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Sífilis
Introdução
• Desde o seu reconhecimento, como nova
doença, na Europa, no século 15, a sífilis
tem sido objeto de grande interesse.
• Muitos acreditam que a sífilis tenha sido
trazida para a Europa por Colombo,
embora não haja provas dessa teoria.
• Foram os estudos de Philippe Ricord,
publicados em 1838, que lançaram uma
luz sobre o fato de lues e gonorréia serem
doenças distintas.
• O maior mistério da sífilis, no entanto, é
como a espiroqueta causa a diversidade
de manifestações clínicas da doença.
• Sífilis é uma doença crônica e seu único
hospedeiro natural conhecido é o homem.
• A sífilis é causada por uma:
Bactéria chamada Treponema pallidum
Genero Treponema
Família dos Treponemataceae
• Essa família inclui, ainda, dois outros
gêneros: Leptospira e Borrelia.
• O T. pallidum não é cultivável e é
patógeno exclusivo do ser humano.
• No entanto, quando inoculado, pode
causar infecções experimentais em
macacos e ratos.
26h no meio ambiente
• É destruído pelo calor e falta de umidade,
não resistindo muito tempo fora do seu
ambiente (26 horas).
• Divide-se transversalmente a cada 30
horas.
• A pequena diferença de densidade entre o
corpo e a parede do T. pallidum faz com
que seja prejudicada sua visualização à
luz direta no microscópio.
• Cora-se fracamente; daí o nome pálido,
do latim pallidum.
• A penetração do treponema é realizada
por pequenas abrasões decorrentes da
relação sexual.
• Logo após, o treponema atinge o sistema
linfático regional e, por disseminação
hematogênica, outras partes do corpo.
• A resposta de defesa local resulta em
erosão e exulceração no ponto de
inoculação (cancro).
• A disseminação sistêmica resulta na
produção de complexos imunes
circulantes que podem depositar-se em
qualquer órgão.
• Entretanto, a imunidade humoral não tem
capacidade de proteção.
• A imunidade celular é mais tardia,
permitindo ao T. pallidum multiplicar-se e
sobreviver por longos períodos.
A sífilis é doença transmitida:
• Via sexual (sífilis adquirida)
• Verticalmente (sífilis congênita) pela
placenta da mãe para o feto.
• O contato com as lesões contagiantes
(cancro duro e lesões secundárias) pelos
órgãos genitais é responsável por 95%
dos casos de sífilis.
Frisando:
• trata-se de doença adquirida pelo contato
direto, usualmente sexual, com lesões
ativas primárias e secundárias.
• Doutor, meu marido voltou de uma viagem
de 1 ano e diz que está com sífilis.
Quando soube, já era tarde demais.
Brigamos e não sei quando ele pegou.
Tivemos relação no escuro, por isso, não
sei se tinha alguma coisa “estranha” na
pele ou pênis. Tenho risco de pegar sífilis?
• Estudos tem demonstrado que 16 a 30%
dos indivíduos que têm contato sexual
com pessoas infectadas pela sífilis
desenvolvem a infecção.
• A transmissão real pode ser mais alta.
• Segundo o manual de DST do Ministério
da Saúde, 2006, o risco de infecção em
um intercurso sexual é 60% nas lesões de
cancro duro e condiloma plano.
• Outras formas de transmissão mais raras
e com menor interesse epidemiológico
são por via indireta (objetos
contaminados, tatuagem) e por transfusão
sangüínea.
• Nos E.E.U.U., a incidência de sífilis
durante a segunda guerra foi de 500 mil
infecções por ano.
• Entre os anos de 1945 e 2000, a sífilis
declinou para uma média de 31 mil casos
ao ano.
• Desde 2000, houve um aumento no
número de casos de sífilis nos E.E.U.U.,
principalmente entre men who have sex
with men (MSM).
• Similar aumento na sífilis, em MSM, foi
reportado na Europa.
• Epidemias entre MSM estão associadas
com comportamento sexual desprotegido,
provavelmente, em conseqüência das
melhores terapias anti-retrovirais.
• Em pesquisas recentes, 37 a 52% dos
MSM reportaram múltiplos
comportamentos de risco.
