SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
CIÊNCIA, CLÍNICA E NEGÓCIOS
Nº 41
Maio de 2018
ISSN 2359-5086
Condição corporal em paciente
com insuficiência cardíacaA insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma síndrome clínica que resulta da evo-
lução de uma variedade de doenças cardíacas. Além das alterações hemodinâmicas
e neuroendócrinas, a ICC também está associada à perda de massa magra
NUTRIÇÃO
FILHOTES
Necessidades
nutricionais de
cães filhotes
desde o
desmame NA FÁBRICA
A escolha da
matéria-prima
influencia o
processo de
extrusão?
Pág. 28
NUTRIÇÃO
Copa do mundo,
comportamento animal
e o TRIPTOFANO
Lívea Maria Gomes
Como todo bom brasileiro, sabemos que estamos a
praticamente um mês da Copa do Mundo FIFA 2018
e junto com ela e toda expectativa sobre a nossa seleção,
teremos muitas comemorações (ou não), gritos de gol,
buzinas, cornetas, som alto e fogos de artifício!
Essa data também nos abre espaço para reflexão e di-
álogo sobre Bioética considerando os interesses de todas
as partes, o papel da sociedade e os efeitos destas ativi-
dades de diversão e lazer que ocasionam,de forma quase
que inconsciente, inúmeros problemas ambientais e de
bem-estar aos animais.
Os fogos de artifício são utilizados para diversas fina-
lidades em situações comemorativas e simbólicas desde
o século XIV, quando os árabes os levaram para Europa.
Apesar de seu som e brilho serem muito apreciados pelos
humanos são fonte de perturbação para inúmeras espé-
cies de animais silvestres e domésticas, dentre os quais
estão os cães e gatos que tem muita sensibilidade audi-
tiva.O Brasil é o segundo maior produtor de fogos de
artifício,perdendo apenas para a China.(CAPILÉ et al.,
2014).
O animal,quando exposto a estes sons e movido pelo
medo, procura se afastar do estímulo estressor, tentan-
do se esconder dentro ou embaixo de móveis ou espaços
restritos; busca pessoas para se proteger; pode tentar fu-
gir pela janela; cavar buracos; ficar agressivo; apre­sentar
desorientação, salivação excessiva e respiração ofe­gante;
tremedeira; diarreia temporária; e urinar ou defecar in-
voluntariamente. Há também possibilidade de ocorrer
acidentes durante a tentativa de fuga, tais como atrope-
lamentos, quedas, colisões ou o desaparecimento do ani-
mal, que pode percorrer longas distâncias em estado de
pânico e depois não conseguir retornar ao seu local de
origem (BLACKWELL et al., 2013).
Esses estímulos sonoros são reconhecidos pelo siste-
ma auditivo e avaliados quanto a sua relevância,para que
o indivíduo possa reconhecer situações de perigo e então
desencadeiam respostas fisiológicas de estresse agudo
por meio da ativação do sistema neuroendócrino, que
eleva rapidamente os níveis de cortisol rapidamente em
busca de adaptação imediata após a exposição ao estímu-
lo estressor e o retorno aos níveis basais em uma hora ou
mais (WENDELAAR BONGA, 1997; BEERDA et
al., 1999).
Os problemas recorrentes aos danos causados pelo
medo dos fogos de artifício podem variar desde estresse e
ansiedade crônicos, insuficiência cardíaca pós convulsão,
crises de bronquite aguda, abortos, lesões fatais e neces-
sidade do uso de sedativos pelos animais.
Segundo Beaver (2001), 20% dos cães com fobia
de ruídos possuem problemas suficientemente graves
a ponto de seus proprietários procurarem ajuda profis-
sional. Blackwell e colaboradores (2013) relataram que
entre os 383 proprietários entrevistados sobre reações
Pág. 29
de medo a ruídos apresentados pelos seus cães, 29% dos
proprietários procuraram ajuda profissional.
Apesar do tratamento majoritariamente adotado pe-
los veterinários ser o uso de sedativos,existem opções de
nutrientes que podem antecipadamente serem adiciona-
dos a dieta do animal com a intenção de modelar a res-
posta ao estresse a qual os animais serão expostos. Neste
sentido, foram desenvolvidos estudos com o objetivo de
avaliar os efeitos dos nutrientes das dietas sobre a mo-
dulação do comportamento em cães e gatos. Dentre os
nutrientes que apresentam maior importância e estudos
mais consistentes, destaca-se o aminoácido triptofano.
O triptofano, um aminoácido essencial para cães e
gatos,é precursor de compostos bioativos,limitante para
síntese de proteínas e deve ser fornecido por meio da
alimentação, visto que sua síntese não pode ser realizada
pelo animal (PEREIRA, 2007). Quando o triptofano é
suplementado na dieta além da exigência para síntese
proteica, pode ser utilizado como suplemento terapêu-
tico (LI et al., 2006).
O triptofano é facilmente absorvido pelos capilares
da parede intestinal, no qual a maior parte dele - cer-
ca de 80-90%, é transportado no sangue pela albumina,
diferentemente de outros aminoácidos (PARDRIDGE,
1979),assim,apenas 10-20% de triptofano está presente
como forma livre no plasma. O transporte do triptofano
pode ser alterado pela concorrência exercida por outros
aminoácidos,como valina,leucina,isoleucina,fenilalani-
na,tirosina e metionina,que se ligam aos mesmos trans-
portadores (HENRY et al., 1992; BOISEN et al., 2000;
PEREIRA,2007).Portanto,a eficiência da utilização de
determinado aminoácido é dependente da concentra-
ção adequada de outros aminoácidos e do teor proteico
da dieta (HENRY et al., 1992; MILLET, 2012). Em
contrapartida, a dieta rica em carboidratos proporcio-
nará aumento de triptofano utilizado pelo cérebro (LE
FLOC’H e SÈVE,2007).Para maior produção de sero-
tonina pelo cérebro é necessária uma quantidade maior
tanto de triptofano em forma livre quanto de triptofano
ligado a proteínas da dieta. O L-triptofano presente em
suplementos alimentares eleva rapidamente o seu nível
plasmático,enquanto que o triptofano ligado a proteínas
da dieta leva mais tempo para aparecer na corrente san-
guínea e afetar a produção de serotonina (SÈVE, 1999).
Os compostos provenientes do triptofano são for-
mados em duas rotas ou vias metabólitas (Figura 1): via
serotoninérgica e via das quinureninas, essas rotas são
dependentes de quantidades adequadas de biopterina,
magnésio e piridoxina (B6) para que haja a conversão
deste aminoácido em seus subprodutos (PAREDES et
al., 2009).
A via serotoninérgica, ativada principalmente em
plaquetas, no intestino e neurônios de nervos seroto-
ninérgicos,converte o triptofano em serotonina em duas
etapas:a conversão do triptofano em 5-hidroxitriptofano
pela enzima triptofanohidroxilase (TPH) e a descarbo-
xilação do 5-hidroxitriptofano em serotonina (5-HT ou
5-hidroxitriptamina) (LE FLOC’H et al.,2011).A con-
tribuição das vias metabólicas do triptofano pode ser di-
ferente de acordo com o estado fisiológico e patológico,
além disso,a proporção de triptofano a ser metabolizado
a serotonina ou quinurenina é totalmente dependente da
capacidade de síntese proteica (LE FLOC’H et 23 al.,
2011).
Em média de 4 a 6% do triptofano da dieta sofre
degradação bacteriana no intestino, 0,5% é excretado
na urina e apenas 1% a 2% é convertido na via seroto-
ninérgica (BENDER, 1983). Wolf (1974) afirmou que
menos de 1% do triptofano ingerido será convertido em
serotonina. A enzima triptofanohidroxilase que limita a
taxa de síntese de serotonina a partir do triptofano, tem
atividade parcial de sua capacidade, de tal modo que o
aumento do triptofano disponível pode dobrar a taxa de
síntese de serotonina (CARLSON,1977; HEINE et al.,
1995; SAINIO et al.,1996).O transporte e a disposição
do triptofano parecem ser fatores limitantes para a sínte-
se de serotonina pelo cérebro (PARDRIDGE,1998; LE
FLOC’H e SÈVE, 2007).
TRIPTOFANO E ESTRESSE
O mecanismo pelo qual o triptofano pode interagir
com a resposta ao estresse não é totalmente elucidado,
porém sabe-se que está envolvido com a produção e
turnover de serotonina no cérebro (LEATHWOOD,
1987). A serotonina ou 5-hidroxitriptamina (5-26
HT) é uma monoamina biogênica de baixo peso mo-
lecular pertencente ao grupo indol que funciona como
neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central
Pág. 30
(PEREIRA, 2007). Desenvolve papel fundamental na
regulação de processos comportamentais e fisiológi-
cos dos animais, tais como regulação de temperatura,
apetite (ZHANG et al., 2007), regulação das funções
gastrintestinais, hemodinâmica (LE FLOC’H et al.,
2011), secreção de hormônios do estresse (ADEOLA
et al., 1993; LEPAGE et al., 2003; KOOPMANS et
al., 2005), imunidade (MELCHIOR et al., 2004; LE
FLOC’H et al., 2009), regulação do ritmo circadiano,
comportamento agressivo (CORTAMIRA et al., 1991)
e sexual, sensibilidade à dor, humor (MARKUS et al.,
2000) e bem-estar(MEUNIER-SALAÜN et al., 1991;
SHEN et al., 2012).
A serotonina não é capaz de atravessar a barreira san-
guínea do cérebro,portanto,os seus efeitos dentro do sis-
tema nervoso central (SNC) dependem da transferência
de triptofano por entre essa barreira.Uma vez dentro do
SNC, o triptofano é facilmente convertido a serotonina
(LI et al.,2006) e após sua síntese,a serotonina é liberada
a partir das vesículas sinápticas para a fenda sináptica,
onde se liga aos seus receptores específicos.A deficiência
de triptofano prejudica a síntese da serotonina no cé-
rebro (HENRY et al., 1996). O sistema serotonergico
reage a fatores estressantes (MASON, 1968; LEPAGE
et al.,2005) e,frente ao ao estresse há maior turnover da
serotonina pelo cérebro (CHAULOFF, 17 1993; BAG-
DY, 1995) possibilitando melhor resposta adaptativa
(DEAKIN e GRAEFF, 1991; GRAEFF et al., 1996).
A liberação da serotonina durante o período em que o
animal se encontra em vigília atua também como mo-
dulador positivo na produção do hormônio melatonina
(PAREDES et al., 2009), pois, alguns tecidos são capa-
zes de utilizá-la para essa síntese numa via intermediada
por N-acetilserotonina.
Em teoria, o aumento das concentrações dietéticas
de triptofano pode ser usado como estratégia nutricional
e farmacológica para controlar o estresse e comporta-
mentos agressivos elevando os níveis circulantes de sero-
tonina e melatonina no organismo (ADEOLA e BAL,
1992; VAN HIERDEN et al.,2004).O uso do triptofa-
no na dieta pode reduzir a agressividade e aliviar o estres-
se em muitas espécies, tais como humanos (MARKUS
et al., 1998; ATTENBURROW et al., 2003), suínos
(MEUNIER-SALAÜN et al., 1991; ADEOLA e
BAL, 1992; PEREIRA et al., 2008; SÈVE., 1999;
POLETTO, 2010), roedores (GIBBONS et al., 1979;
Figura 1. Metabolismo do
triptofano (Le Floc’het al.,
2011; Kuribayashi 2011).
Pág. 31
Figura 2. Biossíntese da
melatonina (Adaptado de
MAGANHIN et al., 2008).
Pág. 32
LEATHWOOD, 1987 ), aves (SHEA et al., 1990;
LAYCOCK e BALL, 1990; SHEA-MOORE et al.,
1996; ROSEBROUGH, 1996;SAVORY et al., 1999;
VAN HIERDEN et al., 2004) e peixes (WINBERG
et al.,2001; LEPAGE et al.,2002).Além disso,para ca-
valos, altas dosagens de triptofano foram propostas para
efeito sedativo (GRIMMETT e SILLENCE, 2005).
Para que a suplementação de triptofano seja mode-
ladora da resposta ao estresse e da sensibilidade dos ani-
mais, são necessárias altas doses farmacológicas ou a de-
ficiência deste aminoácido (KOOPMANS et al., 2005;
GUZIK et al., 2006), visto que sua suplementação na
dieta em doses que apenas atendam as exigências nu-
tricionais ocasiona efeitos mais discretos ou inexistentes
(MEUNIER-SALAÜN et al., 1991).
Em suínos, Koopmans et al. (2005) e Guzik et al.
(2006) observaram que a suplementação de triptofano
na dieta é capaz de diminuir as concentrações de cortisol
e noradrenalina nos animais antes do estresse e meno-
res concentrações de cortisol,noradrenalina e adrenalina
após a exposição dos mesmos ao estresse, indicando que
o triptofano pode reduzir respostas ao estresse.
Em cães e gatos,os estudos que avaliem a suplemen-
tação de triptofano e sua relação com as variáveis com-
portamentais são relativamente recentes.
Na avaliação de atividade elétrica cerebral de cães,
Elmor (2009) observou redução nas bandas alfa, beta,
delta e teta, de cães com peso médio de 32,5kg, suple-
mentados com 1,11g/dia de triptofano, a porcentagem
de triptofano em relação aos demais aminoácidos (feni-
lalanina,tirosina,leucina,isoleucina,valina) foi 7,5 vezes
maior na dieta suplementada em comparação à dieta
não suplementada,levando a supor que a suplementação
com o aminoácido modula a atividade elétrica cerebral
dos animais,tendo positivo efeito sobre a redução do es-
tresse dos animais.
Dessa forma, pode-se concluir que a suplementa-
ção com triptofano pode ser uma opção para melhorar
o bem-estar de cães e gatos expostos a eventos estres-
santes, não só durante a Copa do Mundo, mas também
em datas comemorativas distribuídas ao longo do ano
como partidas de futebol, celebrações religiosas, Natal,
Ano Novo e Festas Juninas.
 
