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NOTAS DE AULA
Geometria Analítica e
Álgebra Linear
Capítulo 1 - Parte 1
Professor: Luiz Fernando Nunes
Geometria Analítica e Álgebra Linear ii
Índice
1 Matrizes e Determinantes.........................................................................................1
1.1 Matrizes ............................................................................................................1
1.1.1 Tipos Especiais de Matrizes........................................................................2
1.1.2 Operações com matrizes .............................................................................4
1.1.3 Alguns exercícios sobre matrizes:...............................................................9
1.1.4 Matrizes Elementares................................................................................10
1.1.5 Definição de Matriz como Função............................................................12
1.2 Determinantes e Matriz Inversa......................................................................12
1.2.1 Determinantes ...........................................................................................12
1.2.2 Matriz Inversa ...........................................................................................14
1.2.3 Alguns exercícios sobre determinantes e matriz inversa ..........................17
Referências Bibliográficas............................................................................................18
Geometria Analítica e Álgebra Linear 1
1 Matrizes e Determinantes
1.1 Matrizes
Noção de matriz:
Uma matriz é uma tabela retangular de elementos dispostos em linhas e colunas.
Representação
Uma matriz com m linhas e n colunas será indicada por:
  nmji
mnmm
n
n
nm a
aaa
aaa
aaa
A  

















21
22221
11211
, onde 1 i  m, 1 j  n.
Se não existirem dúvidas quanto à quantidade de linhas e colunas de uma matriz,
podemos indicá-la apenas por letras latinas maiúsculas A, B, C, D, ... , omitindo os índices m e
n.
O símbolo  nmM indicará o conjunto de todas as matrizes de ordem nm de
elementos reais.
Exemplos
1. Se













305
212
011
A , então temos que: 111 a , 112 a , 013 a , 221 a ,
122 a , 223 a , 531 a , 032 a , 333 a .
2. Se 








270
5293
B , então temos que: 311 b , 912 b , 213 b , 514 b ,
021 b , 722 b , 223 b , 24b .
3. Se














187
34
2/13/2
C , então temos que:
3
2
11 c ,
2
1
12 c , 421 c , 322 b ,
021 b , 731 c , 1832 c .
4. Suponha que temos alguns dados como peso, altura e idade referentes a um grupo de
quatro pessoas, como na tabela seguinte:
Altura (m) Peso (Kg) Idade (anos)
Pessoa 1 1,75 62 40
Pessoa 2 1,64 53 27
Pessoa 3 1,83 75 31
Pessoa 4 1,50 50 18
Geometria Analítica e Álgebra Linear 2
Podemos representar estas informações na matriz seguinte:













185050,1
317583,1
275364,1
406275,1
D , onde cada linha representa um indivíduo e as colunas
representam, as grandezas altura, peso e idade, respectivamente.
Definição
Duas matrizes nmijnm aA 
 ][ e srijsr bB 
 ][ são iguais, se e somente se:








jiba
sn
rm
ijij ,
1.1.1 Tipos Especiais de Matrizes
Matriz Quadrada
É aquela onde o número de linhas é igual ao número de colunas, isto é, m = n.
Exemplos
5.











302
715
010
A ,  8B e 




 

73
49
C .
Matriz Nula
É aquela em que todos os elementos são iguais a zero, isto é, 0ija para todo i e j.
Exemplos
6.











000
000
000
A e 






00
00
B
Matriz Linha
É aquela onde m = 1.
Exemplos
7.  2309 A e  31B
Matriz Coluna
É aquela onde n = 1.
Geometria Analítica e Álgebra Linear 3
Exemplos
8.














1
2
9
7
A e 







2
3
B
Matriz Diagonal
É uma matriz quadrada (m = n) onde 0ija , para ji  .
Exemplos
9.












200
040
001
A e














3000
0100
0040
0009
B
Matriz Identidade
É uma matriz diagonal onde






jiparaa
ejiparaa
ij
ij
1
0
Muitas vezes a matriz identidade de ordem n é indicada por nnI  ou apenas nI .
Exemplos
10.











100
010
001
A , 






10
01
B e













1000
0100
0010
0001
C
Matriz Triangular Superior
É uma matriz quadrada onde 0ija para i > j.
Exemplos
11.











100
270
091
A , 




 

10
91
B ,















1000
2100
0600
3031
C
Matriz Triangular Inferior
É uma matriz quadrada onde 0ija para i < j.
Geometria Analítica e Álgebra Linear 4
Exemplos
12.












17
029
004
A , 






13
01
B e














1002
0934
0056
0001
C
1.1.2 Operações com matrizes
Adição
Dadas duas matrizes nmijnm aA 
 ][ e nmijnm bB 
 ][ , então:
nmnmnm ijijijij babaBA 
 ][][][
Exemplos
13. Se












171
229
104
A e













126
031
812
B , então









 

095
2510
716
BA
14. Suponha que as tabelas que seguem trazem as produções de soja, feijão e milho (em
milhares de toneladas) de dois anos consecutivos de três regiões de um país:
Produção agrícola do primeiro ano
Soja Feijão Milho
Região 1 2000 150 700
Região 2 1000 450 120
Região 3 500 300 900
Produção agrícola do segundo ano
Soja Feijão Milho
Região 1 2500 200 400
Região 2 500 250 300
Região 3 1500 200 100
Se representarmos estas produções pelas matrizes:











900300500
1204501000
7001502000
A e











1002001500
300250500
4002002500
B , respectivamente, então a matriz











10005002000
4207001500
11003504500
BA representa a produção total nestes dois anos
consecutivos.
Geometria Analítica e Álgebra Linear 5
Propriedades da Adição de Matrizes
i) Associatividade:     ,CBACBA    nmMCBA ,,
ii) Comutatividade: ABBA  ,   nmMBA,
iii) Elemento Neutro: A0A  , onde 0 denota a matriz nula nm ,   nmMA
iv) Oposto: Dada   nmMA , existe a matriz  A   nmM , tal que   0AA 
Multiplicação de matriz por escalar
Dada uma matriz nmijnm aA   ][ e um escalar  , então:
nmnm ijij aaA 
 ][][
Exemplos
15. Se













