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Janeiro de 2023
Curso de Manobras em Subestações
‘
Sumário
• Fundamentos de Eletricidade....3
• Introdução a Manobras em Subestações...11
• Principais Equipamentos de uma Subestação...13
• Diagrama Unifilar...30
• Comunicação Eficiente...36
• Alfabeto Fonético Internacional...40
• Codificação da Operação...43
• EPIs e EPCs Específicos Necessários...53
• Zonas de Segurança...60
• Proteção Elétrica...61
• Manobras em Subestação...67
• Tipos de Manobras...70
• Manobra de Liberação de Equipamento. Passo a passo..74
• Manobra de Normalização de Equipamento. Passo a passo...78
• Manobra com disjuntor de transferência...82
2
Agosto de 2016
Introdução – Fundamentos de Eletricidade
‘
Fundamentação de Eletricidade
• Lei de Ohm;
• Tensão Elétrica;
• Corrente Elétrica;
• Resistencia ohmica
• Potência Elétrica;
• Fator de Potência.
4
Tensão Elétrica
• É a força responsável pela movimentação
dos elétrons (corrente elétrica). Esta força é
a diferença de potencial (DDP) elétrico
entre dois pontos distintos;
• Tensão Alternada = Rede elétrica
127/220V, 13800 V, 34500 V, 69000 V,
138000 V;
• Tensão Contínua = Pilhas (1,5Vcc), Baterias
(9 Vcc, 12Vcc, 18Vcc), Banco de baterias (48
Vcc, 125 Vcc), etc.;
• A tensão elétrica é a grande responsável
pelo choque elétrico, embora os danos
sejam causados pela corrente elétrica.
5
Corrente Elétrica
• É o deslocamento ordenado de cargas
elétricas dentro de um condutor;
• A corrente elétrica só ocorre quando há
uma diferença de potencial entre as
extremidades, ou seja, é uma consequência
da tensão elétrica;
• Corrente alternada e corrente contínua;
• A corrente elétrica é a responsável pelas
consequências danosas do choque elétrico.
6
Resistência Elétrica
• É a oposição à passagem da corrente elétrica mesmo
quando há uma tensão aplicada;
• Todo corpo possui uma resistência elétrica:
• TIPOS:
 Isolante: Material que possui resistência elétrica
elevada;
 Semi Condutor: Material que apresenta
características distintas. Ora como condutor, ora
como isolante a depender das circunstâncias, pois
não possuem resistência constante;
 Condutor: Material com resistência elétrica
extremamente baixa. Geralmente metais. São
utilizados nos sistemas elétricos.
7
Lei de Ohm
• Seu formulador foi Georg Simon Ohm;
• Três grandezas fundamentais:
 Tensão elétrica, corrente elétrica e resistência
elétrica;
A tensão geralmente é fixa. Quanto maior a
tensão, maior o dano;
A resistência elétrica é inversamente
proporcional à corrente elétrica;
A resistência elétrica do corpo humano está
entre 1300 e 3000 Ohms;
Uma corrente elétrica de 0,2 Ampére já é
fatal.
8
Potência Elétrica
• É a quantidade de energia liberada em
um certo intervalo de tempo;
• A potência pode ser determinada pelo
produto entre a tensão elétrica e a
corrente elétrica (P = V × I);
• Potência Ativa (W): É a potência que, de
fato, realiza o trabalho esperado;
• Potência Aparente (VA): Potência total
fornecida pelo sistema;
• Potência Reativa (VAR): Potência
consumida por reatâncias (indutivas e
capacitivas) no armazenamento de
energia.
9
Fator de Potência
• É a razão da potência ativa pela potência aparente, ou
seja, é o coeficiente de eficiência do circuito;
• Em um circuito puramente resistivo, esta eficiência seria
de 100% (chopp sem espuma);
• Na prática as cargas são de natureza:
Resistiva: Chuveiro elétrico, lâmpadas incandescentes, etc.;
Indutiva: Ar condicionado, geladeira, irrigantes, etc.;
Capacitiva: Lâmpadas fluorescentes, dispositivos eletrônicos
em geral, etc.;
• O fator de potência mínimo recomendado pela legislação
é de 0,92;
• Para corrigir este fator de potência, são instalados bancos
de capacitores e reatores no sistema.
10
Janeiro de 2023
Manobras em Subestações - Introdução
‘
Manobras em Subestações
• É uma técnica utilizada por operadores em subestações em conjunto com
controladores do sistema. Serve principalmente para:
 Realizar transferências de cargas entre equipamentos e subestações;
 Desenergizar um equipamento para manutenção (manobra de liberação);
 Energizar um equipamento que estava desativado (manobra de normalização);
 Fazer ligação em paralelo entre transformadores, barramentos ou alimentadores;
 Entre outros.
12
Janeiro de 2023
Principais Equipamentos de uma Subestação
‘
Principais Equipamentos de Uma Subestação
Transformador de Força;
Disjuntor/Religador;
Barramento;
Transformador de Corrente (TC);
Transformador de Potencial (TP);
Para-raios;
Chave Fusível;
Chave Seccionadora Seca;
Chave a Óleo;
Banco de Capacitores;
Reatores;
Relés de Proteção e Controle.
14
Transformador de Força
• Dispositivo que transfere energia por acoplamento
indutivo.
• Servem para elevar ou reduzir a tensão do sistema,
mantendo a mesma potência;
• O equipamento mais importante e mais caro de
qualquer subestação;
• Partes Construtivas:
 Tanque principal;
 Enrolamento;
 Núcleo ferromagnético;
 Tanque de expansão;
 Buchas isoladoras;
 Líquido isolante
 Radiadores;
 Chave comutadora;
 Relé Bucholz;
Representação no
diagrama unifilar:
15
O Transformador pode ter diferentes
níveis de potência. Ex.: 15/20/25 MVA
Transformador de Força
16
TRANSFORMADOR
DE FORÇA
Tanque de
Expansão
Painel de
Comando/Controle
Mecanismo do
Comutador de
Tapes Sob Carga
Termômetros do
Óleo e
Enrolamento
Indicador de TAP
Ventiladores
Tanque Principal
Para-raios
 Dispositivo utilizado para proteger os equipamentos
contra surtos de tensão;
 Possui conexão com o potencial e com a malha de
terra;
 Possuem um mecanismo interno que trabalha aberto
(seccionado). Ao detectar um surto de tensão que
ultrapasse o seu valor de tensão de impulso
atmosférico, este contato interno é fechado e a
descarga do surto de tensão é encaminhada para a
malha de terra da subestação.
Representação no
diagrama unifilar:
17
Disjuntor
• Dispositivo mecânico que é capaz de realizar a abertura e
fechamento de um circuito com carga, até mesmo quando
há sobrecorrente;
• Podem ser operados localmente ou telecomandados;
• Seu mecanismo interno realiza a abertura e/ou fechamento
do circuito em velocidade rápida e em conjunto com um
meio isolante;
• Existem disjuntores de diversos tipos. Cada um possui uma
maneira diferente de extinguir o arco voltaico. Entre eles:
 Extinção a vácuo;
 Extinção a gás Hexafluoreto de Enxofre (SF6);
 Extinção a óleo mineral isolante;
 Extinção a óleo vegetal isolante;
 Extinção a sopro magnético.
 Ao ser integrado com um relé de proteção e controle, um
disjuntor também pode trabalhar como um religador.
Representação no diagrama unifilar:
18
Transformador de Corrente (TC)
• São transformadores que funcionam seguindo o
mesmo princípio do transformador de força, mas são
voltados para realizar a medição da corrente elétrica
no sistema;
• Possui enrolamentos primário e secundário, e são
ligados em série com o circuito;
• Convertem o valor nominal de corrente no primário
em escala proporcional no secundário, reduzindo
drasticamente os valores de corrente no primário,
permitindo assim a leitura através de instrumentos de
medição mais simples;
• Esta corrente reduzida é lida pelos relés de proteção e
medidores. São fundamentais para a proteção do
sistema e a medição de faturamento;
• Ex. de relação de transformação: TC de 200 / 300 - 5A.
Representação no
diagrama unifilar:
19
20
Transformador de Corrente (TC)
Transformador de Potencial(TP)
• São transformadores que funcionam seguindo o mesmo princípio do
transformador de força, mas são voltados para realizar a medição da
tensão elétrica no sistema;
• Possuem enrolamento primário e secundário;
• Podem ser monofásico ou bifásico;
• São ligados em paralelo com o sistema;
• Convertem o valor nominal da tensão do primário em valores que
possam ser lidos por instrumentos mais simples;
• O secundário é diretamente conectado em relés de proteção e/ou
medidores;
• Junto com os TCs, são fundamentais para a medição e proteção do
sistema;
• Exemplo de relação de transformação: TP de 13800 / 115:115/√3.
Representação no
diagrama unifilar:
21
22
Chave Seccionadora Seca
• É um dispositivo destinado a isolar (seccionar) partes de
um circuito elétrico;
• Possui uma parte fixa e uma parte móvel;
• Podem ser monofásicas ou trifásicas;
• Sua operação é realizada através do bastão de manobra
ou através de um varão de operação (quando disponível);
• Servem principalmente para:
 Seccionar a rede para minimizar os efeitos das
interrupções;
 Estabelecer seccionamento visível para realização de
manutenções;
 Criar caminhos alternativos (by pass) para
equipamentos como disjuntores e religadores
(alimentadores).
Representação no
Diagrama unifilar:
Monofásica: Trifásica: 23
Chave Seccionadora Seca
 Nunca devemos fazer:
 Abrir a chave seccionadora quando houver
circulação de corrente elétrica
exclusivamente por ela (Abrir com carga).
Para isso, se faz necessária a abertura do
disjuntor antes;
 Fechar a seccionadora quando houver uma
grande demanda de carga (Fechar com
carga). Neste caso só é permitido fechar a
seccionadora se o disjuntor estiver aberto.
Após isso, fechamos o disjuntor.
24
Chave Seccionadora Fusível
• Possui todas as características de seccionadoras
secas;
• Sua parte móvel é composta por um porta-
fusível;
• O fusível é responsável pela proteção do
sistema que a chave alimenta;
• O fusível interno pode ser substituído sempre
que for necessário;
• As chaves fusíveis normalmente são utilizadas
em:
 Transformadores de distribuição;
 Bancos de capacitores de pequeno porte;
 Trechos de alimentadores;
 Transformadores de potencial (TP);
 Transformadores de força com potência
inferior a 10 MVA.
Representação no
diagrama unifilar:
25
Chave de Aterramento
• São chaves seccionadoras do tipo seca que
ficam conectadas à malha de aterramento;
• Quando acionadas (fechadas), elas interligam o
potencial com a malha de aterramento;
• São utilizadas para realizar manutenção de
equipamentos ou linha de transmissão (fornece
proteção em caso de energização acidental);
• Normalmente possuem 4 polos (Fases A, B, C e
neutro);
• Estas chaves nunca devem ser fechadas quando
o local estiver energizado;
• Antes de reenergizar o circuito, as
seccionadoras de aterramento devem ser
abertas.
Representação no
diagrama unifilar:
26
Chave Seccionadora a Óleo
• Podem ser monopolar ou tripolar;
• Permite comando remoto, pois possui um
sistema de controle eletrônico (bobinas de
abertura e fechamento e sinalização);
• Também permite comando manual (através do
bastão de manobras);
• São capazes de realizar seccionamento de
circuitos com carga nominal, mas geralmente
não são capazes de extinguir arco voltaico
oriundo de curto circuito;
• Geralmente não são capazes de extinguir arco
voltaico oriundo de curto circuitos;
• São utilizadas para comando e controle.
