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MAIO 2017 Nº 07
NOTÍCIAS
FAP no bairro
Novidades da Federação Acadé-
mica do Porto.
Abril e Maio em Imagens
Recorda os últimos dois meses na
tua Associação.
Entrevista Prof.Vera Miguéis
Com o aproximar do acesso ao
ensino superior, falamos com a
Prof. Vera Miguéis sobre o marke-
ting do curso de Engenharia e
Gestão Industrial.
1
Por dentro da organização da fase
nacional do EBEC
Miguel Xavier, Alumnus
da FEUP, ganha prémio
no parlamento britânicopág. 2
Desporto AEFEUP
Revista da época das tuas sele-
ções AEFEUP.
pág. 8
Entrevista a
Miguel Xavier
2
Miguel Xavier, Mestre em Bioengenharia pela
FEUP, atual estudante de Doutoramento na
Universidade de Southampton foi distinguido
com o prémio de ouro na área de Engenharia na
competição “STEM for Britain”, pelo seu traba-
lho em isolamento de células estaminais através
de técnicas de microfluídica. O prémio, dado
pelo parlamento britânico a investigadores em
início de carreira, almeja dar visibilidade a jo-
vens Cientistas e Engenheiros não só no parla-
mento mas por toda a Grã-Bretanha e interna-
cionalmente.
Para perceber melhor o trabalho de um Enge-
nheiro na investigação científica, como se cons-
trói uma carreira académica para além do Mes-
trado e o que é preciso para se singrar nesta
área, estivemos à conversa com o Eng. Miguel.
Para um estudante de Engenharia, não é con-
sensual o gosto ou o desejo pela investigação
científica, ou pelo menos esse é suplantado
pelo charme da indústria ou até do trabalho
em outras áreas. O que te levou a perseguir um
doutoramento? Durante todo o teu percurso
académico, sempre tiveste a ideia desta saída
ou foi algo que surgiu mais para o fim?
Julgo que a bioengenharia poderá ser uma ex-
ceção de entre as Engenharias neste aspecto.
No meu entendimento a investigação científica
é o objectivo de grande parte dos estudantes de
Bioengenharia, mas posso estar errado, claro. A in-
vestigação científica e o ambiente académico sem-
pre foi algo que a mim me interessou. Não mento
mas na altura em que tive de optar pareceu-me ser
a escolha mais indicada.
Quão importante foi para ti a escolha da área/
tema do doutoramento? Foi simples encontrar
um tema que fosse de encontro às tuas prefe-
rências? Este tópico, foi uma boa oportunidade
onde te vias a trabalhar, ou procuravas ativa-
mente algo do género (nomeadamente, células
estaminais)? Como surgiu a ideia para este pro-
jeto?
O projeto em que estou envolvido é um projeto
europeu com vários parceiros de diferentes países
especialistas principalmente na área da microfluí-
dica e também parasitologia incluindo Malária ou
Leishmania; conta também com parceiros privados
na área industrial que se especializam na fabrica-
ção em massa de dispositivos de microfluídica. Por
estes motivos o projeto pareceu-me muito bem
estruturado e com condições para ter sucesso no
que se propunha a fazer que é o isolamento de
diferentes partículas (glóbulos vermelhos infecta-
dos, bactérias, parasitas, células estaminais, ...) de
amostras complexas (sangue, medula óssea) com
aplicações diretas na clínica. Antes de começar o
projeto tinha já trabalhado com células estaminais
quando fui bolseiro de Investigação no INEB, ape-
sar do âmbito ser totalmente distinto. Aquando
da decisão de me candidatar a este projeto nunca
tinha trabalhado com microfluídica mas isso para
mim foi aliciante pois permitir-me-ia contactar com
técnicas novas e continuar a aprender, algo que
considero importante num doutoramento. Acho
que escolher uma área ou tema que nos seja inte-
ressante é preponderante.
Da tua experiência em Portugal e dos colegas
com quem vais trocando ideias, qual a diferença
de trabalhar no nosso país ou fora, particular-
mente na Inglaterra? Existem abordagens dife-
rentes à investigação, dinâmicas de equipa dife-
rentes ou apoios diferentes?
Na minha perspectiva existe um afastamento mui-
to grande no ponto de vista financeiro. É claro
para mim, pelo menos nos grupos de investiga-
ção em que estou envolvido, que existe no Reino
Unido muito mais financiamento para a ciência o
que permite uma liberdade maior no tipo de ex-
periências que se podem fazer e também para
que se possam experimentar coisas completamen-
te novas com mais à-vontade. As dinâmicas de
3
equipa acho que dependem mais da equipa em
si e do seu Investigador Principal do que do país.
Aqui no Reino Unido estou envolvido em duas
equipas distintas (uma na área da microflúidica e
outra das células estaminais da medúla óssea) e
as dinâmicas de equipa são completamente dis-
tintas apesar de ambas estarem em Southampton.
Estando em contacto com a Universidade de
Southampton e com o mundo académico Inglês,
quais são as principais diferenças a nível de pre-
paração de alunos no 1º e 2º ciclo? Os alunos
são melhor preparados cá ou lá? Existem men-
talidades de ensino diferentes? Os alunos, têm
mentalidades ou ideias diferentes?
Penso que não consigo responder a esta pergunta
pois por incrível que possa parecer em ambos os
grupos de investigação em que estou lá envolvido
existem marcadamente mais estrangeiros do que
ingleses. O ambiente é muito multicultural o que
em si considero ser uma vantagem e traz equilí-
brio. Em Portugal continuamos a ver nos nossos
Institutos de Investigação um predomínio de por-
tugueses, o que por um lado é bom, mas por ou-
tro a Investigação científica beneficia muito, a meu
ver, da multiculturalidade.
Um Engenheiro aprende a ser muito focado em
resultados. Na investigação científica, sentes
que a formação enquanto Engenheiro, mais ver-
sátil e pragmática, de certa forma, te dá vanta-
gem? Como é trabalhar quando os resultados
custam a aparecer?
Dará certamente como tudo algumas vantagens e
desvantagens. Nomeadamente a bioengenharia
que dá formação em muitas áreas distintas sinto
que se adequa muito bem ao projeto que tenho
neste momento que é também muito multidisci-
plinar. Quando os resultados custam a aparecer
temos de ser perseverantes e continuar a trabalhar.
Às vezes é preciso mudar algo, não podemos fazer
sempre a mesma coisa e esperar resultados dife-
rentes.
Quão solitário é o trabalho de investiga-
ção? Existem muitas dinâmicas e trocas de
ideias,apoio de orientadores e professores ou
a parte mais autónoma de desenho de experi-
ências e execução é mais preponderante? Que
gostarias de melhorar no método de trabalho
em ciência?
Aqui novamente penso que cada caso é um caso.
Alguns trabalhos são mais solitários do que outros
e alguns investigadores também gostam mais de
colaborar do que outros. Idealmente, na minha
ótica, a investigação deve ser o mais colabora-
tiva possível e com uma grande troca de ideias.
Respondendo à segunda pergunta, penso que a
ciência beneficiaria se não houvesse uma pressão
tão grande para produzir resultados constantes na
forma de publicações científicas para assegu rar
uma progressão na carreira e a obtenção de novas
fontes de financiamento. Acho que esta pressão
para publicar pode fazer com que muitas vezes se
procure resultados fáceis e imediatos descurando
a procura de responder às questões que são real-
mente importantes em determinado projeto.
À medida que o projeto avançava, começaste
a pensar que poderias ganhar um prémio com
uma visibilidade deste tipo? Ou o foco restrin-
ge-se à obtenção e publicação de resultados e
em melhoramento contínuo, na resolução do
problema? Como surgiu a participação na com-
petição e como foi o processo?
Não, acho que nunca ninguém está à espera de
receber assim um prémio. A competição aconte-
ce anualmente e normalmente recebemos avisos
de que as candidaturas estão abertas. O processo
passa pela elaboração de um resumo do trabalho
desenvolvido (comummente chamado ‘abstract’)
com os resultados obtidos até à data. Os abstracts
submetidos foram avaliados e 60 da área de En-
genharia foram selecionados para a fase final. No
dia da competição, todos os participantes tiveram
de apresentar o seu trabalho, no formato de um
poster, e foram sujeitos a avaliação por parte de
um júri composto por um painel de especialistas.
Ao contrário de outros campos e como se de-
bate constantemente dada a necessidade de
investimento, medir os resultados na ciência, o
retorno, nem sempre é linear. A necessidade de
publicar, de citar e toda a rede académica que
se monta é por vezes vista com desconfiança.
4
DESPORTO AEFEUP
às equipas, contribuindo para o sentido de identi-
dade da nossa Faculdade. Felizmente, a isto tudo
tem-se juntado uma série de resultados de exce-
lência nas competições onde as nossas seleções
participam, ano este que não foi muito diferente.
no final de cada jogo. De realçar que o grupo em
questão era um grupo com elevada qualidade.
Começando pela história de maior sucesso, a se-
leção de Futsal Masculino conquistou o primeiro
lugar e sagrou-se tricampeã, reforçando assim o
estatuto de melhor equipa do Campeonato Aca-
démico do Porto. Nos campeonatos nacionais,
infelizmente, a nossa equipa não conseguiu pas-
sar da fase de grupos. Existiram adversidades que
ultrapassam os jogadores em campo que ditaram
alguns resultados menos bons, o que num grupo
de elevada qualidade faz muitas vezes a diferença.