VITRINE
CALMISYN TP
LABORATÓRIO: König
Descrição: Calmisyn TP é um suplemento alimentar com alta concentração do aminoácido TRIPOFANO destinado
a cães e gatos de qualquer idade e porte que apresentam comportamentos estereotipados como: Tristeza, inatividade,
sonolência, ansiedade, medo (olhar receoso), agressividade, lambedura ou vocalização excessiva, des-
truição de objetos, coprofagia.Também pode ser utilizado em ocasiões estressantes
para o animal como: Adaptação a novos ambientes, aprender a ficar sozinho em
casa, morte do animal companheiro, introdução de novos animais no ambiente,
troca de ração, viagens longas, exposições, treinamentos, festas, fogos de artifí-
cios e banho e tosa.
Informações: konigbrasil.com.br
LÍVEA MARIA GOMES
Zootecnista
Formada pela FZEA-USP (Pirassununga/SP), pós-
graduada em Controle de Qualidade na Indústria de
Alimentos pela Universidade de Sorocaba (Sorocaba/
SP) e mestre em Nutrição e Produção Animal pela
FMVZ-UNESP (Botucatu/SP) - Departamento de
Nutrição da König do Brasil LTDA
CONFIRA AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NO CONTEÚDO ONLINE COMPLEMENTAR EM
WWW.REVISTAVETSCIENCE.COM.BR
OU NO APP REVISTA VETSCIENCE
NUTRIÇÃO
ARTIGO:
Copa do mundo, comportamento animal e o triptofano
Autora: Lívea Maria Gomes
ADEOLA, O.; BALL, R. O. Hypothalamicneurotransmitterconcentra-
tionsandmeatquality in stressedpigsofferedexcessdietarytryptophan-
andtyrosine. Journalof Animal Science, v. 70, p. 188-194, 1992.
ADEOLA, O. et al. Regional brainneurotransmitterconcentrations in
stress-susceptiblepigs. Journalof Animal Science, v. 71, p. 968-974,
1993.
ATTENBURROW, M. J. et al. Acuteadministrationofnutritionally-
sourcedtryptophanincreasesfearrecognition. Psychopharmacology, v.
169, p. 104-107, 2003.
BAGDY, G. Role ofthehypothalamicparaventricularnucleus in 5-HT 1A,
5-HT 2A and 5-HT 2C receptor-mediatedoxytocin, prolactinand ACTH/
corticosterone responses. BehaviouralBrainResearch, v. 73, p. 277-280,
1995.
BEAVER, B. V. Comportamento canino de origem sensorial e nervosa.
São Paulo: Roca, p. 87-111, 2001.
BEERDA, B. et al. Chronic stress in dogs subjected to social and spatial
restriction. II. Hormonal and immunological responses. Physiology and
Behaviour, v. 66, p. 243-254, 1999.
BENDER, D. A. Biochemistry of tryptophan in health and disease. Molec-
ular Aspects of Medicine, v. 6, p. 101-197, 1983
BLACKWELL, E.J.; BRADSHAW, J.W.S.; CASEY, R. A. Fear responses to
noises in domestic dogs: Prevalence, risk factors and co-occurrence with
other fear related behaviour. Applied Animal Behaviour Science, v. 145,
n. 1, p. 15-25, 2013.
BOISEN, S.; HVELPLUND, T.; WEISBJERG, M. R. Ideal amino acid profiles
as a basis for feed protein evaluation. Livestock Production Science, v.
64, p. 239-251, 2000
CAPILÉ, K. V.; LIMA, M. C.; FISCHER, M. L. Bioéticaambiental: Refletindo
o uso de fogos de artifício e suasconsequências para a fauna. Revista
Bioetikos, v. 8, n. 4, p. 406-412, 2014.
CARLSON, N. R. Biochemistryandpharmacologyofsynaptictransmission.
In: Physiologyof Social Behavior. Boston: Allynand Bacon 1997. p. 63-83.
CHAOULOFF, F. Physiopharmacologicalinteractionsbetween stress hor-
monesand central serotonergic systems. BrainResearchReviews, v. 18,
p. 1-32, 1993.
CORTAMIRA, N. O. et al. Effectofdietarytryptophanonmuscle, liv-
erandwhole-bodyproteinsynthesis in weanedpiglets: relationshipto plas-
ma insulin. British JournalofNutrition, v. 66, p. 423-435, 1991.
DEAKIN, J. W.; GRAEFF, F. G. 5-HT andmechanismsofdefence. Journalof-
Psychopharmacology, v. 5, p. 305-315, 1991.
ELMOR, L. D. Suplementação de triptofano na atividade elétrica cerebral
e glicemia de cães da raça Pit Bull. 2009. 67p. Dissertação (Mestrado
em Zootecnia), Universidade de São Paulo – Faculdade de Zootecnia e
Engenharia dos Alimentos – Pirassununga/SP.
GIBBONS, J. L. et al. Manipulationsofdietarytryptophan: effectson mouse
killingandbrainserotonin in therat. BrainResearch, v. 169, p. 139-153,
1979.
GRAEFF, F. G. et al. Role of 5-HT in stress, anxiety, anddepression. Phar-
macologyBiochemistryandBehavior, v. 54, p. 129-141, 1996.
GRIMMETT, A.; SILLENCE, M. N. Calmatives for theexcitablehorse: a re-
viewofLtryptophan. The VeterinaryJournal, v. 170, p. 24-32, 2005.
GUZIK, A. C. et al. Dietarytryptophaneffectson plasma andsalivary cor-
tisol andmeatquality in pigs. Journalof Animal Science, v. 84, p. 2251-
2259, 2006.
HEINE, W.; RADKE, M.; WUTZKE, K. D. The significanceoftryptophan in
humannutrition. Amino Acids, v. 9, p. 91-205, 1995.
HENRY, Y. et al. Interactiveeffectsofdietarylevelsoftryptophanandprotein
in voluntaryfeedintakeandgrowth performance in pigs, in relationto plas-
ma free amino acidsandhypothalamicserotonin. Jornal of Animal Sci-
ence, v. 70, p. 1873-1887, 1992.
EDIÇÃO 41
Referências
bibliográficas
Pág. 6
HENRY, Y. et al. Growth performance andbrainneurotransmitters in pigs
as affectedbytryptophan, protein, and sex. Journalof Animal Science, v.
74, n. 11, p. 2700-2710, 1996.
KOOPMANS, S. J. et al. Surplusdietarytryptophanreduces plasma corti-
sol andnoradrenalineconcentrationsandenhancesrecoveryafter social
stress in pigs. Physiology&Behavior, v. 85, p. 469-478, 2005.
LAYCOCK, S. R.; BALL, R. O. Alleviationofhysteria in layinghenswithdietar-
ytryptophan. CanadianJournalofVeterinaryResearch, v. 54, p. 291-295,
1990.
LE FLOC’H, N.; SÈVE, B. Biological roles oftryptophanand its metabolism:
Potentialimplications for pigfeeding. Livestock Science, v. 112, p. 23-32,
2007.
LE FLOC’H, N. et al. The effectofsanitary status degradationanddietary-
tryptophancontentongrowth rate andtryptophanmetabolism in weaning-
pigs. Journalof Animal Science, v. 87, p. 1686-1694, 2009.
