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1
JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.085
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Meu encontro com Einstein - Humberto Rhoden
Bloco 3 - IrPaulo Roberto - Sobre... A Origem??? Dos Três Graus.
Bloco 4 - Ir Hercule Spoladore - Primeiros Mestres Maçons da Maçonaria
Bloco 5 - IrJoão Guilherme C. Ribeiro - Os títulos do Sultão
Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas (Hierarquia na Circulação)
Bloco 7 - Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 23 de agosto de 2013, 235º dia do calendário gregoriano. Faltam 130 para acabar o ano.
Dia do Aviador Naval; do Caixeiro Viajante; do Ferroviário; do Internauta; da Libertação da Romênia.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
O livro trata das 4 grandes Religiões:
Judaísmo;
Cristianismo
Islamismo
Induismo - Este num só capítulo Budismo e Bramanismo juntos.
Outro capitulo é sobre o
SIMBOLISMO MAÇÔNICO procurando lincar todas as falas, símbolos, alegorias
tratadas na Maçonaria, e existentes nas religiões.
No final um capitulo pequeno:
A ALQUIMIA ESPIRITUAL.
É um livro com 540 paginas, custo R$ 50,00
podendo ser solicitado pelo mail
pansera100@gmail.com
ou telefones
(49) 3323 6080
3312 1382
9922 8585
1 - almanaque
livros & revistas
3
 1793 - Revolução Francesa: uma levée en masse foi decretada pela Convenção Nacional.
 1893 - É instalado o 1.º de uma série de cabos telegráficos submarinos - ligando a cidade da
Horta (Açores) a Lisboa (Carcavelos).
 1924 - Os planetas Terra e Marte atingem a maior aproximação desde o século XX.
 1939 - Adolf Hitler e Josef Stalin assinam um pacto de não-agressão em caso de conflito mundial.
 1940 - Segunda Guerra Mundial: Os alemães começam o bombardeio a Londres.
 1962 - John Lennon e Cynthia Powell se casam.
 1969 - O Jornal Nacional entra no ar. É o primeiro programa transmitido em cadeia nacional.
 1979 - Deserção de Alexander Godunov, estrela do Balé Bolshoi.
 1981 - Fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa Chapadão (SERC) de Chapadão do Sul, no
estado de Mato Grosso do Sul.
 1986 - A localidade portuguesa Albufeira é elevada a cidade.
 1989 - Realiza-se a Cadeia Báltica unindo os três países bálticos.
 1990 - A Alemanha Ocidental (ou RFA) e a Alemanha Oriental (ou RDA) anunciam sua união
em 3 de Outubro.
 1994 - O tufão Fred deixa mais de 700 mortos e 700 mil desabrigados na China.
 2002 - O Brasil é o 81° país a ratificar o Protocolo de Kyoto.
 2006 - A jovem austríaca Natascha Kampusch é libertada após dez anos sequestrada.
 2009 - A venezuelana Stefanía Fernández é a 6ª de seu país a ganhar o Miss Universo.
 2010 - A mexicana Jimena Navarrete é a 2º de seu país a ganhar o Miss Universo.
 Dia do Aviador Naval
 Dia do Caixeiro Viajante
 Dia do Ferroviário
 Dia da Intendência da Aeronáutica
 Dia Internacional em Memória da Escravidão e da Abolição
 Dia de Luta contra a Injustiça
 Dia do Internauta
 Dia da Libertação da Romênia (1944)
 Santa Rosa de Lima
 São Flaviano de Autun
 São Zaqueu de Jerusalém
 São Lupo
 Santa Tydfil
 Santo Irineu de Lyon
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
4

(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1880 Adotada a Grande onstituição para o Grande Conselho de Mestres Reais e
Seletos, em Detroit, USA.
1987 Fundação da Loja 7 de Setembro nr. 7 de Rio Branco, Estado do Acre.
fatos maçônicos do dia
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte
www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
5
MEU ENCONTRO COM EINSTEIN
por Humberto Rohden
Os anos de 1945 a 1946 passei na Universidade de Princeton, Estados Unidos,
aceitando uma bolsa de estudos para “Pesquisas Científicas”, oferecida por essa
Universidade.
Quase nada sabia eu, até essa data, do maior matemático do século – e talvez de
todos os tempos – que lançou as bases para a Era Atômica. Nem mesmo sabia da
sua presença em Princeton, pequena cidade derramada no meio de vasto
descampado, a uma hora de trem de New York. Cerca de um mês após minha
chegada a Princeton, passando um dia pela Mercer Street, meu companheiro
mostrou-me um sobradinho modesto em pleno bosque e quase totalmente coberto
de trepadeiras, dizendo que lá morava Albert Einstein.
Mais tarde, em companhia de outro brasileiro, consegui uma rápida visita a esse
homem solitário e taciturno. Cabeleira desregrada, barba por fazer, sapatos sem
meias, todo envolto em um vasto manto cinzento, com olhar longínquo de esfinge
em pleno deserto – lá estava esse homem cujo corpo ainda vivia na terra, mas cuja
mente habitava nas mais remotas plagas do cosmos, ou no centro invisível dos
átomos. Conversar com Einstein seria profanar a sua sagrada solidão.
Mais tarde descobri que ele costumava subir, cada manhã, o morro atrás da
Universidade, em cujo topo verde se ergue o Institute for Advanced Studies
(Instituto para Estudos Avançados), onde Einstein se encontrava com a equipe
atômica – Oppenheimer, Fermi, Bohr, von Braun, Meitner, e outros corifeus.
Durante essa subida, através do bosque, era possível a gente se encontrar com
Einstein sem ser importuntado. Ele subia quase sempre sozinho, mais cosmo-
pensado que ego-pensante. Às vezes, emparelhava eu com o silencioso peregrino
sem que ele me visse – tão longe divagava sua mente pelo mundo dos átomos ou
dos astros.
Esses encontros solitários eram a única oportunidade para expor as minhas ideias,
então ainda embrionárias, sobre a misteriosa afinidade entre Matemática,
Metafísica e Mística, que mais tarde expus em aulas e livros, com grande
estranheza dos de fora.
2 - OPINIão - Meu encontro com Einstein -
6
Já nesse tempo me convenci de que um homem pode atingir os pináculos da mais
pura ética sem o recurso a nenhuma religião particular. Einstein era o exemplo vivo
de um homem bom e feliz, ele que não professava nenhuma espécie de religião
confessional. (...) Na teologia era Einstein considerado como “ateu” – mas à luz da
verdadeira filosofia era ele um grande “místico”. Esse estranho paradoxo aconteceu
aliás, a quase todos os grandes gênios religiosos, se, executar o próprio Cristo:
eram condenados como ateus pelos teólogos dogmáticos, e admirados como
místicos pelos filósofos imparciais. É que todo o gênio profundamente religioso
sente a sua afinidade com um Poder Supremo; mas, porque não vê nesse Poder
uma pessoa, uma entidade individual, as igrejas dualistas o tacham de ateu e
irreligioso. Buda, a consciência espiritual da Ásia, nunca falou em Deus, e poderia
ser considerado como o rei dos ateus místicos.
Sendo que a matemática, quando totalmente abstrata, é o contato direto e
imediato com a alma da realidade universal, para ela, de todas as facticidades
concretas, é natural o homem, assim identificado com a Infinita e Absoluta
realidade, não dê importância às coisas individuais e finitas, que governam a vida
do homem comum. Louvores ou vitupérios, sucesso ou insucesso, vivas ou vaias,
amores ou ódios, simpatias ou antipatias – nada disto afeta e desequilibra a mente
do homem que se harmoniza com a suprema Realidade do Cosmos, com o invisível
UNO que permeia todos os VERSOS visíveis do Universo. E o que há de mais
paradoxal e maravilhoso é que esse equilíbrio entre os extremos opostos não faz do
homem cósmico um homem indiferente e frio, mas o torna sereno e benévolo para
com todas as criaturas de Deus.
Einstein, o homem místico-cósmico, era um homem amavelmente ético-humano.
Durante o longo estado de coma que pôs termo à vida de uma parenta sua, o
exímio matemático tinha tempo para ficar sentado horas inteiras à cabeceira dela,
tocando violino ou lendo os diálogo de Platão sobre a imortalidade, e quando
alguém o advertiu que a doente estava inconsciente, Einstein respondia que ela
ouvia tudo, embora não pudesse reagir visivelmente.
Um dia, a empregada quis pôr ordem na pitoresca desordem da papelada de
Einstein sobre a escrivaninha, e encontrou um cheque de mil dólares, já com
enorme atraso, marcando a leitura de um livro. Quem sabe se Einstein não jogou
alguma dessas cobiçadas preciosidades no cesto de papel velho?...
Tenho na minha pequena biblioteca dois livros de Einstein que não tratam de
matemática nem de átomos. Um deles se intitula Mein Welbild, cuja tradução
inglesa diz The word as I see it (O mundo como eu vejo). O título do outro é Aus
Meinen Spaeten Jabren (Dos meus Últimos Anos). São coletâneas, discursos e
artigos ocasionais sobre Deus, o homem, a sociedade, sobre filosofia, ética,
sociologia e política não partidária. Nas minhas aulas sobre Filosofia Univérsica,
bem como em diversos livros meus, tenho citado tópicos desses livros.
Quando, pela primeira vez, substituí o termo grego "cósmico" pela equivalente
palavra latina "univérsico", houve grande clamor nas fileiras dos que julgam não
poderem usar vocábulos não devidamente carimbados pelos dicionários infalíveis.
Hoje, porém, já têm a coragem de usar o maravilhoso adjetivo duplo "univérsico"
em lugar do termo simples "cósmico".
7
O que há de notável, quase incompreensível, nas palavras de Einstein, é do fato de
ele afirmar categoricamente que qualquer lei cósmica pode ser descoberta pelo
"puro raciocínio", como ele chama a intuição cósmica; apela para o princípio
dedutivo do a priori. Afirma que a intensa concentração mental, a diuturna
focalização no UNO do mundo do VERSO, dos efeitos ou canais. Quando professor
da Politécnica de Zurique, na Suíça, causou verdadeiro escândalo entre seus
colegas, ao afirmar que o princípio básico de toda a ciência superior era a priori-
dedutivo, e não a posteriori-indutivo. Em nossa linguagem seria: o último estágio
de processo cognoscitivo, vai do UNO ao VERSO, e não vice-versa. O homem deve
focalizar a Causa (UNO) e daí partir para os Efeitos (VERSO).
Surge a magna pergunta: Como atingir a causa, a não ser pelos efeitos?
Mas Einstein nega que haja um caminho que conduza dos efeitos para a causa, ou
no dizer dele, dos fatos, para os valores. Afirma que o mundo do UNO, da Causa,
do Valor, da Realidade, é revelado ao homem, quando ele está em condições de
receber essa revelação; o homem não pode causar esta revelação da realidade,
mas deve e pode condicioná-la. "Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de
pensar e mergulho no silêncio - e eis que a verdade me é revelada."
Na filosofia milenar da Bhagavad Gita se exprime esta verdade do modo seguinte:
"Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece."
Em nossa Filosofia Univérsica diríamos: Quando o Ego está em condições propícias,
o Eu se revela.
Ou seja: Quando o canal está aberto, as águas da fonte fluem para dentro dele.
Os teólogos diriam: Quando o homem tem fé, Deus lhe dá a graça.
No mesmo sentido disse o Cristo: "As obras que eu faço não sou eu que faço, mas
é o pai em mim que faz as obras; de mim mesmo nada posso fazer."
Em todos esses casos, não desce a essas aplicações, mas o princípio fundamental
da sua matemática é o mesmo: estabelecer condições favoráveis para que a causa
possa funcionar. As condições são do homem, mas a causa é do cosmos.
Afirma Einstein que a Matemática, quando abstrata, é absolutamente certa; mas,
quando concretizada, perde da sua certeza na razão direta da sua concretização.
Com outras palavras: A Realidade é 100% certa, ao passo que as facticidades não
acusam 100% de certeza.
Ora, é precisamente este o princípio básico de toda a verdadeira Metafísica e
Mística: a certeza que elas dão da realidade não lhes vem das facticidades, do
mundo concreto dos fatos, dominados por tempo e espaço; mas vem-lhes do
mundo da pura realidade. E, como nenhum fato pode dar certeza, também nenhum
fato pode destruir a certeza que o metafísico-místico tem da Realidade.
Certeza, firmeza, segurança, tranquilidade, consciência da Realidade, serenidade,
felicidade - tudo isto brota da fonte suprema da própria Realidade, e não pode ser
engendrado nem destruído pelas facticidades.
8
Victor Frankl, médico-psiquiatra, judeu-alemão, diretor da Politécnica Neurológica
da Universidade de Viena, escreveu livros sobre logoterapia, e aplicou essa terapia,
com grande sucesso, a seus doentes, usando na Medicina, o mesmo consciente
com a realidade central do homem (Uno, Eu).
para curar desarmonias no mundo das facticidades do homem (Verso, Ego).
Joel Goldsmith, em Honolulu, escreveu um livro intitulado A Arte de Curar pelo
Espírito, em que ele aplica o mesmo princípio a priori-dedutivo para curar doentes.
Fez diversas vezes viagem ao redor do globo, a convite de doentes, sem jamais
recorrer ao processo empírico-analítico da medicação material-mental: basta
focalizar intensamente a fonte do Uno ou Eu, e os canais do Verso ou Ego recebem
as águas vivas da saúde.
Em face disto, poderíamos acrescentar aos três MMM da matemática, Metafísica e
Mística, mais o M da Medicina, contanto que por medicina se entenda a cura pela
raiz do Uno-Eu, e não apenas a repressão de sintomas da superfície do Verso-Ego,
como faz a medicina comum.
Matemáticos, metafísicos, místicos e médicos, nos mais altos pináculos da intuição
cósmica, estão convergindo para o mesmo foco único; ou melhor, estão recebendo
da mesma Fonte para plenificar os seus canais. Basta entrar em contato direto,
imediato e pleniconsciente com a plenitude da Fonte Suprema, o UNO do Universo -
e todas as desarmonias dos canais, do Verso, serão sanadas pelo impacto desse
UNO.
Enquanto a mais pura Matemática não se tornar o princípio dominante da
Metafísica, da Mística e da Medicina, não pode haver uma melhoria substancial no
seio da humanidade.
Há quase dois mil anos, isto mesmo foi enunciado pelo maior e mais univérsico
gênio da humanidade: "Conhecereis a Verdade - e a Verdade vos libertará."
( Prefácio do livro "Einstein, o Enigma do Universo", de Humberto Rohden )
9
Este Bloco é produzido às sextas-feiras
pelo Ir. Paulo Roberto VM
da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis
Contato: prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Sobre... A Origem??? Dos Três Graus.
