1. “VAMOS NOS UNIR E REVITALIZAR NOSSOS RIOS”
Informativo Mensal - Volume 70
A FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA DOS RIOS
Um relato comum dos poucos homens que estiveram além da
estratosfera é que a terra é azul.
Nos habitamos um planeta azul, o Planeta Água, pois 75% da superfície
do nosso planeta é coberta por água e este líquido precioso compõe até
60% do corpo do homem e 50% da mulher, como também, grandes
proporções da fauna e flora. Água é vida!
Acontece que dessa imensa quantidade de água somente 2,5% é doce e
97,5% é salgada compondo os oceanos. Da água doce, 69% encontra-se
em estado solido nas calotas polares e glaciares e 30% é subterrânea,
restando por consequência 1% de água doce localizada nos lagos e rios
do planeta.
Esses números demostram, de forma inquestionável, a importância que
devemos dedicar para a preservação da quantidade e manutenção da
qualidade da água de nossos rios, em especial em regiões do país
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
2. submetidas à condição de escassez hídrica, caso típico da Região Metropolitana de São Paulo, a maior do Brasil e
responsável pela geração de aproximadamente 20% de seu PIB.
Os limites geográficos da RMSP estão bem próximos
daqueles que delimitam a Bacia Hidrográfica do Alto
Tietê, sendo que o rio atravessa a cidade de leste a
oeste numa extensão próxima de 30 quilômetros, a
chamada Marginal Tietê e em todo esse percurso
recebe uma grande quantidade de esgotos
domésticos não tratados e poluição difusa o que
eleva brutalmente seu nível de poluição,
transformando-o em boa parte do ano numa
verdadeira cloaca a céu aberto.
Em situação não diferente, encontram-se vários dos
córregos e rios que nele desaguam, muitos deles na
chamada condição de rio morto, com índice de
oxigênio dissolvido igual a zero.
Um exemplo maior dessa condição deplorável pode ser observado no rio Pinheiros, o esquecido rio que no início do
século passado era utilizado até como piscina pelos clubes e como área de lazer pelos habitantes mais próximos de
suas margens, nos 25 quilômetros de extensão que atravessam a cidade de São Paulo.
São várias as razões que explicam essa degradação
durante os 100 anos passados e que não serão aqui
abordadas, pois o foco maior será o futuro, ou seja,
a anunciada despoluição do rio através do projeto
batizado pelo atual governo como “Novo Pinheiros”.
Alguns dos resultados propostos pelo Governador
João Dória e membros de sua equipe são audaciosos
e acreditamos nesta ousadia. Como a respeito de
gerar condições de navegabilidade, permitindo
transporte de cargas, passageiros e até turismo, em
semelhança aos mundialmente famosos passeios
pelo rio Sena em Paris, dentre outros rios que
irrigam, abastecem e cumprem suas múltiplas
funções que são fundamentais para as cidades.
O projeto também contempla o aproveitamento, de edificações já existentes no leito do rio, a exemplo da chamada
Usina Elevatória de Traição. Serão criados espaços onde estarão disponibilizados diuturnamente serviços e lazer para
3. a população, tais como restaurantes, bares, lojas, casas de espetáculos e outras instalações. Comparando-se ao caso
de sucesso internacional, o complexo de Puerto Madero em Buenos Aires.
Devemos relembrar que a população com todo direito e razão sempre
cobrou ações governamentais que permitam aos rios Tietê e Pinheiros
alcançarem, paulatinamente, níveis mínimos de adequação para sua
água, possibilitando uma efetiva convivência e integração dos paulistanos
e visitantes com tudo aquilo que o rio pode oferecer. Ninguém pode
criticar iniciativas que conduzam com responsabilidade e seriedade o
atingimento desses objetivos.
Nosso posicionamento, como organização da sociedade civil de interesse
público OSCIP é acreditar, apoiar e participar efetivamente deste projeto
em cumprimento da nossa missão:
"Unir esforços para gerar mudanças comportamentais da sociedade por
meio de projetos e atividades educativas, ambientais, urbanísticas,
esportivas, culturais, turísticas, artísticas e sociais, fomentando a
importância da recuperação e resgate da integridade dos rios e a
preservações das bacias hidrográficas priorizando a qualidade de vida
da população e meio ambiente."
Com as experiências que adquirimos na prática durante os últimos 14
anos, entendemos que podemos somar na conquista das ambiciosas
metas propostas no projeto “Novo Pinheiros” tão aclamado e sonhado por todos nós paulistanos.
Carta da Terra – Princípios
“Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais,
vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das
pessoas.”