Nota também para a conquista da Taça dos CAP,
que a juntar à conquista da Supertaça no início da
época, fazem desta época da seleção um sucesso
tremendo a nível interno.
Na totalidade dos Campeonatos Académicos do
Porto, 4 Seleções AEFEUP alcançaram o segundo
lugar. Em torneios tão curtos onde apenas um jogo
pode fazer a diferença, várias das nossas equipas
ficaram perto de garantir o título, pelo qual lutraão
certamente no próximo ano.
O Basquetebol Feminino por pouco que não con-
seguiu vincar o tricampeonato. Porém, o empenho
das atletas e equipa técnica é de louvar. Um grupo
muito unido que forma algo mais do que uma sim-
ples equipa desportiva. Apesar de não terem pas-
sado a fase de grupos no campeonato nacional,
estão de parabéns por todo o esforço realizado,
sendo que a equipa tem tudo para crescer tanto
a nível dos CAP como de eventuais campeonatos
nacionais. Na Taça dos CAP, a equipa perdeu con-
tra as campeãs do Porto, FADEUP, na final (32-28),
não conseguindo ultrapassar mais uma vez este
forte adversário.
Assim sendo, como achas que podemos avaliar
e medir a ciência, se é que é necessário ou certo
fazê-lo?
Esta é mais uma questão muito difícil. Existem vá-
rias ferramentas ou índices que tenham avaliar o
sucesso da investigação científica de indivíduos ou
institutos de investigação. Todos dão informação
importante e diferente e acho que devem ser con-
siderados mas é importante saber o que significam
e analisá-los com cuidado. O retorno e resultados
da ciência podem nem sempre vir na forma de pu-
blicações. Podem também ser criadas patentes,
serviços ou novos produtos que podem ter outro
tipo de retorno até financeiro. Acho importante
manter essa perspectiva em aberto e penso que
seria positiva a existência de um maior número de
incentivos para a criação de spin-offs resultantes
do sucesso de determinados projetos de investi-
gação.
Que conselho gostarias de deixar aos estudan-
tes da FEUP?
Que aproveitem tudo o que a Universidade tem
para lhes dar, tanto do ponto de vista académico,
como recreativo.
A época desportiva 2016/2017 chegou, finalmen-
te, ao fim. À semelhança dos anos anteriores, a
AEFEUP conseguiu promover os treinos e compe-
tição de 9 equipas. Na ótica de impedir que os
estudantes não tenham que interromper a prática
desportiva com a chegada da universidade e tam-
bém com a intenção de promover a prática despor-
tiva e o exercício na maior fatia possível da nossa
comunidade, as seleções AEFEUP continuam a ser
uma grande aposta da Associação. Cada vez mais
se nota também uma aproximação dos estudantes
5
O Futebol 11 não conseguiu cumprir os objeti-
vos propostos no início do ano. A equipa tinha os
olhos no título do Porto, mas ficou pelo segundo
lugar, um resultado já bastante sólido. No entan-
to no nacional por não terem ido além da fase de
grupos, não conseguiram o apuramento para o
Campeonato Europeu que será realizado na cida-
de do Porto. Este era sem dúvida o objetivo maior
da nossa seleção, dado que o Porto como anfitrião
tem direito a inscrever uma equipa, e essa seria de-
cidida com base nestes Campeonatos Nacionais.
O Futsal Feminino foi, ao longo deste ano, uma
das equipas mais sólidas e regulares, terminando
o campeonato sem qualquer derrota. Por virtude
de 2 empates, apesar de ter vencido as eventuais
campeãs, tiveram que se ficar pelo 2º lugar. Con-
trariamente ao que seria de esperar, o resultado no
CNU não refletiu de todo o trabalho realizado pela
equipa durante todo o ano e a sua regularidade.
Adicionalmente, a Taça CAP voltou a ser ingrata
para a equipa que controlou todo o percurso ao
longo do Campeonato, saindo a nossa equipa der-
rotada frente à campeã AEFADEUP por 2-1.
Os campeões nacionais do ano 2016, a nossa se-
leção de Voleibol Masculino, repetiu o resultado
alcançado no ano passado ficando em segundo
lugar no Porto. No nacional, chegou à final onde
encontrou novamente o IPP, mas desta vez com
um final diferente. A equipa da Universidade do
Porto perdeu ficando assim em segundo lugar. Um
excelente resultado, embora decepcionante para
a equipa e para todos adeptos que se deslocaram
a Coimbra para apoiar os nossos atletas.
A equipa com mais espírito da AEFEUP, os ver-
dadeiros desportistas, a seleção de Rugby de 7,
conquistou um terceiro lugar nos CAP, garantindo
o apuramento para os Campeonatos Nacionais
Universitários. Em Coimbra, esta equipa, com re-
cursos e experiência muito inferior às adversárias
e feita por atletas que jogam por amor à camisola
da AEFEUP, ao jogo e ao desporto, muitos deles a
descobrir a modalidade pela primeira vez, defron-
tou equipas com nível de treino muito superior.
Apresentavam-se em todos os jogos com um gran-
de espírito de grupo completamente contagiante
para quem estava a ver o jogo. Embora os resulta-
dos não tenham sido os melhores, o grupo ganhou
o carinho de toda a comunidade.
Já em quarto lugar ficaram 3 equipas: Andebol
Masculino, Basquetebol Masculino e Voleibol Fe-
minino. Destas, apenas a Seleção de Voleibol con-
seguiu o apuramento para o Campeonato Nacional
– onde passou o Play-Off com bastante facilidade,
sendo depois eliminada na fase de grupos. O An-
debol Masculino e o Basquetebol M apesar da sua
grande qualidade desportiva e das expectativas
serem mais elevadas, não conseguiram ir mais lon-
ge nesta época desportiva. No entanto, contamos
que estas duas equipas voltem à excelente forma
que outrora tiveram e venham a vencer a próxima
edição.
Em suma, mais uma vez a AEFEUP finda o seu ano
com excelentes resultados desportivos que refle-
tem o empenho e dedicação dos nossos atletas
e treinadores ao representar a nossa Faculdade.
De realçar mais uma vez a importância do apoio
dos nossos adeptos, os nossos estudantes, e do
clima de camaradagem e meta comum que se
cria nestas equipas. É também este um dos gran-
des objetivos do desporto, o de criar um clima de
competição saudável, o de formação de laços e
grupos que ficam para a vida e o de representar
com esforço, respeito e espírito de equipa as cores
da nossa Faculdade. A AEFEUP conta assim com
todos em épocas futuras, quer no papel de atletas
que no papel de adeptos para seguirem as nos-
sas Seleções e praticarem desporto, com a certeza
de aliar sempre a todos os benefícios do desporto
universitário resultados positivos.
6
Entrevista
Professora Vera Miguéis
A Professora Vera Miguéis é atualmente a res-
ponsável pela relação entre o curso de Enge-
nharia de Gestão Industrial na FEUP e os estu-
dantes do secundário. Porque um curso não tem
sucesso sem matéria prima de qualidade (alunos
motivados e capacitados) nem um mercado de
trabalho à espera dos recém-formados, estive-
mos à conversa com a Professora Vera Miguéis
para apurar a importância da imagem e conte-
údo do curso, quer para potenciais candidatos
quer para as empresas, e como gerir estas in-
terfaces.
Quão importante é para a Faculdade fazer um
esforço ativo para publicitar o curso e captar os
melhores alunos do Ensino Secundário?
Para que a FEUP continue a ser uma das institui-
ções de ensino mais reputadas ao nível nacional
e até internacional é importante conseguir captar
estudantes excelentes, que mais tarde serão enge-
nheiros excelentes. É graças ao sucesso dos nos-
sos alumni que a FEUP tem vindo a reforçar a sua
imagem de qualidade, que se espera que venha a
perpetuar. Outra questão prende-se com o facto
de haver uma necessidade de informar os estudan-
tes sobre o que são os cursos da FEUP e sobre
a instituição. Pretendemos atrair bons estudantes,
mas acima de tudo, pretendemos atrair estudantes
motivados para experienciar a FEUP e conhecedo-
res do que virá a ser o seu percurso académico,
e mais tarde, o seu percurso profissional. Além
disso, é importante salientar que, no momento, e
em geral, a FEUP não tem qualquer problema de
captação de estudantes, mas que a mesma rea-
lidade poderá vir a alterar-se num futuro não tão
longínquo, devido às questões relacionadas com
o envelhecimento demográfico. É portanto crucial
que a faculdade tenha desde já uma estratégia de
comunicação com os seus “clientes” consolidada.
Introduzir mudanças no Plano Curricular de um curso
na FEUP é muito complicado, dadas as implicações
a nível de certificação externa e de organização in-
terna. Ainda assim, é importante atualizar o curso
periodicamente. Como é feito o levantamento de
novos requisitos, quer internamente, quer externa-
mente?
