O cronograma apresenta uma série de aulas práticas de Engenharia de Petróleo III realizadas entre julho e dezembro de 2016. As aulas incluíram testes de salinidade, sólidos suspensos, emulsões, peso específico de fluidos de perfuração e viscosidade. Além disso, foram realizados testes de filtrado API e apresentações sobre elaboração de resumos e reologia.
1. Centro Universitário Tiradentes
CRONOGRAMA DE PRÁTICAS – PRÁTICAS DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO III
Turma: Engenharia de Petróleo (N-01)
Período: 2º Semestre de 2016 - Diurno
Professor: Givanildo Santos da Silva
DATA ASSUNTO REALIZADO
EM:
27/07 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
03/08 AULA PRÁTICA 1: SALINIDADE EM ÁGUA
10/08 AULA PRÁTICA 2: DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS
17/08
AULA PRÁTICA 3: DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS
(COM UTILIZAÇÃO DE CARVÃO ATIVADO)
24/08 AULA PRÁTICA 4: GERAÇÃO DE EMULSÃO ÓLEO EM ÁGUA
31/09 AULA PRÁTICA 5: GERAÇÃO DE EMULSÃO ÁGUA EM ÓLEO
14/09
AULA PRÁTICA 6: TESTE DE PESO ESPECÍFICO DO FLUIDO DE
PERFURAÇÃO
21/09
AULA PRÁTICA 7: TESTE DE VISCOSIDADE MARSH OU VISCOSIDADE DE
FUNIL
28/09
AULA PRÁTICA 8: TESTE DE FILTRADO API (BTBP) PARA FLUIDOS BASE
ÁGUA
05/10 AVALIAÇÃO 1°UNIDADE
08/10 ENTREGA DO RESULTADO 1°UNIDADE
19/10 AULA TEÓRICA SOBRE ELABORAÇÃO DE RESUMO ACADÊMICO
26/10
AULA PRÁTICA 9: TESTE DE DETERMINAÇÃO DE PH PARA FLUIDOS
BASE ÁGUA
05/11
AULA PRÁTICA 9: TESTE DE TEOR DE AREIA PARA FLUIDOS BASE
ÁGUA
09/11
PRÉVIA DA APRESENTAÇÃO PARA MOSTRA DE PRÁTICAS
INTEGRADORAS
16/11 REOLOGIA E GÉIS - AULA TEÓRICA
23/11 AULA PRÁTICA 6: REOLOGIA E GÉIS
30/11 SEMPESQ
07/12 AVALIAÇÃO 2° UNIDADE
10/12 ENTREGA DO RESULTADO FINAL
DISCIPLINA: PRÁTICAS DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO III
(6 GRUPOS DE 5 ALUNOS)– TEMPO ESTIMADO: 2AULAS DE 1H40MIN
PRATICA 01 - TESTE DE PESO ESPECÍFICO DO FLUIDO DE PERFURAÇÃO
1.1. Peso Específico (ρ)
Teste padrão: API-13B-1 2003
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A pressão hidrostática que é imposta à formação por uma coluna de fluido a qualquer
profundidade depende do valor do peso específico¹ do fluido. O fluido de perfuração será
preparado com a agitação da bentonita sódica e água Portanto, é extremamente
importante que sua medição seja executada da maneira mais precisa possível. O API não
estipula o tipo de instrumento requerido para este teste, entretanto reconhece a balança
densimétrica como o equipamento mais comumente usado. Ela deve ser capaz de medir
um peso específico com precisão de ± 0,1 lb/gal.
A rigor, a balança densimétrica mede a massa específica do fluido, mas popularmente
usam-se os termos peso específico (ρ) ou densidade.
1.1.1 Equipamento:
Balança densimétricaFann 140, ou similar
Agitador Hamilton ® Beach Model HMD200, com 1 eixo/haste, 230Volt /60Hz e 3
velocidades 13000, 16000 e 18000 RPM
1.1.2 Escalas
A Balança densimétrica apresenta leituras em 4 escalas: lb/gal; lb/ft³; g/cm³; e psi/100 ft.
1.1.3 Procedimento
1) Posicionar a base da balança em uma superfície firme e nivelada (verificar com o
indicador de nível no braço da balança).
2) Anotar a temperatura do fluido.
3) Remover a tampa e encher o copo da balança (previamente limpa e seca) com a
amostra de fluido até transbordar.
4) Remover o ar trapeado no fluido e colocar a tampa girando-a levemente até que as
bolhas saiam pelo orifício superior.