• A OMS estima que 12 milhões de novos
casos de lues ocorrem anualmente.
• A grande maioria desses casos é vista em
nações em desenvolvimento.
• Nesses países, a falta de testes pré-natais
e antibioticoterapia de mulheres grávidas
resultam em infecção do feto.
• Sífilis congênita causa:
 aborto espontâneo
 natimorto
 morte no período neonatal
 manifestações na infância
• Um relato recente estima que, na Tanzânia,
mais de 50% dos natimortos são resultado da
sífilis.
Os principais fatores que determinam a
probabilidade de transmissão são:
• estágio da sífilis na mãe
• duração da exposição do feto no útero
• Portanto, a transmissão será maior nas
fases iniciais da doença, quando há mais
espiroquetas na circulação.
• A taxa de transmissão é de 70-100% nas
fases primária e secundária, 40% na fase
latente recente e 10% na latente tardia.
• De particular importância é o
reconhecimento de que pacientes
infectados pela sífilis encontram-se sob
risco muito maior de transmitir e adquirir
HIV.
• A infecção é iniciada quando o T. pallidum
penetra microabrasões dérmicas ou
mucosas intactas, tipicamente resultando
em um cancro duro no sítio da inoculação.
Sífilis primária
O cancro duro é uma lesão:
• erosada ou ulcerada;
• geralmente única;
• indolor;
• com bordas endurecidas;
• fundo liso, brilhante; e
• secreção serosa escassa.
• A lesão tipicamente não é purulenta.
Sífilis primária
Média 3 semanas
• O cancro aparece entre 10 e 90 dias
(média de 21) após o contato sexual
infectante.
• Pode vir acompanhado de:
adenopatia regional não supurativa,
móvel, indolor e múltipla.
Sífilis primária
• No homem, a lesão aparece com maior
freqüência na glande e sulco bálano-
prepucial.
Sífilis primária
Na mulher, dificilmente é detectada nesta fase.
• Quando aparece, é mais comumente
observada nos pequenos lábios, paredes
vaginais e colo uterino.
• Pela localização, pode passar
despercebida.
• São raras, porém ocorrem, as lesões de
inoculação em outras áreas que não a
genital.
Sífilis primária
• 32 a 36% dos homens homossexuais
desenvolvem o cancro em outros sítios,
como reto, canal anal e cavidade oral.
Sífilis primária
• A lesão é altamente infectante, sempre
rica em treponemas, que podem ser
visualizados ao microscópio óptico com
campo escuro.
Sífilis primária
• O cancro é indolor e pode estar localizado
em sítios anatômicos ocultos.
• Dessa forma, o diagnóstico de sífilis, em
mulheres e homossexuais, pode ficar
retardado até que manifestações outras
se tornem aparentes.
Sífilis primária
• O chamado cancro misto de Rollet é o
resultado da infecção conjunta com o
Haemophilus ducreyi (cancro mole).
Sífilis primária
• A avaliação clínica também pode ser
complicada pelo fato de que, em alguns
indivíduos, a aparência do cancro primário
não corresponde à descrição clássica.
Sífilis primária
• Lesões não-induradas, com bordas
irregulares têm sido observadas.
• Também são vistas úlceras múltiplas ou
dolorosas, especialmente na região anal
de indivíduos HIV +.
Sífilis primária
• Tomando-se por base a inoculação intra-
dérmica de voluntários humanos sadios,
com dosagens progressivas de T.
pallidum, a dose para causar infecção em
50% dos contactantes é de 57
espiroquetas.
• As lesões se desenvolvem mais
rapidamente quando a amostra é maior.
Sífilis primária
• O cancro primário cura-se
espontaneamente em 4 a 6 semanas.
• Pode ser discernível, em 15% dos
pacientes, no estabelecimento do
secundarismo.
Sífilis primária
• Pacientes HIV + apresentam um risco 2 a
3 vezes maior de desenvolver
simultaneamente sífilis primária e
secundária.
Sífilis primária
Sífilis secundária
• Dentro de horas da inoculação e durante a
evolução do estágio primário, o T. pallidum
se dissemina amplamente e se deposita
numa variedade de tecidos.
• As manifestações de sífilis secundária
usualmente ocorrem dentro de 3 meses (6
a 8 semanas) da infecção inicial e, às
vezes, são insidiosas.
