vidaútil dasbarragens,devidoaoexcessode material
proveniente daerosão.
O consumo de água:
As nascentestermaisexistemespecialmenteanote dotejoe as debitammais água
localizadasnasorlasocidental e meridional e nonorte de Portugal.
A agriculturaabsorve maisparte do consumode agua,seguidadaindústriae,
finalmentedoconsumodoméstico.Assimamaiorparte da água para consumoé proveniente
dos aquíferos, àexceçãodosseguintescasos:
 Minho,regiãode lisboa,parao consumodoméstico;
 Regiãodoave,mondegoe vouga,para a indústria;
 Alentejoparaaagricultura;
Planos
Os planosde ordenamentodasalbufeira(POA)é dasbaciashidrográficas(POBH)
assumemparticularimportâncianagestãodosrecursoshídricossuperficiais,nosentidode
assegurarum melhorconhecimento,racionalizaçãoe utilizaçãodosrecursoshídricos.
Os POA estão centradosnasbarragense respetivasalbufeirase definemopçõese
orientaçõesrelacionadoscomocontrolode cheias,manutençãodocaudal ecológicodosrios
emépocasde verão,aproveitamentoturístico,definiçãode usosvariadosadar à água, entre
outros.
Os POBH sãode extremaimportância,sobretudonosriosinternacionais, ondetemde
haveruma boa articulaçãocom o paisvizinho.
2.4 Recursos Marítimos
Litoral- zonade contactoentre a terra e o mar. Noseusentidomaislato,dizrespeitoatodaa
regiãosoba influênciadiretae indiretadomar.
Página
54
Corrente marítima- fluxosde águas,resultantesdaconjugaçãodosventosdominantes,das
diferençasde temperaturae de salinidadee dosmovimentosde rotaçãoda terra.
Tipos de movimentosdo mar:
 Ondas
 Marés (descidae subidadonível médiodaságuasdo mar)
 Correntesmarítimas
Abrasão marinha/erosão marinha- erosãoprovocada pelomar,sendoespecialmente notório
nas arribase costas altas.
As águasdo mar atuam sobre os materiaisdolitoral,desgastando-osatravésdaação
químicae mecânica.
Três etapas:
 Desgaste
 Transporte
 Sedimentação
Potencialidadesdolitoral:
 Recursospiscícolas:
o Pesca
o Aquiculturaouaquacultura
o Indústriaconserveira
 Sal
 Algas
 Atividades turísticas
 Recursosenergéticos
o Energiade ondas e marés
o Energiaeólica
Tipos de costa:
 Costa de arriba- costa alta e habitualmenteescarpada,resultadaabrasãomarinha
sobre rochas de grande durezae resistência(granitos,xistos,calcários)
 Costa de praia- costa baixa,resultadaacumulaçãodas areiaspelomar,transportadas
ao longoda costa pelacorrente de derivalitoral.
Fatores para diferentestiposde costa:
 Naturezadasrochas
 Movimentosdomar
 Diversidade dosfundosoceânicos
 Ação das águasfluviaisjuntoà foz.
Acidentesdolitoral:
 Ria de Aveiro- uma árealagunaronde a água dorio Vouga acumulasedimentos
transportadose o mar depositaareiase outrossedimentosdevidoàscorrentes
marítimasdando origemainúmerasilhotasarenosas,que vãoaumentando,unindo
progressivamente e formandoumcordãoarenosoconstantemente assoreado,mas
que permite oacessoao porto de Aveiro.
 Ria de Faro- ria formosa,é o resultadodaacumulaçãode sedimentosmarinhos
provenientesdaerosãodolitoral dobarlaventoalgarviotransportadosaté ali pelas
correntesmarítimasde sentidooeste/estee sobretudodasareiasque estãona
Página
55
plataformacontinental e que omar fazchegar até próximoda linhadacosta. Formam-
se nesse local pequenasilhase cordõesarenosos,ideaisparaodesenvolvimentode
espéciesavícolase piscícolas.
 Estuários do tejo e sado- constituemoutraformade ação conjugadados riose do
mar. Os estuáriosconstituemotroçoterminal dosriospenetradopelasmarése onde
dominaa erosãosobre a acumulaçãode sedimentos.
 Tômbolo de Peniche- emtemposeraumailhaque pelofactode o mar acumular
sedimentos,se ligouaocontinenteatravésde umafaixade areia passandoa serum
cabo (caboCarvoeiro)
Recursos piscícolas- opeixe é orecurso maisexplorado.
Plataforma continental- margemdoscontinentesque estásubmersapelaságuasdo
oceano.Esta zonavai aumentandoprogressivamentede profundidadeaté 200 metros,
para descerbruscamente (taludecontinental) até aofundodooceano.A sua larguraé
variável aolongoda costa.
Talude continental- zonade transiçãoentre a plataformacontinental e asgrandes
profundidadesoceânicas.Écaracterizadoporum grande declive.
Planície abissal- designaçãoparao fundooceânicoonde a profundidadeé
de milhares de metros,corresponde amaisde 2/3 da áreaocupada pelosoceanos.
Caraterísticas favoráveisà concentração de recursospiscícolas na plataforma
continental:
 Maior agitação daságuas, o que significamaisoxigenação
 Menor teorde salinidade devidoà misturacomáguas doces
 Pouca profundidade(logomaiornebulosidade que favorece odesenvolvimentode
plâncton)
 A riquezadosnutrientes
3 áreas de grande riqueza piscícola
- Plataforma continental
- áreas onde ocorre o fenómenode upwelling
-áreas de contacto de correntesmarítimas diferentes.
Upwelling-subidaàsuperfície daságuasoceânicas,relativamentefrias,vindasde camadas
maisprofundas,emsubstituiçãodaságuassuperficiaisrepelidaspelosventosà superfície.
Estas correntesmarítimassão muitoricasemdetritosmineraise emplâncton,que favorecem
a abundânciade certas espéciescomoasardinha.
ZEE (zonaeconómica exclusiva) – faixacosteiracomuma larguramédiade 200 milhas,sobre a
qual os respetivospaísescosteirosdetêmosdireitosde exploração,conservaçãoe
administraçãode todososrecursos.
Importância do controlo ZEE:
 Controlodasquotasde pesa;
 Controlodotráfegonão só de produtosproibidos(drogas) mastambémprodutosque
metememriscoa segurança (armas);
 Controlara poluição;
 Evitar a pescailegal;
Página
56
Problemas:
Pescaem demasia;poluição;asuafiscalização,faltade embarcaçõesrápidas,de meios
eficazes,e de meiosaéreose informáticose técnicosespecializados.
Menor produção de espéciespiscícolasna ZEE portuguesa:
 Cotas de pescasestabelecidas
 Devidoàsobrepescaque porvezespara alémdospescadoresteremde pagaremuma
multaficamprovisoriamente proibidosde pescaremalgumasáreas
 Poluição
Pesca:
Águas nacionais:
 Embarcações de pesca local: sãoconstruídas emmadeirade formatradicional,
com um comprimento inferiora9 metros,trabalhamjuntoà costa (até 10
milhas) e utilizamtécnicasartesanais.
 Embarcações de pesca costeira: temuma dimensãosuperiora9 metros,
podemtrabalharemzonas maisafastada,mesmoforada ZEE, já possuem
algumastécnicasde conservaçãode peixe e têmautonomiaparaficarno mar
durante algunsdias(utilizamtécnicasmaismodernas)
Águas internacionaise afastadas:
 Embarcação de pesca de largo: têmgrande dimensão,e umatonelagem
superiora100 TABS,trabalhampara alémdas12 milhas,emáguas
internacionais,e têmumamédiade duas,trêssemanasno mar,praticandojá
uma pescaindustrial)
 Embarcação de pesca longínqua:são naviosgrandese bemequipados,com
grande autonomiaque trabalhammuitolonge doportode origem.Utilizamas
técnicasmaismodernas(sondas,radares) e temmeioseficazesde
conservaçãoe transformaçãodo pescadoe permanecemváriosmesesnomar.
 O consumomédiode peixe pelosportuguesesé de 22.5 kg/ano;
 O consumomédiodoshabitantesdospaísesdaEU é de 8.5 kg/ano;
 Portugal é o 7º maior consumidorde peixe.AsMaldivasestãoemprimeirolugar;
Esta atividade temumcontributoreduzidonoPIB,poisnãoultrapassaos0.8% e
apenasemprega0.5 do total da populaçãoativa;
Regiõesde maior atividade piscatória:
 O algarve e o centro são as regiõesde maioresdescargas,com26.5% e 23.8%
respetivamente;
 Lisboavema seguircom 17.3%
 Os açoresapresentamumvalorabaixocom 11.3%
 A Madeiraapresentaovalor maisbaixode descargasde apenas4.5%
As diferençasregionaisde descargasestãorelacionadascomostiposde pesca
praticadose com as condiçõesde infraestruturas portuáriose das
embarcações;
Com a entradade Portugal na EU e a obrigaçãode respeitarasnormas comunitáriasda política
comumde pescase os acordos que estatemcom outros países,as dificuldadesaumentame
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Geografia

  • 1. Página1 Resumosde GeografiaA – 10ºano MóduloInicial- A posição de Portugal na Europa e no Mundo
  • 2. Página2 Território- espaçoterrestre,marítimoe aéreosobre o qual os órgãospolíticosde um país exercemosseuspoderes. Constituiçãodo território Português  Portugal Continental  ArquipélagodaMadeira  ArquipélagodosAçores  Portugal temuma superfície de 92117 km2 :  Portugal continental:88967 km2  Açores2322 km2  Madeira828 Km2 Maior distância:Norte-Sul:560 km Este-Oeste:220km Região autónoma: territóriocomum sistemade organizaçãopoliticaque possui liberdade para se governarpelassuasprópriasleis,emboracomalgumadependênciarelativamenteao Estado-Soberano Regiõesautónomas:  Açores o Grupo oriental (este) –Santa Maria e SãoMiguel o Grupo Central – Terceira,Graciosa,São Jorge,Picoe Faial o Grupo Ocidental- Florese Corvo  Madeira o Madeira o PortoSanto o IlhasSelvagens o Ilhasdesertas
  • 3. Página3 Organização administrativa de Portugal O território português encontra-se organizado administrativamente em duas Regiões Autónomas (Açores e Madeira) e em 18 distritos no continente. Cada distrito divide-se em concelhose cada concelhoemfreguesias. Cidadania - vínculojurídico-políticoque,traduzindoapertinênciade umindivíduoaum estado,oconstitui,perante esse estado,numconjuntode direitose obrigações; Distrito- corresponde auma circunscriçãoterritorial bemdelimitada,que possui um representantedogoverno(18distritos) Concelho- Constitui umasubdivisãodosdistritos(308concelhos) Freguesias– Circunscriçãoadministrativaemque se subdivide oconcelho (4257 freguesias) NUT- nomenclaturadasunidadesestatísticasterritoriais(página1figura1) Localização absoluta de Portugal Continental,e das suas respetivasilhas: Portugal continental apresenta uma latitude compreendida entre os 36º57’ N (cabo de Santa Maria) e os 42º9’ N (foz do rio Trancoso) e uma longitude que varia entre os 6º 12’ O (fozda ribeiraCastro) e os 9º 30’ O (caboda Roca). O arquipélago dos Açores localiza-se a uma latitude que varia entre os 36º 55’ N e os 39º 43’ N e a uma longitude compreendidaentre osvalores24º 46’ O e 31º 16’ O. O arquipélago da Madeira localiza-se a uma latitude que varia entre os 30º N e entre os valores16º O e os 17º O de longitude. Localização relativa de Portugal Continental,e das suas respetivasilhas: Portugal continental apresenta uma localização periférica relativamente ao continente europeu. Localiza-se no extremo sudoeste da Europa e da península Ibérica e é no cabo da Roca que se pode encontraro pontomaisocidental de todoocontinente. O arquipélago dos açores e o arquipélago da Madeira localizam-se, relativamente a Portugal continental,aoeste e asudoeste,respetivamente. Pontos extremosna Europa: Norte:O cabo Norte (naNoruega) 72 º N Sul:A ilhacreta (naGrécia) 35ºN Oeste:Ocabo da Roca (emPortugal) 10ºO Este:Os montesUrais (naRússia) - 60ºE Finisterra– ponta ou cabo que termina uma região Importância geoestratégicados Açores: A sua localização(1/3 entre Europa e América) confere-lhe uma posição geoestratégica de enorme importânciaemtermosmilitares(base dasLajes).
  • 4. Página4 Norte Atlântico: Clima: influência atlântica, mais húmido, menores amplitudes térmicas do que o Norte Transmontano Relevo:maiordensidade nosprincipaiscentrosmontanhosos Vegetação:Folhacaduca Norte transmontano: Clima: influênciacontinental,elevadasamplitudestérmicasanuais, baixosvaloresde precipitação(emparticularnovale dodouro) Relevo:regiãoonde predominaosplanaltos Vegetação:vegetaçãomediterrâneanovale dodouro,e principais Afluentes,nasregiõesde altitude maiselevadadominamocastanheiro Sul: Clima: tipicamentemediterrâneo,verõesquentese secose invernos frescose húmidos Relevo:regiãoplanaonde se localizamasbaciasdo tejoe do sado,a Planície alentejana Vegetação:vegetaçãomediterrânea(oliveirase azinheiras) EFTA- European Free Trade association (associaçãoEuropeiade comérciolivre) Foi criada em1959, com assinaturadoTratado De Estocolmo.A condiçãoespecial que Portugal conseguiujuntodaEFTA,permitiu-lhealgumasvantagens,nomeadamente noque respeitaaocomércioexternoe que se concretizanumaumentodasexportações. Paísesfundadores:ReinoUnido,Áustria,Dinamarca,Noruega,Portugal,Suíçae Suécia Objetivosda EFTA:  Expansãoconstante daatividade económica  Plenoemprego  Aumentodaprodutividade  Exploraçãoracional dosrecursos  Estabilidade financeira  Melhoriacontínuado nível de vida  Importância da assinatura do tratado de Roma: Assinadoem25 de Março de 1957: este tratadopreviaa criação de um mercado internoque tinhaquatroobjetivosprincipais:asseguraralivre circulaçãodaspessoas,das mercadorias,dosserviçose doscapitaisnosestados-membros Paísesfundadoresda CEE: Alemanha,Bélgica,França,Itália,Luxemburgo,e PaísesBaixos
  • 5. Página5 Mercado comum – (estabelecimentode ummercadolivre de direitosentre estesestadoscom uma pautaexternacomum) Alargamentos: 1ºalargamento(1978) – ReinoUnido,Irlanda,Dinamarca 2º Alargamento(1981) – Grécia 3º Alargamento(1986) - Portugal e Espanha 4ºalargamento(1995) - Suécia,Finlândia,Áustria 5ºalargamento(2004) – Eslováquia,RepúblicaCheca,Polónia,Letónia,Eslovénia,Hungria, Chipre,Malta,Lituânia,Estónia. 6ºalargamento(2007) – Roménia,Bulgária Importância do tratado de Maastricht O objetivoeracriaruma economiaunificada,poispelaprimeiravezultrapassavao objetivoinicial dacomunidade de constituir ummercadocomume dá-lhe umavocaçãode únicapolitica,consagradooficialmente onome de UE, que a partir dai substitui ode CEE. Diferençasentre CEE e UE CEE (comunidade económicaeuropeia) que foi instituídopelotratadoque Romaque pretendia a criação de ummercado comumeuropeu,que facilitasseastrocas comerceiaporessaviao crescimentoeconómico; UE foi instituídapelotratadode Maastricht com esse tratadoassinalou-se umanovaetapano processode criação de uma uniãocada vezmaisaprofundavaentre ospovosda Europa,em que as decisõesserãotomadasaonível + próximopossível doscidadãos.Outraconsequência deste tratadofoi a criação de umanova moedaúnica – o euro. Importância do euro- vantagens:  Maior facilidade de comparaçãode preços  Mais segurançae maisoportunidadesparaasempresase osmercados  Maior estabilidade e crescimentoeconómico  Mercados financeirosmaisintegrados  Maior pesoda UE na economiamundial  Um símboloconcretoda identidade europeia Importância das relaçõesentre Portugal e as comunidadesde emigrantes: Portugal deve continuaradefenderasualíngua,costumese tradiçõesportuguesas atravésdos paísesemque se encontramemigrantesde línguaportuguesa Importância da CPLP (comunidade de paísesde línguaportuguesa) – preservare difundira línguaportuguesa Paísesque a constituem:Brasil,Angola,Moçambique,CaboVerde,SãoTomé e Príncipe, Guiné-Bissau,Portugal e Timor-Leste.