5) A balança pode ser considerada cheia quando fluido excedente e sem bolhas sair pelo
orifício superior.
6) Pondo o polegar sobre o orifício central, lavar o fluido do exterior da balança. Em
seguida enxugá-la e posicionar na base.
7) Mover o cursor até que a bolha de ar do indicador de nível fique centralizada entre as
duas marcas indicadoras.
8) Efetuar a leitura do peso específico na escala superior, em lb/gal, no lado esquerdo do
cursor e anotar o valor com precisão de ± 0,1.
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4.1.4 Aferição A calibração da balança deve ser verificada diariamente, para isto usa-se
uma amostra de água destilada, a 21 ºC, que deve apresentar leitura de 8,345 lb/gal (1,00
g/cm³). As escalas apresentam uma marca de referência neste ponto.
ρÁgua (21°C) = 1,00 g/cm³ = 8,345 lb/gal = 62,30 lb/ft³ = 1.000,0 kg/m³
1.1.5 Calibração
Em caso de necessidade de calibração o ajuste pode ser efetuado removendo-se o
parafuso Allen na extremidade do braço da balança e adicionando ou retirando esferas de
chumbo no depósito ali localizado.
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1.1.6 Cuidados com o equipamento:
- Nunca segure ou bata com a balança segurando-a pela extremidade do seu braço, para
evitar que ela se parta na base do indicador de nível. Segure-a sempre pelo braço na parte
rente ao copo.
- Evite choques ou pancadas no indicador de nível de bolha para não ocorrer a quebra do
tubo de vidro.
- Lavar e secar a balança cuidadosamente após cada utilização, guardando-a na sua
própria maleta.
- Especial atenção deve ser dada a limpeza principalmente quando a balança for utilizada
para pesar pastas de cimento, evitando a aderência de crostas em seu interior.
- Quando for necessário armazená-la por períodos prolongados sem utilização
recomendamos que seja banhada com um lubrificante aerosol (como White Lub, WD-40,
FreeAll ou similar) antes de guardá-la na caixa, para sua preservação e prevenir corrosão.
1.1.7 Conversão de unidades
As seguintes equações de conversão de unidades de peso específico (ρ) podem ser úteis
ao Técnico de Fluidos
ρkg/m3 = ρlb/gal x 119,8 (1)
ρlb/ft3 = ρlb/gal x 7,48 (2)
ρg/cm3 = ρlb/gal x 0,1198 (3)
6.1.8 Gradientes de pressão hidrostática do Fluido
GPHF (psi/pé) = ρ (lb/Gal) x 0,052 (5)
GPHF (kPa/m) = ρ (lb/Gal) x 0,1176 (6)
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PRATICA 02-TESTE DE VISCOSIDADE MARSH OU VISCOSIDADE DE FUNIL
2.1. Viscosidade Marsh
Padrão de teste: API 13B-1 2003
A Viscosidade Marsh é a medida do tempo gasto por um quarto de galão de um fluido para
passar pela abertura padrão de um dado funil. Sua unidade é em segundos por quarto de
galão (sec/qt). O funil Marsh consiste de um funil (de dimensões padronizadas), com alça,
tendo em sua saída inferior um cilindro metálico (de comprimento e diâmetro padronizado).
Seu resultado não nos fornece uma informação quantitativa sobre o comportamento do
fluido, mas pode ser usado para nos indicar tendências de alteração na viscosidade e na
gelificação do fluido.
Para melhor aproveitamento das informações fornecidas pelo funil devemos manter um
registro por escrito com medidas tomadas a intervalos de tempo regulares de ½ ou 1 hora,
que servirá como indicador de mudanças e tendências durante cada turno de trabalho.
2.1.1 Equipamentos:
- Funil Marsh;
- Caneca graduadaMarsh 1.000 ml;
- Cronômetro.
2.1.2 Procedimento:
1) Verificar se a descarga do funil está limpa e desobstruida.
2) Posicionar o funil em posição vertical (em suporte fixo apropriado ou com uma das
mãos), tamponando o orifício inferior com o dedo indicador.
3) Encher com uma amostra de fluido recém coletado através da tela na parte superior, até
que o nível de fluido atinja a base da tela.
4) Posicionar o caneco graduado, limpo, sob o funil
5) Retirar o dedo do orifício de descarga, ao mesmo tempo em que se aciona o
cronômetro.
6) Medir o tempo de escoamento, em segundos, até que seja atingida a marca no interior
do caneco referente a 946 mL (1/4 de galão) de fluido e anotar este valor como
Viscosidade Marsh do fluido, em sec/qt.
