O poema lista os sons produzidos por diferentes animais, incluindo mugidos de vacas, latidos de cães, cantos de pássaros e outros ruídos feitos por animais como tigres, leões e abelhas. A última estrofe observa que a fala foi dada apenas aos humanos.

1. de Pedro Dinis, In Poesias da nossa infância , recolha de João Heitor, Editions Lusophone, 2006, pp. 20-21. VOZES DE ANIMAIS

2. Palram pega e papagaio, E cacareja a galinha; Os ternos pombos arrulham, Geme a rola inocentinha.

3. Muge a vaca, berra o touro,

4. Grasna a rã, ruge o leão;

6. Relincha o nobre cavalo, Os elefantes dão urros ,

7. A tímida ovelha bala; Zurrar é próprio dos burros. .

8. Regouga a sagaz raposa, Brutinho muito matreiro; Nos ramos cantam as aves, Mas pia o mocho agoureiro .

10. O pardal, daninho aos campos, Não aprendeu a cantar: Como os ratos e as doninhas, Apenas sabe chiar.

11. O negro corvo crocita, Zune o mosquito enfadonho; A serpente no deserto Solta assobio medonho.

12. Chia a lebre, grasna o pato , Ouvem-se os porcos grunhir , Libando o suco das flores, Costuma a abelha zumbir.

13. Bramem os tigres, as onças, Pia, pia, o pintaínho; ; Cucurita e canta o galo, Late e gane o cachorrinho.

14. A vitelinha dá berros, O cordeirinho balidos O macaquinho dá guinchos, A criancinha vagidos .

15. A fala foi dada ao homem, Rei dos outros animais: Nos versos lidos acima Se encontram em pobres rimas As vozes dos principais