LE FLOC’H, N.; OTTEN, W.; MERLOT, E. Tryptophanmetabolism, fromnu-
tritiontopotentialtherapeuticapplications. Amino Acids, v. 41, p. 1195-
1205, 2011.
LEATHWOOD, P. D. Tryptophanavailabilityandserotoninsynthesis. Pro-
ceedingsoftheNutritionSociety, v. 46, p. 143-146, 1987.
LEPAGE, O.; TOTTMAR, O.; WINBERG, S. Elevateddietaryintakeof L-tryp-
tophancounteractsthe stress-inducedelevationof plasma cortisol in rain-
bowtrout (Oncorhynchusmykiss). Journalof Experimental Biology, v. 205,
p. 3679-3687, 2002.
LEPAGE, O. et al. Time-courseoftheeffectofdietary L-tryptophanon plas-
ma cortisol levels in rainbowtroutOncorhynchusmykiss. Journalof Experi-
mental Biology, v. 206, p. 3589-3599, 2003.
LEPAGE, O. et al. Tryptophanaffectsboth gastrointestinal melatoninpro-
ductionandinterrenalactivity in stressedandnonstressedrainbowtrout.
Journalof Pineal Research, v. 38, p. 264-271, 2005.
LI, Y. Z. et al. Use ofsupplementarytryptophantomodifythebehaviorofpigs.
Journalof Animal Science, v. 84, p. 212-220, 2006.
MARKUS, C. R. et al. The bovineprotein α-lactalbuminincreasesthe plas-
ma ratiooftryptophantotheotherlarge neutral amino acids, and in vulner-
ablesubjectsraisesbrainserotoninactivity, reduces cortisol concentration,
and improves moodunder stress. The American JournalofClinicalNutri-
tion, v. 71, p. 1536-1544, 2000.
MASON, J. W. A reviewofpsychoendocrineresearchonthepituitary-adrenal
cortical system. Psychosomatic Medicine, v. 30, p. 576-607, 1968.
MARKUS, C. R. et al. Does carbohydrate-rich, protein-poorfoodprevent
a deteriorationofmoodandcognitive performance of stress-pronesub-
jectswhensubjectedto a stressfultask?.Appetite, v. 31, p. 49-65, 1998.
MELCHIOR, D. et al. Chroniclunginflammationaffects plasma amino acid-
concentrations in pigs. Journalof Animal Science, v. 82, p. 1091-1099,
2004.
MEUNIER-SALAÜN, M. C. et al. Impactofdietarytryptophanandbehavioral-
typeonbehavior, plasma cortisol, andbrainmetabolitesofyoungpigs. Jour-
nalof Animal Science, v. 69, p. 3689-3698, 1991.
MILLET, S. The interactionbetweendietaryvalineandtryptophancon-
tentandtheireffectonthe performance ofpiglets. Animals, v. 2, p. 76-84,
2012.
PARDRIDGE, W. M. Tryptophantransportthroughtheblood-brainbarrier: in
vivo measurementoffreeandalbumin-bound amino acid. Life Sciences, v.
25, p. 1519-1528, 1979.
PARDRIDGE, W. M. CNS drug design basedonprinciplesofblood‐brainbar-
riertransport. JournalofNeurochemistry, v. 70, p. 1781-1792, 1998.
PAREDES, S. D. et al. Assessmentofthepotential role oftryptophan as the
precursor ofserotoninandmelatonin for theagedsleep-wakecycleandim-
munefunction: streptopeliarisoria as a model. InternationalJournalof-
TryptophanResearch, v. 2, p. 23-36, 2009.
PEREIRA, A. A. Níveis de triptofano digestível em rações para suínos ma-
chos castrados de alto potencial genético dos 97 aos 125 kg. 2007. 33 f.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, 2007.
PEREIRA, A. A. et al. Níveis de triptofano digestível em rações para suínos
machos castrados de alto potencial genético na fase dos 97 aos 125 kg.
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, p. 1984-1989, 2008.
POLETTO, R. Maternal behaviour. In: MILLS, D. S. The encyclopediaofap-
plied animal behaviourandwelfare. Wallingford: CABI International, 2010.
p. 402-405.
ROSEBROUGH, R. W. Crudeproteinandsupplementaldietarytryptophanef-
fectsongrowthandtissueneurotransmitterlevels in thebroilerchicken.
JournalofNutrition, v. 76, p. 87-96, 1996
SAINIO, E. L.; PULKKI, K.; YOUNG, S. N. L-Tryptophan: Biochemical, nutri-
tionalandpharmacologicalaspects. Amino Acids, v. 10, p. 21-47, 1996.
SAVORY, C. J.; MANN, J. S.; MACLEOD, M. G. Incidenceofpeckingdamage
in growingbantams in relationtofoodform, groupsize, stockingdensity,
dietarytryptophanconcentrationanddietaryproteinsource. British Poultry
Science, v. 40, p. 579-584, 1999.
SHEA, M. M.; MENCH, J. A.; THOMAS, O. P. The effectofdietarytryptopha-
nonaggressivebehavior in developingand mature broilerbreeder males.
Poultry Science, v. 69, p. 1664-1669, 1990.
SHEA-MOORE, M. M.; THOMAS, O. P.; MENCH, J. A. Decreases in aggres-
sion in tryptophan-supplementedbroilerbreeder males are notduetoin-
creases in bloodniacinlevels. Poultry Science, v. 75, p. 370-374, 1996.
SÈVE, B.; LE FLOC’H, N. Mutual valorisationofcrystalline L-tryptophan-
andLthreonine in starter feed for piglets. Role oftheliverthreoninedehy-
drogenase. Journées de laRecherchePorcineen France, v. 30, p. 209-
216, 1998.
SÈVE, B. Physiological roles oftryptophan in pignutrition. In: HUETHER,
G. et al. Tryptophan, Serotonin, andMelatonin: basicaspectsandapplica-
tions. New York: KluwerAcademy, 1999. p. 729-741.
SHEN, Y. B. et al. Effectsofincreasingtryptophanintakeongrowthand-
physiologicalchanges in nursery pigs. Journalof Animal Science, v. 90,
p. 2264-2275, 2012.
VAN HIERDEN, Y. M.; KOOLHAAS, J. M.; KORTE, S. M. Chronicincreaseof-
dietary L-tryptophandecreasesgentlefeatherpeckingbehaviour. Applied
Animal Behaviour Science, v. 89, p. 71-84, 2004.
WENDELAAR BONGA, S. E. The stress response in fish. PhysiologicalRe-
views, v. 77, p. 591-625, 1997
WINBERG, S.; ØVERLI, Ø.; LEPAGE, O. Suppressionofaggression in rain-
bowtrout (Oncorhynchusmykiss) bydietary L-tryptophan. Journalof Exper-
imental Biology, v. 204, p. 3867-3876, 2001.
WOLF, H. Studiesontryptophanmetabolism in man: theeffectofhormone-
sandvitamin B6 onurinaryexcretionofmetabolitesofthekynureninepath-
way. ScandinavianSociety for ClinicalChemistryandClinicalPhysiology, v.
136, p 1-186, 1974.
ZHANG, H. et al. Tryptophanenhancesghrelinexpressionandsecretion-
associatedwithincreasedfoodintakeandweightgain in weanlingpigs. Do-
mestic Animal Endocrinology, v. 33, p. 47-61, 2007.
Pág. 7

