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O EDUCADOR E SUA CONDIÇÃO DE APRISIONADO À LUZ D A
ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO
Edinei Messias Alecrim1
edineipsicopedagogo@gmail.com
edinei.aledrim@fael.edu.br
Resumo:
Este artigo tem como objetivo discutir a relação existente entre a Alegoria da Caverna de
Platão e a condição social em que se encontram nossos educadores. Traça-se uma
importante discussão em torno das verdades ditas como acabadas e as influências que
estas exercem sobre os educadores que ainda não despertaram seu posicionamento
enquanto ser social, ou seja, que ainda permanecem aprisionados. Discutem-senesse
mesmo contexto a necessidade do educador se sentir pertencente à causa da educação,
entendendo que esta, não tem neutralidade. Encerra-se este trabalho ressaltando a
necessária e urgente postura do educador em sair do seu estado de aprisionado, para que
veja a verdade real e não a que lhe foi dita.
Palavras-chaves: mito, alegoria da caverna, aprisionados, verdade, educador,
A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO
A história da Alegoria da Caverna de Platão vem trazer as nuances que
traduz o seu enorme significado para a vida social do educador. Assim, os seres
humanos em sociedade nascem, crescem, reproduzem novos seres pensantes ou
não, envelhecem e morrem. Esse ciclo biológico é algo natural, assim como também
natural parece ser a condição do homem em permanecer ativo ou omisso diante dos
fatos em uma determinada sociedade.
1
Mestrando em Educação pela Universidad Interamericana – Assuncion/PY. Possui graduação em
Pedagogia – Unidades de Ensino Superior do Sertão da Bahia (2007) e graduação em Serviço Social
pela Universidade Norte do Paraná (2010). Atualmente é Assistente Acadêmico na Faculdade
Educacional da Lapa – FAEL e Profissional de Segurança Pública – Polícia Militar do Estado da
Bahia. Instrutor do Programa Educacional e Prevenção as Drogas – PROERD.
As verdades que permearam a sociedade em todas as épocas, nem sempre
foram ditas como verdades absolutas, ou seja, elas foram colocadas como meias
verdades, ditas como verdades acabadas, sem a necessidade de haver
questionamentos.
O que há por trás do sentido da busca pela verdadedaqueles que se
encontravam aprisionado na caverna? No livro “A República”, Platão, por meio da
Alegoria da Caverna, enfatiza que algumas pessoas permaneciam por um longo
tempo dentro de uma caverna, com as pernas e pescoços acorrentados, com suas
costas para a entrada da caverna, sem condições de se mexerem nem tão pouco
enxergarem situações do cotidiano. Eles apenas viam sombras projetadas à sua
frente, pois estavam impedidos pelas correntes de lançarem suas cabeças para a
entrada da caverna.
Estas sombras, segundo Platão, eram as projeções de outras pessoas,
animais ou plantas que se encontravam fora da caverna. Assim, estas imagens
projetadas, eram confundidas com a realidade, ou seja, confundiam com a verdade,
haja vista que esta era a única realidade que eles conheciam.
Nesse mesmo tocante, estes prisioneiros da caverna acabam enxergando
uma realidade não total dos fatos, pois eram visto por eles apenas reflexos da
realidade, projetados diretamente do mundo real que acontecia do lado de fora da
caverna, porém que não era do conhecimento deles.
Partindo desse pressuposto, as sombras vistas eram na realidade algo que
eles consideravam verdadeiro, pois era a única forma verdadeira que podiam ver, e
essa era a verdade dos fatos para eles. Sendo assim, o mundo das sombras, das
imagens era para eles a verdade. Esse mundo das sombras era também o mundo
da escuridão, da ignorância, da total falta de conhecimento, e por sinal ausência da
verdade.
As sombras faziam-os acreditar que ali estava a própria realidade, e que não
ousariam imaginar que fora dali existisse outra realidade, algo novo, a própria
verdade dos fatos.
