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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, M. I. N.; SOUZA, J. A. Atributos do solo
e impacto ambiental. 2. ed. Lavras: UFLA: FAEPE,
1997. 205 p.
BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L. Efeito
de sistemas de preparo e de cultura na dinâmica
da matéria orgânica e na mitigação das emissões
de CO2. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p.
599-607, 2000.
LIMA, A.A.C.; OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L.
Aptidão agrícola dos solos do Estado do Tocantins.
Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado
Técnico, n 47, dezembro/2000, p.1-3.
MARÇAL, M. S. e GUERRA, A. J. T. Indicadores
ambientais relevantes para a análise da
suscetibilidade à erosão dos solos em Açailândia
(MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, v.5, p. 01-
16, 2004.
SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.
e ANJOS, L. H. C.; SHIMIZY, S. H. Manual de descrição
e coleta de solo no campo. 6.ed. Viçosa, Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, 2013, 100p.
STEVENSON, F. J. Humus chemistry: genesis,
composition, reactions. 2nd. Ed. John Wiley & Sons,
INC. New York 1994, 496 p.
95
ROEDORES DE PEQUENO
PORTE (ORDEM
RODENTIA) OCORRENTES
EM ÁREAS RURAIS DO
TOCANTINS
INTRODUÇÃO
Conhecer os pequenos
mamíferos é uma forma eficiente
de evitar a proliferação dos
ratos que é potencializada
pelos recursos (alimento e
abrigo) gerados pelas atividades
agrícolas e de pecuária e, por
conseguinte, reduzir os efeitos
nefastos destes ao nível da saúde
e bem-estar das populações
(BORREGO, 2011). Temos ciência
que para controlar os ratos
nas explorações agrícolas e de
animais, precisamos entender
bem a biologia dos roedores
de pequeno porte, como
uma forma de prevenir os
prejuízos econômicos e doenças
associados à presença destes.
Porém, para se chegar a este
estado de conhecimento local,
temos que partir de uma correta
identificação dos roedores. Uma
tarefa difícil, devido a grande
diversidade e complexidade
taxonômica de espécies de
roedores, segundo a literatura
especializada (LIMA, 2000).
Neste contexto acima, como uma
forma de contribuir como dados
para estudos regionais sobre
inventários, ecologia e manejo
em áreas agrícolas do Tocantins.
Temos como objetivo apresentar
informações de roedores de
pequeno porte ocorrentes no
Tocantins, sobre: hábitos e
habitats naturais, municípios
encontrados, tamanho e
José Fernando de Sousa Lima1
1 Professor Doutor da Universidade Estadual do Tocantins - UNITINS
Palavras-chave: pequenos mamíferos, identificação, vegetação, cerrado.
94
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVARENGA, M. I. N.; SOUZA, J. A. Atributos do solo
e impacto ambiental. 2. ed. Lavras: UFLA: FAEPE,
1997. 205 p.
BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L. Efeito
de sistemas de preparo e de cultura na dinâmica
da matéria orgânica e na mitigação das emissões
de CO2. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p.
599-607, 2000.
LIMA, A.A.C.; OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L.
Aptidão agrícola dos solos do Estado do Tocantins.
Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado
Técnico, n 47, dezembro/2000, p.1-3.
MARÇAL, M. S. e GUERRA, A. J. T. Indicadores
ambientais relevantes para a análise da
suscetibilidade à erosão dos solos em Açailândia
(MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, v.5, p. 01-
16, 2004.
SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.
e ANJOS, L. H. C.; SHIMIZY, S. H. Manual de descrição
e coleta de solo no campo. 6.ed. Viçosa, Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, 2013, 100p.
STEVENSON, F. J. Humus chemistry: genesis,
composition, reactions. 2nd. Ed. John Wiley & Sons,
INC. New York 1994, 496 p.