471
269
103
A e 2 , então













8142
41218
206
2 AA
16. Se 








252
143
B e 3 , então 








6156
3129
3 BB
17. Suponha que a tabela que segue traz a produção de arroz e milho (em milhares de
toneladas) de dois Estados de um país em um determinado ano:
Arroz Milho
Estado X 400 600
Estado Y 700 800
Se representarmos estas produções pela matriz: 






800700
600400
A e no ano seguinte
estes Estados dobraram suas produções, então a matriz 






16001400
1200800
2 A representa esta
nova safra.
Propriedades da Multiplicação de Matriz por escalar
i)    AA  ,     ,,nmMA
ii)   AAA  ,     ,,nmMA
iii)   BABA  ,     ,, nmMBA
iv) AA 1 ,   nmMA
v) 0A 0 ,   nmMA obs.: 0 e   nmM0
Geometria Analítica e Álgebra Linear 6
Multiplicação de matrizes
Dadas duas matrizes nmijnm aA 
 ][ e pnjkpn bB 
 ][ , então:
pmikcCBA 
 ][ , onde 


n
j
jkijnkinkikikiik bababababac
1
332211 .....
Exemplos
18. Se 






2221
1211
aa
aa
A e 






232221
131211
bbb
bbb
B , então 






232221
131211
ccc
ccc
C , onde:



2
1
2211
j
jkijkikiik bababac , isto é:
2112111111 babac 
2212121112 babac 
2312131113 babac 
2122112121 babac 
2222122122 babac 
2322132123 babac 
19. Se 








112
131
A e














6021
1125
1304
B , então 






24232221
14131211
cccc
cccc
C ,
onde:
        1211534111 c
        821230112 c
        001133113 c
        461131114 c
            211514221 c
            421210222 c
            501113223 c
            761111224 c
Logo 








7542
40812
C
20. Imagine que uma empresa possui duas confeitarias chamadas de A e B, que fabricam
três tipos de bolos chamados de 1, 2 e 3.
As vendas de bolos destas confeitarias, por semana, estão apresentadas na tabela que
segue:
Confeitaria Bolo tipo 1 Bolo tipo 2 Bolo tipo 3
A 50 unidades 30 unidades 25 unidades
B 20 unidades 20 unidades 40 unidades
Para a fabricação destes bolos, são necessários materiais conforme a seguinte tabela:
Geometria Analítica e Álgebra Linear 7
Bolo Farinha Açúcar Leite Manteiga Ovos
Tipo 1 500 g 200 g 500 ml 150 g 4
Tipo 2 400 g 100 g 300 ml 250 g 5
Tipo 3 450 g 150 g 600 ml 0 g 6
Que quantidade destes materiais cada confeitaria deverá receber semanalmente para
atender às demandas?
Se a primeira tabela for representada pela matriz 






402020
253050
X e a segunda
tabela pela matriz











60600150450
5250300100400
4150500200500
Y , a resposta será dada pela matriz
YXZ  :
Confeitaria Farinha Açúcar Leite Manteiga Ovos
A 11c 12c 13c 14c 15c
B 21c 22c 23c 24c 25c
4825045025400305005011 c
1675015025100302005012 c
4900060025300305005013 c
15000025250301505014 c
50062553045015 c
3600045040400205002021 c
1200015040100202002022 c
4000060040300205002023 c
8000040250201502024 c
42064052042025 c
Logo a resposta é:
Confeitaria Farinha Açúcar Leite Manteiga Ovos
A 48250 16750 49000 15000 500
B 36000 12000 40000 8000 420
Propriedades da Multiplicação de Matrizes
(Desde que sejam possíveis as operações)
i) ,AAIIA  sendo I a matriz identidade
ii)   CABACBA  e   CBCACBA 
iii)     CBACBA 
iv) 0A0  e 00A 
Observe que em geral ABBA  , podendo inclusive um dos membros estar definido
e o outro não.
Geometria Analítica e Álgebra Linear 8
Transposição de matrizes
Dada uma matriz    nmnmijnm MaA ][ , denomina-se transposta de A, a matriz:
mnij
T
bA  ][ , cujas linhas são as colunas de A, isto é: jiij ab  .
Exemplos
21. Se













471
269
103
A , então












421
760
193
T
A
22. Se












52
40
13
B , então 




 

541
203T
B
Propriedades da Transposição de Matrizes
i)   TTT
BABA 
ii)   TT
AA  , onde 
iii)   AA
TT

iv)   TTT
ABBA 
Definições
Seja A uma matriz quadrada, então:
a) A é dita simétrica, se e somente se, AAT
 .
Exemplo
23.














571
720
103
A  AAT















571
720
103
b) A é dita anti-simétrica, se e somente se, AAT
 .
Exemplo
24.














053
501
310
A  AAT















053
501
310
Geometria Analítica e Álgebra Linear 9
1.1.3 Alguns exercícios sobre matrizes:
25. Para cada  , considere a matriz 








cossen
sencos
T
a) Mostre que   TTT
















 
cossen
sencos
cossen
sencos
TT
= 







coscossensencossencossen
cossencossensensencoscos
   
    







 T
cossen
sencos
b) Ache T
   
   
T
TT  
















cossen
sencos
cossen
sencos
26. Mostre que a soma de duas matrizes simétricas é uma matriz simétrica.
Sejam duas matrizes simétricas A e B. Logo AAT
 e BBT
 .
  BABABA TTT
 .
27. Mostre que a soma de duas matrizes anti-simétricas é uma matriz anti-simétrica.
Sejam duas matrizes anti-simétricas A e B. Logo AAT
 e BBT
 .
     .BABABABA TTT