Sífilis secundária
• Dor de garganta, mialgia, artralgia,
febrícula, adinamia, mal-estar e perda de
peso são exemplos dos variados achados
sistêmicos no secundarismo.
Sífilis secundária
• Linfoadenopatia não-dolorosa
generalizada ocorre em mais de 85% dos
casos.
Sífilis secundária
• Ainda mais comum, no secundarismo, é o
rash muco-cutâneo disseminado.
Sífilis secundária
“Eritema triste”
• Máculas discretas e pálidas aparecem
inicialmente no tronco e extremidades
proximais.
• Sucedem-se lesões de variável morfologia
entre os pacientes.
No momento do diagnóstico, os tipos mais
comuns de lesão na sífilis secundária são:
• máculo-papular (50% a 70%);
• papular (12%);
• macular (10%); e
• anular (6% a 14%).
Sífilis secundária
• Em poucos casos, as lesões podem se
tornar necróticas, uma condição chamada
sífilis maligna.
Sífilis secundária
Sífilis maligna
• Esta rara manifestação clínica constitui
variante da sífilis secundária.
• Caracteriza-se por lesões ulceradas
pustulosas, extensas e às vezes de
caráter rupióide.
• A origem da palavra "rupia" é o termo
sânscrito rūp ou rūpā ("prata"), donde
rúpya ("prata amoedada") e rūpyakam
(devanágari: रूप्यकम्), "moeda de prata".
• Seu primeiro registro em português é de
1608.
Sífilis maligna
• Regridem totalmente quando a terapêutica
antibiótica é instituída.
Sífilis maligna
• A denominação "maligna" decorre da
similitude com lesões neoplásicas.
• Os casos relatados na literatura mundial
apresentam manifestações clínicas
variadas e bizarras.
• Há, inclusive, em alguns pacientes,
acometimento hepático.
Sífilis maligna
• Em revisão de 31 casos de sífilis maligna,
Haslund demonstrou que geralmente
existe um pródromo de febre, cefaléia e
mialgia antes do aparecimento das lesões
cutâneas.
Sífilis maligna
• As lesões cutâneas geralmente se iniciam
como pápulo-pústulas que rapidamente se
tornam necróticas.
Sífilis maligna
• A face e couro cabeludo são as áreas
mais freqüentemente envolvidas, seguidos
dos membros e tronco.
• Onze dos 31 pacientes de Haslund
apresentaram envolvimento de mucosa,
tratando-se porém somente de uma
variação no aspecto da moléstia.
Sífilis maligna
Neisser ressalta quatro características
clínicas da sífilis maligna precoce:
• a. A doença apresenta período de incubação relativamente curto -
Haslund define o período de incubação mínimo de quatro a seis
semanas e o máximo de um ano;
• b. Sintomas sistêmicos pronunciados;
• c. A pele e freqüentemente a mucosa nasal e bucal apresentam
lesões irregularmente distribuídas, constituídas por pústulas,
úlceras e lesões rupióides;
• d. As lesões cutâneas são pleomórficas e revelam pápulo-pústulas,
ulcerações profundas, às vezes recobertas por crostas e lesões
cicatriciais. A pele ao redor das lesões é pouco afetada,
apresentando mínimo eritema.
Os aforismos
• Diante das lesões cutâneas com
características clínicas diversas, a sífilis
deve ser considerada.
• Assim como em casos de sífilis com
manifestações agressivas, o anti-HIV deve
ser pesquisado.
• Anti-HIV pode, doravante, ser considerado
como prova laboratorial complementar na
sífilis maligna.
Sífilis maligna
Sífilis Secundária
• O rash é freqüentemente encontrado nas
palmas e plantas.
• Embora a alopecia da lues seja
costumeiramente referida como não-
cicatricial....
• ...em 4 a 11% dos pacientes, a infecção
do folículo piloso pelo T. pallidum resulta
em alopecia cicatricial.
Sífilis Secundária
• Também há relatos infreqüentes da perda
de pêlos faciais e corporais.
Sífilis Secundária
• Sinal de Fournier: madarose na lues.
