1. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
ESPECIALIZAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA
EDUCAÇÃO BÁSICA
EVOLUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO
CORRETIVO E NORMATIVO PARA O MEIO AMBIENTE.
Alciele Pereira Alves
Girlene Lopes Galvão Pereira
Maria Andreia Alves Feitoza
Maria das Graças Beserra da Silva
OURICURI-PE
2023
2. EVOLUÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO
CORRETIVO E NORMATIVO PARA O MEIO AMBIENTE.
Segundo a Enciclopédia Britânica: “gestão ambiental é o controle apropriado do meio
ambiente físico, para propiciar o seu uso com o mínimo de abuso, de modo a manter as
comunidades biológicas, para o benefício continuado do ser humano.” Ou ainda, a Gestão
Ambiental consiste na administração do uso dos recursos ambientais, por meio de ações ou
medidas econômicas investimentos e potenciais institucionais e jurídicos, com a finalidade de
manter ou recuperar a qualidade de recursos e desenvolvimento social (CAMPOS, 2002).
A gestão ambiental é uma ferramenta utilizada pelos dirigentes de organizações para
atuarem na área de meio ambiente de forma que se integrem as normas e sistematizem suas
operações de acordo com as exigências do mercado e, conforme destaca Bruns (2009):
A gestão ambiental é conseqüência natural da evolução do
pensamento da humanidade em relação à utilização dos recursos
naturais (BRUNS, 2009).
Enfatizar as ferramentas de gestão ambiental é uma forma de melhor gerir
organizações, focar na busca por resultados efetivos e rentáveis, considerando que
ferramentas relacionadas à disseminação da consciência ambiental e ecológica na sociedade
têm dado mais resultados. As empresas deixaram de tratar o meio ambiente como um custo
adicional de produção, o que levou a uma nova discussão - a criação de processos e produtos
ecologicamente corretos - a idealização sustentável do lucro e crescimento do mercado.
Gerenciar questões ambientais também é uma questão de princípio. Um princípio
derivado do desenvolvimento sustentável, que sempre considera valores, consistindo em
uma escala de valores baseada em três tipos: valores intangíveis - como ética, estética,
cultura, etc. valores ecológicos e valores econômicos.
Ao realizar uma breve leitura vimos que na década de 1970 e início dos anos 1980 foi
o desenvolvimento de estruturas legislativas e regulatórias, reforçadas pela estrutura de
licenciamento ambiental.
A resposta da indústria foi amplamente reacionária. A indústria está investindo em
soluções de engenharia de superfície para garantir a conformidade com regulamentações
ambientais cada vez mais rigorosas e autorizações para atender aos requisitos de comando e
controle da legislação ambiental cada vez mais rigorosa.
3. A vinculação dos negócios aos aspectos ambientais em nível internacional começou
após a Conferência das Nações Unidas de 1972 (Conferência de Estocolmo) quando uma
comissão independente foi criada: a Comissão Mundial de Desenvolvimento e Meio
Ambiente (Comissão Brundtland ). Essa comissão realizou avaliações ambientais de
empreendimentos e em 1987 publicou seu relatório, Nosso Futuro em Comum, hoje
considerado um marco. Este relatório introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável e
convocou indústrias a desenvolver sistemas eficazes de gestão ambiental. O relatório foi
assinado por mais de 50 líderes mundiais, que convocaram uma conferência geral para
discutir a necessidade de ações-chave.
As Nações Unidas decidiram então organizar a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento e Meio Ambiente (UNC), também conhecida como ECO 92, no Rio de
Janeiro em junho de 1992. Líderes governamentais, líderes empresariais, representantes de
cinco mil organizações não governamentais , jornalistas internacionais e grupos privados
pessoas de diferentes partes do mundo se reuniram para discutir como o mundo pode mudar
para a sustentabilidade.
A ECO 92 resultou na Agenda 21, "consenso global e compromisso político ao mais
alto nível" que mostra como governos, empresas, organizações não-governamentais e todas as
esferas da atividade humana podem trabalhar juntos para resolver problemas, problemas
ambientais. colocam em risco a vida no planeta.
