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Oficina
de
Mário Prata
Avestruz
Para alunos de 8º ano do Ensino Fundamental
 Estimular o aprendizado através do desenvolvimento e
da ampliação de leitura e escrita pelos alunos.
 Explorar as capacidades de interpretação da turma.
 Incentivar a interação entre os colegas em sala de aula
com a finalidade de aptidão para trabalhar em grupo.
Nesta etapa, apresenta-se o título e pergunta-se
verbalmente:
1. Alguém já viu uma avestruz?
2. Como ela é?
Veloz
Selvagem
Desproporcional
Estabanada
Pesada
Enfiar a cabeça no buraco
Ovo
Grande
Vergonha
Fuga
Medo
Feio
3. Quem já foi ao zoológico?
4. Você gostou do passeio?
• Alimentação, habitat, biotipo da ave, entre outros.
• Outros animais exóticos que são criados como de
estimação.
A partir do material obtido:
•Localizar novas informações pertinentes e
compará-las.
•Resumi-las e elaborar uma conclusão.
AVESTRUZ – Mário Prata
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos
seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em
um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me
mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha.
Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o
menino conheceu as avestruzes. Tem uma
plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes
de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar
aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha
amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito
cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o
corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto
pesa uma avestruz? Entre 100 a 160 quilos, fui logo avisando a
minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7
para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou
um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o
corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então
colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que
saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves
normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés.
Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou
um camelo. Tanto que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo
que ele via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e
disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa.
Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de
salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos
proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem
tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos
e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois
na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com
TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao
garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda,
imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do
apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de
avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram
pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos
eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times
inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se
descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que
troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo.
Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
PRATA, Mario. Avestruz. 5ª série/6º ano vol. 2.
Caderno aluno p. 9.
Caderno do Professor p. 18.
1ª Etapa: leitura silenciosa.
2ª Etapa: a professora fará a leitura em voz alta, com
pontuação e entonação corretas.
3ª Etapa: abordagem e esclarecimento de vocábulos
desconhecidos. Apontar inferições locais possíveis.
QUESTIONAMENTOS (em duplas)
1. Quem escreveu o texto? Você conhece outros textos
do autor? Quais?
2. Você gostou do que leu? Qual o gênero do texto?
Justifique.
3. Quem são as personagens da história?
4. Onde elas moram?
5. Conforme a narrativa, Deus foi bom ou ruim com a
avestruz? Por quê?
6. Se você pudesse brincar de Deus, como seria a sua
avestruz? Desenhe.
NOTA: Incluir imagens como facilitador aos alunos que
não conhecerem esses animais.
8. Você acha viável ter um avestruz em sua
casa, como bicho de estimação? Qual o motivo?
Em grupo, dupla ou individual, havíamos
proposto que se incentivassem pesquisas que levassem
em conta: animais selvagens e avestruzes.
Quanto mais diversificada for a procura, melhor.
Queremos que procurem pinturas, filmes, livros, peças
teatrais, músicas, entrevistas e em redes sociais.
A seguir, elencamos algumas sugestões de
interdiscursividade:
X
O texto “Avestruz”, de Mário Prata, trata da possível convivência
entre humanos e animais não domesticados.
Nesse sentido, trazemos semelhanças e diferenças do filme em
relação à narrativa estudada.
Em ambas as histórias, num primeiro momento, tanto o instinto
quanto o bom senso aconselham que a aproximação de uma avestruz ou
de um urso não será uma escolha interessante para o homem.
Porém, a personagem do filme acaba convencendo o
telespectador - e os demais membros da tribo - de que o relacionamento
com os ursos pode prosperar.
Diferentemente, o autor do texto acaba demovendo o garoto da
ideia de ganhar uma avestruz de presente de aniversário. Também leva os
leitores a pensar na impossibilidade de se criar uma avestruz dentro de
um apartamento.