  • 6. Página6 ObjetivosCPLP:  Consolidaraidentidadecultural e nacional e plurinacional dospaísesde LP  Incentivaracooperaçãoeconómica,social,cultural,jurídica,e técnico-científica  Promovere enriqueceraLP  Melhorintercâmbiocultural e adifusãodacriação intelectual e artística  Aprofundaraconcertação da políticadiplomáticaemtermosde relações internacionais Paísesque constituemPALOP: Angola,Cabo-Verde,Guiné-Bissau,Moçambique,e SãoTomé e Príncipe ONU- fundada em 1945, na sequência da II Guerra Mundial, com o objetivo de criar condições para a manutenção da paz e da segurança no mundo, zelar pelos direitos fundamentais do ser humanoe contribuirparao progressoeconómico,tecnológico,científicoe cultural. Portugal passoua integrareste organismoem1955. NATO- A Organizaçãodo Tratado do AtlânticoNorte porvezeschamadaAliançaAtlântica,é uma aliançamilitarintergovernamentalbaseadanoTratadodo AtlânticoNorte que foi assinadoem4 de Abril de 1949. O quartel-general daOTAN estálocalizadoemBruxelas,na Bélgica,e a organizaçãoconstitui umsistemade defesacoletivanaqual osseusEstados- membrosconcordamcom a defesamútuaemrespostaa umataque porqualquerentidade externa. Outras organizações:  OCDE (organizaçãopara a cooperaçãoe desenvolvimentoeconómico)  OIT (organização internacional dotrabalho)  FAO(ONU) para a agriculturae alimentação  UNESCO (ONU) – educação,ciênciae património  OMS- organizaçãomundial de saúde  OMC – organizaçãomundial docomércio
  • 7. Página7 Tema 1 – A população portuguesa,utilizadorade recursos e a organizadora de espaços Unidade 1.1 A população: evoluçãoe diferençasregionais População absoluta de um território – nº total de habitantesde umlugar Para a contabilizarfaz-se censos Censosou Recenseamentos- contagemde todososhabitantesdopaís,por sexo, idade, distribuição,geográfica,e característicassocioeconómicas; Paísesdesenvolvidos –Paísesque temalto nível de desenvolvimentoeconómicoe social;Os paísesde desenvolvimentoapresentamumIDHe PIB elevados.Nestespaísesgeralmente os setoresterciáriose quaternáriospredominamnaeconomia; Paísesem desenvolvimento –Paísesque apresentamumabase industrial em desenvolvimentoe umIDH geralmente baixo.Nestespaísesosetorprimáriopredominana economia; Diferentesfasesdomodelode transição demográfica: o Fase 1  Própriadas sociedadesmaisprimitivas;  A populaçãoestabiliza,comvaloresmuitoelevadosde natalidade e de mortalidade;  Valoresde natalidade rondamos40% com valoresmuitoconstantes;  Valores de mortalidade muitoelevados, masporvezesmuitoirregulares; o Fase 2  Característicados paísesem iníciodoprocessode desenvolvimento;  Manutençãodos valoreselevadosde natalidade;  Declínioacentuadodamortalidade,devidoàmelhoriadascondiçõesde higiene e de saúde;  Crescimentodapopulaçãoaum ritmoacelerado; o Fase 3  Própriade países emplenoprocessode desenvolvimento;  Declínioacentuadodanatalidade,aqual desce para valorespróximosde 10%  Manutençãode valoresbaixosde mortalidade,devidoàsmelhoriasda assistênciamédica;  Estabilizaçãodocrescimentonatural,comvaloresmuitobaixosnanatalidade e na mortalidade; o Fase4  Própriade países que iniciarammuitocedoeste processode transição demográfica;  Valoresexcessivamente baixosde natalidade,podendoserinferioresaosda mortalidade;  Valoresde mortalidade muitobaixos,comtendênciaparauma ligeirasubida, devidoaoenvelhecimento;  Estagnação ou reduçãoda população
  • 8. Página8 Evolução da população portuguesa no séculoXX No períodoanterior a 1950 a populaçãoportuguesaregistouumgrande crescimento (elevadataxade crescimentonatural),àexceçãodoperíodoentre 1911 e 1920 devidoà1ª Guerra Mundial,à gripe pneumónicae a alteraçõespolíticasnasequênciadaimplantaçãoda república. Entre 1950 e 1960 a revoluçãodemográficaportuguesacomeçaaprocessar-se,ainda que Portugal tenhasidoaté à década de 60, um dospoucospaíses da Europaque não sofreuo processode envelhecimentodapopulação,apresentandoumapopulaçãojovem. Os fatores que contribuíram para esta situação foram: -característicasrurais -influênciadaigrejaCatólica -baixonúmerode mulheresatrabalharfora de casa -O reduzidousode métodoscontracetivos,bemcomo,de consultasde planeamentofamiliar,.. Entre 1960 e 1970 começoua registar-se pelaprimeiravezneste séculouma diminuiçãodapopulação. Para esta muitocontribuíram: -emigração -guerracolonial -alterações socioculturais(utilização de meios contracetivos,maior númerode mulheresnomercado de trabalho) Entre 1970 e 1981 regista-se umgrande crescimentodemográfico, Devidoa vários aspetos,nomeadamente: -fimdaguerra colonial -fimdosurto migratório -regressoalgunsemigrantes -regressodapopulação“retornada”de África Entre 1981 e 1991, a populaçãoportuguesapassoupor umafase de estagnação,um reflexodadiminuiçãodanatalidade. Entre 1991 e 2001 a populaçãoportuguesaaumentouligeiramente ultrapassandoos 10 milhões,asbaixastaxasde crescimentonatural foramcompensadaspelosurtomigratório proveniente de Áfricae dospaísesda Europa de Leste. Atualmente continua…  Baixataxa de mortalidade  Baixataxa de natalidade  Aumentodaesperançamédiade vida Natalidade – nº de nascimentosque ocorrememdeterminadolugarnum determinado períodode tempo Taxa de natalidade - númeromédiode nados-vivosporcada 1000 habitantes
  • 9. Página9 = NATALIDADE POPULAÇÃO TOTAL x1000 Taxa de fecundidade - NASCIMENTOS TOTAL DE MULHERES DE 15/49 x1000 Índice sintéticode fecundidade –nº médiode filhosporcada mulher Índice de renovação de gerações – nº médiode filhosque cadamulherdeveriaterpara assegurara substituiçãode gerações Variação da taxa de natalidade -Ospaísesde TN maiselevadalocalizam-se normalmente nosÁfricae noMédio Oriente (paísesemdesenvolvimento) -Ospaísescom TN mais baixa,localizam-se ondeexiste ummaiordesenvolvimento nomeadamente nohemisférionorte,casodaUE e dosEUA. (paísesdesenvolvidos) Natalidade no sei europeu Portugal registaumvalormuitoidêntico àmédiada UE, no entantoexistemoutros paísesque emboracom valoresbaixosjámelhoraramligeiramentedevidoaoincentivoda natalidade. Evolução da taxa de natalidade A taxade natalidade temvindoadiminuirdesde 1960, atingindooseumínimo,10.4% em2004. Numprimeiroperíodo,entre 1960 e 1991 o decréscimofoi muitoacentuadode 24.2% para 11.8%, posteriormente de 1991 a 2004, a taxa de natalidade continuouadiminuir emborade forma maisgradual de 11.8% para 10.4% Fatores:  Emancipaçãoda mulhere a sua entradapara o mundodotrabalho  Acessoao planeamentofamiliare ageneralizaçãodocontrolodanatalidade  Aumentodaidade docasamento  Mudança de mentalidades  Aumentodonível de instruçãoe o alargamentodo períodode escolaridade obrigatório As regiõesdolitoral,Algarve,Norte,Madeirae Açoressãoas que têmmaior TN atualmente e asdo Interiorasque têmvaloresmaisbaixos. Mortalidade- nº de óbitosque ocorrememdeterminadolugarnumdeterminadoperíodode tempo; Taxa de mortalidade- A taxa de mortalidade permite-nosconheceronúmeromédiode óbitos por mil habitantes. = MORTALIDADE POPULAÇÃO TOTAL x1000 Mortalidade infantil – nº de óbitosde crianças com menosde 1 ano de idade.