Assim, quando um dos prisioneiros da caverna consegue se libertar e chegar
até o lado de fora da caverna, num primeiro momento ao enfrentar a luz solar, seus
olhos ficam ofuscados, mas logo se acostumou. Ele percebe a verdadeira forma das
pessoas, dos animais e das plantas que eram projetados por meio das sombras na
caverna, passando a enxergar as coisas como de fato elas eram. Nesse sentido, ele
passou a ver a verdade a partir da realidade, e não por meio das aparências. Como
estamos vendo a postura dos educadores frente às verdades que lidam diariamente
no fazer da sala de aula? Nossos professores ainda professam em sala de aula
como se de fato fossem donos da verdade? Como estão interagindo com os
diversos significados do poder que ditam suas verdades? Vamos dar mais um passo
à frente e melhor discutir tais questões.
O EDUCADOR E SEU APRISIONAMENTO
A relação do educador em seu fazer na sala de aula sempre foi determinada
pelo significado de que este detém o poder da transmissão, e o aluno apenas como
mero receptor dessas informações. Com o passar dos tempos, estudos teóricos e
práticas pedagógicas motivaram uma reviravolta nessa concepção, originando a
quebra desse paradigma.
Essa relação entre o sujeito que aprende e o sujeito que ensina, passou a
ser olhada não mais pela ótica de que o conhecimento estava fixo no ser que
ensina, mas na relação estabelecida entre ambos. Assim sendo, como se define as
verdades ditas nessa relação? O conceito de conhecer a verdade partir da leitura da
Alegoria da Caverna de Platão permite a compreensão de que se faz necessário
olhar a nossa volta e perceber que muitos dos nossos alunos estão na escuridão.
Conduzir o sujeito para fora da caverna é uma tarefa de todo educador.
Muitassalas de aula são o retrato da caverna referenciada por Platão. Conduzir,
orientar, a saírem desse estado, não é tão fácil por concebermos educadores ainda
na sua condição permanente de prisioneiro da caverna.
Diante de tal questão, como o educador pode permitir que seus alunos
saiam da condição de prisioneiros da caverna? Sendo verdadeiro nas suas
conjecturas teóricas e práticas! Não se podem conceber na atualidade, educadores
que atrelados ao espírito do tradicionalismo da educação, acreditem que tudo, irá
terminar em “pizza”, como se nada pudesse ser feito para retirar da condição de
prisioneiros os que desejam ardentemente chegarem à luz do conhecimento. Qual o
sentido do trabalho do educador na sociedade? Sobre esta questão,
O professor precisa indagar-se constantemente sobre o sentido do que está
fazendo. Se isso é fundamental para todo ser humano, como ser que busca
sentido o tempo todo, para toda e qualquer profissão, para o professor é
também um dever profissional. Faz parte de seus saberes profissionais
continuarem indagando, junto com seus colegas e alunos, sobre o sentido
do que estão fazendo na escola. Ele está sempre em processo de
construção de sentido.2
Conhecer a verdade é algo que depende do contexto que se encontram
inseridos, tanto o educador, quanto seus educandos. E a esse respeito, indago a
necessidade da formação política de cada educador no sentido holístico da palavra.
Pois sua inserção social delimitará seu espaço ideológico e acima de tudo sua forma
de intervenção na realidade. E é na forma como intervém socialmente, sendo local
ou global, que se percebe a ação de transformação ou de reprodução, oriunda de
suas ações irá permitir ou não retiraros sujeitos da caverna, pois o como intervém,
em muitas situações aprisiona.
Partindo do pressuposto que o educador é o ser que media o conhecimento,
que estabelece as verdades, e que ao se inteirar desse “poder”, o faz alicerçado por
saberes de sua formação acadêmica,pautada em valores internos oriundos da sua
cultura local. Assim, mesmo com essa dita“liberdade” cultural, o sistema capitalista
selvagem engessa as ações sociais dos educadores, por fomentar em aldeia global,
o neoliberalismo, enquanto ideologia no contexto educacional.
