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CIDADESCorreio do estado
segunda-feira, 2 de novembro de 2015 9
Em MS, frigoríficos reinam
nos acidentes de trabalho
estatística ruim
Setor de abate de animais é o campeão em ocorrências, diz estudo da Previdência
Carne, osso, esteiras, instru-
mentos cortantes e o ritmo
frenético das indústrias. Estes
são os elementos quase fami-
liares à maioria dos emprega-
dos que atuam em frigoríficos.
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se ao cotidiano desses traba-
lhadores componente menos
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frequente:orisco.
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Estatístico de Acidentes de
Trabalho da Previdência So-
cial, com números de 2013,
apontam que os frigoríficos
sãoosresponsáveispelomaior
númerodeacidentesdetraba-
lhonoEstado.Osetordeabate
deanimaisregistra1.293casos
que resultam em alguma for-
madelesãooupertubação.
O número é 35% maior do
que de atividade de atendi-
mento hospitalar. A segunda
colocada registrou 850 casos.
O setor de fabricação de açú-
car e álcool aparece em ter-
ceiro colocado no ranking dos
acidentes, com 714 casos. Fi-
guram também entre os cinco
primeiroscolocadosoramoda
pecuária (528) e o de obras de
infraestrutura(303).
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a esta alarmante estatística. A
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EXEMPLO. Luiz Henrique sofreu acidente em 2012 num frigorífico; “nunca mais esqueço”, disse
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ternação. A hipóteses de ter de
retirar a outra surgiu durante o
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donopassouacamado.
A necessidade de sustentar
cincofilhos,maisoutroqueain-
daestavanabarrigadamãe,foi
a motivação para que Luiz não
desistisseduranteosdiasdere-
cuperação.FiliadoaoSindicato
dos Trabalhadores nas Indús-
triasdeCarneseDerivados,ele
foiatrásdeseusdireitos.
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foi indenizado e continuou a
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no setor administrativo ainda
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ocupar na época do acidente,
quando planejava ingressar
no curso de Pedagogia, mas
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mento. Kenya Regina, de 41
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dimento (UPA) do Guanandi
com cortes na cabeça. O mo-
torista do carro, Lucas Silva,
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sair do plantão da Base Aé-
rea e seguia pela rua Doutor
Sebastião José Machado. Se-
gundo a mãe de Lucas, Marli
Ribeiro da Silva, de 40 anos,
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sa, localizada no bairro Aero
Rancho, e provavelmente o
filho estava dando carona pa-
ra o colega Mateus de Sousa
Leal, também de 20 anos, que
estava no banco do passagei-
ro na hora do acidente.
Ambos ficaram presos às
ferragens e tiveram que ser
retirados pela equipe do Cor-
po de Bombeiros. De acordo
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vítimasestavamconscientese
orientadas. SOCORRO. No acidente, vítima ficou prensada no automóvel
bruno henrique
O acidente ocorrido com Luiz
HenriqueA.Ribeiro,emfrigo-
rífico de Campo Grande, é a
provadequeousodeequipa-
mento de proteção individual
(EPI) não é o principal ele-
mento para evitar acidentes
detrabalho.DadosdoInstitu-
to Nacional do Seguro Social
(INSS) apontam que, entre os
anos de 2011 e 2013, mais de
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mas de acidentes de trabalho
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tos.
O Ministério Público do
Trabalho (MPT) considera
que estes acidentes poderiam
ser amenizados se outros
elementos, além dos equipa-
mentos de segurança, fossem
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presas.
No sistema de gestão da se-
gurança do trabalho há uma
hierarquia de medidas: a pri-
meira é a proteção coletiva,
em segundo está a adoção de
medidas administrativas ou
de organização do trabalho,
em terceiro, a proteção indi-
vidual e, em quarto, a sinali-
zação e rotulagem.
Fornecer EPI pode ser mais
barato que proteger uma má-
quina muitas vezes, mas hoje
vê-se que a utilização destes
equipamentos é subsidiária
das medidas de ordem geral,
ou seja, em primeiro lugar,
vem a proteção coletiva.
Um exemplo de medida
de ordem coletiva e que agi-
riadeformamaisefetiva se-
ria a troca de uma empilha-
deira por combustão, que
emite gás carbônico, por
uma empilhadeira elétrica
em lugar do simples forne-
cimento de máscaras para
os empregados não inala-
rem o gás. Outro exemplo
é que, ao invés de fornecer
protetores auriculares para
todos os empregados pa-
ra minimizar os ruídos de
uma máquina de ar, basta-
riaadequaroambientepara
colocar a máquina na área
externa do prédio.
