O documento descreve as características clínicas da sífilis em suas diferentes fases. A sífilis primária é caracterizada pela presença de um cancro duro no local de entrada do Treponema pallidum. A sífilis secundária apresenta manifestações sistêmicas e lesões de pele disseminadas. A sífilis maligna é uma variante rara caracterizada por lesões ulceradas extensas.
2. Introdução
• Desde o seu reconhecimento, como nova
doença, na Europa, no século 15, a sífilis
tem sido objeto de grande interesse.
3. • Muitos acreditam que a sífilis tenha sido
trazida para a Europa por Colombo,
embora não haja provas dessa teoria.
4. • Foram os estudos de Philippe Ricord,
publicados em 1838, que lançaram uma
luz sobre o fato de lues e gonorréia serem
doenças distintas.
5. • O maior mistério da sífilis, no entanto, é
como a espiroqueta causa a diversidade
de manifestações clínicas da doença.
6. • Sífilis é uma doença crônica e seu único
hospedeiro natural conhecido é o homem.
7. • A sífilis é causada por uma:
Bactéria chamada Treponema pallidum
Genero Treponema
Família dos Treponemataceae
• Essa família inclui, ainda, dois outros
gêneros: Leptospira e Borrelia.
8.
9.
10. • O T. pallidum não é cultivável e é
patógeno exclusivo do ser humano.
• No entanto, quando inoculado, pode
causar infecções experimentais em
macacos e ratos.
11. 26h no meio ambiente
• É destruído pelo calor e falta de umidade,
não resistindo muito tempo fora do seu
ambiente (26 horas).
• Divide-se transversalmente a cada 30
horas.
12. • A pequena diferença de densidade entre o
corpo e a parede do T. pallidum faz com
que seja prejudicada sua visualização à
luz direta no microscópio.
• Cora-se fracamente; daí o nome pálido,
do latim pallidum.
13. • A penetração do treponema é realizada
por pequenas abrasões decorrentes da
relação sexual.
• Logo após, o treponema atinge o sistema
linfático regional e, por disseminação
hematogênica, outras partes do corpo.
14. • A resposta de defesa local resulta em
erosão e exulceração no ponto de
inoculação (cancro).
15. • A disseminação sistêmica resulta na
produção de complexos imunes
circulantes que podem depositar-se em
qualquer órgão.
• Entretanto, a imunidade humoral não tem
capacidade de proteção.
16. • A imunidade celular é mais tardia,
permitindo ao T. pallidum multiplicar-se e
sobreviver por longos períodos.
17. A sífilis é doença transmitida:
• Via sexual (sífilis adquirida)
• Verticalmente (sífilis congênita) pela
placenta da mãe para o feto.
18. • O contato com as lesões contagiantes
(cancro duro e lesões secundárias) pelos
órgãos genitais é responsável por 95%
dos casos de sífilis.
19. Frisando:
• trata-se de doença adquirida pelo contato
direto, usualmente sexual, com lesões
ativas primárias e secundárias.
20. • Doutor, meu marido voltou de uma viagem
de 1 ano e diz que está com sífilis.
Quando soube, já era tarde demais.
Brigamos e não sei quando ele pegou.
Tivemos relação no escuro, por isso, não
sei se tinha alguma coisa “estranha” na
pele ou pênis. Tenho risco de pegar sífilis?
21. • Estudos tem demonstrado que 16 a 30%
dos indivíduos que têm contato sexual
com pessoas infectadas pela sífilis
desenvolvem a infecção.
• A transmissão real pode ser mais alta.
22. • Segundo o manual de DST do Ministério
da Saúde, 2006, o risco de infecção em
um intercurso sexual é 60% nas lesões de
cancro duro e condiloma plano.
23. • Outras formas de transmissão mais raras
e com menor interesse epidemiológico
são por via indireta (objetos
contaminados, tatuagem) e por transfusão
sangüínea.
24. • Nos E.E.U.U., a incidência de sífilis
durante a segunda guerra foi de 500 mil
infecções por ano.
• Entre os anos de 1945 e 2000, a sífilis
declinou para uma média de 31 mil casos
ao ano.
25. • Desde 2000, houve um aumento no
número de casos de sífilis nos E.E.U.U.,
principalmente entre men who have sex
with men (MSM).
26. • Similar aumento na sífilis, em MSM, foi
reportado na Europa.
• Epidemias entre MSM estão associadas
com comportamento sexual desprotegido,
provavelmente, em conseqüência das
melhores terapias anti-retrovirais.
27. • Em pesquisas recentes, 37 a 52% dos
MSM reportaram múltiplos
comportamentos de risco.
28. • A OMS estima que 12 milhões de novos
casos de lues ocorrem anualmente.
29. • A grande maioria desses casos é vista em
nações em desenvolvimento.
30. • Nesses países, a falta de testes pré-natais
e antibioticoterapia de mulheres grávidas
resultam em infecção do feto.
31. • Sífilis congênita causa:
aborto espontâneo
natimorto
morte no período neonatal
manifestações na infância
• Um relato recente estima que, na Tanzânia,
mais de 50% dos natimortos são resultado da
sífilis.
32. Os principais fatores que determinam a
probabilidade de transmissão são:
• estágio da sífilis na mãe
• duração da exposição do feto no útero
33. • Portanto, a transmissão será maior nas
fases iniciais da doença, quando há mais
espiroquetas na circulação.
• A taxa de transmissão é de 70-100% nas
fases primária e secundária, 40% na fase
latente recente e 10% na latente tardia.
34. • De particular importância é o
reconhecimento de que pacientes
infectados pela sífilis encontram-se sob
risco muito maior de transmitir e adquirir
HIV.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43. • A infecção é iniciada quando o T. pallidum
penetra microabrasões dérmicas ou
mucosas intactas, tipicamente resultando
em um cancro duro no sítio da inoculação.
Sífilis primária
44. O cancro duro é uma lesão:
• erosada ou ulcerada;
• geralmente única;
• indolor;
• com bordas endurecidas;
• fundo liso, brilhante; e
• secreção serosa escassa.
45. • A lesão tipicamente não é purulenta.
Sífilis primária
46. Média 3 semanas
• O cancro aparece entre 10 e 90 dias
(média de 21) após o contato sexual
infectante.
47. • Pode vir acompanhado de:
adenopatia regional não supurativa,
móvel, indolor e múltipla.
Sífilis primária
48. • No homem, a lesão aparece com maior
freqüência na glande e sulco bálano-
prepucial.
Sífilis primária
49. Na mulher, dificilmente é detectada nesta fase.
• Quando aparece, é mais comumente
observada nos pequenos lábios, paredes
vaginais e colo uterino.
• Pela localização, pode passar
despercebida.
50. • São raras, porém ocorrem, as lesões de
inoculação em outras áreas que não a
genital.
Sífilis primária
51.
52. • 32 a 36% dos homens homossexuais
desenvolvem o cancro em outros sítios,
como reto, canal anal e cavidade oral.
Sífilis primária
53. • A lesão é altamente infectante, sempre
rica em treponemas, que podem ser
visualizados ao microscópio óptico com
campo escuro.
Sífilis primária
54. • O cancro é indolor e pode estar localizado
em sítios anatômicos ocultos.
• Dessa forma, o diagnóstico de sífilis, em
mulheres e homossexuais, pode ficar
retardado até que manifestações outras
se tornem aparentes.
Sífilis primária
55. • O chamado cancro misto de Rollet é o
resultado da infecção conjunta com o
Haemophilus ducreyi (cancro mole).
Sífilis primária
56. • A avaliação clínica também pode ser
complicada pelo fato de que, em alguns
indivíduos, a aparência do cancro primário
não corresponde à descrição clássica.
Sífilis primária
57. • Lesões não-induradas, com bordas
irregulares têm sido observadas.
