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Antes de Comprar:
-Verifique se o carro possui o(s) controle(s) remotos de abertura e travamento de portas.
Estes controles são relativamente caros e difíceis de encontrar.
-Atento para o som do motor, ligue o carro (de preferência com o motor frio), o motor pode
não pegar de primeira ( comum acontecer devido a fragilidade do regulador de pressão,
que geralmente precisa ser substituido e não é caro... também não dá problemas
maiores... ) . O som do motor não deverá apresentar ruídos de tuchos, válvulas, nem nada
que não seja tipicamente o som gostoso desses motores.
-Atente também para o nível de fumaça emitida no cano de descarga. Mesmo motores
com 150 mil km não costumam emitir nada de fumaça, mesmo a 3.000/3500 RPM.
-Com o motor já quente, acelere gradativamente até 3000 RPM, a aceleração deve subir
“redonda” sem “engasgar”. Solte o acelerador gradativamente e o mesmo deverá ser
observado.
-Você terá que avaliar se não existe nenhum tipo de vazamento de óleo no carro. Uma
Cherokee ou Wrangler em bom estado não costuma vazar absolutamente NADA.
-Ruídos nos diferenciais são importantes de serem verificados, mas somente aparecem
em velocidades acima dos 80 Km/h. Se estiver equipada com pneus AT com desenhos
mais agressivos e MTs, com certeza vai confundir o ruído dos pneus com ruído de
diferencial, ou vice-versa, e aí não tem receita. No caso da XJ, esse teste deve ser feito na
posição full-time.
-Nas XJs, YJs e TJs engate e desengate as posições da caixa de transferência e rode com
o veículo, aliás, vc poderá testar o carro a todo momento em 4x4 Full Time na XJ equipada
com esta opção.
-A mudança da alavanca da caixa de transferência deverá ser bem firme, porém não
absurdamente “travada”. Se travar, experimente engatar a ré, depois alguma marcha a
frente e verifique se consegue então a mudança, se conseguir tudo OK.
-Para o teste do Part Time (XJs, YJs e TJs) ou 4x4 Low, procure um longo trecho o mais
reto e plano possível e ande com o carro até os seus 40-50 km/h que já será suficiente.
Atenção para ruídos estranhos.
-Para o teste do câmbio automático a primeira coisa é ver o nível de óleo, se estiver baixo
esqueça. Provavelmente o antigo dono era um relaxado e o câmbio pode ter sobre
aquecido. Dentro da vida útil do óleo, o nível não baixa se o mesmo estiver OK. O óleo do
câmbio deverá preferencialmente ter uma cor avermelhada e no máximo tendendo ao
marrom, se estiver escuro de mais onde nada lembra o vermelho ou claro demais, pode
esquecer por esse câmbio aqueceu demais.
Teste do Câmbio Automático:
Com o carro parado e freado, mude a alavanca entre D e N, você irá sentir um leve
“tranquinho” no carro e este deve acontecer praticamente ao colocar em D. O mesmo deve
acontecer para a posição R. Com o motor ligado e pré aquecido, freio de mão travado e
com o pé no freio, passe para a posição D e enquanto mantém o carro freado, acelere com
vontade rapidamente (famoso “socar o pé”), atente para o contagiros, a rotação não deve
passar de 2.300 a 2500 RPM. Coloque em N e espere 2 minutos e repita o mesmo
processo para a posição R. Faça este teste somente em um lugar onde tenha espaço
aberto para evitar acidentes. Quando fazer este teste, NÃO acelere por períodos
prolongados, 2 a 4 segundos de aceleração são suficientes para esta avaliação. Se os
freios estiverem bons, nesse processo o carro não deve de mover, no máximo levantar um
pouco a traseira. Como você não conhece o carro que está testando, NÃO confie nos
freios, faça o teste em um local livre de obstáculos.
-Faça muitas manobras com o carro para avaliar o curso total da direção e atento para
ruídos. Faça a baliza se for o caso, a direção não deve fazer nenhum ruído ou estalo e a
bomba da direção hidráulico somente aumenta um pouco o ruído quando a direção chegar
ao limite em um dos lados. Estalos ao manobrar o veículo, principalmente no final de
curso, indicam que as cruzetas ou homocinéticas estão ruins.
-Trafegue por ruas de pavimento ruim para avaliar ruídos de suspensão e como está o
alinhamento.
-Teste efetivamente todos os comando elétricos do carro, como luzes, limpadores, vidros
elétricos, travas e tudo o que for possível.
-Avalie o estado da água do radiador, veja se tem aditivo ou se água está muito
enferrujada. Normalmente o reservatório já denuncia o estado da água.
