App Contra a Violência Doméstica – parte II

Ergonomia das Aplicações Multimédia | Projecto: App | Protótipo Medium-Fi
PROTÓTIPO MEDIUM-FI

O presente documento incide sobre o protótipo medium-fi para a aplicação móvel em desenvolvimento.
Duas estratégias de avaliação objectiva foram aplicadas: por um lado, medição explícita da percepção de usabilidade,
neste caso com recurso ao SUS (" System Usability Scale Questionnaire"); por outro, medida implícita do impacto sim-
bólico das cores, com recurso ao IAT ("Implicit Assoociation Test"). Em sequência da resposta ao SUS, foi pedido aos
participantes que fizessem comentários adicionais ao protótipo, considerando-se estes uma estratégia de avaliação sub-
jectiva, cujos resultados devem ser também tidos em conta para o desenvolvimento do protótipo hi-fi.
∞
Tal como expliquei aos participantes do SUS a título de introdução, o protótipo medium-fi é uma versão ainda distante do
que se projecta ser a aplicação finalizada. Mas essa é já preparada para as interacções mais importantes, o suficiente
para que se realizem as avaliações intercalares mencionadas. Alguns links ainda não funcionam (sobretudo o botão de
ajuda ao canto superior direito (?), representa a lacuna mais notória). Em alguns casos (na maioria, espera-se…), é pos-
sível pressupor a interacção, embora ela ainda não seja real (p. ex, ainda não é possível editar o texto nos formulários;
no "Diário/histórico de conflitos" só as referências aos dias 3 e 7 são clicáveis.
∞
"O protótipo medium-fi, realizado com recurso à plataforma de prototipagem web-based proto.io, poderá ser consultado
através do link https://marianamag.proto.io/share/?id=33852d3f-eae1-48ef-a476-cd70e85ce748&v=9. Também anex-
ado a este documento segue uma versão HTML do protótipo – mas uma vez que detectei falhas de funcionamento decor-
rentes da exportação que escapam ao meu controlo, recomendo que se observe directamente a partir do link indicado.

MEDIDAS EXPLÍCITAS
"SUS – System Usability Scale Questionnaire"

A fim de aferir, de modo relativamente objectivo, a usabilidade do sistema nesta fase de desenvolvimento, foi dado a
conhecer o protótipo medium-fi a um grupo de nove participantes que de seguida responderam ao questionário SUS.
∞
O teste foi precedido por uma introdução acerca das implicações de um sistema de média fidelidade, o que não terá
influenciado em demasia os resultados, mas terá prevenido dúvidas que seriam suscitadas face à impossibilidade de
interacção onde ela parece evidente (por exemplo, no ecrã de "Links e Contactos úteis" a sinalização gráfica indica
claramente a possibilidade de fazer scrolldown, contudo no protótipo este diálogo não é permitido – embora tenha sido
previsto no modelo conceptual – à semelhança de outras secções do protótipo que ficaram incompletas porque a im-
portância da sua execução não justificava um atraso na realização dos testes intercalares).
∞
O teste terminou com uma classificação média de 82,5 (num máximo de 100), do que se conclui que, de um modo
geral, os participantes tiveram uma percepção boa da usabilidade do sistema. As respostas de cada participante podem
ser consultadas na tabela na página seguinte deste documento. De notar que a classificação mínima obtida foi de 72,5.

Tabela de resultados do "SUS – System Usability Scale Questionnaire"

