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Solução etapa 1· briefing
Edmilson Jr
DESIGN I · PUBLICIDADE E RELAÇÕES PÚBLICAS Aula 2 | semana 3
Perguntas para nos orientar
Quais as principais dicas para um
bom relacionamento com o cliente?
Como o briefing ajuda no processo
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Criatividade
Criatividade é... Solução
A primeira etapa do processo
criativo é a percepção/identificação
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Sobre a tal da Criatividade
Para saber mais sobre as prováveis etapas do processo criativo
consulte o site esticandoabaladeira.com.br
Etapas do Processo criativo
(segundo Roberto Menna Barreto)
Percepção do problema
Definição dos objetivos
Considerar / ver a solução
Produzir a solução
Ex.| história em quadrinhos
Que mensagem o trabalho de
Matt Maden pode passar para
o profissional do ramo
criativo?
| Criatividade: cinco momentos para
o desenvolvimento de um processo
Edmilson F. Miranda Júnior
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro,
Dizendo-me Aqui estou!
(Isso é talvéz ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,
Não compreende quem fala delas
Como o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
Alberto Caeiro
Eu pretendia apresentar uma forma criativa de falar sobre criatividade, o que, além
de redundante e, talvez, metalinguístico, é provavelmente uma obviedade e
também uma piada sem graça. Mesmo assim, pensei seriamente sobre como
fazer: talvez de um modo em que os ouvintes pudessem interagir, compondo em
tempo real o conteúdo do que for discutido, talvez a apresentação de esquetes
audiovisuais impressionantes, capazes de envolver e emocionar a todos durante
minha fala, ou ainda um modo de apresentação onde todos pudessem acompanhar
o desenvolvimento do conteúdo à medida em que seguissem por uma exposição
de peças artísticas, dedicadas a fruição presente nas mais originais obras. De fato
me senti incapaz de definir o que considerasse algo “verdadeiramente criativo”.
Você, pessoa atenta a esta apresentação, seria capaz de sugerir outras
possibilidades? Pense um pouco e tente me responder... Tudo bem, eu espero...
(...)
E então? Qual ou quais ideias criativas você imaginou? Eu realmente gostaria de
ouvir, embora saibamos que no momento talvez haja um constrangimento que lhe
impeça de me dizer. No entanto, foi interessante propor a você esse processo.
Talvez o mesmo pelo qual passei para chegar até a seguinte conclusão: todas as
ideias acima mencionadas considerei incompletas e frágeis.
Me vejo portanto diante de um desafio imenso, por isso decidi demonstrar minhas
inseguranças, utilizando-me de uma espécie de “discurso derrotista”, assumo que
não me julgo capaz de falar sobre criatividade ou de ser genuinamente criativo. No
entanto, essa ideia depende de encarar a noção de criatividade sob determinado
aspecto, isto é, se partirmos de um ponto de vista que tomo emprestado do senso
comum: a visão da criatividade como algo original, novo, genial, inédito no mundo,
e absolutamente diferente de qualquer outra coisa criada. Ao chegar nesse ponto
percebo que é chegado o momento de abrir espaço para o diálogo. Mas calma,
ainda não é chegado o tempo de conversarmos diretamente. Trago para discussão
algumas pessoas que, diferente de mim, se julgaram capazes de falar sobre o
assunto.
Roberto Menna Barreto, Martha Gabriel, Giorgio Agamben, Vilém Flusser, Gilles
Deleuze, Félix Guattari, Bruno Munari, Karl Popper, Rubem Alves, Neil Gaiman,
Fayga Ostrower. Em todos esses autores – acadêmicos e literatos –, busquei o
tema da criatividade relacionado ao Processo, sim com “P” maiúsculo, para
enfatizar minha compreensão de sua importância para o caso. Seria o jeito de
fazer, a Metodologia utilizada para produzir algo, algo criativo.
Dito isto tentemos criar algumas imagens, mais especificamente vamos entrar em
um acordo sobre como podemos iniciar nossa conversa sobre o tema, pensemos
então em alguns aspectos: 1. Criatividade costuma gerar curiosidade, costuma
chamar atenção. 2. Criatividade evoca normalmente um incômodo. A percepção de
algo criativo costuma nos deslocar, nos fazer pensar, estimula nossa imaginação,
ou pelo menos nos faz pensar melhor sobre algo; 3. Criatividade envolve sinergia.
Os processo criativos estão muitas vezes associados a confluências de múltiplos
elementos, os quais, atuando em conjunto produzem um jeito diferente de
articulação.
Para trabalhar esses aspectos minha proposta aborda o tema sob um determinado
ponto de vista, como não poderia deixar de ser. No caso, meu lugar de fala e ponto
de partida é a comunicação e também a arte.