-Verifique o nível do óleo do motor e avalie o lado interno da tampa de óleo do mesmo. Se
tiver formação de borra em excesso ou em coloração esbranquiçada mesmo que em baixa
quantidade, esqueça desse carro na hora.
-Níveis de fluídos em ordem, mesmo que não sejam recentemente trocados revelam um
certo zelo por parte do dono anterior.
-Quanto aos freios, verifique além da eficiência se não existe ovalização (oscilação do
pedal ao frear). Pastilhas e discos das Cherokees e Wranglers são relativamente baratas e
o sistema de freios não é nenhum “bicho de sete cabeças”, mas vale a pena prestar
atenção.
-Se quiser testar o sistema ABS (para os modelos que possuem), escolha um trecho
relativamente irregular, as chamadas costelas de vaca encontradas com facilidade em
nossas ruas hoje (infelizmente) são muito boas, ou então ruas de paralelepípedo ou
mesmo de terra batida. Não há necessidade de desenvolver uma grande velocidade, algo
em torno de 20-30 Km/h são suficientes. Nesse tipo de pista e nessa velocidade, freie o
carro com uma certa “vontade” (não precisa forçar o travamento), você deverá sentir o
pedal do freio pulsar e isso é sinal que a pressão do sistema está sendo aliviada como
sinal do anti-travamento do ABS. Atenção ao painel para ver se a luz do ABS não acende
!!
-O painel de instrumentos também é um grande aliado na avaliação do veículo. A
temperatura da água de arrefecimento nesses veículos é alta mesmo, em torno dos 100°C,
e pode chegar as vezes até meia divisão acima, além disso realmente há problemas. A
pressão do óleo trabalha, quando o motor está frio em torno dos 3 bar, mas quando o
veículo está na temperatura de trabalho é normal baixar (na marcha lenta) em torno de
1,5-2 bar dependendo da viscosidade do óleo utilizado, porém ao acelerar o motor, a
pressão deverá subir novamente para o patamar de 3 bar. Abaixo ou acima destes valores
realmente pode haver problemas. Preste atenção a todo momento em que está rodando
com o carro se a luz do “Check Engine” não acende ou pisca. A voltagem da carga da
bateria, com o motor ligado deverá estar em torno do 14 Volts.
-Teste o Ar condicionado, aliás, a todo momento que estiver rodando com o carro, deixe o
AC ligado direto, assim poderá avaliar além do fato de estar gelando efetivamente, se o
motor não está sobre-aquecendo, se existe irregularidade na marcha lenta ou no
desempenho do motor. Teste também o ar quente do veículo.
-Se o veículo tiver GNV instalado e você já tiver uma pré-disposição a rodar com este
combustível, isso não é motivo para reprova do carro. Mas é importante avaliar se a
instalação foi bem feita, e se foi instalado todos os componentes necessários para o bom
desempenho do GNV. O kit GNV ideal seria efetivamente o modelo que possui bicos
injetores auxiliares para GNV, mas não são comuns por conta do preço. Os kit
convencionais são os que possuem redutor de diafragma. Nesses carros é importante
avaliar se o redutor é de grande capacidade e se a saída de gás é gerenciada
eletronicamente com motor de passo. È fundamental para o bom desempenho que o
veículo tenha um variador de avanço para melhor desempenho e simulador de bicos
injetores. Existe uma besteira comum dita que veículos com GNV acendem a luz do Check
Engine com freqüência, bobagem, pois se o sistema estiver bem instalado e regulado essa
luz nunca acenderá. É normal que exista uma certa perda de potência ao rodar em GNV
(comparado a Gasolina), mas não significa que você terá um desempenho de um carro
1.0. Avalie o chaveamento entre a gasolina e GNV e veja se o motor permanece estável,
troque sempre entre um combustível e outro com o veículo rodando e pré-aquecido.
-Esse é um item mais difícil, mas o ideal seria levar o carro em uma oficina que lide com
injeção eletrônica e pedir para que passem o scanner no carro para levantar os códigos de
erro que ficam no módulo de injeção ( ou usar adaptadores bluetooth OBD2 e um
programa que receba os dados: uso o Torque (android)). Mesmo que a luz de Check
Engine ou ABS não acenda em nenhum momento, eventuais falhas ficam armazenadas na
central, até mesmo as de câmbio automático. Obviamente esse é um item que tem um
certo preciosismo, mas se tiver a chance, por que não ?
Prefira um carro que esteja com todos estes itens acima 100% OK, ou pelo menos com os
mais simples de serem resolvidos, pneus ruins e pequenos reparos de lataria são mais
simples de resolver e até fácil de levantar o custo pra isso que um repara no câmbio ou
motor, por exemplo. Kmetragem alta nesses carros não significa muito, o conjunto
motor/câmbio, desde que devidamente revisados podem durar acima dos 200 mil Km.

