O documento discute os diferentes tipos de seccionadores, equipamentos de manobra elétrica usados para ligar e desligar circuitos elétricos. Descreve os padrões construtivos e modos de operação de seccionadores com aberturas laterais, centrais, verticais e semi-pantográficas. Também explica brevemente outras partes que compõem os seccionadores.
3. Esse equipamento de manobra conhecido durante décadas como chave
seccionadora, teve sua designação normalizada pela ABNT, nas NBR's
6935/85 e 7571/85 que trata do equipamento, ou seja, foi renomeado
como secionador. Porém, face ao que é comumente usado, continuaremos
a tratá-lo como chave seccionadora.
Equipamentos de manobra são componentes do sistema elétrico de
potência que têm não somente a função de estabelecer a união entre
geradores, transformadores, consumidores e linhas de transmissão e
separá-los ou secioná-los de acordo com as exigências desse serviço,
como também são utilizados praticamente para proteção de todos os
componentes elétricos contra a atuação perigosa de sobre-cargas,
correntes de curto-circuito e contatos a terra. As chaves seccionadoras são
equipamentos que fazem parte do grupo denominado Equipamento de
Manobra.
As chaves são dispositivos mecânicos de manobra, que na posição aberta
assegura uma distância de isolamento e na posição fechada mantêm a
continuidade do circuito elétrico, nas condições especificadas.
4. Conforme a norma NBR 6935, secionador é:
“Um dispositivo mecânico de manobra capaz
de abrir e fechar um circuito elétrico quando
uma corrente de intensidade desprezível é
interrompida ou restabelecida. Também é
capaz de conduzir correntes sob condições
normais do circuito e, durante um tempo
especificado, correntes sob condições
anormais, como curto-circuito“.
5. Abertura Lateral
O secionador SAL/PMB40 obedece o padrão construtivo AL da ABNT. Cada pólo
é composto por duas colunas de isoladores, sendo uma fixa e outra rotativa.
A coluna rotativa é responsável pelo acionamento do equipamento.
Quando acionado o comando motorizado, que é responsável pelo acionamento
da coluna rotativa, este modelo de chave abre lateralmente.
6. Abertura Central
O secionador SAC obedece o padrão construtivo AC da ABNT. Cada pólo é
composto por duas colunas de isoladores, sendo ambas rotativas.
A coluna rotativa é responsável pelo acionamento do equipamento.
A abertura deste modelo de chave acontece bem no centro da lâmina principal
no momento que é acionado o mecanismo motorizado.
7. Dupla Abertura Lateral
O modelo secionador SDA obedece o padrão construtivo da ABNT ou o tipo B
da ANSI. Cada pólo é composto por duas colunas laterais fixas e uma central
rotativa.
A coluna rotativa que é central é responsável pelo acionamento do
equipamento.
Acionando o comando motorizado, acontece o acionamento da coluna rotativa,
abrindo o polo seccionador duplamente em suas extremidades, por isso é
considerada dupla abertura. Em Furnas verificamos durante o estágio que este
modelo é muito utilizado. Os grandes fornecedores deste tipo de chave são
Camargo Corrêa, Laelc, Siemens.
8. Abertura Vertical
Obedece ao padrão construtivo AV da ABNT ou o tipo A da ANSI. Cada pólo é
composto por três colunas de isoladores, sendo duas fixas e uma rotativa.
A coluna rotativa fica em uma extremidade, junto ao mecanismo de
acionamento do equipamento é responsável pelo acionamento do
equipamento.
Quando acionado o comando motorizado, que é responsável pelo acionamento
da coluna rotativa, a abertura desta chave acontece verticalmente.
Os grandes fornecedores deste tipo de chave são Camargo Corrêa, Laelc,
Siemens. Podemos ter chaves neste modelo que podem operar em tensões de
até 800kV.
9. Abertura Semi-Pantográfica Vertical
Obedece ao tipo SV da ABNT. Quanto à composição das colunas de isoladores e
o tipo de fechamento vertical, podem ser os seguintes modelos:
A coluna rotativa fica em uma extremidade, junto ao mecanismo de
acionamento do equipamento é responsável pelo acionamento do
equipamento.
Quando acionado o comando motorizado, que é responsável pelo acionamento
da coluna rotativa, a abertura desta chave acontece verticalmente, ocorrendo
um desdobramento central, pois no centro da lamina principal, os contatos são
todos articulados. Portanto neste caso o tipo de abertura é semi-pantográfica.
Como esta chave é montada verticalmente em uma subestação, ela é
considerada montagem vertical.
Os grandes fornecedores deste tipo de chave são Camargo Corrêa, Laelc,
Siemens. Podemos ter chaves neste modelo que podem operar em tensões de
345kV até 550kV.
10. Lâmina Terra
É uma chave de terra acoplada a um seccionador, serve para aterrar a parte do
circuito secionado e desenergizado, mas que pode estar com carga capacitiva
ou ainda ter uma tensão induzida por linhas energizadas próximas ao circuito
aberto. A lâmina de terra possui um comando independente ao comando do
seccionador, porém ambas devem estar intertravadas mecanicamente para
evitar que a lâmina de terra seja fechada quando o seccionador estiver fechado
e vice-versa.
A lâmina de terra não precisa ter capacidade de condução de uma corrente
nominal, mas deve ter capacidade para suportar corrente de curta duração.
11. Algumas peças que compõe o seccionador são:
Base ~ É construída em aço laminado, galvanizado a quente, com perfis U, I, U dupla, treliça ou tubos
de aço de parede reforçada.