Os mistérios gregos... Teve como seu fundador original, Orfeu, uma
encarnação do mesmo grande Instrutor do Mundo que viera do Egito 40.000
anos a.C., como Tot ou Hermes, para pregar a doutrina da Luz Oculta. Mas
agora foi diferente a Sua Mensagem, pois se dirigia a uma raça diferente... Os
gregos... Assim sendo...
As escolas pitagóricas trabalhavam em estreita associação com o ensino dos
Mistérios, mas sem as devidas cerimônias; apresentavam uma exposição
filosófica dos mesmos grandes fatos dos mundos internos.
Os discípulos eram ali divididos em três graus, que correspondiam quase
exatamente aos dos primitivos cristãos, que os denominavam os estágios da
purificação, iluminação e perfeição, respectivamente, incluindo o último, aquilo
que São Clemente de Alexandria chama o “conhecimento científico de Deus”.
No esquema pitagórico o primeiro grau era o dos akoustokoi (ouvintes), que
participavam das discussões e palestras, porém guardavam absoluto silêncio
nas reuniões, durante dois anos, dedicando-se a escutar e aprender.
Ao finalizar tal período satisfatoriamente, eram os estudantes elegíveis para o
segundo grau, o dos mathematikoi. A matemática que aprendiam não se
restringia, no entanto, ao que atualmente entendemos por esse termo. Nós
estudamos esta ciência com um fim em si, mas entre eles era apenas uma
preparação para algo muito mais amplo, superior e mais prático. A geometria
3 - paulo roberto - " on line "
10
que conhecemos atualmente era ensinada no mundo externo, na vida comum,
como uma preparação; mas dentro destas grandes escolas o assunto era muito
mais ampliado, até o estudo e compreensão da quarta dimensão e das leis e
propriedades do espaço superior.
A geometria pode, assim, ser perfeitamente compreendida se a tomamos em
seu conjunto, não parcialmente e como uma introdução para um
desenvolvimento superior. Ela leva o homem até a compreensão de todas as
oitavas de vibrações, tanto para vastas áreas de que a ciência ainda nada
conhece, como, também, até as intricadas relações ocultas dos números, cores
e sons, as várias dimensões tridimensionais do poderoso cone espacial e a
verdadeira configuração do universo. O estudo da matemática proporciona
vasta soma de conhecimentos aos que sabem empreendê-lo corretamente e
ensina-nos a verificar como são construídos os mundos.
Os mathematikoi punham os diversos ramos da matemática (geometria, álgebra
e aritmética) e a música em relação umas com as outras, e descobriam suas
mútuas correspondências, que são notáveis. Quem saiba algo de música não
ignora que existe uma proporção fixa entre os comprimentos das cordas que
produzem determinados sons. Um piano pode ser afinado segundo certo
sistema de quintetos, e a relação dos diferentes tons, um para com o outro,
pode ser expressa pelo número de vibrações de cada tom; assim uma corda
harmônica pode ser regulada matematicamente. Isto foi descoberto primeiro
por experiências; mais tarde os matemáticos descobriram quais deveriam ser
as proporções, e depois, outra vez pela experiência, se verificou sua exatidão.
Mas a peculiaridade está em que os números que produzem uma corda
harmônica mantêm entre si a mesma relação existente entre certas partes dos
sólidos platônicos. Nossa escala, tão diferente da antiga escala grega, que
consistia de cinco tons, pode ainda deduzir-se das proporções daquelas cinco
figuras platônicas, que se estudavam há mais de dois mil anos na Grécia. Pode-
se julgar não haver muita relação entre a matemática e a música, mas por aqui
vemos que ambas são partes de um grande todo.
O terceiro grau dos pitagóricos era o dos physikoi, não os físicos no moderno
sentido desse termo, mas os estudantes da verdadeira vida interna, que
aprendiam a distinguir a vida divina sob todos os seus disfarces, e assim
podiam compreender o curso de sua evolução. Desses estudantes se exigia a
mais exaltada pureza de vida.
De Mackey é o seguinte relato da Escola de Crotona:
“Os discípulos desta escola usavam roupa simplíssima, e tendo em seu ingresso entregue todas
as suas posses ao fundo comum, submetiam-se durante três anos à pobreza voluntária, e
durante esse período se mantinham em rigoroso silêncio. Os estudantes eram divididos em
Exotéricos e Esotéricos. Esta distinção fora traçada por Pitágoras, imitando os sacerdotes
egípcios, que ministravam processo similar de instrução. Os estudantes exotéricos eram os que
assistiam às reuniões públicas, em que o sábio comunicava as instruções éticas comuns. Mas
apenas os esotéricos constituíam a verdadeira escola, e só a estes chamava Pitágoras, segundo
Jâmblico, seus companheiros e amigos. Antes da admissão do candidato aos privilégios da
escola, sua conduta anterior era rigidamente esquadrinhada, na iniciação preparatória se lhe
prescrevia o sigilo por meio de um juramento, e se submetiam sua fortaleza e autodomínio às
mais severas provas. Os irmãos, cerca de seiscentos em número, com suas esposas e filhos,
residiam num grande edifício. Todas as manhãs se planejavam as ocupações e deveres, e à
noite se apresentava um relatório das atividades do dia. Levantavam-se antes de amanhecer o
dia, para dedicar seus atos devocionais ao sol, e recitavam versos de Homero, Hesíodo, ou
algum outro poeta. Dedicavam várias horas ao estudo, após o que havia um intervalo antes de
jantar, que era ocupado em andar e em exercícios ginásticos. A alimentação consistia
principalmente de pão e mel.”
11
Conquanto não encontremos nenhum nexo direto entre a Escola de Pitágoras e
os graus da Maçonaria atual, foi profunda a influência de Pitágoras sobre
nossos Mistérios, como os maçons sempre o reconheceram.
A tradição de Pitágoras se transmitiu para as escolas Neoplatônicas, e dali
muitos de seus ensinamentos internos vieram ter a mãos cristãs, e formaram a
base de muitas das escolas de instrução mística, que nos tempos medievais
guardaram alguns dos segredos que se mantêm atualmente nos graus
maçônicos superiores.
Existe uma sucessão de ideias, tanto quanto de poder sacramental, pode-se
seguramente dizer que a escola de Pitágoras é um dos elos da cadeia da
filosofia maçônica, ainda que atualmente a maior parte dessa filosofia tenha se
desvanecido de nossos ritos. A Pitágoras se atribui o descobrimento da 47ª
proposição de Euclides, que constitui a atual joia do P.: M.: I.: na Maçonaria
inglesa, e é o fundamento não só de grande proporção da geometria exotérica,
como também, em um sentido místico, de todo o sistema dos Mistérios, e com
efeito, de todo o universo.
É impossível uma exata apreciação da influência de qualquer determinada linha
de tradição. Só podemos dizer que alguns dos ensinamentos pitagóricos,
provavelmente transmitidos por diversas linhas de descendência mutuamente
interatuantes, se misturaram com a Maçonaria da Idade Média e formaram parte
da instrução interna que esteve ligada às cerimônias herdadas de fontes
judaicas pelos construtores operativos.
Esses foram conservados secretos, sob juramento, e emergiram na Maçonaria
especulativa depois da Reforma, vindo assim a fazer parte de nosso presente
sistema maçônico.
12
Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil–LONDRINA-PR
Sabe-se que na Maçonaria antiga até 1725 existiam apenas dois graus, o de
aprendiz e o de companheiro. O grau de aprendiz praticamente nasceu com a
Maçonaria. Os jovens que trabalhavam na arte de construir eram aprendizes de
pedreiros, canteiros, pintores funileiros. Inicialmente aprendiz era também uma
função e não grau, mas com o desenvolver da Maçonaria Operativa foi o primeiro
grau a aparecer. Existia a figura do mestre de obras que também não era grau e
sim função, que era o chefe que ensinava os aprendizes e coordenava o trabalhos
da construção.
Em 1717 quando foi fundada a primeira obediência maçônica, ou até antes
desta época já se previa o aparecimento de mais um grau. As lojas já repletas de
maçons aceitos, que começaram a ser recebidos desde há muito tempo.O primeiro a
ser recebido no dia 08/06/1600 na Maçonaria Operativa, que não era ligado às
construções e sim um abastado fazendeiro foi um Irmão de nome John Boswel, na
Loja Capela de Santa Maria (Saint-Mary Chapell) de Edinburgh – Escócia – Portanto,
117 anos antes da fundação da GrandeLoja de Londres. A Maçonaria Operativa
estava decadente. Estava se renovando.
O grau de Aprendiz uma vez criado como grau tinha uma situação estranha.
Havia os aprendizes júniores(novos aprendizes) que tomavam assento ao Norte,
onde simbolicamente não havia luz e suas funções eram justamente proteger a Loja
dos Cowans e bisbilhoteiros eos aprendizes sêniores (aprendizes mais velhos na
Ordem) tomavam assento no Sul e suas funções eram atender, recepcionar e dar
boas vindas aos estrangeiros. Havia no mesmo grau, uma descriminação de
trabalho. Havia duas classes de aprendizes, os velhos e os novos cada qual com
funções diferentes.Pelo menos estas informações constam da “Maçonaria Dissecada”
(MasonryDissected) de Samuel Prichard publicado no jornal londrino “The
DallyJournal” nos dias 02, 21,23 e 31/10/1730, causando estas informações um
verdadeiro escândalo porque foram publicados para profanos os chamados segredos
da Maçonaria.E Prichard publicou o ritual praticado antes de 1717. Os catecismos
(futuros rituais) nas sessões não eram lidos e sim decorados. Prichard passou tudo
no papel e publicou no jornal. Considerado traidor na época.
O grau de companheiro já tinha sido criado anteriormente. Fala-se dele
desde 1598, mas com certeza com prova documental foi criado em 1670. O
Manuscrito de Sloane(3) (1640-1700) tem em seu conteúdo uma forma de
juramento que sugere a existência de dois graus esotéricos, que seriam o de o de
aprendiz e companheiro.
Em 1724 fundou-se em Londres, uma sociedade formada por mestres de
obras e músicos que se reunia na Taverna Cabeça da Rainha. O número de homens
4 - primeiros mestres maçons da maçonaria
Ir Hercule Spoladore
13
que fundaram esta sociedade era pequeno, mas tratava-se de pessoas muito cultas
e interessadas em música e arquitetura. Foi denominada de Philo
MusicaeetArquitecturae Societas Apollini. Seus fundadores eram maçons
pertencentes a uma loja, a qual tinha como venerável o Duque de Richmond, que
foi em seguida eleito Grão-Mestre da Grande Loja de Londres. Uma das condições
para pertencer á esta sociedade era justamente que todos os associados fossem
maçons. Esta Sociedade, durante seus trabalhos culturais setransformava em
determinada hora em uma loja maçônica simples como eram as sessões na época e
fazia por conta própria, de forma irregular as recepções (hoje iniciações) e as
elevações.A Sociedade apareceu poucos anos após da fundação da primeira
obediência, mais precisamente sete anos, ainda prevalecia a tradição “maçom livre
em loja livre”. Adotaram um livro de Constituições da Ordem, no qual hoje
depositado na Biblioteca Britânica o qual consta na sua pagina umsubtítulo –
“Armas e Procedimentos de seus Fundadores”. Quando um mestre de obras
exemplar ou um músico talentoso mesmo sendo profano era convidado a pertencer
a esta Sociedade, transformavam este local de reuniões profanas em uma loja
tosca, muito simples e realizavam a Cerimônia de Recepção, que não era tão
rebuscada como as atuais iniciações.
Todavia uma das regras da Sociedade era que nenhuma pessoa que
não fosse maçom fosse recebida como visitante. Na sua constituição estão
relacionados todos os membrosfundadores da mesma, com detalhesde quando e
aonde se tornaram maçons.
Esta situação causou problemas na novel Grande Loja de Londres, porque
isto tudo que está sendo afirmado, estava registrado em atas e especialmente
quando os estudiosos pesquisassem as possíveis origens do terceiro grau ficariam
surpresos e na duvida. E esta forma de como surgiu o terceiro grau certamente
ocasionaria embaraços, mas toda esta história aconteceu assim e está relatada
eregistrada na Biblioteca da Grande Loja Unida da Inglaterra.
Esta Sociedade, por sua conta própria em se considerou fundada em
18/02/1725.
Em 22/12/1724, mesmo antes da Sociedade Apollini ser fundada oficialmente
num encontro presidido pelo Conde Richmond já grão-mestre ele atuou como
Mestre sendo recebido (iniciado) o profano Charles Cotton.
Em 18/02/1725 dia da fundação oficial da Sociedade foram elevados a
companheiros Charles Cotton, Papillon Bul e M. Thomas Marschal.
Em 12/05/1725 foram elevados à Mestre os Irmãos Charles Cotton e
Papillon Bull, assim consta das atas da Sociedade, mesmo que este terceiro grau
fosse totalmente irregular, por ter sido conferido em sessão de uma sociedade
profana e não uma loja. Foi enviada uma carta à Grande Loja de Londres com uma
relação de sete Irmãosprincipais fundadores da e Oficiais da Societas Apollini.
Parece que a Grande Loja ignorou a comunicação, mas a Sociedade recebeuvisita
do 2º Grande Vigilante da Grande Loja de Londres em 02/09/1725 e do Primeiro
Grande Vigilante em 23/12/1725 e ao que se se sabe no mesmo ano que a
Sociedade encerrou suas atividades no inicio de 1726.
Mas de qualquer forma esta é a prova primaria do aparecimento dos
primeiros mestres maçons do mundo. Não se sabe qual foi critério usado para estes
dois Irmãos se tornarem mestres.
Há autores que afirmam ter tido o terceiro grau origem na França, mas não
comprovam tal afirmação através de documentos.
A lenda de Hiran não existia. O primeiro ensaio sobre esta lenda aparece no
Manuscrito de Grahan, em 1726, como uma lenda Noaquita em quese menciona a
14
procura do corpo de Noé, pelos seus três filhos Sam Sem e Jafet para descobrirem
a palavra secreta da aliança de Noé com Deus.
Quando Prichard em 1730 publicou os propalados segredos da Maçonaria, já
havia uma versão semelhante, com muita analogia, da versão que conhecemos
hoje no terceiro grau. Apenas cinco anos após.
Assim de maneira estranha, porem relatada através das atas existentes, é
comprovado o aparecimento dos dois primeiros mestres do mundo.
O grau três foi finalmente incorporado ao ritual em 1738. Surge uma dúvida.
O Conde de Richmond era grão-mestre, mas era companheiro. E até 1738 os grão-
mestres ainda eram companheiros oficialmente. Então como ele pode elevar os dois
companheiros ao grau de mestre? Possivelmente isto foi feito de forma irregular,
mas de qualquer forma está registrado, sendo uma prova primária indiscutível. Ela
é documental. Se já havia outros mestres, estes não foram registrados em
documentos hábeis. Mas presume-se que a partir de 1725 começaram a usar o
grau de mestre de fato,mas não de direito. A partir de 1738 o grau de mestre foi
oficializado. Possivelmente todos os fundadores da Sociedade, se fizeram mestres
desde 1725 e a Grande Loja de Londres regular assumiu aos pousos esta situação
criada, incluindo seu uso nos rituais oficiais. Afinal de contas naquela épocaera
necessário que fosse criado o terceiro grau.
Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – LONDRINA- PR
Referências
CARVALHO, Francisco de Assis“A Maçonaria –Usos &Costumes. Volume 2
Cadernos de Estudos Maçônicos
Editora “A Trolha Ltda.” Londrina – 1955
PRICHARD, Samuel “Maçonaria Dissecada” ( MasonryDissected)
Tradução de Xico Trolha
Editora“A Trolha Ltda.” – Londrina – 2002
15
Os Títulos do Sultão
Irm. João Guilherme C. Ribeiro
(Originalmente publicada no Engenho & Arte #17)
Nunca fiz senão uma única oração a Deus:
'Oh, Senhor, torna ridículos os meus inimigos.' E Deus me atendeu.
Voltaire (1698-1778)
Os títulos de Suleiman ressoaram através da sala
do alto conselho como um rufar de tambores:
Sultão dos Otomanos, Deputado de Alá na Terra,
Senhor dos Senhores deste Mundo, Possessor dos
Pescoços dos Homens, Rei dos Crentes e dos
Infiéis, Rei dos Reis, Imperador do Oriente e do
Ocidente, Imperador dos Chakans da Grande
Autoridade, Príncipe e Senhor da Felicíssima
Constelação, César Majestoso, Selo da Vitória,
Refúgio de todos os Povos do Mundo inteiro,
Sombra do Todo Poderoso dispensando a Paz na
Terra...
Seus ministros, almirantes e generais prostraram-
se e deixaram o recinto. Corria o ano de 1564, e
Suleiman, o primeiro, sultão da Turquia, tinha
setenta anos. Ele tinha acabado de tomar a
decisão de atacar a ilha de Malta, na primavera do
ano seguinte.”
Assim Ernle Bradford começa seu clássico The
Great Siege (O Grande Cerco), um livro que a
Penguin Books publica em repetidas edições desde 1964, sobre o assédio turco à
cidadela dos Cavaleiros de S. João ou, como eram mais conhecidos, os
Hospitalários.
O Império Otomano atingia o auge com ele. Como indicam seus títulos, ele tinha
um poder tão absoluto sobre seus súditos, que é difícil entender nos dias atuais,
pelo menos no mundo ocidental. Mais ainda entre nós, Maçons.
Se hoje é diferente, muito é devido à Maçonaria. Sempre que digo isso, eu me
divirto com o espanto ou a incredulidade que esse comentário provoca.
Então vamos raciocinar por absurdo. Hoje, as ideias de equivalência dos três
poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, da lei comum acima de todos,
governados e governantes, são tão arraigadas entre nós, que fica difícil imaginar
como era antes.
Mas pense: nos séculos XVII e XVIII, que não estão tão distantes assim, só havia
um lugar em que o poder executivo era eleito e o seu detentor tinha um período
finito para permanecer no poder: as Lojas maçônicas. Nenhum outro, ao que eu
saiba. Foi nelas, cadinho das ideias naquele tempo, que se pôde vislumbrar um
5 - os títulos do sultão - Ir João Guilherme C. Ribeiro
16
outro tipo de sociedade mais justa, equânime e universal. Mas não aconteceu do
dia para a noite nem tranquilamente. Até porque os detentores de benesses e
privilégios não abrem mão deles sem pressão. Como disse John Kennedy, com
muitíssima propriedade, “aqueles que impedem o caminho da evolução pacífica
preparam o caminho da revolução violenta”.
O primeiro experimento de governo baseado na primazia de leis sem privilégios foi
de inspiração maçônica, o Estado criado pela federação das 13 colônias americanas
que se emanciparam. O estado de espírito para esse experimento amadureceu na
discussão livre das ideias e prática democrática das Lojas. Quando vieram as ideias
emancipadoras dos Iluministas, essas Lojas seriam os canais naturais de sua
disseminação – e não eram Maçons os enciclopedistas, aqueles benfeitores que
compilaram e engrandeceram o conhecimento humano, disponibilizando-o para as
massas pela primeira vez? Não foi o esforço incrível da Enciclopédia a obra de uma
elite de Maçons?
Não tivesse sido o poder absoluto da realeza na França tão cego, tão incompetente,
tão estúpido; não tivesse sido o clero tão egoísta nos seus privilégios e tão ausente
de suas obrigações espirituais; não tivesse sido o povo tão absurdamente
esmagado pelo sofrimento e pela desesperança, é possível que as reformas
iniciadas pelos Maçons – como a abolição da tortura como método legal de obter
confissões – tivessem conseguido a reforma do Estado sem derramamento de
sangue.
Cherchez la femme
Poucos se lembram que a Revolução francesa começou
pelas mulheres. As poissardes, mulheres do mercado
de peixe de Paris, revoltaram-se ao saber do banquete
na corte de Luís XVI. Para elas, cansadas de barrigas
vazias e panelas inúteis, era um acinte à população que
passava fome. Então, brandindo cutelos, forcados e
facões, marcharam até o palácio de Versalhes, num
subúrbio distante da capital, invadiram-no,
massacraram a guarda e arrastaram a família real para
Paris. Começou aí a convulsão que levaria à guilhotina
o Ancien Régime e, com ele, não apenas os
privilegiados inconsequentes, mas também, como em
todas as revoluções sangrentas, a nata pensante, os
bons, os inocentes e os sábios, como Lavoisier (“A
revolução não precisa de sábios”, disse o carrasco mais
imbecil da História!).
Há limites, tanto para o descaso e a arrogância dos que
detêm o poder quanto para a capacidade de sofrimento
dos comandados. “Todo poder corrompe”, disse lorde Acton a seu filho, “e o poder
absoluto corrompe de forma absoluta.”
O poder fascina, não há dúvida. Mas cega e imbeciliza.
Nos nossos dias, a Liberdade é tida como algo mais do que certo. Besteira. A
Liberdade precisa ser conquistada a cada dia. Se não faz parte do seu ativo, sua
vida será de uma passividade abjeta. Ainda assim, quantos vendem a alma e
voluntariamente aceitam a escravidão, mesmo sabendo que praticamente deixam
de ser humanos! Para os timoratos é mais fácil curvar a cabeça aos poderosos do
que defender princípios. Afinal, sempre sobram umas migalhas, não é?
As poissardes,
peixeiras do mercado
de Paris, gravura
alemã do século XIX.
A Revolução Francesa
começou com elas.
17
Há um efeito colateral, entretanto: naqueles que se acostumam a rastejar, a
espinha dorsal se atrofia por falta de uso. Pouco a pouco, eles deixam de ser
bípedes...
Uma das mais antigas e honoráveis tradições da Maçonaria é a demonstração
prática de que não há desnível entre os Irmãos na Loja. Tanto no Rito Inglês
Antigo (preservado nos Estados Unidos) quanto no Rito Inglês Moderno (versão
pós-1813 da Grande Loja Unida da Inglaterra) e no Rito Schröder, alemão, a
igualdade é demonstrada pelo piso das Lojas: todos estão no mesmo plano. No
Rito Escocês, de origem francesa, o piso tem dois planos – claro, na França da
época a Maçonaria era coisa dos nobres, daí haver ao menos alguma distinção! –
porém, em contrapartida, todos os Maçons eram alçados à nobreza em Loja, tendo
o direito de portar a espada, privilégio exclusivo dos nobres.
Entre nós, décadas atrás, o Grande Oriente do Brasil, a Potência primaz, o palco da
História nacional, tomou a sábia decisão de proibir os títulos profanos em Loja. Em
Loja, o tratamento é Irmão, reconhecendo-se apenas os títulos de cargos
maçônicos.
Ridendo castigat mores
Aqueles títulos de Suleiman, que
começaram este artigo, podem até
provocar um sorriso debochado. Mas
cuidado. Não subestime a filosofia
maldosa por trás deles. Durante
séculos, os títulos explicitavam a
autoridade absoluta do governante
sobre os governados, de inculcar no
povaréu a sua dependência dos
poderosos, nesse caso o mais
poderoso de todos. Eles
reverberavam na boca de cada
sátrapa, cada esbirro desse poder,
revestido de
suas alfaias e sua arrogância, mesmo
nos rincões mais longínquos do
império. Era a versão primitiva do
sabe com quem está falando?
É rindo que se mudam os costumes,
diz o lema da Commedia dell'Arte,
uma forma de teatro improvisado,
debochado, muito popular na Itália
desde a Renascença. Teve seu auge
no século XVIII, mas continua viva
até hoje. Seu repertório básico
girava em torno de situações da vida
cotidiana, como amor, ciúme,
adultério ou velhice. Da sátira dos
defeitos humanos é que surgiu o
lema da Commedia: é rindo que se
mudam os costumes. Alguns dos
personagens mais conhecidos do
mundo teatral, como o Arlequim, surgiram dela.
O Mercado de Escravos, sátira genial de
Salvador Dali (1904-1989) já foi até capa
do Engenho & Arte #7. No detalhe
principal do quadro, dois religiosos
conversam, entre os escravos, indiferentes a
eles, a própria imagem do status quo. Olhe
de longe e você verá que eles formam o
busto de Voltaire, o mais ilustre dos
pensadores humanistas, o arauto das novas
ideias de liberdade.
18
Foi assim, com sátira, deboche e humor, que Voltaire e tantos outros sábios
desbancaram a opressão da ignorância, reduzindo-a à expressão mais simples.
Candide, ou O Otimismo, um livrinho terrível do grande iluminista, continua a
encantar gerações, mesmo quando se desconhece o contexto histórico em que ele
foi produzido.
Graças a Deus, para contrabalançar a prepotência recorrente dos que se
deslumbram com o poder, sempre ressurge o velho espírito libertário humano na
presença de um novo “rebelde”.
Quando, na década de 50, perguntaram a um grande escritor americano, John
Steinbeck, autor do clássico As Vinhas da Ira, quem era o melhor dos escritores
daquela atualidade, ele disse sem pestanejar: Al Capp.
Para mim, Alfred Gerald Caplin (1909-1979)
foi o maior desenhista de quadrinhos de todos
os tempos. Fui muito influenciado pelo seu
traço limpo. Ninguém desenhava mulheres
mais deliciosas do que ele. Seus personagens,
Ferdinando (L'il Abner no original), Violeta e
Chulipa Buscapé fizeram rir o mundo inteiro,
servindo até de consolo na época sombria da
Grande Depressão.
A ironia e sátira feroz de A Família Buscapé
(como era conhecida a tirinha no Brasil)
encantaram os oprimidos, expondo os defeitos
dos poderosos para que os pobres rissem e
suportassem a situação de penúria e
desespero. Quase 60 milhões de leitores
acompanhavam a tira diariamente. Até o
Brasil se deliciou: ainda hoje, as moças
organizam as Festas de Maria Cebola, em que
elas é que tomam a iniciativa e tiram os
rapazes para dançar! Em 1952, quando
Ferdinando finalmente se casou com Violeta, jornais no mundo inteiram deram a
notícia em manchetes de primeira página .
Entre os fabulosos temas satíricos de Capp fui lembrar justamente da Baixa
Eslobóvia, um paiseco miserável, gelado, onde todo mundo passava fome e o
esporte nacional era correr dos lobos ainda mais famintos do que o povo.
Capp nunca mencionou uma das províncias, a Baixa Eslobóvia Inferior. E, como
ele não era Maçom (eu sabia que você ia acabar perguntando isso!), não sabia que
a Baixa Eslobóvia Inferior tem uma Grande Loja. Ora, se tem!
A obra de Al Capp era tão
importante, tão popular, que ele
virou capa da Time de 4 de
novembro de 1950, época em
que a mídia impressa era
absoluta.
Esta tirinha de 1948, distribuída pelo poderoso United Features Syndicate para o
mundo inteiro, dá uma visão parcial da Baixa Eslobóvia. Dizem que Al Capp se
inspirou na Sibéria. Ah, mas a Baixa Eslobóvia Inferior, podem apostar, não está
exatamente lá, não!...
19
A Grande Sublime Loja da Baixa Eslobóvia Inferior
Não há dúvida, é uma Maçonaria peculiar. Como não há eletricidade, a Grande
Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior é iluminada por uma única vela, de sebo de
carneiro castrado, de uso exclusivo do Grão-Sublime-Mestre e muito fácil de
conseguir na jurisdição. Se ele sai, leva a vela consigo, até para ir ao banheiro –
ele tem um buraco no chão de uso exclusivo dele (ai de quem usá-lo: é crime
passível de expulsão!). A ralé vai para os buracos comunitários. Os habituais
puxa-sacos reivindicaram buracos exclusivos, mas o Grão-Sublime-Mestre declarou
taxativo que exclusivo só o buraco dele. Os outros... ah, os outros continuam
comunitários.
Como claridade só tem de dia, as sessões obrigatoriamente são noturnas, porque
nada nem ninguém podem brilhar mais do que o dono, oops!, quer dizer, o Grão-
Sublime-Mestre. Também ninguém pode ter uma ideia luminosa. É crime passível
de expulsão!
Embora de regime tão democrático quanto o da Horda Dourada de Gengis Khan,
a Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior periodicamente se reúne em
assembléia.
É um espetáculo lindamente deprimente, no qual os Veneráveis das três Lojas
ativas, com suas alfaias mixurucas, se perfilam junto aos 566 delegados,
assessores, esbirros e afins nomeados (dos quais pelo menos quatro têm que
obrigatoriamente comparecer por causa das votações), com seus colares e aventais
ricamente bordados e suas medalhas de Mérito por Subserviência, polidas e
brilhantes. Se sobrar lugar no Oriente, os Veneráveis são graciosamente
convidados para ouvir o Grande Capacho Superior desenrolar os títulos honoríficos
do Grão-Sublime-Mestre. Eram 312 até a última reunião, mas o Círculo Íntimo dos
Grandes Puxa-Sacos está inventando outros ainda mais lindos.
Invariavelmente, as imposições, oops!, isto é, as proposições do Grão-Sublime-
Mestre são obtidas por um simples expediente, muito eficaz:
– Aquele que ousar discordar, que fique de pé.
Claro, sendo a maçonaria baixo-esloboviana inferior um primor de unanimidade, as
nódoas destoantes devem ser isoladas. Óbvio, todo mundo sabe que se atrever a
ficar de pé é crime passível de expulsão!
Para manutenção da paz, da harmonia, da tranquilidade – e da arrecadação, é
claro! –, as reuniões sempre ratificam a vontade expressa do Grão-Sublime-Mestre.
Tão completo tem sido o sucesso desta tática que Grão-Sublimes-Mestres,
pertencentes à – ou com a bênção explícita – da Benemérita, Benfazeja, Amável,
Doce e Humilde Grande Família, sucedem-se ininterruptamente no posto há
décadas, mercê da habilidosa gestão da desinformação e da diplomacia da adulação
e da distribuição de migalhas...
