O documento descreve o que é o fogo, definindo-o como uma reação química entre um combustível, um comburente e uma fonte de energia de ativação. Explica os elementos necessários para o fogo ocorrer - combustível, comburente e energia - e classifica os diferentes tipos de fogos e combustíveis.
2. O QUE É O FOGO?
É uma reacção química ent re um agent e
combust ível e um comburent e provocada
por uma energia de act ivação, exot érmica,
chamada combust ão.
3. combust ível
É qualquer subst ância na FASE gasosa,
líquida ou sólido capaz de arder no seio de
um gás quando submet ida a aqueciment o.
4. comburent e
at mosf era ou corpo gasoso em cuj a
presença o combust ível arde.
Ex. oxigénio, hidrogénio
5. Energia de act ivação
Para se iniciar uma combust ão é necessário
a exist ência de uma f ont e de calor, ou
sej a, uma energia de act ivação.
6. TRI ÂNGULO
DO
FOGO
Podemos concluir que não pode exist ir
f ogo sem a j unção simult ânea de t rês
element os
CO
M
BUSTÍVEL
ENERGI A DE ACTI VAÇÃO
COM
BURENTE
Triângulo do f ogo
7. (part ículas ext remament e
inst áveis que se deslocam a uma velocidade
muit o elevada e possuem grande energia).
iniciada a combust ão desenvolvem-se
radicais livres
ENERGI A DE ACTI VAÇÃO
CO
M
BUREN
TE
CO
M
BUSTÍVELTet raedro
DO
FOGO
Que levam ao apareciment o
da reacção em cadeia.
ENERGI A DE
ACTI VAÇÃ Reacção em
cadeia
Tet raedro do f ogo
8. A combust ão depende de um grande número
de f act ores ligados AO comburent e,
combust ível E energia de act ivação.
9. 15% é o t eor mínimo de oxigénio necessário
para aliment ar uma combust ão de
combust íveis líquidos ou gasosos.
comburent e
Par a os combust íveis sólidos o valor é de 6%.
Out ros comburent es são ainda o cloro
e o vapor de enxof re.
10. OS Combust íveis LÍ QUI DOS CLASSI FI CAM-SE
QUANTO AO RI SCO DE I NCÊNDI O, EM TRÊS
GRUPOS:
MUI TO PERI GOSOS - QUANDO O PONTO DE
TEMPERATURA DE
I NFLAMAÇÃO É I GUAL OU I NFERI OR A 250
c
PERI GOSOS - QUANDO O PONTO DE
TEMPERATURA DE I N-
FLAMAÇÃO ESTÁ ENTRE 250
c E 650
c
NÃO PERI GOSOS - QUANDO O PONTO DE
TEMPERATURA DE
I NFLAMAÇÃO É SUPERI OR A 650
c
combust íveis
11. GRUPO COMBUSTÍVEL TI (0
c)
MUITO
PERIGOSOS
ETER DE PETRÓLEO
GASOLINA
ACETONA
BENZENO
ÁLCOOL A 800
-450
-450
a 200
-120
-110
+100
PERIGOSOS
AGUARRAS
AGUARDENTE
PETRÓLEO
+34
+36a +54
+45a +48
NÃO
PERIGOSOS
GASÓLEO
ÓLEO DE TRAVÕES
ÓLEOS LUBRIFICANTES
+65a +72
+82a +118
+175a +220
Caract eríst icas de inf lamação de alguns combust íveis líquidos
12. FONTES DE ENERGI A DE ACTI VAÇÃO
A ENERGI A DE ACTI VAÇÃO NECESSÁRI A
PARA A I NI CI AÇÃO DA COMBUSTÃO PODE
PROVI R DE VÁRI AS ORI GENS:
ORI GEM TÉRMI CA
MEI OS DE I GNI ÇÃO (f ósf oros, pont as de
cigarro)