HOMEM DO BRASIL
Bicho estranho
Que bicho estranh0 que o homem é
passa a vida inteira sem saber quem ele
é
Que bicho estranho que o homem é
passa a vida inteira sem saber o que ele
quer
Eu aprendi com a natureza, olhar o
universo ao meu redor
Eu aprendi com a natureza, somos
todos parte de uma coisa só
DÉ DI PAULA & ZÉ HENRIQUE
Avestruz
Tava cansado de viver lá na roça
(...) resolvi então mudar
Mais que depressa peguei meu
capital
Comprei tudo em avestruz
O paladar desse bicho é aguçado
Tá no seu papo o dinheiro que eu
pus
Esse bicho é um estorvo, nem me
fale nesse trem
Aponte semelhanças e diferenças entre as músicas e o texto lido.
Tanto as músicas quanto o texto abordam a
temática de como o pensamento do homem é algo
sugestionável. Ele muda de opinião conforme a
situação por que está passando e comete muitos
enganos ao longo da vida. Então, arrepende-se.
Na música Bicho estranho, da Banda Homem do
Brasil, o homem faz parte de um todo universal, todo
interligado com a natureza. Entretanto, na música
Avestruz e no texto de Prata, o homem deve viver
separado da avestruz, tratado ou como fonte de renda
– que porém traz prejuízo para o eu-lírico – ou como
animal selvagem.
Crie uma nova narrativa, em que você
precisa demover do menino o desejo de
ganhar as gaivotas e o urubu. Será
necessário convencê-lo a pedir algo mais
comum para a sua idade.
Por fim, haverá a exposição dos trabalhos
em sala.
• DI PAULA, Dé & HENRIQUE, Zé. Avestruz. In: Vagalume – Letras de
Músicas. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/de-di-paula-
ze-henrique/avestruz.html. Acesso em: 12 de junho de 2013.
• DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão
em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma
experiência suíça (Francófona). In: _________. Gêneros orais e escritos
na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60.
• HOMEM DO BRASIL. Bicho estranho. In: Vagalume – Letras de
Músicas. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/homem-do-
brasil/bicho-estranho.html. Acesso em: 14 de junho de 2013.
• PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/6º ano. vol. 2. Caderno do aluno (p.
9) e Caderno do professor (p. 18).
• ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania.
In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital – Programa
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  • 1. Oficina de Mário Prata Avestruz Para alunos de 8º ano do Ensino Fundamental
  • 2.  Estimular o aprendizado através do desenvolvimento e da ampliação de leitura e escrita pelos alunos.  Explorar as capacidades de interpretação da turma.  Incentivar a interação entre os colegas em sala de aula com a finalidade de aptidão para trabalhar em grupo.
  • 3. Nesta etapa, apresenta-se o título e pergunta-se verbalmente: 1. Alguém já viu uma avestruz? 2. Como ela é?
  • 4. Veloz Selvagem Desproporcional Estabanada Pesada Enfiar a cabeça no buraco Ovo Grande Vergonha Fuga Medo Feio
  • 5. 3. Quem já foi ao zoológico? 4. Você gostou do passeio?
  • 6. • Alimentação, habitat, biotipo da ave, entre outros. • Outros animais exóticos que são criados como de estimação. A partir do material obtido: •Localizar novas informações pertinentes e compará-las. •Resumi-las e elaborar uma conclusão.
  • 7. AVESTRUZ – Mário Prata O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto. Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
  • 8. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 a 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato. Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais. Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
  • 9. Sacanagem, Senhor! Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que ele via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha. Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima! Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda,
  • 10.
  • 11. imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento. Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer. Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem. Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu. Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz. PRATA, Mario. Avestruz. 5ª série/6º ano vol. 2. Caderno aluno p. 9. Caderno do Professor p. 18.
  • 12. 1ª Etapa: leitura silenciosa. 2ª Etapa: a professora fará a leitura em voz alta, com pontuação e entonação corretas. 3ª Etapa: abordagem e esclarecimento de vocábulos desconhecidos. Apontar inferições locais possíveis.