28. Mostre que se A é uma matriz quadrada, então T
AA é uma matriz simétrica.
    TTTTTTT
AAAAAAAA 
29. Verifique que o produto de duas matrizes simétricas nem sempre é uma matriz
simétrica.
Sejam duas matrizes simétricas A e B. Logo AAT
 e BBT
 .
  ABABBA TTT
 .
30. Se 0BA  , então podemos afirmar que 0A  ou 0B  ?
Não! Encontre alguns contra-exemplos.
31. Suponha que 0A  e CABA  , então podemos afirmar que B=C ?
Não!
CABA   0CABA     0CBA  . Sabemos que 0A  , e que podemos
ter   0CBA  sem que 0CB  , Logo B não é necessariamente igual a C.
Geometria Analítica e Álgebra Linear 10
32. Considerando o exercício anterior, se existir uma matriz Y tal que IAY  , podemos
afirmar que B=C ?
Sim !
CABA      CAYBAY      CAYBAY      CIBI  B=C
33. Podemos dizer que a seguinte igualdade   222
2 BBAABA  é verdadeira?
Não!
    22
BABBAABBABBAAABABA 
34. Podemos dizer que a seguinte igualdade   222
2 BBAABA  é verdadeira?
Não!
    22
BABBAABBABBAAABABA 
1.1.4 Matrizes Elementares
Definição
Chamamos de operações elementares nas linhas de uma matriz, às seguintes
operações:
i) a troca da ordem de duas linhas da matriz;
ii) a multiplicação uma linha da matriz por uma constante diferente de zero;
iii) a substituição uma linha da matriz por sua soma com outra linha multiplicada por uma
constante diferente de zero.
Definição
Uma matriz elementar é uma matriz obtida por meio de operações elementares nas
linhas de uma matriz identidade.
Exemplos
35. Considere a matriz identidade













1000
0100
0010
0001
I . Então as matrizes













1000
0100
0050
0001
1E ,













1000
0001
0010
0100
2E ,














1020
0100
0010
0001
3E , são matrizes
elementares obtidas de I, pela aplicação de uma única operação elementar em suas linhas. Se
iL representa a i-ésima linha de I, então, estas matrizes foram obtidas da seguinte maneira:
Geometria Analítica e Álgebra Linear 11












1000
0100
0010
0001

 22 5 LL
1
1000
0100
0050
0001
E
























1000
0100
0010
0001

 31 LL
2
1000
0001
0010
0100
E
























1000
0100
0010
0001

 244 2LLL
3
1020
0100
0010
0001
E













Teorema
Seja E a matriz elementar obtida fazendo-se uma operação elementar nas linhas de nI .
Se a mesma operação elementar for feita em uma linha de uma matriz A de ordem rn , então
o resultado será igual a AE .
Exemplo
36. Considere as matrizes elementares 1E , 2E e 3E , obtidas conforme segue:










100
010
001

 11 3 LL
1
100
010
003
E




















100
010
001

 32 LL
2
010
100
001
E




















100
010
001

 233 4LLL
3
140
010
001
E











Considere agora a matriz











1532
0241
3021
A . Verifique que:











1532
0241
3021

 11 3 LL











1532
0241
9063
= 










100
010
003











1532
0241
3021











1532
0241
3021

 32 LL










 0241
1532
3021
= 










010
100
001











1532
0241
3021
Geometria Analítica e Álgebra Linear 12











1532
0241
3021

 233 4LLL












13136
0241
3021
= 










 140
010
001











1532
0241
3021
1.1.5 Definição de Matriz como Função
Uma matriz do tipo m  n sobre um corpo F é uma aplicação do conjunto X={ (i, j) 
N  N: 1 i  m, 1 j  n } em F. (N é o conjunto dos números naturais).
Se m = n a matriz é dita matriz quadrada.
Exemplo
37. A aplicação A: X  onde X= { (1,1), (1,2), (1,3), (2,1), (2,2), (2,3) }, definida por:
A(1,1) = 1, A(1,2) = 1, A (1,3 ) = 3,
A (2,1) = 3, A (2,2) = 4, A (2,3) = 0
é uma matriz do tipo 2  3, isto é: A = 







043
311
1.2 Determinantes e Matriz Inversa
1.2.1 Determinantes
Definições
Se 






2221
1211
aa
aa
A  21122211det aaaaA 
Se











333231
232221
131211
aaa
aaa
aaa
A 
312213322113312312
332112322311332211det
aaaaaaaaa
aaaaaaaaaA


Definição
Dada uma permutação dos inteiros n,.....,2,1 , existe uma inversão quando um inteiro
precede outro menor que ele.
Permutação Número de inversões
( 1 2 3 ) 0
( 1 3 2 ) 1
( 2 1 3 ) 1
( 2 3 1 ) 2
( 3 1 2 ) 2
( 3 2 1 ) 3
Definição
Seja A uma matriz quadrada nn .
Então   nnjjjj
J
aaaaA ......1det 321 321  

Geometria Analítica e Álgebra Linear 13
Onde ),....,,,,( 321 njjjjJJ  é o número de inversões da
permutação ),....,,,,( 321 njjjj e  indica que a soma e estendida para todas as n!
permutações.
Observações
i) o coeficiente  J
1 dá o sinal de cada parcela da somatória.
ii) em cada termo existe um e só um elemento de cada linha e um e só um elemento de cada
coluna.
iii) Através de reordenações, mostra-se também que:   njjjj
J
n
aaaaA ......1det 321 321
 

Propriedades dos determinantes
i) T
AA detdet 
ii) Se multiplicarmos uma linha de uma matriz por k , o determinante fica multiplicado
por k.
iii) Uma vez permutadas duas linhas de uma matriz, o determinante da mesma troca de sinal.
iv) O determinante de uma matriz que tem duas linhas (ou colunas) iguais é igual a zero.
v) O determinante não se altera se somarmos aos elementos de uma linha, os elementos
correspondentes de outra linha multiplicados por uma constante.
vi)   BABA detdetdet 
Definição
Seja A uma matriz quadrada nn . Uma submatriz ijA de A é uma matriz obtida de A
eliminando a i-ésima linha e a j-ésima coluna de A.
Exemplo
38. Se













432
304
121
A então 







32
21
23A , 




 

30
12
31A , etc.
Definição
Seja A uma matriz quadrada nn . O cofator ou complemento algébrico de um
elemento ija de A é o número:   ij
ji
ij Adet1 
 .
Geometria Analítica e Álgebra Linear 14
Exemplo
39. Se













432
304
121
A então:
    9
43
30
det1det1 2
11
11
11 






 
A ,
    7
32
21
det1det1 5
23
32
23 






 
A , etc.
Desenvolvimento de Laplace
Generalizando:   ij
n
j
ijnnij aa  


1
det para qualquer linha i.
Observação: O desenvolvimento pode também ser feito na variável j:
  ij
n
i
ijnnij aa  


1
det para qualquer coluna j.
Exemplo
40. Se













432
304
121
A então calcule .det A
Escolhendo, por exemplo a segunda linha (i=2)
 