I NSTALAÇÕES GERADORAS DE CALOR
(f ornos,caldeiras)
RADI AÇÃO SOLAR (libert ação de vapores
combust íveis da madeira)
SUPERFÍ CI ES QUENTES (placa de f ogão )
13. FONTES DE ENERGI A DE ACTI VAÇÃO
ORI GEM eléct rica
r esist ência (aquecedor eléct rico, secadores)
Ar co volt aico (cabo de alt a t ensão part ido e em
cont act o com o solo)
Elect ricidade est át ica (descarga de um ext int or
de pó ou de co2 e a t erra
após
esvaziament o rápido)
Descar ga eléct r ica at mosf érica
14. FONTES DE ENERGI A DE ACTI VAÇÃ
ORI GEM mecânica
chispas pr ovocadas por f er r ament as
at rit o (cont act o não lubrif icado ent re duas peças
met álicas de um mot or em moviment o)
Reacção química (limalha de f erro com óleo)
Or igem química
15. A velocidade a que decor re uma combust ão
depende de vár ios f act or es, sendo t ant o mais
rápida quant o:
Velocidade de combust ão
Maior f or o gr au de divisão do combust ível;
t ábuas / ser radura
Mais perigosa f or a nat ur eza do combust ível;
gasolina / gasóleo
16. Maior f or a quant idade de combust ível no que
diz r espeit o à super f ície expost a direct ament e
ao comburent e;
bidon de gasolina ou a mesma quant idade
derramada
Maior f or o grau de r enovação ou aliment ação
do combur ent e.
combust ível em recint o f echado ou em espaço abert o
Velocidade de combust ão
17. VELOCI DADE DE COMBUSTÃO
EM RELAÇÃO À VELOCI DADE,
CLASSI FI CAM-SE AS COMBUSTÕES DA
SEGUI NTE FORMA:
LENTAS
QUANDO SE PRODUZ A UMA
TEMPERATURA SUFI CI ENTEMENTE
BAI XA PARA QUE NÃO HAJ A EMI SSÃO
DE LUZ, I STO É, I NFERI OR A 500 ºc.
18. vivas
É aquela que pr oduz emissão de luz, vulgarment e
designada por f ogo.
Nest e caso, devido à mist ur a dos gases inf lamados
com o ar f or ma-se a chama.
VELOCI DADE DE COMBUSTÃO
19. DEFLAGRAÇÃO
É UMA COMBUSTÃO MUI TO RÁPI DA CUJ A
PROPAGAÇÃO DÁ-SE A UMA VELOCI DADE
I NFERI OR à DO SOM ( 340 M/ S ).
UM TI RO DE PÓLVORA EXEMPLI FI CA ESTE
TI PO DE COMBUSTÃO.
VELOCI DADE DE COMBUSTÃO
20. EXPLOSÃO
é A COMBUSTÃO RESULTANTE DA
MI STURA DE GASES COM O AR, SENDO A
PROPAGAÇÃO SUPERI OR À VELOCI DADE
DO SOM, DESTRUI NDO E PRODUZI NDO
GRANDE RUÍ DO ( DETONAÇÃO ).
VELOCI DADE DE COMBUSTÃO
21. PROPAGAÇÃO DE ENERGI A
AS FORMAS DE PROPAGAÇÃO DA ENERGI A DA
COMBUSTÃO
SÃO:RADI AÇÃO
A RADI AÇÃO é a EMI SSÃO cont ínua DE CALOR
(ENERGI A) SOB A FORMA DE ONDAS ELECTRO-
MAGNÉTI CAS, QUE SE PROPAGAM EM TODAS AS
DI RECÇÕES.
22. PROPAGAÇÃO DE ENERGI A
condução
O calor t ransmit e-se direct ament e no int erior de um
corpo ATRAVÉS DO CONTACTO COM OUTRO CORPO.
23. PROPAGAÇÃO DE ENERGI A
convecção
É o processo de t ransmissão do calor pelo ar em
moviment o.
A propagação por est e meio f az-se por t odas as
comu-nicações int eriores.