Entre sábado e domingo, cin-
co assassinatos ocorreram
em Campo Grande. Apenas
ontem duas pessoas morre-
ram: um jovem de 21 anos e
um detento do semiaberto da
Capital. No sábado, mais três
pessoas foram encontradas
mortas.
Lucas Limas Alves, 21 anos,
estava na Rua Juruá, no bairro
Guanandi, e morreu ontem
à tarde após ser atingido por
tiros. O rapaz estava em liber-
dade havia seis meses, depois
de ficar detido no Presídio de
Desaparecida desde a segun-
da-feira passada depois de
vir do distrito de Anhanduí
para Campo Grande fazer as
provasdoExameNacionaldo
Ensino Médio (Enem), a ado-
lescente Roberta Delgado, de
16 anos, foi encontrada on-
tem. Ela foi achada pela polí-
cia em Ponta Porã depois de
denúncia anônima.
A mãe de Roberta, Helena
Delgado, que é vice-presi-
Trânsito (PTran) por tráfico
de drogas. Os vizinhos relata-
ram ter ouvido o barulho dos
disparos,masninguémdizter
visto quem realizou os dispa-
ros.
O outro caso foi protago-
nizado pelo detento Evaldo
Guilherme Fragoso Soa-
res, 30 anos, executado com
quatro tiros na manhã de
ontem, 1, após deixar o cen-
tro penal agroindustrial da
Gameleira para visitar a fa-
mília. O corpo do rapaz foi
encontrado na estrada vici-
dente do Sindicato dos Tra-
balhadores de Enfermagem
do Estado (Siems), disse ao
PortalCorreiodoEstado que
nesta manhã recebeu a liga-
ção anônima de uma pessoa
informando sobre o paradei-
ro da menina.
Pouco tempo depois, a
mesma denúncia foi feita a
um investigador da Polícia
Civil de Ponta Porã. Dian-
te da informação, os poli-
ciais foram até o endereço
e encontraram Roberta na
companhia de uma jovem
de 21 anos, que a adoles-
cente tinha conhecido
pela internet.
Até a tarde de ontem, a
sindicalista ainda não tinha
vistoafilha,masafirmaque,
só por saber que a menina
está bem, o alívio foi ime-
diato. “Estou aqui em Ponta
Porã e queria agradecer a
todos que nos ajudaram. A
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redessociaisfoimuitogran-
de”, disse a mãe.
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a Capital. A adolescente vi-
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com o pai.
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carona em uma motocicleta
com uma pessoa ainda não
identificada. No meio do ca-
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  • 1. CIDADESCorreio do estado segunda-feira, 2 de novembro de 2015 9 Em MS, frigoríficos reinam nos acidentes de trabalho estatística ruim Setor de abate de animais é o campeão em ocorrências, diz estudo da Previdência Carne, osso, esteiras, instru- mentos cortantes e o ritmo frenético das indústrias. Estes são os elementos quase fami- liares à maioria dos emprega- dos que atuam em frigoríficos. EmMatoGrossodoSul,soma- se ao cotidiano desses traba- lhadores componente menos palpável, porém, ainda mais frequente:orisco. Dados do último Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho da Previdência So- cial, com números de 2013, apontam que os frigoríficos sãoosresponsáveispelomaior númerodeacidentesdetraba- lhonoEstado.Osetordeabate deanimaisregistra1.293casos que resultam em alguma for- madelesãooupertubação. O número é 35% maior do que de atividade de atendi- mento hospitalar. A segunda colocada registrou 850 casos. O setor de fabricação de açú- car e álcool aparece em ter- ceiro colocado no ranking dos acidentes, com 714 casos. Fi- guram também entre os cinco primeiroscolocadosoramoda pecuária (528) e o de obras de infraestrutura(303). LuizHenrinqueA.Ribeiro,34 anos,éumdosquesesomaram a esta alarmante estatística. A data e hora do fato que o colo- caram nos índices de acidente de trabalho ficaram cravadas e saem pela boca sem muito esforço da memória. “Treze de fevereirode2012,às12h46min. Nunca mais esqueço”, afirma. Fazia apenas dois meses que eletinhacomeçadoatrabalhar em um frigorífico em Campo Grande, quando o acidente, responsávelpordeixá-losema pernaesquerda,aconteceu. Os riscos da profissão já eram velhos conhecidos. Luiz havia trabalhado por sete anos como amarrador de boi, em outro frigorífico. “Saí por preocupação da família”, re- TAINÁ JARA De acordo com a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”. Pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho, até