O curso de Engenharia e Gestão Industrial sofreu uma
reformulação recente do seu plano curricular, o que es-
pelha de facto a preocupação do departamento, e da
faculdade em geral, em se manterem alinhados com as
exigências do mercado e com o estado da arte. Habitu-
almente, as mudanças dos planos curriculares implicam
a nomeação de uma comissão que gere todo o pro-
cesso e que promove a discussão no sentido de se de-
terminar as alterações a efetuar. Por um lado, é crucial
o conhecimento que os membros desta comissão têm
sobre o que são as necessidades correntes do mercado,
decorrente do contacto com o tecido empresarial. Por
outro lado, o trabalho de benchmarking e a análise do
que são as melhores práticas internacionais constituem
também elementos importantes para apoio à tomada
de decisão. Importa ainda referir que existem grupos
científicos que se dedicam a investigar questões rela-
cionadas com a pedagogia, cujo trabalho é também
considerado nestes processos.
É muitas vezes afirmado que uma parte significativa
dos alunos faz a sua escolha de curso superior com
bastante desconhecimento sobre os conteúdos de
um curso ou as suas saídas. Como podem as univer-
sidades contribuir para uma escolha cada vez mais
informada?
Do contacto que tenho com os estudantes, a minha
percepção em geral é exatamente essa. Contudo, nos
últimos anos, é notório um maior conhecimento gene-
ralizado sobre estes temas. Parece-me que quer a Uni-
versidade do Porto em geral, por exemplo com a Mos-
tra da UP e com a Universidade Júnior, quer a FEUP,
com a Semana Profissão Engenheiro e outras sessões
de esclarecimento, têm vindo a trabalhar no sentido de
7
informar os estudantes para que possam conhecer
com mais detalhe os cursos e consequentemente
tomar decisões mais sustentadas. A FEUP tem uma
equipa de trabalho que reúne esforços para po-
der receber todos os grupos de estudantes (e até
estudantes individuais) que procuram conhecer a
FEUP, quer nos momentos pré-determinados para
o efeito, quer noutros momentos. As visitas destes
estudantes envolvem a dinamização de atividades
que refletem os conteúdos e saídas profissionais
dos cursos. Além disso, sempre que solicitado, a
FEUP faz-se representar nas escolas, feiras e outro
tipo de eventos que acomodam sessões de escla-
recimento. Um aspecto que destaco, na sequên-
cia do seu reconhecido impacto, é o envolvimento
dos atuais estudantes dos cursos na divulgação
dos mesmos. Devido à maior afinidade, devido à
maior proximidade, até na linguagem, o contacto
entre estudantes dos dois níveis de ensino revela-
-se extremamente proveitoso.
Na era das redes sociais, como gerir a presença
digital institucional, e, mais especificamente, a
nível de curso/departamento? Como aumentar
o alcance das comunicações e mostrar o que
efetivamente se produz na nossa Faculdade?
O marketing online tem vindo a ocupar um lugar
de destaque nas organizações. Ao nível das insti-
tuições de ensino penso ainda estarmos numa fase
muito incipiente do processo, mas acredito que o
processo de comunicação e promoção das institui-
ções e cursos orbitará certamente, e em breve, em
torno dos social media. Porventura, o alimentar de
uma página numa rede social com o testemunho
de alunos, alumni, empresas, professores pode vir
a ser algo que desencadeie o interesse dos nossos
futuros alunos e, mais importante que isso, que ve-
nha dotá-los de informações às quais, de outra for-
ma, teriam muita dificuldade de acesso. A riqueza
da informação disponibilizada, bem como a comu-
nicação gratuita (o denominado buzz) podem de
facto vir a ser ferramentas fundamentais para a es-
tratégia de marketing de qualquer organização. De
qualquer modo, é de destacar que a investigação
na área do marketing revela que o denominado
word of mouse não é tão eficaz como o tradicional
passa-a-palavra (word of mouth), de forma que o
envolvimento e as relações inter-pessoais deverão
continuar a ser trabalhadas.
Um dos indicadores de sucesso de um curso,
para o bem ou mal, é a empregabilidade dos
seus formados. Assim sendo, como é gerida, de
uma forma geral, a ligação alumni-empresas e
quão estreitas são as ligações do departamento
com o mercado de trabalho?
Atualmente o trabalho do departamento centra-se
mais a montante na “cadeia de empregabilidade”
do aluno. Há um trabalho intenso que é feito no
sentido de garantir que os nossos estudantes en-
trem no mercado de trabalho da melhor forma.
O departamento de engenharia industrial, decor-
rente do seu contacto estreito com as empresas,
promove o desenvolvimento de dissertações em
ambiente empresarial que catapulta os nossos es-
tudantes para as empresas que concebem projetos
de cariz prático-científico. O processo de filtragem
pelo qual as propostas de projetos das empresas
passam garante que os nossos estudantes virão a
ter, no seu último semestre do percurso académi-
co, uma experiência profissional enriquecedora, à
qual na maior parte das vezes dão continuidade
após o término do curso. A relação do departa-
mento com o mercado de trabalho é de facto mui-
to forte, não só devido à questão já referida, mas
também decorrente do trabalho de consultadoria
e investigação desenvolvido pelos professores do
departamento. O constante envolvimento da equi-
pa docente em projetos em colaboração com em-
presas determina uma relação permanente com a
indústria, que é muito própria de instituições como
a FEUP em que é preconizada a transferência de
conhecimento.
CONCURSO MAIS
IDEIAS SUSTENTÁVEIS
Até ao próximo dia 31 de maio, a 2ª fase da edição
de 2017 do concurso ‘Mais Ideias Sustentáveis’
está aberta. Este concurso, promovido pelo Co-
missariado para a Sustentabilidade da FEUP, tem
como objetivo recolher ideias que possam tornar a
FEUP Mais Sustentável e contribuir para a Susten-
tabilidade Global do Planeta. A participação está
aberta a toda a comunidade da FEUP e a candida-
tura deverá ser formalizada através do formulário
disponível na plataforma http://ideiassustentaveis.
fe.up.pt/. Será atribuído um prémio à melhor ideia.
Não hesites e participa, ajuda a tornar a FEUP um
local mais agradável e sustentável.
8
No passado mês de Abril, entre os dias 22 e 24,
decorreu na Faculdade de Engenharia da Univer-
sidade do Porto, a maior competição de engenha-
ria do país, a EBEC (European BEST Engineering
Competition) Portugal, organizada pela associação
BEST Porto. Este evento envolveu as 10 equipas
vencedoras das rondas locais da EBEC (Almada,
Aveiro, Coimbra, Lisboa e Porto) divididas em dois
tipos de competição, o caso de estudo apresenta-
do pela “OZ Energia” e a construção de um pro-
tótipo apresentado pela “Valled – Soluções Ener-
géticas”.
As equipas participantes tinham como objetivo
ganhar o passaporte para representar Portugal em
Brno, na República Checa, em agosto de 2017.
A equipa vencedora na construção do protótipo
foi “Engenheiros D’Ponta”, constituída por quatro
alunos da Universidade do Porto e a equipa ven-
cedora do caso de estudo foi “The Firm”, consti-
tuída por quatro alunos do Instituto Politécnico de
Lisboa.
Com o objetivo de conhecer melhor o evento e,
perceber a sua organização entramos em contacto
com a “Core Team” (CT) constituída por três alu-
nos da FEUP e por cinco alunos externos: João Sil-
va (coordenador do evento), Beatriz Neiva (respon-
sável do evento), João Palmeiro (secretário), João
Freitas (responsável pelas rondas locais), Gustavo
Gonçalves (relações externas), Marcos Daniel (res-
ponsável pelo tópico), Daniela Morence (relações
públicas e responsável de marketing) e André Dio-
go (responsável por tecnologias de informação);
assim,estes estudantes aceitaram responder a uma
entrevista.
Terminada a maior competição de Engenharia
do país, como resumem a experiência de orga-
nizar um evento assim?
Todo o trabalho por trás da competição foi divi-
dido em equipas formadas pelos membros do
grupo local que tinham como função principal ga-
rantir o bom funcionamento da competição, tarefa
que envolvia parâmetros muito diferentes desde
assegurar o bem estar dos participantes como o
material disponível, passando pelas sessões de
Networking. Resumindo numa só frase considera-
mos esta experiência enriquecedora no entanto,
bastante stressante. No dia em que começou o
evento surgiram alguns percalços, nomeadamente
as angariações de fundos não correspondiam às
expectativas e aos objetivos traçados, pelo que
houve falhas que tiveram de ser colmatadas mes-
mo em cima do joelho. Além disso, no decorrer
do evento, deram-se alguns problemas técnicos
fora da nossa área de competência em que foi ne-
cessária a nossa intervenção. Durante a realização
da EBEC vivemos breves momentos de caos, por
falhas de comunicação, mas nada que não tivés-
semos capacidade, em equipa, para resolver. Em
pouco tempo os co-organizadores conseguiram
adaptar-se e aprender a trabalhar em conjunto
mesmo fora da sua zona de conforto o que de-
monstrou uma grande capacidade de flexibilida-
de, ponto muito positivo, uma vez que facilitaram
o nosso trabalho enquanto CT.
Na vossa opinião, qual a disponibilidade e aber-
tura por parte da FEUP para a receção deste
evento?