  • 10. Página 10 Taxa de mortalidade infantil- nºde óbitosde criançascom menosde um ano de idade observadonumdeterminadoperíodo,referindoaonº de nadosvivosdomesmoperíodo (habitualmente expressaumnúmerode óbitosde criançascommenosde 1 ano por 1000 nados-vivos) = Nº DE CRIANÇAS FALECIDAS DE UM ANO DE IDADE Nº DE NADOS VIVOS x1000 Variações da mortalidade: -Taxasmaiselevadasocorremnospaísesmenosdesenvolvidos,nomeadamentenos continentesafricanoe asiático,onde se registamproblemasde alimentaçãoe noscuidadosde saúde; -Ospaísesdesenvolvidosregistamvaloresestáveis,umavezque oenvelhecimentoda populaçãoe a morte natural da velhice sãocompensadospelaexcelênciadoscuidadosde saúde e dos níveisalimentares.Portugal estáinseridoneste grupo. Portugal no seioda Europa – TM & TMI Apesardospróximosvaloreseuropeus,Portugalem2001 apresentavaumvalor ligeiramente superioràmédiada UE, issodeve-se aomaiordesenvolvimentodosnossos parceiros,que se traduznuma melhorassistênciamédica,e noacompanhamentoaosidosos. Na TMI, apesarde Portugal continuara serum dospaíses com maiorTMI na UE, Portugal temregistadoaolongodostempos,umelevadodecréscimodaTMI. Evolução em Portugal  Taxa de Mortalidade Entre 1960 e 2004 não evidenciaalteraçõessignificativas,diminui de 10,4% para 9.7% tendoatingidoummáximode 10.5 em1991;  Taxa de Mortalidade Infantil A taxade mortalidade infantildiminui drasticamente desde 1950 atingindoo seumínimo4.1% em 2004. Numperíodoentre 1950 e 1991, o decréscimofoi muitoacentuadode 14.9% para 10.9% posteriormente de 1991 a 2004 a TMI continuaa diminuir,emborade formamaisgradual passandode 10.4% para 4.1% Fatores para a diminuiçãoda TM:  Melhoriadoshábitosalimentares  Cuidadosde saúde maiseficazes  Melhoriadascondiçõese de hábitosde higiene  Melhoriadascondiçõesde trabalho(segurançanotrabalho) Fatores para a diminuiçãoda TMI:  Generalizaçãode umarede de assistênciamaterno-infantilque permitiu melhoraro acompanhamentodasgrávidas(realizaçãode examesde diagnóstico,análises, ecografias)e dosbebésnosprimeirosanosde vida  Realizaçãode partosemhospitais  Generalizaçãodavacinainfantil
  • 11. Página 11 Contrastes regionais: Taxa de mortalidade: Os valoresmaiselevadosregistam-senocentroe no sul do território,atingindoo máximoemPinhal InteriorSul (16.5%) e osvaloresmaisbaixoslocalizam-senoNorte (sobretudonoLitoral,sendoomínimonaregiãoAve) Taxa de mortalidade infantil: Os valoresmais elevadosencontram-se naregiãoNorte (sobretudointerior),no AlentejonaMadeirae nosAçores,atingindoomáximonaMadeira(7%).Os valoresmais baixoslocalizam-se naregiãocentroe regiãoLisboa,sobretudonoLitoral,sendoaregião Pinhal Litoral que apresentaovalormínimo Crescimentonatural = natalidade –mortalidade Taxa de crescimentonatural= taxa de natalidade –taxa de mortalidade Saldo migratório= imigrantes –emigrantes Crescimentoefetivo=crescimentonatural +saldomigratório Taxa de crescimentoefetivo = CRESCIMENTO NATURAL+SALDO MIGRATÓRIO POPULAÇÃO ABSOLUTA x1000 Emigração- saída de pessoasparaum país estrangeiro. Imigração- entradade populaçãoestrangeiranumpaís. Consequênciasdaemigração PARA O PAÍS DE ORIGEM PARA O PAÍS DESTINO POSITIVAS NEGATIVAS POSITIVAS NEGATIVAS  Entrada de divisas  Difusãode novas ideiase costumes  Concentração fundiária,porque os agricultores que migram acabam por venderas explorações agrícolas  Perdade mão-de- obra com plena capacidade produtiva  Desequilíbrio entre os sexosjáque grande parte dos emigrantesé formadapor homens  Envelhecimentoda populaçãoe diminuiçãodataxa de natalidade  Aumentoda disponibilidadede mão-de-obra  Rejuvenescimento da populaçãoque se revelanuma maiorcapacidade empreendedorae na dinamizaçãoda economia.  Aumentodas taxasde desemprego  Problemas habitacionais que levamà proliferação de bairrosde lata e de bairros clandestinos
  • 12. Página 12 Taxa de crescimentonatural nos PD e PDE: Se a populaçãoaumentaanível mundial é graças ao contributodosPED que apresentamaindavaloreselevadosde taxade natalidade,nosPDocrescimentonatural já apresentavaloresnulosounegativos. +no contexto europeu: Os valoresdataxa de crescimentonatural emPortugal sãoidênticosà médiadaUE. Existempaísescomsituaçõesmaisgraves,ex.:Bulgáriae Hungria. Evolução da Taxa de crescimentonatural em Portugal Temacompanhadoa descidada TN, peloque temdiminuídosignificativamentedesde 1960, quandoo valorera de 13,37% para em 2001 serapenasde 0,7%. Apesardeste decréscimoPortugalcontinuaaapresentarumcrescimentonatural positivo. Diferençasregionaisda taxa de crescimentonatural: Litoral (crescimentopositivoounulo) e ointerior(comtodasasregiõesaregistarum crescimentonegativo); Evolução da taxa de crescimentoefetivoemPortugal A T.C.E temvindoa descerdevidoà quebradanatalidade relativamente àtaxade crescimentoefetivodepoisde tersidofrancamentenegativonosanos60 e iníciodos 70 (o valormínimoregistou-se em1966, com -0.84%) emresultadodaemigraçãopara a Europa. Portugal conheceuumarecuperaçãonoperíodode 1975 a 1985 com o resultadodoregresso das populaçõesdasex-colóniase dofimdo surtomigratório. Nosanos 90, Portugal passoude umpaís de origemde emigrantesparaumpaís de destinomigratório. Contrastes regionaisassociadosà taxa de crescimentoefetivo: No litoral,ataxade natalidade é maiselevada,devidoà concentraçãopopulacional nessasregiões,emcontrapartidaointeriorestáaficardesertificado devidoaosfluxos migratóriosdaspopulaçõesjovens. Há mais imigraçãonolitoral porque sãoregiõesmaisricase há maisoportunidadesde emprego. Esperança média de vida- nº médiode anosque uma pessoaà nascençapode esperarviver, mantendo-se astaxasde mortalidade poridadesobservadonummomento Envelhecimentodemográfico- aumentodaproporçãode pessoasidosasnoefetivototal das pessoas. Qualidade de vida- noção complexae subjetivarelacionadacoma satisfaçãodasnecessidades do domínioeconómico,social,psicológicoe ambiental.Podesersinónimode confortoe de bem-estar. Esperança média de vida a nível mundial: -Ospaísesdesenvolvidosonde aEMV ronda os77 anosde idade consequênciadas melhorescondiçõesde saúde e apoioà3ª idade (Japão,EUA,UE) -Ospaísesmenosdesenvolvidosonde aEMV ronda menosde 50 anos consequência das carênciasalimentares,doscuidadosde saúde e de conflitos(África)
  • 13. Página 13 +Na europa: Portugal temuma esperançamédiade vidanos78.17 anos,sendode 74.84 para os homens,e de 81.3 para as mulheres.Portugal estádentrodaesperançamédiade vidadaUE. Fatores para o aumentoda EMV: -alimentaçãomaisricae variada -cuidadosde saúde maiseficazes -avançosna medicina -assistênciaaosidosos -Melhorqualidade de vida Contrastes Regionais No litoral registam-se osvaloresmaiselevadosde EMV,devidoao acessoaos melhorescuidadosmédicos.Nointeriorregistam-se osmaisbaixosdevidoaausênciadeste fator. Estrutura etária-Distribuiçãodapopulaçãoporidadese sexos Grupo etário- grupode idades:grupode jovensaté aos14 anos,grupo dosadultosde 15 aos 64, e o grupode idososde 65 e maisanos. Classe etária- grupode indivíduosque apresentamidadesmuitopróximas Na estrutura de uma população há três grandesgrupos etários: -Jovens(0-15anos) -Adultos(15-64anos) -Idosos(+65anos) Tipos de pirâmidesetárias -Pirâmide Jovemoucrescente:Base largae topoestreito,paíspoucodesenvolvidocomTN elevadae baixaEMV -Pirâmide AdultaouTransição:Zonacentral tão larga quantoa base,país em desenvolvimento com uma ligeiraquebranaTN -Pirâmide IdosaouDecrescente:Base estreitae Topolargo,país desenvolvido,baixaTN e elevadaEMV -Pirâmide rejuvenescente:IdênticaàIdosa,ligeiroaumentonalargurada Base fruto das políticasnatalistas Classe Oca: É o nome que se dá a uma classe que é menordo que aquelaque representao escalãoetáriosuperior. Evolução da estrutura etária emPortugal Foi até à década de 60 um dospoucospaíses a possuirumapopulação predominantemente jovem. Para este facto contribuíram: -característicasrurais -poucadifusãodosmétodoscontracetivos
  • 14. Página 14 -fraca presençade mulheresnomercado de trabalho -a elevadanatalidade Na década de 60 verificou-se algumaalteraçãocomoconsequênciadaguerracolonial e da emigração. Na década de 70 verificou-se maisuma alteração como consequênciado: -êxodorural -alargamentodaescolaridade obrigatória -alterações domodode vida Atualmente a pirâmide de Portugal é idosatendocomofatores: -diminuiçãonatalidade -diminuiçãomortalidade -aumentodaEsperançaMédia de Vida Estrutura etária portuguesa pós integraçãona UE Acentuou-se oenvelhecimentodapopulação,verificando-se umclaroestreitamento da base,diminuiçãode jovense umalargamentonaparte médiae superiorda pirâmide que corresponde aoaumentodonº de adultose jovens. Possíveiscenáriosno futuro da Estrutura etária portuguesa Dá continuaçãoà evoluçãoiniciadaem1981: tendênciaparao envelhecimentoda população. Estrutura etária portuguesa no contextoeuropeu A nossaestruturaetáriaestámuitoparecidacom os outrosPD, ousejaidosa e decrescente. Contrastes regionaisna Estrutura etária portuguesa: Mais idosos:regiãocentroe Alentejo Mais jovens:Norte e regiõesautónomas Êxodo rural: expressãoque evocaapartida emmassadas populaçõesruraisparaas cidades Relação de masculinidade:nºde homensporcada 100 mulheres População ativa: Considera-seapopulação ativao conjuntode indivíduoscomidade mínimade 15 anos que constituemmão-de-obradisponível paraa produçãode e de serviçosque entramno circuitoeconómico.Englobaosempregadose osdesempregados. Geralmente ototal de ativose inativos temsidosemelhante,mascomcerta tendência para uma crescente superioridaderelativados ativos. Populaçãoativa População empregada População desempregada
  • 15. Página 15 Estrutura da População Ativa: Distribuiçãodos ativospelossetoresde atividade(primário, secundárioe terciário) Setores:  Primário(agricultura,pecuária,pesca,silvicultura,exploraçãomineira)  Secundário(construçãocivil,indústria,fornecimentode água,gáse eletricidade)  Terciário(comércio,transportes,telecomunicações,turismo, serviços)  TerciárioSuperiorou Quaternário(tecnologias,profissõesliberaise de investigação) Evolução da população por setores: -diminuição dapopulaçãoa trabalharno setorprimárioà medidaque opaís se vai desenvolvendo(mecanização) -aumentoinicial daatividade secundáriae posteriordiminuiçãoemfunçãodos avançostecnológicos -aumentogradual daatividade terciárioà medidaque osoutrossetoresse vão modernizandoe incorporandomaisserviços  NosPED o setor predominanteé osetorprimário,e secundárioà medidaque se vão industrializando.NosPDossetorespredominantessão: oterciário e o secundário,tal comose verificaemPortugal. Taxa de atividade –Relaçãoentre a populaçãoativae a populaçãototal = POPULAÇÃO ATIVA POPULAÇÃO TOTAL x100 Contrastes regionais:  Regiãode Lisboae Vale doTejo:Apresentavaloresmaispróximosdos países desenvolvidos,baixosetorprimário,presençaimportante dosecundárioe maioritariamente terciário.  RegiõesAlgarve e Madeira:grande presençasetorterciário,frutodoturismo  RegiõesAlentejoe Açores:Predomínio dosetorterciário,masumapresençaainda significativadosetorprimário  RegiãoNorte:Setorsecundárioidênticoaoterciário  RegiãoCentro:Distribuiçãomaisequilibrada,presençassignificativasde todosos setores,compredomíniodoterciário Qualificação profissional:conjuntode aptidões,conhecimentos,certificaçõese experiências adquiridasque permitemexerceruma determinadaprofissão. Analfabetismo- nãosaberescrevernemler. Taxa de analfabetização - Percentagemde pessoasque NÃOsãocapazesde ler,escrevere compreenderumtextosimples; = POPULAÇÃO ANALFABETA POPULAÇÃO TOTAL X100 Alfabetismo- saberlere escrever Taxa de alfabetização- Percentagemde pessoasque sãocapazesde ler,escrevere compreenderumtextosimples; = POPULAÇÃO ALFABETA POPULAÇÃO TOTAL X100
  • 16. Página 16 Taxa de escolarização- proporção da populaçãoresidenteque estáafrequentarumgrau de ensino,relativamente aototal dapopulaçãoresidente dogrupoetáriocorrespondente às idadesnormaisde frequênciadesse graude ensino; = NÚMERO DE ESTUDANTES NUM NIVELDE ENSINO POPULAÇÃO PERTENCENTEA ESSE NIVEL X100 Portugal comparativamente à EU O baixonível de escolaridadee afalta de qualificaçõesprofissionaisdapopulação portuguesa- frutode atrasosacumuladosdopassado- colocaPortugal na cauda da UE. A médiadonº de anosde escolaridade naUE é de 8,2 anos,enquantoPortugal é de 5,9%, contrastandocom a Suéciaque é de 11,4% Evolução do grau de instrução em Portugal Apesarde continuaratrasadorelativamenteaospaísesmaisdesenvolvidosdaEuropa e doMundo, Portugal temregistadoumagrande evoluçãoemtermosdosníveisde instrução da sua população. Em 1960 a quantidade de populaçãosemensinoprimário,atingiaos60%, enquantoo ensinosuperiorse limitavaaapenas0,6% da população Em 2001, semensinoatinge 12% e quantoao ensinosuperior6% comcurso já concluídoe 4% a frequentar. Estesvaloresindiciamumafrancamelhoriadosníveisde instruçãoparaos quaiscontribuem fatorescomoo alargamentoda escolaridade obrigatória,que erainicialmente de 4anos (até 1964) passandopara6 anos (até 1973) e de 8 anos (entre 1973 e 1986), e depois9 anos,e atualmente 12 anos. Outro fatorimportante é a valorizaçãosocial dainstruçãoe a penalizaçãodotrabalho infantil. Vários problemasda população portuguesa: -envelhecimentodapopulação -declíniodafecundidade -Baixonível educacional -Desemprego Envelhecimentodapopulação no mundo: -Ospaísesdesenvolvidos,comvaloressuperioresa15% (Europa,AméricadoNorte,Oceâniae Japão) -Ospaísesmenosdesenvolvidos,comvaloresinferioresa10% (Ásiae África) -Ospaísesem desenvolvimento,comvaloresentre os10 e os 15% onde existempolíticasde diminuiçãodanatalidade. Índice de envelhecimento- percentagemde indivíduos(com+de 65 anos) relativamente aonº de jovens(comidade inferiora15 anos)
  • 17. Página 17 Evolução do índice de envelhecimentoemPortugal A populaçãoidosaportuguesatemvindoacrescerde forma consciente,nosúltimos70 anos, essatendênciadeverámanter-seaté 2020, anoem que cada 2 em10 portuguesesterão maisde 65 anos. De acordocom os dados apresentadosnoIIIcongressode demografia,enquantoem 1941 existiam505600 idosos,em2002 estavamrecenseados1735542 o que significaum crescimentode 243% valormuitosuperioraocrescimentodapopulaçãototal que foi de 34%. Assim,enquantoem1941 as pessoascommaisde 65 anosrepresentavam6.5% da populaçãoem2002 elaspassarama representar16.7% e em2020, estima-se que representam 19.2% Contrastes regionais:  Em todo o interiore aindaemalgumasregiõesdolitoral centroe sul,o índice ultrapassaos100% sendoovalormais altona BeiraInteriorsul com218,9%  No litoral,especialmente noNorte,e aindamaisnasregiõesautónomasdosAçorese da Madeira,assiste-se aumclaro predomíniodosjovensrelativamente aosidosos,a causa destesvaloresassentananatalidade que é muitosuperiornestasregiões  A Grande Lisboae a penínsulade Setúbal,assimcomooAlgarve,apresentamvalores intermédios,emconsequênciadaatração de populaçãoemidade jovemque se deslocapara estasregiõesembuscade empregoe qualidade de vidasuperior,oque minorao processode envelhecimento Índice de DependênciaTotal - % de não ativosemrelaçãoaos ativos Índice de Dependênciade idosos- %de idososemrelaçãoaonº de ativos Temregistadoumaevoluçãoregular,passandode 12,7 (anos60) para 24% em2001. Índice de Dependênciade jovens- %de jovensemrelaçãoao nº de ativos Temregistadoumadescidade 46% para 23%, ou seja,cerca de metade.  A populaçãoinativatem vindosempre aaumentardevidoàpopulaçãoidosa,issovai originarproblemaseconómicos,oque tambémnãofavorece apopulaçãojovemque é cada vezem menornúmero.Nofuturose estavariação nãose alteraros jovensvão ter problemasemcriatividade e inovação Consequênciasdoenvelhecimento:  Aumentodoíndice de dependênciade idososfazcomque a populaçãoativatenha cada vezmais encargoscom a populaçãoidosa  Diminuiçãodapopulaçãoativaconduza uma reduçãona produtividadedopaís  Diminuiçãodoespiritonadinamizaçãoe inovação, que emgeral sãocaracterísticasda populaçãomaisjovem  Diminuição daprodutividade,porqueemprincípio,osjovensserãomaisprodutivosdo que os empregadosemfimde carreira  Aumentodosencargossociaiscomas reformase com a assistênciamédicaaosidosos  Reduçãona natalidade,umavezque estãoadiminuirosescalõesetáriosonde a fecundidade é maiselevada;
  • 18. Página 18 Taxa de Fecundidade:Nºde nascimentosporano,por mil mulherescomidade entre os15 e os 49 anos Índice de renovação de gerações: valorque corresponde aonº de filhosque emmédia,cada mulherdeveráter(valormínimo2,1); Índice sintéticode fecundidade: nºde crianças que emmédiacada mulhertem Declínioda fecundidade: Na U.E. o decréscimo temsidoconstante. Portugal em1960 registavaumvalorde 3,1 filhospormulher,nºapenassuperadopela Irlanda. Atualmente PortugalregistaovalormédiodaU.E ou seja1,5 filhospormulher. Irlandaregistao valormaisalto1,9 filhose Espanhae Itália osmaisbaixoscom 1,2 p/mulher. Literacia- competênciasbásicasde leitura,escritae cálculoe aindade interpretaçãode situaçõesde diagnósticoe de solução de problemas; Atualmente,apesarde ter12 anosde escolaridade obrigatória, Portugalcontinuaa ocupar uma posiçãointermédia,nocontextomundial,registandovaloresinferioresaosmais desenvolvidos Tem existidoumprogresso neste setor,nomeadamente: -diminuiçãodataxade analfabetismo -aumentodataxa de escolarização -aumentodaescolaridade obrigatória Desemprego- Ofertade mão-de-obradisponívelsuperioràprocura. Suspensãoforçadade trabalho. Emprego Temporário:Estatuto precáriode emprego.Otrabalhador temum vínculopequeno com a entidade empregadora.TrabalhoSazonal. Desempregoou subemprego:empregoatempoparcial,quandoo empregadotem capacidade de desempenharastarefasa tempointeiro,implicaqualificaçõesaquelasque o empregadopossui e nãohá garantiasde continuidade e ossaláriossãosempre baixos Taxa de desemprego= NUMERO DE DESEMPREGADOS POPULAÇÃO ATIVA X100 Regista-se um contraste entre: -Os paísesmenosdesenvolvidos têmprecáriossistemasestatísticos,porissoé maisprovável que a taxa de desempregosejasuperioraosvaloresque ossistemasregistam.A presençade trabalhotemporário,subemprego,trabalhoinfantil e outrasformasde trabalho,precário,que é menosfrequentesnospaísesdesenvolvidos,sãofatoresque distorcemosníveisde desemprego. -Os paísesmais desenvolvidos apresentamrealidadesmuitodistintas,conformeoatual estadode desenvolvimentodasuaeconomia.Comoa Espanha(20%) e Japão (3%),existe uma grande diferença.