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Copa do Mundo, Comportamento Animal e o TRIPTOFANO

Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercícioDouglas Seijum Kohatsu
 
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercícioDouglas Seijum Kohatsu
 
Anfetaminas e Ecstase - Toxicologia
Anfetaminas e Ecstase - ToxicologiaAnfetaminas e Ecstase - Toxicologia
Anfetaminas e Ecstase - ToxicologiaTamires Fernandes
 
COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...
COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...
COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...Van Der Häägen Brazil
 
Regulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase Neonatal
Regulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase NeonatalRegulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase Neonatal
Regulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase NeonatalVan Der Häägen Brazil
 
CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...
CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...
CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...Van Der Häägen Brazil
 
Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...
Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...
Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...Van Der Häägen Brazil
 
Um quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado ObesidadeUm quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado ObesidadeDaniela Souza
 
Meditação X Estresse
Meditação X EstresseMeditação X Estresse
Meditação X Estresseguestfc4270
 
Ciclo menstrual
Ciclo menstrualCiclo menstrual
Ciclo menstrualUNISUL
 
Bio fisiologia comparada_07_10_2011 livro
Bio fisiologia comparada_07_10_2011 livroBio fisiologia comparada_07_10_2011 livro
Bio fisiologia comparada_07_10_2011 livroDanielle Mesquita
 
Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...
Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...
Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...Van Der Häägen Brazil
 

Semelhante a Copa do Mundo, Comportamento Animal e o TRIPTOFANO (20)

Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
 
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
Artigo 7   respostas hormonais ao exercícioArtigo 7   respostas hormonais ao exercício
Artigo 7 respostas hormonais ao exercício
 
Anfetaminas e Ecstase - Toxicologia
Anfetaminas e Ecstase - ToxicologiaAnfetaminas e Ecstase - Toxicologia
Anfetaminas e Ecstase - Toxicologia
 
COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...
COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...
COMO ENTENDER OS EFEITOS PRÓ-ATIVOS E PARADOXAIS DO CORTISOL/GH E SEUS LIBERA...
 