Representação do
diagrama unifilar:
27
Barramento
 São barras de condutor maciço que são utilizadas para
interligar vários equipamentos num mesmo circuito;
 Normalmente são utilizadas após as chegadas de
linhas de transmissão, interligando-as. E também após
os disjuntores geral de transformador, interligando
todos os alimentadores.
Representação no
diagrama unifilar:
28
Banco de Capacitores
• Capacitor é um equipamento utilizado para
corrigir o fator de potência do sistema;
• Geralmente são utilizados em bancos (conjunto
de células de capacitores);
• Ao ser energizadas, exigem uma corrente muito
elevada (corrente de in rush) que chega a ser 8
vezes mais elevada que a corrente nominal;
• Após serem desenergizadas, as células
permanecem carregadas por um período
máximo de 5 minutos;
• Geralmente possuem um sistema de
aterramento por seccionadoras já interligado ao
banco;
• Este aterramento só pode ser fechado 5
minutos após a desenergização do banco.
Representação no
diagrama unifilar:
29
Relés de Proteção e Controle
• São equipamentos que monitoram todo o sistema;
• Permitem uma interação entre o usuário local ou
remoto (IHM – Interface Homem Máquina);
• Coletam informações como:
 Valores de Tensão: Através dos TPs;
 Valores de Corrente: Através dos TCs;
 Estado lógico de equipamentos (ex.: Disjuntor
aberto, chave fechada, etc.);
 Alarmes de equipamentos (ex.: Mola
descarregada, alarme gás SF6, DCA, DCF, etc.).
 Realizam diversos comandos, tais como:
 Bloqueio de religamento;
 Abertura/Fechamento de equipamento;
 Modo manual/automático;
 Etc.
 São responsáveis pela proteção do sistema.
Detectam ocorrências e tomam decisões (trip,
atuação de bloqueios, etc.) próprias de acordo com
sua parametrização. 30
31
SEL - 351
• Para interação com IHM os botões
ativam o menu principal da função,
após isso as funções da linhas de
baixo que ativaram os demais
menus.
32
Relés de Proteção e Controle
33
Relés de Proteção e Controle
Comandos Úteis
•TAR:
Comando para visualizar o estado lógico(1/0) de algum
elemento do relé.
Formato: TAR ELEMENTO n
Elemento: Qualquer elemento lógico do relé (IN101,
OUT203, 52A, 51PT, etc.);
n: Número de vezes que o comando será repetido (Útil
para verificar a mudança de estado de algum elemento);
Exemplo: TAR IN105 1000.
Comandos Úteis
•SER:
Comando utilizado para verificar as últimas mudanças de estado
lógico de todos os elementos do relé configurados no registrador
de eventos;
Registra o horário completo, o elemento e a mudança de estado
lógico;
Registra até 512 mudanças até que a memória seja sobrescrita
pelos registros mais recentes;
Muito útil para analisar ocorrências.
Exemplo:
SER 30
Comandos Úteis
•HIS:
Comando utilizado para verificar as últimas ocorrências
salvas no relé;
O relé irá mostrar uma lista com até 12 históricos que
foram gerados registros oscilográficos;
Estas oscilografias podem ser baixadas pelo programa do
relé para o computador.
Comandos Úteis
•MET:
Comando utilizado para verificar as medidas de tensão,
corrente, potência, ângulo de defasagem, etc.;
Serve para conferir o diagrama fasorial do sistema,
detectando erros de polaridades e/ou fases invertidas no
circuito.
Comandos Úteis
•SHO:
Comando utilizado para visualizar os parâmetros ajustados no
relé;
Possui as seguintes sub-divisões:
SHO: Mostra os ajustes gerais do relé;
SHO G: Mostra os ajustes globais do relé;
SHO L: Mostra os ajustes de lógica do relé;
SHO P n: Mostra os ajustes das portas do relé (n=número
da porta);
SHO T: Mostra os ajustes de texto do relé;
SHO R: Mostra os ajustes do registro sequencial de
eventos;
SHO D: Mostra os ajustes de DNP do relé.
Comandos Úteis
•SET:
Comando utilizado para alterar os parâmetros no relé;
Possui as seguintes sub-divisões:
SET G: Modifica os ajustes globais do relé (Deve ser o
primeiro ajuste a ser implantado no relé);
SET: Modifica os ajustes gerais do relé;
SET L: Modifica os ajustes de lógica do relé;
SET P n: Modifica os ajustes das portas do relé
(n=número da porta);
SET T: Modifica os ajustes de texto do relé;
SET R: Modifica os ajustes do registro sequencial de
eventos;
SET D: Modifica os ajustes de DNP do relé.
Comandos Úteis
•SHO L ER:
Comando para visualizar as variáveis que geram
ocilografia no relé.
Formato: ER
Exemplo: 51PT+ 51GT +M3P + Z3G + 51G + LOP + SV9
+ SV10 + 3PO + 3PO + IN101 + IN102...
Elementos do Sistema de Proteção
•Transformador de Potencial;
•Transformador de Corrente;
•Disjuntor;
•Relés de Proteção.
41
Janeiro de 2023
Diagrama Unifilar
‘
Principais Elementos do Diagrama Unifilar
43
Transformador de Força
Disjuntor
Disjuntor
Extraível
Religador
Chave a Óleo
Capacitor
Transformador de Corrente
Transformador de Corrente
Interno (“de bucha”)
Transformador
De Potencial
Para-raios
Transformador com
Regulador
Reator
Transformador
De Aterramento
Principais Elementos do Diagrama Unifilar
44
Chegada de Linha
Saída de Linha
Barramento
Cabo aéreo condutor
Chave Monopolar Seca
Chave Tripolar Seca
Chave de Aterramento
Cabo Subterrâneo Chave Fusível
Diagrama Unifilar
• É uma representação
unifilar (uma fase) de um
circuito elétrico;
• Tem como objetivo
simplificar a representação
gráfica do circuito;
• Algumas Siglas:
 NA = Normalmente
Aberto;
 NF = Normalmente
Fechado;
 S.A. = Serviço
Auxiliar.
45
46
Exercício Rápido
1) Em quais condições não devemos abrir uma chave seccionadora?
a) Quando o circuito estiver energizado;
b) Quando o circuito estiver desenergizado;
c) Quando houver circulação de corrente exclusivamente pela seccionadora;
d) Quando o disjuntor estiver aberto
e) Quando houver circulação de corrente pela seccionadora e por um caminho auxiliar.
2) Qual o diferencial da chave fusível em relação à seccionadora seca?
a) Permite o seccionamento do circuito com carga;
b) Realiza seccionamento automático do circuito quando há curto circuito;
c) Permite o seccionamento do circuito por comando remoto;
d) Permite o seccionamento do circuito sem carga;
e) É reutilizável.
3) São itens fundamentais na utilização de chaves de aterramento:
a) Fechar apenas quando não há tensão elétrica no circuito;
b) Sempre abrir antes de reenergizar o circuito;
c) Confirmar corte visível após abrir as chaves;
d) Todas as respostas acima estão corretas;
e) Todas as respostas estão erradas. 47
Identifique os Equipamentos Destacados
48
Janeiro de 2023
Comunicação Eficiente
‘
Comunicação Eficiente – Introdução
• Uma boa comunicação é fundamental na realização de
qualquer atividade que é realizada em conjunto com outras
pessoas;
• Comunicar é a habilidade de externar informações, emoções,
opiniões e qualquer tipo de conhecimento de um indivíduo para o
outro;
• Alguns itens são fundamentais para uma boa comunicação:
 Boa dicção;
 Clareza e objetividade na informação;
 Coerência;
 Confirmação de mensagem recebida.
 E, outros itens dificultam a comunicação verbal. Tais como:
 Um dos componentes não estar habituado à linguagem
de operação;
 Falta de atenção ou conversas paralelas;
 Pressa;
 Não ser cordial;
 Etc.
50
Comunicação Eficiente - Técnicas
• Toda telecomunicação de voz deve ocorrer dentro da seguinte estrutura padrão de comunicação:
 1º) Identificação dos interlocutores;
 Emissor = Quem vai passar a mensagem;
 Receptor = Quem recebe a mensagem.
 2º) Transmissão da mensagem (Emissor);
 3º) Repetição da mensagem recebida (Repetidor);
 4º) Confirmação ou retransmissão da mensagem (Emissor);
 5º) Encerramento.
A identificação dos interlocutores deve conter, no mínimo, os seguintes termos:
 Local da ocorrência;
 Nome do emissor;
 Nome do receptor.
• Uma comunicação eficaz garante que a mensagem seja repassada com clareza, evitando ações erradas
por erro de interpretação;
• Os interlocutores devem utilizar o alfabeto fonético internacional, evitando assim erros de interpretação
da mensagem.
51
Comunicação Eficiente – Dificuldades Encontradas
• Quando um dos interlocutores não estiver habituado
à linguagem da operação e/ou com dificuldades de
entendimento, deverá ser utilizada linguagem que
permita o entendimento da mensagem;
• A participação em conversas paralelas ou mais de
uma ligação simultânea prejudica o foco no assunto
em questão, ocasionando falhas na comunicação;
• A não cordialidade por parte dos interlocutores
torna o diálogo desagradável e implica em possíveis
erros de transmissão e/ou recepção da mensagem;
• Os interlocutores devem manter o tom de voz em
intensidade normal, falando pausadamente e com
clareza;
• O sistema de telecomunicações dos Centros de
Operação (COS e COD) têm a finalidade exclusiva
operacional. Com isso a sua utilização deverá ser
restrita a assuntos formais de trabalho;
52
Alfabeto Fonético Internacional
• O alfabeto fonético internacional, criado em 1886,
também é conhecido como AFI (Associação Fonética
Internacional);
• Foi feito a partir do alfabeto romano (ABC..., 26 letras);
• É associada uma palavra para cada letra do alfabeto. A
pronúncia das palavras é em Inglês;
• Seu objetivo é facilitar a pronúncia de letras e
numerais;
• Até em um mesmo idioma, há letras e numerais que
podem ser confundidos de acordo com o sotaque de
cada pessoa e/ou região;
• O alfabeto fonético é utilizado internacionalmente.
Seu uso se dá no ramo profissional (Aviação, Forças
armadas, Indústrias, etc.);
• É utilizado na concessionaria para comunicação com o
COS/COD.
53
Alfabeto Fonético Internacional
54
LETRA CÓDIGO LEITURA
A ALPHA AL-FA
B BRAVO BRA-VO
C CHARLIE TCHAR-LI
D DELTA DEL-TA
E ECHO É-CO
F FOXTROT FOQUIS-TROT
G GOLF GOLF
H HOTEL HO-TEL
I INDIA IN-DI-A
J JULIET DJOU-LI-ETT
K KILO QUI-LO
L LIMA LI-MA
M MIKE MAIC
LETRA CÓDIGO LEITURA
N NOVEMBER NO-VEM-BER
O OSCAR OSS-CAR
P PAPA PA-PA
Q QUEBEC QUÉ-BEC
R ROMEO RO-ME-Ô
S SIERRA SI-E-RRA
T TANGO TAN-GO
U UNIFORM IU-NI-FORM
V VICTOR VIC-TOR
W WISKY UIS-QUI
X X-RAY ECS-REI
Y YANKIE IAN-QUI
Z ZULU ZU-LU
NUMERAL CÓDIGO LEITURA
0 ZERO ZE-RO
1 UNO U-NO
2 DOIS DO-IS
3 TRÊS TRÊS
4 QUATRO QUA-TRO
5 CINCO CIN-CO
6 MEIA ME-IA
7 SETE SE-TE
8 OITO OI-TO
9 NOVE NO-VE
Comunicação Verbal na Operação
• Para diminuir os riscos de falha de comunicação, também devemos utilizar diálogos formais,
evitando o uso de gírias e palavras que possa ter o significado confuso:
55
CÓDIGO TRADUÇÃO
Positivo Confirmar um questionamento. = Sim
Negativo Negar um questionamento. = Não
Okay (OK) Entendi a informação.