• Também são vistas úlceras múltiplas ou
dolorosas, especialmente na região anal
de indivíduos HIV +.
Sífilis primária
58. • Tomando-se por base a inoculação intra-
dérmica de voluntários humanos sadios,
com dosagens progressivas de T.
pallidum, a dose para causar infecção em
50% dos contactantes é de 57
espiroquetas.
• As lesões se desenvolvem mais
rapidamente quando a amostra é maior.
Sífilis primária
59. • O cancro primário cura-se
espontaneamente em 4 a 6 semanas.
• Pode ser discernível, em 15% dos
pacientes, no estabelecimento do
secundarismo.
Sífilis primária
60. • Pacientes HIV + apresentam um risco 2 a
3 vezes maior de desenvolver
simultaneamente sífilis primária e
secundária.
Sífilis primária
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72. Sífilis secundária
• Dentro de horas da inoculação e durante a
evolução do estágio primário, o T. pallidum
se dissemina amplamente e se deposita
numa variedade de tecidos.
73. • As manifestações de sífilis secundária
usualmente ocorrem dentro de 3 meses (6
a 8 semanas) da infecção inicial e, às
vezes, são insidiosas.
Sífilis secundária
74. • Dor de garganta, mialgia, artralgia,
febrícula, adinamia, mal-estar e perda de
peso são exemplos dos variados achados
sistêmicos no secundarismo.
Sífilis secundária
76. • Ainda mais comum, no secundarismo, é o
rash muco-cutâneo disseminado.
Sífilis secundária
77. “Eritema triste”
• Máculas discretas e pálidas aparecem
inicialmente no tronco e extremidades
proximais.
• Sucedem-se lesões de variável morfologia
entre os pacientes.
78. No momento do diagnóstico, os tipos mais
comuns de lesão na sífilis secundária são:
• máculo-papular (50% a 70%);
• papular (12%);
• macular (10%); e
• anular (6% a 14%).
Sífilis secundária
79. • Em poucos casos, as lesões podem se
tornar necróticas, uma condição chamada
sífilis maligna.
Sífilis secundária
80. Sífilis maligna
• Esta rara manifestação clínica constitui
variante da sífilis secundária.
• Caracteriza-se por lesões ulceradas
pustulosas, extensas e às vezes de
caráter rupióide.
81. • A origem da palavra "rupia" é o termo
sânscrito rūp ou rūpā ("prata"), donde
rúpya ("prata amoedada") e rūpyakam
(devanágari: रूप्यकम्), "moeda de prata".
• Seu primeiro registro em português é de
1608.
Sífilis maligna
82. • Regridem totalmente quando a terapêutica
antibiótica é instituída.
Sífilis maligna
83. • A denominação "maligna" decorre da
similitude com lesões neoplásicas.
• Os casos relatados na literatura mundial
apresentam manifestações clínicas
variadas e bizarras.
• Há, inclusive, em alguns pacientes,
acometimento hepático.
Sífilis maligna
84. • Em revisão de 31 casos de sífilis maligna,
Haslund demonstrou que geralmente
existe um pródromo de febre, cefaléia e
mialgia antes do aparecimento das lesões
cutâneas.
Sífilis maligna
85. • As lesões cutâneas geralmente se iniciam
como pápulo-pústulas que rapidamente se
tornam necróticas.
Sífilis maligna
86. • A face e couro cabeludo são as áreas
mais freqüentemente envolvidas, seguidos
dos membros e tronco.
• Onze dos 31 pacientes de Haslund
apresentaram envolvimento de mucosa,
tratando-se porém somente de uma
variação no aspecto da moléstia.
Sífilis maligna
87. Neisser ressalta quatro características
clínicas da sífilis maligna precoce:
• a. A doença apresenta período de incubação relativamente curto -
Haslund define o período de incubação mínimo de quatro a seis
semanas e o máximo de um ano;
• b. Sintomas sistêmicos pronunciados;
• c. A pele e freqüentemente a mucosa nasal e bucal apresentam
lesões irregularmente distribuídas, constituídas por pústulas,
úlceras e lesões rupióides;
• d. As lesões cutâneas são pleomórficas e revelam pápulo-pústulas,
ulcerações profundas, às vezes recobertas por crostas e lesões
cicatriciais. A pele ao redor das lesões é pouco afetada,
apresentando mínimo eritema.
88. Os aforismos
• Diante das lesões cutâneas com
características clínicas diversas, a sífilis
deve ser considerada.
• Assim como em casos de sífilis com
manifestações agressivas, o anti-HIV deve
ser pesquisado.
89. • Anti-HIV pode, doravante, ser considerado
como prova laboratorial complementar na
sífilis maligna.
Sífilis maligna
97. • Embora a alopecia da lues seja
costumeiramente referida como não-
cicatricial....
• ...em 4 a 11% dos pacientes, a infecção
do folículo piloso pelo T. pallidum resulta
em alopecia cicatricial.
Sífilis Secundária
98.
99. • Também há relatos infreqüentes da perda
de pêlos faciais e corporais.
Sífilis Secundária
100. • Sinal de Fournier: madarose na lues.
Sífilis Secundária
101.
102. • As lesões secundárias também são lesões
ricas em treponemas como o cancro duro.
• Já existem anticorpos circulantes, em
seus maiores títulos, que permitem a
identificação sorológica da infecção.
Sífilis Secundária
105. EXAME EM CAMPO ESCURO
• O teste consiste no exame direto da linfa da lesão.
• O material é levado ao microscópio com condensador
de campo escuro, em que é possível, com luz indireta, a
visualização do T. pallidum vivo e móvel.
• É considerado um teste rápido, de baixo custo e
definitivo.
• A sensibilidade varia de 74 a 86%, podendo a
especificidade alcançar 97% dependendo da
experiência do avaliador.
106. • No secundarismo sifilítico, a sorologia é o
mais importante método diagnóstico.
• Os testes treponêmicos, FTAabs e TPHA,
não indicam, necessariamente, atividade
da doença, pois permanecem positivos
mesmo após tratamento.
• Têm alta sensibilidade e especificidade.
107. • Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum
como antígeno.
• São usados para confirmar a reatividade de
testes não treponêmicos e nos casos em que os
testes não treponêmicos têm pouca
sensibilidade, como na sífilis tardia.
• Positivam-se um pouco mais cedo que os testes
não treponêmicos.
108. Testes treponêmicos permanecem positivos
por muito tempo!!!
• Em 85% das pessoas tratadas com
sucesso, os resultados permanecem
positivos por anos ou até mesmo por toda
a vida.
109. Prozona!!!
• Os testes não treponêmicos, em especial o VDRL, têm
sensibilidade elevadíssima na lues secundária com
títulos altos, geralmente superiores a 1/64.
• Podem, raramente, ser falso-negativos em decorrência
do excesso de anticorpos, o fenômeno de prozona.
• Nesses casos, repetido o exame com o soro diluído, há
positividade com títulos maiores ou iguais a 1/1.024.
110. • Ainda, na apresentação do secundarismo,
em torno de 10% dos pacientes
desenvolvem condiloma plano.
Sífilis Secundária
111. • Trata-se de lesão altamente infectante, de
grandes dimensões, que se desenvolve
nas áreas quentes e úmidas, incluindo
períneo e ânus.
Sífilis Secundária
115. • É pouco freqüente que a sífilis secundária
possa ser acompanhada por envolvimento
gástrico, renal e hepatite.
• Uveíte e Irite podem ser observadas.
Sífilis Secundária
116. • T. pallidum foi encontrado em biópsias
hepáticas de pacientes com sífilis
secundária.
Sífilis Secundária
117. • Foi observada glomerulonefrite.
• O componente renal resulta do depósito
de complexos, que são formados por
anticorpos e antígenos treponêmicos.
• Pode causar dano renal irreversível;
inclusive síndrome nefrótica pode estar
presente.