95
ROEDORES DE PEQUENO
PORTE (ORDEM
RODENTIA) OCORRENTES
EM ÁREAS RURAIS DO
TOCANTINS
INTRODUÇÃO
Conhecer os pequenos
mamíferos é uma forma eficiente
de evitar a proliferação dos
ratos que é potencializada
pelos recursos (alimento e
abrigo) gerados pelas atividades
agrícolas e de pecuária e, por
conseguinte, reduzir os efeitos
nefastos destes ao nível da saúde
e bem-estar das populações
(BORREGO, 2011). Temos ciência
que para controlar os ratos
nas explorações agrícolas e de
animais, precisamos entender
bem a biologia dos roedores
de pequeno porte, como
uma forma de prevenir os
prejuízos econômicos e doenças
associados à presença destes.
Porém, para se chegar a este
estado de conhecimento local,
temos que partir de uma correta
identificação dos roedores. Uma
tarefa difícil, devido a grande
diversidade e complexidade
taxonômica de espécies de
roedores, segundo a literatura
especializada (LIMA, 2000).
Neste contexto acima, como uma
forma de contribuir como dados
para estudos regionais sobre
inventários, ecologia e manejo
em áreas agrícolas do Tocantins.
Temos como objetivo apresentar
informações de roedores de
pequeno porte ocorrentes no
Tocantins, sobre: hábitos e
habitats naturais, municípios
encontrados, tamanho e
José Fernando de Sousa Lima1
1 Professor Doutor da Universidade Estadual do Tocantins - UNITINS
Palavras-chave: pequenos mamíferos, identificação, vegetação, cerrado.
94
espécie comum nos diferentes
habitats do bioma Cerrado.
Encontrados nos municípios:
Lajeado (central norte), Porto
Nacional e Palmas (central).
Tipo de vegetação: mata de
galeria-campo sujo, brejo-campo
sujo, fragmento de cerradão.
Descrição: médio (60-82g);
cauda maior que o corpo; rosto
acinzentado; pelagem dorsal
variando de castanho escuro
a alaranjado, com pelos mais
claros nas laterais e pouco
definido no limite com o ventre
esbranquiçado ou amarelado;
cauda pouco pilosa com escamas
aparentes, principalmente,
próxima à base da cauda.
Nectomys rattus (rato-d’água ou
guiara). Hábito semiaquático,
restrito a matas ripárias e
alimenta-se de itens encontrados
na água, como: insetos, larvas
de artrópodes, caramujos,
girinos e frutos. Ocorrências: nos
municípios de São Sebastião
(extremo norte), Couto
Magalhães (noroeste), Lajeado
(centro norte) e Porto Nacional
(central). Tipo de vegetação: mata
de ripárias e brejos. Descrição:
grande (130-372g); cauda robusta
maior que o corpo, com pouco
pelos pequenos, porém mais
frequentes na parte inferior;
pelagem dorsal castanho-escura,
brilhante, ventre esbranquiçado
com partes amareladas e as bases
dos pelos acinzentadas, sem
limite definido com as laterais;
patas posteriores grandes
e robustas, palmas largas e
membranas interdigitais, e ainda
uma franja de pelos prateados
na margem externa da superfície
plantar; pelos ungueais curtos
raramente atingindo a metade
das garras.
Oligoryzomys (camundongo-
de-mato ou rato-da-fava).
Hábitos terrestres são granívoros,
insetívoros e frugívoros. Com
duas espécies. Ocorrências: O.
flavescens - nos municípios: São
Sebastião (extremo norte), Couto
Magalhães (noroeste) e Ipueiras
(central sul); O. moojeni - Lajeado
(centro norte) e Porto Nacional
(central). Tipo de vegetação:
as espécies deste gênero são
citadas com ocorrências mais
freqüentes em áreas abertas
(campos e clareiras), com citações
em culturas, principalmente de
arroz (no caso, O. flavescens).
O. flavescens – campo-mata
ciliar, mata de galeria-vereda
e brejo; O. moojeni – mata de
galeria-campo sujo, mata de
galeria de rio estacional seco.
Descrição: pequenos (10-25g);
cauda fina e pouco pilosa, bem
maior que corpo (em torno de 1,5
vezes); pelagem dorsal variando
de castanho-avermelhado a
amarelado, com as laterais
mais claras com limitação
definida com a ventral, que é
esbranquiçada ou amarelada;
patas longas e finas cobertas
de pequenos pelos claros, patas
traseiras desenvolvidas, que dar
capacidade de saltar.
