Este documento discute o processo criativo e fornece exemplos de ideias criativas. Apresenta as etapas do processo criativo segundo Roberto Menna Barreto e discute a noção de criatividade como resolução de problemas, cultivo, e processo dinâmico. Oferece exemplos de ideias criativas em diferentes áreas e conclui que a criatividade envolve a percepção do problema e definição de objetivos.
3. Quais as principais dicas para um
bom relacionamento com o cliente?
Como o briefing ajuda no processo
criativo?
Qual é a relação entre o briefing e o
planejamento?
4. Quais são os itens mais importantes
que devem constar no briefing?
Onde eu devo colocar o briefing no
planejamento estratégico?
Qual é origem do termo briefing?
13. Que mensagem o trabalho de
Matt Maden pode passar para
o profissional do ramo
criativo?
14. | Criatividade: cinco momentos para
o desenvolvimento de um processo
Edmilson F. Miranda Júnior
15. Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro,
Dizendo-me Aqui estou!
(Isso é talvéz ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,
Não compreende quem fala delas
Como o modo de falar que reparar para elas ensina.)
16. Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
Alberto Caeiro
17. Eu pretendia apresentar uma forma criativa de falar sobre criatividade, o que, além
de redundante e, talvez, metalinguístico, é provavelmente uma obviedade e
também uma piada sem graça. Mesmo assim, pensei seriamente sobre como
fazer: talvez de um modo em que os ouvintes pudessem interagir, compondo em
tempo real o conteúdo do que for discutido, talvez a apresentação de esquetes
audiovisuais impressionantes, capazes de envolver e emocionar a todos durante
minha fala, ou ainda um modo de apresentação onde todos pudessem acompanhar
o desenvolvimento do conteúdo à medida em que seguissem por uma exposição
de peças artísticas, dedicadas a fruição presente nas mais originais obras. De fato
me senti incapaz de definir o que considerasse algo “verdadeiramente criativo”.
Você, pessoa atenta a esta apresentação, seria capaz de sugerir outras
possibilidades? Pense um pouco e tente me responder... Tudo bem, eu espero...
(...)
18. E então? Qual ou quais ideias criativas você imaginou? Eu realmente gostaria de
ouvir, embora saibamos que no momento talvez haja um constrangimento que lhe
impeça de me dizer. No entanto, foi interessante propor a você esse processo.
Talvez o mesmo pelo qual passei para chegar até a seguinte conclusão: todas as
ideias acima mencionadas considerei incompletas e frágeis.
Me vejo portanto diante de um desafio imenso, por isso decidi demonstrar minhas
inseguranças, utilizando-me de uma espécie de “discurso derrotista”, assumo que
não me julgo capaz de falar sobre criatividade ou de ser genuinamente criativo. No
entanto, essa ideia depende de encarar a noção de criatividade sob determinado
aspecto, isto é, se partirmos de um ponto de vista que tomo emprestado do senso
comum: a visão da criatividade como algo original, novo, genial, inédito no mundo,
e absolutamente diferente de qualquer outra coisa criada. Ao chegar nesse ponto
percebo que é chegado o momento de abrir espaço para o diálogo. Mas calma,
ainda não é chegado o tempo de conversarmos diretamente. Trago para discussão
algumas pessoas que, diferente de mim, se julgaram capazes de falar sobre o
assunto.
19. Roberto Menna Barreto, Martha Gabriel, Giorgio Agamben, Vilém Flusser, Gilles
Deleuze, Félix Guattari, Bruno Munari, Karl Popper, Rubem Alves, Neil Gaiman,
Fayga Ostrower. Em todos esses autores – acadêmicos e literatos –, busquei o
tema da criatividade relacionado ao Processo, sim com “P” maiúsculo, para
enfatizar minha compreensão de sua importância para o caso. Seria o jeito de
fazer, a Metodologia utilizada para produzir algo, algo criativo.
Dito isto tentemos criar algumas imagens, mais especificamente vamos entrar em
um acordo sobre como podemos iniciar nossa conversa sobre o tema, pensemos
então em alguns aspectos: 1. Criatividade costuma gerar curiosidade, costuma
chamar atenção. 2. Criatividade evoca normalmente um incômodo. A percepção de
algo criativo costuma nos deslocar, nos fazer pensar, estimula nossa imaginação,
ou pelo menos nos faz pensar melhor sobre algo; 3. Criatividade envolve sinergia.
Os processo criativos estão muitas vezes associados a confluências de múltiplos
elementos, os quais, atuando em conjunto produzem um jeito diferente de
articulação.
20. Para trabalhar esses aspectos minha proposta aborda o tema sob um determinado
ponto de vista, como não poderia deixar de ser. No caso, meu lugar de fala e ponto
de partida é a comunicação e também a arte.
Não há campo de conhecimento que não tenha sido, de algum modo, afetado pela
presença dos meios de comunicação na sociedade contemporânea, em especial o
campo da criação artística. Nas últimas quatro décadas, o reescalonamento do
papel dos meios de comunicação na ordem global pôs em relevo as relações
necessárias entre comunicação e arte, que, num breve espaço de tempo,
passaram a pautar não só o campo da criação artística como as reflexões
científicas e filosóficas em torno da arte. (OLIVEIRA JR, 2011, p.10).
21. Meu lugar de fala é de um professor do curso de Publicidade, publicitário cuja
experiência profissional sempre foi dentro da área e artista pertencente a um
coletivo desarticulado. Minha pesquisa foi focada na produção artística pessoal e
na observação do processo criativo. E que, atualmente, procura observar a relação
desse processo com a produção de imagens criadas para solucionar problemas
propostos por artistas contemporâneos. É algo que me faz perseguir ainda um
objeto de estudo coerente e uma pergunta relevante.
Contudo a proposta de discussão para hoje trata do tema amplo e curioso da
Criatividade. Devemos, portanto, retornar ao que nos propomos. Continuemos com
algumas propostas de momentos para explorar a noção de criatividade.
22. Quando eu disser “criatividade é” não se trata de uma tentativa de definição, mas
de um modo que escolhi, na falta de outro melhor, como recurso didático.
“Criatividade é” significará em nossa apresentação algo como: “é também... ou, é
um dos modos pelos quais podemos entender o conjunto de suas características...
ou ainda, pode ser analisada sob esse ponto de vista...
Dito isso trabalharemos com o seguinte:
Criatividade é resolução de problemas.
Criatividade é um cultivo.
Criatividade é o reconhecimento de padrões.
Criatividade é a capacidade de acessar um determinado estado de consciência.
Criatividade é um processo, uma movência e uma série de ações: dinâmicas e
constantemente mutáveis. A criatividade se parece com o Método Científico.
Encaremos então as partes dessa divisão como momentos à criatividade.
59. Referências bibliográficas
CORRÊA, Roberto. O atendimento na agência de comunicação. Global Editora, São Paulo: 2006.
_________________. Planejamento de propaganda. Global Editora, São Paulo: 2004.
Webgrafia
Técnicas de Briefing Disponível em https://pt.slideshare.net/alsfelix acesso 12 jan 2019.
Briefing: a gestão do projeto de design Disponível em https://issuu.com/editorablucher/docs/issu_-
_falta_folha_final acesso 12 jan 2019.
Briefing interativo (Indesign/PDF) Disponível em https://waltermattos.com/tutoriais/briefing-interativo-
indesign-pdf/ acesso 12 jan 2019.