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Antes de Comprar um Jeep: Verifique esses Itens Importantes

  • 1. Antes de Comprar: -Verifique se o carro possui o(s) controle(s) remotos de abertura e travamento de portas. Estes controles são relativamente caros e difíceis de encontrar. -Atento para o som do motor, ligue o carro (de preferência com o motor frio), o motor pode não pegar de primeira ( comum acontecer devido a fragilidade do regulador de pressão, que geralmente precisa ser substituido e não é caro... também não dá problemas maiores... ) . O som do motor não deverá apresentar ruídos de tuchos, válvulas, nem nada que não seja tipicamente o som gostoso desses motores. -Atente também para o nível de fumaça emitida no cano de descarga. Mesmo motores com 150 mil km não costumam emitir nada de fumaça, mesmo a 3.000/3500 RPM. -Com o motor já quente, acelere gradativamente até 3000 RPM, a aceleração deve subir “redonda” sem “engasgar”. Solte o acelerador gradativamente e o mesmo deverá ser observado. -Você terá que avaliar se não existe nenhum tipo de vazamento de óleo no carro. Uma Cherokee ou Wrangler em bom estado não costuma vazar absolutamente NADA. -Ruídos nos diferenciais são importantes de serem verificados, mas somente aparecem em velocidades acima dos 80 Km/h. Se estiver equipada com pneus AT com desenhos mais agressivos e MTs, com certeza vai confundir o ruído dos pneus com ruído de diferencial, ou vice-versa, e aí não tem receita. No caso da XJ, esse teste deve ser feito na posição full-time. -Nas XJs, YJs e TJs engate e desengate as posições da caixa de transferência e rode com o veículo, aliás, vc poderá testar o carro a todo momento em 4x4 Full Time na XJ equipada com esta opção. -A mudança da alavanca da caixa de transferência deverá ser bem firme, porém não absurdamente “travada”. Se travar, experimente engatar a ré, depois alguma marcha a frente e verifique se consegue então a mudança, se conseguir tudo OK. -Para o teste do Part Time (XJs, YJs e TJs) ou 4x4 Low, procure um longo trecho o mais reto e plano possível e ande com o carro até os seus 40-50 km/h que já será suficiente. Atenção para ruídos estranhos. -Para o teste do câmbio automático a primeira coisa é ver o nível de óleo, se estiver baixo esqueça. Provavelmente o antigo dono era um relaxado e o câmbio pode ter sobre aquecido. Dentro da vida útil do óleo, o nível não baixa se o mesmo estiver OK. O óleo do câmbio deverá preferencialmente ter uma cor avermelhada e no máximo tendendo ao marrom, se estiver escuro de mais onde nada lembra o vermelho ou claro demais, pode esquecer por esse câmbio aqueceu demais. Teste do Câmbio Automático: Com o carro parado e freado, mude a alavanca entre D e N, você irá sentir um leve “tranquinho” no carro e este deve acontecer praticamente ao colocar em D. O mesmo deve acontecer para a posição R. Com o motor ligado e pré aquecido, freio de mão travado e com o pé no freio, passe para a posição D e enquanto mantém o carro freado, acelere com vontade rapidamente (famoso “socar o pé”), atente para o contagiros, a rotação não deve passar de 2.300 a 2500 RPM. Coloque em N e espere 2 minutos e repita o mesmo processo para a posição R. Faça este teste somente em um lugar onde tenha espaço
  • 2. aberto para evitar acidentes. Quando fazer este teste, NÃO acelere por períodos prolongados, 2 a 4 segundos de aceleração são suficientes para esta avaliação. Se os freios estiverem bons, nesse processo o carro não deve de mover, no máximo levantar um pouco a traseira. Como você não conhece o carro que está testando, NÃO confie nos freios, faça o teste em um local livre de obstáculos. -Faça muitas manobras com o carro para avaliar o curso total da direção e atento para ruídos. Faça a baliza se for o caso, a direção não deve fazer nenhum ruído ou estalo e a bomba da direção hidráulico somente aumenta um pouco o ruído quando a direção chegar ao limite em um dos lados. Estalos ao manobrar o veículo, principalmente no final de curso, indicam que as cruzetas ou homocinéticas estão ruins. -Trafegue por ruas de pavimento ruim para avaliar ruídos de suspensão e como está o alinhamento. -Teste efetivamente todos os comando elétricos do carro, como luzes, limpadores, vidros elétricos, travas e tudo o que for possível. -Avalie o estado da água do radiador, veja se tem aditivo ou se água está muito enferrujada. Normalmente o reservatório já denuncia o estado da água. -Verifique o nível do óleo do motor e avalie o lado interno da tampa de óleo do mesmo. Se tiver formação