Hilaeamys megacephalus
(camundongo-de-mato).
Hábitos terrestre com habilidade
arbóreal, são granívoros e
frugívoros. Ocorrências: nos
municípios: Lajeado (central
norte), Aparecida do Rio Negro
(central leste), Porto Nacional e
Monte do Carmo (central). Tipo
de vegetação: mata de galeria,
cerrado rupestre-mata de galeria,
cerrado e mata de galeria de rio
estacional. Descrição: pequeno
e médio (30-112g); cauda similar
ao tamanho do corpo e pouco
pilosa; pelagem dorsal variando
de castanho escuro-amarelado a
alaranjado (mais a leste), ficando
mais claros nas laterais e limite
bem definido com o ventre
esbranquiçado ou acinzentado.
Oecomys bicolor (rato-da-árvore).
Hábitos arborícolas (mas utilizam
o chão, quando necessário) e
frugívoros. Ocorrências: nos
municípios: São Sebastião
(extremo norte), Porto Nacional
e Monte do Carmo (central).
Tipo de vegetação: mata de
galeria, Cerradão (em área com
declividade razoavelmente
acentuada). Descrição: pequeno
a médio (18-51g); cauda maior
que o corpo; pelagem dorsal
variando de castanho alaranjado
a amarelado, mais claros nas
laterais, com limite bem definido
com o ventre esbranquiçado;
cauda com pelos e acentuando-
se na porção terminal e formando
um ”pincel”. Pode ser confundido
com Rhipidomys, difere, por
apresentar vibrissas (bigode)
longas que ultrapassam o limite
posterior das orelhas com
extremidades pilosas, tem menos
acentuado o“pincel”da cauda e
as manchas escuras presentes nas
superfícies superior das patas.
Rhipidomys macrurus, (rato-
da-árvore ou sarapó). Hábitos
arborícolas em matas ripárias
e são granívoros e insetívoros.
Ocorrências: no município:
Lajeado (central norte), Região
do Jalapão (central, ao leste) e
98 99
Ipueiras (central sul). Tipo de
vegetação: mata de galeria de
rio estacional. Descrição: médio
(48-113); cauda um pouco maior
ou até 1,5 vezes maior que o
corpo e a porção terminal e
formando um ”pincel”, têm pelos
curtos e escamas epidérmicas
aparentes; pelagem dorsal
variando de castanho-alaranjado
a acinzentado, com pelos mais
claros nas laterais, com limite
bem definido com o ventre
branco ou amarelado; vibrissas
(bigode) longas que ultrapassam
o limite posterior das orelhas de
aparência nua. Patas geralmente
brancas, com mancha escura
e nítida na parte central da
superfície superior.
Proechimys. roberti, (rato-do-
espinho). Hábitos terrestres
de floresta. Ocorrências: nos
municípios: São Sebastião
(extremo norte), Lageado (central
norte), Porto Nacional, Monte do
Carmo (ambos central) e Ipueiras
(central sul). Tipo de vegetação:
tipicamente de mata de galerias,
às vezes, de rio estacional, mata
de galeria–vereda ou cerrado.
Descrição: médio a grande
(104-430g); cauda menor ou
aproximadamente igual ao corpo
e tem pelos, sendo mais clara por
baixo (cauda tem facilidade de se
romper, ficando cotó); pelagem
dorsal variando de castanho-
escuro, amarelado nas laterais
a alaranjado (nos mais adultos),
com limite bem definido com
o ventre branco. Os pelos do
dorso são rígidos e“espinhosos”,
presença de tufos ungueais claros
nos dígitos.