Sífilis Secundária
118. • Aproximadamente 5% dos indivíduos com
sífilis secundária experimentam
manifestações precoces de neurossífilis.
• O quadro pode incluir meningite e
manifestações oftalmológicas (3% dos
pacientes com irite).
Sífilis Secundária
146. Sífilis Latente
• A sífilis latente (recente e tardia) é a forma da
sífilis adquirida na qual não se observam sinais
e sintomas clínicos.
• Seu diagnóstico é feito exclusivamente por meio
de testes sorológicos, com títulos menores do
que na fase secundária.
• Sua duração é variável e seu curso poderá ser
interrompido por sinais e sintomas da forma
secundária ou terciária.
147. Sífilis Latente
• Lesões disseminadas e outras
manifestações de sífilis secundária
usualmente se resolvem
espontaneamente em 3 meses do
aparecimento.
148. • Os sintomas ficam ausentes por um
período variável em pacientes não
tratados.
Sífilis Latente
149. • A sífilis latente é dividida em 2 estágios,
tomando por base o tempo aproximado de
infecção.
Sífilis Latente
150. • No primeiro ano após a infecção, os
pacientes são considerados portadores de
sífilis latente precoce.
• Mais de 25% deles podem desenvolver
manifestações recorrentes do
secundarismo.
Sífilis Latente
151. • Sífilis latente tardia é definida como uma
infecção assintomática com mais de um
ano de duração (ou duração
desconhecida).
Sífilis Latente
152. • A sorologia é positiva na sífilis latente
tardia, mas a transmissão sexual é
improvável.
Sífilis Latente
153.
154. • Organismos podem ser semeados na
circulação durante a sífilis latente e podem
infectar o feto em desenvolvimento
durante a gravidez.
Sífilis Latente
155. • A sífilis latente termina quando a terapia
antibiótica curativa é instituída ou as
manifestações terciárias da doença se
desenvolvem.
Sífilis Latente
156. • Essa síndrome não se manifesta antes de
20 a 40 anos de contaminação pelo
treponema.
Sífilis terciária
157. • A inflamação progressiva causou goma
(sífilis tardia benigna), uma forma
localizada de destruição tecidual e óssea,
em 16% dos pacientes com sífilis não
tratada.
Sífilis terciária
158. • Sífilis cárdio-vascular, usualmente vista
como insuficiência aórtica ou aneurisma,
foi observada em 10% dos pacientes não
tratados.
Sífilis terciária
159. • O aneurisma da sífilis está mais freqüentemente
localizado na porção ascendente (60%) ou arco da aorta
(30-40%), enquanto a porção descendente da aorta
torácica é acometida apenas em 10-15% dos casos.
• Somente 5% dos pacientes apresentam aneurisma na
aorta abdominal.
• Aneurismas saculares acima do nível das artérias renais
são mais freqüentemente causados por fungos ou sífilis.
Sífilis terciária
161. • Goma: corresponde a lesões nodulares
granulomatosas, com variável necrose
central.
• Podem se desenvolver tão precocemente
quanto 2 anos após a infecção inicial,
embora elas usualmente apareçam muito
mais tarde.
Sífilis terciária
162. • Essas lesões destrutivas mais comumente
afetam pele e ossos, ainda que fígado,
coração, cérebro, estômago e trato
respiratório superior também possam ser
acometidos.
• T. pallidum pode ocasionalmente ser
identificado em lesões gomosas.
Sífilis terciária
163. • As lesões gomosas raramente se curam
de maneira espontânea.
• Por outro lado, rapidamente se resolvem
com terapia antibiótica apropriada.
Sífilis terciária
164.
165.
166.
167. • A menos que afete um órgão crítico, a
goma usualmente não causa sérias
complicações.
• Desse fato deriva o termo “sífilis tardia
benigna”.
Sífilis terciária
168.
169. • Sífilis Cardiovascular. Anteriormente ao
advento da penicilinoterapia, a maioria
das mortes atribuídas à sífilis eram
creditadas ao envolvimento cárdio-
vascular.
Sífilis terciária
170. • Complicações neurológicas tardias. No
intervalo de 5 a 10 anos da infecção inicial
não-tratada, a invasão precoce do SNC
pode progredir à sífilis meningo-vascular.
• Sua complicação mais temida é o AVC.
Sífilis terciária
171. • Antes desse desfecho, os indivíduos podem
experimentar vertigem, insônia e mudanças de
personalidade.
• Esses sintomas são seguidos de envolvimento
arterial que pode ser generalizado ou focal.
• Perda de consciência e convulsões podem estar
presentes.
Sífilis terciária
172. • Sífilis parenquimatosa tardia,
apresentando-se como paresia
generalizada ou tabes dorsalis, surge 2 a
3 décadas após a infecção.
Sífilis terciária
173. Podem ser observadas:
• mudanças de personalidade
• instabilidade emocional
• perda de memória
• Alucinações
• reflexos exautados.
Sífilis terciária
174. Demora décadas para se instalar!!!
• Envolvimento das colunas posteriores da
medula espinhal e do gânglio da raiz
dorsal causam tabes dorsalis.
• Suas manifestações são representadas
por ataxia nos MMII, parestesia e vômito
ou dor abdominal.
175. • Marcha com base alargada freqüentemente
resulta da perda de percepção de posição e da
sensibilidade vibratória.
• Perda das sensibilidades térmica e de dor
profunda podem ocorrer.
• Como resultado, pode se desenvolver junta de
Charcot (lesões tróficas nos tornozelos, joelhos
e quadril).
Sífilis terciária
176. Envolvimento do SNC
• Classicamente, as complicações
neurológicas da sífilis tem sido associadas
com o terciarismo.
• No entanto, inúmeros estudos
demonstram a penetração do T. pallidum,
no SNC, já em estados precoces da
doença.
177. LCR
• Neurossífilis pode ser definida pelo
aumento de proteínas e leucócitos e
VDRL positivo no líquor.
178. LCR
• T. pallidum pode ser detectado, no líquor
de muitos pacientes com sífilis, muito
precocemente.
• Nesse momento, outras alterações (como
pleocitose) ainda não são perceptíveis.
179. LCR
• Em torno de 40% dos pacientes de sífilis
precoce e 25% dos pacientes com a forma
latente apresentam, pelo menos, um
critério diagnóstico de neurossífilis.
180. LCR
• As implicações prognósticas da invasão
do líquor são difíceis de determinar.
• A maioria das pessoas com invasão do
líquor parece resolver ou controlar esse
aspecto da infecção.
181. LCR
• Não há indicadores conhecidos para o
subseqüente desenvolvimento de
neurossífilis.
182. Aqui: com certeza punção
• O exame do líquido cefalorraquidiano (LCR)
deverá ser indicado nos pacientes que tenham o
diagnóstico sorológico de sífilis recente ou tardia
com sintomas neurais.
• Também é de importância em pacientes que
mantiverem reações sorológicas sangüíneas
apresentando títulos elevados após o
tratamento correto.
183. Meningite!!!
• Os sintomas típicos de meningite aguda
precoce incluem febre, dor de cabeça,
náusea, vômito e rigidez de nuca.
• Envolvimento de pares cranianos pode
resultar em distúrbios visuais (incluindo
visão turva e fotofobia), perda auditiva e
fraqueza dos músculos da mímica.
184. Neurossífilis
• Sintomas precoces de neurossífilis podem
ocorrer simultaneamente com aqueles
ligados às formas primárias ou
secundárias.
• Podem, ainda, ser observados após a
resolução da forma secundária.
185. • Uveíte e tontura podem ocorrer.
• Raramente, indivíduos com neurossífilis
precoce reportam perda de memória e
confusão mental.
Neurossífilis
186. • Na década após o reconhecimento da
infecção pelo HIV, alguns investigadores
alegaram que os sintomas da neurossífilis
são exacerbados em indivíduos infectados
pelo HIV.