O que seria essa ideologia? O termo Neo, vem significar “novo”, e
liberalismo, congrega valores da onda selvagem do capitalismo, onde se perpetua a
ótica do mercado sobre as necessidades primárias dos seres humanos. O
neoliberalismo no contexto educacional vem pregando a ideia do “eu” sem o “nós”,
ou seja, prega que nada pode ser feito coletivamente, desarticulando e tornando os
educadores “seres ilhados”, sem poder de transformação social. E estão
conseguindo! Permanecer sob este jugo é continuar aprisionado na caverna.
Assim, Gadotti (2003), enfatiza:
Por isso, hoje, o professor precisa mostrar que o neoliberalismo, com sua
política de mercantilização daeducação, tornou a sua profissão descartável.
2
Gadotti, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P.
71.
É preciso mostrar também que uma educação de qualidade para todos é
inviável e contrária ao projeto político neoliberal capitalista. É preciso fazer a
análise crítica, social, econômica. Mas tudo isso não basta. É preciso que a
rigorosa análiseda situação não fique nela, mas aponte caminhos e
nosindique como caminhar. Caso contrário, as análises sociológicase
políticas, por mais rigorosas e corretas que sejam,ajudam apenas para
manter o imobilismo e a falta de perspectivaspara o educador. Há que
superar tanto o imobilismoquanto a prática do imediatismo tarefeiro e
descomprometidocom um projeto amplo de sociedade.
3
Sair da caverna por esta concepção seria construir uma rede de ideias,
ações que pudesse ir de encontro com a ótica neoliberal, fomentando e articulando
projetos de valorização dos aspectos coletivos que fosse de encontro com os ideais
neoliberais, hoje impregnados nas práticas pedagógicas dos educadores.
Nesse sentido, “numa perspectiva emancipadora, o educador é um
intelectual orgânico das classes populares, a favor dos interesses das pessoas que
necessitam de educação”.4
O professor por excelência, é um ser coletivo, repleto de
valores acumulados durante sua prática docente e nos bancos das universidades,
bem como trazidos culturalmente.
Seria somente esses valores acadêmicos e da cultura local do educador que
estimularia a saída desses sujeitos da caverna? Uma nova concepção reforça que
todo educador ao lidar com sujeitos que necessitam ser estimulados a pensar,
necessita compreender que para educar, precisa antes de qualquer coisa se sentir
pertencente a uma causa: a educação.
Esse pertencimento é algo presente e se encontra sendo um dos mais novos
desafios da coletividade. Se sentir presente, atuante no cenário educativo é também
uma condição de saída da caverna, e posteriormente de estímulo e motivação para
modificar os ideais do clientelismo político, que ainda dita as regras no cenário da
educação brasileira.
3
Gadotti, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P.
72-73.
4
Gadotti, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P.
68.
A esse respeito, o grande educador Paulo Freire, reflete sobre a educação
enquanto postura não neutra. Essa postura enfatizada pelo educador frisa que toda
educação, está a serviço da transformação ou da reprodução social, jamais neutra.
Barreto, (1998), nos ajuda nessa reflexão, reforçando que
Paulo Freire foi, provavelmente, o primeiro educador a proclamar que não
existe educação que seja politicamente neutra. Em outras palavras, que
numa sociedade em que convivem segmentos da população com interesses
opostos e contraditórios, é impossível a existência de uma única educação
que sirva, da mesma maneira, a todos estes grupos sociais. Ela estará
sempre a favor de alguém e, por conseqüência, contra alguém. Numa
sociedade de classes não é possível um tipo de educação que seja a favor
de todos.5
A postura do educador também é de refletir o seu próprio papelnesse
contexto das meias verdades em seus locais de trabalho e na conjuntura global. As
verdades ditas são na essência, verdades completas? Como estas verdades estão
construindo o modelo de educação que tanto sonhamos? A esse respeito, Guarechi
(2003), tece comentários, indagandoque
Para entender isso, é preciso ver como nós ficamos sabendo das coisas e
quem é que nos diz as coisas. É preciso ver se aqueles que nos dizem as
coisas, não nos dizem apenas metade das coisas, ou só um jeito de ver as
coisas.6
A visão que cada educador tem de si mesmo, seria uma visão própria ou
oriunda de valores externos sem uma reflexão crítica do seu real papel? Todas as
definições dadas a respeito do trabalho do educador, nem sempre é carregada de
verdades, elas estão presentes e até então rotulam os educadores, como
desmotivados, desvalorizados. Seria isso a verdade por completa? E qual o sentido
de se dizer estas “meias verdades”? De fato, seria fazer com que nossos
educadores permaneçam aprisionados na caverna.