Thrichomys (punaré ou
rabudo). Hábitos terrestres e
semiarborícola (vezes, o seu
habitat é associado à presença
de rochas), são frugívoros e
de folhas e brotos. Com duas
espécies. Ocorrências: nos
municípios: Thrichomys sp.-
Pequizeiros (a noroeste); T.
inermis – Lagoa da Confusão
(central oeste), Aparecida do
Rio Negro (central leste), Palma
(central), Região do Jalapão
(central, ao leste) e Ipueiras
(central sul). Tipo de vegetação:
Thrichomys sp – campo sujo;
T. inermis – matas ripárias e
cerradão. Descrição: grandes
(130-600g); cauda ligeiramente
menor que corpo, é densamente
pilosa (como em Proechimys, a
cauda pode romper e ficar cotó);
pelagem macia, dorsalmente
é acinzentada ou castanha na
região mediana, clareando
lateralmente com limitação
definida com a região ventral
branca; um anel de pelos brancos
em torno dos olhos; patas claras
com dígitos com pelos ungueais
claros.
Rattus rattus (rato-preto ou
rato-de-telhado) e R. norvegicus
(rato-marron, do-esgoto ou
guabiru). Estas duas espécies,
juntamente com Mus musculus
(camundongo, catita) foram
trazidos pelos colonizadores, são
considerados uma verdadeira
praga no mundo, comem
praticamente tudo que é possível
ser digerido. Ocorrências: nos
municípios:. R. rattus.- em todo
o estado, sempre próximo a
habitações humanas, quando
pego em matas é indicativo
de povoado ou, no mínimo,
de habitação humana nas
proximidades; R. norvegicus – são
considerados mais freqüente no
litoral, no estado sua distribuição
e semelhante R. rattus, porém,
quando presente no campo
dão preferência a estrebarias,
aviários e outra instalações,
evitando a habitação humana.
Tipo de vegetação: no geral,
em qualquer tipo de vegetação
ligada a presença humana, R.
norvegicos tem preferência à
beira de água, onde cava galerias
extensas. Descrição: médio a
grandes (48-600/+); R. rattus -
cauda ligeiramente maior que
corpo; orelhas longas e quase
sem pelos; em geral é preto no
dorso clareando nas laterais e,
mais ainda, no ventre; mas pode
apresentar no dorso variações de
cor para castanho acinzentado
a escura, sempre tendendo a
clarear nas laterais; sendo o
ventre branco. R. norvegicus –
em geral são maiores, robustos;
cauda menor que o comprimento
do corpo; orelhas mais curtas
com poucos pelos; pelagem do
corpo acastanhada, podendo
tender para cinzento, apresenta
as patas posteriores apresentam
membranas interdigitais e são
bem conhecidos pela habilidade
de nadar e mergulhar.
CONCLUSÃO
Das 15 espécies aqui
reconhecidas, duas (C. tocantinsi
e moojeni) foram registras
no Brasil pela primeira vez no
Tocantins e a espécie T. inermis,
até a pouco tempo, só havia
sido registrada para a Bahia.
Trabalhos de levantamentos
mais detalhados são necessários
para o maior conhecimento
100 101
da mastofauna de pequenos
mamíferos. Porém, os nossos
dados mostram a importância
do conhecimento para manejo,
dentro dos princípios de
sustentabilidade. A literatura
especializada afirma que os
pequenos mamíferos têm
papel importante na natureza,
dentre eles o de funcionar como
armazenadores de energia em
biomassa, de forma a mediar o
ciclo produtores-decompositores,
atuam como reguladores de
invertebrados (especialmente
insetos) e como polinizadores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORREGO, S.B. Controle de Roedores nas
Explorações Agrícolas e Pecuárias da Região
Autônoma dos Açores. Sec. Reg. da Agricultura e
Florestas - Açores, 2011, 12.p.
LIMA J.F.S. Diversidade cariológica de roedores
de pequeno porte do Estado do Tocantins,
Brasil. São Paulo, 2000. 183f. Tese (Doutorado em
Ciências Biológicas). Departamento de Biologia,
Universidade Estadual Paulista.
BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, P.S.; D’ANDREA, P.S.
Guia de roedores do Brasil, Rio de Janeiro, Centro
Pan-Americano de Febre Aftosa – OPAS/OMS,
2008. 120p.