• No entanto, essa visão não recebeu
suporte de estudos mais amplos e mais
recentes.
Neurossífilis
187. • Faltam subsídios que confirmem a
associação entre o status quanto ao HIV e
a severidade da doença neurológica.
• No entanto, particularmente naqueles com
infecção concorrente por HIV, a terapia
habitual com penicilina benzatina pode
não ser suficiente para resolver a
infecção.
Neurossífilis
188. Aqui: questiona-se
• A punção lombar nos casos de sífilis
latente tardia (mais de um ano de duração
ou de duração desconhecida) e em
pacientes HIV-positivos independente do
estágio da sífilis tem sido questionada,
embora mantida como recomendação nos
manuais de controle.
189. • Nenhum teste sorológico isoladamente é
seguro no diagnóstico da neurossífilis.
Neurossífilis
190. 3 critérios presentes para fechar
diagnóstico
• O diagnóstico é feito pela combinação de:
Positividade à prova sorológica
Aumento da celularidade (maior que 10
linfócitos/ml)
Aumento das proteínas no LCR (superior
a 40mg/dl).
191. • O VDRL é a prova recomendada para o
exame do líquor.
Neurossífilis
192. • O VDRL no líquor tem baixa sensibilidade (30-
47% falso-negativo) e alta especificidade.
• O FTA-ABS pode ser positivo pela passagem de
anticorpos por difusão do sangue para o LCR
em pacientes com sífilis.
• Porém é um teste altamente sensível, e a
neurossífilis poderá ser excluída diante de um
FTA-ABS negativo.
Neurossífilis
193. • Em pacientes HIV-positivos, o exame do
LCR deverá considerar que alterações na
contagem de células e na dosagem de
proteínas isoladamente poderão ser
atribuídas ao comprometimento
neurológico do vírus HIV.
Neurossífilis
194. Sífilis terciária
• Hoje em dia, tendo em vista que a
antibioticoterapia coincidente é comum, as
manifestações tardias da sífilis são
raramente vistas.
195. Sífilis congênita
• T. pallidum pode ser transmitido da
corrente sanguínea da mãe infectada para
seu feto em desenvolvimento em qualquer
momento na gestação.
• No entanto, o risco de infecção fetal é
muito maior na sífilis materna precoce
(primeiro ano) que nas formas tardias.
196. • Terapia antibiótica da mãe durante os
primeiros 2 trimestres é usualmente
suficiente para prevenir desdobramentos
negativos.
• Mas o tratamento tardio ou a ausência de
tratamento podem trazer danos ao feto.
Sífilis congênita
197. Acredita-se que os efeitos destrutivos se
devam à resposta imune do feto incluindo:
• Aborto espontâneo
• Natimorto
• Parto prematuro
Sífilis congênita
198. • Crianças afetadas apresentam-se com
baixo peso ao nascimento.
Sífilis congênita
199. • Hemorragia pulmonar, secundária à
infecção bacteriana, e severa hepatite
causam morte de aproximadamente 4%
das crianças infectadas pelo T. pallidum
logo após o nascimento.
Sífilis congênita
200. • Por outro lado, crianças expostas a
pequenas quantidades do treponema, em
meses adiantados da gestação,
manifestarão apenas sífilis congênita
tardia.
Sífilis congênita
201. Assim como na doença do adulto, sífilis
congênita é dividida em 2 estágios:
• manifestações precoces aparecem nos
primeiros 2 anos de vida; e
• aquelas tardias depois dos 2 anos, além
dos estigmas residuais.
Sífilis congênita
202. • Manifestações precoces são infecciosas e
se assemelham aos sintomas severos do
secundarismo no adulto.
• Usualmente, tornam-se aparentes depois
de 2 a 10 semanas do parto.
Sífilis congênita
203. • O primeiro sintoma visto em mais de 50%
dos recém-nascidos com sífilis congênita
é a obstrução nasal/rinorréia.
Sífilis congênita
204. • A invasão pelo T. pallidum da mucosa
nasal pode causar rinite com descarga
esbranquiçada, às vezes, acompanhada
de laivos de sangue.
• T. pallidum pode, adicionalmente, invadir
os ossos, a cartilagem do nariz e o pálato,
levando à destruição gomosa mais
tardiamente na vida.
Sífilis congênita
205. Pênfigo sifilítico
• Crianças com sífilis congênita comumente
apresentam lesões de pele que se
assemelham à doença secundária.
• Algumas vezes acompanham-se de
descamação da pele das palmas e
plantas, condiloma plano e placas
mucosas.
206. • Outras evidências de infecção incluem:
anemia
hepatoesplenomegalia
envolvimento renal
icterícia
Sífilis congênita
207. • Osteocondrite dos ossos longos pode
levar à dor e ausência de movimentação
das extremidades superiores e inferiores
(pseudoparalisia de Parrot).
• Radiografia dos osso longos pode ser útil
na confirmação diagnóstica.
Sífilis congênita
208. • Manifestações tardias de sífilis congênita
ocorrem depois dos 2 anos de vida.
• Entre as idades de 5 a 25 anos, ceratite
intersticial pode causar danos à córnea e
a íris e dano ao oitavo par craniano com
surdez.
Quando o contato é tardio e/ou com
pequena quantidade de treponemas...
209. Neurossífilis assintomática ou sintomática
Artropatia
Efusão bilateral de joelhos e cotovelos
(junta de Clutton)
Periostite gomosa do palato e septo nasal
Sífilis congênita
210. • Dentes de Hutchinson (acometimento dos
incisivos) correspondem a outra
característica estigmatizante da sífilis
congênita.
• Outras deformidades dentárias, nariz em
cela e tíbia em sabre podem ocorrer.
Sífilis congênita
213. HIV
• A presença do VDRL reagente nos
portadores dessa infecção viral foi descrita
entre 2,6 e 8,8% dos doentes, sendo
maior entre os homens.
214. • Nos doentes infectados pelo HIV, recomenda-se
o exame a cada três meses.
• A reversão do VDRL é similar à dos doentes
HIV-negativos e não está relacionada à
contagem sérica dos linfócitos T CD4, embora a
evolução seja mais rápida e agressiva e o
tratamento mais demorado.
HIV
215. HIV
• VDRL falso-positivo foi descrito como 10
vezes mais freqüente nessa população.
• Quando isso ocorrer, o teste deve ser
repetido e, na maioria das vezes, torna-se
negativo em até 10 semanas.
216. • O exame anti-HIV é recomendado para
todos os pacientes com Sífilis.
219. O VDRL continua a ser utilizado, mas não
oferece vantagens em relação ao RPR
para o diagnóstico de lues.
Diagnóstico
220. • As sensibilidades do RPR e do VDRL
dependem do estágio da doença.
Diagnóstico
221. • A sensibilidade do RPR e do VDRL, na
sífilis primária, estão na casa dos 86% e
78% respectivamente.
• Na sífilis secundária, a sensibilidade de
ambos aproxima-se dos 100%.
Diagnóstico
222. RPR e VDRL falso positivos
• A reatividade dos anticorpos antilipídicos
aumenta como resultado de dano tissular de
uma infecção recente ou atual (como na
hepatite).
• Na hanseníase, a positividade é observada em
40% dos virchowianos.
• O mesmo evento pode ser observado quando
há doenças autoimunes subjacentes, como
artrite reumatóide e LES.
223. • Tendo em vista que os auto-anticorpos
ascendem como resultado do processo de
envelhecimento, as pessoas mais velhas
estão sob o risco da falsa positividade.
Diagnóstico
224. • Os títulos do VDRL são considerados
positivos quando 1/16 ou superiores.
Diagnóstico
225. • Títulos inferiores são considerados falso-
positivos, quando os testes treponêmicos
forem negativos.
• Algumas condições estão associadas com
VDRL reagente e ELISA não reagente,
sem história prévia de sífilis.