Outro fator de extrema relevância que deve ser discutido com foco nas
contribuições para a mudança de postura dos educadores é entender como as
coisas que estão postas chegaram a estarem como estão. Parece nos complexo
entender essa questão, partindo do pressuposto que temos no conjunto da
sociedade educadores despolitizados. Para Platão, essa condição é de permanência
na caverna. E a essa questão é pertinente dizer que no conjunto da sociedade,
5
Barreto, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998. P. 61.
6
Guarechi, Pedrinho A., Sociologia crítica: alternativas de mudança. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2003. P. 19.
educadores estão presos às suas localidades, despolitizados, acomodados,
fazendo-nos recordar a vida dos prisioneiros da alegoria da Caverna de Platão.
O educador para sair do seu aprisionamento local, deve necessariamente a
partir da visão do Mito da Caverna de Platão, criar uma fotografia da sua realidade,
que mostre o seu funcionamento e suas relações de poder e a quem esse poder de
fato serve. Quando percebemos estas relações de poder existente, vejo a verdade
real e não a que me foi dita, e é nessa tensão de idéias que emerge um novo
educador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação precisa ser repensada dentro da sua condição e sentido
socialmente. Atrelada a esta mudança de paradigma se encontra a necessidade de
emergir um novo educador que seja capaz de fazer de forma coletiva a mudança
necessária.
Mas, como fazer esta mudança se grande parcela dos educadores se
encontram aprisionados em suas cavernas? Estão imobilizados, anestesiados na
sua condição de sujeito transformador. Romper com essa condição é tarefa de cada
educador. Conhecer as meias verdades proferidas como verdades acabadas deve
ser primícias de todo educador que não deseja mais permanecer na escuridão.
A condição de aprisionado, tão relatado na alegoria da Caverna de Platão, é
algo tão próximo de nós. Muitos dos nossos educadores permanecem na escuridão,
despolitizados, acomodados, permitindo que as ideias neoliberais transformem sua
condição de educador em mero ser descartável.
Hoje como nunca, a mudança de postura é algo relevante. Mudar para que
se faça valer o sentimento de pertencimento a uma causa maior, neste caso a
educação. Sair da condição de aprisionado é mudar, acreditar que se pode fazer
mais por uma realidade melhor para todos. Permanecer na caverna é dar
continuidade a ótica de que tudo “terminará em pizza”.
O educador da contemporaneidade deve ser capaz de enxergar as amarras
que o aprisiona. Acreditar que a força de sua condição de educador está atrelada a
sua postura transformadora, diferente disso, permanecerá aprisionado nos grilhões
do comodismo.
No entanto, se a educação não é neutra, neutra jamais deve ser a postura
do educador. Todo educador que almeja conhecer a verdade, permeia sua postura a
partir do conhecimento da verdade completa, deve primar por conhecer toda a
realidade que o cerca, e não olhar perplexos as sombras que passam pelas frestas
da luz, conforme nos ajuda a entender a Alegoria da Caverna de Platão.
Contudo, para sair do fundo da caverna, o educador precisa entender que a
realidade educativa na qual se encontra inserido, é determinada pelas relações de
poder, e que estas relações, determinará que tipo de educação se pensou para esta
comunidade. A posição tomada pelo educador diante dessa realidade observada é
que definirá, se ele se emancipou ou preferiu permanecer aprisionado dentro da
caverna.
REFERÊNCIAS
BARRETO, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998.
P. 61.
GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo
Hamburgo: Feevale, 2003. P. 71.