AGRADECIMENTOS
CNPq (prog. Bionorte),
UNITINSagro e pela ajuda em
campo: Angela da S. Braga,
Miriam Siebert, Maíra J.G.
de Sousa, Horranna R.M.C.
Barbosa (todas ex-estágiarias
da UFT), Marlyson J. Rodrigues
da Costa (doutorando da
UFPA) e Rocicleide Vieira, Rosy
(téc. de laboratório– LABIC da
UNITINSagro).
103
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Bol pesq. unitins 2017. pequenos roedores

  • 1.
  • 2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, M. I. N.; SOUZA, J. A. Atributos do solo e impacto ambiental. 2. ed. Lavras: UFLA: FAEPE, 1997. 205 p. BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L. Efeito de sistemas de preparo e de cultura na dinâmica da matéria orgânica e na mitigação das emissões de CO2. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p. 599-607, 2000. LIMA, A.A.C.; OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L. Aptidão agrícola dos solos do Estado do Tocantins. Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado Técnico, n 47, dezembro/2000, p.1-3. MARÇAL, M. S. e GUERRA, A. J. T. Indicadores ambientais relevantes para a análise da suscetibilidade à erosão dos solos em Açailândia (MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, v.5, p. 01- 16, 2004. SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C. e ANJOS, L. H. C.; SHIMIZY, S. H. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 6.ed. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013, 100p. STEVENSON, F. J. Humus chemistry: genesis, composition, reactions. 2nd. Ed. John Wiley & Sons, INC. New York 1994, 496 p. 95 ROEDORES DE PEQUENO PORTE (ORDEM RODENTIA) OCORRENTES EM ÁREAS RURAIS DO TOCANTINS INTRODUÇÃO Conhecer os pequenos mamíferos é uma forma eficiente de evitar a proliferação dos ratos que é potencializada pelos recursos (alimento e abrigo) gerados pelas atividades agrícolas e de pecuária e, por conseguinte, reduzir os efeitos nefastos destes ao nível da saúde e bem-estar das populações (BORREGO, 2011). Temos ciência que para controlar os ratos nas explorações agrícolas e de animais, precisamos entender bem a biologia dos roedores de pequeno porte, como uma forma de prevenir os prejuízos econômicos e doenças associados à presença destes. Porém, para se chegar a este estado de conhecimento local, temos que partir de uma correta identificação dos roedores. Uma tarefa difícil, devido a grande diversidade e complexidade taxonômica de espécies de roedores, segundo a literatura especializada (LIMA, 2000). Neste contexto acima, como uma forma de contribuir como dados para estudos regionais sobre inventários, ecologia e manejo em áreas agrícolas do Tocantins. Temos como objetivo apresentar informações de roedores de pequeno porte ocorrentes no Tocantins, sobre: hábitos e habitats naturais, municípios encontrados, tamanho e José Fernando de Sousa Lima1 1 Professor Doutor da Universidade Estadual do Tocantins - UNITINS Palavras-chave: pequenos mamíferos, identificação, vegetação, cerrado. 94
  • 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, M. I. N.; SOUZA, J. A. Atributos do solo e impacto ambiental. 2. ed. Lavras: UFLA: FAEPE, 1997. 205 p. BAYER, C.; MIELNICZUK, J.; MARTIN-NETO, L. Efeito de sistemas de preparo e de cultura na dinâmica da matéria orgânica e na mitigação das emissões de CO2. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p. 599-607, 2000. LIMA, A.A.C.; OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L. Aptidão agrícola dos solos do Estado do Tocantins. Embrapa Agroindústria Tropical. Comunicado Técnico, n 47, dezembro/2000, p.1-3. MARÇAL, M. S. e GUERRA, A. J. T. Indicadores ambientais relevantes para a análise da suscetibilidade à erosão dos solos em Açailândia (MA). Revista Brasileira de Geomorfologia, v.5, p. 01- 16, 2004. SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C. e ANJOS, L. H. C.; SHIMIZY, S. H. Manual de descrição e coleta de solo no campo. 