1) O documento é um informativo da Maçonaria que contém vários blocos sobre assuntos maçônicos como a origem dos três graus maçônicos e os primeiros mestres maçons.
2) Há um relato sobre encontros do autor com Albert Einstein em Princeton onde Einstein aparece como um homem solitário e pensativo sobre questões científicas e filosóficas.
3) Einstein é descrito como um exemplo de bom caráter ético sem seguir religião formal, sendo visto como um "místico" que busc
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JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
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Informativo Nr. 1.085
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Meu encontro com Einstein - Humberto Rhoden
Bloco 3 - IrPaulo Roberto - Sobre... A Origem??? Dos Três Graus.
Bloco 4 - Ir Hercule Spoladore - Primeiros Mestres Maçons da Maçonaria
Bloco 5 - IrJoão Guilherme C. Ribeiro - Os títulos do Sultão
Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas (Hierarquia na Circulação)
Bloco 7 - Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 23 de agosto de 2013, 235º dia do calendário gregoriano. Faltam 130 para acabar o ano.
Dia do Aviador Naval; do Caixeiro Viajante; do Ferroviário; do Internauta; da Libertação da Romênia.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2. 2
O livro trata das 4 grandes Religiões:
Judaísmo;
Cristianismo
Islamismo
Induismo - Este num só capítulo Budismo e Bramanismo juntos.
Outro capitulo é sobre o
SIMBOLISMO MAÇÔNICO procurando lincar todas as falas, símbolos, alegorias
tratadas na Maçonaria, e existentes nas religiões.
No final um capitulo pequeno:
A ALQUIMIA ESPIRITUAL.
É um livro com 540 paginas, custo R$ 50,00
podendo ser solicitado pelo mail
pansera100@gmail.com
ou telefones
(49) 3323 6080
3312 1382
9922 8585
1 - almanaque
livros & revistas
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1793 - Revolução Francesa: uma levée en masse foi decretada pela Convenção Nacional.
1893 - É instalado o 1.º de uma série de cabos telegráficos submarinos - ligando a cidade da
Horta (Açores) a Lisboa (Carcavelos).
1924 - Os planetas Terra e Marte atingem a maior aproximação desde o século XX.
1939 - Adolf Hitler e Josef Stalin assinam um pacto de não-agressão em caso de conflito mundial.
1940 - Segunda Guerra Mundial: Os alemães começam o bombardeio a Londres.
1962 - John Lennon e Cynthia Powell se casam.
1969 - O Jornal Nacional entra no ar. É o primeiro programa transmitido em cadeia nacional.
1979 - Deserção de Alexander Godunov, estrela do Balé Bolshoi.
1981 - Fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa Chapadão (SERC) de Chapadão do Sul, no
estado de Mato Grosso do Sul.
1986 - A localidade portuguesa Albufeira é elevada a cidade.
1989 - Realiza-se a Cadeia Báltica unindo os três países bálticos.
1990 - A Alemanha Ocidental (ou RFA) e a Alemanha Oriental (ou RDA) anunciam sua união
em 3 de Outubro.
1994 - O tufão Fred deixa mais de 700 mortos e 700 mil desabrigados na China.
2002 - O Brasil é o 81° país a ratificar o Protocolo de Kyoto.
2006 - A jovem austríaca Natascha Kampusch é libertada após dez anos sequestrada.
2009 - A venezuelana Stefanía Fernández é a 6ª de seu país a ganhar o Miss Universo.
2010 - A mexicana Jimena Navarrete é a 2º de seu país a ganhar o Miss Universo.
Dia do Aviador Naval
Dia do Caixeiro Viajante
Dia do Ferroviário
Dia da Intendência da Aeronáutica
Dia Internacional em Memória da Escravidão e da Abolição
Dia de Luta contra a Injustiça
Dia do Internauta
Dia da Libertação da Romênia (1944)
Santa Rosa de Lima
São Flaviano de Autun
São Zaqueu de Jerusalém
São Lupo
Santa Tydfil
Santo Irineu de Lyon
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
4. 4
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1880 Adotada a Grande onstituição para o Grande Conselho de Mestres Reais e
Seletos, em Detroit, USA.
1987 Fundação da Loja 7 de Setembro nr. 7 de Rio Branco, Estado do Acre.
fatos maçônicos do dia
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte
www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
5. 5
MEU ENCONTRO COM EINSTEIN
por Humberto Rohden
Os anos de 1945 a 1946 passei na Universidade de Princeton, Estados Unidos,
aceitando uma bolsa de estudos para “Pesquisas Científicas”, oferecida por essa
Universidade.
Quase nada sabia eu, até essa data, do maior matemático do século – e talvez de
todos os tempos – que lançou as bases para a Era Atômica. Nem mesmo sabia da
sua presença em Princeton, pequena cidade derramada no meio de vasto
descampado, a uma hora de trem de New York. Cerca de um mês após minha
chegada a Princeton, passando um dia pela Mercer Street, meu companheiro
mostrou-me um sobradinho modesto em pleno bosque e quase totalmente coberto
de trepadeiras, dizendo que lá morava Albert Einstein.
Mais tarde, em companhia de outro brasileiro, consegui uma rápida visita a esse
homem solitário e taciturno. Cabeleira desregrada, barba por fazer, sapatos sem
meias, todo envolto em um vasto manto cinzento, com olhar longínquo de esfinge
em pleno deserto – lá estava esse homem cujo corpo ainda vivia na terra, mas cuja
mente habitava nas mais remotas plagas do cosmos, ou no centro invisível dos
átomos. Conversar com Einstein seria profanar a sua sagrada solidão.
Mais tarde descobri que ele costumava subir, cada manhã, o morro atrás da
Universidade, em cujo topo verde se ergue o Institute for Advanced Studies
(Instituto para Estudos Avançados), onde Einstein se encontrava com a equipe
atômica – Oppenheimer, Fermi, Bohr, von Braun, Meitner, e outros corifeus.
Durante essa subida, através do bosque, era possível a gente se encontrar com
Einstein sem ser importuntado. Ele subia quase sempre sozinho, mais cosmo-
pensado que ego-pensante. Às vezes, emparelhava eu com o silencioso peregrino
sem que ele me visse – tão longe divagava sua mente pelo mundo dos átomos ou
dos astros.
Esses encontros solitários eram a única oportunidade para expor as minhas ideias,
então ainda embrionárias, sobre a misteriosa afinidade entre Matemática,
Metafísica e Mística, que mais tarde expus em aulas e livros, com grande
estranheza dos de fora.
2 - OPINIão - Meu encontro com Einstein -
6. 6
Já nesse tempo me convenci de que um homem pode atingir os pináculos da mais
pura ética sem o recurso a nenhuma religião particular. Einstein era o exemplo vivo
de um homem bom e feliz, ele que não professava nenhuma espécie de religião
confessional. (...) Na teologia era Einstein considerado como “ateu” – mas à luz da
verdadeira filosofia era ele um grande “místico”. Esse estranho paradoxo aconteceu
aliás, a quase todos os grandes gênios religiosos, se, executar o próprio Cristo:
eram condenados como ateus pelos teólogos dogmáticos, e admirados como
místicos pelos filósofos imparciais. É que todo o gênio profundamente religioso
sente a sua afinidade com um Poder Supremo; mas, porque não vê nesse Poder
uma pessoa, uma entidade individual, as igrejas dualistas o tacham de ateu e
irreligioso. Buda, a consciência espiritual da Ásia, nunca falou em Deus, e poderia
ser considerado como o rei dos ateus místicos.
Sendo que a matemática, quando totalmente abstrata, é o contato direto e
imediato com a alma da realidade universal, para ela, de todas as facticidades
concretas, é natural o homem, assim identificado com a Infinita e Absoluta
realidade, não dê importância às coisas individuais e finitas, que governam a vida
do homem comum. Louvores ou vitupérios, sucesso ou insucesso, vivas ou vaias,
amores ou ódios, simpatias ou antipatias – nada disto afeta e desequilibra a mente
do homem que se harmoniza com a suprema Realidade do Cosmos, com o invisível
UNO que permeia todos os VERSOS visíveis do Universo. E o que há de mais
paradoxal e maravilhoso é que esse equilíbrio entre os extremos opostos não faz do
homem cósmico um homem indiferente e frio, mas o torna sereno e benévolo para
com todas as criaturas de Deus.