GUARECHI, Pedrinho A., Sociologia crítica: alternativas de mudança. Porto Alegre:
EDIPUCRS. 2003. P. 19.
GUINSBURG. J. Platão: a república. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1965.

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A Alegoria da Caverna e a condição do educador

  • 1. O EDUCADOR E SUA CONDIÇÃO DE APRISIONADO À LUZ D A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO Edinei Messias Alecrim1 edineipsicopedagogo@gmail.com edinei.aledrim@fael.edu.br Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir a relação existente entre a Alegoria da Caverna de Platão e a condição social em que se encontram nossos educadores. Traça-se uma importante discussão em torno das verdades ditas como acabadas e as influências que estas exercem sobre os educadores que ainda não despertaram seu posicionamento enquanto ser social, ou seja, que ainda permanecem aprisionados. Discutem-senesse mesmo contexto a necessidade do educador se sentir pertencente à causa da educação, entendendo que esta, não tem neutralidade. Encerra-se este trabalho ressaltando a necessária e urgente postura do educador em sair do seu estado de aprisionado, para que veja a verdade real e não a que lhe foi dita. Palavras-chaves: mito, alegoria da caverna, aprisionados, verdade, educador, A ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO A história da Alegoria da Caverna de Platão vem trazer as nuances que traduz o seu enorme significado para a vida social do educador. Assim, os seres humanos em sociedade nascem, crescem, reproduzem novos seres pensantes ou não, envelhecem e morrem. Esse ciclo biológico é algo natural, assim como também natural parece ser a condição do homem em permanecer ativo ou omisso diante dos fatos em uma determinada sociedade. 1 Mestrando em Educação pela Universidad Interamericana – Assuncion/PY. Possui graduação em Pedagogia – Unidades de Ensino Superior do Sertão da Bahia (2007) e graduação em Serviço Social pela Universidade Norte do Paraná (2010). Atualmente é Assistente Acadêmico na Faculdade Educacional da Lapa – FAEL e Profissional de Segurança Pública – Polícia Militar do Estado da Bahia. Instrutor do Programa Educacional e Prevenção as Drogas – PROERD.
  • 2. As verdades que permearam a sociedade em todas as épocas, nem sempre foram ditas como verdades absolutas, ou seja, elas foram colocadas como meias verdades, ditas como verdades acabadas, sem a necessidade de haver questionamentos. O que há por trás do sentido da busca pela verdadedaqueles que se encontravam aprisionado na caverna? No livro “A República”, Platão, por meio da Alegoria da Caverna, enfatiza que algumas pessoas permaneciam por um longo tempo dentro de uma caverna, com as pernas e pescoços acorrentados, com suas costas para a entrada da caverna, sem condições de se mexerem nem tão pouco enxergarem situações do cotidiano. Eles apenas viam sombras projetadas à sua frente, pois estavam impedidos pelas correntes de lançarem suas cabeças para a entrada da caverna. Estas sombras, segundo Platão, eram as projeções de outras pessoas, animais ou plantas que se encontravam fora da caverna. Assim, estas imagens projetadas, eram confundidas com a realidade, ou seja, confundiam com a verdade, haja vista que esta era a única realidade que eles conheciam. Nesse mesmo tocante, estes prisioneiros da caverna acabam enxergando uma realidade não total dos fatos, pois eram visto por eles apenas reflexos da realidade, projetados diretamente do mundo real que acontecia do lado de fora da caverna, porém que não era do conhecimento deles. Partindo desse pressuposto, as sombras vistas eram na realidade algo que eles consideravam verdadeiro, pois era a única forma verdadeira que podiam ver, e essa era a verdade dos fatos para eles. Sendo assim, o mundo das sombras, das imagens era para eles a verdade. Esse mundo das sombras era também o mundo da escuridão, da ignorância, da total falta de conhecimento, e por sinal ausência da verdade. As sombras faziam-os acreditar que ali estava a própria realidade, e que não ousariam imaginar que fora dali existisse outra realidade, algo novo, a própria verdade dos fatos. Assim, quando um dos prisioneiros da caverna consegue se libertar e chegar até o lado de fora da caverna, num primeiro momento ao enfrentar a luz solar, seus olhos ficam ofuscados, mas logo se acostumou. Ele percebe a verdadeira forma das