Por isso e também para manutenção da paz, da harmonia, da tranquilidade – e da
arrecadação, é claro! – as eleições sempre dão ganho ao candidato do Grão-
Sublime-Mestre (muitas vezes ele mesmo...).
O rebanho, oops!, quer dizer, os votantes, nunca se lembram na eleição seguinte
de cobrar as promessas da eleição anterior... Até porque cobrar promessa eleitoral
é crime de expulsão!
Ora essa, desde quando carneiros reclamam da tosquia?
Ainda assim, ultimamente, para evitar diz-que-diz-que e desmedidas ambições em
espíritos mesquinhos, o Grão-Sublime-Mestre advertiu a choldra de que agora seu
mandato passava à vitaliciedade e que o cargo, confirmando a prática, passava a
20
ser hereditário. A Instalação e Posse do
Grão-Mestre passavam a ter um novo ponto
alto, a Cerimônia do Beija-Mão e da
Impressão Digital no Saco do Todo Poderoso,
esta, é claro, de caráter rigorosamente
esotérico!
Como prêmio aos seus acólitos e, de certa
forma, como consolo, decretou o Grão-
Sublime-Mestre que os títulos dos delegados,
assessores, esbirros e afins fossem
adjetivados para maior prestígio, sendo
precedidos dos qualificativos: Grandes
Esbirros do Onipresente, Onisciente e
Inspirado Líder; Inodoros e Insípidos
Instrumentos do Superlativíssimo e Excelso
Dono da Ordem; Assistentes do Oráculo da
Vontade do Todo-Poderoso; Receptáculos dos
Eflúvios Olorosos do Intérprete de Sua
Vontade no Planeta; Bajuladores Constantes
do Superior Perpétuo e Adeptos
Subservientes e Adoradores Incondicionais do
Infalível Condutor deste Planeta; Digitais
Permanentes e Indeléveis no Saco do
Altíssimo, Poderosíssimo Grão-Sublime-
Mestre da Mui Respeitável, Luminescente,
Flatulentíssima Grande Excelsa Loja da Baixa
Eslobóvia Inferior.
Ah, em tempo: suas alfaias ganharam mais
um raminho dourado. E a saudação deixou de
ser Huzzeh!, Huzzeh!, Huzzeh!
Passou a ser Mééé!, Mééé!, Mééé!
Mostrando seu espírito piedoso e comovido
com a necessidade das três Lojas ativas da
jurisdição (as demais são apenas para fazer
A nova saudação ao Grão-Sublime-Mestre (obrigatória sob pena de expulsão) da
Mui Respeitável, Luminescente, Flatulenta e Abominável Grande Excelsa Loja da
Baixa Eslobóvia Inferior. O Grande Esbirro exibe na alfaia a insígnia da Mui Nobre
Ordem dos Néscios, Flatulentos e Onívoros Avestruzes.
Todos têm que calçar as sandálias da humildade.
Ampliação da insígnia da Mui Nobre
Ordem dos Néscios, Flatulentos e
Onívoros Avestruzes, prerrogativa
única dos Grandes Esbirros do
Onipresente, Onisciente e Inspirado
Grão-Sublime-Mestre.
Foi inspirada na Ordem da Estrita
Observância, do Barão von Hund,
que exigia completa subserviência
aos Superiores Desconhecidos.
A diferença é que os Superiores
são bem conhecidos. Ignorá-los
é crime passível de expulsão!
Um verdadeiro Grande Esbirro
(etc. etc.) se obriga a engolir
tudo que seu sagrado mestre
mandar sem questionar
absolutamente coisa alguma.
21
número para a List of Lodges), o Grão-Sublime-Mestre destinou 2 patacas (do
orçamento semestral de um milhão e meio de patacas) à caridade, gesto que
trouxe lágrimas aos olhos dos Grandes Esbirros (claro, lágrimas precedidas de uma
boa espetadela de alfinete na bunda!). Afinal, não é todo dia que se vê o Grão-
Sublime-Mestre tão generoso!
Não é preciso dizer que não chorar de emoção quando o Grão-Sublime-Mestre (por
favor, encaixe aqui os 312 títulos do homem!) demonstra generosidade é crime
passível de expulsão!
Uma coisa que aborreceu profundamente o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) foi
que tinha muito Irmão morrendo, o que acarretava o desembolso de muitos
auxílios funerais. Ele então baixou um decreto (ou ato, não estou bem informado
qual) proibindo que os Irmãos morressem.
Infelizmente, como a Natureza não estava jurisdicionada à Grande Sublime Loja da
Baixa Eslobóvia Inferior, continuou morrendo gente...
Para evitar a sangria nos cofres, o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) baixou outro
(não sei também se ato ou decreto) determinando que quem fosse iniciado com
mais de 21 anos não teria direito ao auxílio-funeral, inclusive com valor retroativo
valendo para os que já tivessem sido iniciados. Ah, mas as mensalidades do plano
continuariam a ser cobradas. A quem reclamou que a constituição do país não
permitia leis que retroagissem para prejudicar, o Grão-Sublime-Mestre (idem,
idem) declarou taxativamente:
– Ora, essa lei não pegou...
Aos que reclamaram do pagamento sem o consequente benefício, ele deu aquele
sorriso benigno que lhe é peculiar e fez um discurso maravilhoso de oito horas de
duração, cujo fecho arrancou lágrimas dos presentes (claro, depois de outra
alfinetada no traseiro!):
– E assim, meus Irmãos, se depender de mim, vocês nunca precisarão de auxílio-
funeral, porque vão viver para sempre em nossa Sacrossanta e Perfeita Instituição!
Desta forma, sem oposição nem críticas (que também são motivos de expulsão!), a
Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior chegou a seu nome atual,
devidamente registrado em cartório, juntamente com as 87 variações possíveis e
imagináveis: Mui Respeitabilíssima, Sacrossantíssima, Fidelíssima, Sereníssima,
Altíssima, Flatulentíssima, Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior,
Hereditária Eternamente por Direito Divino, Salve! Salve! Salve! (esse Salve! Salve!
Salve!, para quem não sabe, faz parte do nome registrado...)
No novo brasão, aprovado por unanimidade, é claro (olha a expulsão aí, gente!),
consta a divisa A MASEMMMG – Ad Majorem Aeternus Supremus
Excelsus Magnificus Maximus Magister Gloriam (À Glória do Eterno Excelso
Magnífico Supremo Grão-Sublime-Mestre).
Infelizmente, a defecção tem sido um problema. Segundo dizem, já que os
Veneráveis e os Obreiros foram embora, vão propor que os delegados, assessores,
esbirros, puxa-sacos e afins assumam as Lojas, já que lá não ficou viv'alma. Aqui
entre nós, eles até gostaram, porque vão colocar outra faixa bordada em dourado
sobre a de delegado e mais a medalha da Mui Nobre Ordem dos Néscios,
Flatulentos e Onívoros Avestruzes.
22
Só não sei se vão gostar de saber que terão que resolver um problema maior: o da
arrecadação da Mui Respeitabilíssima, Sacrossantíssima, Fidelíssima, Sereníssima,
íssima, Flatulentíssima, Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior, Hereditária
Eternamente por Direito Divino,Salve! Salve!...
Oops! Esqueci um Salve! (Tenho que tomar cuidado, porque isso, mesmo para
quem não é de lá, também é motivo de expulsão!)
Ah, como se diz em Loja, em tempo!
Sabe aquela história do início, em que o sultão Suleiman mandou invadir Malta?
De nada serviram os seus muitos títulos altissonantes. Dos 40.000 invasores
otomanos, mais de um quarto deixou seus cadáveres na ilha. Os Cavaleiros de S.
João infligiram uma derrota enorme aos guerreiros do sultão, a primeira em 35
anos. A partir daí, os vitoriosos Hospitalários passariam a ser conhecidos por
Cavaleiros de Malta. E o Império Otomano começou sua longa trajetória rumo à
insignificância. A agonia demoraria ainda três séculos, mas foi inevitável.
Finalmente, gostaria de informar, como fazem nos filmes, que qualquer semelhança
com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência.
O autor não assume nenhuma responsabilidade se alguém vestir a carapuça...
Finis... (ma non tanto!)
No Dia da Baixa Eslobóvia Inferior, os Grandes Esbirros deram uma grande e monolítica
exibição, marchando em seu passo prussiano com uníssona cadência:
– Ein, Zwei! Ein, Zwei! Ein, Zwei!...
23
O presente bloco
é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR
hierarquia na circulação
O Respeitável Irmão Washington Luiz Tarnowski, Mestre de Cerimônias da Loja
Estrela Mística, 3.929, REAA, GOB-SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa
Catarina, apresenta a questão seguinte.
wlt@univali.br
Em nossa última sessão, passei algumas orientações
ritualísticas e surgiu uma discussão em torno da circulação do Primeiro e
Segundo Diácono sendo:
No início da Sessão, Segundo Diácono deve ou não circular o Painel do
Grau na busca da Palavra Sagrada e ao levar a Palavra ao Segundo.
Vigilante?
No início da Sessão, o Primeiro Diácono deve ou não, antes de sair e entrar
no Oriente, fazer reverência ao Venerável Mestre.
Considerações:
A partir do momento em que o Venerável Mestre toma assento e profere:
“Meus Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja”, fica abolido apenas o Sinal, salvo
aquele inerente ao reconhecimento perpetrado pelo Vigilante, ou os
Vigilantes conforme o caso antes da abertura da Loja. Assim, os outros
procedimentos, como é o caso da circulação, prevalecem na forma de
costume.
Durante a abertura dos trabalhos na transmissão da Palavra seguem os
seguintes apontamentos. O primeiro Diácono recebe regularmente a
Palavra do Venerável saindo do Oriente pelo seu lado sudeste, sem
saudação, passa pela Coluna do Sul, cruza o eixo entre o Painel da Loja e a
6 - Perguntas & Respostas
Ir Pedro Juk
24
porta do Templo, abordando então o Primeiro Vigilante. Transmitida a
Palavra o Primeiro Diácono de retorno passa diretamente pela Coluna do
Norte, ingressa no Oriente sem saudação pelo lado nordeste e se dirige até
o seu lugar.
O Segundo Diácono do seu lugar se dirige diretamente até o Primeiro
Vigilante, recebe a Palavra e em seguida vai até o Segundo Vigilante
passando pelo Norte, cruza o eixo entre o Painel da Loja e a entrada do
Oriente, abordando em seguida o Segundo Vigilante quando lhe transmite
a Palavra. Transmitida esta o Segundo Diácono passa do Sul para o Norte
cruzando o eixo entre o Painel e a porta do Templo até o seu lugar em Loja.
Pelo exposto, a Loja está ainda em procedimento de abertura assim o
Primeiro Diácono ao entrar e sair do Oriente não faz saudação pelo Sinal -
não existe o termo “reverência”. Quem saúda, saúda sempre pelo Sinal. Em
Loja aberta quem ingressa no Oriente saúda o Venerável. No caso em que
aquele que ingressar estiver empunhando (segurando um objeto de
trabalho) ele fará uma parada rápida e informal, sem inclinação do corpo
ou mesmo maneio de cabeça.
Durante o encerramento dos trabalhos a Loja está aberta, assim o
procedimento de circulação é análogo ao da entrada, todavia quando
necessário compõe-se o Sinal.