Einstein, o homem místico-cósmico, era um homem amavelmente ético-humano.
Durante o longo estado de coma que pôs termo à vida de uma parenta sua, o
exímio matemático tinha tempo para ficar sentado horas inteiras à cabeceira dela,
tocando violino ou lendo os diálogo de Platão sobre a imortalidade, e quando
alguém o advertiu que a doente estava inconsciente, Einstein respondia que ela
ouvia tudo, embora não pudesse reagir visivelmente.
Um dia, a empregada quis pôr ordem na pitoresca desordem da papelada de
Einstein sobre a escrivaninha, e encontrou um cheque de mil dólares, já com
enorme atraso, marcando a leitura de um livro. Quem sabe se Einstein não jogou
alguma dessas cobiçadas preciosidades no cesto de papel velho?...
Tenho na minha pequena biblioteca dois livros de Einstein que não tratam de
matemática nem de átomos. Um deles se intitula Mein Welbild, cuja tradução
inglesa diz The word as I see it (O mundo como eu vejo). O título do outro é Aus
Meinen Spaeten Jabren (Dos meus Últimos Anos). São coletâneas, discursos e
artigos ocasionais sobre Deus, o homem, a sociedade, sobre filosofia, ética,
sociologia e política não partidária. Nas minhas aulas sobre Filosofia Univérsica,
bem como em diversos livros meus, tenho citado tópicos desses livros.
Quando, pela primeira vez, substituí o termo grego "cósmico" pela equivalente
palavra latina "univérsico", houve grande clamor nas fileiras dos que julgam não
poderem usar vocábulos não devidamente carimbados pelos dicionários infalíveis.
Hoje, porém, já têm a coragem de usar o maravilhoso adjetivo duplo "univérsico"
em lugar do termo simples "cósmico".
7. 7
O que há de notável, quase incompreensível, nas palavras de Einstein, é do fato de
ele afirmar categoricamente que qualquer lei cósmica pode ser descoberta pelo
"puro raciocínio", como ele chama a intuição cósmica; apela para o princípio
dedutivo do a priori. Afirma que a intensa concentração mental, a diuturna
focalização no UNO do mundo do VERSO, dos efeitos ou canais. Quando professor
da Politécnica de Zurique, na Suíça, causou verdadeiro escândalo entre seus
colegas, ao afirmar que o princípio básico de toda a ciência superior era a priori-
dedutivo, e não a posteriori-indutivo. Em nossa linguagem seria: o último estágio
de processo cognoscitivo, vai do UNO ao VERSO, e não vice-versa. O homem deve
focalizar a Causa (UNO) e daí partir para os Efeitos (VERSO).
Surge a magna pergunta: Como atingir a causa, a não ser pelos efeitos?
Mas Einstein nega que haja um caminho que conduza dos efeitos para a causa, ou
no dizer dele, dos fatos, para os valores. Afirma que o mundo do UNO, da Causa,
do Valor, da Realidade, é revelado ao homem, quando ele está em condições de
receber essa revelação; o homem não pode causar esta revelação da realidade,
mas deve e pode condicioná-la. "Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de
pensar e mergulho no silêncio - e eis que a verdade me é revelada."
Na filosofia milenar da Bhagavad Gita se exprime esta verdade do modo seguinte:
"Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece."
Em nossa Filosofia Univérsica diríamos: Quando o Ego está em condições propícias,
o Eu se revela.
Ou seja: Quando o canal está aberto, as águas da fonte fluem para dentro dele.
Os teólogos diriam: Quando o homem tem fé, Deus lhe dá a graça.
No mesmo sentido disse o Cristo: "As obras que eu faço não sou eu que faço, mas
é o pai em mim que faz as obras; de mim mesmo nada posso fazer."
Em todos esses casos, não desce a essas aplicações, mas o princípio fundamental
da sua matemática é o mesmo: estabelecer condições favoráveis para que a causa
possa funcionar. As condições são do homem, mas a causa é do cosmos.
Afirma Einstein que a Matemática, quando abstrata, é absolutamente certa; mas,
quando concretizada, perde da sua certeza na razão direta da sua concretização.
Com outras palavras: A Realidade é 100% certa, ao passo que as facticidades não
acusam 100% de certeza.
Ora, é precisamente este o princípio básico de toda a verdadeira Metafísica e
Mística: a certeza que elas dão da realidade não lhes vem das facticidades, do
mundo concreto dos fatos, dominados por tempo e espaço; mas vem-lhes do
mundo da pura realidade. E, como nenhum fato pode dar certeza, também nenhum
fato pode destruir a certeza que o metafísico-místico tem da Realidade.
Certeza, firmeza, segurança, tranquilidade, consciência da Realidade, serenidade,
felicidade - tudo isto brota da fonte suprema da própria Realidade, e não pode ser
engendrado nem destruído pelas facticidades.
8. 8
Victor Frankl, médico-psiquiatra, judeu-alemão, diretor da Politécnica Neurológica
da Universidade de Viena, escreveu livros sobre logoterapia, e aplicou essa terapia,
com grande sucesso, a seus doentes, usando na Medicina, o mesmo consciente
com a realidade central do homem (Uno, Eu).
para curar desarmonias no mundo das facticidades do homem (Verso, Ego).
Joel Goldsmith, em Honolulu, escreveu um livro intitulado A Arte de Curar pelo
Espírito, em que ele aplica o mesmo princípio a priori-dedutivo para curar doentes.
Fez diversas vezes viagem ao redor do globo, a convite de doentes, sem jamais
recorrer ao processo empírico-analítico da medicação material-mental: basta
focalizar intensamente a fonte do Uno ou Eu, e os canais do Verso ou Ego recebem
as águas vivas da saúde.
Em face disto, poderíamos acrescentar aos três MMM da matemática, Metafísica e
Mística, mais o M da Medicina, contanto que por medicina se entenda a cura pela
raiz do Uno-Eu, e não apenas a repressão de sintomas da superfície do Verso-Ego,
como faz a medicina comum.
Matemáticos, metafísicos, místicos e médicos, nos mais altos pináculos da intuição
cósmica, estão convergindo para o mesmo foco único; ou melhor, estão recebendo
da mesma Fonte para plenificar os seus canais. Basta entrar em contato direto,
imediato e pleniconsciente com a plenitude da Fonte Suprema, o UNO do Universo -
e todas as desarmonias dos canais, do Verso, serão sanadas pelo impacto desse
UNO.
Enquanto a mais pura Matemática não se tornar o princípio dominante da
Metafísica, da Mística e da Medicina, não pode haver uma melhoria substancial no
seio da humanidade.
Há quase dois mil anos, isto mesmo foi enunciado pelo maior e mais univérsico
gênio da humanidade: "Conhecereis a Verdade - e a Verdade vos libertará."
( Prefácio do livro "Einstein, o Enigma do Universo", de Humberto Rohden )
9. 9
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Sobre... A Origem??? Dos Três Graus.
Os mistérios gregos... Teve como seu fundador original, Orfeu, uma
encarnação do mesmo grande Instrutor do Mundo que viera do Egito 40.000
anos a.C., como Tot ou Hermes, para pregar a doutrina da Luz Oculta. Mas
agora foi diferente a Sua Mensagem, pois se dirigia a uma raça diferente... Os
gregos... Assim sendo...
As escolas pitagóricas trabalhavam em estreita associação com o ensino dos
Mistérios, mas sem as devidas cerimônias; apresentavam uma exposição
filosófica dos mesmos grandes fatos dos mundos internos.
Os discípulos eram ali divididos em três graus, que correspondiam quase
exatamente aos dos primitivos cristãos, que os denominavam os estágios da
purificação, iluminação e perfeição, respectivamente, incluindo o último, aquilo
que São Clemente de Alexandria chama o “conhecimento científico de Deus”.