mesmo a morte do segurado.Também são considerados como acidentes do trabalho: o acidente ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado; a doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade; e a doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. O que diz a lei sobre os casos Saiba EXEMPLO. Luiz Henrique sofreu acidente em 2012 num frigorífico; “nunca mais esqueço”, disse lembra. Porém, a proposta de um salário melhor e chance de uma vida mais digna o fizeram retornaraosetordeabate. A função de amarrador con- siste em pendurar o boi para elevação mecânica, para que as peças passem por uma es- teira, onde é feita a retirada do couroevísceras. Anecessidadedepularsobre a esteira para dar mais tração para que as peças chegassem mais próximo às correntes passou de jeito para facilitar o trabalho a acidente trágico de um minuto para o outro. Luiz acabou escorregando e caindo sobre o aparelho e quase teve o mesmo destino que os bois abatidos se um colega não ti- vesse rapidamente desligado a esteira. Na ocasião, Luiz quebrou as duas pernas. A esquerda foi amputada dias depois da in- ternação. A hipóteses de ter de retirar a outra surgiu durante o tratamento, mas o membro re- sistiufirmedepoisde59diasde internação e mais 45 em que o donopassouacamado. A necessidade de sustentar cincofilhos,maisoutroqueain- daestavanabarrigadamãe,foi a motivação para que Luiz não desistisseduranteosdiasdere- cuperação.FiliadoaoSindicato dos Trabalhadores nas Indús- triasdeCarneseDerivados,ele foiatrásdeseusdireitos. Com respaldo da Justiça, ele foi indenizado e continuou a trabalharnaempresa.Afunção no setor administrativo ainda passada longe da que sonhava ocupar na época do acidente, quando planejava ingressar no curso de Pedagogia, mas sustenta a família e também o filho que veio depois do aci- dente. “Agora vivo um dia de cadavez”,afirma. AFORA Apesar dos números elevados no Estado, acidentes como os ocorridos com Luiz são um problemadeâmbitonacional. Atualmente, o setor dos frigo- ríficos é um dos que apresen- tam maior incidência de aci- dentesdetrabalho. Os inúmeros casos acaba- ram levando o Ministério do TrabalhoeEmpregoaaprovar, em 2012, a Norma Regula- mentadora(NR)nº36,quetem o objetivo de melhorar as con- dições de trabalho em frigo- ríficos e abatedouros do País. A NR fornece detalhes sobre o fornecimento de Equipa- mentos de Proteção Individu- al (EPIs) aos trabalhadores; a adequação dos postos de trabalho, levando em conta os instrumentos (facas, serras) e o mobiliário (mesas, esteiras); a velocidade e o ritmo de tra- balho,eaconcessãodepausas aosempregados. gerson oliveira Em dois dias, 5 homens morrem assassinados em Campo Grande Polícia acha estudante sumida desde o Enem violência final feliz Incidente com vítima expõe falha imprudência Batidacomônibusfere3naruaBrilhante Acidente entre carro e ônibus, ocorrido na manhã de ontem, na rua Brilhante, em Campo Grande, deixou três pessoas feridas. Segundo o motorista do ônibus, Johnny Oliveira, de 29 anos, o condutor do car- ro Classic, de cor branca, de placas NRN - 5800, de Campo Grande,não respeitouaplaca de pare nem diminuiu a velo- cidade, invadiu a preferencial e bateu no ônibus. O transporte coletivo, que seguia do Nova Bahia senti- do Bandeirantes, carregava 50 passageiros; destes, ape- nas uma precisou de atendi- mento. Kenya Regina, de 41 anos, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Aten- dimento (UPA) do Guanandi com cortes na cabeça. O mo- torista do carro, Lucas Silva, de 20 anos, tinha acabado de sair do plantão da Base Aé- rea e seguia pela rua Doutor Sebastião José Machado. Se- gundo a mãe de Lucas, Marli Ribeiro da Silva, de 40 anos, este não era o caminho que o filho fazia para ir para ca- sa, localizada no bairro Aero Rancho, e provavelmente o filho estava dando carona pa- ra o colega Mateus de Sousa Leal, também de 20 anos, que estava no banco do passagei- ro na hora do acidente. Ambos ficaram presos às ferragens e tiveram que ser retirados pela equipe do Cor- po de Bombeiros. De acordo com o Tenente Hilton, as três vítimasestavamconscientese orientadas. SOCORRO. No acidente, vítima ficou prensada