Geralmente, todos os eventos organizados pelo
BEST Porto são apoiados tanto pela Faculdade
de Engenharia como pela Faculdade de Ciências
da Universidade do Porto, sendo que a primeira
tem maior abertura, uma vez que o grupo local é aí
sediado e em termos de dimensões possui maior
capacidade de receção. No entanto, a nível de es-
truturas existe uma certa dificuldade uma vez que
a organização está classificada como uma ONG e
não tem independência suficiente de usufruir os
espaços que necessitava no edifício B; por outro
lado, os departamentos garantem condições exce-
lentes para a execução dos protótipos.
Estamos muito satisfeitos com todas as condições
cedidas pela Faculdade de Engenharia, sentimos
que fomos bem acolhidos e definitivamente, não
estávamos à espera que uma faculdade tivesse
tanta receção para a organização de uma EBEC.
Os alunos e a comunidade FEUP mostraram-se
sempre disponíveis para as dinâmicas realizadas e
compareceram durante a concretização do evento.
Entrevista organizadores
EBEC
9
O apoio da direção, Professor Falcão e Cunha e o
Professor Augusto Sousa, foi essencial para a com-
petição assim como a sua presença na cerimónia
de encerramento e de abertura, respetivamente.
Além do diretor, estiveram presentes durante a re-
alização de toda a EBEC os professores Francisco
Manuel Madureira e Castro Vasques de Carvalho
e José Luís Soares Esteves, cujo contributo foi im-
prescindível para o bom funcionamento e organi-
zação, uma vez que colaboraram na execução e
desenvolvimento do desafio apresentado aos es-
tudantes.
Uma vez que são todos de grupos locais BEST
diferentes, quando começaram a preparar a
EBEC e como?
Em Junho de 2016, o João Silva foi eleito para
ocupar o cargo de coordenador e, em Setembro
do mesmo ano, o Porto foi o LBG escolhido para
acolher a competição. No mês seguinte, após a
equipa estar formada, começou a nascer a EBEC
PT 2017. Nos primeiros três meses (entre Outu-
bro e Janeiro) deu-se o primeiro grande pico de
trabalho que consistiu no planeamento, ao mais
ínfimo pormenor, da competição. Durante esse
tempo éramos essencialmente cinco elementos a
planear tudo e tivemos apenas uma reunião física,
em Novembro no decorrer do evento “Motivation
Weekend”, as restantes foram virtuais através da
aplicação Hangout do Google.
Após este tempo, o trabalho passou para elemen-
tos mais específicos da “Core Team” cuja principal
função consistiu no estabelecimento de contactos
com empresas e parceiros para colaborarem tanto
nos tópicos de competição como apoiarem toda a
parte logística e organização.
Já na reta final, entre Janeiro e o dia 22 de abril, fo-
ram uns meses complicados e de alguma ansieda-
de (“pânico até!”) para assegurar a realização do
evento e garantir que tudo estaria a 100% . Con-
seguimos reunir presencialmente mais duas vezes,
no EBEC Day do Porto e no “Motivation Weeke-
nd” do recrutamento correspondente ao segundo
semestre. Quando conseguimos fechar os acordos
a que nos tínhamos proposto e nos apercebemos
que os moldes estavam orientados partilhamos de
uma enorme sensação de alívio. Em suma, foram
sete meses de trabalho intensivo!
Quais os principais obstáculos encontrados du-
rante a preparação?
Para responder a esta pergunta achamos que de-
veríamos escolher um ponto específico uma vez
que ocorreram bastantes imprevistos e nos depa-
ramos com diversas dificuldades! Ainda durante o
planeamento e antes de iniciar o contacto com as
empresas era necessário criar um “booklet” para
apresentar a EBEC, mas a execução deste atrasou
e, antes de sair e dar o “input” foi necessário pedir
opinião/feedback a todos os elementos da equipa
e, são sempre necessárias alterações e diferentes
versões para selecionar uma final; acrescentan-
do, existem sempre pequenas correções a fazer e
tentamos ser o mais perfeccionistas possível uma
vez que esta seria a imagem que iríamos passar
e tínhamos apenas 8 páginas para o fazer (enor-
me sentimento de pressão). Conclusão, atrasamos
os prazos todos estabelecidos pelo que todo o
marketing e reuniões necessárias foram adiadas
para muito tarde.
10
Estudar vale a pena!
O mote de que “estudar vale a pena’’ é um dos te-
mas de maior importância para o Ensino Superior e
consequentemente para o futuro do País.
Estimular a reflexão dos jovens sobre as decisões
que tomam hoje e as consequências que podem
ter no futuro, faz parte da matriz de atuação da
FAP, uma Federação que se preocupa em contri-
buir para que se construam novas visões e opini-
ões sobre o papel da educação em Portugal.
Vivemos numa sociedade onde o conhecimento é
determinante para o sucesso individual e coletivo,
sendo cada vez mais o Ensino Superior estratégi-
co para o País. Aliás, o desenvolvimento do País
faz-se de massa humana e estudar não só vale a
pena, como constitui um investimento firme para
o futuro.
Nunca a educação foi tão necessária e valorizada
como nos dias atuais, nomeadamente o Ensino
Superior. Com a globalização das economias, o
rápido acesso às novas tecnologias e as constan-
tes mudanças socioculturais, é essencial vislumbrar
que o caminho a seguir passa pelo acesso à for-
mação.
Portugal ainda se encontra longe das metas a que
se propôs ao nível do número pessoas que fre-
quentam o Ensino Superior e não estamos a recu
perar o atraso da devida forma. Existem múltiplas
razões, ao nível estrutural, financeiro, social... mas
nenhuma tão grave como a falsa perceção públi-
ca da nossa sociedade de que estudar não vale a
pena.
Se existem dados comprovados que a taxa de de-
semprego de diplomados é menor quando com-
parada com a das pessoas sem formação superior,
se o tempo de espera para ingressar no mercado
de trabalho é inferior, se vivemos num país onde
defendemos princípios de igualdade de oportuni-
dades para todos, se educar não se traduz apenas
em conhecimentos técnicos, mas na constituição
de cidadãos mais bem preparados em geral, dizer
que estudar não vale a pena não é apenas uma
falsidade, como não devia sequer ser uma opção.
Pensar que estudar vale a pena porque se ganha
mais dinheiro, é, por vezes, uma luta inglória. Mas
a capacidade de cada um reside precisamente na
sua predisposição de encarar as adversidades e
esta é uma batalha da qual não abdicamos e na
qual não desistimos. É este o princípio que acre-
ditamos e é um desígnio social que não pode ser
secundarizado!
Estudar vale mesmo a pena! Acredito que deve-
mos transmitir isto aos jovens e incentivar que fa-
çam as escolhas certas. As decisões que tomamos
agora são determinantes para o nosso futuro e na
verdade, o futuro do País, é agora que temos de o
conquistar.
Ana Luísa Pereira,
Presidente da FAP
Época de Exames,
como otimizar esforços
A época de exames já aparece no horizonte, e
com ela já se entrevê o stress, as noitadas e o
trabalho. Para que não fique tudo para a última e
consigas obter os melhores resultados, aqui ficam
algumas dicas (com alguns clichés, que é sempre
bom recordar):
- Organiza-te! Cria um calendário para que visua-
lizes os teus compromissos e datas e para distri-
buires o trabalho que tens para fazer. Além disso,
verifica atempadamente que tens todo o material
11
Academina em Ação
FAP NO BAIRRO
necessário ao teu estudo e cria um índice para
cada uma das tuas cadeiras.
- Faz os possíveis para ter horários de sono cons-
tantes, isso faz a diferença. Quer prefiras trabalhar
de noite ou de dia, tenta dormir 7 horas e sempre
na mesma altura do dia.
- Não precisas de trabalhar até dar contigo em doi-
do(a)! Verifica que o que quer que estejas a fazer
é produtivo. Descansar e produtivo e descontrair,
desde que planeado e controlado também. Luta
contra a procrastinação, contra o não estar a fazer
nada. Se não estiver a render, muda de tópico ou
experimenta construir um mapa de conceitos ou
olhar para a matéria de outra forma!
- Acima de tudo, não entrar em stress é fundamen-
tal. Se fizeste a tua parte, só podes estar confiante,
porque não podemos focar-nos no que não pode-
mos controlar. Bom trabalho e boa sorte!
Em 2010, a Federação Académica do Porto (FAP)
criou um espaço físico inédito em território nacio-
nal: a FAP no Bairro. Este projeto de referência ti-
nha como objetivo primordial conceber um centro
comunitário que sublinhasse a capacidade de in-
tervenção social dos estudantes da Academia do
Porto e em menos de um ano, o projeto social co-
nheceu uma evolução que lhe permitiu ser premia-
do, pelo seu caráter de inovação social, com o Pré-
mio Porto Jovem da Câmara Municipal do Porto.
Com o passar dos anos, inerente ao sucesso do
projeto, existiu uma necessidade de expandir a
abrangência do conceito e, em 2014, foi inaugu-
rado mais um centro comunitário. Assim, neste
momento, a FAP no Bairro está sediada em dois
bairros da cidade do Porto: O Bairro do Carriçal e
o Bairro de Pinheiro Torres.
