SPE no Município de Sobral: visão dos professores sobre Educação Sexual
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA DE PESQUISA EM PSICOLOGIA
UFC
Estudo de Levantamento sobre a
implementação do SPE nas escolas do
Município de Sobral: o ponto de vista do
Professor sobre a Educação Sexual.
Euselene Rodrigues Moura
Flávia de Castro E Silva
Silvia Lemos Martins
Thaísa Quixadá
2. INTRODUÇÃO
Educação Sexual
Regulamentação para o ensino da educação
sexual em nosso país;
Proposta dos Parâmetros
Curriculares
Nacionais - PCNs;
Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas – SPE;
Objetivos
3. REFERENCIAL TEÓRICO
Considerações sobre Educação Sexual;
Histórico da educação sexual no Brasil;
Conhecendo o projeto de Saúde e Prevenção
nas Escolas – SPE;
Educação sexual no ambiente escolar;
4. PERCURSO METODOLÓGICO
Levantamento – qualitativo;
Os contatos com os professores – dificuldades;
O blog speporamoravida.blogspot.com –
respostas obtidas;
O que não deu para fazer:
Observação não-participante;
Analise dos materiais;
Acompanhamento das formações.
5. RESULTADOS E ANÁLISES DOS DADOS
CATEGORIAS:
Informações sobre o projeto SPE;
A demanda, de onde ela surge?;
A reação dos alunos;
As formações e materiais utilizados, o
‘como’ trabalhar;
Metodologias utilizadas pelos professores;
Articulação com outros setores Municipais;
6. Informações sobre o projeto SPE: proposta e seleção
“Nossa proposta é trabalhar as vulnerabilidades dos
adolescentes antes que ela aconteça, na prevenção e também
na proteção. (...) O SPE trabalha primordialmente com a
saúde reprodutiva, DST e AIDS, porém Sobral já vem
aderindo a outros temas como drogas, saúde bucal,
alimentação, nutrição, influenza A - H1N1, tuberculose,
assim todas as vulnerabilidades...(G1)”
“Primeiro ele tem que ter o curso de pedagogia, aí tem que ter
alguma coisa ligada à área da saúde, mas se ele tem só
pedagogia e não tem curso, então nós vemos os outros
aspectos que preconizam o SPE, como ter empatia e saber
trabalhar as temáticas, ter desenvoltura no trabalho com
adolescente, ele tem que saber trabalhar, tem que gostar,
porque senão ele não consegue fazer nada.” (G1)
7. Informações sobre o projeto SPE: sexualidade
“Elas estão começando a entender dentro da formação delas,
elas estão começando a ficarem com outra visão, elas estão
entendendo que sexualidade não é sexo... E que a saúde sexual
reprodutiva já trabalha desde isso, desde a manifestação de
desejo, sentimento, como também a questão física,
fisiológica, anatômica, patológica e psicológica sentimental,
todas essas visões a sexualidade trabalha. A sexualidade está
dividida em questões sociais, psicológicas e fisiológicas.
Então este trabalho é desde a infância, só que eles estão
sendo preparados para isso, nós estamos levando os melhores
profissionais pra fazer esta formação com eles. O SPE
trabalha isso, mostrar outros objetivos, canalizar a
sexualidade pra outras atividades, para projeto de vida. (G1)
8. A demanda, de onde ela surge?
“A professora estava dando aula de história, e nessa aula
de história eles fizeram muitas perguntas que deixou a
professora intimidada, ai ela ficou “pelo amor de Deus, e
agora o que eu faço”, pra nossa coordenadora de lá, ai a
coordenadora ligou pra mim, perguntou o que a gente
poderia fazer”. (C)
“A coordenadora já me pediu para fazer algo em relação a
isso, pediram para que eu trabalhasse o tema nas turmas
de sexta até oitavo ano. Mas os alunos também cobram,
procuram a gente para conversar tirar duvidas [...]” (M)
9. A reação dos alunos
“Na hora eles ficam tudo intimidado, tudo envergonhado,
rindo, mas quando a gente começa a levar a coisa a sério,
eles começam a ouvir, prestar mesmo atenção, começam a
perder a vergonha, começam a fazer perguntas mesmo,
olham no seu olho e perguntam “tia e isso?”” (C)
As formações e materiais utilizados
“[...] nas capacitações eles dão dicas de como a gente deve
abordar determinado assunto é muito legal. [...] mesmo
eles dando dicas eles deixam a gente bem livre sabe? O
professor ele ver como vai acontecendo na sua escola todas
as questões e vai conseguindo manter uma didática boa
dentro da sua escola.” (L)
10. Metodologias utilizadas pelos professores
“Mas assim ai depois da reunião com os pais, a gente pediu
para que os alunos escrevessem suas dúvidas em um papel,
que a gente ia receber. Então eu peguei as dúvidas deles e
montei a oficina em cima disso”. (M)
Articulação com outros setores Municipais
“Tenho articulação muito boa com PSF da comunidade,
desde o começo, mas pode se dizer que só passou a ser uma
parceria agora, pois agora as coisas estão funcionando de
maneira mais efetiva”. (G2)
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
SPE é...
Um novo olhar
O mesmo objetivo
Controle das populações
“Essa pretensão à totalidade é impossível,
pois qualquer forma de abordagem do tema
será sempre parcial e perspectiva”
(ALTMANN, 2005)
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• FOUCAULT, M. A História da Sexualidade 1: a Vontade de Saber.
Rio de Janeiro: Graal. 1997. 12ª Ed.
• KAHHALE, Edna Maria Peters. Subsídios para reflexão sobre
sexualidade na adolescência. In: BOCK, Ana Mercês Bahia;
GONÇALVES, Maria da Graça Marchina; FURTADO, Odair (orgs.).
Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia.
São Paulo: Cortez, 2001, p. 179 – 191.
• MINUSCOLI, Maritânia F; SANTHIER, Marli F.; FURLAN, Samira;
ZOTTI, Solange. Sexualidade e Ludicidade na Educação Infantil.
Universidade do Contestado- UNC. 2007. Disponível em:
<http://www.pesquisa.uncnet.br/pdf>. Acesso em: 22 de mai. 2010
• NUNES, César: Desvendando a sexualidade. Campinas: Papirus,
1987.
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• NUNES, César; SILVA, Edna. As manifestações da sexualidade da
criança. Campinas: Século XXI, 1997 (Coleção Sexualidade e
Educação).
• PREFEITURA MUNICIPAL DE SOBRAL. SPE por amor a vida.
SECRETARIA DA SAÚDE E AÇÃO SOCIAL, SECRETARIA DA
EDUCAÇÃO.
Disponível
em:
http://speporamoravida.blogspot.com/2010/09/afinal-como-e-o-spe.htm
. Acesso em: 16 de out. 2010
• RENA, Luiz Carlos Castello Branco. Sexualidade e adolescência as oficinas como práticas pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica,
2°edição, 2006.
• ROSEMBERG, Fúlvia. Educação Sexual na Escola. Caderno de
Pesquisa, São Paulo (53): 11-19, maio 1985.