O documento discute o conceito de memória empresarial, sua importância para a gestão do conhecimento e cultura organizacional e como projestos de memória podem ser usados como ferramenta de comunicação interna.
3. ApresentaApresentaççãoão
Mnemosine ou Mnemósine (em
grego Mνημοσύνη,
pronounciado /mnɛːmosýːnɛː/)
era uma das Titânides, filha de
Urano e Gaia e a deusa que
personificava a Memória
Ela preservava a todos do
perigo do esquecimento (lete):
rio onde almas bebiam água e
esqueciam existência anterior.
5. O queO que éé memmemóória empresarial?ria empresarial?
-Olick e Robbins (1998): estudos sobre memória analisam
diferentes formas pelas quais somos moldados pelo passado,
conscientemente ou inconscientemente, na esfera pública ou
privada.
-Worcman (2004, p.23) acredita que a memória de uma
empresa é um marco referencial a partir do qual
colaboradores redescobrem valores e reforçam vínculos.
- Pierre Nora fala em “lugares de memória”: museus,
monumentos, livros e biografias.
6. O queO que éé memmemóória empresarial?ria empresarial?
- Ao longo das décadas, as empresas foram construindo seus
legados coletivos, baseados nas experiências de seus
colaboradores.
- O trabalho de "tecer" a memória empresarial é feito a
muitas mão: historiadores, arquivistas, bibliotecários,
administradores, comunicadores e psicológos.
8. HistHistóóricorico
- Década de 1970 – valorização da memória empresarial –
novas tecnologias e facilidade de acesso à informação.
- Empresas detentoras de documentos atentam para
importância do seu registro e conservação organizada.
- Década de 1980 - Surgem na França os Centros de Arquivos
do Mundo do Trabalho -> Tinham a responsabilidade de
conservar a memória das empresas e dos sindicatos.
9. HistHistóóricorico
- No Brasil, valorização dos projetos de memória institucional
se fortaleceu no meio acadêmico antes de chegar ao universo
empresarial.
-Fim da ditadura militar, redemocratização do país,
promulgação da Constituição de 1988 e a revolução
tecnológica.
- Centros de Memória com mais liberdade em preservar e
organizar a história do país. Empresas seguem o mesmo
caminho.
11. Referências teReferências teóóricasricas
- Segunda metade do século XX - Memória coletiva ou social
torna-se um campo consolidado de estudos – Grupos tem
interesse em preservá-la.
- Jacques Le Goff (1994, p.475): "A evolução das sociedades
na segunda metade do século XX clarifica a importância do
papel que a memória coletiva desempenha [...] Ela faz parte
das grandes questões das sociedades desenvolvidas e em vias
de desenvolvimento, das classes dominantes e dominadas,
lutando pela promoção".
12. Referências teReferências teóóricasricas
- Maurice Halbwachs (1877-1945): grande difusor do campo
intelectual da memória, ao pesquisar sua função social e
desenvolver a ideia de "quadros sociais”.
-Estruturas construídas a partir de discursos e representações
simbólicas de uma sociedade, a exemplo dos costumes e o
imaginário, que influenciam indivíduos e grupos.
-Memória é imagem compartilhada do passado -> maior
proximidade e identidade nos grupos sociais – Tempo e
espaço compartilhados.
14. HistHistóória e comunicaria e comunicaçção,ão, ááreas afinsreas afins
- Ao contar uma história, organizações e indivíduos dão
pistas sobre o passado e “subsídios” para a memória
institucional. Mesmo que possa lembrar individualmente,
cada ser tem sua memória enraizada em quadros sociais.
- Memória passou a ser ferramenta estratégica na
comunicação organizacional, auxiliando na construção da
identidade das corporações.
- Paulo Nassar (2004) une história e memória como
elementos chave para construção do futuro das empresas.
16. A comunicaA comunicaçção interna da memão interna da memóóriaria
- Karen Worcman (2004: 23) - o modelo de memória na
empresa é agente catalisador no apoio aos negócios,
elemento de coesão entre responsabilidade social e história.
- Ao contar sua história, uma empresa produz e compartilha
conhecimento sobre si mesma, gerando um valor agregado,
que interfere na tomada de decisões da organização.
- Aliada à estratégia corporativa, a memória empresarial
revela-se uma poderosa ferramenta de comunicação interna,
despertando o desejo de pertencimento e orgulho em cada
um dos funcionários.
17. A comunicaA comunicaçção interna da memão interna da memóóriaria
- Década de 80 - Comunicação integrada e pensamento
sistêmico como visão de mundo
- Década de 1990 - extrapolação das responsabilidades das
organizações
- Anos 2000 – esses conceitos começaram a ser substituídos e
a memória e a história passaram a ser a base da narrativa
empresarial (NASSAR, 2009 p. 155)
18. A comunicaA comunicaçção interna da memão interna da memóóriaria
- A memória institucional tem como objetivo dar
credibilidade à história de uma empresa, valorizando o
trabalho de ex e atuais funcionários.
- Organizações modernas preservam sua identidade e
memória, que constroem valor unindo a comunicação e a
história como apoio às suas marcas e iniciativas.