  • 19. Página 19 Na U.E O desempregoconstitui umdosmaioresproblemasdaU.E, poisalémde umproblema económico,devidoaosrecursosfinanceirosnecessáriosparaopagamentode subsídios(em vezde seremutilizadosnoutrossetores). É tambémum grave problemasocial pelasimplicaçõesque temjuntodaspopulações por ele afetadas. Portugal registaatualmente umdosvaloresmaisaltosde sempre. Evolução do DesempregoemPortugal  Crescimentoaté 1986 comoconsequênciadasalteraçõeseconómicasocorridasapóso 25 de Abril e agravadaspeladiminuiçãodosurtomigratórioe peloregressodos retornadosdasex-colónias.  Decréscimono períodoentre 1986 e 1992, altura emque a adesãoà UE e a chegada de incentivoseconómicoscriarammuitospostosde trabalho.  Novo crescimentoentre 1991 e 1996 emconsequênciadacrise económicanospaíses maisdesenvolvidoscomoosda U.E, EUA e Japão que constituemosprincipais investidorese clientesde Portugal  Novo decréscimoaté 2000 graças ao crescimentoeconómicoresultante doquadro comunitáriode apoioe a realizaçãode váriasobras públicas(Expo98,Ponte Vascoda Gama, AeroportodaOta ou Barragem doAlqueva. Causas do desemprego:  Baixosníveisde instruçãoe formaçãoprofissional  Dificuldade naprocurado1º emprego  Proliferaçãode contratosacurto prazo  Desigualdade de oportunidades,entre homense mulheres Consequências:  Insegurança/instabilidade nascondiçõesde vidadapopulação  Precaridade doemprego  Saláriosbaixos  Aumentodapobreza Para diminuiro desemprego:  Melhoraro nível de instruçãoe formaçãoprofissional nasnovastecnologias  Melhorara apetibilidade e a reconversãoparanovasáreas profissionais,atravésde reforçosde novastecnologias  Promovera transiçãoadequadadosjovensparaa vidaativa Políticademográfica: conjuntode medidase de programasimplementadospelosgovernos de formaa estimularou não,a natalidade. PolíticaNatalista: Pretende aumentarosíndicesde natalidade,comoé o caso dospaíses desenvolvidosaplica-se estapolíticadevidoaoenvelhecimentodapopulação e aosbaixos
  • 20. Página 20 níveisde natalidade ochamadoduploenvelhecimento.Oque pode provocargrandesencargos financeirosnossistemasde segurançasocial que entramemruturaou mesmofalência. Propõe-se: -subsídiosprogressivosatribuídosaoscasaisa partir doprimeirofilho,atingidovalormuito consideráveisapartirdos quatrofilhos. -serviçosmédicose materno-infantistotalmentegratuitos. -Alargamentodoperíodode licençade partopara os pais,podendousufruirdestaopai ou a mãe. -incentivosfiscaisatribuídosafamíliasnumerosas -facilidadesconcedidasasfamíliasna pré escolarizaçãoe escolaridade -facilidadesnoacessoàhabitação,compatíveiscomo alargamentodoagregadofamiliar -reduçãodohorário e atribuiçãode subsídiosparaa mãe no períodode amamentação -Legislaçãolaboral que protege amulherdurante agravideze noperíodopósnatal PolíticaAnti natalista: Visareduzirsignificativamente astaxasde natalidade verificadascomo é o caso dospaísesmenosdesenvolvidos. Propõe-se: -Subsídiosaoscasaiscom um sófilhoe agravamentodosimpostosacasais com muitosfilhos. -Campanhasde sensibilizaçãoparaoscasamentostardios e para a integraçãoda mulherno mercadode trabalho -Aumento donível de instrução -Programas de Planeamentofamiliar -LegalizaçãodoAborto -Esterilização Incentivosà natalidade: Nível económico: -abonose subsídiosprogressivosemfunçãodonº de filhos. -assistênciamédicae educaçãogratuitas -incentivosfiscaisparaasfamíliasnumerosas -créditoà habitaçãomaisfavorável afamíliasgrandes Nível legislativo: -alargamentodoperíodode licençade partopara ospais (tantopai como mãe) -reduçãodohorário e atribuiçãode subsídiosparaa mãe no períodode amamentação -legislaçãopóslaboral (protege amulherdurante agravideze pósparto) Incentivosà natalidade Nível dasautarquias: - Por cada criança que nasce as câmaras oferecemmaterial escolar,e umasérie de incentivos, nomeadamente nointeriordopaís, onde o problemaé aindamaisacentuado. Importância da qualificaçãoprofissional: Para melhoraras qualificaçõesiniciaise paraosindivíduosestaremaptosparaas exigênciasdaentidade empregadoraparase adaptaremao desenvolvimentode novas tecnologiastêmde requereroutrasqualificações
  • 21. Página 21 Nível de instrução e o emprego: Durante muitosanos,as pessoasque tivessemcursosuperiortinham emprego garantidodepoisde acabaremo curso.Nosdias de hoje terqualificaçõesnãoé sinónimode ter emprego.Énecessáriomelhorarosseusníveisde instrução DesenvolvimentoSustentável: Conceitode desenvolvimentoque assentanumacorreta utilizaçãodosrecursosfísicose humanose que visauma grande qualidade de vidada população,evitandosituaçõesde pobrezae de qualquerformade exclusão. Medidasde um desenvolvimentosustentável paraPortugal: -Apostanosetorda educação -Aumentodashabilitaçõesgeraisdapopulação -alargamentodaescolaridade obrigatóriaparao12ºano -apostano ensinotécnico-profissional -Apostanaformação profissionale narequalificaçãodostrabalhadoresmenosqualificados -Apostanainvestigaçãocientíficae tecnológica -Criaçãode novoscentrostecnológicos -Desenvolvimentodoensinoàdistância
  • 22. Página 22 1.2 A distribuição da população Focos demográficos- onde hágrandesconcentraçõesde populações; Vazioshumanos- onde a populaçãoé escassa Distribuição- traduz a disposiçãodosindivíduosnomundo Densidade populacional – é a intensidadedopovoamentoexpressapelarelaçãoentre onºde habitantese a áreaterritorial (habitualmente expressaemhabitantesporkm2 ) Nº DE HABITANTES ÁREAS DASUPERFICIE Distribuição da população no mundo: -Cercade 90% da populaçãohabitano hemisférionorte -Cercade 70% está concentradaentre osparalelos20º e 60º N, ouseja,um claropredomínio para a zonatemperadanorte. -Cercade 90% habitaaté 500 metrosde altitude -Maisde 2/3 vive auma distânciainferiora500 km domar Distribuição da população na Europa: - A maiorconcentraçãona Europa ocorre nas regiõesocidental e central,onde se localizam: ReinoUnido, França,Bélgica,Holandae Alemanha. - O norte da Europa (penínsulaEscandinava) é aregiãode menorconcentraçãohumana. A distribuiçãoda população portuguesa: A distribuiçãodapopulaçãotemregistadoumatendênciaque acompanhaahistória do nossopaís. Ouseja,uma maiorconcentraçãode populaçãonolitoral doque no interior. Grande Densidade -NaGrande Lisboae no Grande Porto -Densidadesimportantesemtodoolitoral desde onorte (Minhoe Lima) até ao Algarve,a únicaexceçãoé o Alentejolitoral -RegiãoautónomadaMadeiraa destacar-se relativamente àdosAçores,registando densidadesmuitosuperiores Baixa Densidade -Todaa regiãodointeriordesde oAltoTrás-os-Montesaté aoBaixoAlentejo DensidadesMédias -Douro(VilaReal) -Viseu -Covada Beira(Covilhã) Área metropolitana- Espaço geográficode carácterurbano com elevadadensidade populacional,que abrange umagrande cidade e osterritóriospolíticae administrativamente autónomosque lhe estãofronteiriçose próximos.Noslimitesgeográficosdeste espaço,mais ou menosalargado,háuma grande mobilidadequotidianade pessoasentreasáreasde residênciae asáreasde trabalhoe vice-versa.EmPortugal foramcriadasas áreas metropolitanasde Lisboae doPorto,pelaLei n.º44/91, de 2 de agosto,que se definemcomo "pessoascoletivasde direitopúblicode âmbitoterritorial e visamaprossecuçãode interesses própriosdaspopulaçõesdaárea dosmunicípiosintegrantes". A complexidade de problemasque asaltasdensidadespopulacionaiscolocamconstitui o justificativoprincipal paraa criação destaestruturade gestãocom carácter supramunicipal.
  • 23. Página 23 Bipolarização- termo que designaaforça atrativaque Lisboae Portoe as suas áreas metropolitanasexercemsobre aspopulaçõese atividadesdopaís. Litoralização -Processoque corresponde aumamaiorconcentraçãopopulacional juntoàfaixa litoral.Este fenómenocria,emgeral,grandesdesequilíbriose assimetriasregionais,jáque a estasáreas opõem-se,muitasvezes,extensasáreasde desertificaçãonoque se refere à ocupação humana.Este processodecorre dofacto da proximidadeaomar constituirum importante fatornafixaçãodas populações.Paraeste factocontribuem, sobretudo,a influênciade umclimamaisamenonolitoral,a possibilidade de se desenvolveraatividade piscatória,de recolhadosal e a grande acessibilidade de que estasregiõescosteiras normalmente usufruem.Tal situaçãogeográficacondiciona,consequentemente,ainstalaçãoe o desenvolvimentodasatividadeseconómicas(indústriae serviços) que,porsuavez,são extremamente atrativasparaa população.Nocasode Portugal continental,este fenómeno assume umgrande destaque,sobretudonafaixalitoral limitadaentre Bragae Setúbal. Urbanização-processode construçãoe expansãode cidadescomoresultadode alteraçõesna atividade económicae nomodode vidada população; Fatores naturais:  Relevo- asplaníciessãomaisfavoráveisà fixaçãohumana,ao invésáreas montanhosas,adensidade populacional tendeadiminuir;  Clima– a maior oumenosdisponibilidadede água (existênciade cursosde água) e a ocorrênciade muitocalor oude muitofriopodemcondicionaraocupaçãohumana dos territórios;  Fertilidade dossolos- fundamental nafixaçãodapopulaçãoporque a influênciao rendimentoagrícolae a produçãode alimentos Fatores humanos- agriculturapróspera,grande industrializaçãoe desenvolvimentodosetor do comércioe dos serviços, bemcomo,dostransportes que contribuíramparaa riqueza destespaíses,tornando-osatrativosamuitospovosde várioscontinentes; asantigas civilizações(ex:chinesa,indiana,novale doNilo) sãoaindahoje áreasde grande concentração populacional. Despovoamento-diminuiçãomaioroumenordapopulaçãode uma regiãoouterritóriopode serresultadode umêxodorural súbito,de um surtomigratórioouda quedada taxa de natalidade /envelhecimentodapopulação. Distribuição da população: NA MADEIRA:  Funchal,Câmara de Lobose Santa Cruzapresenta69% da população.Em oposição PortoMoniz, na vertente norte,é oconcelhomenospovoado. NOSAÇORES:  S. Miguel é a ilhamaispovoada,onde vive 55% da população,aqui se localizamos concelhoscommaiordensidade populacional,Lagoa,PontaDelgada,RibeiraGrande. Os concelhosCorvo, SãoRoque doPicoe Lagos das Floressãoos que apresentam menordensidade populacional.