2323222221212
3
1
2det aaaaA j
j
j
  







 
43
12
det14 12
+   







 
42
11
det10 22
  






 
32
21
det13 32
    1736054 
1.2.2 Matriz Inversa
Seja A é uma matriz quadrada n  n. Chamamos de matriz inversa de A à uma matriz
B, também n  n, que satisfaz a seguinte propriedade: IABBA  , em que nII  é a
matriz identidade n  n. Se esta matriz B existir, A será chamada de matriz invertível.
Normalmente a matriz inversa de A é indicada por 1
A , logo: IAAAA   11
Exemplo
41. Ache a inversa da matriz 






41
32
A


















10
01
41
32
dc
ba














10
01
44
3232
dbca
dbca





04
132
ca
ca

5
4
a e
5
1
c e





14
032
db
db

5
3
b e
5
2
d
Geometria Analítica e Álgebra Linear 15
Logo













5
2
5
1
5
3
5
4
1
A
Obs: O mesmo resultado seria obtido fazendo: 

















10
01
41
32
dc
ba
Teorema
Se A é uma matriz invertível, então a sua inversa é única.
Demonstração
Vamos supor que a matriz A possui duas inversas 1
1

A e 1
2

A . Logo temos que
AAIAA   1
1
1
1 e AAIAA   1
2
1
2 .
Assim     1
2
1
2
1
2
1
1
1
2
1
1
1
1
1
1

 AAIAAAAAAIAA .
Portanto 1
2
1
1

 AA e a inversa é única.
Observações
i) Se A e B são matrizes quadradas invertíveis, então BA é também invertível e
  111 
 ABBA .
ii) Uma matriz quadrada A admite inversa se e somente se 0det A .
iii) Se A é uma matriz quadrada e 0det A , então
A
A
det
1
det 1

.
Demonstração de (iii)
Sabemos que   BABA detdetdet  . Se IAA 1
, então temos que
  IAAAA detdetdetdet 11
 

A
A
det
1
det 1

.
iv)   AA 
 11
.
v)     11 
 TT
AA .
Teorema
Seja A uma matriz quadrada. Se uma seqüência de operações elementares nas suas
linhas reduz A a I, então a mesma seqüência de operações elementares transforma I em 1
A .
Demonstração
Se A for linha equivalente a I, podemos conseguir essa redução multiplicando A à
esquerda por uma seqüência kEEEE ,.....,,, 321 de matrizes elementares. Portanto, temos
IAEEEEE kk   1231.... . Denotando 1231.... EEEEEB kk   , temos IAB  .
Assim, temos que A é invertível e 1
 AB . Agora, aplicar a mesma sequência de operações
elementares em I é equivalente a multiplicar I, à esquerda por 1231.... EEEEE kk   . O
Geometria Analítica e Álgebra Linear 16
resultado é 11
1231.... 
  AIAIBIEEEEE kk . Desta forma, I é transformada
em 1
A pela mesma seqüência de operações elementares de linhas.
Logo, a partir deste teorema, podemos usar o seguinte algoritmo para encontrar a
matriz inversa de A:
][ IA 
.. elemop
][ 1
AI 
Exemplo
42. Ache a inversa da matriz













321
121
121
A












100321
010121
001121




 21 LL












100321
001121
010121



133
122
LLL
LLL













110440
011240
010121




 22
4
1
LL










110440
0
4
1
4
1
2
1
10
010121



233
211
4
2
LLL
LLL





















101200
0
4
1
4
1
2
1
10
0
2
1
2
1
001




 33
2
1
LL


















2
1
0
2
1
100
0
4
1
4
1
2
1
10
0
2
1
2
1
001




 322
2
1
LLL



















2
1
0
2
1
100
4
1
4
1
2
1
010
0
2
1
2
1
001



. Assim,




















2
1
0
2
1
4
1
4
1
2
1
0
2
1
2
1
1
A .
Definição
Seja A uma matriz quadrada nn . Então a matriz dos cofatores de A é a matriz   nnijA 
 .
Exemplo
43. Se 







13
12
A então 















21
31
2221
1211
A
Pois
  111 11
11  
,
    331 21
12  
,
Geometria Analítica e Álgebra Linear 17
  111 21
21  
,
  221 22
22  
Definição
Seja A uma matriz quadrada nn . Chama-se matriz adjunta de A, a matriz
 T
AadjA  .
Exemplo
44. Se 







13
12
A então 




 








23
11
21
31
T
adjA
Teorema
Seja A uma matriz quadrada nn , tal que 0det A . Então:   nIAadjAA  det .
Deste teorema podemos concluir que:
  nIAadjAA  det  nI
A
adjA
A 
det

A
adjA
A
det
1

1.2.3 Alguns exercícios sobre determinantes e matriz inversa
45. Uma maneira de codificar uma mensagem é através da multiplicação matricial.
Vamos associar as letras do alfabeto aos números, segundo a correspondência abaixo:
A B C D E F G H I J K L M
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
N O P Q R S T U V W X Y Z
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Suponhamos que a nossa mensagem seja “PUXA VIDA”. Podemos formar uma
matriz 33 assim:











ADI
VA
XUP
, que usando a correspondência numérica fica: M =










149
2201
242116
Agora seja C uma matriz qualquer 33 inversível, por exemplo:
C =













102
212
011
Multiplicando nossa matriz da mensagem M por C, obtemos CM  :














7133
22145
183722
CM
Geometria Analítica e Álgebra Linear 18
Transmitimos esta nova matriz CM  . Quem recebe a mensagem, decodifica-a através
da multiplicação pela inversa de C, isto é, fazendo   1
 CCM e posterior transcrição dos
números para letras. C é chamada de matriz chave para o código.
Questão
Com base nessas informações, supondo que você tenha recebido a matriz














17172
303510
333411
CM , traduza a mensagem.
46. Sendo A uma matriz quadrada nn e, verifique que   AA n
detdet  .
47. Seja A uma matriz triangular superior. Calcule o determinante de A.

