Não há campo de conhecimento que não tenha sido, de algum modo, afetado pela
presença dos meios de comunicação na sociedade contemporânea, em especial o
campo da criação artística. Nas últimas quatro décadas, o reescalonamento do
papel dos meios de comunicação na ordem global pôs em relevo as relações
necessárias entre comunicação e arte, que, num breve espaço de tempo,
passaram a pautar não só o campo da criação artística como as reflexões
científicas e filosóficas em torno da arte. (OLIVEIRA JR, 2011, p.10).
Meu lugar de fala é de um professor do curso de Publicidade, publicitário cuja
experiência profissional sempre foi dentro da área e artista pertencente a um
coletivo desarticulado. Minha pesquisa foi focada na produção artística pessoal e
na observação do processo criativo. E que, atualmente, procura observar a relação
desse processo com a produção de imagens criadas para solucionar problemas
propostos por artistas contemporâneos. É algo que me faz perseguir ainda um
objeto de estudo coerente e uma pergunta relevante.
Contudo a proposta de discussão para hoje trata do tema amplo e curioso da
Criatividade. Devemos, portanto, retornar ao que nos propomos. Continuemos com
algumas propostas de momentos para explorar a noção de criatividade.
Quando eu disser “criatividade é” não se trata de uma tentativa de definição, mas
de um modo que escolhi, na falta de outro melhor, como recurso didático.
“Criatividade é” significará em nossa apresentação algo como: “é também... ou, é
um dos modos pelos quais podemos entender o conjunto de suas características...
ou ainda, pode ser analisada sob esse ponto de vista...
Dito isso trabalharemos com o seguinte:
Criatividade é resolução de problemas.
Criatividade é um cultivo.
Criatividade é o reconhecimento de padrões.
Criatividade é a capacidade de acessar um determinado estado de consciência.
Criatividade é um processo, uma movência e uma série de ações: dinâmicas e
constantemente mutáveis. A criatividade se parece com o Método Científico.
Encaremos então as partes dessa divisão como momentos à criatividade.
| solução
Quanto tempo você julga ser o
suficiente para que alguém
apresente uma ideia criativa?
Apresente uma ideia criativa
em ? minutos
“Não há criação sem problema”
(BARRETO, Roberto M. Criatividade no Trabalho e na Vida. 1997, p. 16)
Qual o primeiro passo para
elaborar a solução de um
problema?
Como identificar um
problema?
Publicidade
Alternativa (?)
Olha, é o voo BA475 de Barcelona
Ei, cidade que nunca dorme. Acorde.
A vida é muito curta para
o trabalho errado
Aquilo que vai, também volta
Parem a guerra
Mais de 90% dos
detidos de
Guatánamo são
mantidos sem
acusação e em
extremo isolamento
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vidas
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transmitidos pelo vidro
da janela
Shadow Art 18⁄1 installation
by Newcastle Brown
Ale outdoor feito com escultura de luz e sombra
First Ever Animated
Tattoo - By K.A.R.L.
Tatuagem animada. QR Code
http://www.skol.com.br/reposter/
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oito ilustradoras convidadas para
recriarem pôsteres antigos de Skol
sob um novo olhar
Etapas do Processo criativo
(segundo Roberto Menna Barreto)
Percepção do problema
Definição dos objetivos
Considerar / ver a solução
Produzir a solução
Se pudéssemos tirar uma
conclusão do que vimos até
aqui qual seria?
Obrigado pela atenção
emiranda@esev.ipv.pt |
Referências bibliográficas
CORRÊA, Roberto. O atendimento na agência de comunicação. Global Editora, São Paulo: 2006.
_________________. Planejamento de propaganda. Global Editora, São Paulo: 2004.
Webgrafia
Técnicas de Briefing Disponível em https://pt.slideshare.net/alsfelix acesso 12 jan 2019.
Briefing: a gestão do projeto de design Disponível em https://issuu.com/editorablucher/docs/issu_-
_falta_folha_final acesso 12 jan 2019.
Briefing interativo (Indesign/PDF) Disponível em https://waltermattos.com/tutoriais/briefing-interativo-
indesign-pdf/ acesso 12 jan 2019.

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Solução criativa briefing

  • 1. Solução etapa 1· briefing Edmilson Jr DESIGN I · PUBLICIDADE E RELAÇÕES PÚBLICAS Aula 2 | semana 3
  • 3. Quais as principais dicas para um bom relacionamento com o cliente? Como o briefing ajuda no processo criativo? Qual é a relação entre o briefing e o planejamento?