No esquema pitagórico o primeiro grau era o dos akoustokoi (ouvintes), que
participavam das discussões e palestras, porém guardavam absoluto silêncio
nas reuniões, durante dois anos, dedicando-se a escutar e aprender.
Ao finalizar tal período satisfatoriamente, eram os estudantes elegíveis para o
segundo grau, o dos mathematikoi. A matemática que aprendiam não se
restringia, no entanto, ao que atualmente entendemos por esse termo. Nós
estudamos esta ciência com um fim em si, mas entre eles era apenas uma
preparação para algo muito mais amplo, superior e mais prático. A geometria
3 - paulo roberto - " on line "
10. 10
que conhecemos atualmente era ensinada no mundo externo, na vida comum,
como uma preparação; mas dentro destas grandes escolas o assunto era muito
mais ampliado, até o estudo e compreensão da quarta dimensão e das leis e
propriedades do espaço superior.
A geometria pode, assim, ser perfeitamente compreendida se a tomamos em
seu conjunto, não parcialmente e como uma introdução para um
desenvolvimento superior. Ela leva o homem até a compreensão de todas as
oitavas de vibrações, tanto para vastas áreas de que a ciência ainda nada
conhece, como, também, até as intricadas relações ocultas dos números, cores
e sons, as várias dimensões tridimensionais do poderoso cone espacial e a
verdadeira configuração do universo. O estudo da matemática proporciona
vasta soma de conhecimentos aos que sabem empreendê-lo corretamente e
ensina-nos a verificar como são construídos os mundos.
Os mathematikoi punham os diversos ramos da matemática (geometria, álgebra
e aritmética) e a música em relação umas com as outras, e descobriam suas
mútuas correspondências, que são notáveis. Quem saiba algo de música não
ignora que existe uma proporção fixa entre os comprimentos das cordas que
produzem determinados sons. Um piano pode ser afinado segundo certo
sistema de quintetos, e a relação dos diferentes tons, um para com o outro,
pode ser expressa pelo número de vibrações de cada tom; assim uma corda
harmônica pode ser regulada matematicamente. Isto foi descoberto primeiro
por experiências; mais tarde os matemáticos descobriram quais deveriam ser
as proporções, e depois, outra vez pela experiência, se verificou sua exatidão.
Mas a peculiaridade está em que os números que produzem uma corda
harmônica mantêm entre si a mesma relação existente entre certas partes dos
sólidos platônicos. Nossa escala, tão diferente da antiga escala grega, que
consistia de cinco tons, pode ainda deduzir-se das proporções daquelas cinco
figuras platônicas, que se estudavam há mais de dois mil anos na Grécia. Pode-
se julgar não haver muita relação entre a matemática e a música, mas por aqui
vemos que ambas são partes de um grande todo.
O terceiro grau dos pitagóricos era o dos physikoi, não os físicos no moderno
sentido desse termo, mas os estudantes da verdadeira vida interna, que
aprendiam a distinguir a vida divina sob todos os seus disfarces, e assim
podiam compreender o curso de sua evolução. Desses estudantes se exigia a
mais exaltada pureza de vida.
De Mackey é o seguinte relato da Escola de Crotona:
“Os discípulos desta escola usavam roupa simplíssima, e tendo em seu ingresso entregue todas
as suas posses ao fundo comum, submetiam-se durante três anos à pobreza voluntária, e
durante esse período se mantinham em rigoroso silêncio. Os estudantes eram divididos em
Exotéricos e Esotéricos. Esta distinção fora traçada por Pitágoras, imitando os sacerdotes
egípcios, que ministravam processo similar de instrução. Os estudantes exotéricos eram os que
assistiam às reuniões públicas, em que o sábio comunicava as instruções éticas comuns. Mas
apenas os esotéricos constituíam a verdadeira escola, e só a estes chamava Pitágoras, segundo
Jâmblico, seus companheiros e amigos. Antes da admissão do candidato aos privilégios da
escola, sua conduta anterior era rigidamente esquadrinhada, na iniciação preparatória se lhe
prescrevia o sigilo por meio de um juramento, e se submetiam sua fortaleza e autodomínio às
mais severas provas. Os irmãos, cerca de seiscentos em número, com suas esposas e filhos,
residiam num grande edifício. Todas as manhãs se planejavam as ocupações e deveres, e à
noite se apresentava um relatório das atividades do dia. Levantavam-se antes de amanhecer o
dia, para dedicar seus atos devocionais ao sol, e recitavam versos de Homero, Hesíodo, ou
algum outro poeta. Dedicavam várias horas ao estudo, após o que havia um intervalo antes de
jantar, que era ocupado em andar e em exercícios ginásticos. A alimentação consistia
principalmente de pão e mel.”
11. 11
Conquanto não encontremos nenhum nexo direto entre a Escola de Pitágoras e
os graus da Maçonaria atual, foi profunda a influência de Pitágoras sobre
nossos Mistérios, como os maçons sempre o reconheceram.
A tradição de Pitágoras se transmitiu para as escolas Neoplatônicas, e dali
muitos de seus ensinamentos internos vieram ter a mãos cristãs, e formaram a
base de muitas das escolas de instrução mística, que nos tempos medievais
guardaram alguns dos segredos que se mantêm atualmente nos graus
maçônicos superiores.
Existe uma sucessão de ideias, tanto quanto de poder sacramental, pode-se
seguramente dizer que a escola de Pitágoras é um dos elos da cadeia da
filosofia maçônica, ainda que atualmente a maior parte dessa filosofia tenha se
desvanecido de nossos ritos. A Pitágoras se atribui o descobrimento da 47ª
proposição de Euclides, que constitui a atual joia do P.: M.: I.: na Maçonaria
inglesa, e é o fundamento não só de grande proporção da geometria exotérica,
como também, em um sentido místico, de todo o sistema dos Mistérios, e com
efeito, de todo o universo.
É impossível uma exata apreciação da influência de qualquer determinada linha
de tradição. Só podemos dizer que alguns dos ensinamentos pitagóricos,
provavelmente transmitidos por diversas linhas de descendência mutuamente
interatuantes, se misturaram com a Maçonaria da Idade Média e formaram parte
da instrução interna que esteve ligada às cerimônias herdadas de fontes
judaicas pelos construtores operativos.
Esses foram conservados secretos, sob juramento, e emergiram na Maçonaria
especulativa depois da Reforma, vindo assim a fazer parte de nosso presente
sistema maçônico.
12. 12
Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil–LONDRINA-PR
Sabe-se que na Maçonaria antiga até 1725 existiam apenas dois graus, o de
aprendiz e o de companheiro. O grau de aprendiz praticamente nasceu com a
Maçonaria. Os jovens que trabalhavam na arte de construir eram aprendizes de
pedreiros, canteiros, pintores funileiros. Inicialmente aprendiz era também uma
função e não grau, mas com o desenvolver da Maçonaria Operativa foi o primeiro
grau a aparecer. Existia a figura do mestre de obras que também não era grau e
sim função, que era o chefe que ensinava os aprendizes e coordenava o trabalhos
da construção.
Em 1717 quando foi fundada a primeira obediência maçônica, ou até antes
desta época já se previa o aparecimento de mais um grau. As lojas já repletas de
maçons aceitos, que começaram a ser recebidos desde há muito tempo.O primeiro a
ser recebido no dia 08/06/1600 na Maçonaria Operativa, que não era ligado às
construções e sim um abastado fazendeiro foi um Irmão de nome John Boswel, na
Loja Capela de Santa Maria (Saint-Mary Chapell) de Edinburgh – Escócia – Portanto,
117 anos antes da fundação da GrandeLoja de Londres. A Maçonaria Operativa
estava decadente. Estava se renovando.
O grau de Aprendiz uma vez criado como grau tinha uma situação estranha.