nn
n
n
n
a
aa
aaa
aaaa
A





000
00
0
333
22322
1131211
Aplicando Laplace sucessivamente 1111det  aA
=  












 
nn
n
n
a
a
aa
a
00
0
det1 3
222
11
11



=  












 
nn
n
n
a
a
aa
aa
00
0
det1 4
333
11
2211



=
 












 
nn
n
n
a
a
aa
aaa
00
0
det1 5
444
11
332211



=........... nnaaaa ...........332211 
Referências Bibliográficas
1. BOLDRINI, José Luiz et al. Álgebra Linear. 3.a Edição. São Paulo: Harper & Row do
Brasil, 1980.
2. CALLIOLI, Carlos A. et al. Álgebra Linear e Aplicações. 6.a Edição. São Paulo: Atual,
1990.
3. LIMA, Elon L., et al. A Matemática do Ensino Médio. 3.a Edição. Rio de Janeiro:
Coleção do Professor de Matemática – Sociedade Brasileira de Matemática, 2001.
4. POOLE, David. Álgebra Linear. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

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  • 1. NOTAS DE AULA Geometria Analítica e Álgebra Linear Capítulo 1 - Parte 1 Professor: Luiz Fernando Nunes
  • 2. Geometria Analítica e Álgebra Linear ii Índice 1 Matrizes e Determinantes.........................................................................................1 1.1 Matrizes ............................................................................................................1 1.1.1 Tipos Especiais de Matrizes........................................................................2 1.1.2 Operações com matrizes .............................................................................4 1.1.3 Alguns exercícios sobre matrizes:...............................................................9 1.1.4 Matrizes Elementares................................................................................10 1.1.5 Definição de Matriz como Função............................................................12 1.2 Determinantes e Matriz Inversa......................................................................12 1.2.1 Determinantes ...........................................................................................12 1.2.2 Matriz Inversa ...........................................................................................14 1.2.3 Alguns exercícios sobre determinantes e matriz inversa ..........................17 Referências Bibliográficas............................................................................................18
  • 3. Geometria Analítica e Álgebra Linear 1 1 Matrizes e Determinantes 1.1 Matrizes Noção de matriz: Uma matriz é uma tabela retangular de elementos dispostos em linhas e colunas. Representação Uma matriz com m linhas e n colunas será indicada por:   nmji mnmm n n nm a aaa aaa aaa A                    21 22221 11211 , onde 1 i  m, 1 j  n. Se não existirem dúvidas quanto à quantidade de linhas e colunas de uma matriz, podemos indicá-la apenas por letras latinas maiúsculas A, B, C, D, ... , omitindo os índices m e n. O símbolo  nmM indicará o conjunto de todas as matrizes de ordem nm de elementos reais. Exemplos 1. Se              305 212 011 A , então temos que: 111 a , 112 a , 013 a , 221 a , 122 a , 223 a , 531 a , 032 a , 333 a . 2. Se          270 5293 B , então temos que: 311 b , 912 b , 213 b , 514 b , 021 b , 722 b , 223 b , 24b . 3. Se               187 34 2/13/2 C , então temos que: 3 2 11 c , 2 1 12 c , 421 c , 322 b , 021 b , 731 c , 1832 c . 4. Suponha que temos alguns dados como peso, altura e idade referentes a um grupo de quatro pessoas, como na tabela seguinte: Altura (m) Peso (Kg) Idade (anos) Pessoa 1 1,75 62 40 Pessoa 2 1,64 53 27 Pessoa 3 1,83 75 31 Pessoa 4 1,50 50 18
  • 4. Geometria Analítica e Álgebra Linear 2 Podemos representar estas informações na matriz seguinte:              185050,1 317583,1 275364,1 406275,1 D , onde cada linha representa um indivíduo e as colunas representam, as grandezas altura, peso e idade, respectivamente. Definição Duas matrizes nmijnm aA   ][ e srijsr bB   ][ são iguais, se e somente se:         jiba sn rm ijij , 1.1.1 Tipos Especiais de Matrizes Matriz Quadrada É aquela onde o número de linhas é igual ao número de colunas, isto é, m = n. Exemplos 5.            302 715 010 A ,  8B e         73 49 C . Matriz Nula É aquela em que todos os elementos são iguais a zero, isto é, 0ija para todo i e j. Exemplos 6.            000 000 000 A e        00 00 B Matriz Linha É aquela onde m = 1. Exemplos 7.  2309 A e  31B Matriz Coluna É aquela onde n = 1.
  • 5. Geometria Analítica e Álgebra Linear 3 Exemplos 8.               1 2 9 7 A e         2 3 B Matriz Diagonal É uma matriz quadrada (m = n) onde 0ija , para ji  . Exemplos 9.             200 040 001 A e               3000 0100 0040 0009 B Matriz Identidade É uma matriz diagonal onde       jiparaa ejiparaa ij ij 1 0 Muitas vezes a matriz identidade de ordem n é indicada por nnI  ou apenas nI . Exemplos 10.            100 010 001 A ,        10 01 B e              1000 0100 0010 0001 C Matriz Triangular Superior É uma matriz quadrada onde 0ija para i > j. Exemplos 11.            100 270 091 A ,         10 91 B ,                1000 2100 0600 3031 C Matriz Triangular Inferior É uma matriz quadrada onde 0ija para i < j.
  • 6. Geometria Analítica e Álgebra Linear 4 Exemplos 12.             17 029 004 A ,        13 01 B e               1002 0934 0056 0001 C 1.1.2 Operações com matrizes Adição Dadas duas matrizes nmijnm aA   ][ e nmijnm bB   ][ , então: nmnmnm ijijijij babaBA   ][][][ Exemplos 13. Se             171 229 104 A e              126 031 812 B , então             095 2510 716 BA 14. Suponha que as tabelas que seguem trazem as produções de soja, feijão e milho (em milhares de toneladas) de dois anos consecutivos de três regiões de um país: Produção agrícola do primeiro ano Soja Feijão Milho Região 1 2000 150 700 Região 2 1000 450 120 Região 3 500 300 900 Produção agrícola do segundo ano Soja Feijão Milho Região 1 2500 200 400 Região 2 500 250 300 Região 3 1500 200 100 Se representarmos estas produções pelas matrizes:            900300500 1204501000 7001502000 A e            1002001500 300250500 4002002500 B , respectivamente, então a matriz            10005002000 4207001500 11003504500 BA representa a produção total nestes dois anos consecutivos.