São vários os estudantes voluntários que, junta-
mente com o Coordenador Local, garantem o fun-
cionamento dos centros e marcam solidariamente
o dia-a-dia de algumas dezenas de pessoas, maio-
ritariamente crianças e pré-adolescentes.
A localização e a versatilidade dos espaços, a di-
versidade de projetos e de áreas de formação dos
estudantes voluntários e, também, o potencial úni-
co de intervenção na comunidade, tornam a FAP
no Bairro única.
Com a FAP no Bairro, a FAP pretende atuar en-
quanto agente estudantil promotor de harmonia e
bem-estar social, e envolver os estudantes da Aca-
demia do Porto na atividade social da Federação,
possibilitando-lhes uma experiência de voluntaria-
do através da colaboração nos dois centros.
Sabe mais informações sobre este projeto em
www.fap.pt.
As últimas semanas foram assim...
OBRIGADA!
NOITE DE
MAGIA
FEUP
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Feupcaffe
Feupcaffé
6 de Abril

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  • 1. MAIO 2017 Nº 07 NOTÍCIAS FAP no bairro Novidades da Federação Acadé- mica do Porto. Abril e Maio em Imagens Recorda os últimos dois meses na tua Associação. Entrevista Prof.Vera Miguéis Com o aproximar do acesso ao ensino superior, falamos com a Prof. Vera Miguéis sobre o marke- ting do curso de Engenharia e Gestão Industrial. 1 Por dentro da organização da fase nacional do EBEC Miguel Xavier, Alumnus da FEUP, ganha prémio no parlamento britânicopág. 2 Desporto AEFEUP Revista da época das tuas sele- ções AEFEUP. pág. 8
  • 2. Entrevista a Miguel Xavier 2 Miguel Xavier, Mestre em Bioengenharia pela FEUP, atual estudante de Doutoramento na Universidade de Southampton foi distinguido com o prémio de ouro na área de Engenharia na competição “STEM for Britain”, pelo seu traba- lho em isolamento de células estaminais através de técnicas de microfluídica. O prémio, dado pelo parlamento britânico a investigadores em início de carreira, almeja dar visibilidade a jo- vens Cientistas e Engenheiros não só no parla- mento mas por toda a Grã-Bretanha e interna- cionalmente. Para perceber melhor o trabalho de um Enge- nheiro na investigação científica, como se cons- trói uma carreira académica para além do Mes- trado e o que é preciso para se singrar nesta área, estivemos à conversa com o Eng. Miguel. Para um estudante de Engenharia, não é con- sensual o gosto ou o desejo pela investigação científica, ou pelo menos esse é suplantado pelo charme da indústria ou até do trabalho em outras áreas. O que te levou a perseguir um doutoramento? Durante todo o teu percurso académico, sempre tiveste a ideia desta saída ou foi algo que surgiu mais para o fim? Julgo que a bioengenharia poderá ser uma ex- ceção de entre as Engenharias neste aspecto. No meu entendimento a investigação científica é o objectivo de grande parte dos estudantes de Bioengenharia, mas posso estar errado, claro. A in- vestigação científica e o ambiente académico sem- pre foi algo que a mim me interessou. Não mento mas na altura em que tive de optar pareceu-me ser a escolha mais indicada. Quão importante foi para ti a escolha da área/ tema do doutoramento? Foi simples encontrar um tema que fosse de encontro às tuas prefe- rências? Este tópico, foi uma boa oportunidade onde te vias a trabalhar, ou procuravas ativa- mente algo do género (nomeadamente, células estaminais)? Como surgiu a ideia para este pro- jeto? O projeto em que estou envolvido é um projeto europeu com vários parceiros de diferentes países especialistas principalmente na área da microfluí- dica e também parasitologia incluindo Malária ou Leishmania; conta também com parceiros privados na área industrial que se especializam na fabrica- ção em massa de dispositivos de microfluídica. Por estes motivos o projeto pareceu-me muito bem estruturado e com condições para ter sucesso no que se propunha a fazer que é o isolamento de diferentes partículas (glóbulos vermelhos infecta- dos, bactérias, parasitas, células estaminais, ...) de amostras complexas (sangue, medula óssea) com aplicações diretas na clínica. Antes de começar o projeto tinha já trabalhado com células estaminais quando fui bolseiro de Investigação no INEB, ape- sar do âmbito ser totalmente distinto. Aquando da decisão de me candidatar a este projeto nunca tinha trabalhado com microfluídica mas isso para mim foi aliciante pois permitir-me-ia contactar com técnicas novas e continuar a aprender, algo que considero importante num doutoramento. Acho que escolher uma área ou tema que nos seja inte- ressante é preponderante. Da tua experiência em Portugal e dos colegas com quem vais trocando ideias, qual a diferença de trabalhar no nosso país ou fora, particular- mente na Inglaterra? Existem abordagens dife- rentes à investigação, dinâmicas de equipa dife- rentes ou apoios diferentes? Na minha perspectiva existe um afastamento mui- to grande no ponto de vista financeiro. É claro para mim, pelo menos nos grupos de investiga- ção em que estou envolvido, que existe no Reino Unido muito mais financiamento para a ciência o que permite uma liberdade maior no tipo de ex- periências que se podem fazer e também para que se possam experimentar coisas completamen- te novas com mais à-vontade. As dinâmicas de
  • 3. 3 equipa acho que dependem mais da equipa em si e do seu Investigador Principal do que do país. Aqui no Reino Unido estou envolvido em duas equipas distintas (uma na área da microflúidica e outra das células estaminais da medúla óssea) e as dinâmicas de equipa são completamente dis- tintas apesar de ambas estarem em Southampton. Estando em contacto com a Universidade de Southampton e com o mundo académico Inglês, quais são as principais diferenças a nível de pre- paração de alunos no 1º e 2º ciclo? Os alunos são melhor preparados cá ou lá? Existem men- talidades de ensino diferentes? Os alunos, têm mentalidades ou ideias diferentes? Penso que não consigo responder a esta pergunta pois por incrível que possa parecer em ambos os grupos de investigação em que estou lá envolvido existem marcadamente mais estrangeiros do que ingleses. O ambiente é muito multicultural o que em si considero ser uma vantagem e traz equilí- brio. Em Portugal continuamos a ver nos nossos Institutos de Investigação um predomínio de por- tugueses, o que por um lado é bom, mas por ou- tro a Investigação científica beneficia muito, a meu ver, da multiculturalidade. Um Engenheiro aprende a ser muito focado em resultados. Na investigação científica, sentes que a formação enquanto Engenheiro, mais ver- sátil e pragmática, de certa forma, te dá vanta- gem? Como é trabalhar quando os resultados custam a aparecer? Dará certamente como tudo algumas vantagens e desvantagens. Nomeadamente a bioengenharia que dá formação em muitas áreas distintas sinto que se adequa muito bem ao projeto que tenho neste momento que é também muito multidisci- plinar. Quando os resultados custam a aparecer temos de ser perseverantes e continuar a trabalhar. Às vezes é preciso mudar algo, não podemos fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados dife- rentes. Quão solitário é o trabalho de investiga- ção? Existem muitas dinâmicas e trocas de ideias,apoio de orientadores e professores ou a parte mais autónoma de desenho de experi- ências e execução é mais preponderante? Que gostarias de melhorar no método de trabalho em ciência? Aqui novamente penso que cada caso é um caso. Alguns trabalhos são mais solitários do que outros e alguns investigadores também gostam mais de colaborar do que outros. Idealmente, na minha ótica, a investigação deve ser o mais colabora- tiva possível e com uma grande troca de ideias. Respondendo à segunda pergunta, penso que a ciência beneficiaria se não houvesse uma pressão tão grande para produzir resultados constantes na forma de publicações científicas para assegu rar uma progressão na carreira e a obtenção de novas fontes de financiamento. Acho que esta pressão para publicar pode fazer com que muitas vezes se procure resultados fáceis e imediatos descurando a procura de responder às questões que são real- mente importantes em determinado projeto. À medida que o projeto avançava, começaste a pensar que poderias ganhar um prémio com uma visibilidade deste tipo? Ou o foco restrin- ge-se à obtenção e publicação de resultados e em melhoramento contínuo, na resolução do problema? Como surgiu a participação na com- petição e como foi o processo? Não, acho que nunca ninguém está à espera de receber assim um prémio. A competição aconte- ce anualmente e normalmente recebemos avisos de que as candidaturas estão abertas. O processo passa pela elaboração de um resumo do trabalho desenvolvido (comummente chamado ‘abstract’) com os resultados obtidos até à data. Os abstracts submetidos foram avaliados e 60 da área de En- genharia foram selecionados para a fase final. No dia da competição, todos os participantes tiveram de apresentar o seu trabalho, no formato de um poster, e foram sujeitos a avaliação por parte de um júri composto por um painel de especialistas. Ao contrário de outros campos e como se de- bate constantemente dada a necessidade de investimento, medir os resultados na ciência, o retorno, nem sempre é linear. A necessidade de publicar, de citar e toda a rede académica que se monta é por vezes vista com desconfiança.
