Um menino de 8 anos foi chamado pela diretora da escola para reclamar sobre seu cabelo crespo. Quando a mãe questionou a escola, recebeu um bilhete pedindo para cortar o cabelo do filho. Ao se recusar, a diretora ameaçou não renovar a matrícula do menino no ano seguinte por não se enquadrar nos "padrões da escola". A mãe registrou o caso como racismo e a escola foi processada e multada.
3. O caso aconteceu em uma escola na cidade de
guaralhos-SP entre a diretora e uma criança de oito
anos. A diretora da escola pede a um funcionário
para convidar o aluno para ir até a sua sala e ao
chegar lá o menino é confrontado com uma
pergunta: "Você gosta do seu cabelo assim?". Ele
responde que sim e então ela pede para ele pedir a
mãe para cortar o cabelo dele. E ele sentiu vontade
chorar!Depois disso o menino começou a pedir a
mãe para mudar o cabelo para que ficasse liso como
a de um cantor famoso que tinha o cabelo liso.
4. A mãe começou a estranhar o comportamento da
criança e começou conversar com ele acerca do seu
cabelo elogiando ate que ele se motivou
novamente com o seu cabelo e deixou continuar a
crescer. Foi então que a mãe recebeu um bilhete da
escola solicitando que cortasse o cabelo do seu filho
com um corte adequado, pois ele estava
reclamando do cabelo. A mãe respondeu dizendo
que o menino nunca se queixou do cabelo e sim que
se sentiu intimidado pela diretora que convidou
para ir na sua sala para reclamar do seu cabelo.
5. A diretora respondeu dizendo que respeitava seus
alunos e não tinha nada pessoal no seu pedido,
somente que o cabelo do menino não era utilizado
pelos alunos daquela escola e que seu cabelo era
extravagante de acordo com as normas da escola. A
mãe se posicionou dizendo que não iria cortar o
cabelo do filho e questionou a direção se iria
suspender o seu filho por causa disso. A direção
respondeu que não iria suspender, mas que no
próximo ano letivo iria convidar o aluno a não
renovar a matrícula na escola, pois ele não estava
enquadrado nos padrões da escola.
8. A postura da mãe foi
de procurar um
advogado que a
orientou fazer um
registro de
ocorrência na
delegacia, pois
racismo é crime
inafiançável e
imprescritível.
9. Um processo criminal está correndo na
justiça, e a pena para quem proibir uma
criança de se matricular por causa de
racismo pode chegar até cinco anos de
prisão. A secretaria de justiça e defesa da
cidadania de São Paulo também processou
a escola.
10. Após dois anos tentando processar a escola que discriminou o
filho, por ele usar cabelo tipo “black power”, a administradora
financeira, Izabel Neiva, começa a respirar aliviada; sua primeira
vitória, para provar que Lucas Neiva, hoje com 10 anos de
idade, sofreu com o ato racista, saiu nesta semana com o
resultado do processo de discriminação na esfera
administrativa, que multou o Colégio Cidade Jardim Cumbica
(no município de Guarulhos), em cerca de R$ 106 mil.