By-pass Caminho alternativo para corrente elétrica através de uma chave seccionadora.
Equipamento Aberto (a) Equipamento não conduz eletricidade.
Equipamento Fechado (a) Equipamento conduz eletricidade.
Bloquear Desabilitar uma função.
Desbloquear Habilitar uma função.
Modo Manual Modo no qual o equipamento só funciona por intervenção humana (local ou remota)
Modo Automático Modo no qual o equipamento funciona de acordo com sua configuração.
Isolar Separar trecho ou local do potencial elétrico.
Aterrar Conectar trecho ou local na malha de terra.
Normalizar Retornar um equipamento a sua condição normal no sistema (colocar carga).
Energizar Aplicar tensão no equipamento ou inseri-lo no sistema.
56
Formato da Codificação
• Cada equipamento da subestação é composto por um código;
• Este código pode conter entre 4 e 7 dígitos;
• Função de cada dígito:
1º) Tipo de equipamento;
2º) Classe de Tensão;
3º) Função do Equipamento;
4º) Posição e/ou número de ordem;
5º) Dígito de separação;
6º) Define a sequência e/ou função do equipamento;
7º) Adicional quando os outros dígitos coincidirem com outro equipamento.
57
Formato da Codificação
• Lê-se da seguinte maneira:
 1º e 2º Caracteres: Leitura normal em português-BR;
 3º, 4º e 6º Caracteres: Leitura de acordo com o alfabeto fonético internacional;
 5º Dígito lê-se “traço”.
• Exemplos de leitura:
• 12V1 = Do-ze Vic-tor U-no;
• 01B4 = Ze-ro um Bra-vo qua-tro;
• 29T3 = Vin-te e No-ve Tan-go Três;
• 99S8 = No-ven-ta e No-ve Sie-rra Oi-to.
58
Codificação – (1º Dígito) – Tipo de Equipamento
Valor Descrição
0 Geradores, Transformadores, Barramentos, Linhas,
Reguladores de Tensão, Reatores, Banco de Capacitor
1 Disjuntor
2 Religador
3 Chave Seccionadora Seca
4 Chave Fusível
5 Chave a Óleo
6 Chave Seccionadora de Aterramento Rápido
7 Transformador de Corrente (TC)
8 Transformador de Potencial (TP)
9 Para-raios
59
Codificação – (2º Dígito) – Classe de Tensão
Valor Classe de Tensão
1 01 à 25 kV
9 26 à 50 kV
2 51 à 75 kV
3 76 à 150 kV
4 151 à 250 kV
5 251 à 550 kV
6 551 à 750 kV
7 751 à 1200 kV
8 Acima de 1200 kV
60
Codificação - (3º Dígito) – Utilização do Equipamento
EQUIPAMENTO LETRA
TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO A
BARRAMENTO B
EQUIPAMENTO DE TRANSFERÊNCIA D
REATOR E
GERADOR G
BANCO DE CAPACITOR H
COMPENSADOR SÍNCRONO K
COMPENSADOR ESTÁTICA Q
REGULADOR DE TENSÃO R
TRANSFORMADOR DE FORÇA T
LINHAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO C; F; J; L; N; P;M;V; W ; X; Y; Z
61
Codificação – (4º Dígito) – Numeração do Equipamento
• É a posição ou o número de ordem do
equipamento na subestação;
• É utilizado para enumerar e diferenciar os
equipamentos semelhantes na subestação.
• Exemplos:
02T1 e 02T2 são os 1º e 2º
transformadores da subestação;
11C5 e 11C8. São os disjuntores nº 5
e nº 8 de um barramento de
alimentadores.
62
Codificação – (6º Dígito) – Sequência e/ou Função
DESCRIÇÃO CÓDIGO
Seccionadoras de Barramento 1, 2, ou 3
Seccionadora de Equipamento do lado do barramento 4
Seccionadora de Equipamento do lado oposto ao barramento. 5
Chave de caminho alternativo (By-Pass) 6
Chave de Aterramento 7
Chave de equipamento de transferência 1, 2, 3, 4 e 5
Chave seccionadora de Gerador 1 e 2
Chave seccionadora para outras funções 8 e 9
Banco de Capacitores 1 a 9
Equipamentos de mesma classe de tensão ligados a um terceiro. A, B, C, D e E
Exemplos
• Disjuntor de 69 kV do transformador 2 da subestação:
• Chave seccionadora, lado carga, do 6º Religador de 13,8 kV. Alimentador November:
• Transformador de potencial (TP) da 1ª barra de 34,5 kV:
• Transformador de serviço auxiliar, 13,8 kV de uma subestação que possui 3 transformadores de força:
 Chave de aterramento da linha Charlie 1 , de 69 kV:
63
Exercício Rápido
1) Escreva como se lê os seguintes códigos de equipamentos abaixo:
a) 13W5:
b) 29J3:
c) 51H6:
d) 81X4:
e) 32P4-6:
2) Quais são os equipamentos identificados no exercício acima?
a) d)
b) e)
c)
64
Exercício – Realize a Codificação dos Equipamentos
65
Janeiro de 2023
EPIs e EPCs Específicos Necessários
‘
67
Manobras – Principais EPI/EPC Necessários
EPI (Equipamento de Proteção
Individual)
EPC(Equipamento de Proteção
Coletiva)
Fardamento RC (Retardo a Chamas) Bastão de Manobra
Botina de Segurança Detector de Tensão
Capacete de Segurança com Jugular Cones e Fitas de Sinalização
Luva Isolante (Classe de Tensão
Adequada)
Kit de Aterramento Temporário
(Quando Necessário)
Óculos de Segurança
Macacão e Capuz RC (Para
Ambientes Confinados e
Cubículos)
Pode haver a necessidade de utilização de mais algum EPI/EPC não descrito aqui!
Luvas Isolantes de Borracha
• É um EPI responsável pela proteção contra choques elétricos;
• Protegem a região das mãos, punhos e antebraço do usuário,
permitindo a movimentação independente das mãos e dedos;
• Sua utilização é obrigatória em qualquer manobra em subestação;
• As luvas de borracha nunca devem ser utilizadas sem a capa de
cobertura, pois podem ser danificadas com facilidade;
• As luvas devem ser armazenadas em sacola apropriada;
• Para realizar a limpeza, utilize água e detergente. Secar com um pano.
• Realize testes periódicos procurando avarias no EPI;
• As luvas isolantes possuem classes de proteção, sendo elas:
68
Bastão de Manobras
• É uma ferramenta e ao mesmo tempo um EPI
utilizado para realizar manobras em
equipamentos;
• Normalmente é feita em fibra de vidro e
poliuretano, com revestimento em resina epoxi;
• Normalmente possui partes desmontáveis ou é
telescópica, facilitando o transporte;
• Possui a capacidade de isolação elétrica,
permitindo operador realizar manobras no
potencial com segurança;
• Possui uma cabeça com uma conexão universal
que lhe permite realizar diversas atividades no
potencial;
• Cada bastão possui uma capacidade de isolação
elétrica de até 10 kV;
• Os bastões devem passar por ensaios
periódicos.
69
Detector de Tensão
• É um EPC que é utilizado para detectar a presença de tensão em
um circuito;
• Seu uso é obrigatório quando houver a necessidade de
confirmar ausência de tensão;
• Possui leds de indicação de funcionamento. Estes leds
permanecem acesos enquanto o aparelho está ligado;
• Ao aproximar o detector de tensão de um local energizado, o
aparelho emite um alerta sonoro e seus leds de funcionamento
piscam enquanto estiver dentro do campo elétrico;
• Muito utilizado após as manobras de liberação de
equipamentos, confirmando se o equipamento encontra-se
realmente liberado para manutenção;
• Sempre que for utilizado, o detector de tensão deve ser testado
em um local energizado para comprovar o seu funcionamento;
• O detector de tensão deve ser armazenado em estojo
apropriado;
• As pilhas devem ser removidas quando o aparelho não estiver
em uso.
70
Por contato
Por aproximação
Kit de Aterramento Temporário
• É um equipamento utilizado para minimizar os riscos de
acidente em caso de energização acidental de um circuito;
• Sua instalação é feita com o bastão de manobras, através da
inserção das argolas no cabeçote adequado do bastão;
• Antes de utilizar é necessário confirmar ausência de tensão
através do detector de tensão;
• Exige que a conexão seja muito bem conectada, pois em caso
de acidente a conexão deve ser o ponto mais forte de
conexão, evitando que o aterramento seja desconectado no
momento da falha;
• A primeira conexão a ser realizada é na malha de aterramento;
• Somente após conectar na malha de aterramento é que o
aterramento pode ser conectado no local de trabalho;
• Seu uso é obrigatório em qualquer serviço onde haja risco de
energização acidental;
• Este equipamento sempre deverá ser removido após as
intervenções.
71
ZONA PROTEGIDA
ZONA PROTEGIDA
Zonas de Distâncias Seguras
• No SEP, em qualquer local de trabalho, tem que haver a
determinação das zonas de segurança.
• Estas zonas são classificadas da seguinte maneira:
 PE = Ponto Energizado onde há o condutor vivo;
 ZR = Zona de risco. Nesta região há a presença de
campo elétrico de grande intensidade. Só deverá
ingressar nesta área os profissionais que trabalham com
procedimentos de linha viva;
 ZC = Zona Controlada. Nesta região não há grande
interferência do campo elétrico. É nesta região onde são
realizados os serviços de linha morta, ou seja,
profissionais que trabalham em manutenção de
equipamentos desenergizados;
 ZC = Zona Livre. Nesta zona não há nenhum tipo de
proibição. Esta zona não deve oferecer riscos. Este local
é destinado a pessoas que estejam apenas observando
os serviços;
 A determinação destas zonas segue um critério de
acordo com a tabela ao lado.
72
Janeiro de 2023
Proteção Elétrica
‘
A Proteção Elétrica
• Fundamental em qualquer tipo de sistema elétrico;
• Seu objetivo é antecipar-se aos imprevistos que ocorrem no sistema,
evitando assim mortes, danos físicos e danos aos equipamentos;
• Toma decisões próprias, baseadas em ajustes pré determinados;
• Uma proteção eficiente deve conter:
 Confiabilidade: É a certeza que os equipamentos irão intervir
em todas as falhas do sistema;
 Velocidade de Operação: É o tempo gasto entre a detecção
do problema e a desenergização completa da zona que
contém a falha. Quanto menor for este tempo, menor será o
dano causado;
 Sensibilidade: Diretamente ligada a confiabilidade. Um
equipamento sensível é capaz de perceber alterações
mínimas no sistema, em contrapartida pode desligar o
sistema sem que tenha ocorrido uma falha. Esta
sensibilidade deve ser ajustada de acordo com as
necessidade, minimizando desligamentos desnecessários,
mas mantendo a confiabilidade do sistema;
 Seletividade: É a capacidade de vários equipamentos de
proteção trabalharem em conjunto. Deve haver uma
coordenação entre eles, evitando desligamentos duplos. Ex.:
Proteção do disjuntor geral não possui R50 nem R50N.