  • 13. QUESTIONAMENTOS (em duplas) 1. Quem escreveu o texto? Você conhece outros textos do autor? Quais? 2. Você gostou do que leu? Qual o gênero do texto? Justifique. 3. Quem são as personagens da história?
  • 14. 4. Onde elas moram? 5. Conforme a narrativa, Deus foi bom ou ruim com a avestruz? Por quê? 6. Se você pudesse brincar de Deus, como seria a sua avestruz? Desenhe. NOTA: Incluir imagens como facilitador aos alunos que não conhecerem esses animais. 8. Você acha viável ter um avestruz em sua casa, como bicho de estimação? Qual o motivo?
  • 15. Em grupo, dupla ou individual, havíamos proposto que se incentivassem pesquisas que levassem em conta: animais selvagens e avestruzes. Quanto mais diversificada for a procura, melhor. Queremos que procurem pinturas, filmes, livros, peças teatrais, músicas, entrevistas e em redes sociais. A seguir, elencamos algumas sugestões de interdiscursividade:
  • 16. X O texto “Avestruz”, de Mário Prata, trata da possível convivência entre humanos e animais não domesticados. Nesse sentido, trazemos semelhanças e diferenças do filme em relação à narrativa estudada. Em ambas as histórias, num primeiro momento, tanto o instinto quanto o bom senso aconselham que a aproximação de uma avestruz ou de um urso não será uma escolha interessante para o homem. Porém, a personagem do filme acaba convencendo o telespectador - e os demais membros da tribo - de que o relacionamento com os ursos pode prosperar. Diferentemente, o autor do texto acaba demovendo o garoto da ideia de ganhar uma avestruz de presente de aniversário. Também leva os leitores a pensar na impossibilidade de se criar uma avestruz dentro de um apartamento.
  • 17. HOMEM DO BRASIL Bicho estranho Que bicho estranh0 que o homem é passa a vida inteira sem saber quem ele é Que bicho estranho que o homem é passa a vida inteira sem saber o que ele quer Eu aprendi com a natureza, olhar o universo ao meu redor Eu aprendi com a natureza, somos todos parte de uma coisa só DÉ DI PAULA & ZÉ HENRIQUE Avestruz Tava cansado de viver lá na roça (...) resolvi então mudar Mais que depressa peguei meu capital Comprei tudo em avestruz O paladar desse bicho é aguçado Tá no seu papo o dinheiro que eu pus Esse bicho é um estorvo, nem me fale nesse trem Aponte semelhanças e diferenças entre as músicas e o texto lido.
  • 18. Tanto as músicas quanto o texto abordam a temática de como o pensamento do homem é algo sugestionável. Ele muda de opinião conforme a situação por que está passando e comete muitos enganos ao longo da vida. Então, arrepende-se. Na música Bicho estranho, da Banda Homem do Brasil, o homem faz parte de um todo universal, todo interligado com a natureza. Entretanto, na música Avestruz e no texto de Prata, o homem deve viver separado da avestruz, tratado ou como fonte de renda – que porém traz prejuízo para o eu-lírico – ou como animal selvagem.
  • 19. Crie uma nova narrativa, em que você precisa demover do menino o desejo de ganhar as gaivotas e o urubu. Será necessário convencê-lo a pedir algo mais comum para a sua idade. Por fim, haverá a exposição dos trabalhos em sala.
  • 20. • DI PAULA, Dé & HENRIQUE, Zé. Avestruz. In: Vagalume – Letras de Músicas. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/de-di-paula- ze-henrique/avestruz.html. Acesso em: 12 de junho de 2013. • DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard et al. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). In: _________. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2012. p. 35-60. • HOMEM DO BRASIL. Bicho estranho. In: Vagalume – Letras de Músicas. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/homem-do- brasil/bicho-estranho.html. Acesso em: 14 de junho de 2013. • PRATA, Mário. Avestruz. 5ª série/6º ano. vol. 2. Caderno do aluno (p. 9) e Caderno do professor (p. 18). • ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital – Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.