Obesidade abdominal
Obesidade abdominal Obesidade abdominal
Obesidade abdominal
 
8º ano hormônios
8º ano hormônios8º ano hormônios
8º ano hormônios
 
Regulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase Neonatal
Regulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase NeonatalRegulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase Neonatal
Regulação Endócrina do Crescimento da Fase Fetal Terminando na Fase Neonatal
 
( Medicina & saude) importancia da tecnica de limpeza intestinal yoguica
( Medicina & saude)   importancia da tecnica de limpeza intestinal yoguica( Medicina & saude)   importancia da tecnica de limpeza intestinal yoguica
( Medicina & saude) importancia da tecnica de limpeza intestinal yoguica
 
CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...
CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...
CONTROLE NEURAL, SECREÇÃO BASAL DE GH E SUA IMPORTÂNCIA; CRIANÇA, INFANTIL E ...
 
Gestação Normal.ppt
Gestação Normal.pptGestação Normal.ppt
Gestação Normal.ppt
 
Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...
Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...
Hipotálamo atua crescer infantiljuvenil adolescente função hipofisária gh son...
 
Um quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado ObesidadeUm quebra-cabeça chamado Obesidade
Um quebra-cabeça chamado Obesidade
 
Meditação X Estresse
Meditação X EstresseMeditação X Estresse
Meditação X Estresse
 
Meditação X Estresse
Meditação X EstresseMeditação X Estresse
Meditação X Estresse
 
Endocrinologia completa
Endocrinologia   completaEndocrinologia   completa
Endocrinologia completa
 
Metadona
MetadonaMetadona
Metadona
 
Ciclo menstrual
Ciclo menstrualCiclo menstrual
Ciclo menstrual
 
Metadona
MetadonaMetadona
Metadona
 
Bio fisiologia comparada_07_10_2011 livro
Bio fisiologia comparada_07_10_2011 livroBio fisiologia comparada_07_10_2011 livro
Bio fisiologia comparada_07_10_2011 livro
 
Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...
Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...
Crescimento infanto juvenil adolescente baixa estatura e estatura alta, um no...
 