Havia os aprendizes júniores(novos aprendizes) que tomavam assento ao Norte,
onde simbolicamente não havia luz e suas funções eram justamente proteger a Loja
dos Cowans e bisbilhoteiros eos aprendizes sêniores (aprendizes mais velhos na
Ordem) tomavam assento no Sul e suas funções eram atender, recepcionar e dar
boas vindas aos estrangeiros. Havia no mesmo grau, uma descriminação de
trabalho. Havia duas classes de aprendizes, os velhos e os novos cada qual com
funções diferentes.Pelo menos estas informações constam da “Maçonaria Dissecada”
(MasonryDissected) de Samuel Prichard publicado no jornal londrino “The
DallyJournal” nos dias 02, 21,23 e 31/10/1730, causando estas informações um
verdadeiro escândalo porque foram publicados para profanos os chamados segredos
da Maçonaria.E Prichard publicou o ritual praticado antes de 1717. Os catecismos
(futuros rituais) nas sessões não eram lidos e sim decorados. Prichard passou tudo
no papel e publicou no jornal. Considerado traidor na época.
O grau de companheiro já tinha sido criado anteriormente. Fala-se dele
desde 1598, mas com certeza com prova documental foi criado em 1670. O
Manuscrito de Sloane(3) (1640-1700) tem em seu conteúdo uma forma de
juramento que sugere a existência de dois graus esotéricos, que seriam o de o de
aprendiz e companheiro.
Em 1724 fundou-se em Londres, uma sociedade formada por mestres de
obras e músicos que se reunia na Taverna Cabeça da Rainha. O número de homens
4 - primeiros mestres maçons da maçonaria
Ir Hercule Spoladore
13. 13
que fundaram esta sociedade era pequeno, mas tratava-se de pessoas muito cultas
e interessadas em música e arquitetura. Foi denominada de Philo
MusicaeetArquitecturae Societas Apollini. Seus fundadores eram maçons
pertencentes a uma loja, a qual tinha como venerável o Duque de Richmond, que
foi em seguida eleito Grão-Mestre da Grande Loja de Londres. Uma das condições
para pertencer á esta sociedade era justamente que todos os associados fossem
maçons. Esta Sociedade, durante seus trabalhos culturais setransformava em
determinada hora em uma loja maçônica simples como eram as sessões na época e
fazia por conta própria, de forma irregular as recepções (hoje iniciações) e as
elevações.A Sociedade apareceu poucos anos após da fundação da primeira
obediência, mais precisamente sete anos, ainda prevalecia a tradição “maçom livre
em loja livre”. Adotaram um livro de Constituições da Ordem, no qual hoje
depositado na Biblioteca Britânica o qual consta na sua pagina umsubtítulo –
“Armas e Procedimentos de seus Fundadores”. Quando um mestre de obras
exemplar ou um músico talentoso mesmo sendo profano era convidado a pertencer
a esta Sociedade, transformavam este local de reuniões profanas em uma loja
tosca, muito simples e realizavam a Cerimônia de Recepção, que não era tão
rebuscada como as atuais iniciações.
Todavia uma das regras da Sociedade era que nenhuma pessoa que
não fosse maçom fosse recebida como visitante. Na sua constituição estão
relacionados todos os membrosfundadores da mesma, com detalhesde quando e
aonde se tornaram maçons.
Esta situação causou problemas na novel Grande Loja de Londres, porque
isto tudo que está sendo afirmado, estava registrado em atas e especialmente
quando os estudiosos pesquisassem as possíveis origens do terceiro grau ficariam
surpresos e na duvida. E esta forma de como surgiu o terceiro grau certamente
ocasionaria embaraços, mas toda esta história aconteceu assim e está relatada
eregistrada na Biblioteca da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Esta Sociedade, por sua conta própria em se considerou fundada em
18/02/1725.
Em 22/12/1724, mesmo antes da Sociedade Apollini ser fundada oficialmente
num encontro presidido pelo Conde Richmond já grão-mestre ele atuou como
Mestre sendo recebido (iniciado) o profano Charles Cotton.
Em 18/02/1725 dia da fundação oficial da Sociedade foram elevados a
companheiros Charles Cotton, Papillon Bul e M. Thomas Marschal.
Em 12/05/1725 foram elevados à Mestre os Irmãos Charles Cotton e
Papillon Bull, assim consta das atas da Sociedade, mesmo que este terceiro grau
fosse totalmente irregular, por ter sido conferido em sessão de uma sociedade
profana e não uma loja. Foi enviada uma carta à Grande Loja de Londres com uma
relação de sete Irmãosprincipais fundadores da e Oficiais da Societas Apollini.
Parece que a Grande Loja ignorou a comunicação, mas a Sociedade recebeuvisita
do 2º Grande Vigilante da Grande Loja de Londres em 02/09/1725 e do Primeiro
Grande Vigilante em 23/12/1725 e ao que se se sabe no mesmo ano que a
Sociedade encerrou suas atividades no inicio de 1726.
Mas de qualquer forma esta é a prova primaria do aparecimento dos
primeiros mestres maçons do mundo. Não se sabe qual foi critério usado para estes
dois Irmãos se tornarem mestres.
Há autores que afirmam ter tido o terceiro grau origem na França, mas não
comprovam tal afirmação através de documentos.
A lenda de Hiran não existia. O primeiro ensaio sobre esta lenda aparece no
Manuscrito de Grahan, em 1726, como uma lenda Noaquita em quese menciona a
14. 14
procura do corpo de Noé, pelos seus três filhos Sam Sem e Jafet para descobrirem
a palavra secreta da aliança de Noé com Deus.
Quando Prichard em 1730 publicou os propalados segredos da Maçonaria, já
havia uma versão semelhante, com muita analogia, da versão que conhecemos
hoje no terceiro grau. Apenas cinco anos após.
Assim de maneira estranha, porem relatada através das atas existentes, é
comprovado o aparecimento dos dois primeiros mestres do mundo.
O grau três foi finalmente incorporado ao ritual em 1738. Surge uma dúvida.
O Conde de Richmond era grão-mestre, mas era companheiro. E até 1738 os grão-
mestres ainda eram companheiros oficialmente. Então como ele pode elevar os dois
companheiros ao grau de mestre? Possivelmente isto foi feito de forma irregular,
mas de qualquer forma está registrado, sendo uma prova primária indiscutível. Ela
é documental. Se já havia outros mestres, estes não foram registrados em
documentos hábeis. Mas presume-se que a partir de 1725 começaram a usar o
grau de mestre de fato,mas não de direito. A partir de 1738 o grau de mestre foi
oficializado. Possivelmente todos os fundadores da Sociedade, se fizeram mestres
desde 1725 e a Grande Loja de Londres regular assumiu aos pousos esta situação
criada, incluindo seu uso nos rituais oficiais. Afinal de contas naquela épocaera
necessário que fosse criado o terceiro grau.
Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – LONDRINA- PR
Referências
CARVALHO, Francisco de Assis“A Maçonaria –Usos &Costumes. Volume 2
Cadernos de Estudos Maçônicos
Editora “A Trolha Ltda.” Londrina – 1955
PRICHARD, Samuel “Maçonaria Dissecada” ( MasonryDissected)
Tradução de Xico Trolha
Editora“A Trolha Ltda.” – Londrina – 2002
15. 15
Os Títulos do Sultão
Irm. João Guilherme C. Ribeiro
(Originalmente publicada no Engenho & Arte #17)
Nunca fiz senão uma única oração a Deus:
'Oh, Senhor, torna ridículos os meus inimigos.' E Deus me atendeu.
Voltaire (1698-1778)
Os títulos de Suleiman ressoaram através da sala
do alto conselho como um rufar de tambores:
Sultão dos Otomanos, Deputado de Alá na Terra,
Senhor dos Senhores deste Mundo, Possessor dos
Pescoços dos Homens, Rei dos Crentes e dos
Infiéis, Rei dos Reis, Imperador do Oriente e do
Ocidente, Imperador dos Chakans da Grande
Autoridade, Príncipe e Senhor da Felicíssima
Constelação, César Majestoso, Selo da Vitória,
Refúgio de todos os Povos do Mundo inteiro,
Sombra do Todo Poderoso dispensando a Paz na
Terra...