Atenção: A norma API registra a Viscosidade Marsh em segundos por quarto de galão
(sec/qt). A Petrobras e outras Operadoras no Brasil adotam a unidade em segundos por
litro (s/L) ou s/1.000 mL. Verificar qual a unidade está sendo solicitada a ser reportada.
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Nota: É particularmente importante registrar a temperatura de teste de fluidos sintéticos,
pois a viscosidade Marsh é afetada sensivelmente com a mudança da temperatura.
2.1.3. Aferição
Verifique a precisão do funil Marsh regularmente. Para isto utilize água potável a 21 0C (70
±5 ºF). O tempo padrão de escoamento da água deve ser de 26 sec/qt ou 28 s/1.000 ml (±
1 segundo). Não há calibração, caso o resultado apresentar discrepância por defeito no
corpo do funil, este deverá ser descartado.
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PRATICA 03. TESTE DE FILTRADO API (BTBP) PARA FLUIDOS BASE ÁGUA
3.1. Filtrado API (Baixa Pressão, Baixa Temperatura)
Padrão de Teste: API 13B-1 2003
Neste teste, o fluido é filtrado através de um filtro de papel especialmente endurecido
(WhatmanNo 50 ou similar) a pressão de 100 psi por 30 minutos, e o volume de filtrado
anotado. A área padrão do papel de filtro é de 7,1 ±0.1 pol2 (45 cm²) Alguns modelos de
filtros prensa usam um papel com metade dessa área, nesses casos o volume final de
filtrado deve ser multiplicado por 2 para resultar no filtrado API. A espessura do reboco é
reportada em 1/32 pol. Como indicação da qualidade do reboco, uma breve descrição
pode ser adicionada, usando termos como firme, lubrificado, consistente, esponjoso ou
fofo. Este teste nos indica a qualidade das propriedades das paredes do poço, do
encapsulamento e de filtração do fluido. É de particular relevância quando perfuramos
formações com alta permeabilidade, que podem produzir um reboco muito espesso,
podendo levar a um poço fechado e gerar prisões da coluna.
3.1.1 Equipamentos:
-Filtro Prensa API Baixa Pressão, Baixa Temperatura (fab. Fann, Ofite ou similar);
-Fonte de pressão 100 psi: ar comprimido, CO2 ou N2;
-Papel de filtro WhatmanNo 50 ou similar (Fann ou Ofite) OD 3,5 pol (9,4 cm);
-Proveta graduada 10 (ou 25) ml;
-Cronômetro;
-Régua (em 1/32 polegadas ou milímetros), com início em sua extremidade.
3.1.2 Procedimento:
1) Previamente, certifique-se de que todas as peças do filtro prensa API estejam limpas e
secas e que os anéis de vedação de borracha não estejam danificados ou ressecados.
Monte a célula do filtro prensa API com: base, anel de vedação, tela, papel de filtro API,
anel de vedação e corpo da célula.
2) Encha o conjunto montado da célula com fluido até aproximadamente 1,5 cm do topo.
Posicione o filtro no suporte e encaixe a tampa (com o anel de vedação instalado) fixando-
a com o parafuso “T” bem apertado.
3) Posicione uma proveta seca de volume adequado (10 ou 25 ml) sob o tubo de saída na
parte inferior da célula para recolher o filtrado.
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4) Feche a válvula de alívio e aplique 100 (±5) psi ao sistema, inicie a contagem de tempo
com um cronômetro.
5) O tempo começa a ser medido na primeira aplicação de pressão e o volume de filtrado
é medido depois de 30 minutos. A pressão precisa permanecer constante em 100 psi
durante todo o período do teste.
6) Após 30 minutos, feche a válvula de ar comprimido e alivie a pressão no interior do filtro.
Meça o volume recolhido na proveta anotando-o como o Volume de Filtrado API, em mL e
reserve-o para outros testes.
7) Quando não houver pressão remanescente no interior da célula, esta pode ser aberta.
8) Retire a célula do suporte e despeje seu fluido em um recipiente para retorná-lo aos
tanques do sistema.
9) Desmonte a célula vazia e retire o papel de filtro com o reboco. Lave este reboco
superficialmente com água para analisá-lo e medir sua espessura, registre-a em 1/32 de
polegada.
Atenção - Se o teste for realizado para Perfilagem o reboco não deverá ser lavado, apenas
remova o excesso de fluido com a mão. O pessoal da Geologia deverá receber as
amostras de fluido da última circulação, seu filtrado e reboco para efetuar medidas de
resistividade.