Copa do Mundo, Comportamento Animal e o TRIPTOFANO

  • 1. CIÊNCIA, CLÍNICA E NEGÓCIOS Nº 41 Maio de 2018 ISSN 2359-5086 Condição corporal em paciente com insuficiência cardíacaA insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma síndrome clínica que resulta da evo- lução de uma variedade de doenças cardíacas. Além das alterações hemodinâmicas e neuroendócrinas, a ICC também está associada à perda de massa magra NUTRIÇÃO FILHOTES Necessidades nutricionais de cães filhotes desde o desmame NA FÁBRICA A escolha da matéria-prima influencia o processo de extrusão?
  • 2. Pág. 28 NUTRIÇÃO Copa do mundo, comportamento animal e o TRIPTOFANO Lívea Maria Gomes Como todo bom brasileiro, sabemos que estamos a praticamente um mês da Copa do Mundo FIFA 2018 e junto com ela e toda expectativa sobre a nossa seleção, teremos muitas comemorações (ou não), gritos de gol, buzinas, cornetas, som alto e fogos de artifício! Essa data também nos abre espaço para reflexão e di- álogo sobre Bioética considerando os interesses de todas as partes, o papel da sociedade e os efeitos destas ativi- dades de diversão e lazer que ocasionam,de forma quase que inconsciente, inúmeros problemas ambientais e de bem-estar aos animais. Os fogos de artifício são utilizados para diversas fina- lidades em situações comemorativas e simbólicas desde o século XIV, quando os árabes os levaram para Europa. Apesar de seu som e brilho serem muito apreciados pelos humanos são fonte de perturbação para inúmeras espé- cies de animais silvestres e domésticas, dentre os quais estão os cães e gatos que tem muita sensibilidade audi- tiva.O Brasil é o segundo maior produtor de fogos de artifício,perdendo apenas para a China.(CAPILÉ et al., 2014). O animal,quando exposto a estes sons e movido pelo medo, procura se afastar do estímulo estressor, tentan- do se esconder dentro ou embaixo de móveis ou espaços restritos; busca pessoas para se proteger; pode tentar fu- gir pela janela; cavar buracos; ficar agressivo; apre­sentar desorientação, salivação excessiva e respiração ofe­gante; tremedeira; diarreia temporária; e urinar ou defecar in- voluntariamente. Há também possibilidade de ocorrer acidentes durante a tentativa de fuga, tais como atrope- lamentos, quedas, colisões ou o desaparecimento do ani- mal, que pode percorrer longas distâncias em estado de pânico e depois não conseguir retornar ao seu local de origem (BLACKWELL et al., 2013). Esses estímulos sonoros são reconhecidos pelo siste- ma auditivo e avaliados quanto a sua relevância,para que o indivíduo possa reconhecer situações de perigo e então desencadeiam respostas fisiológicas de estresse agudo por meio da ativação do sistema neuroendócrino, que eleva rapidamente os níveis de cortisol rapidamente em busca de adaptação imediata após a exposição ao estímu- lo estressor e o retorno aos níveis basais em uma hora ou mais (WENDELAAR BONGA, 1997; BEERDA et al., 1999). Os problemas recorrentes aos danos causados pelo medo dos fogos de artifício podem variar desde estresse e ansiedade crônicos, insuficiência cardíaca pós convulsão, crises de bronquite aguda, abortos, lesões fatais e neces- sidade do uso de sedativos pelos animais. Segundo Beaver (2001), 20% dos cães com fobia de ruídos possuem problemas suficientemente graves a ponto de seus proprietários procurarem ajuda profis- sional. Blackwell e colaboradores (2013) relataram que entre os 383 proprietários entrevistados sobre reações
  • 3. Pág. 29 de medo a ruídos apresentados pelos seus cães, 29% dos proprietários procuraram ajuda profissional. Apesar do tratamento majoritariamente adotado pe- los veterinários ser o uso de sedativos,existem opções de nutrientes que podem antecipadamente serem adiciona- dos a dieta do animal com a intenção de modelar a res- posta ao estresse a qual os animais serão expostos. Neste sentido, foram desenvolvidos estudos com o objetivo de avaliar os efeitos dos nutrientes das dietas sobre a mo- dulação do comportamento em cães e gatos. Dentre os nutrientes que apresentam maior importância e estudos mais consistentes, destaca-se o aminoácido triptofano. O triptofano, um aminoácido essencial para cães e gatos,é precursor de compostos bioativos,limitante para síntese de proteínas e deve ser fornecido por meio da alimentação, visto que sua síntese não pode ser realizada pelo animal (PEREIRA, 2007). Quando o triptofano é suplementado na dieta além da exigência para síntese proteica, pode ser utilizado como suplemento terapêu- tico (LI et al., 2006). O triptofano é facilmente absorvido pelos capilares da parede intestinal, no qual a maior parte dele - cer- ca de 80-90%, é transportado no sangue pela albumina, diferentemente de outros aminoácidos (PARDRIDGE, 1979),assim,apenas 10-20% de triptofano está presente como forma livre no plasma. O transporte do triptofano pode ser alterado pela concorrência exercida por outros aminoácidos,como valina,leucina,isoleucina,fenilalani- na,tirosina e metionina,que se ligam aos mesmos trans- portadores (HENRY et al., 1992; BOISEN et al., 2000; PEREIRA,2007).Portanto,a eficiência da utilização de determinado aminoácido é dependente da concentra- ção adequada de outros aminoácidos e do teor proteico da dieta (HENRY et al., 1992; MILLET, 2012). Em contrapartida, a dieta rica em carboidratos proporcio- nará aumento de triptofano utilizado pelo cérebro (LE FLOC’H e SÈVE,2007).Para maior produção de sero- tonina pelo cérebro é necessária uma quantidade maior tanto de triptofano em forma livre quanto de triptofano ligado a proteínas da dieta. O L-triptofano presente em suplementos alimentares eleva rapidamente o seu nível plasmático,enquanto que o triptofano ligado a proteínas da dieta leva mais tempo para aparecer na corrente san- guínea e afetar a produção de serotonina (SÈVE, 1999). Os compostos provenientes do triptofano são for- mados em duas rotas ou vias metabólitas (Figura 1): via serotoninérgica e via das quinureninas, essas rotas são dependentes de quantidades adequadas de biopterina, magnésio e piridoxina (B6) para que haja a conversão deste aminoácido em seus subprodutos (PAREDES et al., 2009). A via serotoninérgica, ativada principalmente em plaquetas, no intestino e neurônios de nervos seroto- ninérgicos,converte o triptofano em serotonina em duas etapas:a conversão do triptofano em 5-hidroxitriptofano pela enzima triptofanohidroxilase (TPH) e a descarbo- xilação do 5-hidroxitriptofano em serotonina (5-HT ou 5-hidroxitriptamina) (LE FLOC’H et al.,2011).A con- tribuição das vias metabólicas do triptofano pode ser di- ferente de acordo com o estado fisiológico e patológico, além disso,a proporção de triptofano a ser metabolizado a serotonina ou quinurenina é totalmente dependente da capacidade de síntese proteica (LE FLOC’H et 23 al., 2011). Em média de 4 a 6% do triptofano da dieta sofre degradação bacteriana no intestino, 0,5% é excretado na urina e apenas 1% a 2% é convertido na via seroto- ninérgica (BENDER, 1983). Wolf (1974) afirmou que menos de 1% do triptofano ingerido será convertido em serotonina. A enzima triptofanohidroxilase que limita a taxa de síntese de serotonina a partir do triptofano, tem atividade parcial de sua capacidade, de tal modo que o aumento do triptofano disponível pode dobrar a taxa de síntese de serotonina (CARLSON,1977; HEINE et al., 1995; SAINIO et al.,1996).O transporte e a disposição do triptofano parecem ser fatores limitantes para a sínte- se de serotonina pelo cérebro (PARDRIDGE,1998; LE FLOC’H e SÈVE, 2007). TRIPTOFANO E ESTRESSE O mecanismo pelo qual o triptofano pode interagir com a resposta ao estresse não é totalmente elucidado, porém sabe-se que está envolvido com a produção e turnover de serotonina no cérebro (LEATHWOOD, 1987). A serotonina ou 5-hidroxitriptamina (5-26 HT) é uma monoamina biogênica de baixo peso mo- lecular pertencente ao grupo indol que funciona como neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central