Ainda em relação à abertura dos trabalhos, a regra serve também para o
Mestre de Cerimônias no que trata o seu deslocamento em Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
AGO/2013
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br )
que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
25
Lojas Aniversariantes da GLSC
Data Nome Oriente
30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul
30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte
31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis
01/09 Fraternidade Blumenauense Blumenau
05/09 Fraternidade Chapecoense Chapecó
08/09 Sentinela do Sul Tubarão
17/09 Universo Florianópolis
17/09 Universo II Florianópolis
17/09 Universo III Florianópolis
Atividades das Lojas jurisdicionadas - GLSC
(Grande Florianópolis)
Data Loja Local Ordem do Dia Venerável
29.08
5ª-feira
Templários
da Nova Era
Canasvieiras Palestra do Ir Geraldo
Morgado da Loja Alferes
Tiradentes, que falará sobre
"Aspectos Morais Extraídos no
Grau de Mestre do REAA"
Clovis Petry
9158-2857
7 - destaques jb

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Meu encontro com Einstein

  • 1. 1 JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.085 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - sexta-feira, 23 de agosto de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Meu encontro com Einstein - Humberto Rhoden Bloco 3 - IrPaulo Roberto - Sobre... A Origem??? Dos Três Graus. Bloco 4 - Ir Hercule Spoladore - Primeiros Mestres Maçons da Maçonaria Bloco 5 - IrJoão Guilherme C. Ribeiro - Os títulos do Sultão Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas (Hierarquia na Circulação) Bloco 7 - Destaques JB Pesquisas e artigos desta edição: Arquivo próprio - Internet - Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Hoje, 23 de agosto de 2013, 235º dia do calendário gregoriano. Faltam 130 para acabar o ano. Dia do Aviador Naval; do Caixeiro Viajante; do Ferroviário; do Internauta; da Libertação da Romênia. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2 O livro trata das 4 grandes Religiões: Judaísmo; Cristianismo Islamismo Induismo - Este num só capítulo Budismo e Bramanismo juntos. Outro capitulo é sobre o SIMBOLISMO MAÇÔNICO procurando lincar todas as falas, símbolos, alegorias tratadas na Maçonaria, e existentes nas religiões. No final um capitulo pequeno: A ALQUIMIA ESPIRITUAL. É um livro com 540 paginas, custo R$ 50,00 podendo ser solicitado pelo mail pansera100@gmail.com ou telefones (49) 3323 6080 3312 1382 9922 8585 1 - almanaque livros & revistas
  • 3. 3  1793 - Revolução Francesa: uma levée en masse foi decretada pela Convenção Nacional.  1893 - É instalado o 1.º de uma série de cabos telegráficos submarinos - ligando a cidade da Horta (Açores) a Lisboa (Carcavelos).  1924 - Os planetas Terra e Marte atingem a maior aproximação desde o século XX.  1939 - Adolf Hitler e Josef Stalin assinam um pacto de não-agressão em caso de conflito mundial.  1940 - Segunda Guerra Mundial: Os alemães começam o bombardeio a Londres.  1962 - John Lennon e Cynthia Powell se casam.  1969 - O Jornal Nacional entra no ar. É o primeiro programa transmitido em cadeia nacional.  1979 - Deserção de Alexander Godunov, estrela do Balé Bolshoi.  1981 - Fundação da Sociedade Esportiva e Recreativa Chapadão (SERC) de Chapadão do Sul, no estado de Mato Grosso do Sul.  1986 - A localidade portuguesa Albufeira é elevada a cidade.  1989 - Realiza-se a Cadeia Báltica unindo os três países bálticos.  1990 - A Alemanha Ocidental (ou RFA) e a Alemanha Oriental (ou RDA) anunciam sua união em 3 de Outubro.  1994 - O tufão Fred deixa mais de 700 mortos e 700 mil desabrigados na China.  2002 - O Brasil é o 81° país a ratificar o Protocolo de Kyoto.  2006 - A jovem austríaca Natascha Kampusch é libertada após dez anos sequestrada.  2009 - A venezuelana Stefanía Fernández é a 6ª de seu país a ganhar o Miss Universo.  2010 - A mexicana Jimena Navarrete é a 2º de seu país a ganhar o Miss Universo.  Dia do Aviador Naval  Dia do Caixeiro Viajante  Dia do Ferroviário  Dia da Intendência da Aeronáutica  Dia Internacional em Memória da Escravidão e da Abolição  Dia de Luta contra a Injustiça  Dia do Internauta  Dia da Libertação da Romênia (1944)  Santa Rosa de Lima  São Flaviano de Autun  São Zaqueu de Jerusalém  São Lupo  Santa Tydfil  Santo Irineu de Lyon Eventos Históricos Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas. feriados e eventos cíclicos
  • 4. 4  (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1880 Adotada a Grande onstituição para o Grande Conselho de Mestres Reais e Seletos, em Detroit, USA. 1987 Fundação da Loja 7 de Setembro nr. 7 de Rio Branco, Estado do Acre. fatos maçônicos do dia Academia Maçônica de Letras do Brasil. Arcádia Belo Horizonte www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
  • 5. 5 MEU ENCONTRO COM EINSTEIN por Humberto Rohden Os anos de 1945 a 1946 passei na Universidade de Princeton, Estados Unidos, aceitando uma bolsa de estudos para “Pesquisas Científicas”, oferecida por essa Universidade. Quase nada sabia eu, até essa data, do maior matemático do século – e talvez de todos os tempos – que lançou as bases para a Era Atômica. Nem mesmo sabia da sua presença em Princeton, pequena cidade derramada no meio de vasto descampado, a uma hora de trem de New York. Cerca de um mês após minha chegada a Princeton, passando um dia pela Mercer Street, meu companheiro mostrou-me um sobradinho modesto em pleno bosque e quase totalmente coberto de trepadeiras, dizendo que lá morava Albert Einstein. Mais tarde, em companhia de outro brasileiro, consegui uma rápida visita a esse homem solitário e taciturno. Cabeleira desregrada, barba por fazer, sapatos sem meias, todo envolto em um vasto manto cinzento, com olhar longínquo de esfinge em pleno deserto – lá estava esse homem cujo corpo ainda vivia na terra, mas cuja mente habitava nas mais remotas plagas do cosmos, ou no centro invisível dos átomos. Conversar com Einstein seria profanar a sua sagrada solidão. Mais tarde descobri que ele costumava subir, cada manhã, o morro atrás da Universidade, em cujo topo verde se ergue o Institute for Advanced Studies (Instituto para Estudos Avançados), onde Einstein se encontrava com a equipe atômica – Oppenheimer, Fermi, Bohr, von Braun, Meitner, e outros corifeus. Durante essa subida, através do bosque, era possível a gente se encontrar com Einstein sem ser importuntado. Ele subia quase sempre sozinho, mais cosmo- pensado que ego-pensante. Às vezes, emparelhava eu com o silencioso peregrino sem que ele me visse – tão longe divagava sua mente pelo mundo dos átomos ou dos astros. Esses encontros solitários eram a única oportunidade para expor as minhas ideias, então ainda embrionárias, sobre a misteriosa afinidade entre Matemática, Metafísica e Mística, que mais tarde expus em aulas e livros, com grande estranheza dos de fora. 2 - OPINIão - Meu encontro com Einstein -
  • 6. 6 Já nesse tempo me convenci de que um homem pode atingir os pináculos da mais pura ética sem o recurso a nenhuma religião particular. Einstein era o exemplo vivo de um homem bom e feliz, ele que não professava nenhuma espécie de religião confessional. (...) Na teologia era Einstein considerado como “ateu” – mas à luz da verdadeira filosofia era ele um grande “místico”. Esse estranho paradoxo aconteceu aliás, a quase todos os grandes gênios religiosos, se, executar o próprio Cristo: eram condenados como ateus pelos teólogos dogmáticos, e admirados como místicos pelos filósofos imparciais. É que todo o gênio profundamente religioso sente a sua afinidade com um Poder Supremo; mas, porque não vê nesse Poder uma pessoa, uma entidade individual, as igrejas dualistas o tacham de ateu e irreligioso. Buda, a consciência espiritual da Ásia, nunca falou em Deus, e poderia ser considerado como o rei dos ateus místicos. Sendo que a matemática, quando totalmente abstrata, é o contato direto e imediato com a alma da realidade universal, para ela, de todas as facticidades concretas, é natural o homem, assim identificado com a Infinita e Absoluta realidade, não dê importância às coisas individuais e finitas, que governam a vida do homem comum. Louvores ou vitupérios, sucesso ou insucesso, vivas ou vaias, amores ou ódios, simpatias ou antipatias – nada disto afeta e desequilibra a mente do homem que se harmoniza com a suprema Realidade do Cosmos, com o invisível UNO que permeia todos os VERSOS visíveis do Universo. E o que há de mais paradoxal e maravilhoso é que esse equilíbrio entre os extremos opostos não faz do homem cósmico um homem indiferente e frio, mas o torna sereno e benévolo para com todas as criaturas de Deus. Einstein, o homem místico-cósmico, era um homem amavelmente ético-humano. Durante o longo estado de coma que pôs termo à vida de uma parenta sua, o exímio matemático tinha tempo para ficar sentado horas inteiras à cabeceira dela, tocando violino ou lendo os diálogo de Platão sobre a imortalidade, e quando alguém o advertiu que a doente estava inconsciente, Einstein respondia que ela ouvia tudo, embora não pudesse reagir visivelmente. Um dia, a empregada quis pôr ordem na pitoresca desordem da papelada de Einstein sobre a escrivaninha, e encontrou um cheque de mil dólares, já com enorme atraso, marcando a leitura de um livro. Quem sabe se Einstein não jogou alguma dessas cobiçadas preciosidades no cesto de papel velho?... Tenho na minha pequena biblioteca dois livros de Einstein que não tratam de matemática nem de átomos. Um deles se intitula Mein Welbild, cuja tradução inglesa diz The word as I see it (O mundo como eu vejo). O título do outro é Aus Meinen Spaeten Jabren (Dos meus Últimos Anos). São coletâneas, discursos e artigos ocasionais sobre Deus, o homem, a sociedade, sobre filosofia, ética, sociologia e política não partidária. Nas minhas aulas sobre Filosofia Univérsica, bem como em diversos livros meus, tenho citado tópicos desses livros. Quando, pela primeira vez, substituí o termo grego "cósmico" pela equivalente palavra latina "univérsico", houve grande clamor nas fileiras dos que julgam não poderem usar vocábulos não devidamente carimbados pelos dicionários infalíveis. Hoje, porém, já têm a coragem de usar o maravilhoso adjetivo duplo "univérsico" em lugar do termo simples "cósmico".
  • 7. 7 O que há de notável, quase incompreensível, nas palavras de Einstein, é do fato de ele afirmar categoricamente que qualquer lei cósmica pode ser descoberta pelo "puro raciocínio", como ele chama a intuição cósmica; apela para o princípio dedutivo do a priori. Afirma que a intensa concentração mental, a diuturna focalização no UNO do mundo do VERSO, dos efeitos ou canais. Quando professor da Politécnica de Zurique, na Suíça, causou verdadeiro escândalo entre seus colegas, ao afirmar que o princípio básico de toda a ciência superior era a priori- dedutivo, e não a posteriori-indutivo. Em nossa linguagem seria: o último estágio de processo cognoscitivo, vai do UNO ao VERSO, e não vice-versa. O homem deve focalizar a Causa (UNO) e daí partir para os Efeitos (VERSO). Surge a magna pergunta: Como atingir a causa, a não ser pelos efeitos? Mas Einstein nega que haja um caminho que conduza dos efeitos para a causa, ou no dizer dele, dos fatos, para os valores. Afirma que o mundo do UNO, da Causa, do Valor, da Realidade, é revelado ao homem, quando ele está em condições de receber essa revelação; o homem não pode causar esta revelação da realidade, mas deve e pode condicioná-la. "Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no silêncio - e eis que a verdade me é revelada." Na filosofia milenar da Bhagavad Gita se exprime esta verdade do modo seguinte: "Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece." Em nossa Filosofia Univérsica diríamos: Quando o Ego está em condições propícias, o Eu se revela. Ou seja: Quando o canal está aberto, as águas da fonte fluem para dentro dele. Os teólogos diriam: Quando o homem tem fé, Deus lhe dá a graça. No mesmo sentido disse o Cristo: "As obras que eu faço não sou eu que faço, mas é o pai em mim que faz as obras; de mim mesmo nada posso fazer." Em todos esses casos, não desce a essas aplicações, mas o princípio fundamental da sua matemática é o mesmo: estabelecer condições favoráveis para que a causa possa funcionar. As condições são do homem, mas a causa é do cosmos. Afirma Einstein que a Matemática, quando abstrata, é absolutamente certa; mas, quando concretizada, perde da sua certeza na razão direta da sua concretização. Com outras palavras: A Realidade é 100% certa, ao passo que as facticidades não acusam 100% de certeza. Ora, é precisamente este o princípio básico de toda a verdadeira Metafísica e Mística: a certeza que elas dão da realidade não lhes vem das facticidades, do mundo concreto dos fatos, dominados por tempo e espaço; mas vem-lhes do mundo da pura realidade. E, como nenhum fato pode dar certeza, também nenhum fato pode destruir a certeza que o metafísico-místico tem da Realidade. Certeza, firmeza, segurança, tranquilidade, consciência da Realidade, serenidade, felicidade - tudo isto brota da fonte suprema da própria Realidade, e não pode ser engendrado nem destruído pelas facticidades.
  • 8. 8 Victor Frankl, médico-psiquiatra, judeu-alemão, diretor da Politécnica Neurológica da Universidade de Viena, escreveu livros sobre logoterapia, e aplicou essa terapia, com grande sucesso, a seus doentes, usando na Medicina, o mesmo consciente com a realidade central do homem (Uno, Eu). para curar desarmonias no mundo das facticidades do homem (Verso, Ego). Joel Goldsmith, em Honolulu, escreveu um livro intitulado A Arte de Curar pelo Espírito, em que ele aplica o mesmo princípio a priori-dedutivo para curar doentes. Fez diversas vezes viagem ao redor do globo, a convite de doentes, sem jamais recorrer ao processo empírico-analítico da medicação material-mental: basta focalizar intensamente a fonte do Uno ou Eu, e os canais do Verso ou Ego recebem as águas vivas da saúde. Em face disto, poderíamos acrescentar aos três MMM da matemática, Metafísica e Mística, mais o M da Medicina, contanto que por medicina se entenda a cura pela raiz do Uno-Eu, e não apenas a repressão de sintomas da superfície do Verso-Ego, como faz a medicina comum. Matemáticos, metafísicos, místicos e médicos, nos mais altos pináculos da intuição cósmica, estão convergindo para o mesmo foco único; ou melhor, estão recebendo da mesma Fonte para plenificar os seus canais. Basta entrar em contato direto, imediato e pleniconsciente com a plenitude da Fonte Suprema, o UNO do Universo - e todas as desarmonias dos canais, do Verso, serão sanadas pelo impacto desse UNO. Enquanto a mais pura Matemática não se tornar o princípio dominante da Metafísica, da Mística e da Medicina, não pode haver uma melhoria substancial no seio da humanidade. Há quase dois mil anos, isto mesmo foi enunciado pelo maior e mais univérsico gênio da humanidade: "Conhecereis a Verdade - e a Verdade vos libertará." ( Prefácio do livro "Einstein, o Enigma do Universo", de Humberto Rohden )
  • 9. 9 Este Bloco é produzido às sextas-feiras pelo Ir. Paulo Roberto VM da ARLS Rei David nr. 58 (GLSC) - Florianópolis Contato: prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto Sobre... A Origem??? Dos Três Graus. Os mistérios gregos... Teve como seu fundador original, Orfeu, uma encarnação do mesmo grande Instrutor do Mundo que viera do Egito 40.000 anos a.C., como Tot ou Hermes, para pregar a doutrina da Luz Oculta. Mas agora foi diferente a Sua Mensagem, pois se dirigia a uma raça diferente... Os gregos... Assim sendo... As escolas pitagóricas trabalhavam em estreita associação com o ensino dos Mistérios, mas sem as devidas cerimônias; apresentavam uma exposição filosófica dos mesmos grandes fatos dos mundos internos. Os discípulos eram ali divididos em três graus, que correspondiam quase exatamente aos dos primitivos cristãos, que os denominavam os estágios da purificação, iluminação e perfeição, respectivamente, incluindo o último, aquilo que São Clemente de Alexandria chama o “conhecimento científico de Deus”. No esquema pitagórico o primeiro grau era o dos akoustokoi (ouvintes), que participavam das discussões e palestras, porém guardavam absoluto silêncio nas reuniões, durante dois anos, dedicando-se a escutar e aprender. Ao finalizar tal período satisfatoriamente, eram os estudantes elegíveis para o segundo grau, o dos mathematikoi. A matemática que aprendiam não se restringia, no entanto, ao que atualmente entendemos por esse termo. Nós estudamos esta ciência com um fim em si, mas entre eles era apenas uma preparação para algo muito mais amplo, superior e mais prático. A geometria 3 - paulo roberto - " on line "
  • 10. 10 que conhecemos atualmente era ensinada no mundo externo, na vida comum, como uma preparação; mas dentro destas grandes escolas o assunto era muito mais ampliado, até o estudo e compreensão da quarta dimensão e das leis e propriedades do espaço superior. A geometria pode, assim, ser perfeitamente compreendida se a tomamos em seu conjunto, não parcialmente e como uma introdução para um desenvolvimento superior. Ela leva o homem até a compreensão de todas as oitavas de vibrações, tanto para vastas áreas de que a ciência ainda nada conhece, como, também, até as intricadas relações ocultas dos números, cores e sons, as várias dimensões tridimensionais do poderoso cone espacial e a verdadeira configuração do universo. O estudo da matemática proporciona vasta soma de conhecimentos aos que sabem empreendê-lo corretamente e ensina-nos a verificar como são construídos os mundos. Os mathematikoi punham os diversos ramos da matemática (geometria, álgebra e aritmética) e a música em relação umas com as outras, e descobriam suas mútuas correspondências, que são notáveis. Quem saiba algo de música não ignora que existe uma proporção fixa entre os comprimentos das cordas que produzem determinados sons. Um piano pode ser afinado segundo certo sistema de quintetos, e a relação dos diferentes tons, um para com o outro, pode ser expressa pelo número de vibrações de cada tom; assim uma corda harmônica pode ser regulada matematicamente. Isto foi descoberto primeiro por experiências; mais tarde os matemáticos descobriram quais deveriam ser as proporções, e depois, outra vez pela experiência, se verificou sua exatidão. Mas a peculiaridade está em que os números que produzem uma corda harmônica mantêm entre si a mesma relação existente entre certas partes dos sólidos platônicos. Nossa escala, tão diferente da antiga escala grega, que consistia de cinco tons, pode ainda deduzir-se das proporções daquelas cinco figuras platônicas, que se estudavam há mais de dois mil anos na Grécia. Pode- se julgar não haver muita relação entre a matemática e a música, mas por aqui vemos que ambas são partes de um grande todo. O terceiro grau dos pitagóricos era o dos physikoi, não os físicos no moderno sentido desse termo, mas os estudantes da verdadeira vida interna, que aprendiam a distinguir a vida divina sob todos os seus disfarces, e assim podiam compreender o curso de sua evolução. Desses estudantes se exigia a mais exaltada pureza de vida. De Mackey é o seguinte relato da Escola de Crotona: “Os discípulos desta escola usavam roupa simplíssima, e tendo em seu ingresso entregue todas as suas posses ao fundo comum, submetiam-se durante três anos à pobreza voluntária, e durante esse período se mantinham em rigoroso silêncio. Os estudantes eram divididos em Exotéricos e Esotéricos. Esta distinção fora traçada por Pitágoras, imitando os sacerdotes egípcios, que ministravam processo similar de instrução. Os estudantes exotéricos eram os que assistiam às reuniões públicas, em que o sábio comunicava as instruções éticas comuns. Mas apenas os esotéricos constituíam a verdadeira escola, e só a estes chamava Pitágoras, segundo Jâmblico, seus companheiros e amigos. Antes da admissão do candidato aos privilégios da escola, sua conduta anterior era rigidamente esquadrinhada, na iniciação preparatória se lhe prescrevia o sigilo por meio de um juramento, e se submetiam sua fortaleza e autodomínio às mais severas provas. Os irmãos, cerca de seiscentos em número, com suas esposas e filhos, residiam num grande edifício. Todas as manhãs se planejavam as ocupações e deveres, e à noite se apresentava um relatório das atividades do dia. Levantavam-se antes de amanhecer o dia, para dedicar seus atos devocionais ao sol, e recitavam versos de Homero, Hesíodo, ou algum outro poeta. Dedicavam várias horas ao estudo, após o que havia um intervalo antes de jantar, que era ocupado em andar e em exercícios ginásticos. A alimentação consistia principalmente de pão e mel.”