  • 3. pessoas, dos animais e das plantas que eram projetados por meio das sombras na caverna, passando a enxergar as coisas como de fato elas eram. Nesse sentido, ele passou a ver a verdade a partir da realidade, e não por meio das aparências. Como estamos vendo a postura dos educadores frente às verdades que lidam diariamente no fazer da sala de aula? Nossos professores ainda professam em sala de aula como se de fato fossem donos da verdade? Como estão interagindo com os diversos significados do poder que ditam suas verdades? Vamos dar mais um passo à frente e melhor discutir tais questões. O EDUCADOR E SEU APRISIONAMENTO A relação do educador em seu fazer na sala de aula sempre foi determinada pelo significado de que este detém o poder da transmissão, e o aluno apenas como mero receptor dessas informações. Com o passar dos tempos, estudos teóricos e práticas pedagógicas motivaram uma reviravolta nessa concepção, originando a quebra desse paradigma. Essa relação entre o sujeito que aprende e o sujeito que ensina, passou a ser olhada não mais pela ótica de que o conhecimento estava fixo no ser que ensina, mas na relação estabelecida entre ambos. Assim sendo, como se define as verdades ditas nessa relação? O conceito de conhecer a verdade partir da leitura da Alegoria da Caverna de Platão permite a compreensão de que se faz necessário olhar a nossa volta e perceber que muitos dos nossos alunos estão na escuridão. Conduzir o sujeito para fora da caverna é uma tarefa de todo educador. Muitassalas de aula são o retrato da caverna referenciada por Platão. Conduzir, orientar, a saírem desse estado, não é tão fácil por concebermos educadores ainda na sua condição permanente de prisioneiro da caverna. Diante de tal questão, como o educador pode permitir que seus alunos saiam da condição de prisioneiros da caverna? Sendo verdadeiro nas suas conjecturas teóricas e práticas! Não se podem conceber na atualidade, educadores que atrelados ao espírito do tradicionalismo da educação, acreditem que tudo, irá terminar em “pizza”, como se nada pudesse ser feito para retirar da condição de prisioneiros os que desejam ardentemente chegarem à luz do conhecimento. Qual o sentido do trabalho do educador na sociedade? Sobre esta questão,
  • 4. O professor precisa indagar-se constantemente sobre o sentido do que está fazendo. Se isso é fundamental para todo ser humano, como ser que busca sentido o tempo todo, para toda e qualquer profissão, para o professor é também um dever profissional. Faz parte de seus saberes profissionais continuarem indagando, junto com seus colegas e alunos, sobre o sentido do que estão fazendo na escola. Ele está sempre em processo de construção de sentido.2 Conhecer a verdade é algo que depende do contexto que se encontram inseridos, tanto o educador, quanto seus educandos. E a esse respeito, indago a necessidade da formação política de cada educador no sentido holístico da palavra. Pois sua inserção social delimitará seu espaço ideológico e acima de tudo sua forma de intervenção na realidade. E é na forma como intervém socialmente, sendo local ou global, que se percebe a ação de transformação ou de reprodução, oriunda de suas ações irá permitir ou não retiraros sujeitos da caverna, pois o como intervém, em muitas situações aprisiona. Partindo do pressuposto que o educador é o ser que media o conhecimento, que estabelece as verdades, e que ao se inteirar desse “poder”, o faz alicerçado por saberes de sua formação acadêmica,pautada em valores internos oriundos da sua cultura local. Assim, mesmo com essa dita“liberdade” cultural, o sistema capitalista selvagem engessa as ações sociais dos educadores, por fomentar em aldeia global, o neoliberalismo, enquanto ideologia no contexto educacional. O que seria essa ideologia? O termo Neo, vem significar “novo”, e liberalismo, congrega valores da onda selvagem do capitalismo, onde se perpetua a ótica do mercado sobre as necessidades primárias dos seres humanos. O neoliberalismo no contexto educacional vem pregando a ideia do “eu” sem o “nós”, ou seja, prega que nada pode ser feito coletivamente, desarticulando e tornando os educadores “seres ilhados”, sem poder de transformação social. E estão conseguindo! Permanecer sob este jugo é continuar aprisionado na caverna. Assim, Gadotti (2003), enfatiza: Por isso, hoje, o professor precisa mostrar que o neoliberalismo, com sua política de mercantilização daeducação, tornou a sua profissão descartável. 2 Gadotti, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P. 71.