Diagnóstico
226. • As reações específicas, como FTA-ABS e
ELISA, raramente são falso-reagentes,
exceto em casos específicos, como na
borreliose de Lyme.
• Nessa situação, o FTA-ABS é positivo e o
VDRL geralmente é negativo.
Diagnóstico
227. Como é a sífilis latente precoce?
• Pacientes com VDRL e ELISA positivos,
com história prévia de sífilis de até 12
meses e que apresentam VDRL com
titulação de 1/8 ou inferior, são
classificados como portadores da sífilis
latente precoce.
228. E a tardia?
• Aqueles com VDRL e ELISA positivos,
sem história prévia de sífilis são tidos
como portadores da sífilis latente tardia.
229. • A presença de grande quantidade de anticorpos
pode evitar que haja floculação no soro puro
(falso-negativo).
• Nessas ocasiões, a diluição do soro tornará a
reação positiva.
• Esse fenômeno é chamado de "efeito prozona"
e acontece em 1% dos doentes com
secundarismo sifilítico, não sendo observado
nos testes treponêmicos.
Diagnóstico
230. Seguimento
• O VDRL é indispensável no seguimento
pós-tratamento da sífilis.
• Recomenda-se o exame a cada 3 meses,
no primeiro ano, e a cada seis meses, até
o final do segundo ano.
231. 4 para 3 e 8 para 6 [2x(4 e 3)]
Os títulos diminuem quatro vezes após três
meses e oito vezes aos seis meses.
232. • Outros autores relataram que o teste
permaneceu positivo em 16,47%, 11,38% e
6,6% nos casos de doença primária, e em
27,57%, 17,25% e 8,39% nas formas
secundárias, respectivamente, em seis, 12 e 30
meses após o tratamento.
• Entretanto, é necessário que se saiba
diferenciar entre a persistência do exame
reagente e a re-infecção pelo T.pallidum.
Seguimento
234. 63,6% reinfectam-se!!!
• Há dados publicados referindo 63,6% de
novas infecções em pessoas que já a
haviam tratado anteriormente, sugerindo
que as práticas para o sexo seguro não
vêm sendo respeitadas.
235. Quando qualquer outra DST é
diagnosticada, incluindo a infecção pelo
HIV, a pesquisa sorológica para sífilis é
obrigatória.
Seguimento
236. Implicações do controle da sífilis
Tratamento da Infecção
• Depois de 60 anos de uso, a penicilina
continua a droga de escolha no
tratamento da sífilis.
• Diversas proteínas do T. pallidum podem
se ligar à penicilina.
237. Tratamento
• As proteínas que se ligam à penicilina
freqüentemente funcionam na síntese da
parede celular.
• Portanto, a penicilina mata bactérias
susceptíveis, interferindo na produção de
suas paredes.
238. Lembrar das grávidas!!!
• Guidelines publicados pelo CDC
especificam doxiciclina ou tetraciclina
orais como tratamentos alternativos para
alergia à penicilina.
• Exceção deve ser feita às mulheres
grávidas.
239. • Resistência aos Macrolídeos
• Nos anos 1990, azitromicina emergiu
como alternativa particularmente atraente
à terapia com penicilina para sífilis.
Tratamento
240. • Azitromicina é dada por via oral, em
contraste à penicilina benzatina que deve
ser depositada, por via intra-muscular, em
um grande volume.
• A sífilis precoce parece responder bem à
dose única de azitromicina e grandes
ensaios com azitromicina estão em
execução.
Tratamento
241. • Recentemente, no entanto, um estudo
com amostras de T. pallidum de pacientes
identificou cepas bacterianas resistentes.
• Demonstrou-se que essa resistência está
associada com mutação de uma única
base no gene 23S rRNA.
Tratamento
242. • A resistência aos macrolídeos foi demonstrada
em altos percentuais em São Francisco (37%
das amostras em 2003) e Dublin (88% das
amostras em 2002) e menor, mas presente, em
outras cidades.
• Em cidades com altas taxas de cepas
resistentes, a penicilina deverá continuar sendo
a droga de escolha.
Tratamento
243. Desenvolvimento de Vacina
• A infecção pela sífilis aumenta o risco de
transmitir e adquirir HIV.
• Não apenas as lesões de sífilis são uma porta
de entrada para o HIV, mas as células do
sistema imune que carregam e são susceptíveis
ao vírus, macrófagos e células T, são
encontradas em abundância nas lesões de lues.
Tratamento
244. • A prevenção da sífilis auxiliaria na
diminuição da escalada de casos de
infecções pelo HIV e, certamente,
preveniria sífilis congênita.
Tratamento
245. • Até o momento, apenas um estudo com
animais demonstrou proteção completa
contra infecção pelo T. pallidum.
• O regime de imunização, 60 inoculações
intra-venosas com T.pallidum irradiado,
em 37 semanas, foi tão longo, caro e
trabalhoso que se mostrou impraticável.
246. • Outros regimes de imunização tentados
induziram imunidade parcial, demonstrada
pelo desenvolvimento atenuado e rápida
cicatrização das lesões.
• Essa falta de proteção completa, mesmo
com altos títulos de anticorpos, sugere
que a resposta imune-celular é crítica no
clareamento precoce do T. pallidum.
248. Tratamento
• A falência terapêutica é rara.
• Regularmente responde a um segundo
curso de penicilina nas mesmas doses ou
em doses mais altas.
249. • Penicilina parenteral é o único tratamento
com eficácia documentada na
neurossífilis, na infecção por HIV e na
gravidez.
Tratamento
250. • Penicilina oral pode produzir níveis
tissulares e séricos adequados.
• Não é recomendada por causa da sua
reduzida eficácia e pela falta de aderência
ao tratamento.
Tratamento
251. • Tetraciclina, macrolídeos e cefalosporinas de
terceira geração podem ser utilizados no
tratamento da sífilis, entretanto suas eficácias
terapêuticas são menores que a da penicilina.
• Doxiciclina também é utilizada no tratamento da
sífilis e apresenta uma melhor aderência ao
tratamento e absorção do que a tetraciclina.
Tratamento
256. • As gestantes tratadas requerem seguimento
sorológico quantitativo mensal durante a
gestação.
• Devem ser novamente tratadas se não houver
resposta ou se houver aumento de pelo menos
duas diluições na titulação.
• As gestantes com história comprovada de
alergia à penicilina devem ser dessensibilizadas
Tratamento
257. • Na impossibilidade, deve ser administrada
a eritromicina na forma de estearato, mas
o feto será considerado não tratado e
deverá ser notificado caso de sífilis
congênita.
Tratamento
258. Conclusão dos Anais!!!
• Embora haja publicações sugerindo que a
azitromicina seja eficaz no tratamento da sífilis,
já foi mostrada resistência do Treponema a este
antimicrobiano macrolídeo e seu uso não foi
estudado na prevenção de sífilis congênita
(Passos et al., 2004; CDC 2004a; Kiddugavu et
al., 2005).
• Até que evidências mais claras estejam
disponíveis, não se recomenda seu uso em
substituição à penicilina.
259. Tratamento preventivo
• Indivíduos que tiveram contato com
doentes comprovadamente com sífilis
podem receber, profilaticamente, uma
injeção de Penicilina G benzatina de 2,4
milhões de unidades.
Tratamento
260. Último lembrete!!!
