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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA – UNILAB
INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS
DISCIPLINA: TÓPICOS INTERCULTURAIS NOS ESPAÇOS LUSOFONOS
DOCENTE: ROBSON CRUZ
DISCENTE: ISADORA DE MOURA GOMES LEAL
RESUMO:
O ‘INDIGENA’ AFRICANO E O COLONO ‘EUROPEU’: A CONSTRUÇÃO DA DIFERENÇA POR
PROCESSOS LEGAIS.
O texto retrata o modelo de colonização português, esse caracterizado pela ideia de
superioridade nos gêneros: cultural, civilizatório, intelectual, social e racial, sobrepondo-se aos
colonizados -“indígenas”- africanos. Havendo um principio ‘universal’ em relação as
populações das colônias, que eram vistas como inferiores, incapazes de raciocinar, desprovidas
de intelecto, tanto em termos políticos, como sociais. Essa ideologia era visualizada através da
transformação desses povos que habitavam os espaços coloniais, administrados por sistemas
desiguais, porem defendidos por categorias legais rígidas, havendo uma única maneira de
vivência, que era seguindo as leis.
A zona colonial era como um espaço de domesticação, onde educavam e ensinavam o
oficio do trabalho aos indígenas que lá habitavam, onde esses já colonizados simbolizavam a
tradição que ficara no passado. Havia ali, alem da necessidade de exploração de novos
territórios, uma espécie de trabalho escravo, camuflado pela ideia de missão colonial em
civilizar esses povos africanos, os transformando em seres mais evoluídos, os dando uma vida
aos padrões europeus, digamos como uma ação civilizadora sobre as pessoas.
A partir de guerras de libertação, surgiram varias reflexões sobre a colonização,
principalmente a respeito do preconceito e racismo que era frequente dentro da sociedade
portuguesa, já que muitas das discriminações atuais são derivas dessas praticas vindas dessa
ideologia da época colonial. Um prova disso, foi na Republica da Europa no fim do séc. XIX,
que ergueu um edifício colonial sobre o principio de discriminação essencial, construído
legalmente através da diferença entre ‘civilizados’ e ‘indígenas’.
Essa ideia de que a Europa como ‘apogeu do progresso’ é radicalmente superior e
diferente do resto do mundo, surgiu a partir do século XVI, onde até mesmo os invasores
europeus venciam as disputas apenas por pertencerem a ‘raça superior’. Para eles a presença
colonial era emersa pela transposição de suas normas nos espaços dos outros, já que os tinham
como diferentes e inferiores, assim mais bárbaros e atrasados, e tinham a si mesmos como
valentes, valorosos, enérgicos e civilizadores.
Por fim, as divergências centravam-se nos métodos de colonização, mas não se
questionava a legitimidade do domínio europeu. Ser europeu naquela época era de alta
autoridade e supremacia como foi descrito.

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  • 1. UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA – UNILAB INSTITUTO DE ENGENHARIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS DISCIPLINA: TÓPICOS INTERCULTURAIS NOS ESPAÇOS LUSOFONOS DOCENTE: ROBSON CRUZ DISCENTE: ISADORA DE MOURA GOMES LEAL RESUMO: O ‘INDIGENA’ AFRICANO E O COLONO ‘EUROPEU’: A CONSTRUÇÃO DA DIFERENÇA POR PROCESSOS LEGAIS. O texto retrata o modelo de colonização português, esse caracterizado pela ideia de superioridade nos gêneros: cultural, civilizatório, intelectual, social e racial, sobrepondo-se aos colonizados -“indígenas”- africanos. Havendo um principio ‘universal’ em relação as populações das colônias, que eram vistas como inferiores, incapazes de raciocinar, desprovidas de intelecto, tanto em termos políticos, como sociais. Essa ideologia era visualizada através da transformação desses povos que habitavam os espaços coloniais, administrados por sistemas desiguais, porem defendidos por categorias legais rígidas, havendo uma única maneira de vivência, que era seguindo as leis. A zona colonial era como um espaço de domesticação, onde educavam e ensinavam o oficio do trabalho aos indígenas que lá habitavam, onde esses já colonizados simbolizavam a tradição que ficara no passado. Havia ali, alem da necessidade de exploração de novos territórios, uma espécie de trabalho escravo, camuflado pela ideia de missão colonial em civilizar esses povos africanos, os transformando em seres mais evoluídos, os dando uma vida aos padrões europeus, digamos como uma ação civilizadora sobre as pessoas. A partir de guerras de libertação, surgiram varias reflexões sobre a colonização, principalmente a respeito do preconceito e racismo que era frequente dentro da sociedade portuguesa, já que muitas das discriminações atuais são derivas dessas praticas vindas dessa ideologia da época colonial. Um prova disso, foi na Republica da Europa no fim do séc. XIX, que ergueu um edifício colonial sobre o principio de discriminação essencial, construído legalmente através da diferença entre ‘civilizados’ e ‘indígenas’. Essa ideia de que a Europa como ‘apogeu do progresso’ é radicalmente superior e diferente do resto do mundo, surgiu a partir do século XVI, onde até mesmo os invasores
  • 2. europeus venciam as disputas apenas por pertencerem a ‘raça superior’. Para eles a presença colonial era emersa pela transposição de suas normas nos espaços dos outros, já que os tinham como diferentes e inferiores, assim mais bárbaros e atrasados, e tinham a si mesmos como valentes, valorosos, enérgicos e civilizadores. Por fim, as divergências centravam-se nos métodos de colonização, mas não se questionava a legitimidade do domínio europeu. Ser europeu naquela época era de alta autoridade e supremacia como foi descrito.