4.1.3 Resultados:
-Registrar o volume de Filtrado API em mL/30 min.
-Registrar a espessura do reboco em 1/32 de polegada (ou mm, segundo as exigências da
Operadora).
4.1.4 Calibração:
-O manômetro do regulador de pressão deve ser aferido com manômetro padrão e
certificado anualmente;
-A proveta graduada em uso também deve ser certificada;
3.1.5 Comentários & Cuidados:
-Nunca use Oxigênio ou gás combustível como fonte de pressão. Normalmente são
usados ar comprimido, CO2 ou N2. Caso sejam utilizados cilindros grandes de CO2 ou N2,
estes devem ser instalados externamente ao laboratório e eles devem estar dotados de
reguladores de pressão adequados a sua pressão interna. Suas linhas e/ou mangueiras
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devem ser adequadas para alta pressão, até o ponto de alimentação do Regulador de
Pressão do Filtro API.
-Verifique com frequência a exatidão do manômetro e a validade de sua certificação.
-Lave e seque todas as partes do conjunto da célula imediatamente após cada teste
realizado, com especial atenção à tela que deve ser lavada com água e detergente e
secada, para remover sal e evitar problemas de corrosão no seu anel externo.
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PRATICA 04. TESTE DE DETERMINAÇÃO DE pH PARA FLUIDOS BASE ÁGUA
4.1. DETERMINAÇÃO DO pH
Padrão de Teste: API 13B-1 2003
Usar a amostra de filtrado coletado no teste de filtrado API, segundo Procedimento de
Testa anterior: Teste de Filtrado API (BTBP) para fluidos base água.
O pH pode ser medido pelo seguinte método:
4.1.1. Método da fita (papel pH) - Colorimétrico
A fita do papel indicador impregnado com produto químico apresenta cores específicas
referente a valores específicos de pH. O papel indicador é imerso no fluido a ser testado e
comparado a uma escala padrão de cores. O valor final do pH será aquele onde a cor da
fita e da escala forem similares. Este método é simples mas pouco confiável porque
quando a amostra contiver sólidos, sais dissolvidos e/ou fluido com coloração escura seus
resultados apresentam sérios erros.
Precisão do resultado : ± 0,5 (O pH é adimensional).
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PRATICA 05. TESTE DE TEOR DE AREIA PARA FLUIDOS BASE ÁGUA
5.1. Teor de areia
Padrão de Teste: API 13B-1 2003 & Petrobras
Neste teste efetuamos a separação dos sólidos de uma amostra de fluido por seu
tamanho, usando uma tela de 200 mesh. Esta tela retém partículas de 75 microns ou
maiores. Nem todos os sólidos medidos serão areia, propriamente dito, e isto deve ser
notado e ajustado ao se fazer o registro do resultado, se outros materiais, como polímeros
não dissolvidos ou materiais contra perda de circulação, estiverem presentes.
5.1.1 Equipamentos:
Kit medidor de teor de areia, composto de:
-Tubo de vidro com graduação específica de 0,25% a 20% v/v, mais marcações
“Mudtohere” e “Watertohere”;
-Peneira, em polietileno ou nylon, dotada de tela 200mesh;
-Funil, do mesmo material, adaptável ao corpo da peneira;
-Piscete de 500 ml.
5.1.2 Procedimento:
1) Adicionar fluido, ao tubo de vidro até a marca inferior de referência, “Mudtohere”.
Completar com água até a marca superior (“Watertohere”), vedar o tubo com o dedo e
agitar vigorosamente.
2) Passar o conteúdo do tubo através da peneira limpa, descartando o líquido que passa
através da tela. Com o uso do piscete, enchido com água limpa, adicionar mais água ao
tubo de vidro, agitar e peneirar. Repetir essa operação até que não haja mais sólidos no
interior do tubo.
3) Ainda com o uso do piscete, lavar cuidadosamente os sólidos retidos na tela, a fim de
remover quaisquer resíduos de fluido.
4) Coloque o funil sobre a peneira e encaixe-o no tubo de vidro já limpo. Inverta o conjunto
lentamente. Usando um pouco de água sobre a tela invertida, transfira os sólidos retidos
para dentro do tubo. Faça esta lavagem com água até transferir toda a areia. Complete o
tubo com água até o traço superior de referência.
