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Mecânica dos solos
Profa Rosane Vargas
Permeabilidade dos solos
1.Permeabilidade - conceito
• Propriedade que o solo apresenta de
permitir o escoamento de água
através dele. Todos os solos são
mais ou menos permeáveis
Importância
• O conhecimento do valor da
permeabilidade é muito importante em
algumas obras de engenharia,
principalmente, na estimativa da vazão
que percolará através do maciço e da
fundação de barragens de terra, em obras
de drenagem, rebaixamento do nível
d’água, adensamento, etc.
Importância
• os mais graves problemas de construção
estão relacionados com a presença da
água.
Regime de escoamento nos solos
• Reynolds (1883) verificou que o
escoamento pode ser de dois tipos:
laminar (sob certas condições) e
turbulento.
Escoamento Laminar e turbulento
• Escoamento ocorre com uma trajetória
retilínea.Caso contrário, é dito turbulento.
Experiência de Reynolds (1883)
Experiência...
• Reynolds variou o diâmetro “D” e o comprimento “L” do conduto e a
diferença de nível “h” entre os reservatórios, medindo a velocidade
de escoamento “v”. Os resultados constam na Figura 6.1.b, onde
estão plotados, o gradiente hidráulico “i = h/l” versus a velocidade
de escoamento “v”. Verifica-se que há uma velocidade crítica “vc”
abaixo da qual o regime é laminar, havendo proporcionalidade entre
o gradiente hidráulico e a velocidade de fluxo. Para velocidades
acima de “vc” a relação não é linear e o regime de escoamento é
turbulento.
Experiência de Reynolds (1883)
• Ainda segundo Reynolds, o valor de “vc” é relacionado
teoricamente com as demais grandezas intervenientes através da
equação:
• Re = Vc . D . γ / μ . g
• onde:
• Re = número de Reynolds, adimensional e igual a 200;
• vc = velocidade crítica;
• D = diâmetro do conduto;
• γ = peso específico do fluído;
• μ = viscosidade do fluído;
• g = aceleração da gravidade.
Experiência de Reynolds (1883)
• Substituindo na equação anterior os valores correspondentes à
água a 20°C, obtém-se o valor de “vc” (em m/s) em função do
diâmetro do conduto “D” (em metros):
• Vc = 28 x 10-4 / D
• Nos solos, o diâmetro dos poros pode ser tomado como inferior a
5mm. Levando este valor à equação anterior, obtém-se vc =
0,56m/s, que é uma velocidade muito elevada.
Experiência de Reynolds (1883)
• De fato, a percolação da água nos solos se dá a velocidades muito
inferiores à crítica, concluindo-se daí que a percolação ocorre em
regime laminar.
• Como conseqüência imediata haverá, segundo estudos de
Reynolds, proporcionalidade entre velocidade de escoamento e
gradiente hidráulico.
Experiência de Reynolds (1883)
• Como conseqüência imediata, segundo estudos de
Reynolds, haverá proporcionalidade entre velocidade de
escoamento e gradiente hidráulico. Denominado o
coeficiente de proporcionalidade entre “v” e “i” de
permeabilidade ou condutibilidade hidráulica “k”, vem:
• v = k . i (também conhecida como Lei de Darcy)
Fatores que influem na
permeabilidade dos solos
• Os principais fatores que influenciam no coeficiente de
permeabilidade são: granulometria, índice de vazios,
composição mineralógica, estrutura, fluído, macro-
estrutura e a temperatura.
Granulometria
• O tamanho das partículas que constituem os solos
influencia no valor de “k”. Nos solos pedregulhosos sem
finos (partículas com diâmetro superior a 2mm), por
exemplo, o valor de “k” é superior a 0,01cm/s; já nos
solos finos (partícula com diâmetro inferior a 0,074mm)
os valores de “k” são bem inferiores a este valor..
Índice de vazios
• A permeabilidade dos solos esta relacionada
com o índice de vazios, logo, com a sua
porosidade. Quanto mais poroso for um solo
(maior a dimensão dos poros), maior será o
índice de vazios, por conseguinte, mais
permeável (para argilas moles, isto não se
verifica).
Índice de vazios
• A permeabilidade dos solos esta relacionada
com o índice de vazios, logo, com a sua
porosidade. Quanto mais poroso for um solo
(maior a dimensão dos poros), maior será o
índice de vazios, por conseguinte, mais
permeável (para argilas moles, isto não se
verifica).