Seus ministros, almirantes e generais prostraram-
se e deixaram o recinto. Corria o ano de 1564, e
Suleiman, o primeiro, sultão da Turquia, tinha
setenta anos. Ele tinha acabado de tomar a
decisão de atacar a ilha de Malta, na primavera do
ano seguinte.”
Assim Ernle Bradford começa seu clássico The
Great Siege (O Grande Cerco), um livro que a
Penguin Books publica em repetidas edições desde 1964, sobre o assédio turco à
cidadela dos Cavaleiros de S. João ou, como eram mais conhecidos, os
Hospitalários.
O Império Otomano atingia o auge com ele. Como indicam seus títulos, ele tinha
um poder tão absoluto sobre seus súditos, que é difícil entender nos dias atuais,
pelo menos no mundo ocidental. Mais ainda entre nós, Maçons.
Se hoje é diferente, muito é devido à Maçonaria. Sempre que digo isso, eu me
divirto com o espanto ou a incredulidade que esse comentário provoca.
Então vamos raciocinar por absurdo. Hoje, as ideias de equivalência dos três
poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, da lei comum acima de todos,
governados e governantes, são tão arraigadas entre nós, que fica difícil imaginar
como era antes.
Mas pense: nos séculos XVII e XVIII, que não estão tão distantes assim, só havia
um lugar em que o poder executivo era eleito e o seu detentor tinha um período
finito para permanecer no poder: as Lojas maçônicas. Nenhum outro, ao que eu
saiba. Foi nelas, cadinho das ideias naquele tempo, que se pôde vislumbrar um
5 - os títulos do sultão - Ir João Guilherme C. Ribeiro
16. 16
outro tipo de sociedade mais justa, equânime e universal. Mas não aconteceu do
dia para a noite nem tranquilamente. Até porque os detentores de benesses e
privilégios não abrem mão deles sem pressão. Como disse John Kennedy, com
muitíssima propriedade, “aqueles que impedem o caminho da evolução pacífica
preparam o caminho da revolução violenta”.
O primeiro experimento de governo baseado na primazia de leis sem privilégios foi
de inspiração maçônica, o Estado criado pela federação das 13 colônias americanas
que se emanciparam. O estado de espírito para esse experimento amadureceu na
discussão livre das ideias e prática democrática das Lojas. Quando vieram as ideias
emancipadoras dos Iluministas, essas Lojas seriam os canais naturais de sua
disseminação – e não eram Maçons os enciclopedistas, aqueles benfeitores que
compilaram e engrandeceram o conhecimento humano, disponibilizando-o para as
massas pela primeira vez? Não foi o esforço incrível da Enciclopédia a obra de uma
elite de Maçons?
Não tivesse sido o poder absoluto da realeza na França tão cego, tão incompetente,
tão estúpido; não tivesse sido o clero tão egoísta nos seus privilégios e tão ausente
de suas obrigações espirituais; não tivesse sido o povo tão absurdamente
esmagado pelo sofrimento e pela desesperança, é possível que as reformas
iniciadas pelos Maçons – como a abolição da tortura como método legal de obter
confissões – tivessem conseguido a reforma do Estado sem derramamento de
sangue.
Cherchez la femme
Poucos se lembram que a Revolução francesa começou
pelas mulheres. As poissardes, mulheres do mercado
de peixe de Paris, revoltaram-se ao saber do banquete
na corte de Luís XVI. Para elas, cansadas de barrigas
vazias e panelas inúteis, era um acinte à população que
passava fome. Então, brandindo cutelos, forcados e
facões, marcharam até o palácio de Versalhes, num
subúrbio distante da capital, invadiram-no,
massacraram a guarda e arrastaram a família real para
Paris. Começou aí a convulsão que levaria à guilhotina
o Ancien Régime e, com ele, não apenas os
privilegiados inconsequentes, mas também, como em
todas as revoluções sangrentas, a nata pensante, os
bons, os inocentes e os sábios, como Lavoisier (“A
revolução não precisa de sábios”, disse o carrasco mais
imbecil da História!).
Há limites, tanto para o descaso e a arrogância dos que
detêm o poder quanto para a capacidade de sofrimento
dos comandados. “Todo poder corrompe”, disse lorde Acton a seu filho, “e o poder
absoluto corrompe de forma absoluta.”
O poder fascina, não há dúvida. Mas cega e imbeciliza.
Nos nossos dias, a Liberdade é tida como algo mais do que certo. Besteira. A
Liberdade precisa ser conquistada a cada dia. Se não faz parte do seu ativo, sua
vida será de uma passividade abjeta. Ainda assim, quantos vendem a alma e
voluntariamente aceitam a escravidão, mesmo sabendo que praticamente deixam
de ser humanos! Para os timoratos é mais fácil curvar a cabeça aos poderosos do
que defender princípios. Afinal, sempre sobram umas migalhas, não é?
As poissardes,
peixeiras do mercado
de Paris, gravura
alemã do século XIX.
A Revolução Francesa
começou com elas.
17. 17
Há um efeito colateral, entretanto: naqueles que se acostumam a rastejar, a
espinha dorsal se atrofia por falta de uso. Pouco a pouco, eles deixam de ser
bípedes...
Uma das mais antigas e honoráveis tradições da Maçonaria é a demonstração
prática de que não há desnível entre os Irmãos na Loja. Tanto no Rito Inglês
Antigo (preservado nos Estados Unidos) quanto no Rito Inglês Moderno (versão
pós-1813 da Grande Loja Unida da Inglaterra) e no Rito Schröder, alemão, a
igualdade é demonstrada pelo piso das Lojas: todos estão no mesmo plano. No
Rito Escocês, de origem francesa, o piso tem dois planos – claro, na França da
época a Maçonaria era coisa dos nobres, daí haver ao menos alguma distinção! –
porém, em contrapartida, todos os Maçons eram alçados à nobreza em Loja, tendo
o direito de portar a espada, privilégio exclusivo dos nobres.
Entre nós, décadas atrás, o Grande Oriente do Brasil, a Potência primaz, o palco da
História nacional, tomou a sábia decisão de proibir os títulos profanos em Loja. Em
Loja, o tratamento é Irmão, reconhecendo-se apenas os títulos de cargos
maçônicos.
Ridendo castigat mores
Aqueles títulos de Suleiman, que
começaram este artigo, podem até
provocar um sorriso debochado. Mas
cuidado. Não subestime a filosofia
maldosa por trás deles. Durante
séculos, os títulos explicitavam a
autoridade absoluta do governante
sobre os governados, de inculcar no
povaréu a sua dependência dos
poderosos, nesse caso o mais
poderoso de todos. Eles
reverberavam na boca de cada
sátrapa, cada esbirro desse poder,
revestido de
suas alfaias e sua arrogância, mesmo
nos rincões mais longínquos do
império. Era a versão primitiva do
sabe com quem está falando?
É rindo que se mudam os costumes,
diz o lema da Commedia dell'Arte,
uma forma de teatro improvisado,
debochado, muito popular na Itália
desde a Renascença. Teve seu auge
no século XVIII, mas continua viva
até hoje. Seu repertório básico
girava em torno de situações da vida
cotidiana, como amor, ciúme,
adultério ou velhice. Da sátira dos
defeitos humanos é que surgiu o
lema da Commedia: é rindo que se
mudam os costumes. Alguns dos
personagens mais conhecidos do
mundo teatral, como o Arlequim, surgiram dela.
O Mercado de Escravos, sátira genial de
Salvador Dali (1904-1989) já foi até capa
do Engenho & Arte #7. No detalhe
principal do quadro, dois religiosos
conversam, entre os escravos, indiferentes a
eles, a própria imagem do status quo. Olhe
de longe e você verá que eles formam o
busto de Voltaire, o mais ilustre dos
pensadores humanistas, o arauto das novas
ideias de liberdade.
18. 18
Foi assim, com sátira, deboche e humor, que Voltaire e tantos outros sábios
desbancaram a opressão da ignorância, reduzindo-a à expressão mais simples.
Candide, ou O Otimismo, um livrinho terrível do grande iluminista, continua a
encantar gerações, mesmo quando se desconhece o contexto histórico em que ele
foi produzido.