O nível de adequação à aprendizagem ("Learnability Sub score") obteve uma classificação média de 15,5 (máximo 20).
No que a isto diz respeito, um dos participantes respondeu "Concordo fortemente" às questões 4 ("Penso que precisaria
do apoio técnico para conseguir usar o sistema") e 10 ("Precisei de aprender muitas coisas antes de conseguir começar
a usar o sistema"). Considerando que este participante atribuiu classificação máxima a sete das restantes vertentes do
sistema, coloco a hipótese de o participante ter interpretado mal aquelas duas questões, ou de o próprio ter uma expe-
riência reduzida com interfaces tácteis (o que explicaria ter de "aprender muitas coisas"), uma vez que concorda forte-
mente com a afirmação "Imagino que a maioria das pessoas consegue aprender a usar este sistema muito rapidamente".
Disto tudo concluo que deverei trabalhar mais a fim de compatibilizar o sistema com as expectativas e nível de conheci-
mento dos utilizadores. Uma das estratégias para isto será averiguar com minúcia os diálogos habituais no iPhone; já
que a minha própria experiência com smartphones é quase nula, admito que isto tem representado uma dificuldade e
que me tenho apoiado essencialmente em ensaios informais do domínio do webdesign, abundantes na Internet. A título
de aparte, deixo aqui os links (além dos recomendados pelo professor) para os sites que se têm revelado mais úteis:
http://taybenlor.com/2013/05/21/designing-for-ios.html
∞
http://ivomynttinen.com/blog/the-ios-7-design-cheat-sheet/
∞
http://mobile.smashingmagazine.com/2012/10/22/a-guide-to-mobile-app-testing/
∞
https://medium.com/design-ux/926eb80d64e3

Os itens com melhor classificação foram "Achei o sistema desnecessariamento complexo" e "Achei o sistema muito incó-
modo de usar". A maioria discordou fortemente de ambas as afirmações (classificação média de 3,7 num máximo pos-
sível de 4), pelo que se conclui que a satisfação dos participantes com o sistema é positiva.
A classificação mais baixa (2,8) foi para a afirmação "Achei que as várias funções do sistema estavam bem integra-
das", e das três afirmações que se seguem (com classificação média de 3,1) deduz-se que há trabalho a fazer no que
concerne à eficiência e à ade-quação à aprendizagem. Apoiando-me na classificação média geral de usabilidade ("Us-
ability Sub score" – 67), confirmo que o sistema é razoavelmente eficaz.
∞
Um dos participantes, embora considere o sistema globalmente positivo, discorda fortemente da afirmação nº 1,
"Penso que gostaria de usar este sistema frequentemente". A pessoa justificou: "Dei um número abaixo porque pensei
que era para responder a nível pessoal. E como não sou vítima de qualquer abuso, não usaria." Outro participante, que
neste caso respondeu de forma oposta, explicou que concordou com a afirmação, colocando-se no papel de vítima de
violênica doméstica para responder ao questionário. Esta ambiguidade faz-me questionar se os outros sete participantes
terão, igualmente, respondido da perspectiva da vítima ou das suas próprias cir-cunstâncias. Em entrevista informal,
tanto da parte dos participantes do SUS quanto de outras pessoas a quem pedi opinião, o propósito da aplicação foi
elogiado de modo unânime, e a previsão da sua utilidade partilhada com o mesmo entusiasmo. Assim me restam poucas
dúvidas de que o público específico a quem se dirige encontraria interesse em usar a aplicação.