6.ed. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013, 100p. STEVENSON, F. J. Humus chemistry: genesis, composition, reactions. 2nd. Ed. John Wiley & Sons, INC. New York 1994, 496 p. 95 ROEDORES DE PEQUENO PORTE (ORDEM RODENTIA) OCORRENTES EM ÁREAS RURAIS DO TOCANTINS INTRODUÇÃO Conhecer os pequenos mamíferos é uma forma eficiente de evitar a proliferação dos ratos que é potencializada pelos recursos (alimento e abrigo) gerados pelas atividades agrícolas e de pecuária e, por conseguinte, reduzir os efeitos nefastos destes ao nível da saúde e bem-estar das populações (BORREGO, 2011). Temos ciência que para controlar os ratos nas explorações agrícolas e de animais, precisamos entender bem a biologia dos roedores de pequeno porte, como uma forma de prevenir os prejuízos econômicos e doenças associados à presença destes. Porém, para se chegar a este estado de conhecimento local, temos que partir de uma correta identificação dos roedores. Uma tarefa difícil, devido a grande diversidade e complexidade taxonômica de espécies de roedores, segundo a literatura especializada (LIMA, 2000). Neste contexto acima, como uma forma de contribuir como dados para estudos regionais sobre inventários, ecologia e manejo em áreas agrícolas do Tocantins. Temos como objetivo apresentar informações de roedores de pequeno porte ocorrentes no Tocantins, sobre: hábitos e habitats naturais, municípios encontrados, tamanho e José Fernando de Sousa Lima1 1 Professor Doutor da Universidade Estadual do Tocantins - UNITINS Palavras-chave: pequenos mamíferos, identificação, vegetação, cerrado. 94
  • 4. espécie comum nos diferentes habitats do bioma Cerrado. Encontrados nos municípios: Lajeado (central norte), Porto Nacional e Palmas (central). Tipo de vegetação: mata de galeria-campo sujo, brejo-campo sujo, fragmento de cerradão. Descrição: médio (60-82g); cauda maior que o corpo; rosto acinzentado; pelagem dorsal variando de castanho escuro a alaranjado, com pelos mais claros nas laterais e pouco definido no limite com o ventre esbranquiçado ou amarelado; cauda pouco pilosa com escamas aparentes, principalmente, próxima à base da cauda. Nectomys rattus (rato-d’água ou guiara). Hábito semiaquático, restrito a matas ripárias e alimenta-se de itens encontrados na água, como: insetos, larvas de artrópodes, caramujos, girinos e frutos. Ocorrências: nos municípios de São Sebastião (extremo norte), Couto Magalhães (noroeste), Lajeado (centro norte) e Porto Nacional (central). Tipo de vegetação: mata de ripárias e brejos. Descrição: grande (130-372g); cauda robusta maior que o corpo, com pouco pelos pequenos, porém mais frequentes na parte inferior; pelagem dorsal castanho-escura, brilhante, ventre esbranquiçado com partes amareladas e as bases dos pelos acinzentadas, sem limite definido com as laterais; patas posteriores grandes e robustas, palmas largas e membranas interdigitais, e ainda uma franja de pelos prateados na margem externa da superfície plantar; pelos ungueais curtos raramente atingindo a metade das garras. Oligoryzomys (camundongo- de-mato ou rato-da-fava). Hábitos terrestres são granívoros, insetívoros e frugívoros. Com duas espécies. Ocorrências: O. flavescens - nos municípios: São Sebastião (extremo norte), Couto Magalhães (noroeste) e Ipueiras (central sul); O. moojeni - Lajeado (centro norte) e Porto Nacional (central). Tipo de vegetação: as espécies deste gênero são citadas com ocorrências mais freqüentes em áreas abertas (campos e clareiras), com citações em culturas, principalmente de arroz (no caso, O. flavescens). O. flavescens – campo-mata ciliar, mata de galeria-vereda e brejo; O. moojeni – mata de galeria-campo sujo, mata de galeria de