19. Quem guarda e estrutura a memQuem guarda e estrutura a memóória?ria?
20. Quem guarda e estrutura a memQuem guarda e estrutura a memóória?ria?
- Empresas investem em projetos de pesquisa sobre a sua
história, recolhendo depoimentos de seus trabalhadores,
acervo de produtos, objetos, marcas. Cem empresas no
Brasil produzem algum projeto na área de memória.
- História desenvolvida a partir de pesquisas que procuram
resgatar a sua memória através de documentos,
procedimentos e normas internas.
- Processo de seleção de documentos nos acervos, estatutos,
normas, regulamentos e etc.
21. Quem conta o que se lembra?Quem conta o que se lembra?
22. Quem conta o que se lembra?Quem conta o que se lembra?
- Valorização do contar histórias, repaginada pelo conceito
de storytelling - narração de histórias com uma nova
linguagem para atender às demandas dos negócios
comunicacionais das organizações privadas e públicas.
- Narrativa organizacional ganha atratividade e legitimidade
com a “contação” de histórias ou storytelling, um formato
envolvente, afetivo e de repercussão.
- Público quer feedback, não resposta pronta. Quer ter voz.
Discurso unilateral perde força, não basta informar. É
preciso ouvir, dar voz e contar coletivamente.
23. Quem conta o que se lembra?Quem conta o que se lembra?
-Redes sociais quebram dinâmica informacional da
organização -> informações mais rápidas e fluidas.
Organizações passam a se comunicar diretamente e
storytelling alavanca outras perspectivas.
-Novas formas de envolver, troca de mensagens entre
passado e presente -> identidade e tradição da organização.
Petrobras, ao completar 60 anos, utilizou pequenas
narrativas numa campanha nacional intitulada de “Gente que
inspira”. Criou hotsite com vídeos dos empregados.
28. Por que investir em memPor que investir em memóória?ria?
- Gestão do conhecimento
Maximização do capital intelectual;
Melhoria dos processos internos;
Tomada de decisões mais eficientes;
Melhor coordenação entre unidades de negócios.
- O problema do foco em processos e seus registros é o
sentimento de perda de conhecimento e de seu valor pelo
colaborador.
- O sentimento ‘eu faço parte da história’ valoriza o
empregado e facilita a transmissão do conhecimento.
29. Por que investir em memPor que investir em memóória?ria?
- Difusão da cultura da empresa
A cultura da empresa é tangível e é o seu maior valor.
- Há duas vertentes no estudo da cultura empresarial: a
primeira é fruto do relacionamento entre as forças de
trabalho; a segunda está diretamente ligada à imagem da
empresa e o que ela pretende significar.
30. Por que investir em memPor que investir em memóória?ria?
- Missão, visão e valores
Missão: razão de ser do negócio
Visão: onde a empresa quer chegar em determinado
período de tempo; conjunto de objetivos a conquistar
Valores: ideais de atitude, comportamento e resultados
que devem estar presentes nos funcionários e nas relações
da empresa com clientes, fornecedores, parceiros e seus
colaboradores
31. Por que investir em memPor que investir em memóória?ria?
- Reconhecimento do empregado
como indivíduo: pessoas que
sentem-se reconhecidas e
apreciadas produzem mais e
trabalham melhor
- Reconhecimento não se resume a
prêmios e troféus
- Reconhecimento reflete
fortemente na imagem da
empresa
33. Papel estratPapel estratéégico na comunicagico na comunicaçção internaão interna
- Comunicação interna não é a
comunicação feita apenas para
quem trabalha na empresa.
Públicos de interesse:
empregados, familiares e
parceiros
- Os conceitos difundidos em um
projeto de memória fazem parte
da construção da imagem de uma
empresa e, necessariamente,
transborda seus portões.
35. Envolvimento e pertencimentoEnvolvimento e pertencimento
- Memória Empresarial não é publicidade, mas deve ser
insumo para publicidade. O contrário não se aplica!!!
37. Cadeia de valoresCadeia de valores
- Cadeia de valores é o conjunto de atividades
desempenhadas por uma organização.
- Arquitetura de processos é a especificação da estrutura
geral de um sistema de processos.
- Processo é fluxo de atividades que utilizam recursos
(pessoal, informações, energia etc.) para transformar as
entradas (insumos) em saídas (produtos).
- Cada projeto é único em seus processos, arquitetura e
cadeia de valores.
38. Cadeia de valoresCadeia de valores
- Identificação da demanda;
- Indicação dos objetivos a serem alcançados;
- Planejamento e execução.
44. Revisão bibliogrRevisão bibliográáficafica
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo:
Vértice, 1990.
LE GOFF, Jacques. Memória. História e Memória. Campinas:
Ed. UNICAMP, 1994, p. 423-483.
WORCMAN, Karen. Museu da pessoa: memória do futuro: um
desafio. In: NASSAR, Paulo (Org.). Memória de empresa:
história e comunicação de mãos dadas, a construir o futuro
das organizações. São Paulo: Aberje, 2004. p. 23-30.
45. Revisão bibliogrRevisão bibliográáficafica
PORTER, M.E. Vantagem competitiva. Rio de Janeiro:
Campus, 1990.
SILVA, Christian Luiz da. Competitividade e estratégias
internacionais: Discutindo a cadeia de valor. Juruá, 2005.
46. FaFaçça download dos materiais da aulaa download dos materiais da aula
http://issuu.com/isabelapimentel/stacks/b9f762ea78544deb92480335def03392