O documento discute a imaturidade afetivo-sexual e suas causas, como a não superação de passagens evolutivas ou fixação em determinadas fases. Também aborda como viver a sexualidade de forma madura através da relação com o outro e a importância de não negar os próprios sentimentos.
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
eucaristia.pptx
1. Sentido de uma escolha
Valdinei
O dom da virgindade
Marco Antonio
Sexualidade: Mistério e
vocação – Robson
2. Sexualidade Imatura
Não é estranho que existam formas de imaturidade afetivo-sexual
nas pessoas das mais diversas formas; desde a dependência
afetiva até a masturbação, desde o medo de deixar-se amar até a
excessiva necessidade de afeto.
Não ter a consciência de onde a nossa sexualidade está em
desequilíbrio é o mesmo que potencializar o descarrego de forma
inadequada e isso sempre sem dar conta.
3. Nível evolutivo da imaturidade
Identidade e orientação sexual
1. Se deve a uma não correta superação de certas passagens
evolutivas na primeira educação com consequentes dificuldades de
identidade e orientação sexual;
Ocorre na primeira infância quando existe uma falha na
identificação estrutural do individuo geralmente com o seu genitor
do mesmo sexo impedindo dessa forma a passagem da fase
homoerótica para a heteroerótica.
Nesta ocorrência surge a atração pelas pessoas do mesmo sexo e
ainda a dificuldade na interação com o diferente de si.
4. Fixação
2. Se deve a um fenômeno de não crescimento da própria
sexualidade com a consequente fixação numa determinada fase
evolutiva.
É considerado como um mecanismo de defesa onde a pessoa se
recusa a crescer no âmbito afetivo sexual:
Ex.: posturas de ciúmes infantil numa relação de amizade ou no
modo de administrar a pastoral (meu grupo, meu ministério, meu
amigo)
EX.: curiosidade de cunho pré adolescente que rouba com o olhar o
respeito para com o outro em busca de imagens e sensações
ilusórias de gratificação pessoal.
5. Em nível de conteúdo
Sexualidade privada de mistério
Como na sexualidade emerge o sentido da vida, é possível reunir nesse
conceito o carnal e o espiritual, o masculino e o feminino. E quando se foge
a esse sentido apresentam-se as seguintes consequências:
Presunção
Vive a sexualidade de forma errada dando por certo que conhece tudo e por
isso mesmo entende a Deus mais do que os outros.
Acredita que a afetividade é algo passível somente aos fracos que faz
perder tempo e crias inseguranças que tiram o individio do foco de
consagração a Deus.
6. Ignorância
o individuo não reconhece na sexualidade o sentido da vida e muito
menos como dom recebido que tende a se tornar um bem oferecido.
Tem uma ideia mesquinha da sexualidade como algo que não vem
de Deus.
Não sabe que a sexualidade madura que dizer relação com o
diferente, com o outro além de si.
Não compreende a sua sexualidade de forma efetiva, portanto,
quando fala dela fica vermelho, sério, bruto ou simplesmente foge
do assunto.
7. Analfabetismo e ausência de emotividade
O consagrado teme ou despreza a sexualidade porque a sente como
negativa ou incômoda, isto é, obtina-se a não aditir os próprios
sentimentos e espiritualiza tudo.
Perde dessa forma o contato consigo mesmo e consequentemente
com o outro.
“O coração indiviso é uma coisa boa, sob a condição de que ame
alguém. Na verdade é melhor um coração dividido que ame do que
um coração indiviso que não ame ninguém.”
(Padre Cantalamessa)
8. Sexualidade pobre de relação
Entender a sexualidade como relação, abertura, acolhimento do
outro diferente de si é recusar-se a pôr-se no centro.
No entanto existem pessoas que vivem a virgindade como um álibi
para fechar-se em si mesmo, dessa forma o celibatário no máximo
observa o seu celibato, mas não o ama verdadeiramente.
9. Negação do tu
É o que torna o celibatário insensível ao outro, anulando-o
impedindo dessa forma qualquer sinal de proximidade.
Na vida religiosa isso é um perigo, haja vista que alguém já
escreveu certa vez que “padres e frades sabem amar, mas quase
nunca se amam entre si”.
O despertar dessa síndrome no meio comunitário gera:
- Descuido e brutalidade no uso das coisas coletivas.
- Inveja
- Competitividade relacional
- Egocentrismo
10. Alteração do eu
Uma sexualidade centrada no eu não encontra espaço para a
relação com o outro desencadeando um modo de viver consagrado
de forma artificiosa e perigosa pois busca como meios de
compensação:
- Abuso da comida e do álcool.
- Acumulo de dinheiro e objetos.
- Sentimentos de ostentação, superioridade e autossuficiência.
- Busca narcisista do próprio sucesso.
- Aspereza no trato.
- Desleixo geral ou requinte excessivo no vestir.
- Mal humor e nervosismo constante.
11. Espiritualidade moderna
Os obstáculos transformados em meios
“Eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo
habite em mim” (2Cor 12,9)
“É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30)
e Ele crescerá na medida em que eu diminuir.
Assim podemos transformar experiências dolorosas em sinais de
graça que nos forçam a sair de nós mesmo para viver senão em
Deus.
12. Contra Deus e contra si
Entender a fornicação como pecado contra o corpo do próprio
Cristo, pois o corpo do Cristão é um membro do corpo de Cristo.
Ao assumirmos essa ideia de comunhão com o corpo de Cristo
tendemos a servir o reino de Deus não somente com o corpo, mas
também em disciplina e temperança.
13. A compensação
É a reação consciente de quem se sente carente de alguma coisa e
busca consegui-la a qualquer custo naquilo que encontra. O
exemplo mais comum é representado por quem excede na bebida
ou na comida.
Muitas vezes pode parecer uma solução para o problema, no
entanto é apenas uma fachada haja vista que a pessoa se torna
prisioneira de um desejo que nunca é satisfeito.
14. Poesia virgem
Sem Ti
Sem Ti
sou como uma casa
em cima de uma montanha
sem portas, sem janelas, sem teto.
Uma casa abandonada
à fúria do vento e da chuva.
Testemunho estéril
de uma felicidade fugida.