  • 4. Pág. 30 (PEREIRA, 2007). Desenvolve papel fundamental na regulação de processos comportamentais e fisiológi- cos dos animais, tais como regulação de temperatura, apetite (ZHANG et al., 2007), regulação das funções gastrintestinais, hemodinâmica (LE FLOC’H et al., 2011), secreção de hormônios do estresse (ADEOLA et al., 1993; LEPAGE et al., 2003; KOOPMANS et al., 2005), imunidade (MELCHIOR et al., 2004; LE FLOC’H et al., 2009), regulação do ritmo circadiano, comportamento agressivo (CORTAMIRA et al., 1991) e sexual, sensibilidade à dor, humor (MARKUS et al., 2000) e bem-estar(MEUNIER-SALAÜN et al., 1991; SHEN et al., 2012). A serotonina não é capaz de atravessar a barreira san- guínea do cérebro,portanto,os seus efeitos dentro do sis- tema nervoso central (SNC) dependem da transferência de triptofano por entre essa barreira.Uma vez dentro do SNC, o triptofano é facilmente convertido a serotonina (LI et al.,2006) e após sua síntese,a serotonina é liberada a partir das vesículas sinápticas para a fenda sináptica, onde se liga aos seus receptores específicos.A deficiência de triptofano prejudica a síntese da serotonina no cé- rebro (HENRY et al., 1996). O sistema serotonergico reage a fatores estressantes (MASON, 1968; LEPAGE et al.,2005) e,frente ao ao estresse há maior turnover da serotonina pelo cérebro (CHAULOFF, 17 1993; BAG- DY, 1995) possibilitando melhor resposta adaptativa (DEAKIN e GRAEFF, 1991; GRAEFF et al., 1996). A liberação da serotonina durante o período em que o animal se encontra em vigília atua também como mo- dulador positivo na produção do hormônio melatonina (PAREDES et al., 2009), pois, alguns tecidos são capa- zes de utilizá-la para essa síntese numa via intermediada por N-acetilserotonina. Em teoria, o aumento das concentrações dietéticas de triptofano pode ser usado como estratégia nutricional e farmacológica para controlar o estresse e comporta- mentos agressivos elevando os níveis circulantes de sero- tonina e melatonina no organismo (ADEOLA e BAL, 1992; VAN HIERDEN et al.,2004).O uso do triptofa- no na dieta pode reduzir a agressividade e aliviar o estres- se em muitas espécies, tais como humanos (MARKUS et al., 1998; ATTENBURROW et al., 2003), suínos (MEUNIER-SALAÜN et al., 1991; ADEOLA e BAL, 1992; PEREIRA et al., 2008; SÈVE., 1999; POLETTO, 2010), roedores (GIBBONS et al., 1979; Figura 1. Metabolismo do triptofano (Le Floc’het al., 2011; Kuribayashi 2011).
  • 5. Pág. 31 Figura 2. Biossíntese da melatonina (Adaptado de MAGANHIN et al., 2008).
  • 6. Pág. 32 LEATHWOOD, 1987 ), aves (SHEA et al., 1990; LAYCOCK e BALL, 1990; SHEA-MOORE et al., 1996; ROSEBROUGH, 1996;SAVORY et al., 1999; VAN HIERDEN et al., 2004) e peixes (WINBERG et al.,2001; LEPAGE et al.,2002).Além disso,para ca- valos, altas dosagens de triptofano foram propostas para efeito sedativo (GRIMMETT e SILLENCE, 2005). Para que a suplementação de triptofano seja mode- ladora da resposta ao estresse e da sensibilidade dos ani- mais, são necessárias altas doses farmacológicas ou a de- ficiência deste aminoácido (KOOPMANS et al., 2005; GUZIK et al., 2006), visto que sua suplementação na dieta em doses que apenas atendam as exigências nu- tricionais ocasiona efeitos mais discretos ou inexistentes (MEUNIER-SALAÜN et al., 1991). Em suínos, Koopmans et al. (2005) e Guzik et al. (2006) observaram que a suplementação de triptofano na dieta é capaz de diminuir as concentrações de cortisol e noradrenalina nos animais antes do estresse e meno- res concentrações de cortisol,noradrenalina e adrenalina após a exposição dos mesmos ao estresse, indicando que o triptofano pode reduzir respostas ao estresse. Em cães e gatos,os estudos que avaliem a suplemen- tação de triptofano e sua relação com as variáveis com- portamentais são relativamente recentes. Na avaliação de atividade elétrica cerebral de cães, Elmor (2009) observou redução nas bandas alfa, beta, delta e teta, de cães com peso médio de 32,5kg, suple- mentados com 1,11g/dia de triptofano, a porcentagem de triptofano em relação aos demais aminoácidos (feni- lalanina,tirosina,leucina,isoleucina,valina) foi 7,5 vezes maior na dieta suplementada em comparação à dieta não suplementada,levando a supor que a suplementação com o aminoácido modula a atividade elétrica cerebral dos animais,tendo positivo efeito sobre a redução do es- tresse dos animais. Dessa forma, pode-se concluir que a suplementa- ção com triptofano pode ser uma opção para melhorar o bem-estar de cães e gatos expostos a eventos estres- santes, não só durante a Copa do Mundo, mas também em datas comemorativas distribuídas ao longo do ano como partidas de futebol, celebrações religiosas, Natal, Ano Novo e Festas Juninas.   VITRINE CALMISYN TP LABORATÓRIO: König Descrição: Calmisyn TP é um suplemento alimentar com alta concentração do aminoácido TRIPOFANO destinado a cães e gatos de qualquer idade e porte que apresentam comportamentos estereotipados como: Tristeza, inatividade, sonolência, ansiedade, medo (olhar receoso), agressividade, lambedura ou vocalização excessiva, des- truição de objetos, coprofagia.Também pode ser utilizado em ocasiões estressantes para o animal como: Adaptação a novos ambientes, aprender a ficar sozinho em casa, morte do animal companheiro, introdução de novos animais no ambiente, troca de ração, viagens longas, exposições, treinamentos, festas, fogos de artifí- cios e banho e tosa. Informações: konigbrasil.com.br LÍVEA MARIA GOMES Zootecnista Formada pela FZEA-USP (Pirassununga/SP), pós- graduada em Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos pela Universidade de Sorocaba (Sorocaba/ SP) e mestre em Nutrição e Produção Animal pela FMVZ-UNESP (Botucatu/SP) - Departamento de Nutrição da König do Brasil LTDA CONFIRA AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NO CONTEÚDO ONLINE COMPLEMENTAR EM WWW.REVISTAVETSCIENCE.COM.BR OU NO APP REVISTA VETSCIENCE
  • 7. NUTRIÇÃO ARTIGO: Copa do mundo, comportamento animal e o triptofano Autora: Lívea Maria Gomes ADEOLA, O.; BALL, R. O. Hypothalamicneurotransmitterconcentra- tionsandmeatquality in stressedpigsofferedexcessdietarytryptophan- andtyrosine. Journalof Animal Science, v. 70, p. 188-194, 1992. ADEOLA, O. et al. Regional brainneurotransmitterconcentrations in stress-susceptiblepigs. Journalof Animal Science, v. 71, p. 968-974, 1993. ATTENBURROW, M. J. et al. Acuteadministrationofnutritionally- sourcedtryptophanincreasesfearrecognition. Psychopharmacology, v. 169, p. 104-107, 2003. BAGDY, G. Role ofthehypothalamicparaventricularnucleus in 5-HT 1A, 5-HT 2A and 5-HT 2C receptor-mediatedoxytocin, prolactinand ACTH/ corticosterone responses. BehaviouralBrainResearch, v. 73, p. 277-280, 1995. BEAVER, B. V. Comportamento canino de origem sensorial e nervosa. São Paulo: Roca, p. 87-111, 2001. BEERDA, B. et al. Chronic stress in dogs subjected to social and spatial restriction. II. Hormonal and immunological responses. Physiology and Behaviour, v. 66, p. 243-254, 1999. BENDER, D. A. Biochemistry of tryptophan in health and disease. Molec- ular Aspects of Medicine, v. 6, p. 101-197, 1983 BLACKWELL, E.J.; BRADSHAW, J.W.S.; CASEY, R. A. Fear responses to noises in domestic dogs: Prevalence, risk factors and co-occurrence with other fear related behaviour. Applied Animal Behaviour Science, v. 145, n. 1, p. 15-25, 2013. BOISEN, S.; HVELPLUND, T.; WEISBJERG, M. R. Ideal amino acid profiles as a basis for feed protein evaluation. Livestock Production Science, v. 64, p. 239-251, 2000 CAPILÉ, K. V.; LIMA, M. C.; FISCHER, M. L. Bioéticaambiental: Refletindo o uso de fogos de artifício e suasconsequências para a fauna. Revista Bioetikos, v. 8, n. 4, p. 406-412, 2014. CARLSON, N. R. Biochemistryandpharmacologyofsynaptictransmission. In: Physiologyof Social Behavior. Boston: Allynand Bacon 1997. p. 63-83. CHAOULOFF, F. Physiopharmacologicalinteractionsbetween stress hor- monesand central serotonergic systems. BrainResearchReviews, v. 18, p. 1-32, 1993. CORTAMIRA, N. O. et al. Effectofdietarytryptophanonmuscle, liv- erandwhole-bodyproteinsynthesis in weanedpiglets: relationshipto plas- ma insulin. British JournalofNutrition, v. 66, p. 423-435, 1991. DEAKIN, J. W.; GRAEFF, F. G. 5-HT andmechanismsofdefence. Journalof- Psychopharmacology, v. 5, p. 305-315, 1991. ELMOR, L. D. Suplementação de triptofano na atividade elétrica cerebral e glicemia de cães da raça Pit Bull. 2009. 