  • 11. 11 Conquanto não encontremos nenhum nexo direto entre a Escola de Pitágoras e os graus da Maçonaria atual, foi profunda a influência de Pitágoras sobre nossos Mistérios, como os maçons sempre o reconheceram. A tradição de Pitágoras se transmitiu para as escolas Neoplatônicas, e dali muitos de seus ensinamentos internos vieram ter a mãos cristãs, e formaram a base de muitas das escolas de instrução mística, que nos tempos medievais guardaram alguns dos segredos que se mantêm atualmente nos graus maçônicos superiores. Existe uma sucessão de ideias, tanto quanto de poder sacramental, pode-se seguramente dizer que a escola de Pitágoras é um dos elos da cadeia da filosofia maçônica, ainda que atualmente a maior parte dessa filosofia tenha se desvanecido de nossos ritos. A Pitágoras se atribui o descobrimento da 47ª proposição de Euclides, que constitui a atual joia do P.: M.: I.: na Maçonaria inglesa, e é o fundamento não só de grande proporção da geometria exotérica, como também, em um sentido místico, de todo o sistema dos Mistérios, e com efeito, de todo o universo. É impossível uma exata apreciação da influência de qualquer determinada linha de tradição. Só podemos dizer que alguns dos ensinamentos pitagóricos, provavelmente transmitidos por diversas linhas de descendência mutuamente interatuantes, se misturaram com a Maçonaria da Idade Média e formaram parte da instrução interna que esteve ligada às cerimônias herdadas de fontes judaicas pelos construtores operativos. Esses foram conservados secretos, sob juramento, e emergiram na Maçonaria especulativa depois da Reforma, vindo assim a fazer parte de nosso presente sistema maçônico.
  • 12. 12 Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil–LONDRINA-PR Sabe-se que na Maçonaria antiga até 1725 existiam apenas dois graus, o de aprendiz e o de companheiro. O grau de aprendiz praticamente nasceu com a Maçonaria. Os jovens que trabalhavam na arte de construir eram aprendizes de pedreiros, canteiros, pintores funileiros. Inicialmente aprendiz era também uma função e não grau, mas com o desenvolver da Maçonaria Operativa foi o primeiro grau a aparecer. Existia a figura do mestre de obras que também não era grau e sim função, que era o chefe que ensinava os aprendizes e coordenava o trabalhos da construção. Em 1717 quando foi fundada a primeira obediência maçônica, ou até antes desta época já se previa o aparecimento de mais um grau. As lojas já repletas de maçons aceitos, que começaram a ser recebidos desde há muito tempo.O primeiro a ser recebido no dia 08/06/1600 na Maçonaria Operativa, que não era ligado às construções e sim um abastado fazendeiro foi um Irmão de nome John Boswel, na Loja Capela de Santa Maria (Saint-Mary Chapell) de Edinburgh – Escócia – Portanto, 117 anos antes da fundação da GrandeLoja de Londres. A Maçonaria Operativa estava decadente. Estava se renovando. O grau de Aprendiz uma vez criado como grau tinha uma situação estranha. Havia os aprendizes júniores(novos aprendizes) que tomavam assento ao Norte, onde simbolicamente não havia luz e suas funções eram justamente proteger a Loja dos Cowans e bisbilhoteiros eos aprendizes sêniores (aprendizes mais velhos na Ordem) tomavam assento no Sul e suas funções eram atender, recepcionar e dar boas vindas aos estrangeiros. Havia no mesmo grau, uma descriminação de trabalho. Havia duas classes de aprendizes, os velhos e os novos cada qual com funções diferentes.Pelo menos estas informações constam da “Maçonaria Dissecada” (MasonryDissected) de Samuel Prichard publicado no jornal londrino “The DallyJournal” nos dias 02, 21,23 e 31/10/1730, causando estas informações um verdadeiro escândalo porque foram publicados para profanos os chamados segredos da Maçonaria.E Prichard publicou o ritual praticado antes de 1717. Os catecismos (futuros rituais) nas sessões não eram lidos e sim decorados. Prichard passou tudo no papel e publicou no jornal. Considerado traidor na época. O grau de companheiro já tinha sido criado anteriormente. Fala-se dele desde 1598, mas com certeza com prova documental foi criado em 1670. O Manuscrito de Sloane(3) (1640-1700) tem em seu conteúdo uma forma de juramento que sugere a existência de dois graus esotéricos, que seriam o de o de aprendiz e companheiro. Em 1724 fundou-se em Londres, uma sociedade formada por mestres de obras e músicos que se reunia na Taverna Cabeça da Rainha. O número de homens 4 - primeiros mestres maçons da maçonaria Ir Hercule Spoladore
  • 13. 13 que fundaram esta sociedade era pequeno, mas tratava-se de pessoas muito cultas e interessadas em música e arquitetura. Foi denominada de Philo MusicaeetArquitecturae Societas Apollini. Seus fundadores eram maçons pertencentes a uma loja, a qual tinha como venerável o Duque de Richmond, que foi em seguida eleito Grão-Mestre da Grande Loja de Londres. Uma das condições para pertencer á esta sociedade era justamente que todos os associados fossem maçons. Esta Sociedade, durante seus trabalhos culturais setransformava em determinada hora em uma loja maçônica simples como eram as sessões na época e fazia por conta própria, de forma irregular as recepções (hoje iniciações) e as elevações.A Sociedade apareceu poucos anos após da fundação da primeira obediência, mais precisamente sete anos, ainda prevalecia a tradição “maçom livre em loja livre”. Adotaram um livro de Constituições da Ordem, no qual hoje depositado na Biblioteca Britânica o qual consta na sua pagina umsubtítulo – “Armas e Procedimentos de seus Fundadores”. Quando um mestre de obras exemplar ou um músico talentoso mesmo sendo profano era convidado a pertencer a esta Sociedade, transformavam este local de reuniões profanas em uma loja tosca, muito simples e realizavam a Cerimônia de Recepção, que não era tão rebuscada como as atuais iniciações. Todavia uma das regras da Sociedade era que nenhuma pessoa que não fosse maçom fosse recebida como visitante. Na sua constituição estão relacionados todos os membrosfundadores da mesma, com detalhesde quando e aonde se tornaram maçons. Esta situação causou problemas na novel Grande Loja de Londres, porque isto tudo que está sendo afirmado, estava registrado em atas e especialmente quando os estudiosos pesquisassem as possíveis origens do terceiro grau ficariam surpresos e na duvida. E esta forma de como surgiu o terceiro grau certamente ocasionaria embaraços, mas toda esta história aconteceu assim e está relatada eregistrada na Biblioteca da Grande Loja Unida da Inglaterra. Esta Sociedade, por sua conta própria em se considerou fundada em 18/02/1725. Em 22/12/1724, mesmo antes da Sociedade Apollini ser fundada oficialmente num encontro presidido pelo Conde Richmond já grão-mestre ele atuou como Mestre sendo recebido (iniciado) o profano Charles Cotton. Em 18/02/1725 dia da fundação oficial da Sociedade foram elevados a companheiros Charles Cotton, Papillon Bul e M. Thomas Marschal. Em 12/05/1725 foram elevados à Mestre os Irmãos Charles Cotton e Papillon Bull, assim consta das atas da Sociedade, mesmo que este terceiro grau fosse totalmente irregular, por ter sido conferido em sessão de uma sociedade profana e não uma loja. Foi enviada uma carta à Grande Loja de Londres com uma relação de sete Irmãosprincipais fundadores da e Oficiais da Societas Apollini. Parece que a Grande Loja ignorou a comunicação, mas a Sociedade recebeuvisita do 2º Grande Vigilante da Grande Loja de Londres em 02/09/1725 e do Primeiro Grande Vigilante em 23/12/1725 e ao que se se sabe no mesmo ano que a Sociedade encerrou suas atividades no inicio de 1726. Mas de qualquer forma esta é a prova primaria do aparecimento dos primeiros mestres maçons do mundo. Não se sabe qual foi critério usado para estes dois Irmãos se tornarem mestres. Há autores que afirmam ter tido o terceiro grau origem na França, mas não comprovam tal afirmação através de documentos. A lenda de Hiran não existia. O primeiro ensaio sobre esta lenda aparece no Manuscrito de Grahan, em 1726, como uma lenda Noaquita em quese menciona a
  • 14. 14 procura do corpo de Noé, pelos seus três filhos Sam Sem e Jafet para descobrirem a palavra secreta da aliança de Noé com Deus. Quando Prichard em 1730 publicou os propalados segredos da Maçonaria, já havia uma versão semelhante, com muita analogia, da versão que conhecemos hoje no terceiro grau. Apenas cinco anos após. Assim de maneira estranha, porem relatada através das atas existentes, é comprovado o aparecimento dos dois primeiros mestres do mundo. O grau três foi finalmente incorporado ao ritual em 1738. Surge uma dúvida. O Conde de Richmond era grão-mestre, mas era companheiro. E até 1738 os grão- mestres ainda eram companheiros oficialmente. Então como ele pode elevar os dois companheiros ao grau de mestre? Possivelmente isto foi feito de forma irregular, mas de qualquer forma está registrado, sendo uma prova primária indiscutível. Ela é documental. Se já havia outros mestres, estes não foram registrados em documentos hábeis. Mas presume-se que a partir de 1725 começaram a usar o grau de mestre de fato,mas não de direito. A partir de 1738 o grau de mestre foi oficializado. Possivelmente todos os fundadores da Sociedade, se fizeram mestres desde 1725 e a Grande Loja de Londres regular assumiu aos pousos esta situação criada, incluindo seu uso nos rituais oficiais. Afinal de contas naquela épocaera necessário que fosse criado o terceiro grau. Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – LONDRINA- PR Referências CARVALHO, Francisco de Assis“A Maçonaria –Usos &Costumes. Volume 2 Cadernos de Estudos Maçônicos Editora “A Trolha Ltda.” Londrina – 1955 PRICHARD, Samuel “Maçonaria Dissecada” ( MasonryDissected) Tradução de Xico Trolha Editora“A Trolha Ltda.” – Londrina – 2002
  • 15. 15 Os Títulos do Sultão Irm. João Guilherme C. Ribeiro (Originalmente publicada no Engenho & Arte #17) Nunca fiz senão uma única oração a Deus: 'Oh, Senhor, torna ridículos os meus inimigos.' E Deus me atendeu. Voltaire (1698-1778) Os títulos de Suleiman ressoaram através da sala do alto conselho como um rufar de tambores: Sultão dos Otomanos, Deputado de Alá na Terra, Senhor dos Senhores deste Mundo, Possessor dos Pescoços dos Homens, Rei dos Crentes e dos Infiéis, Rei dos Reis, Imperador do Oriente e do Ocidente, Imperador dos Chakans da Grande Autoridade, Príncipe e Senhor da Felicíssima Constelação, César Majestoso, Selo da Vitória, Refúgio de todos os Povos do Mundo inteiro, Sombra do Todo Poderoso dispensando a Paz na Terra... Seus ministros, almirantes e generais prostraram- se e deixaram o recinto. Corria o ano de 1564, e Suleiman, o primeiro, sultão da Turquia, tinha setenta anos. Ele tinha acabado de tomar a decisão de atacar a ilha de Malta, na primavera do ano seguinte.” Assim Ernle Bradford começa seu clássico The Great Siege (O Grande Cerco), um livro que a Penguin Books publica em repetidas edições desde 1964, sobre o assédio turco à cidadela dos Cavaleiros de S. João ou, como eram mais conhecidos, os Hospitalários. O Império Otomano atingia o auge com ele. Como indicam seus títulos, ele tinha um poder tão absoluto sobre seus súditos, que é difícil entender nos dias atuais, pelo menos no mundo ocidental. Mais ainda entre nós, Maçons. Se hoje é diferente, muito é devido à Maçonaria. Sempre que digo isso, eu me divirto com o espanto ou a incredulidade que esse comentário provoca. Então vamos raciocinar por absurdo. Hoje, as ideias de equivalência dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, da lei comum acima de todos, governados e governantes, são tão arraigadas entre nós, que fica difícil imaginar como era antes. Mas pense: nos séculos XVII e XVIII, que não estão tão distantes assim, só havia um lugar em que o poder executivo era eleito e o seu detentor tinha um período finito para permanecer no poder: as Lojas maçônicas. Nenhum outro, ao que eu saiba. Foi nelas, cadinho das ideias naquele tempo, que se pôde vislumbrar um 5 - os títulos do sultão - Ir João Guilherme C. Ribeiro
  • 16. 16 outro tipo de sociedade mais justa, equânime e universal. Mas não aconteceu do dia para a noite nem tranquilamente. Até porque os detentores de benesses e privilégios não abrem mão deles sem pressão. Como disse John Kennedy, com muitíssima propriedade, “aqueles que impedem o caminho da evolução pacífica preparam o caminho da revolução violenta”. O primeiro experimento de governo baseado na primazia de leis sem privilégios foi de inspiração maçônica, o Estado criado pela federação das 13 colônias americanas que se emanciparam. O estado de espírito para esse experimento amadureceu na discussão livre das ideias e prática democrática das Lojas. Quando vieram as ideias emancipadoras dos Iluministas, essas Lojas seriam os canais naturais de sua disseminação – e não eram Maçons os enciclopedistas, aqueles benfeitores que compilaram e engrandeceram o conhecimento humano, disponibilizando-o para as massas pela primeira vez? Não foi o esforço incrível da Enciclopédia a obra de uma elite de Maçons? Não tivesse sido o poder absoluto da realeza na França tão cego, tão incompetente, tão estúpido; não tivesse sido o clero tão egoísta nos seus privilégios e tão ausente de suas obrigações espirituais; não tivesse sido o povo tão absurdamente esmagado pelo sofrimento e pela desesperança, é possível que as reformas iniciadas pelos Maçons – como a abolição da tortura como método legal de obter confissões – tivessem conseguido a reforma do Estado sem derramamento de sangue. Cherchez la femme Poucos se lembram que a Revolução francesa começou pelas mulheres. As poissardes, mulheres do mercado de peixe de Paris, revoltaram-se ao saber do banquete na corte de Luís XVI. Para elas, cansadas de barrigas vazias e panelas inúteis, era um acinte à população que passava fome. Então, brandindo cutelos, forcados e facões, marcharam até o palácio de Versalhes, num subúrbio distante da capital, invadiram-no, massacraram a guarda e arrastaram a família real para Paris. Começou aí a convulsão que levaria à guilhotina o Ancien Régime e, com ele, não apenas os privilegiados inconsequentes, mas também, como em todas as revoluções sangrentas, a nata pensante, os bons, os inocentes e os sábios, como Lavoisier (“A revolução não precisa de sábios”, disse o carrasco mais imbecil da História!). Há limites, tanto para o descaso e a arrogância dos que detêm o poder quanto para a capacidade de sofrimento dos comandados. “Todo poder corrompe”, disse lorde Acton a seu filho, “e o poder absoluto corrompe de forma absoluta.” O poder fascina, não há dúvida. Mas cega e imbeciliza. Nos nossos dias, a Liberdade é tida como algo mais do que certo. Besteira. A Liberdade precisa ser conquistada a cada dia. Se não faz parte do seu ativo, sua vida será de uma passividade abjeta. Ainda assim, quantos vendem a alma e voluntariamente aceitam a escravidão, mesmo sabendo que praticamente deixam de ser humanos! Para os timoratos é mais fácil curvar a cabeça aos poderosos do que defender princípios. Afinal, sempre sobram umas migalhas, não é? As poissardes, peixeiras do mercado de Paris, gravura alemã do século XIX. A Revolução Francesa começou com elas.