  • 7. Geometria Analítica e Álgebra Linear 5 Propriedades da Adição de Matrizes i) Associatividade:     ,CBACBA    nmMCBA ,, ii) Comutatividade: ABBA  ,   nmMBA, iii) Elemento Neutro: A0A  , onde 0 denota a matriz nula nm ,   nmMA iv) Oposto: Dada   nmMA , existe a matriz  A   nmM , tal que   0AA  Multiplicação de matriz por escalar Dada uma matriz nmijnm aA   ][ e um escalar  , então: nmnm ijij aaA   ][][ Exemplos 15. Se              471 269 103 A e 2 , então              8142 41218 206 2 AA 16. Se          252 143 B e 3 , então          6156 3129 3 BB 17. Suponha que a tabela que segue traz a produção de arroz e milho (em milhares de toneladas) de dois Estados de um país em um determinado ano: Arroz Milho Estado X 400 600 Estado Y 700 800 Se representarmos estas produções pela matriz:        800700 600400 A e no ano seguinte estes Estados dobraram suas produções, então a matriz        16001400 1200800 2 A representa esta nova safra. Propriedades da Multiplicação de Matriz por escalar i)    AA  ,     ,,nmMA ii)   AAA  ,     ,,nmMA iii)   BABA  ,     ,, nmMBA iv) AA 1 ,   nmMA v) 0A 0 ,   nmMA obs.: 0 e   nmM0
  • 8. Geometria Analítica e Álgebra Linear 6 Multiplicação de matrizes Dadas duas matrizes nmijnm aA   ][ e pnjkpn bB   ][ , então: pmikcCBA   ][ , onde    n j jkijnkinkikikiik bababababac 1 332211 ..... Exemplos 18. Se        2221 1211 aa aa A e        232221 131211 bbb bbb B , então        232221 131211 ccc ccc C , onde:    2 1 2211 j jkijkikiik bababac , isto é: 2112111111 babac  2212121112 babac  2312131113 babac  2122112121 babac  2222122122 babac  2322132123 babac  19. Se          112 131 A e               6021 1125 1304 B , então        24232221 14131211 cccc cccc C , onde:         1211534111 c         821230112 c         001133113 c         461131114 c             211514221 c             421210222 c             501113223 c             761111224 c Logo          7542 40812 C 20. Imagine que uma empresa possui duas confeitarias chamadas de A e B, que fabricam três tipos de bolos chamados de 1, 2 e 3. As vendas de bolos destas confeitarias, por semana, estão apresentadas na tabela que segue: Confeitaria Bolo tipo 1 Bolo tipo 2 Bolo tipo 3 A 50 unidades 30 unidades 25 unidades B 20 unidades 20 unidades 40 unidades Para a fabricação destes bolos, são necessários materiais conforme a seguinte tabela:
  • 9. Geometria Analítica e Álgebra Linear 7 Bolo Farinha Açúcar Leite Manteiga Ovos Tipo 1 500 g 200 g 500 ml 150 g 4 Tipo 2 400 g 100 g 300 ml 250 g 5 Tipo 3 450 g 150 g 600 ml 0 g 6 Que quantidade destes materiais cada confeitaria deverá receber semanalmente para atender às demandas? Se a primeira tabela for representada pela matriz        402020 253050 X e a segunda tabela pela matriz            60600150450 5250300100400 4150500200500 Y , a resposta será dada pela matriz YXZ  : Confeitaria Farinha Açúcar Leite Manteiga Ovos A 11c 12c 13c 14c 15c B 21c 22c 23c 24c 25c 4825045025400305005011 c 1675015025100302005012 c 4900060025300305005013 c 15000025250301505014 c 50062553045015 c 3600045040400205002021 c 1200015040100202002022 c 4000060040300205002023 c 8000040250201502024 c 42064052042025 c Logo a resposta é: Confeitaria Farinha Açúcar Leite Manteiga Ovos A 48250 16750 49000 15000 500 B 36000 12000 40000 8000 420 Propriedades da Multiplicação de Matrizes (Desde que sejam possíveis as operações) i) ,AAIIA  sendo I a matriz identidade ii)   CABACBA  e   CBCACBA  iii)     CBACBA  iv) 0A0  e 00A  Observe que em geral ABBA  , podendo inclusive um dos membros estar definido e o outro não.
  • 10. Geometria Analítica e Álgebra Linear 8 Transposição de matrizes Dada uma matriz    nmnmijnm MaA ][ , denomina-se transposta de A, a matriz: mnij T bA  ][ , cujas linhas são as colunas de A, isto é: jiij ab  . Exemplos 21. Se              471 269 103 A , então             421 760 193 T A 22. Se             52 40 13 B , então         541 203T B Propriedades da Transposição de Matrizes i)   TTT BABA  ii)   TT AA  , onde  iii)   AA TT  iv)   TTT ABBA  Definições Seja A uma matriz quadrada, então: a) A é dita simétrica, se e somente se, AAT  . Exemplo 23.               571 720 103 A  AAT                571 720 103 b) A é dita anti-simétrica, se e somente se, AAT  . Exemplo 24.               053 501 310 A  AAT                053 501 310
  • 11. Geometria Analítica e Álgebra Linear 9 1.1.3 Alguns exercícios sobre matrizes: 25. Para cada  , considere a matriz          cossen sencos T a) Mostre que   TTT                   cossen sencos cossen sencos TT =         coscossensencossencossen cossencossensensencoscos                  T cossen sencos b) Ache T         T TT                   cossen sencos cossen sencos 26. Mostre que a soma de duas matrizes simétricas é uma matriz simétrica. Sejam duas matrizes simétricas A e B. Logo AAT  e BBT  .   BABABA TTT  . 27. Mostre que a soma de duas matrizes anti-simétricas é uma matriz anti-simétrica. Sejam duas matrizes anti-simétricas A e B. Logo AAT  e BBT  .      .BABABABA TTT  28. Mostre que se A é uma matriz quadrada, então T AA é uma matriz simétrica.     TTTTTTT AAAAAAAA  29. Verifique que o produto de duas matrizes simétricas nem sempre é uma matriz simétrica. Sejam duas matrizes simétricas A e B. Logo AAT  e BBT  .   ABABBA TTT  . 30. Se 0BA  , então podemos afirmar que 0A  ou 0B  ? Não! Encontre alguns contra-exemplos. 31. Suponha que 0A  e CABA  , então podemos afirmar que B=C ? Não! CABA   0CABA     0CBA  . Sabemos que 0A  , e que podemos ter   0CBA  sem que 0CB  , Logo B não é necessariamente igual a C.