rio estacional seco. Descrição: pequenos (10-25g); cauda fina e pouco pilosa, bem maior que corpo (em torno de 1,5 vezes); pelagem dorsal variando de castanho-avermelhado a amarelado, com as laterais mais claras com limitação definida com a ventral, que é esbranquiçada ou amarelada; patas longas e finas cobertas de pequenos pelos claros, patas traseiras desenvolvidas, que dar capacidade de saltar. Hilaeamys megacephalus (camundongo-de-mato). Hábitos terrestre com habilidade arbóreal, são granívoros e frugívoros. Ocorrências: nos municípios: Lajeado (central norte), Aparecida do Rio Negro (central leste), Porto Nacional e Monte do Carmo (central). Tipo de vegetação: mata de galeria, cerrado rupestre-mata de galeria, cerrado e mata de galeria de rio estacional. Descrição: pequeno e médio (30-112g); cauda similar ao tamanho do corpo e pouco pilosa; pelagem dorsal variando de castanho escuro-amarelado a alaranjado (mais a leste), ficando mais claros nas laterais e limite bem definido com o ventre esbranquiçado ou acinzentado. Oecomys bicolor (rato-da-árvore). Hábitos arborícolas (mas utilizam o chão, quando necessário) e frugívoros. Ocorrências: nos municípios: São Sebastião (extremo norte), Porto Nacional e Monte do Carmo (central). Tipo de vegetação: mata de galeria, Cerradão (em área com declividade razoavelmente acentuada). Descrição: pequeno a médio (18-51g); cauda maior que o corpo; pelagem dorsal variando de castanho alaranjado a amarelado, mais claros nas laterais, com limite bem definido com o ventre esbranquiçado; cauda com pelos e acentuando- se na porção terminal e formando um ”pincel”. Pode ser confundido com Rhipidomys, difere, por apresentar vibrissas (bigode) longas que ultrapassam o limite posterior das orelhas com extremidades pilosas, tem menos acentuado o“pincel”da cauda e as manchas escuras presentes nas superfícies superior das patas. Rhipidomys macrurus, (rato- da-árvore ou sarapó). Hábitos arborícolas em matas ripárias e são granívoros e insetívoros. Ocorrências: no município: Lajeado (central norte), Região do Jalapão (central, ao leste) e 98 99
  • 5. Ipueiras (central sul). Tipo de vegetação: mata de galeria de rio estacional. Descrição: médio (48-113); cauda um pouco maior ou até 1,5 vezes maior que o corpo e a porção terminal e formando um ”pincel”, têm pelos curtos e escamas epidérmicas aparentes; pelagem dorsal variando de castanho-alaranjado a acinzentado, com pelos mais claros nas laterais, com limite bem definido com o ventre branco ou amarelado; vibrissas (bigode) longas que ultrapassam o limite posterior das orelhas de aparência nua. Patas geralmente brancas, com mancha escura e nítida na parte central da superfície superior. Proechimys. roberti, (rato-do- espinho). Hábitos terrestres de floresta. Ocorrências: nos municípios: São Sebastião (extremo norte), Lageado (central norte), Porto Nacional, Monte do Carmo (ambos central) e Ipueiras (central sul). Tipo de vegetação: tipicamente de mata de galerias, às vezes, de rio estacional, mata de galeria–vereda ou cerrado. Descrição: médio a grande (104-430g); cauda menor ou aproximadamente igual ao corpo e tem pelos, sendo mais clara por baixo (cauda tem facilidade de se romper, ficando cotó); pelagem dorsal variando de castanho- escuro, amarelado nas laterais a alaranjado (nos mais adultos), com limite bem definido com o ventre branco. Os pelos do dorso são rígidos e“espinhosos”, presença de tufos ungueais claros nos dígitos. Thrichomys (punaré ou rabudo). Hábitos terrestres e semiarborícola (vezes, o seu habitat é associado à presença de rochas), são frugívoros e de folhas e brotos. Com duas espécies. Ocorrências: nos municípios: Thrichomys sp.