  • 17. 17 Há um efeito colateral, entretanto: naqueles que se acostumam a rastejar, a espinha dorsal se atrofia por falta de uso. Pouco a pouco, eles deixam de ser bípedes... Uma das mais antigas e honoráveis tradições da Maçonaria é a demonstração prática de que não há desnível entre os Irmãos na Loja. Tanto no Rito Inglês Antigo (preservado nos Estados Unidos) quanto no Rito Inglês Moderno (versão pós-1813 da Grande Loja Unida da Inglaterra) e no Rito Schröder, alemão, a igualdade é demonstrada pelo piso das Lojas: todos estão no mesmo plano. No Rito Escocês, de origem francesa, o piso tem dois planos – claro, na França da época a Maçonaria era coisa dos nobres, daí haver ao menos alguma distinção! – porém, em contrapartida, todos os Maçons eram alçados à nobreza em Loja, tendo o direito de portar a espada, privilégio exclusivo dos nobres. Entre nós, décadas atrás, o Grande Oriente do Brasil, a Potência primaz, o palco da História nacional, tomou a sábia decisão de proibir os títulos profanos em Loja. Em Loja, o tratamento é Irmão, reconhecendo-se apenas os títulos de cargos maçônicos. Ridendo castigat mores Aqueles títulos de Suleiman, que começaram este artigo, podem até provocar um sorriso debochado. Mas cuidado. Não subestime a filosofia maldosa por trás deles. Durante séculos, os títulos explicitavam a autoridade absoluta do governante sobre os governados, de inculcar no povaréu a sua dependência dos poderosos, nesse caso o mais poderoso de todos. Eles reverberavam na boca de cada sátrapa, cada esbirro desse poder, revestido de suas alfaias e sua arrogância, mesmo nos rincões mais longínquos do império. Era a versão primitiva do sabe com quem está falando? É rindo que se mudam os costumes, diz o lema da Commedia dell'Arte, uma forma de teatro improvisado, debochado, muito popular na Itália desde a Renascença. Teve seu auge no século XVIII, mas continua viva até hoje. Seu repertório básico girava em torno de situações da vida cotidiana, como amor, ciúme, adultério ou velhice. Da sátira dos defeitos humanos é que surgiu o lema da Commedia: é rindo que se mudam os costumes. Alguns dos personagens mais conhecidos do mundo teatral, como o Arlequim, surgiram dela. O Mercado de Escravos, sátira genial de Salvador Dali (1904-1989) já foi até capa do Engenho & Arte #7. No detalhe principal do quadro, dois religiosos conversam, entre os escravos, indiferentes a eles, a própria imagem do status quo. Olhe de longe e você verá que eles formam o busto de Voltaire, o mais ilustre dos pensadores humanistas, o arauto das novas ideias de liberdade.
  • 18. 18 Foi assim, com sátira, deboche e humor, que Voltaire e tantos outros sábios desbancaram a opressão da ignorância, reduzindo-a à expressão mais simples. Candide, ou O Otimismo, um livrinho terrível do grande iluminista, continua a encantar gerações, mesmo quando se desconhece o contexto histórico em que ele foi produzido. Graças a Deus, para contrabalançar a prepotência recorrente dos que se deslumbram com o poder, sempre ressurge o velho espírito libertário humano na presença de um novo “rebelde”. Quando, na década de 50, perguntaram a um grande escritor americano, John Steinbeck, autor do clássico As Vinhas da Ira, quem era o melhor dos escritores daquela atualidade, ele disse sem pestanejar: Al Capp. Para mim, Alfred Gerald Caplin (1909-1979) foi o maior desenhista de quadrinhos de todos os tempos. Fui muito influenciado pelo seu traço limpo. Ninguém desenhava mulheres mais deliciosas do que ele. Seus personagens, Ferdinando (L'il Abner no original), Violeta e Chulipa Buscapé fizeram rir o mundo inteiro, servindo até de consolo na época sombria da Grande Depressão. A ironia e sátira feroz de A Família Buscapé (como era conhecida a tirinha no Brasil) encantaram os oprimidos, expondo os defeitos dos poderosos para que os pobres rissem e suportassem a situação de penúria e desespero. Quase 60 milhões de leitores acompanhavam a tira diariamente. Até o Brasil se deliciou: ainda hoje, as moças organizam as Festas de Maria Cebola, em que elas é que tomam a iniciativa e tiram os rapazes para dançar! Em 1952, quando Ferdinando finalmente se casou com Violeta, jornais no mundo inteiram deram a notícia em manchetes de primeira página . Entre os fabulosos temas satíricos de Capp fui lembrar justamente da Baixa Eslobóvia, um paiseco miserável, gelado, onde todo mundo passava fome e o esporte nacional era correr dos lobos ainda mais famintos do que o povo. Capp nunca mencionou uma das províncias, a Baixa Eslobóvia Inferior. E, como ele não era Maçom (eu sabia que você ia acabar perguntando isso!), não sabia que a Baixa Eslobóvia Inferior tem uma Grande Loja. Ora, se tem! A obra de Al Capp era tão importante, tão popular, que ele virou capa da Time de 4 de novembro de 1950, época em que a mídia impressa era absoluta. Esta tirinha de 1948, distribuída pelo poderoso United Features Syndicate para o mundo inteiro, dá uma visão parcial da Baixa Eslobóvia. Dizem que Al Capp se inspirou na Sibéria. Ah, mas a Baixa Eslobóvia Inferior, podem apostar, não está exatamente lá, não!...
  • 19. 19 A Grande Sublime Loja da Baixa Eslobóvia Inferior Não há dúvida, é uma Maçonaria peculiar. Como não há eletricidade, a Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior é iluminada por uma única vela, de sebo de carneiro castrado, de uso exclusivo do Grão-Sublime-Mestre e muito fácil de conseguir na jurisdição. Se ele sai, leva a vela consigo, até para ir ao banheiro – ele tem um buraco no chão de uso exclusivo dele (ai de quem usá-lo: é crime passível de expulsão!). A ralé vai para os buracos comunitários. Os habituais puxa-sacos reivindicaram buracos exclusivos, mas o Grão-Sublime-Mestre declarou taxativo que exclusivo só o buraco dele. Os outros... ah, os outros continuam comunitários. Como claridade só tem de dia, as sessões obrigatoriamente são noturnas, porque nada nem ninguém podem brilhar mais do que o dono, oops!, quer dizer, o Grão- Sublime-Mestre. Também ninguém pode ter uma ideia luminosa. É crime passível de expulsão! Embora de regime tão democrático quanto o da Horda Dourada de Gengis Khan, a Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior periodicamente se reúne em assembléia. É um espetáculo lindamente deprimente, no qual os Veneráveis das três Lojas ativas, com suas alfaias mixurucas, se perfilam junto aos 566 delegados, assessores, esbirros e afins nomeados (dos quais pelo menos quatro têm que obrigatoriamente comparecer por causa das votações), com seus colares e aventais ricamente bordados e suas medalhas de Mérito por Subserviência, polidas e brilhantes. Se sobrar lugar no Oriente, os Veneráveis são graciosamente convidados para ouvir o Grande Capacho Superior desenrolar os títulos honoríficos do Grão-Sublime-Mestre. Eram 312 até a última reunião, mas o Círculo Íntimo dos Grandes Puxa-Sacos está inventando outros ainda mais lindos. Invariavelmente, as imposições, oops!, isto é, as proposições do Grão-Sublime- Mestre são obtidas por um simples expediente, muito eficaz: – Aquele que ousar discordar, que fique de pé. Claro, sendo a maçonaria baixo-esloboviana inferior um primor de unanimidade, as nódoas destoantes devem ser isoladas. Óbvio, todo mundo sabe que se atrever a ficar de pé é crime passível de expulsão! Para manutenção da paz, da harmonia, da tranquilidade – e da arrecadação, é claro! –, as reuniões sempre ratificam a vontade expressa do Grão-Sublime-Mestre. Tão completo tem sido o sucesso desta tática que Grão-Sublimes-Mestres, pertencentes à – ou com a bênção explícita – da Benemérita, Benfazeja, Amável, Doce e Humilde Grande Família, sucedem-se ininterruptamente no posto há décadas, mercê da habilidosa gestão da desinformação e da diplomacia da adulação e da distribuição de migalhas... Por isso e também para manutenção da paz, da harmonia, da tranquilidade – e da arrecadação, é claro! – as eleições sempre dão ganho ao candidato do Grão- Sublime-Mestre (muitas vezes ele mesmo...). O rebanho, oops!, quer dizer, os votantes, nunca se lembram na eleição seguinte de cobrar as promessas da eleição anterior... Até porque cobrar promessa eleitoral é crime de expulsão! Ora essa, desde quando carneiros reclamam da tosquia? Ainda assim, ultimamente, para evitar diz-que-diz-que e desmedidas ambições em espíritos mesquinhos, o Grão-Sublime-Mestre advertiu a choldra de que agora seu mandato passava à vitaliciedade e que o cargo, confirmando a prática, passava a
  • 20. 20 ser hereditário. A Instalação e Posse do Grão-Mestre passavam a ter um novo ponto alto, a Cerimônia do Beija-Mão e da Impressão Digital no Saco do Todo Poderoso, esta, é claro, de caráter rigorosamente esotérico! Como prêmio aos seus acólitos e, de certa forma, como consolo, decretou o Grão- Sublime-Mestre que os títulos dos delegados, assessores, esbirros e afins fossem adjetivados para maior prestígio, sendo precedidos dos qualificativos: Grandes Esbirros do Onipresente, Onisciente e Inspirado Líder; Inodoros e Insípidos Instrumentos do Superlativíssimo e Excelso Dono da Ordem; Assistentes do Oráculo da Vontade do Todo-Poderoso; Receptáculos dos Eflúvios Olorosos do Intérprete de Sua Vontade no Planeta; Bajuladores Constantes do Superior Perpétuo e Adeptos Subservientes e Adoradores Incondicionais do Infalível Condutor deste Planeta; Digitais Permanentes e Indeléveis no Saco do Altíssimo, Poderosíssimo Grão-Sublime- Mestre da Mui Respeitável, Luminescente, Flatulentíssima Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior. Ah, em tempo: suas alfaias ganharam mais um raminho dourado. E a saudação deixou de ser Huzzeh!, Huzzeh!, Huzzeh! Passou a ser Mééé!, Mééé!, Mééé! Mostrando seu espírito piedoso e comovido com a necessidade das três Lojas ativas da jurisdição (as demais são apenas para fazer A nova saudação ao Grão-Sublime-Mestre (obrigatória sob pena de expulsão) da Mui Respeitável, Luminescente, Flatulenta e Abominável Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior. O Grande Esbirro exibe na alfaia a insígnia da Mui Nobre Ordem dos Néscios, Flatulentos e Onívoros Avestruzes. Todos têm que calçar as sandálias da humildade. Ampliação da insígnia da Mui Nobre Ordem dos Néscios, Flatulentos e Onívoros Avestruzes, prerrogativa única dos Grandes Esbirros do Onipresente, Onisciente e Inspirado Grão-Sublime-Mestre. Foi inspirada na Ordem da Estrita Observância, do Barão von Hund, que exigia completa subserviência aos Superiores Desconhecidos. A diferença é que os Superiores são bem conhecidos. Ignorá-los é crime passível de expulsão! Um verdadeiro Grande Esbirro (etc. etc.) se obriga a engolir tudo que seu sagrado mestre mandar sem questionar absolutamente coisa alguma.