  • 24. Página 24 Fatores que levaram à litoralização:  Fatores económicos  No litoral háuma concentraçãode atividadeseconómicas,atraídaspelos benefícioscomo:densidade de rede de transporte e de infraestruturas,facilidade de acessoaos mercadosmaisvastos,proximidadeaoscentros de decisão,oferta de serviçosàs empresas.  Melhorescondiçõesde emprego  Facilidade de acessoadiversosequipamentossociais  Atividade turísticamaiornolitoral  Fatores físicos  Regiõesde baixaaltitude  Climatemperado  Posiçãolitoral  Fertilidadesdossolos O Despovoamentodo interior As razões para este despovoamentosão: -Fluxomigratórioparaoestrangeiro -ÊxodoRural internoparao litoral Êxodo rural- expressãoque evocaapartidaemmassa das populaçõesruraisparaas cidades Êxodo urbano – expressãoque evocaapartidaemmassa das populaçõesdascidadespara aldeias Problemas/consequênciasresultantesdodespovoamentodointerior:  Despovoamentogeradopeloabandonode muitasaldeias,ficandoapopulaçãorural dispersae isolada;  Envelhecimentodapopulação  O decréscimodanatalidade e donº de populaçõesjovens  Insuficiênciadapopulaçãoativa,nomeadamenteafaltade mão-de-obraqualificada  A perdade importânciaagrícola,hoje praticadasobretudoporidosos  Degradaçãoambiental porabandonode muitasterrasagrícolas, e expansãodasáreas de matos,mais suscetíveisàocorrênciade incêndios  Fragilidade dotecidoeconómico,comrepercussõesnoaumentodapopulação desempregada  A alteraçãoda estruturada procura de serviços,devidoàsmudanças demográficas que se refletemdiretamente na carênciade serviçosde apoioà populaçãoidosa  Insuficiênciade infraestruturase de equipamentos Aspetosnegativos/consequênciasdaconcentração no Litoral:  Expansãode espaçoscom excessode construçãode edifícios  Aparecimentode estratosdapopulaçãosemmeiosparaobterumahabitaçãodigna, levandoàconstrução de bairrosde barracas  Insuficiênciade equipamentosescolares,de saúde e de outros  Incapacidade de algumasinfraestruturasresponderàsnecessidadesdapopulação  Insuficiênciade espaçosverdese equipamentosde lazer  Aumentodosriscosde inundaçõesprovocadospelaconstruçãoemleitos emcheiaou pelaexcessiva,impermeabilizaçãodossolos
  • 25. Página 25  Degradaçãoambiental decorrente dacrescente produçãode resíduos,e doaumento dos váriostiposde poluição  Surgimentode grandesdesigualdadessociaisnointeriordasáreasurbanas,que originammuitasvezesproblemascomoasegregaçãoe exclusãosocial Ordenamentodo território--Oordenamentodoterritórioconsistenumprocessode organizaçãodo espaçobiofísico,de formaa possibilitaraocupação,utilizaçãoe transformação do ambiente de acordocomas suas potencialidades.Asregrasde ordenamentodoterritório assegurama organizaçãodo espaçobiofísico,controlandooaumentodaocupaçãoantrópicae evitandoosproblemasdaíresultantes. A elaboraçãode cartas de ordenamentodoterritóriopermitedefiniráreasdestinadasàs diferentesatividadeshumanas,como,porexemplo,locaisde habitação,locaisparaa prática agrícola, zonasde interesse ecológico,etc.
  • 26. Página 26 RESUMOS DE GEOGRAFIA: RECURSOS DO SUBSOLO. Definir recurso: Bem oferecido pela natureza que a população de um país pode explorar ou aproveitar nomeadamente a água, os solos e as riquezas de subsolo. Recursos naturais: Riqueza disponível na natureza nomeadamente a água, os solos, a vegetação e os subsolos, e que podem ser aproveitados ou explorados para utilização em diversas atividades humanas. Indicar como se subdividem os recursos naturais: Geológicos, climáticos, hídricos e biológicos: Geológicos ou de subsolo – recursos que podem ter duas finalidades, a produção de energia (combustíveis fósseis ex: petróleo, gás natural e carvão) ou então podem ser minerais ou rochas que irão ser transformados pelas indústrias, as chamadas as matérias-primas. Climáticos – Recursos que estão associados aos elementos climáticos (ex: vento e sol que vão dar origem às energias eólica e solar, entre outras) Hídrico – Reservatórios de água que podem ser potencialmente úteis ao homem para as suas atividades (uso doméstico, agrícola, industrial, etc.). Depreende-se que se fala somente em água doce, a qual existe em percentagem muito pequena disponível para consumo humano. Biológicos – São disponibilizados pela vegetação existente à superfície (a madeira, as plantas medicinais e a biomassa), pela fauna (a vida selvagem e a pesca) e pelo solo (a turfa). Indicar como se subdividem os recursos geológicos: energéticos e matérias-primas: Recursos energéticos – elemento com o qual se pode obter energia. Os recursos energéticos podem ser não renováveis (carvão, petróleo,..) e renováveis (energia solar, eólica, geotérmica,…). Matérias-primas – matéria em bruto fornecida pela extração mineira ou pela exploração florestal e agropecuária; é transformada pela indústria para fabricar produtos semiacabados e acabados. São também considerados matérias-primas o carvão, o petróleo e o gás natural que ainda hoje se utilizam para transformar matérias-primas.
  • 27. Página 27 Recurso renovável – recursos naturais cujas reservas podem ser continuamente repostas à velocidade com que são consumidas, considerando-se, assim, inesgotáveis. Recurso não-renovável – recursos naturais que existem em quantidades finitas, não havendo capacidade de reposição das reservas que vão sendo consumidas. Depósitos minerais ou jazidas; Concentração de minerais úteis (metais, combustíveis) a maior ou menor profundidade, e cujo teor nas rochas é suficientemente grande para que a sua extração seja economicamente interessante. As principais produções de recursos do subsolo em Portugal Em Portugal temos a extração de minerais industriais, rochas ornamentais, minerais metálicos e minerais não metálicos e águas. Minerais industriais – rochas para a construção (britas, areias, argilas e mármores); e outros minerais, como as argilas especiais e o caulino, muito utilizados na indústria cerâmica. Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos. Minerais metálicos – minerais que apresentam na sua constituição substâncias metálicas, como por exemplo, o ferro, o cobre, o estanho ou o volfrâmio. Minerais não-metálicos – minerais constituídos por substâncias não metálicas, como, por exemplo, o sal-gema, o quartzo, o feldspato ou o gesso. Água de nascente – água proveniente de um formação subterrânea, e onde fluiu naturalmente até à superfície, podendo ser coletada na nascente ou através de um pequeno furo que canaliza a água da formação até à fonte. Águas minerais natural – água que provem de fonte natural ou de captação artificial e possui composição química eou propriedades físicas das águas comuns, com características que lhe conferem uma ação terapêutica. Definir termalismo – utilização das águas minerais que apresentam substâncias químicas favoráveis ao tratamento de certas doenças. Nestas águas vêm de falhas que fraturam maciços antigos mais ou menos próximos de pontos vulcânicos. Definir água termal – água mineral cuja temperatura de emergência é 4ºC mais elevada que a temperatura média do local onde emerge. Pode ter aplicações no campo da medicina.
  • 28. Página 28 Indicar as principais unidades morfo-estruturais portuguesas/Explicar cada uma das unidades geomorfológicas; - Maciço antigo que se formou na era paleozoica, representa cerca de dois terços do território e corresponde a toda a área norte e a grande parte do centro e do Alentejo. - Orlas sedimentares mesocenozoicas que correspondem à metade sul do Algarve e à faixa compreendida entre Aveiro e Lisboa. - Bacias sedimentares do Tejo e do Sado datadas da era cenozoica. Indicar para cada unidade geomorfológicaos principais recursos existentes - Maciço antigo ou Maciço hespérico: é a unidade mais antiga do território, constituída fundamentalmente por granito e xistos. É nesta unidade que se localizam as jazidas mais importantes de minerais metálicos (cobre, volfrâmio, ferro e estanho), energéticos (carvão e urânio) e de rochas ornamentais (mármore e granito). - Orlas sedimentares (ocidental e meridional): constituídas essencialmente por rochas sedimentares, os recursos minerais mais explorados são as rochas industriais (calcário, areias, argilas, arenitos) - Bacias do Tejo e do Sado: correspondem à unidade geomorfológica mais recente do território, formado pela deposição de sedimentos de origem marinha e fluvial. Os recursos minerais mais explorados são, fundamentalmente, rochas industriais (areias e argilas). Nas regiões autónomas dominam as rochas magmáticas ou vulcânicas (basalto e pedra-pomes), mas a sua exploração não tem relevância económica. Referir os principais problemas do setor dos recursos do subsolo; A grande parte das jazidas minerais é de pequena dimensão. Contudo, a rendibilidade económica é fraca, daí, que atualmente existe atividade mineira apenas em duas minas de grande dimensão.  Muitas jazidas minerais ocorrem a grande profundidade e localizam-se em áreas de acesso difícil devido ao fraco desenvolvimento de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias que as servem, o que encarece a extração e o transporte dos minérios;  Os custos com a mão-de-obra e com os aspetos da segurança são mais elevadas dos do que noutros países potencialmente concorrentes de Portugal, que assimconseguem preços de mercado mais competitivos. A atividade extrativa origina vários problemas no domínio ambiental, que acabam por funcionar como obstáculos ao seu próprio desenvolvimento. As regiões onde se localizam as minas registam vários riscos ambientais relacionados com a degradação
  • 29. Página 29 da paisagem e a contaminação química dos solos e das águas subterrâneas e superficiais, quer pelas minas quer pelas pedreiras a céu aberto. Localizar as principais explorações de rochas em Portugal (ornamentais e industriais); Definir recurso endógeno; Conjunto de bens existentes num determinado território, desde que explorado. Definir recurso exógeno; Conjunto de bens que podem ser utilizados por uma região ou país, com origem exterior a esse espaço. Explicar as principais potencialidades portuguesas no que se refere às fontes energéticas e outros recursos; A mina de Aljustrel (Beja) tradicionalmente produtora de cobre, zinco, chumbo e enxofre apresenta também bom potencial na exploração de outros metais como a prata, o ouro, o estanho, o cobalto ou o cádmio, entre outros. A mina de Jales (Vila Real) foi durante muitos anos a única mina de ouro da Península Ibérica, sendo que devido a prospeções recentes, definiu-se a existência de novas reservas que poderão ser potencializadas com a reativação da produção. Em Portugal os projetos com grande viabilidade de aproveitamento energético relacionam-se com as fontes de: energia hídrica; biomassa; biogás; energia solar; energia eólica; energia das ondas. Referir o termalismo como uma área potencial em Portugal associado ao turismo termas; Atualmente esta atividade é entendida como grande potencializadora dos recursos termais das regiões onde ocorrem, o que é feito alargando a sua oferta ao setor do turismo em geral. A estrutura das estâncias termais e a valorização dos produtos que são oferecidos vão no sentido de promover também o lazer e o bem-estar como características próprias das termas. Classificação Exemplos Utilização Localização Industriais Calcário Granito Argila Caulino Ardósia Xisto Areia Construção Civil Produção de cimento e cal Águeda Leiria Costa portuguesa Ornamentais Granitos Calcário Ardósias Mármores Fins decorativos Fins ornamentais Alentejo Portalegre Évora
  • 30. Página 30 A colocação em prática destas mediadas tem tido resultados positivos no aumento do número de frequentadores turistas, assim as termas contribuem para o fomento do turismo na região e para o aumento de um conjunto de atividades que se relacionam direta ou indiretamente com aquele setor, fazendo crescer o volume de negócios. Tais como a atividade hoteleira, atividades de animação, a restauração e o comércio local. Consequentemente o desenvolvimento do turismo conduz à criação de mais emprego e aumento do consumo da população, o que pode constituir um fator decisivo para a dinamização das economias regionais, facto que ocorrendo em áreas do interior (caracterizadas pela perda de habitantes) pode ser determinante para a fixação da população.