O que falta averiguar é se a aplicação teria interesse para o cidadão comum. A funcionalidade "Dados", por muito que
se desenrole em torno do vocabulário do "conflito" (que é, naturalmente, um tema impopular), pode converter-se numa
ferramenta auxiliar à mannutenção de qualquer relação de intimidade. O apelo à reflexão diária e à observação dos
factos e das emoções no decorrer do tempo conduz a uma visão colectiva mais positiva e menos fatalista dos relaciona-
mentos entre as pessoas. Claro que não é preciso uma aplicação móvel para fazer isto. Basta um caderno de bordo
para alguns, e o mero espaço mental a tantos outros. E o mais importante, uma propensão do carácter para este tipo
de contemplação... Mas os hábitos também se cultivam, então um esforço social no sentido de generalizar uma atitude
racional face à intimidade actuaria ao nível preventivo, não só da violência doméstica, mas de distúrbios menores do
quotidiano interpessoal. É isto que a Psicologia de hoje faz – no domínio do cognitivo-comportamental – e é isso que
defende. A conversão do sistema de "Dados" numa aplicação independente (sem as funções de urgência, e destituída
da brutalidade que o rótulo da violência doméstica representa) pode ser preferida pelo cidadão comum e, por conse-
quência, também mais viável de implementar de acordo com uma perspectiva de mercado. Planeio realizar um teste de
associação implícita, relativo ao protótipo hi-fi, que incida sobre esta possibilidade.
∞
A amostra de participantes que respondeu ao SUS compôs-se de três profissionais do design gráfico, quatro estudantes
de design de comunicação, uma estudante de psicologia e um estudante de jornalismo, nenhum deles em situação actual
ou passada de qualquer tipo de abuso semelhante ao que se entende por violência doméstica. Apesar de nenhum dos
participantes corresponder a qualquer das personas definidas na fase inicial do projecto, as suas áreas de formação e
experiência laboral traduziram-se nos comentários detalhistas e exigentes que adjaceram a resposta ao questionário.
Os ditos comentários encontrar-se-ão escritos a azul, ao lado do screenshot do ecrã a que remetem, na secção seguinte,
à qual chamei "Modelo Conceptual" por tratar-se de uma versão minuciosa e ilustrada do modelo conceptual que
elaborei na primeira fase do projecto. Os screenshots serão acompanhados por legendas, as quais explicam o que
(ainda) não é evidente por mera observação do protótipo medium-fi, assinalando problemas mais notórios e possíveis
soluções a executar no protótipo hi-fi da aplicação.

MODELO CONCEPTUAL
Aplicação móvel web-based para sistema operativo iOS.

Homescreen – principal

Homescreen – secundário
No menu : dados + circulo de
confiança + queixa eletronica +
casa de abrigo, visualmente as
coisas parecem desalinhadas.
(...) os icones podiam ser da
mesma família.

O par de ecrãs na página anterior do documento exibe a totalidade da homepage da aplicação, ressalvando-
se que o da esquerda é a parte imediatamente visível, e o outro se revela a partir de um toque na seta ao canto
superior direito do primeiro.
∞
A divisão foi assim feita de acordo com o carácter mais ou menos urgente das funcionalidades ilustradas.
O nome ("Chamada de urgência") por baixo dos ícones demonstra isso mesmo. A necessidade de colocar estas
funções como as mais acessíveis dispensa explicações. O facto de se delegar os outros cinco ícones para outro
ecrã justifica-se pelo imperativo da rapidez na identificação visual dos elementos principais, pois a disposição de
todos os símbolos num só plano criaria ruído visual, coisa que se dispensa em circunstâncias de ataque.
∞
Apesar de o "Círculo de Confiança" pertencer à gama de funções que se quer ter logo à mão, releguei-a para o
segundo ecrã porque a acção que representa não passa de uma versão menos poderosa do SOS.
Isto será explicado com detalhe mais adiante no documento.
∞
"Dados" dá acesso a uma opção de inserção de informação acerca da relação entre a vítima e o agressor.
Exige um login, tempo e espaço de privacidade para a sua utilização. As restantes – "Queixa Electrónica",
"Casas de Abrigo", "Chamada de Apoio" e "Links e contactos úteis" (esta última acessível a partir do ícone
à direita em todos os ecrãs, ao fundo) – representam funções complementares.

2º nível
3º nível
1º nível

CONTACTO URGENTE
1º nível – funções de resposta imediata (risco iminente/efectivo):
contacto urgente às autoridades e aos contactos de confiança.

O gesto exigido para sair do
modo de urgência representa um
constrangimento deliberado face
à maior facilidade com que se
acciona uma chamada através
de um único tap. Na ocorrência
de um ataque, a possibilidade
de cancelar o contacto telefónico
deve ser minimizada.Somente no
modo de urgência, tanto os links
do menu inferior quanto o botão
de ajuda (sinal de interrogação
em cima à direita) estão inactivos.
Modo de urgência
As únicas interacções possíveis
são com o botão de chamada e
com o slider de saída. O contraste
resultante das cores combinadas
torna fácil e rápido reconhecer as
áreas de interacção.