Graças a Deus, para contrabalançar a prepotência recorrente dos que se
deslumbram com o poder, sempre ressurge o velho espírito libertário humano na
presença de um novo “rebelde”.
Quando, na década de 50, perguntaram a um grande escritor americano, John
Steinbeck, autor do clássico As Vinhas da Ira, quem era o melhor dos escritores
daquela atualidade, ele disse sem pestanejar: Al Capp.
Para mim, Alfred Gerald Caplin (1909-1979)
foi o maior desenhista de quadrinhos de todos
os tempos. Fui muito influenciado pelo seu
traço limpo. Ninguém desenhava mulheres
mais deliciosas do que ele. Seus personagens,
Ferdinando (L'il Abner no original), Violeta e
Chulipa Buscapé fizeram rir o mundo inteiro,
servindo até de consolo na época sombria da
Grande Depressão.
A ironia e sátira feroz de A Família Buscapé
(como era conhecida a tirinha no Brasil)
encantaram os oprimidos, expondo os defeitos
dos poderosos para que os pobres rissem e
suportassem a situação de penúria e
desespero. Quase 60 milhões de leitores
acompanhavam a tira diariamente. Até o
Brasil se deliciou: ainda hoje, as moças
organizam as Festas de Maria Cebola, em que
elas é que tomam a iniciativa e tiram os
rapazes para dançar! Em 1952, quando
Ferdinando finalmente se casou com Violeta, jornais no mundo inteiram deram a
notícia em manchetes de primeira página .
Entre os fabulosos temas satíricos de Capp fui lembrar justamente da Baixa
Eslobóvia, um paiseco miserável, gelado, onde todo mundo passava fome e o
esporte nacional era correr dos lobos ainda mais famintos do que o povo.
Capp nunca mencionou uma das províncias, a Baixa Eslobóvia Inferior. E, como
ele não era Maçom (eu sabia que você ia acabar perguntando isso!), não sabia que
a Baixa Eslobóvia Inferior tem uma Grande Loja. Ora, se tem!
A obra de Al Capp era tão
importante, tão popular, que ele
virou capa da Time de 4 de
novembro de 1950, época em
que a mídia impressa era
absoluta.
Esta tirinha de 1948, distribuída pelo poderoso United Features Syndicate para o
mundo inteiro, dá uma visão parcial da Baixa Eslobóvia. Dizem que Al Capp se
inspirou na Sibéria. Ah, mas a Baixa Eslobóvia Inferior, podem apostar, não está
exatamente lá, não!...
19. 19
A Grande Sublime Loja da Baixa Eslobóvia Inferior
Não há dúvida, é uma Maçonaria peculiar. Como não há eletricidade, a Grande
Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior é iluminada por uma única vela, de sebo de
carneiro castrado, de uso exclusivo do Grão-Sublime-Mestre e muito fácil de
conseguir na jurisdição. Se ele sai, leva a vela consigo, até para ir ao banheiro –
ele tem um buraco no chão de uso exclusivo dele (ai de quem usá-lo: é crime
passível de expulsão!). A ralé vai para os buracos comunitários. Os habituais
puxa-sacos reivindicaram buracos exclusivos, mas o Grão-Sublime-Mestre declarou
taxativo que exclusivo só o buraco dele. Os outros... ah, os outros continuam
comunitários.
Como claridade só tem de dia, as sessões obrigatoriamente são noturnas, porque
nada nem ninguém podem brilhar mais do que o dono, oops!, quer dizer, o Grão-
Sublime-Mestre. Também ninguém pode ter uma ideia luminosa. É crime passível
de expulsão!
Embora de regime tão democrático quanto o da Horda Dourada de Gengis Khan,
a Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior periodicamente se reúne em
assembléia.
É um espetáculo lindamente deprimente, no qual os Veneráveis das três Lojas
ativas, com suas alfaias mixurucas, se perfilam junto aos 566 delegados,
assessores, esbirros e afins nomeados (dos quais pelo menos quatro têm que
obrigatoriamente comparecer por causa das votações), com seus colares e aventais
ricamente bordados e suas medalhas de Mérito por Subserviência, polidas e
brilhantes. Se sobrar lugar no Oriente, os Veneráveis são graciosamente
convidados para ouvir o Grande Capacho Superior desenrolar os títulos honoríficos
do Grão-Sublime-Mestre. Eram 312 até a última reunião, mas o Círculo Íntimo dos
Grandes Puxa-Sacos está inventando outros ainda mais lindos.
Invariavelmente, as imposições, oops!, isto é, as proposições do Grão-Sublime-
Mestre são obtidas por um simples expediente, muito eficaz:
– Aquele que ousar discordar, que fique de pé.
Claro, sendo a maçonaria baixo-esloboviana inferior um primor de unanimidade, as
nódoas destoantes devem ser isoladas. Óbvio, todo mundo sabe que se atrever a
ficar de pé é crime passível de expulsão!
Para manutenção da paz, da harmonia, da tranquilidade – e da arrecadação, é
claro! –, as reuniões sempre ratificam a vontade expressa do Grão-Sublime-Mestre.
Tão completo tem sido o sucesso desta tática que Grão-Sublimes-Mestres,
pertencentes à – ou com a bênção explícita – da Benemérita, Benfazeja, Amável,
Doce e Humilde Grande Família, sucedem-se ininterruptamente no posto há
décadas, mercê da habilidosa gestão da desinformação e da diplomacia da adulação
e da distribuição de migalhas...
Por isso e também para manutenção da paz, da harmonia, da tranquilidade – e da
arrecadação, é claro! – as eleições sempre dão ganho ao candidato do Grão-
Sublime-Mestre (muitas vezes ele mesmo...).
O rebanho, oops!, quer dizer, os votantes, nunca se lembram na eleição seguinte
de cobrar as promessas da eleição anterior... Até porque cobrar promessa eleitoral
é crime de expulsão!
Ora essa, desde quando carneiros reclamam da tosquia?
Ainda assim, ultimamente, para evitar diz-que-diz-que e desmedidas ambições em
espíritos mesquinhos, o Grão-Sublime-Mestre advertiu a choldra de que agora seu
mandato passava à vitaliciedade e que o cargo, confirmando a prática, passava a
20. 20
ser hereditário. A Instalação e Posse do
Grão-Mestre passavam a ter um novo ponto
alto, a Cerimônia do Beija-Mão e da
Impressão Digital no Saco do Todo Poderoso,
esta, é claro, de caráter rigorosamente
esotérico!
Como prêmio aos seus acólitos e, de certa
forma, como consolo, decretou o Grão-
Sublime-Mestre que os títulos dos delegados,
assessores, esbirros e afins fossem
adjetivados para maior prestígio, sendo
precedidos dos qualificativos: Grandes
Esbirros do Onipresente, Onisciente e
Inspirado Líder; Inodoros e Insípidos
Instrumentos do Superlativíssimo e Excelso
Dono da Ordem; Assistentes do Oráculo da
Vontade do Todo-Poderoso; Receptáculos dos
Eflúvios Olorosos do Intérprete de Sua
Vontade no Planeta; Bajuladores Constantes
do Superior Perpétuo e Adeptos
Subservientes e Adoradores Incondicionais do
Infalível Condutor deste Planeta; Digitais
Permanentes e Indeléveis no Saco do
Altíssimo, Poderosíssimo Grão-Sublime-
Mestre da Mui Respeitável, Luminescente,
Flatulentíssima Grande Excelsa Loja da Baixa
Eslobóvia Inferior.
Ah, em tempo: suas alfaias ganharam mais
um raminho dourado. E a saudação deixou de
ser Huzzeh!, Huzzeh!, Huzzeh!
Passou a ser Mééé!, Mééé!, Mééé!
Mostrando seu espírito piedoso e comovido
com a necessidade das três Lojas ativas da
jurisdição (as demais são apenas para fazer
A nova saudação ao Grão-Sublime-Mestre (obrigatória sob pena de expulsão) da
Mui Respeitável, Luminescente, Flatulenta e Abominável Grande Excelsa Loja da
Baixa Eslobóvia Inferior. O Grande Esbirro exibe na alfaia a insígnia da Mui Nobre
Ordem dos Néscios, Flatulentos e Onívoros Avestruzes.