74
Proteção Elétrica – Unidades de Proteção
• São elementos que possuem padronização internacional (Tabela
ANSI) e são utilizados em todos os projetos elétricos;
• Dentre eles, podemos destacar:
75
Unidade Denominação
21 Relé de distância
50 Relé de sobrecorrente instantâneo
51 Relé de sobrecorrente temporizado
67 Relé direcional de sobrecorrente
86 Relé de Bloqueio
87 Relé de proteção diferencial
Proteção Elétrica – Unidades de Sobrecorrente
A unidade de sobrecorrente detecta curto circuitos de intensidades
variadas , classificando da seguinte maneira:
 Sobrecorrente Temporizada: Atua quando o valor da corrente
do circuito está um pouco acima do valor nominal, ou quando
há desequilíbrio de carga entre as fases com o neutro. São
atuações que demandam um tempo de acordo com ajuste.
São chamadas de R51 (de Fase) ou R51N (de Neutro);
 Sobrecorrente Instantânea: Atua quando o valor da corrente
do circuito alcança valores extremamente alto. Quando
ocorrem, a abertura do circuito é instantânea, minimizando os
danos. São conhecidas como R50 (de Fase) ou R50N (de
Neutro);
Os relés mais modernos conseguem calcular a distância das
falhas de acordo com as intensidades de corrente e tensão no
momento da falha, fornecidos pelo TC e TP.
76
Proteção Elétrica – Proteção Diferencial
• A unidade de proteção diferencial funciona através do
método de comparação da corrente que entra em relação à
corrente que sai de um determinado trecho;
• É muito utilizado para proteção de transformadores;
• Em condições normais, o valor nominal da corrente que entra
no transformador e o valor nominal da corrente que sai do
transformador deve seguir uma proporcionalidade com a
relação de transformação do mesmo, de modo que não haja
diferença significativa (perdas do transformador);
• Quando o relé detecta uma diferença entre estas correntes, a
unidade diferencial atua e a zona é desenergizada;
• Quando isto ocorre, há a atuação de um relé de bloqueio que
impede a energização remota, exigindo uma inspeção local
pela equipe de campo.
77
Proteção Elétrica – Bloqueios
• Os relés de bloqueio são utilizados para bloquear comandos após
ocorrências;
• Existem bloqueios que podem ser reseteados remotamente (Ex.: atuação
de temperatura do transformador) e outros que só podem ser reseteados
no local (exigindo inspeção local no equipamento antes);
• O controlador pode efetuar o reset remoto após seguir procedimento
operacional do COS;
• O operador em campo somente poderá efetuar o reset do bloqueio após
detectar o motivo da atuação do bloqueio.
Ex.: Atuação de diferencial do transformador e bloqueio 86T1-A.
1) Operador realiza inspeção em campo;
2) Operador detecta animal morto no isolador do transformador;
3) Operador remove o animal e não detecta avaria no transformador;
4) O reset pode ser efetuado!
Caso o operador não encontrasse nenhuma justificativa para
atuação, a suspeita seria de falha interna do transformador ou atuação
indevida da proteção. O reset não poderia ser efetuado. Uma equipe de
campo seria encaminhada para realizar todos os testes no transformador!
78
86T1-B
86T1-A
79
IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’
IA
IB
IC
Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
80
IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’
IA
IB
IC
Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
81
IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’
IA
IB
IC
Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
82
IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’
IA
IB
IC
Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
83
IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’
IA
IB
IC
Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
84
IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’
IA
IB
IC
Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
Janeiro 2023
Manobras em Subestações
‘
Antes de Executar Qualquer Manobra, Deve-se:
 Interpretar o diagrama unifilar da subestação;
 Confirmar a configuração atual da subestação;
 Anotar os itens a serem executados (ou ter a manobra descrita em mãos);
 Confirmar a manobra com o Centro de Operações (COS/COD);
 Preencher corretamente a APR (Análise Preliminar de Riscos) e usar os EPIs e EPCs
necessários;
 Em caso de dúvida, não executar. Procurar esclarecimentos.
86
Durante a Execução da Manobra
 Levar a manobra descrita em mãos;
 Concentrar-se exclusivamente na manobra (a grande maioria dos acidentes ocorrem
nesta etapa do serviço);
 Marcar todos os itens executados;
 Realizar a manobra em conjunto com o Centro de Operações e com o padrinho de
segurança acompanhando todos os passos.
87
Principais Tipos de Manobras
 Liberação de Equipamento:
 Manobra utilizada para desligar um equipamento do sistema, permitindo a
manutenção do mesmo. Esta manobra permite a total desenergização de um
equipamento que se encontrava energizado. Esta liberação pode ser realizada
com interrupção de carga ou sem interrupção de carga. Manobras sem
interrupção de carga são realizadas através de uma chave do tipo “by pass” ou
por um disjuntor de transferência (normal em subestações de grande porte).
 Normalização de Equipamento:
 Esta manobra consiste em introduzir o equipamento (que encontra-se
desenergizado, desativado, etc.) novamente ao sistema. Por ser uma manobra
que energiza um equipamento que estava desenergizado, é fundamental
realizar uma inspeção antes de realizar tal fato, pois qualquer material que
esteja próximo às partes vivas do equipamento pode causar uma explosão na
reenergização.
88
Principais Tipos de Manobras
 Paralelismo de Transformadores:
 Este tipo de manobra possibilita que dois transformadores (de especificação
semelhante) trabalhem energizados pelo mesmo circuito. Podem ser manobras
simples ou extremamente complexas, a depender da configuração do sistema.
Para paralelar os transformadores, é necessário igualar os taps e colocar o
controle de tensão em manual.
 Teste em Vazio:
 Este tipo de manobra é solicitado pelo COS/COD para detectar problemas em
pequenos trechos de saída da subestação ou em equipamentos. A chave de
saída do equipamento (Chave XXXX-5 ou chave de 1º trecho) é mantida aberta,
enquanto a chave de chegada (XXXX-4) é fechada. Após isso, o controlador
fecha remotamente o disjuntor, verificando se há alguma falha;
 Também é chamado teste em vazio quando se realiza a energização de um
transformador, sem inserir carga. Este teste é útil para detectar problemas
internos no transformador. Neste caso a manobra é semelhante. Realiza a
energização por um dos lados do transformador (geralmente o lado de alta
tensão) e mantém o outro lado com suas seccionadoras abertas durante o teste.
89
Principais Tipos de Manobras
 Teste com Carga:
 Esta manobra consiste em colocar o disjuntor em
condições normais de carga, bloqueando o religamento.
Normalmente é realizada pelo próprio controlador do COS
após uma ocorrência (a depender de como foi a
ocorrência). Mas o controlador também pode realizar em
conjunto com o operador. Verifica-se:
 Se o alimentador aceitou fechamento, não há
defeito;
 Se o alimentador abriu após fechar, há defeito no
alimentador.
90
Manobras em Subestações - Exemplo
EQUIPAMENTO EM CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO
 CHAVE 31L2-6 ABERTA
 CHAVE 31L2-4 FECHADA
 CHAVE 31L2-5 FECHADA
 DISJUNTOR 11L2 FECHADO (LIGADO)
 PROTEÇÕES LIGADAS
91
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
TC dentro da Zona de By Pass
Manobra para Liberação do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 1
Passo a Passo:
 Preencher a APR;
 Confirmar o disjuntor 11L2 fechado e com carga;
 Confirmar chave 31L2-6 aberta;
 Bloquear a proteção de neutro;
 Fechar 31L2-6 e confirmar as 3 fases bem fechadas;
92
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Liberação do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 2
Passo a Passo:
 Abrir o disjuntor 11L2 e confirmar aberto em local;
93
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Liberação do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 3
Passo a Passo:
 Confirmar as correntes zeradas no relé do 11L2, ou
perguntar ao controlador (este passo somente é possível
porque o TC encontra-se dentro da zona de by-pass);
 Abrir a Chave 31L2-4 e confirmar as 3 fases bem abertas;
 Abrir a Chave 31L2-5 e confirmar as 3 fases bem abertas. 94
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Em alguns casos o TC pode
estar fora da zona de by-
pass. Nestes casos não será
possível verificar a corrente
zerada no disjuntor
Manobra para Liberação do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 4
Passo a Passo:
 Testar ausência de tensão;
 Realizar todos os procedimentos de segurança;
 Equipamento liberado para manutenção!
95
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Normalização do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 1
Passo a Passo:
 Realizar inspeção final no equipamento e área trabalhada;
 Confirmar 11L2 aberto;
 Fechar chave 31L2-5 e confirmar fases bem fechadas;
 Fechar chave 31L2-4 e confirmar fases bem fechadas;
96
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Normalização do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 2
Passo a Passo:
 Fechar 11L2 e confirmar fechado em campo;
97
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Normalização do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 3
Passo a Passo:
 Confirmar a proteção de neutro bloqueada;
 Abrir chave 31L2-6;
 Ativar proteção de neutro.
98
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Normalização do 11L2
Sem Interrupção de Carga – Passo 4
99
Passo a Passo:
 Equipamento normalizado!
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra para Liberação com Disjuntor de
Transferência – Condição Normal de Operação
100
• Condição normal de Operação
11D1 Aberto
31D1-4 Fechada
31D1-5 Fechada
11F1 Fechado
31F1-4 Fechada
31F1-5 Fechada
31F1-6 Aberta
11F2 Fechado
31F2-4 Fechada
31F2-5 Fechada
31F2-6 Aberta
D
01B1 01B2
31D1-4 31D1-5
11D1
31F1-6
D
D
11F1
31F1-4 31F1-5
31F2-6
31F2-4 31F2-5
11F2
01F1
01F2
Manobra para Liberação com Disjuntor de
Transferência – Liberação do 11F2 pelo 11D1
101
• Passo a Passo:
1. Confirmar o disjuntor 11D1 aberto;
2. Confirmar a OG do 11D1 em ajuste de alimentador;
3. Confirmar as chaves 31D1-4 e 31D1-5 bem fechadas;
4. Confirmar todos os by-pass abertos;
5. Fechar chave 31F2-6;
6. Fechar o disjuntor 11D1 e confirmar disjuntor fechado em
campo;
7. Abrir o disjuntor 11F2 e confirmar em campo;
8. Abrir a chave 31F2-4;
9. Abrir a chave 31F2-5;
10. Realizar teste de ausência de tensão no disjuntor 11F2 e
todos os procedimentos de segurança;
11.Equipamento liberado.
D
01B1 01B2
31D1-4 31D1-5
11D1
31F1-6
D
D
11F1
31F1-4 31F1-5
31F2-6
31F2-4 31F2-5
11F2
01F1
01F2
D
D
Manobra para Liberação com Disjuntor de
Transferência – Normalização do 11F2 pelo 11D1
102
• Passo a Passo:
1. Realizar inspeção e confirmar o disjuntor 11F2 aberto;
2. Fechar a chave 31F2-5;
3. Fechar a chave 31F2-4;
4. Fechar o disjuntor 11F2 e confirmar carga;
5. Abrir o disjuntor 11D1;
6. Abrir a chave 31F2-6;
7. Equipamento normalizado!
D
01B1 01B2
31D1-4 31D1-5
11D1
31F1-6
D
D
11F1
31F1-4 31F1-5
31F2-6
31F2-4 31F2-5
11F2
01F1
01F2
Manobras em Subestações – Liberação do 11L2
Com Interrupção de Carga
Passo a Passo:
1. Abrir o disjuntor 11L2 e confirmar corrente zerada;
2. Abrir a chave 31L2-4 e confirmar as 3 fases bem abertas;
3. Abrir a chave 31L2-5 e confirmar as 3 fases bem abertas;
4. Confirmar ausência de tensão;
5. Equipamento liberado.
103
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Manobra de Teste em Vazio
104
Passo a passo:
1. Confirmar 11L2 aberto;
2. Confirmar ausência de tensão no lado de carga do disjuntor;
3. Abrir a chave 31L2-5;
4. Fechar o disjuntor 11L2.
 Se o disjuntor aceitou o comando  Disjuntor normal.