Uma vez abandonado o modo de
urgência, passa a ser possível des-
ligar a chamada, e voltam a estar
activos os links da barra inferior,
bem como o botão de ajuda.
A estratégia usada para o 112 é
igualmente aplicada para o SOS,
PSP e GNR.

Em quase tudo igual em funcio-
namento às restantes opções de
urgência, a função SOS tem a
particularidade de iniciar uma
chamada a um contacto telefóni-
co pré-seleccionado pelo utiliza-
dor (não pré-definido no sistema).
Além da chamada, o botão SOS
despoleta, em simultâneo, o envio
de uma sms com as coordenadas
GPS do utilizador a todos os con-
tactos do grupo.
O número a chamar através do
SOS será o primeiro de um "Cír-
culo de Confiança", um grupo de
contactos seleccionados a partir
da lista telefónica do utilizador.

O botão de chamada SOS devia
ser ligeiramente maior e directo a
partir do menu. Isto é, ao clicares
no SOS vai para uma página em
que tens de voltar a clicar para
chamar.. acho que, sendo SOS,
melhora bastante o sistema se
for directo, uma vez que é usado
numa situação de emergência e
deve ser o mais rápido possível!

Para definir o "Círculo de Confian-
ça", o utilizador deverá começar
por identificar-se ("Login"). Isto
exige que tenha criado um perfil
entretanto (considerações acerca
disto mais à frente no documento).
A vítima não pode correr o risco
de que o agressor altere as
definições do seu círculo de confi-
ança, p.ex. apagando os contac-
tos lá inseridos ou corrompendo-os
de qualquer forma.
Sugere-se à vítima a criação de
uma conta de e-mail para asso-
ciação exclusiva a esta aplicação.
Prevendo uma eventual distracção
do utilizador, que poderá deixar
a sessão iniciada nesta aplicação
enquanto usa uma outra, prevê-se
que a sessão seja cancelada assim
que a abandona.
Como tal, para a selecção de con-
tactos, ao invés de remeter para a
aplicação nativa do smartphone
que serve este fim, far-se-á um
"screen overlay" desta sobre o
ambiente da aplicação web-based
(se for viável em termos de pro-
gramação).

Nos casos em que não exista risco
efectivo ou iminente de agressão,
mas a vítima considere que se
encontra numa situação particu-
larmente vulnerável a perigo,
sugere-se o uso da funcionalidade
"Círculo de confiança", a partir da
qual se envia aos contactos selec-
cionados uma sms com as coorde-
nadas GPS.

Funcionamento totalmente análogo
ao que foi explicado para o 112.
(acerca da legenda do slider de saída)(...) mesmo que não fosse muito comum, talvez uma animação que indique o movimento seja mais eficaz que uma legenda tão grande…
Eu até simplificaria a coisa e colocaria apenas "sair do modo de urgêngia". Isso também te permitia centrar esta legenda, já que tudo o resto na página também esta centrado.

Funcionamento totalmente análogo
ao que foi explicado para o 112.

MONITORIZAÇÃO
DO CONFLITO
2º nível – funções de resposta prolongada (memória; reflexão):
Monitorização contínua e automaticamente actualizada dos dados inseridos.
Exigência da criação de uma base de dados interna à aplicação (para manutenção da
funcionalidade "Dados"), e outra externa para recolha dos dados para investigação.

Também para manipular "Dados"
é necessária a identificação do
utilizador. O perfil previamente
criado poderá ter nome e apelido
fictícios, mas para fins de estudo
do fenómeno da violência domés-
tica a nível municipal e nacional, e
prevendo que estes dados poderão
ser partilhados às entidades com-
petentes mediante autorização, é
importante que os restantes dados
do perfil correspondam à realidade.

Exemplo de feedback e
auto-explicação do sistema.