5) Aguardar a completa sedimentação do resíduo mantendo o tubo em repouso na posição
vertical. Fazer a leitura e anotar o resultado como o Teor de Areia, expresso em
porcentagem volumétrica (% Areia).
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5.1.3 Cuidados:
A lavagem com água deve ser feita utilizando-se preferencialmente do piscete enchido
com água potável (identificar líquido). Se for usada água diretamente da torneira,
assegurar-se de que não haja sólidos em suspensão (verifique previamente a qualidade
desta água usando a própria peneira).
Ao efetuar a leitura não devem ser considerados os materiais coloidais que ficam na parte
superior da areia (provenientes de amido e polímeros) ou materiais contra perdas
adicionados ao fluido. Neste caso estimar o teor de areia de acordo com a aparência do
material sedimentado.
Acondicionar os efluentes em recipiente adequado para devolver ao tanque de fluido.
Lave e deixe secar todos os equipamentos logo após o uso. Especial cuidado deve ser
tomado com a tela, que deve ser lavada com detergente neutro para remover resíduos
oleosos e sal.
5.1.4 Aferição:
Verifique se os valores da escala a 5, a 10 e a 20% correspondem realmente aos valores
de referência em relação ao volume representado na marca inferior (“Mudtohere”), usando
uma proveta certificada.
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PRATICA 6. TESTE DE REOLOGIA E GÉIS
6.1. Reologia & Géis
Padrão de Teste: API 13B-1 2003 & Petrobras
Viscosidade aparente (VA), Viscosidade Plástica e Limite de Escoamento (Leituras a 600;
300; 200; 100; 6 e 3 rpm) & Géis (0, 10 min. e 30 min.)
Reômetros variam desde os mais simples com acionamento manual até instrumentos
elétricos com muitas velocidades projetados para medir a reologia de um fluido de
perfuração a uma ampla variedade de temperaturas e pressões. Eles são instrumentos
rotacionais com fluido colocado no espaço anular entre um bulbo e um rotor cilíndrico. O
rotor é girado a uma velocidade conhecida, e o torque transmitido ao bulbo pelo fluido é
medido pelo tensionamento de uma mola conectada a um dial. Para o nosso tipo de
utilização, usamos um conjunto padronizado de mola, bulbo e rotor que nos fornecem
leituras que podem ser convertidas nas unidades convencionadas através do uso de
equações simples (listadas abaixo). Estes instrumentos são projetados para uso no
campo, apresentando uma estrutura robusta mas que, ainda assim exigem cuidados
operacionais. Eles nos fornecem valores de leituras em graus de deflexão da mola, que
convertemos em viscosidade plástica (em cP) e limite de escoamento (em lbf/100 ft²),
computados a partir das leituras a 600 e 300 rpm. As forças géis são medidas a 3 rpm (em
lbf/100 ft²).
6.1.1. Equipamentos:
- Viscosímetro Fann modelo 35-A (ou similar, mod. 800 da Ofite);
- Copo térmico de temperatura ajustável;
- Termômetro de haste metálica, de range adequado;
- Cronômetro.
6.1.2. Procedimento:
1) Encher o copo do Viscosímetro até sua marca interna com fluido e posicioná-lo no
viscosímetro encaixando-o no local apropriado.
2) Elevar o copo até o fluido atingir a marca no corpo do rotor, encobrindo os orifícios
inferiores, e fixá-lo com o parafuso de ajuste.
3) Ligar o equipamento na velocidade de 600 rpm. Espere estabilizar e faça o registro da
temperatura e leitura do dial. Anotar o valor lido como L600.
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4) Virar a chave do motor para 300 rpm. Espere estabilizar e faça o registro da leitura do
dial. Anotar o valor lido como L300.
5) Virar a chave do motor para 600 rpm. Com movimento, puxar para cima a alavanca de
marchas, posicionando-a a 200 rpm. Espere estabilizar e faça o registro da leitura do dial.
Anotar este valor L200.
6) Virar a chave do motor para obter 100 rpm. Espere estabilizar e faça o registro da leitura
do dial. Anotar este valor como L100.
7) Virar a chave do motor para 600 rpm. Com movimento, puxar para cima a alavanca de
marchas, posicionando-a a 6 rpm. Espere estabilizar e faça o registro da leitura do dial.
Anotar este valor L6.
8) Virar a chave do motor para 3 rpm. Espere estabilizar e faça o registro da leitura do dial.
Anotar este valor lido como L3.