  • 31. Página 31 2.2 A radiação solar Radiação solar- energiasolarque chegaà terra. Radiação terrestre- radiaçãode longocomprimentode onda.Traduz-se pelaemissãode calor para a terrana banda IV (Infravermelho). Composiçãoda atmosfera:  Azoto(78%)  Oxigénio(21%)  Árgon(0.9%)  Dióxidode carbono(0.03%) Camadas da atmosfera:  Troposfera: é a camada inferiore mais densadaatmosferaterrestre,e temuma espessuramédiade 11 a 12 km. A radiação solaré absorvidapelasuperfície daTerra,e por sua veza terra emite calor.Estaemissãoé maisintensajuntoà superfície,e por issoa temperaturadiminui comaaltitude.Olimite superiordatroposferadesigna-se por tropopausa.  Estratosfera: localiza-se sobre atroposfera.Entre os11 kmaproximadamente e os50 km de altitude.Entre os20 e os50 km encontra-se acamada de ozono que atua como filtroparaa radiaçãosolar,em particularpara a UV (ultravioleta).A presençada camada de ozonoe a absorção de radiação solarfazemaumentara temperaturanesta camada. Assim,ogradiente de variaçãodatemperaturaé positivo,ousejaaumenta com a altitude.A estratosferaé limitadanasuaparte superiorpelaestratopausa.  Mesosfera:estende-sedesde os50 kmaté aos 80 km.É a zona maisfriada atmosfera e o gradiente datemperaturavoltaasernegativo.Nasua parte superior,a temperaturapode chegaraté ao -100Cº. É limitadapelamesopausa.  Termosfera:está compreendidaentre os80 e os 60 km, e temuma densidade muito baixa.A temperaturavariamuitocom a atividade solare ogradiente térmicovoltaa serpositivopodendoatingiro1500Cº Funçõesda atmosfera Filtra e absorve Apresenta-secomoumacapa protetoraou filtrodoglobo,refletindoparaoespaçoou absorvendoasradiaçõessolaresque seriam excessivasparaavidaterrestre. Protege É uma barreiraimprescindívelàentradade corpos estranhosnaatmosfera,como meteoritos.Estes,devidoaoatritoprovocado peloar, incendeiam-se e acabampor pulverizar-se evitandoque atinjama superfície doplaneta Controla a temperatura Devidoàatmosfera É fonte de vida Concentrana sua composição,elementos fundamentaisàvida,nomeadamenteo oxigénioque permite aosseresvivos respirarem
  • 32. Página 32 Balanço térmico: A terra e a suaatmosferarecebemenergiasolare irradiama mesmade voltapara o espaço.O balançoda radiaçãosolar deve serencaradocomoum mecanismode compensaçãoque regulaa quantidade de radiaçãoque chegaa terra e a quantidade de calor que a terra emite parao espaço. É composto por 3 partes: radiação solarincidente,aenergiasolar refletidae aenergia emitidapelaterra.  Reflexão(30%)  Parte da energiaque chegaà terra é refletidaparao espaçono mesmo comprimentode ondaque chegaà terra  Percentagemdestaenergiarefletidadesigna-se poralbedoe temvalores muitodiferenciadosconformeasuasuperfície. Albedo:Refletividadedaatmosferae dasuperfície terrestre.Oalbedomédiositua-se àvolta dos 30%, a quantidade de radiaçãosolarque se perde de imediatoparao espaço.Contudo,os váriostiposde nuvense de superfíciestêmalbedosmuitodiferentes. +albedo tonsclaros Absorve menose refletemais - Albedo Tons escuros absorve maise reflete menos  Emissão(70%)  Parte da energiaemitidaparaoespaçopelaterra e pelasuaatmosferasoba formade radiaçãode longocomprimentode onda(calor)  Radiaçãoabsorvidapelaterrafaz aumentara temperatura  A energiade longocomprimentode ondaemitidapelasuperfícieterrestre e que é absorvidapelaatmosferae fazaumentara temperatura(efeitode estufa)  O efeitode estufadeve-se aoH2O,e outros gasescomoo CO2  O efeitode estufanatural pode serreforçadopelas atividades humanascom, a produção sobretudo de gasesde efeitode estufa (utilizaçãode combustíveis fósseis,desflorestação,agriculturaintensiva,...  Parte do calor é ainda dissipadaporprocessosdaatmosfera(formaçãode nuvens,etc.) Radiação global- radiaçãosolar que atinge umasuperfície,sendoigualà soma da radiaçãosolardireta,da radiaçãosolar difusae da radiação refletida. Radiação solar direta- luzsolar recebidadiretamentedosol atravésdos raiossolares. Radiação solar difusa- luzsolarrecebidaindiretamente,resultanteda ação da difraçãodas nuvens,nevoeiro,poeiras,emsuspensãoe outros obstáculosnaatmosfera. Radiação solar terrestre- radiaçãode longocomprimentode onda. Traduz-se pelaemissãode calornaterra pelosIV (infravermelhos). Efeitode estufa- é um processo que ocorre quandouma parte da radiação infravermelhaemitidapelasuperfície terrestre é absorvidapor
  • 33. Página 33 determinados gasespresentesnaatmosfera.Comoconsequênciadisso,ocalorficaretido,não sendolibertadoparaoespaço.O efeitode estufadentrode umadeterminadafaixaé de vital importânciapois,semele,a vidacomoa conhecemosnãopoderiaexistir.Serve paramantero planetaaquecido,e assim,garantiramanutençãoda vida. Oque se pode tornar catastróficoé a ocorrênciade umagravamentodoefeitoestufaque destabilizeoequilíbrioenergéticono planetae origine umfenómenoconhecidocomo aquecimentoglobal. Temperatura- grau de aquecimentooude arrefecimentode umlugar oude um corpo. Movimentode Rotação- movimentoque aterraexecutasobre oseueixoimaginário,no sentidooeste-este, e que temduraçãode 23h 56 min. Ao longododia,a inclinaçãodosraiossolaresmudade tal forma,que ao nascer e ao pôr-do- sol,a inclinaçãoé máxima, e osraios incidemde formaoblíqua.Aocontrário,aomeio-dia,os raiossolaresincidemmaisnavertical.A intensidade daradiaçãosolarvariaemfunçãoda obliquidade,dosraiossolaresobservada,ousejaquantomaioraobliquidademenora intensidadedaradiaçãosolar,emvirtude damaiormassa atmosféricaaatravessar.Tambéma superfície recetoraé maiorquantomaiorfor a obliquidade dosraiossolares. Consequênciasdomovimentode rotação:  Sucessãode diase de noites  Variaçãoda temperaturaaolongodo dia  Movimentodiurnoaparente dosol Movimentodiurnoaparente do sol: movimentoque osol parece descreveremvoltadaterra, emsentidoretrógrado(sentidodosponteirosdorelógio,emsentidoeste-oeste)em consequênciadomovimentoreal de rotaçãoda terra. Amplitude térmica- diferençaentre atemperaturamáximae atemperaturamínima. Temperatura média- médiadosvaloresdatemperatura.Nocaso da temperaturamédiaanual é a soma dastemperaturasmensaisaolongodoano a dividirpor12 Movimentode translação- movimentoque aterraexecutaemtornodo sol.Temuma duração de 365 diase 6 horas e sentidooeste-este. Solstícios- 21 de Junhoé conhecidono hemisférioNorte comoosolstíciode verão,e o dia solarque tem aqui a sua duração máxima.21 de Dezembroé conhecidopelohemisférioNorte como o solstíciode Inverno,quandoaduração dodia é a menorde todo o ano).Círculopolar ártico- dia de 24 horas (solstíciode verão) Equinócio-ambososhemisfériosrecebemamesmaquantidade de radiaçãosolar,osdiastem a mesmaduração das noitesemtodoo globo.Equinócioprimavera(H.N.) –21/22de março. Equinóciode outono(H.S.) –22/23 de Setembro Outrosfatorescontribuemparaa variação da radiaçãosolar,por exemploaexposição geográficaé importante,poisumavertente cominclinaçãoigual àdosraios solaresfazcom que estespossamincidirmais navertical,nasregiõesde latitudesmédias,aumentandodesta forma,a intensidade daradiaçãosolar.A nebulosidade e ascaraterísticasda atmosferapodem influenciaraquantidade de radiaçãosolarrecebida.Assim, asnuvens,aespessurada
  • 34. Página 34 atmosferae do H2O podemalterarosprocessosde absorção,reflexão,e difusãodaradiação solar. Consequênciasdomovimentode translação:  Variaçãoda temperaturaaolongodo ano  A sucessãode estaçõesde ano  A desigual duraçãodosdiase das noites  Movimentoanual aparente dosol Movimentoanual aparente do sol:movimentoque osal parece descreveremvoltadaterra, emconsequênciadomovimentode translação. Constante solar- é umaconstante usada emastronomiaque consiste nataxaà qual é recebida a energiasolar,porunidade de área,no limite exteriordaatmosferaterrestre paraa distância médiaentre aTerra e o Sol.O seuvaloré de 1,353 kW/m2 . Ângulode incidência- ânguloque umraiode sol fazcom a superfície aoincidirsobre ela. Aumentalatitude ângulode incidênciadiminui maior perdade energiasolar por absorção,reflexãoe difusão,umavezque amassaatmosféricaa atravessaré maior. Ângulode incidênciadiminui maiorseráa superfície pelaqual a radiaçãosolarse distribui reduza quantidade de energiarecebida Encosta soalheira- expostaàradiaçãodurante a maior parte do dia. Encosta umbria- abrigadada radiação solar.Por vezeshááreasda vertente que nãochegama receberradiaçãosolardireta. Nebulosidade- é apresençade nuvensnocéu. Insolação- númerode horas durante o períodoconsiderado(dia,mês,ano) emque ocorre radiação solardireta,istoé,proveniente dodiscosolarsemsofrernemreflexãonemabsorção. Isotérmica- linhaque une ospontos/lugares comigual temperatura. Fatores que fazem variar a radiação solar e consequentemente atemperatura  Latitude: quantomaioré a inclinaçãodosraiossolares,maioré a superfície que recebe radiação,de que resultaumamenorquantidade de energiarecebidapor unidade de superfície.Tambémquantomaiorainclinaçãodosraiossolares,maioré a espessuradacamada atmosféricaatravessada,oque se vai refletirnumamaiorperda energéticapelos processosjáreferidosde absorção,difusãoe reflexão. Devidoà esfericidade daterra,osraios solaresatingemasuperfície comdiferente inclinação, aumentandodoequadorparaos polos,istoé,aumentacom a latitude.  Altitude:a temperaturadiminui comaaltitude;A altitude é fundamental paraexplicar algunscontrastesna distribuiçãodatemperatura.A temperaturadiminui coma altitude,comumgradiente médiode 0,6ºCpor cada 100 metros.  Relevo:o relevotambéminterferenamedidaemque aorientaçãodasvertentes montanhosasse apresentammaisaomenosexpostasaosol,vertentesumbriase vertentessoalheiras.  Correntesmarítimas: Ex.: Em Miami têmtemperaturasmaiselevadasporquese encontra, nasproximidadesdacorrente quentedogolfo,onde nestazona,aágua do mar registatemperaturasmaiselevadas.LasPalmas,é influenciadopelascorrentes
  • 35. Página 35 friasdas canárias.Assim,apesardaslatitudessemelhantestêmtemperaturas diferentes. Variação das temperaturas emPortugal: A temperaturaaumentadonorte para o sul por ação da latitude. A temperaturaapresentamenorescontrastesanuaisnoLitoral,poraçãoamenizadora do atlântico. As temperaturasmédiasanuaismaisbaixasregistam-senoNoroeste e sobretudona cordilheiracentral,devidoaosfatores latitude e altitude. Em ambosos arquipélagos,aamplitudetérmicaanual nãoé muitoelevada,devidoà influênciadooceano. Cabos,Litoral entre Peniche e Sintrae o cabo S. Vicente – amplitudes térmicasmaisbaixas Trás-os-Montes,Beirainterior,Alentejointerior –amplitudesmaisaltas
  • 36. Página 36 2.3 Recursos hídricos Importância da água: A água é o elementofundamental paraa existênciadavida.Todososseres vivos necessitamdelaparasobreviverem. A água é o mais importante dosconstituintesdosorganismosvivos,poiscercade 50 a 90 % da biomassaé constituídapor água.O seupapel nas funçõesbiológicasé extremamente importante e diversificado,sendonecessária,porexemplo,paraotransporte de nutrientese dos produtosdarespiraçãocelulare para a decomposiçãodamatériaorgânica,que libertaa energianecessáriaparaometabolismo. Sendoassim,é natural que o Homemse preocupe coma formacomo a água se distribui na Naturezae como pode seracessível,sendoadisponibilidade de águapotável umproblema crescente daHumanidade. Entre outros,a água prestaos seguintesserviçosambientais:  regulaçãodoclima;  regulaçãodosfluxoshidrológicos;  reciclagemde nutrientes;  produçãode energia; Água salgada- 97.5% Água doce- 2.5% Cerca de 2/3 da Terra é cobertopor água,visto do espaço,parece-nosumabola pequenaazul,poreste motivosomosconhecidoscomoplanetaazul. Cicloda água Processos:  Precipitação consiste no vaporde água condensadoque cai sobre a superfície terrestre.(Chuva–precipitaçãonoestadolíquido)  Infiltração consiste nofluxode águada superfície que se infiltrano solo.  Escoamento superficial é o movimentodaságuasna superfície terrestre, nomeadamente dosoloparaos mares.  Evaporação é a transformação da água no seuestadolíquido para o estadogasosoà medida que se deslocada superfície para a atmosfera.  Transpiração é a formacomo a água existentenosorganismos passa para a atmosfera.  Evapotranspiração é o processo conjuntopeloqual aágua que cai é absorvidapelasplantas, voltandoàatmosferaatravésda transpiraçãoou evaporação direta(quandonão absorvida).  Condensação– Passagemdoestadogasosoao estadolíquido.
  • 37. Página 37 Balanço hídrico- cálculodasdisponibilidadeshídricascombase nosganhos (precipitação)e perdasde água (evapotranspiração) numadeterminadaregiãoemfunçãodacapacidade de uso dosolo. Pressão atmosférica- pressãoque a atmosferaexerce sobre asuperfície terrestre. Unidadesde medidade pressão atmosférica:  1013 hPa (hectopascais)  1013 mb (milibares)  760 mmHg(milímetrosde mercúrio) Barómetro- instrumentoque mede apressãoatmosférica Isóbaras/linhas isobáricas-linhasoulugaresque unempontoscomigual pressãoatmosférica 3 Fatores que fazem variar a pressão atmosférica:  Altitude:quantomaioré a altitude,menoré aquantidade de partículasde ar, logo menoro pesologomenora pressãoatmosférica.  Temperatura: quantomaisalta é a temperaturamaisaspartículas ficamdispersas e dilatadas,menoropeso,menor a pressão. Menor a temperatura,aspartículas ficammaisconcentradase retraídas,maior é o peso,maioré a pressão. Cartas sinóticas– mapa que representafenómenosatmosféricos(comoapressão atmosférica) adireção,a humidade,entreoutras,numdeterminadomomentopodendo caraterizaro estadode temponum local. Centro barométrico- centrode altasou baixaspressõesatmosféricas,representadoporlinhas concêntricasque unemlugarescomigual pressãoatmosférica. Centro barométricode altas pressões- centroonde a pressãoaumentadaperiferiaparao centro.Nas cartas sinóticasrepresenta-sepelaletraA oupor um +, sendoque origina frequentemente umasituaçãode bomtempo,ouseja,ausênciade precipitação. Centro barométricode baixas pressões- centrobarométricoonde apressãoaumentado centropara a periferia.Nascartassinóticasrepresenta-se pelaletraBou um-, normalmente originaumasituaçãode mautempo,ou sejaocorrênciade precipitação.
  • 38. Página 38  Latitude Justificaçõespara a variação baseada na latitude: Razão térmica: centrobarométricoque se formapor influênciadavariaçãoda temperaturado ar quandoeste contacta com a superfície terreste.  Baixaspressõesequatoriais  Altaspressõespolares Razão dinâmica: centrobarométricoque resultadasubida/descidadasmassas de ar em latitude e altitude  Altaspressõessubtropicais  Baixaspressõessubpolares Centro barométricode altas pressões À superfície- ardiverge Em altitude- ardescendente Centrode altaspressõesestáassociadoaum bomtempo,porque oar atinge a superfície terrestre,aquece e nãohá condiçõesparaa formação de nuvensnemprecipitação
  • 39. Página 39 Centro barométricode baixas pressões À superfície- arconvergente Em altitude- arascendente Centrode altaspressõesestáassociadoaum mautempo, porque oar à superfície é leve,vai ascendere arrefeceremaltitude e porissohá condiçõesparacondensar,formarnuvense precipitar. Efeitode Coriolis- forçaresultante domovimentode rotaçãoda terraque desviao ventodo hemisférionorte paraa direitae para a esquerdanohemisfériosul.Estaforçaé nula no equadore atinge os valoresmáximosnospolos. Tipos de vento:  Ventosalísios- fluxode ventoque circulaentre asaltaspressõessubtropicaise as baixaspressões equatoriais.  Ventosde oeste- fluxode ventoque circulaentre asaltaspressõessubtropicaise as baixaspressõessubpolares  Ventode leste/este- fluxode ventoque circulaentre asaltaspressõespolarese as baixaspressõessubpolares. Convergênciaintertropical (CIT)- a intensaradiaçãosolarnas regiõesequatoriaisaquece oar, o que provoca a sua ascendência,poisoaraquecidoé maisleve.Aoascenderarrefece e condensa,oque confere àsregiõesequatoriaisumcarizextremamentechuvoso. Calmarias equatoriaisou doldrums- grandesespaçossemventosnaregiãoequatorial devido ao enfraquecimentodosventosalísios,estasituaçãoé frequente naáreaafetadapelaCIT.  Nas altaspressõespolarese altaspressõessubtropicaisencontra-se centrosde altas pressões,logoaprecipitaçãovai serpouca,poisa alta pressãooriginabomtempo,ou sejaausênciade precipitação.  Nas baixaspressõesequatoriaise baixaspressõessubpolaresencontram-se centrosde baixaspressões,logoaprecipitaçãovai sermuita,poisas baixaspressõesoriginam mau tempo,ousejapresençade precipitação (líquidanocasodas baixaspressões equatoriaise sólidanocasodas baixaspressõessubpolares).