- Pequizeiros (a noroeste); T. inermis – Lagoa da Confusão (central oeste), Aparecida do Rio Negro (central leste), Palma (central), Região do Jalapão (central, ao leste) e Ipueiras (central sul). Tipo de vegetação: Thrichomys sp – campo sujo; T. inermis – matas ripárias e cerradão. Descrição: grandes (130-600g); cauda ligeiramente menor que corpo, é densamente pilosa (como em Proechimys, a cauda pode romper e ficar cotó); pelagem macia, dorsalmente é acinzentada ou castanha na região mediana, clareando lateralmente com limitação definida com a região ventral branca; um anel de pelos brancos em torno dos olhos; patas claras com dígitos com pelos ungueais claros. Rattus rattus (rato-preto ou rato-de-telhado) e R. norvegicus (rato-marron, do-esgoto ou guabiru). Estas duas espécies, juntamente com Mus musculus (camundongo, catita) foram trazidos pelos colonizadores, são considerados uma verdadeira praga no mundo, comem praticamente tudo que é possível ser digerido. Ocorrências: nos municípios:. R. rattus.- em todo o estado, sempre próximo a habitações humanas, quando pego em matas é indicativo de povoado ou, no mínimo, de habitação humana nas proximidades; R. norvegicus – são considerados mais freqüente no litoral, no estado sua distribuição e semelhante R. rattus, porém, quando presente no campo dão preferência a estrebarias, aviários e outra instalações, evitando a habitação humana. Tipo de vegetação: no geral, em qualquer tipo de vegetação ligada a presença humana, R. norvegicos tem preferência à beira de água, onde cava galerias extensas. Descrição: médio a grandes (48-600/+); R. rattus - cauda ligeiramente maior que corpo; orelhas longas e quase sem pelos; em geral é preto no dorso clareando nas laterais e, mais ainda, no ventre; mas pode apresentar no dorso variações de cor para castanho acinzentado a escura, sempre tendendo a clarear nas laterais; sendo o ventre branco. R. norvegicus – em geral são maiores, robustos; cauda menor que o comprimento do corpo; orelhas mais curtas com poucos pelos; pelagem do corpo acastanhada, podendo tender para cinzento, apresenta as patas posteriores apresentam membranas interdigitais e são bem conhecidos pela habilidade de nadar e mergulhar. CONCLUSÃO Das 15 espécies aqui reconhecidas, duas (C. tocantinsi e moojeni) foram registras no Brasil pela primeira vez no Tocantins e a espécie T. inermis, até a pouco tempo, só havia sido registrada para a Bahia. Trabalhos de levantamentos mais detalhados são necessários para o maior conhecimento 100 101
  • 6. da mastofauna de pequenos mamíferos. Porém, os nossos dados mostram a importância do conhecimento para manejo, dentro dos princípios de sustentabilidade. A literatura especializada afirma que os pequenos mamíferos têm papel importante na natureza, dentre eles o de funcionar como armazenadores de energia em biomassa, de forma a mediar o ciclo produtores-decompositores, atuam como reguladores de invertebrados (especialmente insetos) e como polinizadores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORREGO, S.B. Controle de Roedores nas Explorações Agrícolas e Pecuárias da Região Autônoma dos Açores. Sec. Reg. da Agricultura e Florestas - Açores, 2011, 12.p. LIMA J.F.S. Diversidade cariológica de roedores de pequeno porte do Estado do Tocantins, Brasil. São Paulo, 2000. 183f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas). Departamento de Biologia, Universidade Estadual Paulista. BONVICINO, C.R.; OLIVEIRA, P.S.; D’ANDREA, P.S. Guia de roedores do Brasil, Rio de Janeiro, Centro Pan-Americano de Febre Aftosa – OPAS/OMS, 2008. 120p. AGRADECIMENTOS CNPq (prog. Bionorte), UNITINSagro e pela ajuda em campo: Angela da S. Braga, Miriam Siebert, Maíra J.G. de Sousa, Horranna R.M.C. Barbosa (todas ex-estágiarias da UFT), Marlyson J. Rodrigues da Costa (doutorando da UFPA) e Rocicleide Vieira, Rosy (téc. de laboratório– LABIC da UNITINSagro). 103 Imagem ilustrativa