O documento discute as características dos parques habitacionais em Portugal e como eles refletem os níveis socioeconômicos. Ele descreve como as áreas residenciais variam de acordo com a renda, desde áreas de luxo para classes altas até habitações precárias para os mais pobres. Além disso, observa que o crescimento da habitação tem ocorrido principalmente nas periferias das cidades, à medida que as pessoas procuram mais espaço a preços mais acessíveis.
2. “A expansão urbana acarreta o desajustamento
das infraestruturas, pondo em causa a
qualidade da vida urbana, devido a
problemas, nomeadamente ambientais,
sociais e nas condições materiais coletivas.”
4. Características
“As características do
parque habitacional duma
sociedade, são indicadores
importantes para perceber
o nível de desenvolvimento
espacial da habitação, e
mais importante ainda, é
permitir enfatizar os
espaços que evidenciam
um maior ou menor
dinamismo na área de
construção, que refletem
na sua maioria, lógicas
dominantes de localização
da habitação.”
5. Portugal
“Nas últimas décadas, as
principais transformações
da realidade nacional,
parecem ligar-se à ideia
fundamental: de que
Portugal se revela uma
sociedade plural, onde
coexistem sectores e
grupos sociais muito
diferenciados, com uma
dinâmica significativa no
investimento
habitacional.”
6. Elementos de um Parque Habitacional
Condomínio Fechado Moradias Unifamiliares
9. Áreas residenciais
das classes com
rendimentos
elevados
Elevada acessibilidade;
Ambiente aprazível;
Existência de jardinas e espaços
verdes;
Afastadas de unidades industriais;
Baixos índices de poluição;
Qualidade de construção;
Prestígio social das áreas;
Elevado valor do solo e do preço
da habitação, o que torna acessível
a um estrato social restrito, as
classes altas.
10. Áreas residenciais de
classes com
rendimentos médios
São os bairros da classe
média que ocupam a
maior parte do solo
urbano. Surgem em áreas
periféricas e predominam
edifícios plurifamiliares,
com um elevado número
de pisos e de andares.
Apresenta elevada
densidade de construção,
seguida da qualidade que
fica aquém das áreas de
habitação de luxo.
11. Áreas residenciais de
classes com
rendimentos baixos
Áreas antigas da cidade, normalmente
com edifícios degradados;
Bairros de habitação social, mandados
construir pelo Estado ou pelas autarquias;
Bairros de habitação precária – barracas
ou bairros de lata, sem água canalizada e
sem rede de esgotos, habitados por uma
população de escassos recursos, muitas
vezes imigrantes.
Caso especifico das “ilhas”, no Porto, e
das “vilas”, de Lisboa, tem apenas um
acesso á rua por um estreito corredor ou
um pátio, sendo a sua disposição em
banda.
12. Crescimento de alojamentos
Variação anual média de
alojamentos (1991-99) –
Região Norte
Crescimento bruto de alojamentos
(1991-2001) – Região de Lisboa
13. “O aumento da distância ao centro da cidade, e,
consequentemente, a diminuição do preço do solo, o
desenvolvimento dos transportes e o desejo de aquisição
de casa própria têm contribuído para o crescimento
destes bairros nas periferias da cidade.”