  • 40. Página 40 Estado de tempo-condiçõesatmosféricasregistadosnumlugarnumdeterminadomomento. Clima-sucessãohabitual,geralmente 30anos de estadosde tempoque ocorremnumlocal ao longodo ano. Elementosque compõemo clima: o Humidade o Precipitação o Temperatura o Pressãoatmosférica o Vento Fatores que fazem variar o clima:  Latitude  Altitude  Proximidade/afastamentodo mar(Continentalidade)  Relevoe a suadisposição  Correntesmarítimas  Exposiçãogeográficadasvertentes  Posiçãodosvalesdosriosrelativamenteaolitoral  Existênciade vegetação Meteorologia- ciênciaque estudaosfenómenosatmosféricos. Climatologia- ciênciaque estudaadistribuiçãoe ascaraterísticasdos climasda terra. Massa de ar- volume de ar onde as diferençashorizontaisde temperaturae humidade são relativamente pequenas.Possuiumadimensãohorizontal de centenasde quilómetrose asua homogeneidade é produzidapelocontatoprolongado. Massas de ar que afetam Portugal: No verão: o Tropical marítima (quente e húmida) o Tropical continental (muitoquentee seca) No inverno: o Polarmarítima (friae húmida) o Polarcontinental (muitofriae seca) Principaissituaçõesde verão em Portugal: o Tipo de tempode anticiclone com ventode oeste ou noroeste- caracteriza-se pela localizaçãodoanticiclone centradonooceanoatlânticoque provocacéulimpoou pouconublado,comventopredominante de oesteounoroeste (quetransportam humidade daío maiorteor de frescuraque se sente no ar) o Tipo de tempode anticiclone com ventode leste ousudeste- caracteriza-se pela localizaçãodoanticiclone sobre ooceanoatlânticoe pelaexistênciade umadepressão (centrode baixaspressõesde origemtérmicalocalizadaaNorte de África (oupor vezesnointeriordapenínsulaibérica).Estasituaçãometeorológicaprovocacéulimpo e o aumentodastemperaturas.Pode provocartrovoadasde verãocomchuvas curtas muitointensassobretudonasregiõesmaisinteriorese aofimda tarde.
  • 41. Página 41 Principaissituaçõesde invernoem Portugal: o Tipo de tempoperturbado de oeste- é o estadomaisfrequentenoinverno,resultada descidaemlatitude dadepressãosubpolarque se instalanooceanoatlânticoanorte / noroeste de Portugal e provocaum choque entre massasde ar com origensdistintas (emtermosde temperaturae humidade) nomeadamentepolare tropical.Assim temosformaçãode sistemasfrontaisoufrentesque vãoprovocarinstabilidadeno tempocom céumuitonublado,comchuvasde intensidade variável e ventosde oeste ou noroeste. o Tipo de tempoanticiclone (frioe seco) – é vulgarno invernoporação de um anticiclone de origemtérmicalocalizadanaeuropacentral e de leste,o nossopaís pode serassolado(abrangido) porumtipode tempomuitofrioe seco com ocorrência de geadasdevidoàmassa de ar polarcontinental (fria e seca) e ventode nordeste ou norte.Este tipode tempoé comummanter-se porperíodosrelativamente longosque pode originara quedade neve naregiãonordeste e nasterras altas. o Tipo de tempocom depressãoem altitude (gota de ar frio) é um tipode tempo menosfrequentedoque osanteriores.Resultadaformaçãode uma depressãodo atlânticoentre osaçorese o continente.Océuapresenta-semuitonubladocom precipitaçõesacompanhadasde trovoadasfrequentes.Osperíodosde chuvasão intensose podemestender-se por8a 10 dias. Humidade absoluta- quantidade de vaporde água existente naatmosferaporunidade de volume de ar,medindo-seemgramaspormetro cúbico(g/m3 ) Humidade relativa- razão entre a quantidade de vaporde águaexistentenumvolume de ar a uma determinadatemperaturae aquantidade máximade vaporde águaque esse volume de ar pode conter. Ponto de saturação- quantidade máximade vaporde águaque o ar pode contera uma determinadatemperatura. Precipitação- todasas formasde água, líquidaousólida,que caemdasnuvensalcançando o solo.É representadoemmilímetros:  Líquida: o Chuva  Sólida: o Neve o Saraiva o Granizo Tipos de chuva:  Precipitação frontal:resultado contatode duasmassasde ar e de temperatura diferentes,massasde arpolarvindasdo norte,e de ar tropical vindasde latitudesmais meridionaisorigináriasdosanticiclonessubtropicais.Oar quente aoascendersobre o ar frioarrefece e o vapor de água condensa,dandolugarprimeiroàformaçãode nuvense depoisàquedade chuva.
  • 42. Página 42  Precipitação orográfica: as chuvasorográficasformam-se quandoumamassade ar húmidaencontraumabarreiramontanhosae é obrigadaa subir. Ao subira massaarrefece e o vapor de água condensaemparticularna vertente expostaaofluxo,navertente opostaacontece ocontrário,ousejao ar desce,aquece e ficamaisseco.
  • 43. Página 43  Precipitação convectiva:o grande aquecimentoaque por vezesoar está sujeito aquece o ar pelabase.Este aquecimentotornaoar instável e pode levarà sua ascendência.Aoascenderoar arrefece e o vaporde água condensa.  Precipitaçõesciclónicasou convergentes: tipode chuvaresultante daconvergência dos ventosnumdeterminadolocal. Precipitação emPortugal: Mais acentuadano Noroeste de Portugal,e menosacentuadanosudeste. Fatores que fazem variar a precipitação:  Fator latitude: apesarde os limitessul e Norte de Portugal continental apenas distarem5 graus de latitude,este contribui tambémparaoseucontraste,entre as regiõesnorte e sul em termostotaisde precipitaçãoe do nº de dias.
  • 44. Página 44  Fator altitude e disposiçãodas vertentes: locaisde maioraltitude asprecipitaçõessão quase sempre abundantes.Este factodeve-se aoarrefecimentodoarcom o aumento da altitude que originaumamaisfácil condensaçãodovaporde água.  Distância relativa ao mar (continentalidade):asregiõeslitoraisrecebemmaiores quantidadesde precipitaçõesque ointerior.Essasituaçãodeve-seaofactode estas receberemainfluênciade ventoshúmidosprovenientesdomar.  Posição dos valesdos rios relativamente ao litoral:o facto de os riosportugueses teremna sua grande maioriaumpercursoeste/oeste,fazcom que os seusvales funcionemcomoautênticoscorredoresporonde asmassasde ar húmidopenetramno interiordopais.Este facto fazcom que algumasregiõesinterioresse comportemcomo se fossemcosteiras Superfície frontal- duasmassasde ar que se encontram, criandoáreasde contacto Frente-pontode contactoentre asuperfície frontal e osolo Frente quente:o ar quente avançasobre o ar frio.A subidadá-se de formamaisou menos lentae suave e,por isso,a chuva normalmente nãoé muitoforte (chuvisco). Frente fria: o ar frioavança emcunha sobre o ar quente obrigandoeste últimoaascenderpor vezesde formaintensa, chuvaforte do tipoaguaceiro. Frente oclusa: o tempotambémé bastante instável,comventosfortese muitachuva.Oar quente é obrigadoa ascenderemvirtude dajunçãodoar frioposteriorcomo ar frioanterior.
  • 45. Página 45 Principaisclimas mundiais Climasfrios:  Polar: o Amplitude térmicaelevada o Precipitaçõesbaixas o Temperaturasmuitobaixas
  • 46. Página 46  Subpolar: o Amplitudestérmicasmenoresquandocomparadocomopolar o Precipitaçõesmaiselevadas o Temperaturasmaisaltas  Altitude: o Amplitudestérmicasmaisbaixas o Precipitaçõesmaiselevadas o Temperaturasmaisaltas Climasquentes:  Desérticoquente: o Todosos mesessecos o Temperaturaselevadas o Precipitaçãoquase nula
  • 47. Página 47  Tropical: o Seco: +/- 9 mesessecos o Húmido: +/- 6 mesessecos  Equatorial: o Muita precipitação o Temperaturaselevadas o Semmesessecos o Amplitude térmicaanual nula
  • 48. Página 48 Climastemperados:  Continental: o Precipitaçõesmenores o Temperaturasatingemvaloresnegativos o Amplitude térmicaanual é elevada.  Marítimo: o Precipitaçãomuitoelevada o Temperaturas maisregulares o Amplitude térmicaanual média  Mediterrâneo: o +/- 5 Mesessecos o Temperaturaspositivas o Temamplitude térmicaanual parecidaaocontinental marítimo,noentanto com máximose mínimosmuitodiferentes.
  • 49. Página 49 Variação do Climaem Portugal Continental: Portugal continental temumclimade tipotemperadomediterrâneo,caracterizadopor um verãoquente e secoe por um invernofrescoe húmido.Mashá regiõesonde se observa uma maiorinfluênciaatlântica(noroeste e cordilheiracentral),e outrasonde hámaisclara influênciacontinental (interiornorte e sul). Variação do clima insularem Portugal:  Na madeira: o facto de a madeiraserumterritórioinsularde pequena dimensão permite que ainfluênciadomar sejamuitoacentuada. Outro aspetomuitoimportante estárelacionadocomorelevoe a disposiçãodas vertentes.Deste modo, é nointeriordailhaonde se situamas maioresaltitudese que se registamtemperaturasmaisbaixase asprecipitaçõesmaiselevadas.Quando falamosdadisposiçãodasvertentestemosde distinguirnocasoda Madeira a vertente sul onde predominaumclimacomcaraterísticas subtropicaisquentee seco,e a vertente norte, comcaraterísticassemelhantesàregiãonoroeste de Portugal,ouseja temperaturassuavese precipitaçõeselevadas.Portosantotemcaracterísticas semelhantesàvertente sul  Nos açores: O climadosaçores,é semelhante aodamadeira,é influenciadopelo oceano.Noentanto,querdevidoàlatitude querdevidoaomaiorafastamentodo continente africanotemosdiferençassignificativasemtermosclimáticos.Assim os açorestêm níveisde precipitaçãosuperioresaosdamadeira,e astemperaturassão maisbaixas. Balanço Hídrico-cálculodas disponibilidadeshídricascombase nosganhos(precipitação) e perdasde água (evapotranspiração) numadeterminadaregiãoemfunçãodacapacidade de uso dosolo. Rio- cursonatural de água que nasce,emgeral,nas montanhase vai desaguarao mar, a um lagoou a outro rio,ou, por vezes,se entranhanaterra. Regime de um rio- variação médiado caudal ao longodo ano Regime dos rios portugueses: As disponibilidadeshídricasvariamessencialmentedevidoàsquantidadesde precipitação,peloque emtermosgerais,podemosdizerque existe umadiminuiçãonosentido norte-sul,comapassagemdosrios de com regime regulardotipooceânico(Minho,Douro,
  • 50. Página 50 Lima,Cávado,Tâmega) para rios de regime irregularoutorrencial (Tejo,Mira,Guadiana) que no períodosecoe ouestival quase chegaa desaparecer. Rede hidrográfica-conjuntoformadoporumrio principal e osseusafluentesintimamente conectados,incluindolagos,originandoumespaçogeográficoque recebe todooescoamento superficial proveniente dasprecipitaçõesocorridas(baciashidrográficas). Bacia hidrográfica- área drenadapor umrio e seusafluentes. Leitode um rio- parte da superfície sobre aqual corre um rio.É o vale que um riocria através da erosãopara efetuaroseu percurso. Tipos de leitode um rio:  Leitonormal- sulcopor onde corremnormalmente aságuase as matériasque transportam.  Leitode inundação ou cheia- espaçodo vale dorio que pode serinundadoquando ocorremcheias.  Leitomenor ou de estiagem- zonadoleitoaparente que ficadescobertoquandoa quantidade de águado riodiminui,emconsequênciadasecaprolongada. Disponibilidade hídrica- quantidadede águadisponível. Cheia-aumentodocaudal de umrio para alémdoseuvalor normal. Inundação- resultadode umachuvaque não foi suficientementeabsorvidapelosoloe outras formasde escoamento,causandotransbordamentos.Tambémpode serprovocadapelo homematravésda construçãode barragense pelaaberturade comportas. Caudal- quantidade de águaem m3 que passa por uma seçãode um rio porunidade de tempo. Fatores que fazem variar o caudal:  As quantidadesde precipitaçãoaolongodoano  Degelonotopodas montanhas  A naturezadorio e a permeabilidade damesma  A vegetação – evitaumaescorrênciamaisforte diminuindoporessaviaa probabilidadede cheias.A inexistênciade vegetaçãonasvertentesdosriosfaz aumentara velocidade daságuasaumentandoasinundações  A ação do homem- pode serprejudicial quando áreas de inundaçãodoleitode umrio com construçõesdesordenadas,pelaimpermeabilizaçãodosolo,umaconsequência do processode urbanizaçãoe aindacom a distribuiçãodacoberturavegetal comas atividades económicase poroutras ações antrópicas.Um dasformas de controlaro caudal dos riosestáassociadoà construção das barragens. Etapas do processoerosivode um rio 1º Fase jovem- Desgaste/erosão –vale emvfechado(garganta)
  • 51. Página 51 2º- Fase adulta- transporte –vale emv aberto 3º - Fase idosa- sedimentação- vale de fundolargoe plano Os riosapresentamumdeclive maiorjuntoaomontante (juntoà nascente) doque a jusante (maispróximodafoz).A representaçãográficadodeclive doleitodoriodanascente à foz,designa-se porperfil longitudinaldorio. Perfil transversal- que nosdá a formado vale emdeterminadasseçõesdorio.Otroço a montante de umvale maispróximodanascente temigualmenteumaformaem«v» é estreito e as vertentessãodeclivosas. À medidaque oescoamentovai aumentando,aformadovale alarga-se continuandoaexistirvertentes.Juntoàfoz,ovale alarga-se consideravelmente e temum fundoplano.Aqui poderãoexistirfenómenosde meandrização. Barragem- é uma barreirageralmente feitade terraoude betãoarmado, construídanum curso de água para a suaretenção,destinada àproduçãode eletricidade,de abastecimento domésticoouindustrial paraairrigação,para a regularizaçãodoscursosde água. Funçõesdas barragens:  Produçãode energiahidrelétrica  Abastecimentode águas às populaçõesparausodomésticoe para atividades económicas(agricultura, indústria,etc.)  Constituiçãode reservashídricasmaisimportantesemclimasde precipitações regulares.  Regularizaçãodoscaudais,este aspetoé igualmente importante emclimasdotipo mediterrâneo,onde osperíodosde secase seguemaoutros a outrosde precipitações abundantesque provocamoaumentodoscaudaise de consequente cheias.  Aproveitamentodasalbufeirasparafinsturísticos,que emboranãoconstituaa primeirarazãopara à suaconstrução,tem vindoassumirumaimportânciacadavez maiorem termosde desenvolvimentolocal e regional.