  • 4. 4 DESPORTO AEFEUP às equipas, contribuindo para o sentido de identi- dade da nossa Faculdade. Felizmente, a isto tudo tem-se juntado uma série de resultados de exce- lência nas competições onde as nossas seleções participam, ano este que não foi muito diferente. no final de cada jogo. De realçar que o grupo em questão era um grupo com elevada qualidade. Começando pela história de maior sucesso, a se- leção de Futsal Masculino conquistou o primeiro lugar e sagrou-se tricampeã, reforçando assim o estatuto de melhor equipa do Campeonato Aca- démico do Porto. Nos campeonatos nacionais, infelizmente, a nossa equipa não conseguiu pas- sar da fase de grupos. Existiram adversidades que ultrapassam os jogadores em campo que ditaram alguns resultados menos bons, o que num grupo de elevada qualidade faz muitas vezes a diferença. Nota também para a conquista da Taça dos CAP, que a juntar à conquista da Supertaça no início da época, fazem desta época da seleção um sucesso tremendo a nível interno. Na totalidade dos Campeonatos Académicos do Porto, 4 Seleções AEFEUP alcançaram o segundo lugar. Em torneios tão curtos onde apenas um jogo pode fazer a diferença, várias das nossas equipas ficaram perto de garantir o título, pelo qual lutraão certamente no próximo ano. O Basquetebol Feminino por pouco que não con- seguiu vincar o tricampeonato. Porém, o empenho das atletas e equipa técnica é de louvar. Um grupo muito unido que forma algo mais do que uma sim- ples equipa desportiva. Apesar de não terem pas- sado a fase de grupos no campeonato nacional, estão de parabéns por todo o esforço realizado, sendo que a equipa tem tudo para crescer tanto a nível dos CAP como de eventuais campeonatos nacionais. Na Taça dos CAP, a equipa perdeu con- tra as campeãs do Porto, FADEUP, na final (32-28), não conseguindo ultrapassar mais uma vez este forte adversário. Assim sendo, como achas que podemos avaliar e medir a ciência, se é que é necessário ou certo fazê-lo? Esta é mais uma questão muito difícil. Existem vá- rias ferramentas ou índices que tenham avaliar o sucesso da investigação científica de indivíduos ou institutos de investigação. Todos dão informação importante e diferente e acho que devem ser con- siderados mas é importante saber o que significam e analisá-los com cuidado. O retorno e resultados da ciência podem nem sempre vir na forma de pu- blicações. Podem também ser criadas patentes, serviços ou novos produtos que podem ter outro tipo de retorno até financeiro. Acho importante manter essa perspectiva em aberto e penso que seria positiva a existência de um maior número de incentivos para a criação de spin-offs resultantes do sucesso de determinados projetos de investi- gação. Que conselho gostarias de deixar aos estudan- tes da FEUP? Que aproveitem tudo o que a Universidade tem para lhes dar, tanto do ponto de vista académico, como recreativo. A época desportiva 2016/2017 chegou, finalmen- te, ao fim. À semelhança dos anos anteriores, a AEFEUP conseguiu promover os treinos e compe- tição de 9 equipas. Na ótica de impedir que os estudantes não tenham que interromper a prática desportiva com a chegada da universidade e tam- bém com a intenção de promover a prática despor- tiva e o exercício na maior fatia possível da nossa comunidade, as seleções AEFEUP continuam a ser uma grande aposta da Associação. Cada vez mais se nota também uma aproximação dos estudantes
  • 5. 5 O Futebol 11 não conseguiu cumprir os objeti- vos propostos no início do ano. A equipa tinha os olhos no título do Porto, mas ficou pelo segundo lugar, um resultado já bastante sólido. No entan- to no nacional por não terem ido além da fase de grupos, não conseguiram o apuramento para o Campeonato Europeu que será realizado na cida- de do Porto. Este era sem dúvida o objetivo maior da nossa seleção, dado que o Porto como anfitrião tem direito a inscrever uma equipa, e essa seria de- cidida com base nestes Campeonatos Nacionais. O Futsal Feminino foi, ao longo deste ano, uma das equipas mais sólidas e regulares, terminando o campeonato sem qualquer derrota. Por virtude de 2 empates, apesar de ter vencido as eventuais campeãs, tiveram que se ficar pelo 2º lugar. Con- trariamente ao que seria de esperar, o resultado no CNU não refletiu de todo o trabalho realizado pela equipa durante todo o ano e a sua regularidade. Adicionalmente, a Taça CAP voltou a ser ingrata para a equipa que controlou todo o percurso ao longo do Campeonato, saindo a nossa equipa der- rotada frente à campeã AEFADEUP por 2-1. Os campeões nacionais do ano 2016, a nossa se- leção de Voleibol Masculino, repetiu o resultado alcançado no ano passado ficando em segundo lugar no Porto. No nacional, chegou à final onde encontrou novamente o IPP, mas desta vez com um final diferente. A equipa da Universidade do Porto perdeu ficando assim em segundo lugar. Um excelente resultado, embora decepcionante para a equipa e para todos adeptos que se deslocaram a Coimbra para apoiar os nossos atletas. A equipa com mais espírito da AEFEUP, os ver- dadeiros desportistas, a seleção de Rugby de 7, conquistou um terceiro lugar nos CAP, garantindo o apuramento para os Campeonatos Nacionais Universitários. Em Coimbra, esta equipa, com re- cursos e experiência muito inferior às adversárias e feita por atletas que jogam por amor à camisola da AEFEUP, ao jogo e ao desporto, muitos deles a descobrir a modalidade pela primeira vez, defron- tou equipas com nível de treino muito superior. Apresentavam-se em todos os jogos com um gran- de espírito de grupo completamente contagiante para quem estava a ver o jogo. Embora os resulta- dos não tenham sido os melhores, o grupo ganhou o carinho de toda a comunidade. Já em quarto lugar ficaram 3 equipas: Andebol Masculino, Basquetebol Masculino e Voleibol Fe- minino. Destas, apenas a Seleção de Voleibol con- seguiu o apuramento para o Campeonato Nacional – onde passou o Play-Off com bastante facilidade, sendo depois eliminada na fase de grupos. O An- debol Masculino e o Basquetebol M apesar da sua grande qualidade desportiva e das expectativas serem mais elevadas, não conseguiram ir mais lon- ge nesta época desportiva. No entanto, contamos que estas duas equipas voltem à excelente forma que outrora tiveram e venham a vencer a próxima edição. Em suma, mais uma vez a AEFEUP finda o seu ano com excelentes resultados desportivos que refle- tem o empenho e dedicação dos nossos atletas e treinadores ao representar a nossa Faculdade. De realçar mais uma vez a importância do apoio dos nossos adeptos, os nossos estudantes, e do clima de camaradagem e meta comum que se cria nestas equipas. É também este um dos gran- des objetivos do desporto, o de criar um clima de competição saudável, o de formação de laços e grupos que ficam para a vida e o de representar com esforço, respeito e espírito de equipa as cores da nossa Faculdade. A AEFEUP conta assim com todos em épocas futuras, quer no papel de atletas que no papel de adeptos para seguirem as nos- sas Seleções e praticarem desporto, com a certeza de aliar sempre a todos os benefícios do desporto universitário resultados positivos.