Mancal ~ É a parte rotativa da base do seccionador, onde o será fixado a coluna rotativa.
Sub-Bases(Sup. Isolador) ~ Destinam-se a elevar a altura da coluna isolante, equiparando-se com as
outras.
Coluna Isolante ~ As colunas isolantes mantêm a isolação entre a parte viva e a base do secionador, é,
portanto parte fundamental na função isolante do seccionador.
Lâmina Principal ~ É feita de tubo ou barra de material altamente condutor (cobre ou alumínio); é uma
peça móvel que na posição fechada do seccionador conduz a corrente elétrica de um terminal a outro e
na posição aberta assegura uma distância de isolamento.
12. Contatos
É o conjunto de duas ou mais peças condutoras de um seccionador, destinadas
a assegurar a continuidade do circuito quando se tocam, e que devido ao seu
movimento relativo durante uma operação, fecham ou abrem esse circuito. O
contato propriamente dito é então feito através das superfícies de prata ou sua
liga. A pressão nos contatos é dada por molas de aço inox, bronze fosforoso ou
cobre-berílio. É a parte do seccionador que mais apresenta problemas, com
necessidade de substituição, pois é onde ocorre o contato direto entre contato
móvel da lâmina principal.
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14. Nos sistemas de automação, os sensores desempenham um papel fundamental.
São responsáveis pela conversão de uma grandeza física para um sinal elétrico,
que pode ser compreendido pelo controlador lógico programável (CLP). Dentre
os inúmeros tipos de sensores com diferentes funções, existe o sensor
indutivo. Este tipo de sensor apresenta a capacidade de detectar objetos
metálicos em pequenas distâncias. Sendo, portanto, definido como um sensor
de proximidade.
O sensor indutivo possui algumas características que tornam seu uso uma
opção muito viável e vantajosa na aplicação em sistemas industriais. Por não
possuírem partes móveis, o sensor indutivo possue uma vida útil prolongada
em relação aos sensores fim de curso que utilizam contatos mecânicos.
Adicionalmente, são componentes muito bem vedados e que podem trabalhar
em ambientes com poeira (não metálica) e até mesmo em contato com líquidos.
E apesar da pequena distância de detecção, apresenta ótima precisão e,
portanto, repetibilidade em medições de proximidade.
15. O sensor indutivo é composto por um núcleo de ferrite envolto
por uma bobina, um circuito oscilador e, por fim, um circuito
disparador em conjunto com um amplificador (Disparador de
Schmitt). Como apresentado na figura abaixo:
16. Os sensores indutivos podem ser aplicados em diferentes funções
relacionadas à percepção de proximidade. Dentre as principais
aplicações deste tipo de sensor estão:
Detecção de presença ou ausência de um material metálico;
Detecção de passagem de material;
Detecção de fim de curso;
Contagem e reconhecimento de pulsos por meio de componente
mecânico dentado;
Identificação de materiais metálicos;
Leitura de posição (longa distância).
O sensor indutivo é um dispositivo que apresenta versatilidade,
oferece segurança nas aplicações de automação e, portanto, possui
grande utilidade na indústria.
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18. Relé temporizador ou simplesmente rele de tempo ou timer,
é o termo utilizado para denominar qualquer relé com a
capacidade de realizar operações de chaveamento com
manipulação de tempo.
Pode ser um dispositivo desenvolvido especificamente para
essa aplicação ou simplesmente um modulo auxiliar, que
quando acoplado ao relé e/ou sua base exerce a mesma
funcionalidade. As principais funções desse tipo de relé são
retardo na energização e retardo na desenergização,
geração de pulsos (também chamado de ciclico ou blink)
dentre muitas outras. Porém atualmente existe uma
tendência ao uso de temporizadores capazes de
desempenhar múltiplas funções em diferentes escalas e
intervalos de tempo ou alimentação, tal como o
temporizador multifunção – CIM, ou CRV/CSV que pode ter
até 15 funções diferentes num único timer, ambos
fabricados pelo grupo Comat Releco.
19. O mecanismo do relé temporizador manipula a
comutação de um mecanismo relé (eletromecânico
ou estado sólido), esse mecanismo pode ser
desempenhado por um sistema eletromecânico,
com eletrônica convencional ou por um sistema
micro processado.
Quando o relé é alimentado por uma fonte de
energia, o estado de seus contatos será alterado
depois de um determinado período de tempo pré-
estabelecido em seu seletor ou programação.
20. Podem funcionar de duas maneiras:
Ondellay: Quando a bobina de um rele temporizador on-
delay é energizada (ou no caso de modelos de estado
sólido as entradas), os contatos mudam os estados depois
do um tempo pré determinado. É utilizado em um circuito
em que se deseja que a bobina seja acionada após certo
tempo (ajustado pelo operador). Nesse exato momento,
todos os contatos da bobina, que são do tipo NF, passam
a abrir, e os contatos do tipo NA passam a fechar, até que
as condições de energização sejam desativadas.
Offdelay: Quando a bobina ou entrada de um rele
temporizador off-delay é energizada, os contatos mudam
imediatamente os estados e depois de um tempo pré
determinado voltam para a posição original. É utilizado
quando necessitamos deixar um equipamento ligado
durante certo tempo, mesmo após a condição de ativação
ser desligada.
21. São muitas as aplicações possíveis para esse tipo de
relé, dentre as principais:
Prevenção de sobrecarga no sistema de potência
durante partidas de motores
Ligação de motores de estrela pra triângulo
Padronização de sinais para CLP’s
Auxilio na Automação e sincronismo industrial
Chaves compensadoras e quadros de comando