A aplicação explica inclui um ques-
tionário baseado no CTS2 – Revised
Conflict Tactics Scale, um modelo
cientificamente aprovado para o
estudo do conflito numa relação de
intimidade (http://pubpages.unh.
edu/~mas2/CTS15.pdf).
Aqui o nome foi simplificado para
"Questionário sobre Tácticas de
Conflito", para melhor compreensão
por parte do utilizador. Contudo,
será justo que se mantenha igual-
mente a referência correcta. Isto,
acompanhado de uma explicação
detalhada do que trata o questio-
nário, deverá ser mencionado na
"Ajuda" (em falta no protótipo
medium-fi).
(…) não sei se tens essas tais se-
tas no texto para tornar as coisas
mais claras para nós, mas é uma
coisa que no smartphone talvez
tambémb seja desnecessária…
A acção de scroll por si só é sufi-
ciente. (...) acho que a barrinha
de scroll não devia tocar nas
linhas horizontais que vais tendo
a servir de separadores ao longo
da página… Parece que a barra
esta ali para fazer uma especia
de sombra lateral, em vez de ser
a barra de scroll!

Exemplo de um ecrã do QTC.
Tap sobre cada um dos números faz
surgir uma tooltip auto-explicativa.
O último número seleccionado (antes
de mudar de ecrã) será registado
como resposta.
Tap sobre cada uma das setas faz
avançar ou retroceder uma questão.
No questionário, talvez a nave-
gação para a próxima questão
seja um pouco discreta, mas não
sei porque alguns questionários
têm dois botões um que diz tipo
"avançar" ou "seguinte questão"
e outro "retroceder", ou então
(podias) colocar as setas mais
visíveis, pois todos os elementos
na tua app são bem destacados
tanto texto como botões, à excep-
ção das setas.
Não acho que as setas para
ir para a questão seguinte e
anterior no questionário sejam
discretas... Acho-as muito claras e
têm muito a ver com as setas que
vão aparecendo noutras páginas
quando temos de descer o texto.

Opção (facultativa) de partilha das
respostas ao questionário às enti-
dades envolvidas na investigação
e extinção da violência doméstica,
com garantia de anonimato.
Como exemplo, o protótipo mencio-
na o Observatório Contra a VIolên-
cia Doméstica, que se prevê vir a ser
implementado brevemente.
Note-se que o discurso se dirige
ao utilizador mediante o nome e
género que tenha indicado no perfil.

Lista das respostas ao questionário,
por categoria. A partir daqui, pode
editar-se cada resposta singular sem
precisar de correr todo o ques-
tionário outra vez.
Simulação da visualização gráfica
das respostas ao questionário, por
categoria.
Os tamanhos relativos dos círculos
derivam da maior ou menor incidên-
cia (numa perspectiva quantitativa)
das várias categorias na sistema-
tização do conflito. A partir deste
ecrã, poder-se-ia aferir que a com-
ponente de "Agressão Psicológica"
é muito mais frequente do que a
"Coerção Sexual".
Isto não foi, contudo, considerado
evidente pelos utilizadores em teste,
pelo que deverá vir a ser explicitado
pela "Ajuda".

Visualização gráfica da classifica-
ção do conflito/dia ao longo da
última semana.
A partir da visualização do
clendário, pode aceder-se rapida-
mente ao registo de qualquer dia .
Acho que a relação entre os
ícones QTC e Estatísticas, no ecrã
de Dados, está muito estranha.
Estatísticas parece consideravel-
mente maior do que o QTC, acho
que era preciso refazer os dois ou
um deles para parecerem fruto da
mesma grelha e/ou outras mesmas
regras de construção.
Alerta pessoal; resulta do cruzamen-
to entre as respostas ao questionário
e os conflitos nos últimos dias.
Um pormenor que eu faria
diferente… não estou a dizer que
deves tirar o link! estou a dizer
que basta a seta, sem o nome
da página anterior ("Dados")…
sabendo sempre em que página
estamos e sendo uma aplicação
mobile acho que não precisas ter
a indicação da página anterior..
Como na aplicação da iTunes
Store, ou nas setas de retroceder
de um browser…
O conjunto de elementos do dash-
board, aliado à observação deta-
lhada dos conflitos recentes bem
como da tendência geral de conflito
explicitada pelo QTC, propicia ao
utilizador uma compreensão mais
profunda da relação, podendo
ajudar a detectar padrões de acordo
com a teoria do Ciclo da Violência
Doméstica, e talvez a prever picos
de risco elevado ao longo do tempo.