  • 6. 6 Entrevista Professora Vera Miguéis A Professora Vera Miguéis é atualmente a res- ponsável pela relação entre o curso de Enge- nharia de Gestão Industrial na FEUP e os estu- dantes do secundário. Porque um curso não tem sucesso sem matéria prima de qualidade (alunos motivados e capacitados) nem um mercado de trabalho à espera dos recém-formados, estive- mos à conversa com a Professora Vera Miguéis para apurar a importância da imagem e conte- údo do curso, quer para potenciais candidatos quer para as empresas, e como gerir estas in- terfaces. Quão importante é para a Faculdade fazer um esforço ativo para publicitar o curso e captar os melhores alunos do Ensino Secundário? Para que a FEUP continue a ser uma das institui- ções de ensino mais reputadas ao nível nacional e até internacional é importante conseguir captar estudantes excelentes, que mais tarde serão enge- nheiros excelentes. É graças ao sucesso dos nos- sos alumni que a FEUP tem vindo a reforçar a sua imagem de qualidade, que se espera que venha a perpetuar. Outra questão prende-se com o facto de haver uma necessidade de informar os estudan- tes sobre o que são os cursos da FEUP e sobre a instituição. Pretendemos atrair bons estudantes, mas acima de tudo, pretendemos atrair estudantes motivados para experienciar a FEUP e conhecedo- res do que virá a ser o seu percurso académico, e mais tarde, o seu percurso profissional. Além disso, é importante salientar que, no momento, e em geral, a FEUP não tem qualquer problema de captação de estudantes, mas que a mesma rea- lidade poderá vir a alterar-se num futuro não tão longínquo, devido às questões relacionadas com o envelhecimento demográfico. É portanto crucial que a faculdade tenha desde já uma estratégia de comunicação com os seus “clientes” consolidada. Introduzir mudanças no Plano Curricular de um curso na FEUP é muito complicado, dadas as implicações a nível de certificação externa e de organização in- terna. Ainda assim, é importante atualizar o curso periodicamente. Como é feito o levantamento de novos requisitos, quer internamente, quer externa- mente? O curso de Engenharia e Gestão Industrial sofreu uma reformulação recente do seu plano curricular, o que es- pelha de facto a preocupação do departamento, e da faculdade em geral, em se manterem alinhados com as exigências do mercado e com o estado da arte. Habitu- almente, as mudanças dos planos curriculares implicam a nomeação de uma comissão que gere todo o pro- cesso e que promove a discussão no sentido de se de- terminar as alterações a efetuar. Por um lado, é crucial o conhecimento que os membros desta comissão têm sobre o que são as necessidades correntes do mercado, decorrente do contacto com o tecido empresarial. Por outro lado, o trabalho de benchmarking e a análise do que são as melhores práticas internacionais constituem também elementos importantes para apoio à tomada de decisão. Importa ainda referir que existem grupos científicos que se dedicam a investigar questões rela- cionadas com a pedagogia, cujo trabalho é também considerado nestes processos. É muitas vezes afirmado que uma parte significativa dos alunos faz a sua escolha de curso superior com bastante desconhecimento sobre os conteúdos de um curso ou as suas saídas. Como podem as univer- sidades contribuir para uma escolha cada vez mais informada? Do contacto que tenho com os estudantes, a minha percepção em geral é exatamente essa. Contudo, nos últimos anos, é notório um maior conhecimento gene- ralizado sobre estes temas. Parece-me que quer a Uni- versidade do Porto em geral, por exemplo com a Mos- tra da UP e com a Universidade Júnior, quer a FEUP, com a Semana Profissão Engenheiro e outras sessões de esclarecimento, têm vindo a trabalhar no sentido de
  • 7. 7 informar os estudantes para que possam conhecer com mais detalhe os cursos e consequentemente tomar decisões mais sustentadas. A FEUP tem uma equipa de trabalho que reúne esforços para po- der receber todos os grupos de estudantes (e até estudantes individuais) que procuram conhecer a FEUP, quer nos momentos pré-determinados para o efeito, quer noutros momentos. As visitas destes estudantes envolvem a dinamização de atividades que refletem os conteúdos e saídas profissionais dos cursos. Além disso, sempre que solicitado, a FEUP faz-se representar nas escolas, feiras e outro tipo de eventos que acomodam sessões de escla- recimento. Um aspecto que destaco, na sequên- cia do seu reconhecido impacto, é o envolvimento dos atuais estudantes dos cursos na divulgação dos mesmos. Devido à maior afinidade, devido à maior proximidade, até na linguagem, o contacto entre estudantes dos dois níveis de ensino revela- -se extremamente proveitoso. Na era das redes sociais, como gerir a presença digital institucional, e, mais especificamente, a nível de curso/departamento? Como aumentar o alcance das comunicações e mostrar o que efetivamente se produz na nossa Faculdade? O marketing online tem vindo a ocupar um lugar de destaque nas organizações. Ao nível das insti- tuições de ensino penso ainda estarmos numa fase muito incipiente do processo, mas acredito que o processo de comunicação e promoção das institui- ções e cursos orbitará certamente, e em breve, em torno dos social media. Porventura, o alimentar de uma página numa rede social com o testemunho de alunos, alumni, empresas, professores pode vir a ser algo que desencadeie o interesse dos nossos futuros alunos e, mais importante que isso, que ve- nha dotá-los de informações às quais, de outra for- ma, teriam muita dificuldade de acesso. A riqueza da informação disponibilizada, bem como a comu- nicação gratuita (o denominado buzz) podem de facto vir a ser ferramentas fundamentais para a es- tratégia de marketing de qualquer organização. De qualquer modo, é de destacar que a investigação na área do marketing revela que o denominado word of mouse não é tão eficaz como o tradicional passa-a-palavra (word of mouth), de forma que o envolvimento e as relações inter-pessoais deverão continuar a ser trabalhadas. Um dos indicadores de sucesso de um curso, para o bem ou mal, é a empregabilidade dos seus formados. Assim sendo, como é gerida, de uma forma geral, a ligação alumni-empresas e quão estreitas são as ligações do departamento com o mercado de trabalho? Atualmente o trabalho do departamento centra-se mais a montante na “cadeia de empregabilidade” do aluno. Há um trabalho intenso que é feito no sentido de garantir que os nossos estudantes en- trem no mercado de trabalho da melhor forma. O departamento de engenharia industrial, decor- rente do seu contacto estreito com as empresas, promove o desenvolvimento de dissertações em ambiente empresarial que catapulta os nossos es- tudantes para as empresas que concebem projetos de cariz prático-científico. O processo de filtragem pelo qual as propostas de projetos das empresas passam garante que os nossos estudantes virão a ter, no seu último semestre do percurso académi- co, uma experiência profissional enriquecedora, à qual na maior parte das vezes dão continuidade após o término do curso. A relação do departa- mento com o mercado de trabalho é de facto mui- to forte, não só devido à questão já referida, mas também decorrente do trabalho de consultadoria e investigação desenvolvido pelos professores do departamento. O constante envolvimento da equi- pa docente em projetos em colaboração com em- presas determina uma relação permanente com a indústria, que é muito própria de instituições como a FEUP em que é preconizada a transferência de conhecimento. CONCURSO MAIS IDEIAS SUSTENTÁVEIS Até ao próximo dia 31 de maio, a 2ª fase da edição de 2017 do concurso ‘Mais Ideias Sustentáveis’ está aberta. Este concurso, promovido pelo Co- missariado para a Sustentabilidade da FEUP, tem como objetivo recolher ideias que possam tornar a FEUP Mais Sustentável e contribuir para a Susten- tabilidade Global do Planeta. A participação está aberta a toda a comunidade da FEUP e a candida- tura deverá ser formalizada através do formulário disponível na plataforma http://ideiassustentaveis. fe.up.pt/. Será atribuído um prémio à melhor ideia. Não hesites e participa, ajuda a tornar a FEUP um local mais agradável e sustentável.
  • 8. 8 No passado mês de Abril, entre os dias 22 e 24, decorreu na Faculdade de Engenharia da Univer- sidade do Porto, a maior competição de engenha- ria do país, a EBEC (European BEST Engineering Competition) Portugal, organizada pela associação BEST Porto. Este evento envolveu as 10 equipas vencedoras das rondas locais da EBEC (Almada, Aveiro, Coimbra, Lisboa e Porto) divididas em dois tipos de competição, o caso de estudo apresenta- do pela “OZ Energia” e a construção de um pro- tótipo apresentado pela “Valled – Soluções Ener- géticas”. As equipas participantes tinham como objetivo ganhar o passaporte para representar Portugal em Brno, na República Checa, em agosto de 2017. A equipa vencedora na construção do protótipo foi “Engenheiros D’Ponta”, constituída por quatro alunos da Universidade do Porto e a equipa ven- cedora do caso de estudo foi “The Firm”, consti- tuída por quatro alunos do Instituto Politécnico de Lisboa. Com o objetivo de conhecer melhor o evento e, perceber a sua organização entramos em contacto com a “Core Team” (CT) constituída por três alu- nos da FEUP e por cinco alunos externos: João Sil- va (coordenador do evento), Beatriz Neiva (respon- sável do evento), João Palmeiro (secretário), João Freitas (responsável pelas rondas locais), Gustavo Gonçalves (relações externas), Marcos Daniel (res- ponsável pelo tópico), Daniela Morence (relações públicas e responsável de marketing) e André Dio- go (responsável por tecnologias de informação); assim,estes estudantes aceitaram responder a uma entrevista. Terminada a maior competição de Engenharia do país, como resumem a experiência de orga- nizar um evento assim? Todo o trabalho por trás da competição foi divi- dido em equipas formadas pelos membros do grupo local que tinham como função principal ga- rantir o bom funcionamento da competição, tarefa que envolvia parâmetros muito diferentes desde assegurar o bem estar dos participantes como o material disponível, passando pelas sessões de Networking. Resumindo numa só frase considera- mos esta experiência enriquecedora no entanto, bastante stressante. No dia em que começou o evento surgiram alguns percalços, nomeadamente as angariações de fundos não correspondiam às expectativas e aos objetivos traçados, pelo