  • 4. Quais são os itens mais importantes que devem constar no briefing? Onde eu devo colocar o briefing no planejamento estratégico? Qual é origem do termo briefing?
  • 5. Criatividade Criatividade é... Solução A primeira etapa do processo criativo é a percepção/identificação do problema: Elaboração de Briefing
  • 6. Sobre a tal da Criatividade
  • 7.
  • 8. Para saber mais sobre as prováveis etapas do processo criativo consulte o site esticandoabaladeira.com.br
  • 9. Etapas do Processo criativo (segundo Roberto Menna Barreto)
  • 10. Percepção do problema Definição dos objetivos Considerar / ver a solução Produzir a solução
  • 11. Ex.| história em quadrinhos
  • 12.
  • 13. Que mensagem o trabalho de Matt Maden pode passar para o profissional do ramo criativo?
  • 14. | Criatividade: cinco momentos para o desenvolvimento de um processo Edmilson F. Miranda Júnior
  • 15. Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta dentro, Dizendo-me Aqui estou! (Isso é talvéz ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as coisas, Não compreende quem fala delas Como o modo de falar que reparar para elas ensina.)
  • 16. Mas se Deus é as flores e as árvores E os montes e sol e o luar, Então acredito nele, Acredito nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos. Mas se Deus é as árvores e as flores E os montes e o luar e o sol, Para que lhe chamo eu Deus? Chamo-lhe flores e árvores e montes, Se ele me aparece como sendo árvores e montes E luar e sol e flores, É que ele quer que eu o conheça Como árvores e montes e flores e luar e sol. Alberto Caeiro
  • 17. Eu pretendia apresentar uma forma criativa de falar sobre criatividade, o que, além de redundante e, talvez, metalinguístico, é provavelmente uma obviedade e também uma piada sem graça. Mesmo assim, pensei seriamente sobre como fazer: talvez de um modo em que os ouvintes pudessem interagir, compondo em tempo real o conteúdo do que for discutido, talvez a apresentação de esquetes audiovisuais impressionantes, capazes de envolver e emocionar a todos durante minha fala, ou ainda um modo de apresentação onde todos pudessem acompanhar o desenvolvimento do conteúdo à medida em que seguissem por uma exposição de peças artísticas, dedicadas a fruição presente nas mais originais obras. De fato me senti incapaz de definir o que considerasse algo “verdadeiramente criativo”. Você, pessoa atenta a esta apresentação, seria capaz de sugerir outras possibilidades? Pense um pouco e tente me responder... Tudo bem, eu espero... (...)
  • 18. E então? Qual ou quais ideias criativas você imaginou? Eu realmente gostaria de ouvir, embora saibamos que no momento talvez haja um constrangimento que lhe impeça de me dizer. No entanto, foi interessante propor a você esse processo. Talvez o mesmo pelo qual passei para chegar até a seguinte conclusão: todas as ideias acima mencionadas considerei incompletas e frágeis. Me vejo portanto diante de um desafio imenso, por isso decidi demonstrar minhas inseguranças, utilizando-me de uma espécie de “discurso derrotista”, assumo que não me julgo capaz de falar sobre criatividade ou de ser genuinamente criativo. No entanto, essa ideia depende de encarar a noção de criatividade sob determinado aspecto, isto é, se partirmos de um ponto de vista que tomo emprestado do senso comum: a visão da criatividade como algo original, novo, genial, inédito no mundo, e absolutamente diferente de qualquer outra coisa criada. Ao chegar nesse ponto percebo que é chegado o momento de abrir espaço para o diálogo. Mas calma, ainda não é chegado o tempo de conversarmos diretamente. Trago para discussão algumas pessoas que, diferente de mim, se julgaram capazes de falar sobre o assunto.
  • 19. Roberto Menna Barreto, Martha Gabriel, Giorgio Agamben, Vilém Flusser, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Bruno Munari, Karl Popper, Rubem Alves, Neil Gaiman, Fayga Ostrower. Em todos esses autores – acadêmicos e literatos –, busquei o tema da criatividade relacionado ao Processo, sim com “P” maiúsculo, para enfatizar minha compreensão de sua importância para o caso. Seria o jeito de fazer, a Metodologia utilizada para produzir algo, algo criativo. Dito isto tentemos criar algumas imagens, mais especificamente vamos entrar em um acordo sobre como podemos iniciar nossa conversa sobre o tema, pensemos então em alguns aspectos: 1. Criatividade costuma gerar curiosidade, costuma chamar atenção. 2. Criatividade evoca normalmente um incômodo. A percepção de algo criativo costuma nos deslocar, nos fazer pensar, estimula nossa imaginação, ou pelo menos nos faz pensar melhor sobre algo; 3. Criatividade envolve sinergia. Os processo criativos estão muitas vezes associados a confluências de múltiplos elementos, os quais, atuando em conjunto produzem um jeito diferente de articulação.