  • 5. É preciso mostrar também que uma educação de qualidade para todos é inviável e contrária ao projeto político neoliberal capitalista. É preciso fazer a análise crítica, social, econômica. Mas tudo isso não basta. É preciso que a rigorosa análiseda situação não fique nela, mas aponte caminhos e nosindique como caminhar. Caso contrário, as análises sociológicase políticas, por mais rigorosas e corretas que sejam,ajudam apenas para manter o imobilismo e a falta de perspectivaspara o educador. Há que superar tanto o imobilismoquanto a prática do imediatismo tarefeiro e descomprometidocom um projeto amplo de sociedade. 3 Sair da caverna por esta concepção seria construir uma rede de ideias, ações que pudesse ir de encontro com a ótica neoliberal, fomentando e articulando projetos de valorização dos aspectos coletivos que fosse de encontro com os ideais neoliberais, hoje impregnados nas práticas pedagógicas dos educadores. Nesse sentido, “numa perspectiva emancipadora, o educador é um intelectual orgânico das classes populares, a favor dos interesses das pessoas que necessitam de educação”.4 O professor por excelência, é um ser coletivo, repleto de valores acumulados durante sua prática docente e nos bancos das universidades, bem como trazidos culturalmente. Seria somente esses valores acadêmicos e da cultura local do educador que estimularia a saída desses sujeitos da caverna? Uma nova concepção reforça que todo educador ao lidar com sujeitos que necessitam ser estimulados a pensar, necessita compreender que para educar, precisa antes de qualquer coisa se sentir pertencente a uma causa: a educação. Esse pertencimento é algo presente e se encontra sendo um dos mais novos desafios da coletividade. Se sentir presente, atuante no cenário educativo é também uma condição de saída da caverna, e posteriormente de estímulo e motivação para modificar os ideais do clientelismo político, que ainda dita as regras no cenário da educação brasileira. 3 Gadotti, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P. 72-73. 4 Gadotti, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P. 68.
  • 6. A esse respeito, o grande educador Paulo Freire, reflete sobre a educação enquanto postura não neutra. Essa postura enfatizada pelo educador frisa que toda educação, está a serviço da transformação ou da reprodução social, jamais neutra. Barreto, (1998), nos ajuda nessa reflexão, reforçando que Paulo Freire foi, provavelmente, o primeiro educador a proclamar que não existe educação que seja politicamente neutra. Em outras palavras, que numa sociedade em que convivem segmentos da população com interesses opostos e contraditórios, é impossível a existência de uma única educação que sirva, da mesma maneira, a todos estes grupos sociais. Ela estará sempre a favor de alguém e, por conseqüência, contra alguém. Numa sociedade de classes não é possível um tipo de educação que seja a favor de todos.5 A postura do educador também é de refletir o seu próprio papelnesse contexto das meias verdades em seus locais de trabalho e na conjuntura global. As verdades ditas são na essência, verdades completas? Como estas verdades estão construindo o modelo de educação que tanto sonhamos? A esse respeito, Guarechi (2003), tece comentários, indagandoque Para entender isso, é preciso ver como nós ficamos sabendo das coisas e quem é que nos diz as coisas. É preciso ver se aqueles que nos dizem as coisas, não nos dizem apenas metade das coisas, ou só um jeito de ver as coisas.6 A visão que cada educador tem de si mesmo, seria uma visão própria ou oriunda de valores externos sem uma reflexão crítica do seu real papel? Todas as definições dadas a respeito do trabalho do educador, nem sempre é carregada de verdades, elas estão presentes e até então rotulam os educadores, como desmotivados, desvalorizados. Seria isso a verdade por completa? E qual o sentido de se dizer estas “meias verdades”? De fato, seria fazer com que nossos educadores permaneçam aprisionados na caverna. Outro fator de extrema relevância que deve ser discutido com foco nas contribuições para a mudança de postura dos educadores é entender como as coisas que estão postas chegaram a estarem como estão. Parece nos complexo entender essa questão, partindo do pressuposto que temos no conjunto da sociedade educadores despolitizados. Para Platão, essa condição é de permanência na caverna. E a essa questão é pertinente dizer que no conjunto da sociedade, 5 Barreto, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998. P. 61. 6 Guarechi, Pedrinho A., Sociologia crítica: alternativas de mudança. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2003. P. 19.