Todos têm que calçar as sandálias da humildade.
Ampliação da insígnia da Mui Nobre
Ordem dos Néscios, Flatulentos e
Onívoros Avestruzes, prerrogativa
única dos Grandes Esbirros do
Onipresente, Onisciente e Inspirado
Grão-Sublime-Mestre.
Foi inspirada na Ordem da Estrita
Observância, do Barão von Hund,
que exigia completa subserviência
aos Superiores Desconhecidos.
A diferença é que os Superiores
são bem conhecidos. Ignorá-los
é crime passível de expulsão!
Um verdadeiro Grande Esbirro
(etc. etc.) se obriga a engolir
tudo que seu sagrado mestre
mandar sem questionar
absolutamente coisa alguma.
21. 21
número para a List of Lodges), o Grão-Sublime-Mestre destinou 2 patacas (do
orçamento semestral de um milhão e meio de patacas) à caridade, gesto que
trouxe lágrimas aos olhos dos Grandes Esbirros (claro, lágrimas precedidas de uma
boa espetadela de alfinete na bunda!). Afinal, não é todo dia que se vê o Grão-
Sublime-Mestre tão generoso!
Não é preciso dizer que não chorar de emoção quando o Grão-Sublime-Mestre (por
favor, encaixe aqui os 312 títulos do homem!) demonstra generosidade é crime
passível de expulsão!
Uma coisa que aborreceu profundamente o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) foi
que tinha muito Irmão morrendo, o que acarretava o desembolso de muitos
auxílios funerais. Ele então baixou um decreto (ou ato, não estou bem informado
qual) proibindo que os Irmãos morressem.
Infelizmente, como a Natureza não estava jurisdicionada à Grande Sublime Loja da
Baixa Eslobóvia Inferior, continuou morrendo gente...
Para evitar a sangria nos cofres, o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) baixou outro
(não sei também se ato ou decreto) determinando que quem fosse iniciado com
mais de 21 anos não teria direito ao auxílio-funeral, inclusive com valor retroativo
valendo para os que já tivessem sido iniciados. Ah, mas as mensalidades do plano
continuariam a ser cobradas. A quem reclamou que a constituição do país não
permitia leis que retroagissem para prejudicar, o Grão-Sublime-Mestre (idem,
idem) declarou taxativamente:
– Ora, essa lei não pegou...
Aos que reclamaram do pagamento sem o consequente benefício, ele deu aquele
sorriso benigno que lhe é peculiar e fez um discurso maravilhoso de oito horas de
duração, cujo fecho arrancou lágrimas dos presentes (claro, depois de outra
alfinetada no traseiro!):
– E assim, meus Irmãos, se depender de mim, vocês nunca precisarão de auxílio-
funeral, porque vão viver para sempre em nossa Sacrossanta e Perfeita Instituição!
Desta forma, sem oposição nem críticas (que também são motivos de expulsão!), a
Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior chegou a seu nome atual,
devidamente registrado em cartório, juntamente com as 87 variações possíveis e
imagináveis: Mui Respeitabilíssima, Sacrossantíssima, Fidelíssima, Sereníssima,
Altíssima, Flatulentíssima, Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior,
Hereditária Eternamente por Direito Divino, Salve! Salve! Salve! (esse Salve! Salve!
Salve!, para quem não sabe, faz parte do nome registrado...)
No novo brasão, aprovado por unanimidade, é claro (olha a expulsão aí, gente!),
consta a divisa A MASEMMMG – Ad Majorem Aeternus Supremus
Excelsus Magnificus Maximus Magister Gloriam (À Glória do Eterno Excelso
Magnífico Supremo Grão-Sublime-Mestre).
Infelizmente, a defecção tem sido um problema. Segundo dizem, já que os
Veneráveis e os Obreiros foram embora, vão propor que os delegados, assessores,
esbirros, puxa-sacos e afins assumam as Lojas, já que lá não ficou viv'alma. Aqui
entre nós, eles até gostaram, porque vão colocar outra faixa bordada em dourado
sobre a de delegado e mais a medalha da Mui Nobre Ordem dos Néscios,
Flatulentos e Onívoros Avestruzes.
22. 22
Só não sei se vão gostar de saber que terão que resolver um problema maior: o da
arrecadação da Mui Respeitabilíssima, Sacrossantíssima, Fidelíssima, Sereníssima,
íssima, Flatulentíssima, Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior, Hereditária
Eternamente por Direito Divino,Salve! Salve!...
Oops! Esqueci um Salve! (Tenho que tomar cuidado, porque isso, mesmo para
quem não é de lá, também é motivo de expulsão!)
Ah, como se diz em Loja, em tempo!
Sabe aquela história do início, em que o sultão Suleiman mandou invadir Malta?
De nada serviram os seus muitos títulos altissonantes. Dos 40.000 invasores
otomanos, mais de um quarto deixou seus cadáveres na ilha. Os Cavaleiros de S.
João infligiram uma derrota enorme aos guerreiros do sultão, a primeira em 35
anos. A partir daí, os vitoriosos Hospitalários passariam a ser conhecidos por
Cavaleiros de Malta. E o Império Otomano começou sua longa trajetória rumo à
insignificância. A agonia demoraria ainda três séculos, mas foi inevitável.
Finalmente, gostaria de informar, como fazem nos filmes, que qualquer semelhança
com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.
O autor não assume nenhuma responsabilidade se alguém vestir a carapuça...
Finis... (ma non tanto!)
No Dia da Baixa Eslobóvia Inferior, os Grandes Esbirros deram uma grande e monolítica
exibição, marchando em seu passo prussiano com uníssona cadência:
– Ein, Zwei! Ein, Zwei! Ein, Zwei!...
23. 23
O presente bloco
é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR
hierarquia na circulação
O Respeitável Irmão Washington Luiz Tarnowski, Mestre de Cerimônias da Loja
Estrela Mística, 3.929, REAA, GOB-SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa
Catarina, apresenta a questão seguinte.
wlt@univali.br
Em nossa última sessão, passei algumas orientações
ritualísticas e surgiu uma discussão em torno da circulação do Primeiro e
Segundo Diácono sendo:
No início da Sessão, Segundo Diácono deve ou não circular o Painel do
Grau na busca da Palavra Sagrada e ao levar a Palavra ao Segundo.
Vigilante?
No início da Sessão, o Primeiro Diácono deve ou não, antes de sair e entrar
no Oriente, fazer reverência ao Venerável Mestre.
Considerações:
A partir do momento em que o Venerável Mestre toma assento e profere:
“Meus Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja”, fica abolido apenas o Sinal, salvo
aquele inerente ao reconhecimento perpetrado pelo Vigilante, ou os
Vigilantes conforme o caso antes da abertura da Loja. Assim, os outros
procedimentos, como é o caso da circulação, prevalecem na forma de
costume.
Durante a abertura dos trabalhos na transmissão da Palavra seguem os
seguintes apontamentos. O primeiro Diácono recebe regularmente a
Palavra do Venerável saindo do Oriente pelo seu lado sudeste, sem
saudação, passa pela Coluna do Sul, cruza o eixo entre o Painel da Loja e a
6 - Perguntas & Respostas
Ir Pedro Juk
24. 24
porta do Templo, abordando então o Primeiro Vigilante. Transmitida a
Palavra o Primeiro Diácono de retorno passa diretamente pela Coluna do
Norte, ingressa no Oriente sem saudação pelo lado nordeste e se dirige até
o seu lugar.
O Segundo Diácono do seu lugar se dirige diretamente até o Primeiro
Vigilante, recebe a Palavra e em seguida vai até o Segundo Vigilante
passando pelo Norte, cruza o eixo entre o Painel da Loja e a entrada do
Oriente, abordando em seguida o Segundo Vigilante quando lhe transmite
a Palavra. Transmitida esta o Segundo Diácono passa do Sul para o Norte
cruzando o eixo entre o Painel e a porta do Templo até o seu lugar em Loja.