no automóvel bruno henrique O acidente ocorrido com Luiz HenriqueA.Ribeiro,emfrigo- rífico de Campo Grande, é a provadequeousodeequipa- mento de proteção individual (EPI) não é o principal ele- mento para evitar acidentes detrabalho.DadosdoInstitu- to Nacional do Seguro Social (INSS) apontam que, entre os anos de 2011 e 2013, mais de 600 pessoas morreram víti- mas de acidentes de trabalho com máquinas e equipamen- tos. O Ministério Público do Trabalho (MPT) considera que estes acidentes poderiam ser amenizados se outros elementos, além dos equipa- mentos de segurança, fossem priorizados por parte das em- presas. No sistema de gestão da se- gurança do trabalho há uma hierarquia de medidas: a pri- meira é a proteção coletiva, em segundo está a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho, em terceiro, a proteção indi- vidual e, em quarto, a sinali- zação e rotulagem. Fornecer EPI pode ser mais barato que proteger uma má- quina muitas vezes, mas hoje vê-se que a utilização destes equipamentos é subsidiária das medidas de ordem geral, ou seja, em primeiro lugar, vem a proteção coletiva. Um exemplo de medida de ordem coletiva e que agi- riadeformamaisefetiva se- ria a troca de uma empilha- deira por combustão, que emite gás carbônico, por uma empilhadeira elétrica em lugar do simples forne- cimento de máscaras para os empregados não inala- rem o gás. Outro exemplo é que, ao invés de fornecer protetores auriculares para todos os empregados pa- ra minimizar os ruídos de uma máquina de ar, basta- riaadequaroambientepara colocar a máquina na área externa do prédio. Entre sábado e domingo, cin- co assassinatos ocorreram em Campo Grande. Apenas ontem duas pessoas morre- ram: um jovem de 21 anos e um detento do semiaberto da Capital. No sábado, mais três pessoas foram encontradas mortas. Lucas Limas Alves, 21 anos, estava na Rua Juruá, no bairro Guanandi, e morreu ontem à tarde após ser atingido por tiros. O rapaz estava em liber- dade havia seis meses, depois de ficar detido no Presídio de Desaparecida desde a segun- da-feira passada depois de vir do distrito de Anhanduí para Campo Grande fazer as provasdoExameNacionaldo Ensino Médio (Enem), a ado- lescente Roberta Delgado, de 16 anos, foi encontrada on- tem. Ela foi achada pela polí- cia em Ponta Porã depois de denúncia anônima. A mãe de Roberta, Helena Delgado, que é vice-presi- Trânsito (PTran) por tráfico de drogas. Os vizinhos relata- ram ter ouvido o barulho dos disparos,masninguémdizter visto quem realizou os dispa- ros. O outro caso foi protago- nizado pelo detento Evaldo Guilherme Fragoso Soa- res, 30 anos, executado com quatro tiros na manhã de ontem, 1, após deixar o cen- tro penal agroindustrial da Gameleira para visitar a fa- mília. O corpo do rapaz foi encontrado na estrada vici- dente do Sindicato dos Tra- balhadores de Enfermagem do Estado (Siems), disse ao PortalCorreiodoEstado que nesta manhã recebeu a liga- ção anônima de uma pessoa informando sobre o paradei- ro da menina. Pouco tempo depois, a mesma denúncia foi feita a um investigador da Polícia Civil de Ponta Porã. Dian- te da informação, os poli- ciais foram até o endereço e encontraram Roberta na companhia de uma jovem de 21 anos, que a adoles- cente tinha conhecido pela internet. Até a tarde de ontem, a sindicalista ainda não tinha vistoafilha,masafirmaque, só por saber que a menina está bem, o alívio foi ime- diato. “Estou aqui em Ponta Porã e queria agradecer a todos que nos ajudaram. A repercussão e o alcance nas redessociaisfoimuitogran- de”, disse a mãe. Helena aguardava os trâ- mites da polícia da cidade para se encontrar com a fi- lha e trazê-la de volta para a Capital. A adolescente vi- ve no distrito de Anhanduí com o pai. nal próximo ao presídio. O delegado Cleverson Al- ves, que investiga o caso, re- velou que a vítima saiu por volta das 5h30min e pegou carona em uma motocicleta com uma pessoa ainda não identificada. No meio do ca- minho,duaspessoasseapro- ximaram e atiraram contra o homem, conforme relato de testemunhas. No local, a po- lícia encontrou seis cápsulas deflagradas de pistola 9 milí- metros. (Anny Malagolini e Valquíria Oriqui) ALINY MARY DIAS E VALQUÍRIA ORIQUI VALQUÍRIA ORIQUI