  • 21. 21 número para a List of Lodges), o Grão-Sublime-Mestre destinou 2 patacas (do orçamento semestral de um milhão e meio de patacas) à caridade, gesto que trouxe lágrimas aos olhos dos Grandes Esbirros (claro, lágrimas precedidas de uma boa espetadela de alfinete na bunda!). Afinal, não é todo dia que se vê o Grão- Sublime-Mestre tão generoso! Não é preciso dizer que não chorar de emoção quando o Grão-Sublime-Mestre (por favor, encaixe aqui os 312 títulos do homem!) demonstra generosidade é crime passível de expulsão! Uma coisa que aborreceu profundamente o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) foi que tinha muito Irmão morrendo, o que acarretava o desembolso de muitos auxílios funerais. Ele então baixou um decreto (ou ato, não estou bem informado qual) proibindo que os Irmãos morressem. Infelizmente, como a Natureza não estava jurisdicionada à Grande Sublime Loja da Baixa Eslobóvia Inferior, continuou morrendo gente... Para evitar a sangria nos cofres, o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) baixou outro (não sei também se ato ou decreto) determinando que quem fosse iniciado com mais de 21 anos não teria direito ao auxílio-funeral, inclusive com valor retroativo valendo para os que já tivessem sido iniciados. Ah, mas as mensalidades do plano continuariam a ser cobradas. A quem reclamou que a constituição do país não permitia leis que retroagissem para prejudicar, o Grão-Sublime-Mestre (idem, idem) declarou taxativamente: – Ora, essa lei não pegou... Aos que reclamaram do pagamento sem o consequente benefício, ele deu aquele sorriso benigno que lhe é peculiar e fez um discurso maravilhoso de oito horas de duração, cujo fecho arrancou lágrimas dos presentes (claro, depois de outra alfinetada no traseiro!): – E assim, meus Irmãos, se depender de mim, vocês nunca precisarão de auxílio- funeral, porque vão viver para sempre em nossa Sacrossanta e Perfeita Instituição! Desta forma, sem oposição nem críticas (que também são motivos de expulsão!), a Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior chegou a seu nome atual, devidamente registrado em cartório, juntamente com as 87 variações possíveis e imagináveis: Mui Respeitabilíssima, Sacrossantíssima, Fidelíssima, Sereníssima, Altíssima, Flatulentíssima, Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior, Hereditária Eternamente por Direito Divino, Salve! Salve! Salve! (esse Salve! Salve! Salve!, para quem não sabe, faz parte do nome registrado...) No novo brasão, aprovado por unanimidade, é claro (olha a expulsão aí, gente!), consta a divisa A MASEMMMG – Ad Majorem Aeternus Supremus Excelsus Magnificus Maximus Magister Gloriam (À Glória do Eterno Excelso Magnífico Supremo Grão-Sublime-Mestre). Infelizmente, a defecção tem sido um problema. Segundo dizem, já que os Veneráveis e os Obreiros foram embora, vão propor que os delegados, assessores, esbirros, puxa-sacos e afins assumam as Lojas, já que lá não ficou viv'alma. Aqui entre nós, eles até gostaram, porque vão colocar outra faixa bordada em dourado sobre a de delegado e mais a medalha da Mui Nobre Ordem dos Néscios, Flatulentos e Onívoros Avestruzes.
  • 22. 22 Só não sei se vão gostar de saber que terão que resolver um problema maior: o da arrecadação da Mui Respeitabilíssima, Sacrossantíssima, Fidelíssima, Sereníssima, íssima, Flatulentíssima, Grande Excelsa Loja da Baixa Eslobóvia Inferior, Hereditária Eternamente por Direito Divino,Salve! Salve!... Oops! Esqueci um Salve! (Tenho que tomar cuidado, porque isso, mesmo para quem não é de lá, também é motivo de expulsão!) Ah, como se diz em Loja, em tempo! Sabe aquela história do início, em que o sultão Suleiman mandou invadir Malta? De nada serviram os seus muitos títulos altissonantes. Dos 40.000 invasores otomanos, mais de um quarto deixou seus cadáveres na ilha. Os Cavaleiros de S. João infligiram uma derrota enorme aos guerreiros do sultão, a primeira em 35 anos. A partir daí, os vitoriosos Hospitalários passariam a ser conhecidos por Cavaleiros de Malta. E o Império Otomano começou sua longa trajetória rumo à insignificância. A agonia demoraria ainda três séculos, mas foi inevitável. Finalmente, gostaria de informar, como fazem nos filmes, que qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. O autor não assume nenhuma responsabilidade se alguém vestir a carapuça... Finis... (ma non tanto!) No Dia da Baixa Eslobóvia Inferior, os Grandes Esbirros deram uma grande e monolítica exibição, marchando em seu passo prussiano com uníssona cadência: – Ein, Zwei! Ein, Zwei! Ein, Zwei!...
  • 23. 23 O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk. Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR hierarquia na circulação O Respeitável Irmão Washington Luiz Tarnowski, Mestre de Cerimônias da Loja Estrela Mística, 3.929, REAA, GOB-SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte. wlt@univali.br Em nossa última sessão, passei algumas orientações ritualísticas e surgiu uma discussão em torno da circulação do Primeiro e Segundo Diácono sendo: No início da Sessão, Segundo Diácono deve ou não circular o Painel do Grau na busca da Palavra Sagrada e ao levar a Palavra ao Segundo. Vigilante? No início da Sessão, o Primeiro Diácono deve ou não, antes de sair e entrar no Oriente, fazer reverência ao Venerável Mestre. Considerações: A partir do momento em que o Venerável Mestre toma assento e profere: “Meus Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja”, fica abolido apenas o Sinal, salvo aquele inerente ao reconhecimento perpetrado pelo Vigilante, ou os Vigilantes conforme o caso antes da abertura da Loja. Assim, os outros procedimentos, como é o caso da circulação, prevalecem na forma de costume. Durante a abertura dos trabalhos na transmissão da Palavra seguem os seguintes apontamentos. O primeiro Diácono recebe regularmente a Palavra do Venerável saindo do Oriente pelo seu lado sudeste, sem saudação, passa pela Coluna do Sul, cruza o eixo entre o Painel da Loja e a 6 - Perguntas & Respostas Ir Pedro Juk
  • 24. 24 porta do Templo, abordando então o Primeiro Vigilante. Transmitida a Palavra o Primeiro Diácono de retorno passa diretamente pela Coluna do Norte, ingressa no Oriente sem saudação pelo lado nordeste e se dirige até o seu lugar. O Segundo Diácono do seu lugar se dirige diretamente até o Primeiro Vigilante, recebe a Palavra e em seguida vai até o Segundo Vigilante passando pelo Norte, cruza o eixo entre o Painel da Loja e a entrada do Oriente, abordando em seguida o Segundo Vigilante quando lhe transmite a Palavra. Transmitida esta o Segundo Diácono passa do Sul para o Norte cruzando o eixo entre o Painel e a porta do Templo até o seu lugar em Loja. Pelo exposto, a Loja está ainda em procedimento de abertura assim o Primeiro Diácono ao entrar e sair do Oriente não faz saudação pelo Sinal - não existe o termo “reverência”. Quem saúda, saúda sempre pelo Sinal. Em Loja aberta quem ingressa no Oriente saúda o Venerável. No caso em que aquele que ingressar estiver empunhando (segurando um objeto de trabalho) ele fará uma parada rápida e informal, sem inclinação do corpo ou mesmo maneio de cabeça. Durante o encerramento dos trabalhos a Loja está aberta, assim o procedimento de circulação é análogo ao da entrada, todavia quando necessário compõe-se o Sinal. Ainda em relação à abertura dos trabalhos, a regra serve também para o Mestre de Cerimônias no que trata o seu deslocamento em Loja. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com AGO/2013 Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com ) Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 25. 25 Lojas Aniversariantes da GLSC Data Nome Oriente 30/08 Obreiros de Jaraguá do Sul nr. 23 Jaraguá do Sul 30/08 Sentinela do Vale nr. 54 Braço do Norte 31/08 Solidariedade nr. 28 Florianópolis 01/09 Fraternidade Blumenauense Blumenau 05/09 Fraternidade Chapecoense Chapecó 08/09 Sentinela do Sul Tubarão 17/09 Universo Florianópolis 17/09 Universo II Florianópolis 17/09 Universo III Florianópolis Atividades das Lojas jurisdicionadas - GLSC (Grande Florianópolis) Data Loja Local Ordem do Dia Venerável 29.08 5ª-feira Templários da Nova Era Canasvieiras Palestra do Ir Geraldo Morgado da Loja Alferes Tiradentes, que falará sobre "Aspectos Morais Extraídos no Grau de Mestre do REAA" Clovis Petry 9158-2857 7 - destaques jb
  • 26. 26 PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES NAS LOJAS JURISDICIONADAS AO GRANDE ORIENTE DE SANTA CATARINA - GOSC: Elaborado pelo Ir Roberto Borba (Borbinha)- Cel. 9116-3301 Agosto de 2013 DIA LOJA LOCAL ATIVIDADES OBSERVAÇÕES 24 ARLS Brusque Deutsche-59 BRUSQUE Sessão Magna de Iniciação VM- Augusto Horner 47.99834500 24 Bethel Fênix (Apoio MRGLSC/GOSC) Sede MRGLSC Cerimônia do s 15 anos do Bethel - 08 - Fênix GOSC 24 ARLS Silencio e Fraternidade- 40 Campos Novos Loja de Mesa Local Sede Social COOCAM VM-Mário César Fagundes - 49.91071002
  • 27. 27 Bethel Fênix: a festa dos15 anos Amanhã, sábado dia 24, às 18h00, a grande festa dos 15 anos de aniversário do Bethel Fênix de Florianópolis. Local: Grande Loja de Santa Catarina
  • 28. 28 O Alerta do Ir. William WILLIAM ALMEIDA DE CARVALHO CEL: 55 61 99833719 Num dos programas da Ana Maria Braga, os bombeiros ensinaram como agir em caso de elevador que trava, pára e dá pane. Pelo menos 76 pessoas morreram no ano passado, porque confiaram no zelador, que usou uma chave de fenda no elevador em pane e abriu um certo pino. A pessoa que estava dentro tentou sair pela metade aberta da porta do elevador. O elevador movimentou-se, e a pessoa foi cortada ao meio. Há casos em que outras pessoas tiveram mãos, braços ou cabeças decepadas. Por isso, "NUNCA" tente sair pelo buraco ou parte aberta de um elevador em pane! O procedimento correto é o seguinte: 1.Aperte o botão de alarme ou o que indica que está avisando alguém. 2.Sente-se num canto. Em caso de descontrole emocional, abaixe a cabeça, feche os olhos, e aguarde, calmamente, que venha o socorro. É apenas uma questão de tempo. Procure se lembrar de que você está trocando tempo ou afobação por segurança. 3.Não aceite ajuda de simples curiosos e nem saia com o elevador aberto pela metade! Ele poderá subir ou descer repentinamente. 4.O BOMBEIRO, ASSIM QUE CHEGAR, VAI DESLIGAR A CHAVE GERAL DA CASA DE MÁQUINAS E TESTAR, COM UM APARELHO, SE O ELEVADOR ESTÁ PARADO MESMO E TOTALMENTE INOPERANTE. Então, ele avisará a outro bombeiro, via rádio, para que faça o procedimento junto à porta do elevador. E o elevador irá subir ou descer, completando o ciclo dele e parando no ponto seguro. 5.ANTES de entrar em qq elevador, sempre, verificar se ele está parado de fato. ESPERE que as pessoas saiam ANTES de você entrar e fique atento no número de ocupantes, se está compatível com o peso ou lotação máxima permitida, que informa na placa do elevador! Quando estiver muito cheio, evite entrar nele, pois poderá haver problema!
  • 29. 29 Os bombeiros explicaram também que o elevador tem freios, suportes, ganchos, tudo que oferece proteção total e que jamais um elevador cai, sem mais nem menos. Portanto, a pessoa terá que se manter calma e sem pressa. Mesmo porque tem ar suficiente dentro dele (circulação de ar) e um grupo de pessoas pode ficar ali por algumas horas sem problemas. Não adianta nada entrar em pânico! Resumindo: se ficar preso só saia com a ajuda dos bombeiros, e não com a do zelador do prédio, ou de algum "entendido" que diz que tudo está sob controle. IMPORTANTE: em caso de Incêndio, JAMAIS use o elevador. Faça uso das escadas para sair, imediatamente, do prédio. Repasse. Você pode ajudar a salvar algumas pessoas!
  • 30. 30 Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais tem novo Presidente Maçons presentes na solenidade de Posse do Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, irmão Wagner Colombarolli. Na foto: Irmão Sebastião Cardoso, Grande Comendador do Supremo Conselho do Gr.33 - Rep. Fed.Brasil, Grão-Mestres-Ad-vitam GOMG-COMAG , Irmãos: Hiroito Torres Laje, Cléber Meneses e Geraldo Ribeiro da Fonseca. Irmão Aloísio - Grande Secretário Sob. Assembléia, Irmão João Alberto de Carvalho, Assessor Jurídico e Irmão Cláudio Evangelista Pereira, Grande Orador da Assembléia. Inúmeros outros irmãos estiveram presentes na concorrida solenidade para abraçar os dois grandes líderes da maçonaria e da cultura mineira, Wagner Colombarolli e Jorge Lasmar, dentre eles o irmão,também acadêmico , Antônio Pedro Nolasco. De Barbacena para o J.B.News Fraternal Abraço tríplice... Geraldo Ribeiro da Fonseca....
  • 31. 31 JB News visita GOB/SC Registro da visita que o JB News realizou na tarde de quinta-feira (22) ao Grão-Mestre Wagner Sandoval Batista do GOB/SC. Na foto o Ir Roberto Borba (o nosso Correspondente Ir Borbinha), Grão-Mestre Wagner Sandoval Barbosa e J. B.
  • 32. 32 Rádio Sintonia 33 & JB News Música, Cultura e Informação o ano inteiro. Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal - www.radiosintonia33.com.br Desfrute de qualquer um dos e-mails para melhor comunicar-se com o JB News: jbf@floripa.com.br jbnews@floripa.com.br jbnews@gmail.com jb-news@floripa.com.br jbnews33@floripa.com.br jbnews-33@floripa.com.br jbnews@radiosintonia33.com.br Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
  • 33. 33 Templo próprio da Loja 7 de Setembro nr. 7 de Rio Branco, Loja Mãe deste editor, que neste 23 de agosto completa mais uma data natalícia de fundação.
  • 34. 34 1 - r e t r a n s m i t i n d o http://youtu.be/dXx-j2oeuCU 2 - A aldeia tem só 110 habitantes… Então como surpreender e fazer um pedido de casamento diferente? http://www.youtube.com/watch_popup?feature=player_embedded&v=EzRjs_7h_ w4 3 - Caleidoscópio Humano Assista primeiro este: http://blog.ted.com/2012/04/16/watch-the-tedxsummit-intro-video-the- power-of-x/ E depois este (com as explicações): http://www.youtube.com/embed/AOyq3IskI34