 Se o disjuntor abriu após o fechamento  Circuito com defeito.
Obs.: Em alguns casos o disjuntor não aceita comando de fechamento por causa de defeito mecânico.
D
01B1
11L2
31L2-4 31L2-5
31L2-6
01L2
Defeito
Gilvonilton Vieira Bomfim – (77) 99997-1021
Wilian Bandeira da Silva dos Reis – (77) 99809-8044
Obrigado!
‘

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  • 1. Janeiro de 2023 Curso de Manobras em Subestações ‘
  • 2. Sumário • Fundamentos de Eletricidade....3 • Introdução a Manobras em Subestações...11 • Principais Equipamentos de uma Subestação...13 • Diagrama Unifilar...30 • Comunicação Eficiente...36 • Alfabeto Fonético Internacional...40 • Codificação da Operação...43 • EPIs e EPCs Específicos Necessários...53 • Zonas de Segurança...60 • Proteção Elétrica...61 • Manobras em Subestação...67 • Tipos de Manobras...70 • Manobra de Liberação de Equipamento. Passo a passo..74 • Manobra de Normalização de Equipamento. Passo a passo...78 • Manobra com disjuntor de transferência...82 2
  • 3. Agosto de 2016 Introdução – Fundamentos de Eletricidade ‘
  • 4. Fundamentação de Eletricidade • Lei de Ohm; • Tensão Elétrica; • Corrente Elétrica; • Resistencia ohmica • Potência Elétrica; • Fator de Potência. 4
  • 5. Tensão Elétrica • É a força responsável pela movimentação dos elétrons (corrente elétrica). Esta força é a diferença de potencial (DDP) elétrico entre dois pontos distintos; • Tensão Alternada = Rede elétrica 127/220V, 13800 V, 34500 V, 69000 V, 138000 V; • Tensão Contínua = Pilhas (1,5Vcc), Baterias (9 Vcc, 12Vcc, 18Vcc), Banco de baterias (48 Vcc, 125 Vcc), etc.; • A tensão elétrica é a grande responsável pelo choque elétrico, embora os danos sejam causados pela corrente elétrica. 5
  • 6. Corrente Elétrica • É o deslocamento ordenado de cargas elétricas dentro de um condutor; • A corrente elétrica só ocorre quando há uma diferença de potencial entre as extremidades, ou seja, é uma consequência da tensão elétrica; • Corrente alternada e corrente contínua; • A corrente elétrica é a responsável pelas consequências danosas do choque elétrico. 6
  • 7. Resistência Elétrica • É a oposição à passagem da corrente elétrica mesmo quando há uma tensão aplicada; • Todo corpo possui uma resistência elétrica: • TIPOS:  Isolante: Material que possui resistência elétrica elevada;  Semi Condutor: Material que apresenta características distintas. Ora como condutor, ora como isolante a depender das circunstâncias, pois não possuem resistência constante;  Condutor: Material com resistência elétrica extremamente baixa. Geralmente metais. São utilizados nos sistemas elétricos. 7
  • 8. Lei de Ohm • Seu formulador foi Georg Simon Ohm; • Três grandezas fundamentais:  Tensão elétrica, corrente elétrica e resistência elétrica; A tensão geralmente é fixa. Quanto maior a tensão, maior o dano; A resistência elétrica é inversamente proporcional à corrente elétrica; A resistência elétrica do corpo humano está entre 1300 e 3000 Ohms; Uma corrente elétrica de 0,2 Ampére já é fatal. 8
  • 9. Potência Elétrica • É a quantidade de energia liberada em um certo intervalo de tempo; • A potência pode ser determinada pelo produto entre a tensão elétrica e a corrente elétrica (P = V × I); • Potência Ativa (W): É a potência que, de fato, realiza o trabalho esperado; • Potência Aparente (VA): Potência total fornecida pelo sistema; • Potência Reativa (VAR): Potência consumida por reatâncias (indutivas e capacitivas) no armazenamento de energia. 9
  • 10. Fator de Potência • É a razão da potência ativa pela potência aparente, ou seja, é o coeficiente de eficiência do circuito; • Em um circuito puramente resistivo, esta eficiência seria de 100% (chopp sem espuma); • Na prática as cargas são de natureza: Resistiva: Chuveiro elétrico, lâmpadas incandescentes, etc.; Indutiva: Ar condicionado, geladeira, irrigantes, etc.; Capacitiva: Lâmpadas fluorescentes, dispositivos eletrônicos em geral, etc.; • O fator de potência mínimo recomendado pela legislação é de 0,92; • Para corrigir este fator de potência, são instalados bancos de capacitores e reatores no sistema. 10
  • 11. Janeiro de 2023 Manobras em Subestações - Introdução ‘
  • 12. Manobras em Subestações • É uma técnica utilizada por operadores em subestações em conjunto com controladores do sistema. Serve principalmente para:  Realizar transferências de cargas entre equipamentos e subestações;  Desenergizar um equipamento para manutenção (manobra de liberação);  Energizar um equipamento que estava desativado (manobra de normalização);  Fazer ligação em paralelo entre transformadores, barramentos ou alimentadores;  Entre outros. 12
  • 13. Janeiro de 2023 Principais Equipamentos de uma Subestação ‘
  • 14. Principais Equipamentos de Uma Subestação Transformador de Força; Disjuntor/Religador; Barramento; Transformador de Corrente (TC); Transformador de Potencial (TP); Para-raios; Chave Fusível; Chave Seccionadora Seca; Chave a Óleo; Banco de Capacitores; Reatores; Relés de Proteção e Controle. 14
  • 15. Transformador de Força • Dispositivo que transfere energia por acoplamento indutivo. • Servem para elevar ou reduzir a tensão do sistema, mantendo a mesma potência; • O equipamento mais importante e mais caro de qualquer subestação; • Partes Construtivas:  Tanque principal;  Enrolamento;  Núcleo ferromagnético;  Tanque de expansão;  Buchas isoladoras;  Líquido isolante  Radiadores;  Chave comutadora;  Relé Bucholz; Representação no diagrama unifilar: 15 O Transformador pode ter diferentes níveis de potência. Ex.: 15/20/25 MVA
  • 16. Transformador de Força 16 TRANSFORMADOR DE FORÇA Tanque de Expansão Painel de Comando/Controle Mecanismo do Comutador de Tapes Sob Carga Termômetros do Óleo e Enrolamento Indicador de TAP Ventiladores Tanque Principal
  • 17. Para-raios  Dispositivo utilizado para proteger os equipamentos contra surtos de tensão;  Possui conexão com o potencial e com a malha de terra;  Possuem um mecanismo interno que trabalha aberto (seccionado). Ao detectar um surto de tensão que ultrapasse o seu valor de tensão de impulso atmosférico, este contato interno é fechado e a descarga do surto de tensão é encaminhada para a malha de terra da subestação. Representação no diagrama unifilar: 17
  • 18. Disjuntor • Dispositivo mecânico que é capaz de realizar a abertura e fechamento de um circuito com carga, até mesmo quando há sobrecorrente; • Podem ser operados localmente ou telecomandados; • Seu mecanismo interno realiza a abertura e/ou fechamento do circuito em velocidade rápida e em conjunto com um meio isolante; • Existem disjuntores de diversos tipos. Cada um possui uma maneira diferente de extinguir o arco voltaico. Entre eles:  Extinção a vácuo;  Extinção a gás Hexafluoreto de Enxofre (SF6);  Extinção a óleo mineral isolante;  Extinção a óleo vegetal isolante;  Extinção a sopro magnético.  Ao ser integrado com um relé de proteção e controle, um disjuntor também pode trabalhar como um religador. Representação no diagrama unifilar: 18
  • 19. Transformador de Corrente (TC) • São transformadores que funcionam seguindo o mesmo princípio do transformador de força, mas são voltados para realizar a medição da corrente elétrica no sistema; • Possui enrolamentos primário e secundário, e são ligados em série com o circuito; • Convertem o valor nominal de corrente no primário em escala proporcional no secundário, reduzindo drasticamente os valores de corrente no primário, permitindo assim a leitura através de instrumentos de medição mais simples; • Esta corrente reduzida é lida pelos relés de proteção e medidores. São fundamentais para a proteção do sistema e a medição de faturamento; • Ex. de relação de transformação: TC de 200 / 300 - 5A. Representação no diagrama unifilar: 19
  • 21. Transformador de Potencial(TP) • São transformadores que funcionam seguindo o mesmo princípio do transformador de força, mas são voltados para realizar a medição da tensão elétrica no sistema; • Possuem enrolamento primário e secundário; • Podem ser monofásico ou bifásico; • São ligados em paralelo com o sistema; • Convertem o valor nominal da tensão do primário em valores que possam ser lidos por instrumentos mais simples; • O secundário é diretamente conectado em relés de proteção e/ou medidores; • Junto com os TCs, são fundamentais para a medição e proteção do sistema; • Exemplo de relação de transformação: TP de 13800 / 115:115/√3. Representação no diagrama unifilar: 21
  • 22. 22
  • 23. Chave Seccionadora Seca • É um dispositivo destinado a isolar (seccionar) partes de um circuito elétrico; • Possui uma parte fixa e uma parte móvel; • Podem ser monofásicas ou trifásicas; • Sua operação é realizada através do bastão de manobra ou através de um varão de operação (quando disponível); • Servem principalmente para:  Seccionar a rede para minimizar os efeitos das interrupções;  Estabelecer seccionamento visível para realização de manutenções;  Criar caminhos alternativos (by pass) para equipamentos como disjuntores e religadores (alimentadores). Representação no Diagrama unifilar: Monofásica: Trifásica: 23
  • 24. Chave Seccionadora Seca  Nunca devemos fazer:  Abrir a chave seccionadora quando houver circulação de corrente elétrica exclusivamente por ela (Abrir com carga). Para isso, se faz necessária a abertura do disjuntor antes;  Fechar a seccionadora quando houver uma grande demanda de carga (Fechar com carga). Neste caso só é permitido fechar a seccionadora se o disjuntor estiver aberto. Após isso, fechamos o disjuntor. 24
  • 25. Chave Seccionadora Fusível • Possui todas as características de seccionadoras secas; • Sua parte móvel é composta por um porta- fusível; • O fusível é responsável pela proteção do sistema que a chave alimenta; • O fusível interno pode ser substituído sempre que for necessário; • As chaves fusíveis normalmente são utilizadas em:  Transformadores de distribuição;  Bancos de capacitores de pequeno porte;  Trechos de alimentadores;  Transformadores de potencial (TP);  Transformadores de força com potência inferior a 10 MVA. Representação no diagrama unifilar: 25
  • 26. Chave de Aterramento • São chaves seccionadoras do tipo seca que ficam conectadas à malha de aterramento; • Quando acionadas (fechadas), elas interligam o potencial com a malha de aterramento; • São utilizadas para realizar manutenção de equipamentos ou linha de transmissão (fornece proteção em caso de energização acidental); • Normalmente possuem 4 polos (Fases A, B, C e neutro); • Estas chaves nunca devem ser fechadas quando o local estiver energizado; • Antes de reenergizar o circuito, as seccionadoras de aterramento devem ser abertas. Representação no diagrama unifilar: 26
  • 27. Chave Seccionadora a Óleo • Podem ser monopolar ou tripolar; • Permite comando remoto, pois possui um sistema de controle eletrônico (bobinas de abertura e fechamento e sinalização); • Também permite comando manual (através do bastão de manobras); • São capazes de realizar seccionamento de circuitos com carga nominal, mas geralmente não são capazes de extinguir arco voltaico oriundo de curto circuito; • Geralmente não são capazes de extinguir arco voltaico oriundo de curto circuitos; • São utilizadas para comando e controle. Representação do diagrama unifilar: 27
  • 28. Barramento  São barras de condutor maciço que são utilizadas para interligar vários equipamentos num mesmo circuito;  Normalmente são utilizadas após as chegadas de linhas de transmissão, interligando-as. E também após os disjuntores geral de transformador, interligando todos os alimentadores. Representação no diagrama unifilar: 28
  • 29. Banco de Capacitores • Capacitor é um equipamento utilizado para corrigir o fator de potência do sistema; • Geralmente são utilizados em bancos (conjunto de células de capacitores); • Ao ser energizadas, exigem uma corrente muito elevada (corrente de in rush) que chega a ser 8 vezes mais elevada que a corrente nominal; • Após serem desenergizadas, as células permanecem carregadas por um período máximo de 5 minutos; • Geralmente possuem um sistema de aterramento por seccionadoras já interligado ao banco; • Este aterramento só pode ser fechado 5 minutos após a desenergização do banco. Representação no diagrama unifilar: 29
  • 30. Relés de Proteção e Controle • São equipamentos que monitoram todo o sistema; • Permitem uma interação entre o usuário local ou remoto (IHM – Interface Homem Máquina); • Coletam informações como:  Valores de Tensão: Através dos TPs;  Valores de Corrente: Através dos TCs;  Estado lógico de equipamentos (ex.: Disjuntor aberto, chave fechada, etc.);  Alarmes de equipamentos (ex.: Mola descarregada, alarme gás SF6, DCA, DCF, etc.).  Realizam diversos comandos, tais como:  Bloqueio de religamento;  Abertura/Fechamento de equipamento;  Modo manual/automático;  Etc.  São responsáveis pela proteção do sistema. Detectam ocorrências e tomam decisões (trip, atuação de bloqueios, etc.) próprias de acordo com sua parametrização. 30
  • 31. 31
  • 32. SEL - 351 • Para interação com IHM os botões ativam o menu principal da função, após isso as funções da linhas de baixo que ativaram os demais menus. 32 Relés de Proteção e Controle
  • 34. Comandos Úteis •TAR: Comando para visualizar o estado lógico(1/0) de algum elemento do relé. Formato: TAR ELEMENTO n Elemento: Qualquer elemento lógico do relé (IN101, OUT203, 52A, 51PT, etc.); n: Número de vezes que o comando será repetido (Útil para verificar a mudança de estado de algum elemento); Exemplo: TAR IN105 1000.