  • 12. Geometria Analítica e Álgebra Linear 10 32. Considerando o exercício anterior, se existir uma matriz Y tal que IAY  , podemos afirmar que B=C ? Sim ! CABA      CAYBAY      CAYBAY      CIBI  B=C 33. Podemos dizer que a seguinte igualdade   222 2 BBAABA  é verdadeira? Não!     22 BABBAABBABBAAABABA  34. Podemos dizer que a seguinte igualdade   222 2 BBAABA  é verdadeira? Não!     22 BABBAABBABBAAABABA  1.1.4 Matrizes Elementares Definição Chamamos de operações elementares nas linhas de uma matriz, às seguintes operações: i) a troca da ordem de duas linhas da matriz; ii) a multiplicação uma linha da matriz por uma constante diferente de zero; iii) a substituição uma linha da matriz por sua soma com outra linha multiplicada por uma constante diferente de zero. Definição Uma matriz elementar é uma matriz obtida por meio de operações elementares nas linhas de uma matriz identidade. Exemplos 35. Considere a matriz identidade              1000 0100 0010 0001 I . Então as matrizes              1000 0100 0050 0001 1E ,              1000 0001 0010 0100 2E ,               1020 0100 0010 0001 3E , são matrizes elementares obtidas de I, pela aplicação de uma única operação elementar em suas linhas. Se iL representa a i-ésima linha de I, então, estas matrizes foram obtidas da seguinte maneira:
  • 13. Geometria Analítica e Álgebra Linear 11             1000 0100 0010 0001   22 5 LL 1 1000 0100 0050 0001 E                         1000 0100 0010 0001   31 LL 2 1000 0001 0010 0100 E                         1000 0100 0010 0001   244 2LLL 3 1020 0100 0010 0001 E              Teorema Seja E a matriz elementar obtida fazendo-se uma operação elementar nas linhas de nI . Se a mesma operação elementar for feita em uma linha de uma matriz A de ordem rn , então o resultado será igual a AE . Exemplo 36. Considere as matrizes elementares 1E , 2E e 3E , obtidas conforme segue:           100 010 001   11 3 LL 1 100 010 003 E                     100 010 001   32 LL 2 010 100 001 E                     100 010 001   233 4LLL 3 140 010 001 E            Considere agora a matriz            1532 0241 3021 A . Verifique que:            1532 0241 3021   11 3 LL            1532 0241 9063 =            100 010 003            1532 0241 3021            1532 0241 3021   32 LL            0241 1532 3021 =            010 100 001            1532 0241 3021
  • 14. Geometria Analítica e Álgebra Linear 12            1532 0241 3021   233 4LLL             13136 0241 3021 =             140 010 001            1532 0241 3021 1.1.5 Definição de Matriz como Função Uma matriz do tipo m  n sobre um corpo F é uma aplicação do conjunto X={ (i, j)  N  N: 1 i  m, 1 j  n } em F. (N é o conjunto dos números naturais). Se m = n a matriz é dita matriz quadrada. Exemplo 37. A aplicação A: X  onde X= { (1,1), (1,2), (1,3), (2,1), (2,2), (2,3) }, definida por: A(1,1) = 1, A(1,2) = 1, A (1,3 ) = 3, A (2,1) = 3, A (2,2) = 4, A (2,3) = 0 é uma matriz do tipo 2  3, isto é: A =         043 311 1.2 Determinantes e Matriz Inversa 1.2.1 Determinantes Definições Se        2221 1211 aa aa A  21122211det aaaaA  Se            333231 232221 131211 aaa aaa aaa A  312213322113312312 332112322311332211det aaaaaaaaa aaaaaaaaaA   Definição Dada uma permutação dos inteiros n,.....,2,1 , existe uma inversão quando um inteiro precede outro menor que ele. Permutação Número de inversões ( 1 2 3 ) 0 ( 1 3 2 ) 1 ( 2 1 3 ) 1 ( 2 3 1 ) 2 ( 3 1 2 ) 2 ( 3 2 1 ) 3 Definição Seja A uma matriz quadrada nn . Então   nnjjjj J aaaaA ......1det 321 321   
  • 15. Geometria Analítica e Álgebra Linear 13 Onde ),....,,,,( 321 njjjjJJ  é o número de inversões da permutação ),....,,,,( 321 njjjj e  indica que a soma e estendida para todas as n! permutações. Observações i) o coeficiente  J 1 dá o sinal de cada parcela da somatória. ii) em cada termo existe um e só um elemento de cada linha e um e só um elemento de cada coluna. iii) Através de reordenações, mostra-se também que:   njjjj J n aaaaA ......1det 321 321    Propriedades dos determinantes i) T AA detdet  ii) Se multiplicarmos uma linha de uma matriz por k , o determinante fica multiplicado por k. iii) Uma vez permutadas duas linhas de uma matriz, o determinante da mesma troca de sinal. iv) O determinante de uma matriz que tem duas linhas (ou colunas) iguais é igual a zero. v) O determinante não se altera se somarmos aos elementos de uma linha, os elementos correspondentes de outra linha multiplicados por uma constante. vi)   BABA detdetdet  Definição Seja A uma matriz quadrada nn . Uma submatriz ijA de A é uma matriz obtida de A eliminando a i-ésima linha e a j-ésima coluna de A. Exemplo 38. Se              432 304 121 A então         32 21 23A ,         30 12 31A , etc. Definição Seja A uma matriz quadrada nn . O cofator ou complemento algébrico de um elemento ija de A é o número:   ij ji ij Adet1   .
  • 16. Geometria Analítica e Álgebra Linear 14 Exemplo 39. Se              432 304 121 A então:     9 43 30 det1det1 2 11 11 11          A ,     7 32 21 det1det1 5 23 32 23          A , etc. Desenvolvimento de Laplace Generalizando:   ij n j ijnnij aa     1 det para qualquer linha i. Observação: O desenvolvimento pode também ser feito na variável j:   ij n i ijnnij aa     1 det para qualquer coluna j. Exemplo 40. Se              432 304 121 A então calcule .det A Escolhendo, por exemplo a segunda linha (i=2)    2323222221212 3 1 2det aaaaA j j j             43 12 det14 12 +             42 11 det10 22            32 21 det13 32     1736054  1.2.2 Matriz Inversa Seja A é uma matriz quadrada n  n. Chamamos de matriz inversa de A à uma matriz B, também n  n, que satisfaz a seguinte propriedade: IABBA  , em que nII  é a matriz identidade n  n. Se esta matriz B existir, A será chamada de matriz invertível. Normalmente a matriz inversa de A é indicada por 1 A , logo: IAAAA   11 Exemplo 41. Ache a inversa da matriz        41 32 A                   10 01 41 32 dc ba               10 01 44 3232 dbca dbca      04 132 ca ca  5 4 a e 5 1 c e      14 032 db db  5 3 b e 5 2 d