  • 20. Para trabalhar esses aspectos minha proposta aborda o tema sob um determinado ponto de vista, como não poderia deixar de ser. No caso, meu lugar de fala e ponto de partida é a comunicação e também a arte. Não há campo de conhecimento que não tenha sido, de algum modo, afetado pela presença dos meios de comunicação na sociedade contemporânea, em especial o campo da criação artística. Nas últimas quatro décadas, o reescalonamento do papel dos meios de comunicação na ordem global pôs em relevo as relações necessárias entre comunicação e arte, que, num breve espaço de tempo, passaram a pautar não só o campo da criação artística como as reflexões científicas e filosóficas em torno da arte. (OLIVEIRA JR, 2011, p.10).
  • 21. Meu lugar de fala é de um professor do curso de Publicidade, publicitário cuja experiência profissional sempre foi dentro da área e artista pertencente a um coletivo desarticulado. Minha pesquisa foi focada na produção artística pessoal e na observação do processo criativo. E que, atualmente, procura observar a relação desse processo com a produção de imagens criadas para solucionar problemas propostos por artistas contemporâneos. É algo que me faz perseguir ainda um objeto de estudo coerente e uma pergunta relevante. Contudo a proposta de discussão para hoje trata do tema amplo e curioso da Criatividade. Devemos, portanto, retornar ao que nos propomos. Continuemos com algumas propostas de momentos para explorar a noção de criatividade.
  • 22. Quando eu disser “criatividade é” não se trata de uma tentativa de definição, mas de um modo que escolhi, na falta de outro melhor, como recurso didático. “Criatividade é” significará em nossa apresentação algo como: “é também... ou, é um dos modos pelos quais podemos entender o conjunto de suas características... ou ainda, pode ser analisada sob esse ponto de vista... Dito isso trabalharemos com o seguinte: Criatividade é resolução de problemas. Criatividade é um cultivo. Criatividade é o reconhecimento de padrões. Criatividade é a capacidade de acessar um determinado estado de consciência. Criatividade é um processo, uma movência e uma série de ações: dinâmicas e constantemente mutáveis. A criatividade se parece com o Método Científico. Encaremos então as partes dessa divisão como momentos à criatividade.
  • 24. Quanto tempo você julga ser o suficiente para que alguém apresente uma ideia criativa?
  • 25. Apresente uma ideia criativa em ? minutos
  • 26. “Não há criação sem problema” (BARRETO, Roberto M. Criatividade no Trabalho e na Vida. 1997, p. 16)
  • 27. Qual o primeiro passo para elaborar a solução de um problema?
  • 29. Publicidade Alternativa (?) Olha, é o voo BA475 de Barcelona
  • 30.
  • 31. Ei, cidade que nunca dorme. Acorde.
  • 32.
  • 33.
  • 34. A vida é muito curta para o trabalho errado
  • 35. Aquilo que vai, também volta Parem a guerra
  • 36.
  • 37.
  • 38.
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  • 44.
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  • 48.
  • 49. Sky Go. Sons de alta frequência transmitidos pelo vidro da janela
  • 50. Shadow Art 18⁄1 installation by Newcastle Brown Ale outdoor feito com escultura de luz e sombra
  • 51. First Ever Animated Tattoo - By K.A.R.L. Tatuagem animada. QR Code
  • 53. Reposter Skol oito ilustradoras convidadas para recriarem pôsteres antigos de Skol sob um novo olhar
  • 54. Etapas do Processo criativo (segundo Roberto Menna Barreto)
  • 55. Percepção do problema Definição dos objetivos Considerar / ver a solução Produzir a solução
  • 56. Se pudéssemos tirar uma conclusão do que vimos até aqui qual seria?
  • 57.
  • 59. Referências bibliográficas CORRÊA, Roberto. O atendimento na agência de comunicação. Global Editora, São Paulo: 2006. _________________. Planejamento de propaganda. Global Editora, São Paulo: 2004. Webgrafia Técnicas de Briefing Disponível em https://pt.slideshare.net/alsfelix acesso 12 jan 2019. Briefing: a gestão do projeto de design Disponível em https://issuu.com/editorablucher/docs/issu_- _falta_folha_final acesso 12 jan 2019. Briefing interativo (Indesign/PDF) Disponível em https://waltermattos.com/tutoriais/briefing-interativo- indesign-pdf/ acesso 12 jan 2019.