  • 35. Comandos Úteis •SER: Comando utilizado para verificar as últimas mudanças de estado lógico de todos os elementos do relé configurados no registrador de eventos; Registra o horário completo, o elemento e a mudança de estado lógico; Registra até 512 mudanças até que a memória seja sobrescrita pelos registros mais recentes; Muito útil para analisar ocorrências. Exemplo: SER 30
  • 36. Comandos Úteis •HIS: Comando utilizado para verificar as últimas ocorrências salvas no relé; O relé irá mostrar uma lista com até 12 históricos que foram gerados registros oscilográficos; Estas oscilografias podem ser baixadas pelo programa do relé para o computador.
  • 37. Comandos Úteis •MET: Comando utilizado para verificar as medidas de tensão, corrente, potência, ângulo de defasagem, etc.; Serve para conferir o diagrama fasorial do sistema, detectando erros de polaridades e/ou fases invertidas no circuito.
  • 38. Comandos Úteis •SHO: Comando utilizado para visualizar os parâmetros ajustados no relé; Possui as seguintes sub-divisões: SHO: Mostra os ajustes gerais do relé; SHO G: Mostra os ajustes globais do relé; SHO L: Mostra os ajustes de lógica do relé; SHO P n: Mostra os ajustes das portas do relé (n=número da porta); SHO T: Mostra os ajustes de texto do relé; SHO R: Mostra os ajustes do registro sequencial de eventos; SHO D: Mostra os ajustes de DNP do relé.
  • 39. Comandos Úteis •SET: Comando utilizado para alterar os parâmetros no relé; Possui as seguintes sub-divisões: SET G: Modifica os ajustes globais do relé (Deve ser o primeiro ajuste a ser implantado no relé); SET: Modifica os ajustes gerais do relé; SET L: Modifica os ajustes de lógica do relé; SET P n: Modifica os ajustes das portas do relé (n=número da porta); SET T: Modifica os ajustes de texto do relé; SET R: Modifica os ajustes do registro sequencial de eventos; SET D: Modifica os ajustes de DNP do relé.
  • 40. Comandos Úteis •SHO L ER: Comando para visualizar as variáveis que geram ocilografia no relé. Formato: ER Exemplo: 51PT+ 51GT +M3P + Z3G + 51G + LOP + SV9 + SV10 + 3PO + 3PO + IN101 + IN102...
  • 41. Elementos do Sistema de Proteção •Transformador de Potencial; •Transformador de Corrente; •Disjuntor; •Relés de Proteção. 41
  • 42. Janeiro de 2023 Diagrama Unifilar ‘
  • 43. Principais Elementos do Diagrama Unifilar 43 Transformador de Força Disjuntor Disjuntor Extraível Religador Chave a Óleo Capacitor Transformador de Corrente Transformador de Corrente Interno (“de bucha”) Transformador De Potencial Para-raios Transformador com Regulador Reator Transformador De Aterramento
  • 44. Principais Elementos do Diagrama Unifilar 44 Chegada de Linha Saída de Linha Barramento Cabo aéreo condutor Chave Monopolar Seca Chave Tripolar Seca Chave de Aterramento Cabo Subterrâneo Chave Fusível
  • 45. Diagrama Unifilar • É uma representação unifilar (uma fase) de um circuito elétrico; • Tem como objetivo simplificar a representação gráfica do circuito; • Algumas Siglas:  NA = Normalmente Aberto;  NF = Normalmente Fechado;  S.A. = Serviço Auxiliar. 45
  • 46. 46
  • 47. Exercício Rápido 1) Em quais condições não devemos abrir uma chave seccionadora? a) Quando o circuito estiver energizado; b) Quando o circuito estiver desenergizado; c) Quando houver circulação de corrente exclusivamente pela seccionadora; d) Quando o disjuntor estiver aberto e) Quando houver circulação de corrente pela seccionadora e por um caminho auxiliar. 2) Qual o diferencial da chave fusível em relação à seccionadora seca? a) Permite o seccionamento do circuito com carga; b) Realiza seccionamento automático do circuito quando há curto circuito; c) Permite o seccionamento do circuito por comando remoto; d) Permite o seccionamento do circuito sem carga; e) É reutilizável. 3) São itens fundamentais na utilização de chaves de aterramento: a) Fechar apenas quando não há tensão elétrica no circuito; b) Sempre abrir antes de reenergizar o circuito; c) Confirmar corte visível após abrir as chaves; d) Todas as respostas acima estão corretas; e) Todas as respostas estão erradas. 47
  • 50. Comunicação Eficiente – Introdução • Uma boa comunicação é fundamental na realização de qualquer atividade que é realizada em conjunto com outras pessoas; • Comunicar é a habilidade de externar informações, emoções, opiniões e qualquer tipo de conhecimento de um indivíduo para o outro; • Alguns itens são fundamentais para uma boa comunicação:  Boa dicção;  Clareza e objetividade na informação;  Coerência;  Confirmação de mensagem recebida.  E, outros itens dificultam a comunicação verbal. Tais como:  Um dos componentes não estar habituado à linguagem de operação;  Falta de atenção ou conversas paralelas;  Pressa;  Não ser cordial;  Etc. 50
  • 51. Comunicação Eficiente - Técnicas • Toda telecomunicação de voz deve ocorrer dentro da seguinte estrutura padrão de comunicação:  1º) Identificação dos interlocutores;  Emissor = Quem vai passar a mensagem;  Receptor = Quem recebe a mensagem.  2º) Transmissão da mensagem (Emissor);  3º) Repetição da mensagem recebida (Repetidor);  4º) Confirmação ou retransmissão da mensagem (Emissor);  5º) Encerramento. A identificação dos interlocutores deve conter, no mínimo, os seguintes termos:  Local da ocorrência;  Nome do emissor;  Nome do receptor. • Uma comunicação eficaz garante que a mensagem seja repassada com clareza, evitando ações erradas por erro de interpretação; • Os interlocutores devem utilizar o alfabeto fonético internacional, evitando assim erros de interpretação da mensagem. 51
  • 52. Comunicação Eficiente – Dificuldades Encontradas • Quando um dos interlocutores não estiver habituado à linguagem da operação e/ou com dificuldades de entendimento, deverá ser utilizada linguagem que permita o entendimento da mensagem; • A participação em conversas paralelas ou mais de uma ligação simultânea prejudica o foco no assunto em questão, ocasionando falhas na comunicação; • A não cordialidade por parte dos interlocutores torna o diálogo desagradável e implica em possíveis erros de transmissão e/ou recepção da mensagem; • Os interlocutores devem manter o tom de voz em intensidade normal, falando pausadamente e com clareza; • O sistema de telecomunicações dos Centros de Operação (COS e COD) têm a finalidade exclusiva operacional. Com isso a sua utilização deverá ser restrita a assuntos formais de trabalho; 52
  • 53. Alfabeto Fonético Internacional • O alfabeto fonético internacional, criado em 1886, também é conhecido como AFI (Associação Fonética Internacional); • Foi feito a partir do alfabeto romano (ABC..., 26 letras); • É associada uma palavra para cada letra do alfabeto. A pronúncia das palavras é em Inglês; • Seu objetivo é facilitar a pronúncia de letras e numerais; • Até em um mesmo idioma, há letras e numerais que podem ser confundidos de acordo com o sotaque de cada pessoa e/ou região; • O alfabeto fonético é utilizado internacionalmente. Seu uso se dá no ramo profissional (Aviação, Forças armadas, Indústrias, etc.); • É utilizado na concessionaria para comunicação com o COS/COD. 53
  • 54. Alfabeto Fonético Internacional 54 LETRA CÓDIGO LEITURA A ALPHA AL-FA B BRAVO BRA-VO C CHARLIE TCHAR-LI D DELTA DEL-TA E ECHO É-CO F FOXTROT FOQUIS-TROT G GOLF GOLF H HOTEL HO-TEL I INDIA IN-DI-A J JULIET DJOU-LI-ETT K KILO QUI-LO L LIMA LI-MA M MIKE MAIC LETRA CÓDIGO LEITURA N NOVEMBER NO-VEM-BER O OSCAR OSS-CAR P PAPA PA-PA Q QUEBEC QUÉ-BEC R ROMEO RO-ME-Ô S SIERRA SI-E-RRA T TANGO TAN-GO U UNIFORM IU-NI-FORM V VICTOR VIC-TOR W WISKY UIS-QUI X X-RAY ECS-REI Y YANKIE IAN-QUI Z ZULU ZU-LU NUMERAL CÓDIGO LEITURA 0 ZERO ZE-RO 1 UNO U-NO 2 DOIS DO-IS 3 TRÊS TRÊS 4 QUATRO QUA-TRO 5 CINCO CIN-CO 6 MEIA ME-IA 7 SETE SE-TE 8 OITO OI-TO 9 NOVE NO-VE
  • 55. Comunicação Verbal na Operação • Para diminuir os riscos de falha de comunicação, também devemos utilizar diálogos formais, evitando o uso de gírias e palavras que possa ter o significado confuso: 55 CÓDIGO TRADUÇÃO Positivo Confirmar um questionamento. = Sim Negativo Negar um questionamento. = Não Okay (OK) Entendi a informação. By-pass Caminho alternativo para corrente elétrica através de uma chave seccionadora. Equipamento Aberto (a) Equipamento não conduz eletricidade. Equipamento Fechado (a) Equipamento conduz eletricidade. Bloquear Desabilitar uma função. Desbloquear Habilitar uma função. Modo Manual Modo no qual o equipamento só funciona por intervenção humana (local ou remota) Modo Automático Modo no qual o equipamento funciona de acordo com sua configuração. Isolar Separar trecho ou local do potencial elétrico. Aterrar Conectar trecho ou local na malha de terra. Normalizar Retornar um equipamento a sua condição normal no sistema (colocar carga). Energizar Aplicar tensão no equipamento ou inseri-lo no sistema.