9) Calcular e anotar os valores de Viscosidade aparente (VA), Viscosidade plástica (VP) e
Limite de escoamento (LE), usando as seguintes equações:
VA = L600/2 (cP)
VP = L600 - L300 (cP)
LE = L300 – VP (lbf/100pé2)
6.1.3. Géis
Em seqüência ao procedimento anterior e com a mesma amostra:
1) Ligar o motor a 600 rpm, durante cerca de um minuto.
2) Desligar o motor, posicionando a alavanca de velocidade na posição média, para
funcionar a 3 rpm Após 10 segundos, ligar o motor e efetuar a leitura da máxima deflexão
no mostrador.
3) Anotar este valor como G0 (ou Gel Inicial), em lbf/100pé2.
4) Ligar o motor a 600 RPM por um minuto. Desligar o motor, posicionando a alavanca de
velocidade na posição média, para funcionar a 3 rpm. Ao completar 10 minutos, ligar o
motor e efetuar a leitura da máxima deflexão no mostrador. Anotar este valor como G10 ,
em lbf/100pé2 (esta medida também é chamada de Gel Final)
5) Ligar o motor a 600 RPM por um minuto. Desligar o motor, posicionando a alavanca de
velocidade na posição média, para funcionar a 3 rpm. Ao completar 30 minutos, ligar o
motor e efetuar a leitura da máxima deflexão no mostrador. Anotar este valor como G30 ,
em lbf/100pé2.
6.1.4 Atenção:
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Consulte o programa do poço sobre os requerimentos da operadora para temperatura do
teste. Usar o copo térmico para manter a temperatura estabilizada durante todo o teste.
Posicionar um termômetro de haste metálica no copo térmico para monitorar a
temperatura da amostra.
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DETERMINAÇÃO DE SALINIDADE EM ÁGUA
I. Objetivo
Determinação de salinidade em água
II. Fundamentação Teórica
A determinação de salinidade em águas também é conhecida como a determinação de sólidos
dissolvidos. A salinidade é a medida da quantidade de sais existentes em uma determinada massa
de água.
A quantidade total de íons presentes numa amostra de água, é chamada de SDT (Sólidos
dissolvidos totais). Tanto a concentração de SDT como as quantidades relativas ou proporções de
diferentes íons, influem nas espécies de organismos que podem melhor se desenvolver nos lagos,
além de participarem de muitas reações químicas importantes que ocorrem nas suas águas.
Segundo o STANDARD METHODS (1998), Sólidos Dissolvidos é a porção de sólidos que
passa através de um filtro de porosidade nominal de 2m (ou menor), sob condições
específicas.
A presença adicional dos sais influencia na maioria das propriedades físicas da água (densidade,
compressibilidade, ponto de congelamento etc). Já outras propriedades não são influenciadas pela
salinidade (viscosidade e absorção de luz). Duas propriedades que são determinadas pela
quantidade de sais na água são a condutividade e a pressão osmótica.
A presença de sais dissolvidos na água de formação é a origem de vários problemas que se
estendem desde as regiões de produção até as refinarias e provoca corrosão nas linhas de
escoamento e queda de qualidade do óleo produzido. No processo de produção de petróleo é
comum a co-produção de contaminantes não-desejados onde se destaca a água de formação,
geralmente, sob a forma emulsionada e com elevada salinidade.
A salinidade da água produzida pode ser um problema tanto para o descarte quanto para reinjeção
da mesma. No caso do descarte, a resolução CONAMA protege os cursos d’água mais doces,
impondo limites de salinidade para o descarte. O mesmo cuidado deve ser tomado durante a
reinjeção, para evitar a contaminação da formação.
Existem vários métodos de determinação de salinidade, dentre eles a condutividade elétrica e o
método gravimétrico. Na presente prática será apresentada a metodologia de determinação
gravimétrica de sólidos dissolvidos totais.
III. Metodologia de determinação gravimétrica de SDT
Deverão ser preparadas 3 salmoras (3%, 7% e 15%), para a verificação do SDT por método
gravimétrico.
Materiais
• Cadinhos
• Estufa
• Banho Maria
• Dessecador
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• Balança analítica
• Equipamentos para filtração à vácuo
• Kitassato (500mL)
• 3 Balões de fundo chato (100mL)
• 3 Béqueres de 50mL
• NaCl (3g, 7g e 15g)
Método
- preparação das salmouras
• Pesar na balança analítica 3g, 7g e 15g de NaCl
• Dissolver cada um em béqueres diferentes utilizando o bastão de vidro
• Colocar no balão de fundo chato e preencher de água destilada até a marca dos 100mL
- determinação gravimétrica
• Pesar o cadinho previamente colocado no dessecador
• Colocar 50mL da amostra sobre o meio filtrante, com o vácuo ligado
• Lavar o resíduo por três vezes com porções de 10mL de água destilada, permitindo a
completa drenagem da água de lavagem após cada aplicação, e aguardar cerca de 3
minutos após o fim da filtração
• Transferir o filtrado total para um cadinho
• Levar para uma estufa e aquecer à 180°C por 1 hora
• Resfriar o resíduo em dessecador até o equilíbrio com o ambiente e pesa-lo.