Composição mineralógica
• A predominância de alguns tipos de minerais na
constituição dos solos tem grande influência na
permeabilidade. Por exemplo, argilas moles que são
constituídas, predominantemente, de argilo-minerais
(caulinitas, ilitas e montmorilonitas) possuem um valor
de “k” muito baixo, que varia de 10-7 a 10-8 cm/s. Já
nos solos arenosos, cascalhentos sem finos, que são
constituídos, principalmente, de minerais silicosos
(quartzo) o valor de “k” é da ordem de 1,0 a 0,01cm/s.
Estrutura do solo
• É o arranjo das partículas. Nas argilas existem as
estruturas isoladas e em grupo que atuam forças de
natureza capilar e molecular, que dependem da forma
das partículas. Nas areias o arranjo estrutural é mais
simplificado, constituindo-se por canalículos,
interconectados onde a água flui mais facilmente
Macro-estrutura
• Principalmente em solos que guardam as
características do material de origem (rocha
mãe) como diaclases, fraturas, juntas,
estratificações. Estes solos constituem o
horizonte C dos perfis de solo, também
denominados de solos saprolíticos.
Fluído
• O tipo de fluído que se encontra nos poros. Nos solos,
em geral, o fluído é a água com ou sem gases (ar)
dissolvidos.
Temperatura
• Quanto maior a temperatura, menor a
viscosidade d’água, portanto, maior a
permeabilidade, isto significa que a água mais
facilmente escoará pelos poros do solo.
• Por isso, os valores de “k” obtidos nos ensaios
são geralmente referidos à temperatura de
20°C.
Resultados de permeabilidade
Ordem de grandeza do coeficiente de
permeabilidade
• Consideram-se solos permeáveis, ou que apresentam
drenagem livre, são aqueles que têm permeabilidade
superior a 10-7 m/s. Os demais são solos impermeáveis
ou com drenagem impedida.
Ordem de grandeza do coeficiente de
permeabilidade
Determinação da Permeabilidade
Ensaios de laboratório (Permeâmetros)
• Existem diversos tipos de equipamentos para
investigação da condutividade hidráulica de solos em
laboratório. Esses equipamentos são denominados de
permeâmetros, e são classificados em permeâmetros de
parede rígida e parede flexível.

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Permeabilidade do solo

  • 3. 1.Permeabilidade - conceito • Propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de água através dele. Todos os solos são mais ou menos permeáveis
  • 4. Importância • O conhecimento do valor da permeabilidade é muito importante em algumas obras de engenharia, principalmente, na estimativa da vazão que percolará através do maciço e da fundação de barragens de terra, em obras de drenagem, rebaixamento do nível d’água, adensamento, etc.
  • 5. Importância • os mais graves problemas de construção estão relacionados com a presença da água.
  • 6. Regime de escoamento nos solos • Reynolds (1883) verificou que o escoamento pode ser de dois tipos: laminar (sob certas condições) e turbulento.
  • 7. Escoamento Laminar e turbulento • Escoamento ocorre com uma trajetória retilínea.Caso contrário, é dito turbulento.
  • 9. Experiência... • Reynolds variou o diâmetro “D” e o comprimento “L” do conduto e a diferença de nível “h” entre os reservatórios, medindo a velocidade de escoamento “v”. Os resultados constam na Figura 6.1.b, onde estão plotados, o gradiente hidráulico “i = h/l” versus a velocidade de escoamento “v”. Verifica-se que há uma velocidade crítica “vc” abaixo da qual o regime é laminar, havendo proporcionalidade entre o gradiente hidráulico e a velocidade de fluxo. Para velocidades acima de “vc” a relação não é linear e o regime de escoamento é turbulento.
  • 10. Experiência de Reynolds (1883) • Ainda segundo Reynolds, o valor de “vc” é relacionado teoricamente com as demais grandezas intervenientes através da equação: • Re = Vc . D . γ / μ . g • onde: • Re = número de Reynolds, adimensional e igual a 200; • vc = velocidade crítica; • D = diâmetro do conduto; • γ = peso específico do fluído; • μ = viscosidade do fluído; • g = aceleração da gravidade.