As DST de notificação compulsória são:
AIDS
HIV na gestante/criança exposta
sífilis na gestação
sífilis congênita
264. • 17. Sobre as reações sorológicas para sífilis,
é correto afirmar que:
a) no fenômeno prozona, os altos níveis de
antígeno impedem que a floculação ocorra
b) os resultados falso-positivos ocorrem muito
precocemente na infecção secundária
c) o VDRL se positiva 4 a 5 semanas após a
infecção e pode-se negativar na latência tardia
d) os resultados falso-positivos ocorrem
tardiamente na infecção secundária
267. • 48. Foram internados, na enfermaria de
Dermatologia, dois irmãos de 15 e 17 anos
de idade, ambos com quadro de mal
perfurante plantar, analgesia dos membros
inferiores e deformidades nos artelhos por
acrosteólise. O diagnóstico mais provável é:
a) sífilis congênita tardia
b) diabetes descompensado
c) síndrome de Thévenard
d) hanseníase tuberculóide
268. • A doença de Thévenard ou acropatia ulceromutilante
familial é uma síndrome autossômica dominante
composta de neuropatia sensorial e alteraçoes tróficas
dos membros inferiores.
• A sintomatologia pode iniciar-se em qualquer período da
infância.
• A reduçao da sensibilidade é bilateral e simétrica,
enquanto a motricidade permanece intacta.
270. • 59. Segundo o Ministério da Saúde, no tratamento da
sífilis congênita neonatal, deve-se administrar:
a) penicilina cristalina 150.000U/kg/dia IV, em 2-3 vezes
por 14 dias, nos pacientes com alteração liquórica
b) penicilina G procaína 50.000U/kg, IM por 7 dias, nos
pacientes com alteração liquórica
c) penicilina benzatina 50.000U/kg IM em dose única
nos pacientes com clínica e VDRL positivo
d) penicilina cristalina 100.000U/kg/dia IV, em 2-3 vezes
por 7-10 dias, nos pacientes sem clínica e com VDRL
negativo
274. • 67. T03 - Na sífilis congênita:
a) recomenda-se realizar o exame do LCR em todos os
casos que se enquadrem na definição de caso
b) a sorologia do LCR em todos os casos que se
enquadrem na definição de caso
c) a sorologia do LCR deve ser repetida de 3/3 meses,
pois é muito comum a recidiva após o tratamento
d) não há necessidade de sorologia do LCR pelo fato de
a conduta terapêutica não depender da confirmação de
neurossífilis
e) a sorologia do LCr só é importante para crianças com
mais de 3 anos de idade
276. • 81. P08 - Segundo os estudos clássicos
da história natural da sífilis, que
porcentagem aproximada de doentes
não tratados evoluirão para sífilis
cardiovascular?
a) 50%
b) 40%
c) 60%
d) 10%
e) 20%
278. • 95 - Das doenças abaixo relacionadas,
qual é indicativa da presença de AIDS
(critério CDC modificado)?
a) dermatofitose disseminada
b) criptococose extrapulmonar
c) púrpuras disseminadas
d) herpes zoster
e) sífilis secundária
279. CRITÉRIO CDC MODIFICADO
Será considerado Caso de AIDS, todo indivíduo que apresentar evidência
laboratorial de infecção pelo HIV, independentemente da presença de outras causas
de imunodeficiência, no qual seja Dx pelo menos 1 doença indicativa de AIDS:
• candidíase da traquéia, brônquios ou pulmão: método Dx: endoscopia ou
biópsia.
• CMV (em local que não o olho): método Dx: biópsia.
• criptococose extra-pulmonar: método Dx: cultura ou detecção de antígeno.
• criptosporidíase com diarréia por um período Ý 1 mês: método Dx : biópsia.
• HSV dos brônquios, pulmão ou do gastrointestinal: método Dx: biópsia ou
detecção de antígeno.
• histoplasmose disseminada: método Dx: cultura ou detecção de antígeno.
• isosporíase com diarréia persistente: método Dx: biópsia.
• leucoencefalopatia multifocal progressiva: método Dx: biópsia.
• linfoma primário do cérebro: método Dx: biópsia.
• outro linfoma não-Hodgkin de células B: método Dx: biópsia.
• micobacteriose (não TB): método Dx: cultura.
• septicemia recorrente por salmonela (não tifóide): método Dx: cultura.
281. • 48. Assinale a doença que se
caracteriza por ser auto-inoculável:
a) sífilis
b) herpes no imunocompetente
c) cancróide
d) linfogranuloma
e) papulose bowenóide
283. • 49. A introdução do primeiro
tratamento quimioterápico eficiente
para a sífilis deve-se a:
a) Fracastoro
b) Ehrlich
c) Hoffmann
d) Wassermann
e) Schaudinn
284. • As the disease became better understood,
more effective treatments were found. The
first antibiotic to be used for treating
disease was the arsenic-containing drug
Salvarsan, developed in 1908 by
Sahachiro Hata while working in the
laboratory of Nobel prize winner Paul
Ehrlich.
287. • 81. Em relação à resposta humoral na sífilis
adquirida, é correto afirmar que:
a) o IgG é o primeiro anticorpo produzido e é
detectável após a 2ª semana
b) o IgM é o primeiro anticorpo produzido e é
detectável após a 2ª semana
c) o IgM e IgG só são detectáveis após a 4ª ou
5ª semana
d) o IgG é o segundo anticorpo produzido e seu
título baixa mais precocemente do que o IgM
e) o IgM é o primeiro anticorpo produzido e seu
título baixa mais tardiamente do que o IgG
289. Inadequadamente tratada!!!
• 89. Na sífilis da gestante alérgica à
penicilina, assinale qual das drogas
abaixo poderá ser escolhida para
tratamento e profilaxia:
a) tetraciclina
b) gentamicina
c) estreptomicina
d) ceftriaxona
e) estolato de eritromicina
291. • 19. Segundo estudos da história natural
da sífilis, que porcentagem aproximada de
doentes não-tratados ficará curada ou
permanecerá com a afecção latente ?
a) 5
b) 10
c) 20
d) 40
e) 60
293. • 20. Sabendo-se das condições
necessárias para o surgimento do
condiloma plano, é possível encontrá-lo
a) na fronte
b) nos interpododáctilos
c) no braço
d) no dorso
e) na perna
295. • 21. Criança de 7 anos apresenta lesões
papuloerosivas perianais e sorologia para lues
com altos títulos. Qual o diagnóstico ?
a) Sífilis congênita recente
b) Sífilis congênita tardia
c) Sífilis secundária
d) Sífilis congênita recente com condiloma
acuminado
e) Sífilis congênita tardia com condiloma
acuminado
297. • 22. Indivíduo do sexo masculino apresenta-se,
ao exame clínico, com adenopatia flegmásica
unilateral. Refere relações heterossexuais sem
proteção mecânica, febre e artralgias prévias
discretas. O título da reação solicitada foi de 1
para 64. Qual a doença e a reação efetuada ?
a) Sífilis – VDRL
b) Linfogranuloma venéreo – fixação de
complemento
c) Cancróide – reação de Ito-Reenstierna
d) Donovanose – reação de Donovan
e) Herpes simples – titulação de IgG
299. • LINFOGRANULOMA VENÉREO
• CONCEITO
• Doença infecciosa de transmissão
exclusivamente sexual, conhecida
popularmente como "mula".
• Caracterizada pela presença de bubão
inguinal, com período de incubação entre
3 e 30 dias.
301. QUADRO CLÍNICO
• A evolução da doença ocorre em 3 fases: lesão de
inoculação, disseminação linfática regional e seqüelas.
• Lesão de inoculação
• Inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que
desaparece sem deixar seqüela.
• Freqüentemente não é notada pelo paciente, e
raramente é observada pelo médico.
• Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e
prepúcio; na mulher, na parede vaginal posterior, colo
uterino, fúrcula e outras partes de genitália externa.
302. Disseminação Linfática Regional
• No homem, a linfadenopatia inguinal desenvolve-se entre 1 a 6 semanas após a
lesão inicial, sendo geralmente unilateral (em 70% dos casos), e constituindo-se no
principal motivo da consulta.
• Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação:
• na genitália externa - linfonodos inguinais superficiais;
• terço inferior da vagina - linfonodos pélvicos;
• terço médio da vagina - linfonodos entre o reto e a artéria ilíaca interna; ou
• terço superior da vagina e colo uterino - linfonodos ilíacos.