• Calcular o teor de sólidos dissolvidos pela fórmula:
Sendo: m2 = Massa da cápsula com resíduo (mg) ; m1 = Massa da cápsula vazia (mg)
água. Observe e anote os resultados.
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DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS SUSPENSOS TOTAIS
I. OBJETIVOS
Determinar SST (sólidos suspensos totais) por método gravitacional
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os sólidos são conhecidos como a matéria suspensa ou dissolvida presente em águas ou
efluentes. Eles podem afetar a qualidade da água e causar impactos ambientais a
depender de seus limites. Os sólidos suspensos podem causar problemas de deposição,
obstrução de equipamentos, contaminação de produtos, problemas estético etc.
Segundo o STANDARD METHODS (1998), os Sólidos Suspensos é a porção retida no
filtro de porosidade nominal de 2m (ou menor) sob condições específicas.
A filtração é um processo unitário normalmente utilizado como complemento do tratamento
da água produzida devido à presença de SST e a necessidade de garantir um tamanho de
partícula aceitável para a reinjeção. No exemplo de Bonsucesso (Sergipe), o filtro utilizado
é o de casca de nozes. No campo de Carmópolis para a reinjeção é necessário um
tamanho de partícula de no máximo 5m.
O tamanho de partícula é um parâmetro importante para avaliação antes da reinjeção para
que não haja contaminação da formação.
Os sólidos suspensos podem ser um problema para o descarte ou reinjeção da água
produzida, pois em muitas das técnicas de tratamento, as reações envolvidas geram esses
sólidos em grande quantidade, gerando a necessidade de uma operação unitária a mais
com a filtração. O campo de Carmópolis, após o tratamento oxidativo com peróxido de
hidrogênio, passa por uma filtração com casca de nozes com o objetivo de reter sólidos
com tamanho superior a 5m.
III. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Materiais
• 2 Vidros de relógio
• 2 Papeis filtro 1 - 2m
• Estufa de secagem
• Balança analítica
• Aparelhagem de filtração a vácuo
• Kitassato (500mL)
• 2 Pipetas
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• Dissecador
Métodos
-preparação da amostra para filtração
Preparar 2 amostras com concentrações diferentes a partir da mistura de Na2CO3 com o
BaCl2.
- determinação gravimétrica
• Colocar o papel filtro no funil de bukner, deixando o papel sem ser dobrado;
• Em seguida monte o sistema conforme a figura abaixo;
• Após montado o sistema, realize a filtração cuidadosamente para não ter perda de
material ligando lentamente o sistema de vácuo;
• Após filtrado toda a amostra, retire o papel com o material, seque-o à 105º por 1
hora na estufa e pese o resíduo seco.
- cálculo do SST
Com o peso do papel filtro antes (m1) e depois da filtragem (m2) substituídos na fórmula
abaixo, é possível determinar em ppm o valor de SST.
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GERAÇÃO DE EMULSÃO ÓLEO EM ÁGUA
I. Fundamentação Teórica
Quando dois líquidos imiscíveis são misturados e nota-se que uma das fases dispersou-se na
outra em forma de gotículas, uma emulsão foi formada (SCHRAMM, 1992).
Na indústria do petróleo ela está presente desde a perfuração do poço (fluido de perfuração) até a
distribuição de seus derivados (acidentes e derramamentos), podendo ser um problema quanto uma
solução. Toda esta vasta ocorrência deve-se à natureza oleosa do petróleo e também à sua
composição (estimada em mais de 500 compostos).
Atualmente há uma demanda em estudos de emulsões principalmente pela descoberta de novas
reservas de petróleo pesado, que contém uma maior quantidade de asfaltenos e formam emulsões
mais facilmente. Estima-se que 40% da reserva brasileira de petróleo sejam de petróleo pesado
(TREVISAN et al., 2006).