  • 7. educadores estão presos às suas localidades, despolitizados, acomodados, fazendo-nos recordar a vida dos prisioneiros da alegoria da Caverna de Platão. O educador para sair do seu aprisionamento local, deve necessariamente a partir da visão do Mito da Caverna de Platão, criar uma fotografia da sua realidade, que mostre o seu funcionamento e suas relações de poder e a quem esse poder de fato serve. Quando percebemos estas relações de poder existente, vejo a verdade real e não a que me foi dita, e é nessa tensão de idéias que emerge um novo educador.
  • 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação precisa ser repensada dentro da sua condição e sentido socialmente. Atrelada a esta mudança de paradigma se encontra a necessidade de emergir um novo educador que seja capaz de fazer de forma coletiva a mudança necessária. Mas, como fazer esta mudança se grande parcela dos educadores se encontram aprisionados em suas cavernas? Estão imobilizados, anestesiados na sua condição de sujeito transformador. Romper com essa condição é tarefa de cada educador. Conhecer as meias verdades proferidas como verdades acabadas deve ser primícias de todo educador que não deseja mais permanecer na escuridão. A condição de aprisionado, tão relatado na alegoria da Caverna de Platão, é algo tão próximo de nós. Muitos dos nossos educadores permanecem na escuridão, despolitizados, acomodados, permitindo que as ideias neoliberais transformem sua condição de educador em mero ser descartável. Hoje como nunca, a mudança de postura é algo relevante. Mudar para que se faça valer o sentimento de pertencimento a uma causa maior, neste caso a educação. Sair da condição de aprisionado é mudar, acreditar que se pode fazer mais por uma realidade melhor para todos. Permanecer na caverna é dar continuidade a ótica de que tudo “terminará em pizza”. O educador da contemporaneidade deve ser capaz de enxergar as amarras que o aprisiona. Acreditar que a força de sua condição de educador está atrelada a sua postura transformadora, diferente disso, permanecerá aprisionado nos grilhões do comodismo. No entanto, se a educação não é neutra, neutra jamais deve ser a postura do educador. Todo educador que almeja conhecer a verdade, permeia sua postura a
  • 9. partir do conhecimento da verdade completa, deve primar por conhecer toda a realidade que o cerca, e não olhar perplexos as sombras que passam pelas frestas da luz, conforme nos ajuda a entender a Alegoria da Caverna de Platão. Contudo, para sair do fundo da caverna, o educador precisa entender que a realidade educativa na qual se encontra inserido, é determinada pelas relações de poder, e que estas relações, determinará que tipo de educação se pensou para esta comunidade. A posição tomada pelo educador diante dessa realidade observada é que definirá, se ele se emancipou ou preferiu permanecer aprisionado dentro da caverna.
  • 10. REFERÊNCIAS BARRETO, Vera. Paulo Freire para educadores. São Paulo: Arte & Ciência, 1998. P. 61. GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P. 71. GUARECHI, Pedrinho A., Sociologia crítica: alternativas de mudança. Porto Alegre: EDIPUCRS. 2003. P. 19. GUINSBURG. J. Platão: a república. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1965.