  • 56. 56 Formato da Codificação • Cada equipamento da subestação é composto por um código; • Este código pode conter entre 4 e 7 dígitos; • Função de cada dígito: 1º) Tipo de equipamento; 2º) Classe de Tensão; 3º) Função do Equipamento; 4º) Posição e/ou número de ordem; 5º) Dígito de separação; 6º) Define a sequência e/ou função do equipamento; 7º) Adicional quando os outros dígitos coincidirem com outro equipamento.
  • 57. 57 Formato da Codificação • Lê-se da seguinte maneira:  1º e 2º Caracteres: Leitura normal em português-BR;  3º, 4º e 6º Caracteres: Leitura de acordo com o alfabeto fonético internacional;  5º Dígito lê-se “traço”. • Exemplos de leitura: • 12V1 = Do-ze Vic-tor U-no; • 01B4 = Ze-ro um Bra-vo qua-tro; • 29T3 = Vin-te e No-ve Tan-go Três; • 99S8 = No-ven-ta e No-ve Sie-rra Oi-to.
  • 58. 58 Codificação – (1º Dígito) – Tipo de Equipamento Valor Descrição 0 Geradores, Transformadores, Barramentos, Linhas, Reguladores de Tensão, Reatores, Banco de Capacitor 1 Disjuntor 2 Religador 3 Chave Seccionadora Seca 4 Chave Fusível 5 Chave a Óleo 6 Chave Seccionadora de Aterramento Rápido 7 Transformador de Corrente (TC) 8 Transformador de Potencial (TP) 9 Para-raios
  • 59. 59 Codificação – (2º Dígito) – Classe de Tensão Valor Classe de Tensão 1 01 à 25 kV 9 26 à 50 kV 2 51 à 75 kV 3 76 à 150 kV 4 151 à 250 kV 5 251 à 550 kV 6 551 à 750 kV 7 751 à 1200 kV 8 Acima de 1200 kV
  • 60. 60 Codificação - (3º Dígito) – Utilização do Equipamento EQUIPAMENTO LETRA TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO A BARRAMENTO B EQUIPAMENTO DE TRANSFERÊNCIA D REATOR E GERADOR G BANCO DE CAPACITOR H COMPENSADOR SÍNCRONO K COMPENSADOR ESTÁTICA Q REGULADOR DE TENSÃO R TRANSFORMADOR DE FORÇA T LINHAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO C; F; J; L; N; P;M;V; W ; X; Y; Z
  • 61. 61 Codificação – (4º Dígito) – Numeração do Equipamento • É a posição ou o número de ordem do equipamento na subestação; • É utilizado para enumerar e diferenciar os equipamentos semelhantes na subestação. • Exemplos: 02T1 e 02T2 são os 1º e 2º transformadores da subestação; 11C5 e 11C8. São os disjuntores nº 5 e nº 8 de um barramento de alimentadores.
  • 62. 62 Codificação – (6º Dígito) – Sequência e/ou Função DESCRIÇÃO CÓDIGO Seccionadoras de Barramento 1, 2, ou 3 Seccionadora de Equipamento do lado do barramento 4 Seccionadora de Equipamento do lado oposto ao barramento. 5 Chave de caminho alternativo (By-Pass) 6 Chave de Aterramento 7 Chave de equipamento de transferência 1, 2, 3, 4 e 5 Chave seccionadora de Gerador 1 e 2 Chave seccionadora para outras funções 8 e 9 Banco de Capacitores 1 a 9 Equipamentos de mesma classe de tensão ligados a um terceiro. A, B, C, D e E
  • 63. Exemplos • Disjuntor de 69 kV do transformador 2 da subestação: • Chave seccionadora, lado carga, do 6º Religador de 13,8 kV. Alimentador November: • Transformador de potencial (TP) da 1ª barra de 34,5 kV: • Transformador de serviço auxiliar, 13,8 kV de uma subestação que possui 3 transformadores de força:  Chave de aterramento da linha Charlie 1 , de 69 kV: 63
  • 64. Exercício Rápido 1) Escreva como se lê os seguintes códigos de equipamentos abaixo: a) 13W5: b) 29J3: c) 51H6: d) 81X4: e) 32P4-6: 2) Quais são os equipamentos identificados no exercício acima? a) d) b) e) c) 64
  • 65. Exercício – Realize a Codificação dos Equipamentos 65
  • 66. Janeiro de 2023 EPIs e EPCs Específicos Necessários ‘
  • 67. 67 Manobras – Principais EPI/EPC Necessários EPI (Equipamento de Proteção Individual) EPC(Equipamento de Proteção Coletiva) Fardamento RC (Retardo a Chamas) Bastão de Manobra Botina de Segurança Detector de Tensão Capacete de Segurança com Jugular Cones e Fitas de Sinalização Luva Isolante (Classe de Tensão Adequada) Kit de Aterramento Temporário (Quando Necessário) Óculos de Segurança Macacão e Capuz RC (Para Ambientes Confinados e Cubículos) Pode haver a necessidade de utilização de mais algum EPI/EPC não descrito aqui!
  • 68. Luvas Isolantes de Borracha • É um EPI responsável pela proteção contra choques elétricos; • Protegem a região das mãos, punhos e antebraço do usuário, permitindo a movimentação independente das mãos e dedos; • Sua utilização é obrigatória em qualquer manobra em subestação; • As luvas de borracha nunca devem ser utilizadas sem a capa de cobertura, pois podem ser danificadas com facilidade; • As luvas devem ser armazenadas em sacola apropriada; • Para realizar a limpeza, utilize água e detergente. Secar com um pano. • Realize testes periódicos procurando avarias no EPI; • As luvas isolantes possuem classes de proteção, sendo elas: 68
  • 69. Bastão de Manobras • É uma ferramenta e ao mesmo tempo um EPI utilizado para realizar manobras em equipamentos; • Normalmente é feita em fibra de vidro e poliuretano, com revestimento em resina epoxi; • Normalmente possui partes desmontáveis ou é telescópica, facilitando o transporte; • Possui a capacidade de isolação elétrica, permitindo operador realizar manobras no potencial com segurança; • Possui uma cabeça com uma conexão universal que lhe permite realizar diversas atividades no potencial; • Cada bastão possui uma capacidade de isolação elétrica de até 10 kV; • Os bastões devem passar por ensaios periódicos. 69
  • 70. Detector de Tensão • É um EPC que é utilizado para detectar a presença de tensão em um circuito; • Seu uso é obrigatório quando houver a necessidade de confirmar ausência de tensão; • Possui leds de indicação de funcionamento. Estes leds permanecem acesos enquanto o aparelho está ligado; • Ao aproximar o detector de tensão de um local energizado, o aparelho emite um alerta sonoro e seus leds de funcionamento piscam enquanto estiver dentro do campo elétrico; • Muito utilizado após as manobras de liberação de equipamentos, confirmando se o equipamento encontra-se realmente liberado para manutenção; • Sempre que for utilizado, o detector de tensão deve ser testado em um local energizado para comprovar o seu funcionamento; • O detector de tensão deve ser armazenado em estojo apropriado; • As pilhas devem ser removidas quando o aparelho não estiver em uso. 70 Por contato Por aproximação
  • 71. Kit de Aterramento Temporário • É um equipamento utilizado para minimizar os riscos de acidente em caso de energização acidental de um circuito; • Sua instalação é feita com o bastão de manobras, através da inserção das argolas no cabeçote adequado do bastão; • Antes de utilizar é necessário confirmar ausência de tensão através do detector de tensão; • Exige que a conexão seja muito bem conectada, pois em caso de acidente a conexão deve ser o ponto mais forte de conexão, evitando que o aterramento seja desconectado no momento da falha; • A primeira conexão a ser realizada é na malha de aterramento; • Somente após conectar na malha de aterramento é que o aterramento pode ser conectado no local de trabalho; • Seu uso é obrigatório em qualquer serviço onde haja risco de energização acidental; • Este equipamento sempre deverá ser removido após as intervenções. 71 ZONA PROTEGIDA ZONA PROTEGIDA
  • 72. Zonas de Distâncias Seguras • No SEP, em qualquer local de trabalho, tem que haver a determinação das zonas de segurança. • Estas zonas são classificadas da seguinte maneira:  PE = Ponto Energizado onde há o condutor vivo;  ZR = Zona de risco. Nesta região há a presença de campo elétrico de grande intensidade. Só deverá ingressar nesta área os profissionais que trabalham com procedimentos de linha viva;  ZC = Zona Controlada. Nesta região não há grande interferência do campo elétrico. É nesta região onde são realizados os serviços de linha morta, ou seja, profissionais que trabalham em manutenção de equipamentos desenergizados;  ZC = Zona Livre. Nesta zona não há nenhum tipo de proibição. Esta zona não deve oferecer riscos. Este local é destinado a pessoas que estejam apenas observando os serviços;  A determinação destas zonas segue um critério de acordo com a tabela ao lado. 72
  • 73. Janeiro de 2023 Proteção Elétrica ‘
  • 74. A Proteção Elétrica • Fundamental em qualquer tipo de sistema elétrico; • Seu objetivo é antecipar-se aos imprevistos que ocorrem no sistema, evitando assim mortes, danos físicos e danos aos equipamentos; • Toma decisões próprias, baseadas em ajustes pré determinados; • Uma proteção eficiente deve conter:  Confiabilidade: É a certeza que os equipamentos irão intervir em todas as falhas do sistema;  Velocidade de Operação: É o tempo gasto entre a detecção do problema e a desenergização completa da zona que contém a falha. Quanto menor for este tempo, menor será o dano causado;  Sensibilidade: Diretamente ligada a confiabilidade. Um equipamento sensível é capaz de perceber alterações mínimas no sistema, em contrapartida pode desligar o sistema sem que tenha ocorrido uma falha. Esta sensibilidade deve ser ajustada de acordo com as necessidade, minimizando desligamentos desnecessários, mas mantendo a confiabilidade do sistema;  Seletividade: É a capacidade de vários equipamentos de proteção trabalharem em conjunto. Deve haver uma coordenação entre eles, evitando desligamentos duplos. Ex.: Proteção do disjuntor geral não possui R50 nem R50N. 74
  • 75. Proteção Elétrica – Unidades de Proteção • São elementos que possuem padronização internacional (Tabela ANSI) e são utilizados em todos os projetos elétricos; • Dentre eles, podemos destacar: 75 Unidade Denominação 21 Relé de distância 50 Relé de sobrecorrente instantâneo 51 Relé de sobrecorrente temporizado 67 Relé direcional de sobrecorrente 86 Relé de Bloqueio 87 Relé de proteção diferencial
  • 76. Proteção Elétrica – Unidades de Sobrecorrente A unidade de sobrecorrente detecta curto circuitos de intensidades variadas , classificando da seguinte maneira:  Sobrecorrente Temporizada: Atua quando o valor da corrente do circuito está um pouco acima do valor nominal, ou quando há desequilíbrio de carga entre as fases com o neutro. São atuações que demandam um tempo de acordo com ajuste. São chamadas de R51 (de Fase) ou R51N (de Neutro);  Sobrecorrente Instantânea: Atua quando o valor da corrente do circuito alcança valores extremamente alto. Quando ocorrem, a abertura do circuito é instantânea, minimizando os danos. São conhecidas como R50 (de Fase) ou R50N (de Neutro); Os relés mais modernos conseguem calcular a distância das falhas de acordo com as intensidades de corrente e tensão no momento da falha, fornecidos pelo TC e TP. 76