Quando o petróleo é produzido, as interfaces óleo/gás e óleo/água são variáveis e, durante a vida
do campo, a interface de gás desce e a de água sobe. Neste processo, além de ser produzido o óleo,
são produzidos também gás e água. A água de formação, tendo estado em contato com a formação
geológica por milhões de anos, traz em si uma enorme variedade de sais inorgânicos dissolvidos e
componentes orgânicos. A concentração destes pode variar desde uma água quase não salina até
próxima à saturação. Assim como a água do mar, a água produzida contém principalmente íons
sódio e cloreto, traços de metais e adicionalmente óleo dissolvido e disperso (SANTOS, 1999).
Hoje em dia existe uma maior preocupação no tocante ao descarte de efluentes oleosos.
Antigamente essas práticas eram realizadas indiscriminadamente, tendo causado severos danos
ambientais, porém, a legislação tem sido mais eficaz no sentido de proteger o meio ambiente. As
concentrações máximas de óleo e sólidos permitidas nos efluentes dependem da legislação de cada
país. (CÔRTES, 2009)
Tendo em vista a preocupação ambiental no que diz respeito à água produzida, existe hoje em
dia um maior interesse no estudo do comportamento das emulsões óleo em água, buscando sempre
as melhores técnicas de tratamento deste efluente.
Segundo Mackay et al. (2003) apud Patrício (2006), vários campos distribuídos por todo o
mundo atingiram seu estágio de maturidade passando dessa forma a produzir grandes volumes de
água. Mesmo assim, com a atual corrente que busca reduzir problemas ambientais provocados por
produtos químicos e descarte de água oleosa, o gerenciamento da água produzida tornou-se um
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desafio introduzindo outras metas no que tange o gerenciamento dos problemas envolvendo a
reinjeção de água produzida.
As propriedades químicas, físicas e biológicas da água produzida dependem de dois fatores: A
formação geológica e a localização geográfica do reservatório. Esses dois fatores ditam o tipo e a
concentração de espécies inorgânicas e de outros componentes da água produzida, assim como
determinam as características aceitáveis de qualidade da água para reinjeção (BARDER, 2006).
Um problema mais grave relacionado às emulsões de petróleo é a poluição das águas por óleo.
Estima-se que a contaminação das águas por petróleo e seus derivados seja de 3,2 milhões de
toneladas por ano, das quais 92% são diretamente relacionadas às atividades humanas e 8% deste é
devido a acidentes em tanques de armazenamento (NICODEM et al., 1997). A formação de
emulsões é o principal problema na recuperação e na limpeza de um derramamento. Essa dificuldade
está relacionada com as propriedades da emulsão resultante: alta viscosidade e aumento de volume
(DALMAZZONE et al., 1995).
Portanto, uma das propriedades da água produzida que deve ser avaliada é o teor de óleos e
graxas (TOG) presentes nela.
A geração de água produzida sintética em laboratório é iniciada a partir da geração de uma
emulsão óleo em água, como descrito nos itens abaixo.
II. Geração de uma emulsão óleo em água
Para gerar uma emulsão óleo em água, se faz necessário primeiramente determinar a
concentração de TOG desejada. Em seguida juntar o óleo com a água (destilada) e agitar em um
turrax à uma determinada rotação e durante um tempo suficientemente alto para gerar a emulsão. A
estabilidade da emulsão vai ocorrer também devido à presença dos agentes emulsificantes naturais
do petróleo.
III. Metodologia para geração da emulsão óleo em água
Formar 4 grupos para geração de quatro emulsões diferentes
- Grupo 1: Gerar uma emulsão O-A à 2% de TOG.
- Grupo 2: Gerar uma emulsão O-A à 5% de TOG.
- Grupo 3: Gerar uma emulsão O-A à 10% de TOG.
- Grupo 4: Gerar uma emulsão O-A à 20% de TOG.
Materiais
4 Provetas de 100mL
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4 Béqueres de 250mL
Turrax
Petróleo
Água destilada
Método
- Adicionar a proporção de água no béquer (98mL –grupo 1; 95mL – grupo 2; 90mL – grupo
3; 80mL – grupo 4) medidos em uma proveta de 100mL;
- Adicionar a proporção de petróleo no béquer (2mL – grupo 1; 5mL – grupo 2; 10mL –
grupo 3; 20mL – grupo 4) medidos em uma proveta de 100mL;
- Agitar os sistemas no turrax a uma velocidade de 2500 rpm por 15 minutos
III) Experiência: Observar a geração das 4 emulsões e comparar o comportamento de cada uma
durante sua geração e após um tempo de descanso.