que houve falhas que tiveram de ser colmatadas mes- mo em cima do joelho. Além disso, no decorrer do evento, deram-se alguns problemas técnicos fora da nossa área de competência em que foi ne- cessária a nossa intervenção. Durante a realização da EBEC vivemos breves momentos de caos, por falhas de comunicação, mas nada que não tivés- semos capacidade, em equipa, para resolver. Em pouco tempo os co-organizadores conseguiram adaptar-se e aprender a trabalhar em conjunto mesmo fora da sua zona de conforto o que de- monstrou uma grande capacidade de flexibilida- de, ponto muito positivo, uma vez que facilitaram o nosso trabalho enquanto CT. Na vossa opinião, qual a disponibilidade e aber- tura por parte da FEUP para a receção deste evento? Geralmente, todos os eventos organizados pelo BEST Porto são apoiados tanto pela Faculdade de Engenharia como pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, sendo que a primeira tem maior abertura, uma vez que o grupo local é aí sediado e em termos de dimensões possui maior capacidade de receção. No entanto, a nível de es- truturas existe uma certa dificuldade uma vez que a organização está classificada como uma ONG e não tem independência suficiente de usufruir os espaços que necessitava no edifício B; por outro lado, os departamentos garantem condições exce- lentes para a execução dos protótipos. Estamos muito satisfeitos com todas as condições cedidas pela Faculdade de Engenharia, sentimos que fomos bem acolhidos e definitivamente, não estávamos à espera que uma faculdade tivesse tanta receção para a organização de uma EBEC. Os alunos e a comunidade FEUP mostraram-se sempre disponíveis para as dinâmicas realizadas e compareceram durante a concretização do evento. Entrevista organizadores EBEC
  • 9. 9 O apoio da direção, Professor Falcão e Cunha e o Professor Augusto Sousa, foi essencial para a com- petição assim como a sua presença na cerimónia de encerramento e de abertura, respetivamente. Além do diretor, estiveram presentes durante a re- alização de toda a EBEC os professores Francisco Manuel Madureira e Castro Vasques de Carvalho e José Luís Soares Esteves, cujo contributo foi im- prescindível para o bom funcionamento e organi- zação, uma vez que colaboraram na execução e desenvolvimento do desafio apresentado aos es- tudantes. Uma vez que são todos de grupos locais BEST diferentes, quando começaram a preparar a EBEC e como? Em Junho de 2016, o João Silva foi eleito para ocupar o cargo de coordenador e, em Setembro do mesmo ano, o Porto foi o LBG escolhido para acolher a competição. No mês seguinte, após a equipa estar formada, começou a nascer a EBEC PT 2017. Nos primeiros três meses (entre Outu- bro e Janeiro) deu-se o primeiro grande pico de trabalho que consistiu no planeamento, ao mais ínfimo pormenor, da competição. Durante esse tempo éramos essencialmente cinco elementos a planear tudo e tivemos apenas uma reunião física, em Novembro no decorrer do evento “Motivation Weekend”, as restantes foram virtuais através da aplicação Hangout do Google. Após este tempo, o trabalho passou para elemen- tos mais específicos da “Core Team” cuja principal função consistiu no estabelecimento de contactos com empresas e parceiros para colaborarem tanto nos tópicos de competição como apoiarem toda a parte logística e organização. Já na reta final, entre Janeiro e o dia 22 de abril, fo- ram uns meses complicados e de alguma ansieda- de (“pânico até!”) para assegurar a realização do evento e garantir que tudo estaria a 100% . Con- seguimos reunir presencialmente mais duas vezes, no EBEC Day do Porto e no “Motivation Weeke- nd” do recrutamento correspondente ao segundo semestre. Quando conseguimos fechar os acordos a que nos tínhamos proposto e nos apercebemos que os moldes estavam orientados partilhamos de uma enorme sensação de alívio. Em suma, foram sete meses de trabalho intensivo! Quais os principais obstáculos encontrados du- rante a preparação? Para responder a esta pergunta achamos que de- veríamos escolher um ponto específico uma vez que ocorreram bastantes imprevistos e nos depa- ramos com diversas dificuldades! Ainda durante o planeamento e antes de iniciar o contacto com as empresas era necessário criar um “booklet” para apresentar a EBEC, mas a execução deste atrasou e, antes de sair e dar o “input” foi necessário pedir opinião/feedback a todos os elementos da equipa e, são sempre necessárias alterações e diferentes versões para selecionar uma final; acrescentan- do, existem sempre pequenas correções a fazer e tentamos ser o mais perfeccionistas possível uma vez que esta seria a imagem que iríamos passar e tínhamos apenas 8 páginas para o fazer (enor- me sentimento de pressão). Conclusão, atrasamos os prazos todos estabelecidos pelo que todo o marketing e reuniões necessárias foram adiadas para muito tarde.
  • 10. 10 Estudar vale a pena! O mote de que “estudar vale a pena’’ é um dos te- mas de maior importância para o Ensino Superior e consequentemente para o futuro do País. Estimular a reflexão dos jovens sobre as decisões que tomam hoje e as consequências que podem ter no futuro, faz parte da matriz de atuação da FAP, uma Federação que se preocupa em contri- buir para que se construam novas visões e opini- ões sobre o papel da educação em Portugal. Vivemos numa sociedade onde o conhecimento é determinante para o sucesso individual e coletivo, sendo cada vez mais o Ensino Superior estratégi- co para o País. Aliás, o desenvolvimento do País faz-se de massa humana e estudar não só vale a pena, como constitui um investimento firme para o futuro. Nunca a educação foi tão necessária e valorizada como nos dias atuais, nomeadamente o Ensino Superior. Com a globalização das economias, o rápido acesso às novas tecnologias e as constan- tes mudanças socioculturais, é essencial vislumbrar que o caminho a seguir passa pelo acesso à for- mação. Portugal ainda se encontra longe das metas a que se propôs ao nível do número pessoas que fre- quentam o Ensino Superior e não estamos a recu perar o atraso da devida forma. Existem múltiplas razões, ao nível estrutural, financeiro, social... mas nenhuma tão grave como a falsa perceção públi- ca da nossa sociedade de que estudar não vale a pena. Se existem dados comprovados que a taxa de de- semprego de diplomados é menor quando com- parada com a das pessoas sem formação superior, se o tempo de espera para ingressar no mercado de trabalho é inferior, se vivemos num país onde defendemos princípios de igualdade de oportuni- dades para todos, se educar não se traduz apenas em conhecimentos técnicos, mas na constituição de cidadãos mais bem preparados em geral, dizer que estudar não vale a pena não é apenas uma falsidade, como não devia sequer ser uma opção. Pensar que estudar vale a pena porque se ganha mais dinheiro, é, por vezes, uma luta inglória. Mas a capacidade de cada um reside precisamente na sua predisposição de encarar as adversidades e esta é uma batalha da qual não abdicamos e na qual não desistimos. É este o princípio que acre- ditamos e é um desígnio social que não pode ser secundarizado! Estudar vale mesmo a pena! Acredito que deve- mos transmitir isto aos jovens e incentivar que fa- çam as escolhas certas. As decisões que tomamos agora são determinantes para o nosso futuro e na verdade, o futuro do País, é agora que temos de o conquistar. Ana Luísa Pereira, Presidente da FAP Época de Exames, como otimizar esforços A época de exames já aparece no horizonte, e com ela já se entrevê o stress, as noitadas e o trabalho. Para que não fique tudo para a última e consigas obter os melhores resultados, aqui ficam algumas dicas (com alguns clichés, que é sempre bom recordar): - Organiza-te! Cria um calendário para que visua- lizes os teus compromissos e datas e para distri- buires o trabalho que tens para fazer. Além disso, verifica atempadamente que tens todo o material
  • 11. 11 Academina em Ação FAP NO BAIRRO necessário ao teu estudo e cria um índice para cada uma das tuas cadeiras. - Faz os possíveis para ter horários de sono cons- tantes, isso faz a diferença. Quer prefiras trabalhar de noite ou de dia, tenta dormir 7 horas e sempre na mesma altura do dia. - Não precisas de trabalhar até dar contigo em doi- do(a)! Verifica que o que quer que estejas a fazer é produtivo. Descansar e produtivo e descontrair, desde que planeado e controlado também. Luta contra a procrastinação, contra o não estar a fazer nada. Se não estiver a render, muda de tópico ou experimenta construir um mapa de conceitos ou olhar para a matéria de outra forma! - Acima de tudo, não entrar em stress é fundamen- tal. Se fizeste a tua parte, só podes estar confiante, porque não podemos focar-nos no que não pode- mos controlar. Bom trabalho e boa sorte! Em 2010, a Federação Académica do Porto (FAP) criou um espaço físico inédito em território nacio- nal: a FAP no Bairro. Este projeto de referência ti- nha como objetivo primordial conceber um centro comunitário que sublinhasse a capacidade de in- tervenção social dos estudantes da Academia do Porto e em menos de um ano, o projeto social co- nheceu uma evolução que lhe permitiu ser premia- do, pelo seu caráter de inovação social, com o Pré- mio Porto Jovem da Câmara Municipal do Porto. Com o passar dos anos, inerente ao sucesso do projeto, existiu uma necessidade de expandir a abrangência do conceito e, em 2014, foi inaugu- rado mais um centro comunitário. Assim, neste momento, a FAP no Bairro está sediada em dois bairros da cidade do Porto: O Bairro do Carriçal e o Bairro de Pinheiro Torres. São vários os estudantes voluntários que, junta- mente com o Coordenador Local, garantem o fun- cionamento dos centros e marcam solidariamente o dia-a-dia de algumas dezenas de pessoas, maio- ritariamente crianças e pré-adolescentes. A localização e a versatilidade dos espaços, a di- versidade de projetos e de áreas de formação dos estudantes voluntários e, também, o potencial úni- co de intervenção na comunidade, tornam a FAP no Bairro única. Com a FAP no Bairro, a FAP pretende atuar en- quanto agente estudantil promotor de harmonia e bem-estar social, e envolver os estudantes da Aca- demia do Porto na atividade social da Federação, possibilitando-lhes uma experiência de voluntaria- do através da colaboração nos dois centros. Sabe mais informações sobre este projeto em www.fap.pt.
  • 12. As últimas semanas foram assim... OBRIGADA! NOITE DE MAGIA FEUP Music Challenge SUPER Mega Feupcaffe Feupcaffé 6 de Abril