de borra em excesso ou em coloração esbranquiçada mesmo que em baixa quantidade, esqueça desse carro na hora. -Níveis de fluídos em ordem, mesmo que não sejam recentemente trocados revelam um certo zelo por parte do dono anterior. -Quanto aos freios, verifique além da eficiência se não existe ovalização (oscilação do pedal ao frear). Pastilhas e discos das Cherokees e Wranglers são relativamente baratas e o sistema de freios não é nenhum “bicho de sete cabeças”, mas vale a pena prestar atenção. -Se quiser testar o sistema ABS (para os modelos que possuem), escolha um trecho relativamente irregular, as chamadas costelas de vaca encontradas com facilidade em nossas ruas hoje (infelizmente) são muito boas, ou então ruas de paralelepípedo ou mesmo de terra batida. Não há necessidade de desenvolver uma grande velocidade, algo em torno de 20-30 Km/h são suficientes. Nesse tipo de pista e nessa velocidade, freie o carro com uma certa “vontade” (não precisa forçar o travamento), você deverá sentir o pedal do freio pulsar e isso é sinal que a pressão do sistema está sendo aliviada como sinal do anti-travamento do ABS. Atenção ao painel para ver se a luz do ABS não acende !! -O painel de instrumentos também é um grande aliado na avaliação do veículo. A temperatura da água de arrefecimento nesses veículos é alta mesmo, em torno dos 100°C, e pode chegar as vezes até meia divisão acima, além disso realmente há problemas. A pressão do óleo trabalha, quando o motor está frio em torno dos 3 bar, mas quando o veículo está na temperatura de trabalho é normal baixar (na marcha lenta) em torno de 1,5-2 bar dependendo da viscosidade do óleo utilizado, porém ao acelerar o motor, a pressão deverá subir novamente para o patamar de 3 bar. Abaixo ou acima destes valores realmente pode haver problemas. Preste atenção a todo momento em que está rodando com o carro se a luz do “Check Engine” não acende ou pisca. A voltagem da carga da bateria, com o motor ligado deverá estar em torno do 14 Volts. -Teste o Ar condicionado, aliás, a todo momento que estiver rodando com o carro, deixe o AC ligado direto, assim poderá avaliar além do fato de estar gelando efetivamente, se o
  • 3. motor não está sobre-aquecendo, se existe irregularidade na marcha lenta ou no desempenho do motor. Teste também o ar quente do veículo. -Se o veículo tiver GNV instalado e você já tiver uma pré-disposição a rodar com este combustível, isso não é motivo para reprova do carro. Mas é importante avaliar se a instalação foi bem feita, e se foi instalado todos os componentes necessários para o bom desempenho do GNV. O kit GNV ideal seria efetivamente o modelo que possui bicos injetores auxiliares para GNV, mas não são comuns por conta do preço. Os kit convencionais são os que possuem redutor de diafragma. Nesses carros é importante avaliar se o redutor é de grande capacidade e se a saída de gás é gerenciada eletronicamente com motor de passo. È fundamental para o bom desempenho que o veículo tenha um variador de avanço para melhor desempenho e simulador de bicos injetores. Existe uma besteira comum dita que veículos com GNV acendem a luz do Check Engine com freqüência, bobagem, pois se o sistema estiver bem instalado e regulado essa luz nunca acenderá. É normal que exista uma certa perda de potência ao rodar em GNV (comparado a Gasolina), mas não significa que você terá um desempenho de um carro 1.0. Avalie o chaveamento entre a gasolina e GNV e veja se o motor permanece estável, troque sempre entre um combustível e outro com o veículo rodando e pré-aquecido. -Esse é um item mais difícil, mas o ideal seria levar o carro em uma oficina que lide com injeção eletrônica e pedir para que passem o scanner no carro para levantar os códigos de erro que ficam no módulo de injeção ( ou usar adaptadores bluetooth OBD2 e um programa que receba os dados: uso o Torque (android)). Mesmo que a luz de Check Engine ou ABS não acenda em nenhum momento, eventuais falhas ficam armazenadas na central, até mesmo as de câmbio automático. Obviamente esse é um item que tem um certo preciosismo, mas se tiver a chance, por que não ? Prefira um carro que esteja com todos estes itens acima 100% OK, ou pelo menos com os mais simples de serem resolvidos, pneus ruins e pequenos reparos de lataria são mais simples de resolver e até fácil de levantar o custo pra isso que um repara no câmbio ou motor, por exemplo. Kmetragem alta nesses carros não significa muito, o conjunto motor/câmbio, desde que devidamente revisados podem durar acima dos 200 mil Km.