• O comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios
múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em
uma grande massa.
• A lesão primária na região anal pode levar à proctite e proctocolite hemorrágica. O
contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia
regional.
• Sintomas gerais: febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese
noturna e meningismo.
303. Seqüelas
• Ocorrem mais freqüente na mulher e
homossexuais masculinos, devido ao
acometimento do reto. A obstrução
linfática crônica leva à elefantíase genital,
que na mulher é denominada estiômeno.
Podem ocorrer fístulas retais, vaginais,
vesicais e estenose retal.
305. • TRATAMENTO
• Azitromicina 1 g, VO, dose única; ou
• Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, no mínimo por
14 dias; ou
• Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprim 160 mg, VO, de
12/12 horas, no mínimo por 14 dias; ou
• Tianfenicol 0,5 g, VO, de 8/8 horas, por 14 dias; ou
• Eritromicina 500mg, VO, de 6/6 horas, por 14 a 21 dias.
306. • 27. Gestante de 33 semanas contamina-
se com baixa carga infectante de
Treponema pallidum; para o feto espera-
se, mais provavelmente, que
a) seja abortado
b) tenha sífilis congênita recente
c) apresente sífilis congênita tardia
d) mostre normalidade
e) não sobreviva
308. • 46. No tratamento da sífilis, a reação de
Jarisch-Herxheimer pode ocorrer
a) no final da terapêutica com penicilina
b) quando se utilizar procaína associada a
antibiótico
c) com o uso de anti-histamínico
d) com a liberação maciça de antígenos
treponêmicos
e) somente na sífilis primária
309. • Após a dose terapêutica inicial na doença, poderá surgir
a reação febril de Jarisch-
Herxheimer, com exacerbação das lesões
cutâneas e involução espontânea em 12 a 48 horas.
• Geralmente exige apenas cuidado sintomático e não se
justifica a interrupção do esquema terapêutico.
• Essa reação não significa hipersensibilidade à droga;
todo paciente com sífilis submetido à terapêutica
penicilínica deve ser alertado quanto à possibilidade de
desenvolver tal reação.
311. • 32. O exame sorológico de maior
especificidade para sífilis é:
a) TPI (teste de imobilização);
b) VDRL (reagina);
c) FTA-abs (fluorescência);
d) Hemaglutinação;
e) Wassermann.
313. • 33. O sinal clínico mais importante na
sífilis congênita recente é:
a) adenopatia generalizada;
b) rinite;
c) pênfigo sifilítico;
d) dactilite;
e) uveíte anterior.
315. • 34. A sifílide em corimbo:
a) corresponde à sifílide pustulosa
supurativa;
b) é característica da sífilis tardia;
c) corresponde ao colar de Vênus;
d) é um tipo de sifílide papulosa;
e) é própria da AIDS.
317. • corimbo
co.rim.bo
sm (gr kórymbos) Bot Modo de
inflorescência em que os pedúnculos das
flores, nascendo de pontos diversos da
haste, se elevam todos ao mesmo nível.
318. • Esta sifilide, outrora chamada "pênfigo sifilítico", localiza-se
preferentemente nas regiões palmares e plantares, mais raramente nos
dedos, podactilos e pernas, e excepcionalmente em outras regiões.
• Representam-se por bolhas de tamanho variado, de poucos milímetros do
diâmetro, ou maiores, podando atingir 2 centímetros, ou mesmo mais
quando várias bolhas confluem, caso em que toma a lesão um contorno
irregular.
• As bolhas são túrgidas ou flácidas conforme a idade do elemento; seu
conteúdo é citrino, purulento ou hemorrágico, e assentam sôbre pele de
coloração arroxeada.
• Quando se rompem, observa-se uma superfície lisa, circular, úmida,
vermelha, rodeada de retalhos de epiderme descolada, mas em outros
casos verifica-se a formação de crostas escuras, formadas pela
dessecação do conteúdo líquido da lesão.
319. • Descrevem ainda esses autores, dentro do quadro da
"sifílide eritêmato-papulosa polimórfica", uma variedade
frustra, uma variedade circinada, uma variedade
psoriasiforme e ainda variedades regionais, conforme se
localizam na face, nas regiões palmares e plantares ou
nas regiões úmidas da pele.
• DENIE e PAKULA, embora fugindo às descrições dos
sifilógrafos francêses, assinalam também numerosos
tipos: papuloso, liquenóide, folicular, pustuloso,
varioliforme, impetiginóide, corimbiforme, nodular ou
lenticular e anular.
320. • 71. Um teste falso-positivo, com incidência
aproximada de 40% para VDRL (sífilis)
pode ocorrer em:
a) cancróide;
b) hanseníase Virchowiana;
c) doença crônica hepática;
d) esclerodermia;
e) leishmaniose.
322. • 73. Sobre a sífilis, é incorreto afirmar que:
a) a reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer
após injeção de penicilina;
b) o tratamento da grávida portadora de sífilis,
alérgica a penicilina, deve ser feito com
estearato de eritromicina;
c) a reação sorológica especifica (FTA - ABS) é
a última a se tornar negativa;
d) uma elevação acentuada do título sorológico
indica recidiva ou reinfecção;
e) os títulos das reações sorológicas na Lues
tardia são baixos ou podem ser negativos.
325. • 76. Indique qual dos seguintes testes
oferece melhores resultados para o
diagnóstico da sífilis congênita precoce:
a) FTA-ABS;
b) FTA-ABS IgG;
c) FTA-ABS IgM;
d) TPI;
e) reação de Wasserman.
327. • 77. A sífilis maligna precoce:
a) é uma forma de sífilis secundária
ocorrendo mais comumente em indivíduos
imunocomprometidos;
b) é uma forma de sífilis congênita;
c) é uma forma de sífilis terciária;
d) acomete somente doentes de AIDS;
e) é associação de Lues II com outra DST.
329. • 37. Dentre as dermatoses a seguir,
assinale a que pode ocasionar uma
alopecia cicatricial:
a) líquen plano
b) psoríase
c) pitiríase rubra pilar
d) dermatomiosite
e) sífilis secundária
331. • 59. As "linhas de MEE" são estriações das
unhas, brancas e transversais, que podem
ser encontradas em qual afecção?
a) Líquen plano ungueal
b) Psoríase ungueal
c) Eczema atópico
d) Melanose arsenical
e) Sífilis secundária
335. • 64. Quanto à sífilis, é incorreto afirmar que:
a) a possibilidade de contágio no ato sexual
contaminado é de 50%
b) na vigência do cancro, a primeira prova a se
positivar é o FTA (campo escuro?)