Uma nota para o aspecto gráfico:
ao contrário da funções de urgên-
cias em que se preferem cores
quentes e fortes para contrastes
maximizados, para estas tarefas de
registo que tratam de informação
privada, prefere-se que a discrição
seja dominante.
Em entrevistas informais, esta dicoto-
mia foi notada de imediato – tanto
que ao nível da apreciação estética
as funções de urgência foram clara-
mente preferidas. Para o protótipo
hi-fi, poderá estudar-se uma hierar-
quia de cores subtil que torne estes
ecrãs menos aborrecidos ("bloco de
notas", citando uma colega do curso
de design gráfico), sem no entanto
a tornar muito apelativa a olhares
curiosos.

APOIO COMPLEMENTAR
3º nível – funções de resposta ocasional, não urgente:
Pré-definição de chamada para a linha nacional de apoio à vítima de violência doméstica (CIG).
Links e contactos institucionais vários de apoio à vítima.
Acesso rápido à página do Ministério da Adminstração Interna – Queixa Electrónica.
Atalho para a localização das Casas de Abrigo mais próximas (via Google Maps).

O número telefónico 800 202 148
é o número verde gratuito para o
"Serviço de Informação às Vítimas
de Violência Doméstica" da CIG
– Comissão para a Cidadania e a
Igualdade de Género", uma inicia-
tiva ao abrigo do Governo.

Ecrã inicial dos "Links e contactos úteis".
Além de uma breve descrição, cada instituição é representada
pelo link para a respectiva página web, bem como pelo link para
a localização da sede mais próxima (via Google Maps).
Screen overlay de uma janela do browser, para acesso ao site da
instituição de apoio.
Screen overlay de uma janela do browser, para acesso à locali-
zação da sede mais próxima (via Google Maps) da instituição.

Screen overlay de uma janela do
browser, para acesso à funcion-
alidade de "Queixa Electrónica",
providenciada pelo site do Ministé-
rio da Administração Interna.
A ser possível do ponto de vista
legislativo, em vez de abrir uma
janela do browser para aceder ao
formulário da queixa electrónica,
poder-se-ia incorporar um formulário
análogo na própria aplicação e,
a partir desta, enviar os dados do
formulário preenchido para o site do
MAI.
Em alternativa, poder-se-á simples-
mente mostrar o link "queixaselec-
tronicas.mai.gov.pt" e abri-lo numa
janela independente da aplicação
"Safari mobile". Isto porque o screen
overlay diminui a perfomance da
aplicação, e ainda mais tratando-
se de um formulário que exige a
inserção de informação privada,
deseja-se que a tarefa seja rápida e
evidente ao utilizador o término da
sua execução.

Screen overlay de uma janela do
browser, para acesso à localização
e trajectos para as Casas de Abrigo
mais próximas (via Google Maps).
A opção de pesquisa do Google
Maps foi intencionalmente suprimida
neste screen, uma vez que não se
deseja que o utilizador disperse do
propósito da funcionalidade. Porém,
em entrevista informal foi levantada
a hipótese de, por motivos variados,
ser de maior interesse para a vítima
deslocar-se para outra área geográ-
fica. Neste caso, para o protótipo
hi-fi a opção de pesquisa será
reconstituída.