Desde meados da década de 1980 e mais recentemente nas economias em
desenvolvimento e dinâmicas, o setor empresarial adotou uma abordagem mais proativa e
reconheceu que a gestão ambiental, como iniciativa voluntária, pode melhorar a imagem
corporativa, aumentar os lucros e a competitividade, reduzir custos e evitar a necessidade de
fazer alterações legislativas propostas às autoridades.
Uma das atividades mais importantes nos últimos anos talvez seja o desenvolvimento
de padrões no campo ambiental, principalmente daqueles estabelecidos pela ISO.
No início do século 21, o homem começa a assumir a responsabilidade pelo uso
predatório dos recursos naturais do passado, passando a falar do desenvolvimento sustentável
como forma de diminuir os danos causados ao meio ambiente em que vive.
A fase inicial da gestão ambiental é também de natureza remediadora, os requisitos
impostos pela legislação ambiental são vistos como um problema que os órgãos técnicos e
4. operacionais da empresa podem resolver sem um processo de tomada de decisão
independente e este trabalho é visto como interna adicional. Do ponto de vista ambiental,
práticas de controle de poluição foram identificadas como soluções ruins porque focam nos
efeitos e não nas causas da poluição e têm pouco impacto nos recursos utilizados pela
empresa. Como próximo passo, as soluções para esses problemas ambientais são vistas como
maneiras de melhorar a produtividade dos negócios, que incluem a revisão de produtos e
processos para reduzir a poluição na fonte, maximizando a recuperação e reciclagem de
resíduos. Essa abordagem permite reduzir a poluição e o consumo de recursos para a mesma
quantidade de produtos e serviços . Finalmente, em um estágio mais avançado, a empresa
trata as questões ambientais como questões estratégicas, minimizando problemas que possam
ameaçar a competitividade da empresa, explorando oportunidades de mercado como cita
(BARBIERI, 2006).
Vários autores, entre eles Sanches (2000) e Carrieri (2003), argumentam que as
melhorias ambientais devem ser vistas como uma oportunidade para tornar as empresas mais
competitivas, e não apenas como uma fonte de custos. O uso ineficiente de recursos e a
possibilidade de perda de posição no mercado forçam as organizações a assumirem uma
posição proativa em relação ao meio ambiente.
A ação do homem sobre o meio ambiente é tão antiga quanto a sua existência e com o
alto crescimento demográfico atua radicalmente sobre a degradação do ambiente e dos
recurson naturais. Ao longo dos anos, a conquista de territórios em busca do crescimento
econômico fez surgir um imenso desequilíbrio ambiental no planeta, a partir desse momento ,
normas que visam disciplinar a conduta humana para a proteção ambiental.
Desde 1972, de Estocolmo se viu a necessidade de discutir sobre o Meio Ambiente,
Lembre-se que temos um contexto de pós-guerra mundial, um processo de pós-
industrialização nos países desenvolvidos, acontece que depois de todos os danos causados ao
meio ambiente, as consequências começam a aparecer, nem sempre na própria área, mas todas
as consequências. de poluição algum lugar.
5. REFERÊNCIAS:
ABREU, E. L; FONSECA, A. Análise Comparada da Descentralização do Licenciamento Ambiental
em Municípios dos Estados de Minas Gerais e Piauí. Sustentabilidade em Debate - Brasília, v. 8, n.3,
p. 167-180, dez/2017. Disponível em: file:///C:/Users/rosim/Downloads/27964.pdf
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial. São Pau lo: Saraiva, 2004.
BRUNS, G. B. Afinal, o que é gestão ambiental? Ambiente Brasil. Disponível em: . Acesso em:
23/01/2023.
CARRIERI, A.P. O meio ambiente: discurso consistente ou prática vazia? Uma reflexão sobre os
discursos ambientais, a teoria organizacional e o caso brasileiro. RAP, v. 37, n. 6. São Paulo, 2003, p.
1209 –1231.
Gestão Ambiental. Pearson Education do Brasil. São Paulo. Pearson Prentice Hall.2011.
SANCHES, C. S. Gestão Ambiental Proativa. Revista de Administração de Empresas, v.40, n. 1. São
Paulo: 2000. p.76-87.