  • 52. Página 52 Impactos negativosdas barragens:  Alteraçõesvisuaisdaspaisagens  Destruiçãototal ou parcial e aldeiase outras infraestruturas  Destruiçãoda faunae florada região  Destruiçãodopatrimóniohistóricocomvalorincalculável Lagoas e albufeiras: Queras lagoas,queras albufeirassãoimportantesreservatóriosde água doce.As lagoaspodemterdiferentesorigens,masaquelasque existememPortugal,são nomeadamente e de poucaprofundidade. As albufeiras(lagosse formampeloenchimentoamontante de umabarragem) constituemosmaisimportantesreservatóriosde águadoce superficial emPortugal.A par disso,têma funçãode poderregularizarosregimesdosrios(controlandocheiase estiagense permitindoaexistênciade umcaudal ecológico) e de produzireletricidadee reservarágua para rega e abastecimentoàspopulações. Águas subterrâneas: A água da chuvapode infiltrar-se nosoloe subsolodevidoàgravidade.Durante a infiltração,aágua pode encontrarumacamada de rocha impermeável,começandoa acumular-se emprofundidade.Àsformaçõesgeológicasque permitema circulaçãoe o armazenamentode águanosseusespaçosvazios,possibilitandoasuaexploração economicamenterendível dá-se onome de aquífero. Em Portugal, osaquíferossão de trêstipos:porosos,cársicose fissurados. O Maciço antigoé pobre emaquíferos.Pelocontrárioabacia do Tejo-Sadoé especialmentericaemreservasde águasubterrânea,comcerca de 72% do total do país. As orlasocidentaise meridional têmgrande umagrande variedade de aquíferos,possuindocerca de 21% das reservasextraíveis. As regiõesdomaciçoantigosãoconstituídaspor rochas poucopermeáveis:xistose granitos.A água só consegue infiltrar-seonde asrochasestãofissuradas. A baciado Tejo-Sadopossui omaiorsistemade aquíferosdaPenínsulaIbérica. Na orlaocidental,ossistemasaquíferossãoimportantese de elevadaprodutividade. São regiõesonde hágrandesextensõesde rochacalcária,porvezesmuitocarsificada,oque facilitaainfiltraçãodaágua. Asregiõescalcáriasda áreade Leiria-Fátimasãoextremamente ricas emsubterrâneas –toalhascársicas. Existemmesmoriossubterrâneos,característicos destasregiões,que,quandoafloramàsuperfície,constituemnascentescomcaudais importantes,designadasporexsurgências.Porvezes,osrios,aochegara uma regiãocalcária, desaparecemàsuperfície,tendoparte doseupercursosubterrâneo,aparecendonovamente à superfície unsquilómetrosmaisàfrente,nasdenominadasressurgências. Riscos atuais para as disponibilidadeshídricas: As águassubterrâneassão afetadaspeloarrastarde poluentesatravésdainfiltraçãoda água da chuva.Os riossão contaminadospor efluentes de váriasorigens,que sãodespejados, diretamente nosrecursosde água.Asatividadeshumanasmaispoluidorasparaos recursos hídricossão as atividadesindústrias,osefluentesdomésticose asatividadesagrícolas; Causas & consequênciasda má gestão dos recursos hídricos: Resíduosindustriais:podemsersólidosoulíquidos,ouaindaprodutosque podemser dissolvidose arrastadospor águas de infiltração;
  • 53. Página 53 Atividadesagropecuárias são tambémgrandespoluidorasdosrecursoshídricos,destacando- se as descargas poluentesdacriaçãode porcos,ou a contaminaçãode aquíferosatravésde pesticidas. Efluentesdomésticos sãooutrogrande sector poluidordaságuas.Há nelasgrandes quantidadesde víruse de bactériase,nos paísesmenosdesenvolvidos,onde nãoháredesde esgotos,causamgrandesepidemiasde tifooude cólera,porexemplo. Salinização, que ocorre nosaquíferosjuntoao litoral. EmPortugal continental,existemmuitos aquíferosjuntoaolitoral e a sua sobre-exploração pode fazercomque a água salgada,mais densa,penetre nosaquíferos,fazendochegargrandesquantidadesde águasalgadae furose poços,inutilizandorecursoshídricospreciosos. Eutrofização que estárelacionadocomo aparecimentode grandesquantidadesde algas verdese azuisnosrios,lagose albufeiras.Estasalgasdesenvolvem-se devidoaolançamento para os riosde grandesquantidadesde resíduosorgânicosque favorecemasua proliferação. As algasmultiplicam-se,consomemgrande parte dooxigéniodaágua,podendolevar à extinçãodavidanas águas superficiais; Desflorestaçãopode dever-se aosincêndiosflorestaisouaoabate de florestaparadiversos fins.Consequências:  Diminuiçãodainfiltraçãodaságuasdas chuvasdevidoaoaumentodoescoamento superficial,levandoaumaalimentaçãodeficiente dosaquíferos;  Aumentodacapacidade erosivadaságuasde escorrência,que levagrandes quantidadesde detritosparaosrios,lagose albufeiras,aumentooriscode cheiae diminuindootempode vidaútil dasbarragens,devidoaoexcessode material proveniente daerosão. O consumo de água: As nascentestermaisexistemespecialmenteanote dotejoe as debitammais água localizadasnasorlasocidental e meridional e nonorte de Portugal. A agriculturaabsorve maisparte do consumode agua,seguidadaindústriae, finalmentedoconsumodoméstico.Assimamaiorparte da água para consumoé proveniente dos aquíferos, àexceçãodosseguintescasos:  Minho,regiãode lisboa,parao consumodoméstico;  Regiãodoave,mondegoe vouga,para a indústria;  Alentejoparaaagricultura; Planos Os planosde ordenamentodasalbufeira(POA)é dasbaciashidrográficas(POBH) assumemparticularimportâncianagestãodosrecursoshídricossuperficiais,nosentidode assegurarum melhorconhecimento,racionalizaçãoe utilizaçãodosrecursoshídricos. Os POA estão centradosnasbarragense respetivasalbufeirase definemopçõese orientaçõesrelacionadoscomocontrolode cheias,manutençãodocaudal ecológicodosrios emépocasde verão,aproveitamentoturístico,definiçãode usosvariadosadar à água, entre outros. Os POBH sãode extremaimportância,sobretudonosriosinternacionais, ondetemde haveruma boa articulaçãocom o paisvizinho. 2.4 Recursos Marítimos Litoral- zonade contactoentre a terra e o mar. Noseusentidomaislato,dizrespeitoatodaa regiãosoba influênciadiretae indiretadomar.
  • 54. Página 54 Corrente marítima- fluxosde águas,resultantesdaconjugaçãodosventosdominantes,das diferençasde temperaturae de salinidadee dosmovimentosde rotaçãoda terra. Tipos de movimentosdo mar:  Ondas  Marés (descidae subidadonível médiodaságuasdo mar)  Correntesmarítimas Abrasão marinha/erosão marinha- erosãoprovocada pelomar,sendoespecialmente notório nas arribase costas altas. As águasdo mar atuam sobre os materiaisdolitoral,desgastando-osatravésdaação químicae mecânica. Três etapas:  Desgaste  Transporte  Sedimentação Potencialidadesdolitoral:  Recursospiscícolas: o Pesca o Aquiculturaouaquacultura o Indústriaconserveira  Sal  Algas  Atividades turísticas  Recursosenergéticos o Energiade ondas e marés o Energiaeólica Tipos de costa:  Costa de arriba- costa alta e habitualmenteescarpada,resultadaabrasãomarinha sobre rochas de grande durezae resistência(granitos,xistos,calcários)  Costa de praia- costa baixa,resultadaacumulaçãodas areiaspelomar,transportadas ao longoda costa pelacorrente de derivalitoral. Fatores para diferentestiposde costa:  Naturezadasrochas  Movimentosdomar  Diversidade dosfundosoceânicos  Ação das águasfluviaisjuntoà foz. Acidentesdolitoral:  Ria de Aveiro- uma árealagunaronde a água dorio Vouga acumulasedimentos transportadose o mar depositaareiase outrossedimentosdevidoàscorrentes marítimasdando origemainúmerasilhotasarenosas,que vãoaumentando,unindo progressivamente e formandoumcordãoarenosoconstantemente assoreado,mas que permite oacessoao porto de Aveiro.  Ria de Faro- ria formosa,é o resultadodaacumulaçãode sedimentosmarinhos provenientesdaerosãodolitoral dobarlaventoalgarviotransportadosaté ali pelas correntesmarítimasde sentidooeste/estee sobretudodasareiasque estãona
  • 55. Página 55 plataformacontinental e que omar fazchegar até próximoda linhadacosta. Formam- se nesse local pequenasilhase cordõesarenosos,ideaisparaodesenvolvimentode espéciesavícolase piscícolas.  Estuários do tejo e sado- constituemoutraformade ação conjugadados riose do mar. Os estuáriosconstituemotroçoterminal dosriospenetradopelasmarése onde dominaa erosãosobre a acumulaçãode sedimentos.  Tômbolo de Peniche- emtemposeraumailhaque pelofactode o mar acumular sedimentos,se ligouaocontinenteatravésde umafaixade areia passandoa serum cabo (caboCarvoeiro) Recursos piscícolas- opeixe é orecurso maisexplorado. Plataforma continental- margemdoscontinentesque estásubmersapelaságuasdo oceano.Esta zonavai aumentandoprogressivamentede profundidadeaté 200 metros, para descerbruscamente (taludecontinental) até aofundodooceano.A sua larguraé variável aolongoda costa. Talude continental- zonade transiçãoentre a plataformacontinental e asgrandes profundidadesoceânicas.Écaracterizadoporum grande declive. Planície abissal- designaçãoparao fundooceânicoonde a profundidadeé de milhares de metros,corresponde amaisde 2/3 da áreaocupada pelosoceanos. Caraterísticas favoráveisà concentração de recursospiscícolas na plataforma continental:  Maior agitação daságuas, o que significamaisoxigenação  Menor teorde salinidade devidoà misturacomáguas doces  Pouca profundidade(logomaiornebulosidade que favorece odesenvolvimentode plâncton)  A riquezadosnutrientes 3 áreas de grande riqueza piscícola - Plataforma continental - áreas onde ocorre o fenómenode upwelling -áreas de contacto de correntesmarítimas diferentes. Upwelling-subidaàsuperfície daságuasoceânicas,relativamentefrias,vindasde camadas maisprofundas,emsubstituiçãodaságuassuperficiaisrepelidaspelosventosà superfície. Estas correntesmarítimassão muitoricasemdetritosmineraise emplâncton,que favorecem a abundânciade certas espéciescomoasardinha. ZEE (zonaeconómica exclusiva) – faixacosteiracomuma larguramédiade 200 milhas,sobre a qual os respetivospaísescosteirosdetêmosdireitosde exploração,conservaçãoe administraçãode todososrecursos. Importância do controlo ZEE:  Controlodasquotasde pesa;  Controlodotráfegonão só de produtosproibidos(drogas) mastambémprodutosque metememriscoa segurança (armas);  Controlara poluição;  Evitar a pescailegal;
  • 56. Página 56 Problemas: Pescaem demasia;poluição;asuafiscalização,faltade embarcaçõesrápidas,de meios eficazes,e de meiosaéreose informáticose técnicosespecializados. Menor produção de espéciespiscícolasna ZEE portuguesa:  Cotas de pescasestabelecidas  Devidoàsobrepescaque porvezespara alémdospescadoresteremde pagaremuma multaficamprovisoriamente proibidosde pescaremalgumasáreas  Poluição Pesca: Águas nacionais:  Embarcações de pesca local: sãoconstruídas emmadeirade formatradicional, com um comprimento inferiora9 metros,trabalhamjuntoà costa (até 10 milhas) e utilizamtécnicasartesanais.  Embarcações de pesca costeira: temuma dimensãosuperiora9 metros, podemtrabalharemzonas maisafastada,mesmoforada ZEE, já possuem algumastécnicasde conservaçãode peixe e têmautonomiaparaficarno mar durante algunsdias(utilizamtécnicasmaismodernas) Águas internacionaise afastadas:  Embarcação de pesca de largo: têmgrande dimensão,e umatonelagem superiora100 TABS,trabalhampara alémdas12 milhas,emáguas internacionais,e têmumamédiade duas,trêssemanasno mar,praticandojá uma pescaindustrial)  Embarcação de pesca longínqua:são naviosgrandese bemequipados,com grande autonomiaque trabalhammuitolonge doportode origem.Utilizamas técnicasmaismodernas(sondas,radares) e temmeioseficazesde conservaçãoe transformaçãodo pescadoe permanecemváriosmesesnomar.  O consumomédiode peixe pelosportuguesesé de 22.5 kg/ano;  O consumomédiodoshabitantesdospaísesdaEU é de 8.5 kg/ano;  Portugal é o 7º maior consumidorde peixe.AsMaldivasestãoemprimeirolugar; Esta atividade temumcontributoreduzidonoPIB,poisnãoultrapassaos0.8% e apenasemprega0.5 do total da populaçãoativa; Regiõesde maior atividade piscatória:  O algarve e o centro são as regiõesde maioresdescargas,com26.5% e 23.8% respetivamente;  Lisboavema seguircom 17.3%  Os açoresapresentamumvalorabaixocom 11.3%  A Madeiraapresentaovalor maisbaixode descargasde apenas4.5% As diferençasregionaisde descargasestãorelacionadascomostiposde pesca praticadose com as condiçõesde infraestruturas portuáriose das embarcações; Com a entradade Portugal na EU e a obrigaçãode respeitarasnormas comunitáriasda política comumde pescase os acordos que estatemcom outros países,as dificuldadesaumentame