outros comentários:
Talvez nos "links e contactos úteis" em vez de ter a pequena informação
acerca da instituição, devesse haver uma outra ligação logo por baixo
de cada uma, com o nome, por exemplo, "saber mais" e lá, então cons-
tar essa descrição de modo a que a página se torne mais clean e tenha
apenas o nome da instituição e os seus contactos.
Na primeira página acho que talvez deveria também conter o circulo-
zinho em que a pessoa carregasse para enviar logo aos contactos pré-
definidos a tal sms de urgência com as coordenadas.
Achei que deveria ter algum botão para retornar ao menu : dados +
círculo de confiança + queixa eletrónica + casa de abrigo em vez de
termos a única possibilidade de voltar ao home-menu das chamadas de
urgência.
Em cada página que se seleccionasse deveria haver a setinha de retorno
à página anterior em vez de ter que se carregar na casa para o menu
inicial, digamos assim.
Quando tu fazes uma qualquer acção, como por exemplo ligar para
uma das entidades de segurança, não tens nenhum botão ou área para
voltares para trás um passo; se voltares para trás vais directamente para
a homepage.
Observação pertinente, a ponderar.
As razões obstantes a esta sugestão
já foram explicadas no documento.
Está de facto em falta uma opção de
retrocesso nos ecrãs das funcionali-
dades "Círculo de confiança", "CIG
– Chamada de Apoio", "Casas de
Abrigo" e "Queixa electrónica".
A opção de retroceder necessaria-
mente ao ecrã principal foi inten-
cional, considerando as circunstân-
cias de urgência. Repare-se que, de
qualquer modo, mesmo estando a
usar outra funcionalidade antes de
recorrer às funções de chamada,
o retrocesso seria necessariamente
à homepage – uma vez que para
aceder aos modos de chamada o
utilizador terá de aceder primeiro
à homepage onde se encontram os
ícones respectivos.

MEDIDAS IMPLÍCITAS
"IAT – Implicit Association Test"

Aquando da elaboração do modelo conceptual, tratei logo de determinar as linhas gerais do
aspecto gráfico. As considerações principais acerca disto foram tratadas no documento ante-
rior. Por imperativo do método que aprendi em Ergonomia das Aplicações Multimédia, havia
de realizar, nesta fase do projecto, um teste de associação implícita ("IAT") que confirmasse ou
desdissesse as decisões que tomei com base na minha formação em design gráfico. O passo
de sujeitar a vertente estética a um exame de carácter mais ou menos científico revelou-se atípi-
co e de grande utilidade, quanto mais não seja para dar confiança e base argumentativa aos
conhecimentos que adquiri com base na experiência e por intuição.
∞
Assim levei a teste a gama de tons, que havia criado a partir de um vermelho, a confronto com
outra gama de azulados que resultaram de uma rotação de 180º – tendo por referência um
esquema circular do espectro luminoso – da matiz (onda cromática) de cada cor da primeira
gama. Ou seja, mantendo o mesmo exacto grau de saturação e brilho, obtive as cores de ma-
tiz diametralmente oposta. De acordo com Eva Heller, autora do manual "A psicologia das
cores: Como as cores afectam a emoção e a razão." (Alemanha, 2000), os pares de tons simé-
tricos exercem "efeito psicológico contrário". O objectivo deste IAT era aferir se a associação
entre os avermelhados e os princípios da vitalidade, acção, dinamismo e orgulho eram real-
mente significativos para lá dos livros e da História da Arte. Porquanto os resultados ao teste
não possam ser dissociados de aprendizagens culturais, pode pelo menos ter-se uma noção de
quão profundas são as suas impressões ao nível subconsciente. E, no caso da amostra de par-
ticipantes observados , a teoria até pareceu estar correcta. Passo a demonstrá-lo.

Tabela estruturante do IAT
Itens que compõem as duas discriminações entre o vermelho (vermelho vs verde)
e o conceito de extroversão (extroversão vs introversão)

As duas gamas de matiz simetricamente oposta.

Homens e mulheres gostam igualmente do vermelho:
uma percentagem de 12%, tanto de um género quanto do outro,
citou o vermelho como cor preferida.
∞
A acção psicológica e simbólica do sangue faz do vermelho
a cor dominante de todas as atitudes positivas em relação à vida.
O vermelho, como a mais forte das cores, é a cor da força,
da vida; há um provérbio que é curto e grosso:
"Heute rot, morgen tot" (vermelho hoje, morto amanhã).
A psicologia das cores:
Como as cores afectam a emoção e a razão.
Eva Heller · Munique, Alemanha · 2000

PROTÓTIPO HI-FI
Terá por base de construção o template Mobile Boilerplate · HTML5
∞
http://html5boilerplate.com/mobile/

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