c) o treponema resiste pouco a sabões ou
sabonetes
d) o condiloma plano ocorre nas regiões
quentes e úmidas do tegumento
e) sífilis e cancróide têm o mesmo potencial de
infectividade pelo HIV
337. • 69. Principal diagnóstico diferencial da
sifílide elegante; característica do eritema
sifilítico; e sintoma sempre ausente na
sífilis são, respectivamente:
a) dermatite seborréica; triste; prurido
b) dermatofitose; rubro; dores
c) rosácea; roseoliforme; dores
d) eritema anular; triste; prurido
e) eritema polimorfo; roseoliforme; prurido
339. • 72. Sobre a co-infecção sífilis-HIV, não é correto afirmar
que:
a) usualmente os sinais clínicos na sífilis secundária são
semelhantes aos dos não co-infectados
b) é recomendável manter níveis séricos de penicilina
por meses
c) está descrita a coexistência de cancro duro com
"tabes dorsalis"
d) há maior demora na reversão sorológica do co-
infectado
e) a maior parte dos casos de sífilis ocular ocorre nos
co-infectados
341. • 10. A reação do PCR (reação da
polimerase em cadeia) é útil:
a) Na diferenciação da reação hansênica
b) Na diagnose da hanseníase de Lúcio
c) Para detectar a presença de quantidade
mínima de Mycobacterium leprae
d) Para firmar o diagnóstico de Eritema
nodoso
e) Para substituir a lípido-reação usada no
diagnóstico da sífilis
343. • 16. As reações sorológicas lipídicas para
sífilis falso-positivas:
a) Ocorrem com maior frequência no sexo
masculino
b) Ocorrem somente nos processos
infecciosos agudos
c) Não são observadas na gestação
d) São frequentes nas colagenoses
e) São igualmente freqüentes na reação
de imobilização (TPI)
345. • 19. Quanto à sífilis, analise as frases corretas e incorretas:
I - A primeira reação sorológica a se positivar após a infecção é o
FTA - abs;
II - Pode acometer os pêlos - sinal de Fournier e alopecia em
clareira - no período secundário;
III - Apresenta tendência a formar arcos de círculo nas lesões
periorificiais de indivíduos da raça branca em seu estágio
secundário;
IV - No secundarismo podem ocorrer lesões semelhantes ao
"pérléche" ou comissurite; e
V - Quando ocorre a reação de Jarisch - Herxheimer deve-se mudar
a terapêutica anti - luética.
a) III e V estão incorretas
b) I e III estão incorretas
c) I, IV e V estão incorretas
d) II, IV e V estão incorretas
e) Todas estão corretas
347. • 14. Na sífilis secundária, não é verdadeiro o fato
de:
a) existirem linfadenopatias em mais de 85%
dos pacientes
b) haver hepatite em cerca de 10% dos casos
c) poder existir dano do 8o par craniano, com
surdez neurosensorial
d) haver glomerulonefrite difusa aguda,
regredindo com a terapêutica
e) ser a irite a complicação mais comum nos
olhos, em cerca de 3% dos casos
349. • 19. No doente com HIV positivo e sífilis
secundária, é indicado:
a) penicilina benzatina em dose baixa, por
longo período (mínimo de seis meses)
b) penicilina benzatina em doses altas
c) penicilina cristalina
d) eritromicina
e) tetraciclina
353. • The name "syphilis" was coined by the
Italian physician and poet Girolamo
Fracastoro in his epic noted poem, written
in Latin, entitled Syphilis sive morbus
gallicus (Latin for "Syphilis or The French
Disease") in 1530. The protagonist of the
poem is a shepherd named Syphilus
(perhaps a variant spelling of Sipylus, a
character in Ovid's Metamorphoses).
354. • Syphilus is presented as the first man to
contract the disease, sent by the god
Apollo as punishment for the defiance that
Syphilus and his followers had shown him.
From this character Fracastoro derived a
new name for the disease, which he also
used in his medical text De Contagionibus
("On Contagious Diseases").[1]
355. • Until that time, as Fracastoro notes,
syphilis had been called the "French
disease" in Italy and Germany, and the
"Italian disease" in France. In addition, the
Dutch called it the "Spanish disease", the
Russians called it the "Polish disease", the
Turks called it the "Christian disease" or
"Frank disease" (frengi) and the Tahitians
called it the "British disease".
356. • These 'national' names are due to the
disease often being present among
invading armies or sea crews, due to the
high instance of unprotected sexual
contact with prostitutes.
357. • The terms "Lues" (or Lues venerea, Latin
for "venereal plague") and "Cupid's
disease" have also been used to refer to
syphilis.
358. • 1. O tempo de divisão do T. pallidum é
aproximadamente:
• 12 horas
• 30 horas
• 7 dias
• 14 dias
362. • 3. As lesões da sífilis secundária
importantes como fontes de contágio são:
• as tuberocircinadas
• as lesões faciais da sífilis “bonita”
• os condilomas da região inguinocrural
• as lesões palmoplantares
368. • 7. Em que período da gravidez ocorre a
infecção do embrião?
• em qualquer fase da gravidez
• no primeiro trimestre da gravidez
• no segundo trimestre da gravidez
• no terceiro trimestre da gravidez
370. • 8. Em crianças nascidas com sífilis
congênita recente uma característica
clínica que pode ajudar na formulação da
hipótese diagnóstica pode ser:
• lesões hipocrômicas cervicais
• presença do cancro junto a lesões secundárias
• rinite mucossangüinolenta
• presença do cancro misto
372. • 9. É considerada uma característica dos
casos de sífilis em pacientes infectados
com o vírus HIV:
• má resposta à penicilina
• evolução para complicações cardiovasculares
• acometimento neural mais freqüente e precoce
• ausência do cancro de inoculação
374. • 10. Para os serviços de saúde pública o
aspecto mais preocupante da associação
entre a sífilis e o vírus HIV é:
• possibilidade precoce do acometimento
neurológico
• necessidade de alteração no esquema de
tratamento recomendado
• maior número de casos de T. pallidum resistente
• as lesões genitais aumentam o risco de
transmissão do vírus HIV
375. • 11. O exame de campo escuro é um
recurso laboratorial que deverá ser usado:
• caso não haja disponibilidade de microscópios
fluorescentes
• no cancro da fase primária
• em lesões gomosas da sífilis terciária
• para confirmar o VDRL
377. • 12. Os casos de falso-negativos em testes
não treponêmicos, chamado efeito
prozona, são devidos a:
• pequeno número de treponemas nessa fase
• pouca especificidade da cardiolipina
• excesso de anticorpos
• soro muito concentrado
379. • 13. Os testes treponêmicos atualmente
são utilizados principalmente:
• na confirmação dos casos de sífilis
• no diagnóstico da neurossífilis
• no controle da cura dos casos de sífilis
• na triagem de casos de sífilis
381. • 14. Os testes rápidos podem significar
relevante auxílio no controle da sífilis. O
teste rápido mais promissor parece ser:
• o teste de imobilização do treponema
• o FTA
• o teste imunocromatográfico
• o Western-blot
382. • 15. Uma gestante foi tratada com
eritromicina 2g/dia por 15 dias. Podemos
dizer do esquema terapêutico utilizado:
• tratamento incompleto; gestantes deveriam ser
tratadas por 30 dias
• em gestante a penicilina é a única droga
considerada efetiva
• tratamento correto se se tratar de um caso de
sífilis primária
• não deve ser usada pelo grande número de efeitos
colaterais
384. • 16. Nos testes laboratoriais da
neurossífilis, o dado mais importante para
definir um diagnóstico da doença é:
• o aumento da celularidade do LCR
• a positividade do teste FTA-ABS
• a positividade do VDRL
• aumento de proteínas no LCR
386. • 17. Qual o mecanismo de ação da
penicilina contra o T. pallidum?
• inibe a síntese do ácido fólico do treponema.
• bloqueia a síntese da parede celular do treponema
• atua diretamente no DNA do treponema
• age no RNA mensageiro no nível dos ribossomas
388. • 18. O esquema de tratamento
preconizado de DST/Aids para os casos
de sífilis latente tardia ou desconhecida é:
• cefatrexione + penicilina benzatina
• penicilina cristalina 3-4 milhões de 4/4 horas.
• Penicilina benzatina, 3 doses semanais de 2 400
000UI
• Penicilina benzatina, 2 doses semanais de 2 400
000UI
390. • 19. A escolha da penicilina benzatina
como droga padrão do tratamento da
sífilis deve-se a:
• baixo custo
• pequena incidência de efeitos colaterais
• capacidade de atravessar a barreira
hematotoencefálica
• manter níveis terapêuticos por longo período
392. • 20. A reação de Jarish-Herxheimer já foi
descrita em outras doenças causadas por
espiroquetas, como a leptospirose e a
doença de Lyme. Marque qual a droga
abaixo que também pode causar a
reação:
• garamicina
• tetraciclina
• cloranfenicol
• cefalosporina