24. PROPAGAÇÃO DE ENERGI A
Deslocament o de corpos inf lamados
Forma de t r ansmissão que se dá pelo
deslocament o de mat ér ia a ar der.
Por exemplo, f agulhas levadas pelo vent o,
animais com o pelo a arder , t r oncos que se
deslocam por uma encost a, provocam novos
f ocos de incêndio.
25. Nas combust ões produzem-se uma série de
manif est ações e produt os visíveis que são:
Os gases
A chama
O f umo
O calor
26. O f umo
O f umo var ia de cor em result ado das
subst âncias em combust ão:
Fumo de cor branca ou cinzent o pálido
combust ão complet a com bast ant e consumo
de combust ível dispondo de comburent e em
quant idade adequada.
27. O f umo
O f umo var ia de cor em result ado das
subst âncias em combust ão:
Fumo negro ou cinzent o escuro
Revela que est amos per ant e uma combust ão
de desenvolve gr ande t emper at ura e t em
f alt a de combur ent e, como é o caso da
combust ão de plást icos ou bor rachas.
28. O f umo
O f umo var ia de cor em result ado das
subst âncias em combust ão:
Fumo amarelo, roxo ou violet a
Assinala geralment e a presença de gases
alt ament e t óxicos.
29. A chama
É a manif est ação de gases incandescent es,
visíveis, em r edor da super f ície do
mat er ial em combust ão.
30. O calor
É a energia libert ada pela combust ão, sendo o
principal r esponsável pela sua pr opagação dado
que aquece t odo o ambient e e os produt os
combust íveis pr esent es.
31. Os gases
pr oduzidos pela combust ão são o r esult ado da
modif icação da composição do combust ível.
32. Mét odos de ext inção
A ext inção da combust ão corresponde
sempre à eliminação ou neut ralização de,
pelo menos, um dos element os do
t et raedro do f ogo.
Exist em quat ro mét odos para se
proceder à ext inção da combust ão:
33. Ar ref eciment o ou limit ação do calor
É o mét odo mais empregue e consist e em
eliminar o calor de f orma a que a
t emperat ura do combust ível sej a inf erior
à da combust ão.
34. Abaf ament o ou asf ixia (limit ação do comburent e)
É o mét odo que consist e no isolament o do
combust ível do oxigénio ou na redução
dest e no ambient e.
35. Car ência ou limit ação do combust ível
Consist e na separação do combust ível da
f ont e de energia ou do ambient e do
incêndio.
36. Rot ura da reacção em cadeia
Consist e em impedir a t r ansmissão de ener gia
(calor ) DE UMAS PARTÍ CULAS PARA OUTRAS,
LI MI TANDO ASSI M, A FORMAÇÃO DE
RADI CAI S LI VRES.
UM BOM EXEMPLO PARA A ROTURA DA
REACÇÃO EM CADEI A É A UTI LI ZAÇÃO DE PÓ
QUÍ MI CO COMO AGENTE EXTI NTOR.
37. Classes de f ogos
At endendo ao comport ament o dos
diversos mat eriais convencionou-se
classif icar em quat ro cat egorias as
dif erent es classes de f ogos.
38. classeclasseclasseclasse designaçãodesignaçãodesignaçãodesignação subst ânciasubst ânciasubst ânciasubst ância
a
Fogos que resultam da
combustão de materiais sólidos,
geralmente de natureza
orgânica, em que a combustão
se faz normalmente com
formação de brasa.
Madeira, carvão,
papel, tecidos,
plásticos, etc.
Fogos que resultam da
combustão de líquidos ou
sólidos liquidificá-veis.
Óleos, gasolina,
álcool, tintas,
ceras, etc.b
Fogos que resultam da
combustão de gases.
Butano, propano,
gás natural,
aceti-leno, etc.c
Fogos que resultam da
combustão de metais.
Sódio, magnésio,
titânio, alumínio,
etc.d