  • 17. Geometria Analítica e Álgebra Linear 15 Logo              5 2 5 1 5 3 5 4 1 A Obs: O mesmo resultado seria obtido fazendo:                   10 01 41 32 dc ba Teorema Se A é uma matriz invertível, então a sua inversa é única. Demonstração Vamos supor que a matriz A possui duas inversas 1 1  A e 1 2  A . Logo temos que AAIAA   1 1 1 1 e AAIAA   1 2 1 2 . Assim     1 2 1 2 1 2 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1   AAIAAAAAAIAA . Portanto 1 2 1 1   AA e a inversa é única. Observações i) Se A e B são matrizes quadradas invertíveis, então BA é também invertível e   111   ABBA . ii) Uma matriz quadrada A admite inversa se e somente se 0det A . iii) Se A é uma matriz quadrada e 0det A , então A A det 1 det 1  . Demonstração de (iii) Sabemos que   BABA detdetdet  . Se IAA 1 , então temos que   IAAAA detdetdetdet 11    A A det 1 det 1  . iv)   AA   11 . v)     11   TT AA . Teorema Seja A uma matriz quadrada. Se uma seqüência de operações elementares nas suas linhas reduz A a I, então a mesma seqüência de operações elementares transforma I em 1 A . Demonstração Se A for linha equivalente a I, podemos conseguir essa redução multiplicando A à esquerda por uma seqüência kEEEE ,.....,,, 321 de matrizes elementares. Portanto, temos IAEEEEE kk   1231.... . Denotando 1231.... EEEEEB kk   , temos IAB  . Assim, temos que A é invertível e 1  AB . Agora, aplicar a mesma sequência de operações elementares em I é equivalente a multiplicar I, à esquerda por 1231.... EEEEE kk   . O
  • 18. Geometria Analítica e Álgebra Linear 16 resultado é 11 1231....    AIAIBIEEEEE kk . Desta forma, I é transformada em 1 A pela mesma seqüência de operações elementares de linhas. Logo, a partir deste teorema, podemos usar o seguinte algoritmo para encontrar a matriz inversa de A: ][ IA  .. elemop ][ 1 AI  Exemplo 42. Ache a inversa da matriz              321 121 121 A             100321 010121 001121      21 LL             100321 001121 010121    133 122 LLL LLL              110440 011240 010121      22 4 1 LL           110440 0 4 1 4 1 2 1 10 010121    233 211 4 2 LLL LLL                      101200 0 4 1 4 1 2 1 10 0 2 1 2 1 001      33 2 1 LL                   2 1 0 2 1 100 0 4 1 4 1 2 1 10 0 2 1 2 1 001      322 2 1 LLL                    2 1 0 2 1 100 4 1 4 1 2 1 010 0 2 1 2 1 001    . Assim,                     2 1 0 2 1 4 1 4 1 2 1 0 2 1 2 1 1 A . Definição Seja A uma matriz quadrada nn . Então a matriz dos cofatores de A é a matriz   nnijA   . Exemplo 43. Se         13 12 A então                 21 31 2221 1211 A Pois   111 11 11   ,     331 21 12   ,
  • 19. Geometria Analítica e Álgebra Linear 17   111 21 21   ,   221 22 22   Definição Seja A uma matriz quadrada nn . Chama-se matriz adjunta de A, a matriz  T AadjA  . Exemplo 44. Se         13 12 A então                23 11 21 31 T adjA Teorema Seja A uma matriz quadrada nn , tal que 0det A . Então:   nIAadjAA  det . Deste teorema podemos concluir que:   nIAadjAA  det  nI A adjA A  det  A adjA A det 1  1.2.3 Alguns exercícios sobre determinantes e matriz inversa 45. Uma maneira de codificar uma mensagem é através da multiplicação matricial. Vamos associar as letras do alfabeto aos números, segundo a correspondência abaixo: A B C D E F G H I J K L M 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 N O P Q R S T U V W X Y Z 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Suponhamos que a nossa mensagem seja “PUXA VIDA”. Podemos formar uma matriz 33 assim:            ADI VA XUP , que usando a correspondência numérica fica: M =           149 2201 242116 Agora seja C uma matriz qualquer 33 inversível, por exemplo: C =              102 212 011 Multiplicando nossa matriz da mensagem M por C, obtemos CM  :               7133 22145 183722 CM
  • 20. Geometria Analítica e Álgebra Linear 18 Transmitimos esta nova matriz CM  . Quem recebe a mensagem, decodifica-a através da multiplicação pela inversa de C, isto é, fazendo   1  CCM e posterior transcrição dos números para letras. C é chamada de matriz chave para o código. Questão Com base nessas informações, supondo que você tenha recebido a matriz               17172 303510 333411 CM , traduza a mensagem. 46. Sendo A uma matriz quadrada nn e, verifique que   AA n detdet  . 47. Seja A uma matriz triangular superior. Calcule o determinante de A.                  nn n n n a aa aaa aaaa A      000 00 0 333 22322 1131211 Aplicando Laplace sucessivamente 1111det  aA =                 nn n n a a aa a 00 0 det1 3 222 11 11    =                 nn n n a a aa aa 00 0 det1 4 333 11 2211    =                 nn n n a a aa aaa 00 0 det1 5 444 11 332211    =........... nnaaaa ...........332211  Referências Bibliográficas 1. BOLDRINI, José Luiz et al. Álgebra Linear. 3.a Edição. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980. 2. CALLIOLI, Carlos A. et al. Álgebra Linear e Aplicações. 6.a Edição. São Paulo: Atual, 1990. 3. LIMA, Elon L., et al. A Matemática do Ensino Médio. 3.a Edição. Rio de Janeiro: Coleção do Professor de Matemática – Sociedade Brasileira de Matemática, 2001. 4. POOLE, David. Álgebra Linear. São Paulo: Thomson Learning, 2006.