  • 77. Proteção Elétrica – Proteção Diferencial • A unidade de proteção diferencial funciona através do método de comparação da corrente que entra em relação à corrente que sai de um determinado trecho; • É muito utilizado para proteção de transformadores; • Em condições normais, o valor nominal da corrente que entra no transformador e o valor nominal da corrente que sai do transformador deve seguir uma proporcionalidade com a relação de transformação do mesmo, de modo que não haja diferença significativa (perdas do transformador); • Quando o relé detecta uma diferença entre estas correntes, a unidade diferencial atua e a zona é desenergizada; • Quando isto ocorre, há a atuação de um relé de bloqueio que impede a energização remota, exigindo uma inspeção local pela equipe de campo. 77
  • 78. Proteção Elétrica – Bloqueios • Os relés de bloqueio são utilizados para bloquear comandos após ocorrências; • Existem bloqueios que podem ser reseteados remotamente (Ex.: atuação de temperatura do transformador) e outros que só podem ser reseteados no local (exigindo inspeção local no equipamento antes); • O controlador pode efetuar o reset remoto após seguir procedimento operacional do COS; • O operador em campo somente poderá efetuar o reset do bloqueio após detectar o motivo da atuação do bloqueio. Ex.: Atuação de diferencial do transformador e bloqueio 86T1-A. 1) Operador realiza inspeção em campo; 2) Operador detecta animal morto no isolador do transformador; 3) Operador remove o animal e não detecta avaria no transformador; 4) O reset pode ser efetuado! Caso o operador não encontrasse nenhuma justificativa para atuação, a suspeita seria de falha interna do transformador ou atuação indevida da proteção. O reset não poderia ser efetuado. Uma equipe de campo seria encaminhada para realizar todos os testes no transformador! 78 86T1-B 86T1-A
  • 79. 79 IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’ IA IB IC Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
  • 80. 80 IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’ IA IB IC Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
  • 81. 81 IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’ IA IB IC Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
  • 82. 82 IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’ IA IB IC Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
  • 83. 83 IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’ IA IB IC Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
  • 84. 84 IA IA’ IB IB’ IC IC’ IN IN’ IA IB IC Proteção Elétrica – Esquema de Ligação TC’s
  • 85. Janeiro 2023 Manobras em Subestações ‘
  • 86. Antes de Executar Qualquer Manobra, Deve-se:  Interpretar o diagrama unifilar da subestação;  Confirmar a configuração atual da subestação;  Anotar os itens a serem executados (ou ter a manobra descrita em mãos);  Confirmar a manobra com o Centro de Operações (COS/COD);  Preencher corretamente a APR (Análise Preliminar de Riscos) e usar os EPIs e EPCs necessários;  Em caso de dúvida, não executar. Procurar esclarecimentos. 86
  • 87. Durante a Execução da Manobra  Levar a manobra descrita em mãos;  Concentrar-se exclusivamente na manobra (a grande maioria dos acidentes ocorrem nesta etapa do serviço);  Marcar todos os itens executados;  Realizar a manobra em conjunto com o Centro de Operações e com o padrinho de segurança acompanhando todos os passos. 87
  • 88. Principais Tipos de Manobras  Liberação de Equipamento:  Manobra utilizada para desligar um equipamento do sistema, permitindo a manutenção do mesmo. Esta manobra permite a total desenergização de um equipamento que se encontrava energizado. Esta liberação pode ser realizada com interrupção de carga ou sem interrupção de carga. Manobras sem interrupção de carga são realizadas através de uma chave do tipo “by pass” ou por um disjuntor de transferência (normal em subestações de grande porte).  Normalização de Equipamento:  Esta manobra consiste em introduzir o equipamento (que encontra-se desenergizado, desativado, etc.) novamente ao sistema. Por ser uma manobra que energiza um equipamento que estava desenergizado, é fundamental realizar uma inspeção antes de realizar tal fato, pois qualquer material que esteja próximo às partes vivas do equipamento pode causar uma explosão na reenergização. 88
  • 89. Principais Tipos de Manobras  Paralelismo de Transformadores:  Este tipo de manobra possibilita que dois transformadores (de especificação semelhante) trabalhem energizados pelo mesmo circuito. Podem ser manobras simples ou extremamente complexas, a depender da configuração do sistema. Para paralelar os transformadores, é necessário igualar os taps e colocar o controle de tensão em manual.  Teste em Vazio:  Este tipo de manobra é solicitado pelo COS/COD para detectar problemas em pequenos trechos de saída da subestação ou em equipamentos. A chave de saída do equipamento (Chave XXXX-5 ou chave de 1º trecho) é mantida aberta, enquanto a chave de chegada (XXXX-4) é fechada. Após isso, o controlador fecha remotamente o disjuntor, verificando se há alguma falha;  Também é chamado teste em vazio quando se realiza a energização de um transformador, sem inserir carga. Este teste é útil para detectar problemas internos no transformador. Neste caso a manobra é semelhante. Realiza a energização por um dos lados do transformador (geralmente o lado de alta tensão) e mantém o outro lado com suas seccionadoras abertas durante o teste. 89
  • 90. Principais Tipos de Manobras  Teste com Carga:  Esta manobra consiste em colocar o disjuntor em condições normais de carga, bloqueando o religamento. Normalmente é realizada pelo próprio controlador do COS após uma ocorrência (a depender de como foi a ocorrência). Mas o controlador também pode realizar em conjunto com o operador. Verifica-se:  Se o alimentador aceitou fechamento, não há defeito;  Se o alimentador abriu após fechar, há defeito no alimentador. 90
  • 91. Manobras em Subestações - Exemplo EQUIPAMENTO EM CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO  CHAVE 31L2-6 ABERTA  CHAVE 31L2-4 FECHADA  CHAVE 31L2-5 FECHADA  DISJUNTOR 11L2 FECHADO (LIGADO)  PROTEÇÕES LIGADAS 91 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2 TC dentro da Zona de By Pass
  • 92. Manobra para Liberação do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 1 Passo a Passo:  Preencher a APR;  Confirmar o disjuntor 11L2 fechado e com carga;  Confirmar chave 31L2-6 aberta;  Bloquear a proteção de neutro;  Fechar 31L2-6 e confirmar as 3 fases bem fechadas; 92 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 93. Manobra para Liberação do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 2 Passo a Passo:  Abrir o disjuntor 11L2 e confirmar aberto em local; 93 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 94. Manobra para Liberação do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 3 Passo a Passo:  Confirmar as correntes zeradas no relé do 11L2, ou perguntar ao controlador (este passo somente é possível porque o TC encontra-se dentro da zona de by-pass);  Abrir a Chave 31L2-4 e confirmar as 3 fases bem abertas;  Abrir a Chave 31L2-5 e confirmar as 3 fases bem abertas. 94 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2 Em alguns casos o TC pode estar fora da zona de by- pass. Nestes casos não será possível verificar a corrente zerada no disjuntor
  • 95. Manobra para Liberação do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 4 Passo a Passo:  Testar ausência de tensão;  Realizar todos os procedimentos de segurança;  Equipamento liberado para manutenção! 95 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 96. Manobra para Normalização do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 1 Passo a Passo:  Realizar inspeção final no equipamento e área trabalhada;  Confirmar 11L2 aberto;  Fechar chave 31L2-5 e confirmar fases bem fechadas;  Fechar chave 31L2-4 e confirmar fases bem fechadas; 96 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 97. Manobra para Normalização do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 2 Passo a Passo:  Fechar 11L2 e confirmar fechado em campo; 97 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 98. Manobra para Normalização do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 3 Passo a Passo:  Confirmar a proteção de neutro bloqueada;  Abrir chave 31L2-6;  Ativar proteção de neutro. 98 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 99. Manobra para Normalização do 11L2 Sem Interrupção de Carga – Passo 4 99 Passo a Passo:  Equipamento normalizado! D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 100. Manobra para Liberação com Disjuntor de Transferência – Condição Normal de Operação 100 • Condição normal de Operação 11D1 Aberto 31D1-4 Fechada 31D1-5 Fechada 11F1 Fechado 31F1-4 Fechada 31F1-5 Fechada 31F1-6 Aberta 11F2 Fechado 31F2-4 Fechada 31F2-5 Fechada 31F2-6 Aberta D 01B1 01B2 31D1-4 31D1-5 11D1 31F1-6 D D 11F1 31F1-4 31F1-5 31F2-6 31F2-4 31F2-5 11F2 01F1 01F2
  • 101. Manobra para Liberação com Disjuntor de Transferência – Liberação do 11F2 pelo 11D1 101 • Passo a Passo: 1. Confirmar o disjuntor 11D1 aberto; 2. Confirmar a OG do 11D1 em ajuste de alimentador; 3. Confirmar as chaves 31D1-4 e 31D1-5 bem fechadas; 4. Confirmar todos os by-pass abertos; 5. Fechar chave 31F2-6; 6. Fechar o disjuntor 11D1 e confirmar disjuntor fechado em campo; 7. Abrir o disjuntor 11F2 e confirmar em campo; 8. Abrir a chave 31F2-4; 9. Abrir a chave 31F2-5; 10. Realizar teste de ausência de tensão no disjuntor 11F2 e todos os procedimentos de segurança; 11.Equipamento liberado. D 01B1 01B2 31D1-4 31D1-5 11D1 31F1-6 D D 11F1 31F1-4 31F1-5 31F2-6 31F2-4 31F2-5 11F2 01F1 01F2 D D
  • 102. Manobra para Liberação com Disjuntor de Transferência – Normalização do 11F2 pelo 11D1 102 • Passo a Passo: 1. Realizar inspeção e confirmar o disjuntor 11F2 aberto; 2. Fechar a chave 31F2-5; 3. Fechar a chave 31F2-4; 4. Fechar o disjuntor 11F2 e confirmar carga; 5. Abrir o disjuntor 11D1; 6. Abrir a chave 31F2-6; 7. Equipamento normalizado! D 01B1 01B2 31D1-4 31D1-5 11D1 31F1-6 D D 11F1 31F1-4 31F1-5 31F2-6 31F2-4 31F2-5 11F2 01F1 01F2
  • 103. Manobras em Subestações – Liberação do 11L2 Com Interrupção de Carga Passo a Passo: 1. Abrir o disjuntor 11L2 e confirmar corrente zerada; 2. Abrir a chave 31L2-4 e confirmar as 3 fases bem abertas; 3. Abrir a chave 31L2-5 e confirmar as 3 fases bem abertas; 4. Confirmar ausência de tensão; 5. Equipamento liberado. 103 D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2
  • 104. Manobra de Teste em Vazio 104 Passo a passo: 1. Confirmar 11L2 aberto; 2. Confirmar ausência de tensão no lado de carga do disjuntor; 3. Abrir a chave 31L2-5; 4. Fechar o disjuntor 11L2.  Se o disjuntor aceitou o comando  Disjuntor normal.  Se o disjuntor abriu após o fechamento  Circuito com defeito. Obs.: Em alguns casos o disjuntor não aceita comando de fechamento por causa de defeito mecânico. D 01B1 11L2 31L2-4 31L2-5 31L2-6 01L2 Defeito
  • 105. Gilvonilton Vieira Bomfim – (77) 99997-1021 Wilian Bandeira da Silva dos Reis – (77) 99809-8044 Obrigado! ‘