  • 11. Experiência de Reynolds (1883) • Substituindo na equação anterior os valores correspondentes à água a 20°C, obtém-se o valor de “vc” (em m/s) em função do diâmetro do conduto “D” (em metros): • Vc = 28 x 10-4 / D • Nos solos, o diâmetro dos poros pode ser tomado como inferior a 5mm. Levando este valor à equação anterior, obtém-se vc = 0,56m/s, que é uma velocidade muito elevada.
  • 12. Experiência de Reynolds (1883) • De fato, a percolação da água nos solos se dá a velocidades muito inferiores à crítica, concluindo-se daí que a percolação ocorre em regime laminar. • Como conseqüência imediata haverá, segundo estudos de Reynolds, proporcionalidade entre velocidade de escoamento e gradiente hidráulico.
  • 13. Experiência de Reynolds (1883) • Como conseqüência imediata, segundo estudos de Reynolds, haverá proporcionalidade entre velocidade de escoamento e gradiente hidráulico. Denominado o coeficiente de proporcionalidade entre “v” e “i” de permeabilidade ou condutibilidade hidráulica “k”, vem: • v = k . i (também conhecida como Lei de Darcy)
  • 14. Fatores que influem na permeabilidade dos solos • Os principais fatores que influenciam no coeficiente de permeabilidade são: granulometria, índice de vazios, composição mineralógica, estrutura, fluído, macro- estrutura e a temperatura.
  • 15. Granulometria • O tamanho das partículas que constituem os solos influencia no valor de “k”. Nos solos pedregulhosos sem finos (partículas com diâmetro superior a 2mm), por exemplo, o valor de “k” é superior a 0,01cm/s; já nos solos finos (partícula com diâmetro inferior a 0,074mm) os valores de “k” são bem inferiores a este valor..
  • 16. Índice de vazios • A permeabilidade dos solos esta relacionada com o índice de vazios, logo, com a sua porosidade. Quanto mais poroso for um solo (maior a dimensão dos poros), maior será o índice de vazios, por conseguinte, mais permeável (para argilas moles, isto não se verifica).
  • 17. Índice de vazios • A permeabilidade dos solos esta relacionada com o índice de vazios, logo, com a sua porosidade. Quanto mais poroso for um solo (maior a dimensão dos poros), maior será o índice de vazios, por conseguinte, mais permeável (para argilas moles, isto não se verifica).
  • 18. Composição mineralógica • A predominância de alguns tipos de minerais na constituição dos solos tem grande influência na permeabilidade. Por exemplo, argilas moles que são constituídas, predominantemente, de argilo-minerais (caulinitas, ilitas e montmorilonitas) possuem um valor de “k” muito baixo, que varia de 10-7 a 10-8 cm/s. Já nos solos arenosos, cascalhentos sem finos, que são constituídos, principalmente, de minerais silicosos (quartzo) o valor de “k” é da ordem de 1,0 a 0,01cm/s.
  • 19. Estrutura do solo • É o arranjo das partículas. Nas argilas existem as estruturas isoladas e em grupo que atuam forças de natureza capilar e molecular, que dependem da forma das partículas. Nas areias o arranjo estrutural é mais simplificado, constituindo-se por canalículos, interconectados onde a água flui mais facilmente
  • 20. Macro-estrutura • Principalmente em solos que guardam as características do material de origem (rocha mãe) como diaclases, fraturas, juntas, estratificações. Estes solos constituem o horizonte C dos perfis de solo, também denominados de solos saprolíticos.
  • 21. Fluído • O tipo de fluído que se encontra nos poros. Nos solos, em geral, o fluído é a água com ou sem gases (ar) dissolvidos.
  • 22. Temperatura • Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade d’água, portanto, maior a permeabilidade, isto significa que a água mais facilmente escoará pelos poros do solo. • Por isso, os valores de “k” obtidos nos ensaios são geralmente referidos à temperatura de 20°C.
  • 24. Ordem de grandeza do coeficiente de permeabilidade • Consideram-se solos permeáveis, ou que apresentam drenagem livre, são aqueles que têm permeabilidade superior a 10-7 m/s. Os demais são solos impermeáveis ou com drenagem impedida.
  • 25. Ordem de grandeza do coeficiente de permeabilidade
  • 26. Determinação da Permeabilidade Ensaios de laboratório (Permeâmetros) • Existem diversos tipos de equipamentos para investigação da condutividade hidráulica de solos em laboratório. Esses equipamentos são denominados de permeâmetros, e são classificados em permeâmetros de parede rígida e parede flexível.