67p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia), Universidade de São Paulo – Faculdade de Zootecnia e Engenharia dos Alimentos – Pirassununga/SP. GIBBONS, J. L. et al. Manipulationsofdietarytryptophan: effectson mouse killingandbrainserotonin in therat. BrainResearch, v. 169, p. 139-153, 1979. GRAEFF, F. G. et al. Role of 5-HT in stress, anxiety, anddepression. Phar- macologyBiochemistryandBehavior, v. 54, p. 129-141, 1996. GRIMMETT, A.; SILLENCE, M. N. Calmatives for theexcitablehorse: a re- viewofLtryptophan. The VeterinaryJournal, v. 170, p. 24-32, 2005. GUZIK, A. C. et al. Dietarytryptophaneffectson plasma andsalivary cor- tisol andmeatquality in pigs. Journalof Animal Science, v. 84, p. 2251- 2259, 2006. HEINE, W.; RADKE, M.; WUTZKE, K. D. The significanceoftryptophan in humannutrition. Amino Acids, v. 9, p. 91-205, 1995. HENRY, Y. et al. Interactiveeffectsofdietarylevelsoftryptophanandprotein in voluntaryfeedintakeandgrowth performance in pigs, in relationto plas- ma free amino acidsandhypothalamicserotonin. Jornal of Animal Sci- ence, v. 70, p. 1873-1887, 1992. EDIÇÃO 41 Referências bibliográficas Pág. 6
  • 8. HENRY, Y. et al. Growth performance andbrainneurotransmitters in pigs as affectedbytryptophan, protein, and sex. Journalof Animal Science, v. 74, n. 11, p. 2700-2710, 1996. KOOPMANS, S. J. et al. Surplusdietarytryptophanreduces plasma corti- sol andnoradrenalineconcentrationsandenhancesrecoveryafter social stress in pigs. Physiology&Behavior, v. 85, p. 469-478, 2005. LAYCOCK, S. R.; BALL, R. O. Alleviationofhysteria in layinghenswithdietar- ytryptophan. CanadianJournalofVeterinaryResearch, v. 54, p. 291-295, 1990. LE FLOC’H, N.; SÈVE, B. Biological roles oftryptophanand its metabolism: Potentialimplications for pigfeeding. Livestock Science, v. 112, p. 23-32, 2007. LE FLOC’H, N. et al. The effectofsanitary status degradationanddietary- tryptophancontentongrowth rate andtryptophanmetabolism in weaning- pigs. Journalof Animal Science, v. 87, p. 1686-1694, 2009. LE FLOC’H, N.; OTTEN, W.; MERLOT, E. Tryptophanmetabolism, fromnu- tritiontopotentialtherapeuticapplications. Amino Acids, v. 41, p. 1195- 1205, 2011. LEATHWOOD, P. D. Tryptophanavailabilityandserotoninsynthesis. Pro- ceedingsoftheNutritionSociety, v. 46, p. 143-146, 1987. LEPAGE, O.; TOTTMAR, O.; WINBERG, S. Elevateddietaryintakeof L-tryp- tophancounteractsthe stress-inducedelevationof plasma cortisol in rain- bowtrout (Oncorhynchusmykiss). Journalof Experimental Biology, v. 205, p. 3679-3687, 2002. LEPAGE, O. et al. Time-courseoftheeffectofdietary L-tryptophanon plas- ma cortisol levels in rainbowtroutOncorhynchusmykiss. Journalof Experi- mental Biology, v. 206, p. 3589-3599, 2003. LEPAGE, O. et al. Tryptophanaffectsboth gastrointestinal melatoninpro- ductionandinterrenalactivity in stressedandnonstressedrainbowtrout. Journalof Pineal Research, v. 38, p. 264-271, 2005. LI, Y. Z. et al. Use ofsupplementarytryptophantomodifythebehaviorofpigs. Journalof Animal Science, v. 84, p. 212-220, 2006. MARKUS, C. R. et al. The bovineprotein α-lactalbuminincreasesthe plas- ma ratiooftryptophantotheotherlarge neutral amino acids, and in vulner- ablesubjectsraisesbrainserotoninactivity, reduces cortisol concentration, and improves moodunder stress. The American JournalofClinicalNutri- tion, v. 71, p. 1536-1544, 2000. MASON, J. W. A reviewofpsychoendocrineresearchonthepituitary-adrenal cortical system. Psychosomatic Medicine, v. 30, p. 576-607, 1968. MARKUS, C. R. et al. Does carbohydrate-rich, protein-poorfoodprevent a deteriorationofmoodandcognitive performance of stress-pronesub- jectswhensubjectedto a stressfultask?.Appetite, v. 31, p. 49-65, 1998. MELCHIOR, D. et al. Chroniclunginflammationaffects plasma amino acid- concentrations in pigs. Journalof Animal Science, v. 82, p. 1091-1099, 2004. MEUNIER-SALAÜN, M. C. et al. Impactofdietarytryptophanandbehavioral- typeonbehavior, plasma cortisol, andbrainmetabolitesofyoungpigs. Jour- nalof Animal Science, v. 69, p. 3689-3698, 1991. MILLET, S. The interactionbetweendietaryvalineandtryptophancon- tentandtheireffectonthe performance ofpiglets. Animals, v. 2, p. 76-84, 2012. PARDRIDGE, W. M. Tryptophantransportthroughtheblood-brainbarrier: in vivo measurementoffreeandalbumin-bound amino acid. Life Sciences, v. 25, p. 1519-1528, 1979. PARDRIDGE, W. M. CNS drug design basedonprinciplesofblood‐brainbar- riertransport. JournalofNeurochemistry, v. 70, p. 1781-1792, 1998. PAREDES, S. D. et al. Assessmentofthepotential role oftryptophan as the precursor ofserotoninandmelatonin for theagedsleep-wakecycleandim- munefunction: streptopeliarisoria as a model. InternationalJournalof- TryptophanResearch, v. 2, p. 23-36, 2009. PEREIRA, A. A. Níveis de triptofano digestível em rações para suínos ma- chos castrados de alto potencial genético dos 97 aos 125 kg. 2007. 33 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2007. PEREIRA, A. A. et al. Níveis de triptofano digestível em rações para suínos machos castrados de alto potencial genético na fase dos 97 aos 125 kg. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 37, p. 1984-1989, 2008. POLETTO, R. Maternal behaviour. In: MILLS, D. S. The encyclopediaofap- plied animal behaviourandwelfare. Wallingford: CABI International, 2010. p. 402-405. ROSEBROUGH, R. W. Crudeproteinandsupplementaldietarytryptophanef- fectsongrowthandtissueneurotransmitterlevels in thebroilerchicken. JournalofNutrition, v. 76, p. 87-96, 1996 SAINIO, E. L.; PULKKI, K.; YOUNG, S. N. L-Tryptophan: Biochemical, nutri- tionalandpharmacologicalaspects. Amino Acids, v. 10, p. 21-47, 1996. SAVORY, C. J.; MANN, J. S.; MACLEOD, M. G. Incidenceofpeckingdamage in growingbantams in relationtofoodform, groupsize, stockingdensity, dietarytryptophanconcentrationanddietaryproteinsource. British Poultry Science, v. 40, p. 579-584, 1999. SHEA, M. M.; MENCH, J. A.; THOMAS, O. P. The effectofdietarytryptopha- nonaggressivebehavior in developingand mature broilerbreeder males. Poultry Science, v. 69, p. 1664-1669, 1990. SHEA-MOORE, M. M.; THOMAS, O. P.; MENCH, J. A. Decreases in aggres- sion in tryptophan-supplementedbroilerbreeder males are notduetoin- creases in bloodniacinlevels. Poultry Science, v. 75, p. 370-374, 1996. SÈVE, B.; LE FLOC’H, N. Mutual valorisationofcrystalline L-tryptophan- andLthreonine in starter feed for piglets. Role oftheliverthreoninedehy- drogenase. Journées de laRecherchePorcineen France, v. 30, p. 209- 216, 1998. SÈVE, B. Physiological roles oftryptophan in pignutrition. In: HUETHER, G. et al. Tryptophan, Serotonin, andMelatonin: basicaspectsandapplica- tions. New York: KluwerAcademy, 1999. p. 729-741. SHEN, Y. B. et al. Effectsofincreasingtryptophanintakeongrowthand- physiologicalchanges in nursery pigs. Journalof Animal Science, v. 90, p. 2264-2275, 2012. VAN HIERDEN, Y. M.; KOOLHAAS, J. M.; KORTE, S. M. Chronicincreaseof- dietary L-tryptophandecreasesgentlefeatherpeckingbehaviour. Applied Animal Behaviour Science, v. 89, p. 71-84, 2004. WENDELAAR BONGA, S. E. The stress response in fish. PhysiologicalRe- views, v. 77, p. 591-625, 1997 WINBERG, S.; ØVERLI, Ø.; LEPAGE, O. Suppressionofaggression in rain- bowtrout (Oncorhynchusmykiss) bydietary L-tryptophan. Journalof Exper- imental Biology, v. 204, p. 3867-3876, 2001. WOLF, H. Studiesontryptophanmetabolism in man: theeffectofhormone- sandvitamin B6 onurinaryexcretionofmetabolitesofthekynureninepath- way. ScandinavianSociety for ClinicalChemistryandClinicalPhysiology, v. 136, p 1-186, 1974. ZHANG, H. et al. Tryptophanenhancesghrelinexpressionandsecretion- associatedwithincreasedfoodintakeandweightgain in weanlingpigs. Do- mestic Animal Endocrinology, v. 33, p. 47-61, 2007. Pág. 7