Pelo exposto, a Loja está ainda em procedimento de abertura assim o
Primeiro Diácono ao entrar e sair do Oriente não faz saudação pelo Sinal -
não existe o termo “reverência”. Quem saúda, saúda sempre pelo Sinal. Em
Loja aberta quem ingressa no Oriente saúda o Venerável. No caso em que
aquele que ingressar estiver empunhando (segurando um objeto de
trabalho) ele fará uma parada rápida e informal, sem inclinação do corpo
ou mesmo maneio de cabeça.
Durante o encerramento dos trabalhos a Loja está aberta, assim o
procedimento de circulação é análogo ao da entrada, todavia quando
necessário compõe-se o Sinal.
Ainda em relação à abertura dos trabalhos, a regra serve também para o
Mestre de Cerimônias no que trata o seu deslocamento em Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
AGO/2013
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br )
que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
25. 25
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul
30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte
31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
01/09 Fraternidade Blumenauense Blumenau
05/09 Fraternidade Chapecoense Chapecó
08/09 Sentinela do Sul Tubarão
17/09 Universo Florianópolis
17/09 Universo II Florianópolis
17/09 Universo III Florianópolis
Atividades das Lojas jurisdicionadas - GLSC
(Grande Florianópolis)
Data Loja Local Ordem do Dia Venerável
29.08
5ª-feira
Templários
da Nova Era
Canasvieiras Palestra do Ir Geraldo
Morgado da Loja Alferes
Tiradentes, que falará sobre
"Aspectos Morais Extraídos no
Grau de Mestre do REAA"
Clovis Petry
9158-2857
7 - destaques jb
26. 26
PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES NAS LOJAS JURISDICIONADAS AO GRANDE
ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC:
Elaborado pelo Ir Roberto Borba (Borbinha)- Cel. 9116-3301
Agosto de 2013
DIA LOJA LOCAL ATIVIDADES OBSERVAÇÕES
24 ARLS Brusque Deutsche-59 BRUSQUE Sessão Magna de
Iniciação
VM- Augusto
Horner
47.99834500
24 Bethel Fênix
(Apoio MRGLSC/GOSC)
Sede MRGLSC Cerimônia do s 15
anos do Bethel - 08
- Fênix
GOSC
24 ARLS Silencio e Fraternidade-
40
Campos Novos Loja de Mesa Local
Sede Social
COOCAM
VM-Mário César
Fagundes -
49.91071002
27. 27
Bethel Fênix: a festa dos15 anos
Amanhã, sábado dia 24, às 18h00,
a grande festa dos 15 anos de aniversário
do Bethel Fênix de Florianópolis.
Local: Grande Loja de Santa Catarina
28. 28
O Alerta do Ir. William
WILLIAM ALMEIDA DE CARVALHO
CEL: 55 61 99833719
Num dos programas da Ana Maria Braga, os bombeiros ensinaram como agir
em caso de elevador que trava, pára e dá pane.
Pelo menos 76 pessoas morreram no ano passado, porque confiaram no
zelador, que usou uma chave de fenda no elevador em pane e abriu um
certo pino.
A pessoa que estava dentro tentou sair pela metade aberta da porta do
elevador.
O elevador movimentou-se, e a pessoa foi cortada ao meio.
Há casos em que outras pessoas tiveram mãos, braços ou cabeças
decepadas.
Por isso, "NUNCA" tente sair pelo buraco ou parte aberta de um elevador em
pane!
O procedimento correto é o seguinte:
1.Aperte o botão de alarme ou o que indica que está avisando alguém.
2.Sente-se num canto. Em caso de descontrole emocional, abaixe a cabeça,
feche os olhos, e aguarde, calmamente, que venha o socorro. É apenas uma
questão de tempo.
Procure se lembrar de que você está trocando tempo ou afobação por
segurança.
3.Não aceite ajuda de simples curiosos e nem saia com o elevador aberto
pela metade!
Ele poderá subir ou descer repentinamente.
4.O BOMBEIRO, ASSIM QUE CHEGAR, VAI DESLIGAR A CHAVE GERAL DA
CASA DE MÁQUINAS E TESTAR, COM UM APARELHO, SE O ELEVADOR ESTÁ
PARADO MESMO E TOTALMENTE INOPERANTE.
Então, ele avisará a outro bombeiro, via rádio, para que faça o procedimento
junto à porta do elevador.
E o elevador irá subir ou descer, completando o ciclo dele e parando no
ponto seguro.
5.ANTES de entrar em qq elevador, sempre, verificar se ele está parado de
fato. ESPERE que as pessoas saiam ANTES de você entrar e fique atento no
número de ocupantes, se está compatível com o peso ou lotação máxima
permitida, que informa na placa do elevador!
Quando estiver muito cheio, evite entrar nele, pois poderá haver problema!
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Os bombeiros explicaram também que o elevador tem freios, suportes,
ganchos, tudo que oferece proteção total e que jamais um elevador cai, sem
mais nem menos.
Portanto, a pessoa terá que se manter calma e sem pressa. Mesmo porque
tem ar suficiente dentro dele (circulação de ar) e um grupo de pessoas pode
ficar ali por algumas horas sem problemas.
Não adianta nada entrar em pânico!
Resumindo: se ficar preso só saia com a ajuda dos bombeiros, e não com a
do zelador do prédio, ou de algum "entendido" que diz que tudo está sob
controle.
IMPORTANTE: em caso de Incêndio, JAMAIS use o elevador. Faça uso das
escadas para sair, imediatamente, do prédio.
Repasse.
Você pode ajudar a salvar algumas pessoas!
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Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais
tem novo Presidente
Maçons presentes na solenidade de Posse do Presidente do Instituto Histórico e
Geográfico de Minas Gerais, irmão Wagner Colombarolli.
Na foto: Irmão Sebastião Cardoso, Grande Comendador do Supremo Conselho do
Gr.33 - Rep. Fed.Brasil, Grão-Mestres-Ad-vitam GOMG-COMAG , Irmãos: Hiroito
Torres Laje, Cléber Meneses e Geraldo Ribeiro da Fonseca. Irmão Aloísio - Grande
Secretário Sob. Assembléia, Irmão João Alberto de Carvalho, Assessor Jurídico e
Irmão Cláudio Evangelista Pereira, Grande Orador da Assembléia.
Inúmeros outros irmãos estiveram presentes na concorrida solenidade para abraçar
os dois grandes líderes da maçonaria e da cultura mineira, Wagner Colombarolli e
Jorge Lasmar, dentre eles o irmão,também acadêmico , Antônio Pedro Nolasco.
De Barbacena para o J.B.News
Fraternal Abraço tríplice...
Geraldo Ribeiro da Fonseca....
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JB News visita GOB/SC
Registro da visita que o JB News realizou na tarde de quinta-feira (22) ao
Grão-Mestre Wagner Sandoval Batista do GOB/SC. Na foto o Ir Roberto
Borba (o nosso Correspondente Ir Borbinha), Grão-Mestre Wagner
Sandoval Barbosa e J. B.
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Rádio Sintonia 33 & JB News
Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede
Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal -
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Desfrute de qualquer um dos e-mails
para melhor comunicar-se com o JB News:
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Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
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Templo próprio da Loja 7 de Setembro nr. 7 de Rio Branco, Loja Mãe deste
editor, que neste 23 de agosto completa mais uma data natalícia de fundação.
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1 - r e t r a n s m i t i n d o
http://youtu.be/dXx-j2oeuCU
2 - A aldeia tem só 110 habitantes… Então como surpreender e fazer
um pedido de casamento diferente?
http://www.youtube.com/watch_popup?feature=player_embedded&v=EzRjs_7h_
w4
3 - Caleidoscópio Humano
Assista primeiro este:
http://blog.ted.com/2012/04/16/watch-the-tedxsummit-intro-video-the-
power-of-x/
E depois este (com as explicações):
http://www.youtube.com/embed/AOyq3IskI34