Sífilis Secundária
• As lesões secundárias também são lesões
ricas em treponemas como o cancro duro.
• Já existem anticorpos circulantes, em
seus maiores títulos, que permitem a
identificação sorológica da infecção.
Sífilis Secundária
Sífilis Secundária
EXAME EM CAMPO ESCURO
• O teste consiste no exame direto da linfa da lesão.
• O material é levado ao microscópio com condensador
de campo escuro, em que é possível, com luz indireta, a
visualização do T. pallidum vivo e móvel.
• É considerado um teste rápido, de baixo custo e
definitivo.
• A sensibilidade varia de 74 a 86%, podendo a
especificidade alcançar 97% dependendo da
experiência do avaliador.
• No secundarismo sifilítico, a sorologia é o
mais importante método diagnóstico.
• Os testes treponêmicos, FTAabs e TPHA,
não indicam, necessariamente, atividade
da doença, pois permanecem positivos
mesmo após tratamento.
• Têm alta sensibilidade e especificidade.
• Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum
como antígeno.
• São usados para confirmar a reatividade de
testes não treponêmicos e nos casos em que os
testes não treponêmicos têm pouca
sensibilidade, como na sífilis tardia.
• Positivam-se um pouco mais cedo que os testes
não treponêmicos.
Testes treponêmicos permanecem positivos
por muito tempo!!!
• Em 85% das pessoas tratadas com
sucesso, os resultados permanecem
positivos por anos ou até mesmo por toda
a vida.
Prozona!!!
• Os testes não treponêmicos, em especial o VDRL, têm
sensibilidade elevadíssima na lues secundária com
títulos altos, geralmente superiores a 1/64.
• Podem, raramente, ser falso-negativos em decorrência
do excesso de anticorpos, o fenômeno de prozona.
• Nesses casos, repetido o exame com o soro diluído, há
positividade com títulos maiores ou iguais a 1/1.024.
• Ainda, na apresentação do secundarismo,
em torno de 10% dos pacientes
desenvolvem condiloma plano.
Sífilis Secundária
• Trata-se de lesão altamente infectante, de
grandes dimensões, que se desenvolve
nas áreas quentes e úmidas, incluindo
períneo e ânus.
Sífilis Secundária
Comissurite!!!
• Inflamação localizada da cavidade oral,
língua e mucosas genitais pode levar ao
surgimento de placas.
• É pouco freqüente que a sífilis secundária
possa ser acompanhada por envolvimento
gástrico, renal e hepatite.
• Uveíte e Irite podem ser observadas.
Sífilis Secundária
• T. pallidum foi encontrado em biópsias
hepáticas de pacientes com sífilis
secundária.
Sífilis Secundária
• Foi observada glomerulonefrite.
• O componente renal resulta do depósito
de complexos, que são formados por
anticorpos e antígenos treponêmicos.
• Pode causar dano renal irreversível;
inclusive síndrome nefrótica pode estar
presente.
Sífilis Secundária
• Aproximadamente 5% dos indivíduos com
sífilis secundária experimentam
manifestações precoces de neurossífilis.
• O quadro pode incluir meningite e
manifestações oftalmológicas (3% dos
pacientes com irite).
Sífilis Secundária
Sifílides elegantes dos negros
Sífilis Latente
• A sífilis latente (recente e tardia) é a forma da
sífilis adquirida na qual não se observam sinais
e sintomas clínicos.
• Seu diagnóstico é feito exclusivamente por meio
de testes sorológicos, com títulos menores do
que na fase secundária.
• Sua duração é variável e seu curso poderá ser
interrompido por sinais e sintomas da forma
secundária ou terciária.
Sífilis Latente
• Lesões disseminadas e outras
manifestações de sífilis secundária
usualmente se resolvem
espontaneamente em 3 meses do
aparecimento.
• Os sintomas ficam ausentes por um
período variável em pacientes não
tratados.
Sífilis Latente
• A sífilis latente é dividida em 2 estágios,
tomando por base o tempo aproximado de
infecção.
Sífilis Latente
• No primeiro ano após a infecção, os
pacientes são considerados portadores de
sífilis latente precoce.
• Mais de 25% deles podem desenvolver
manifestações recorrentes do
secundarismo.
Sífilis Latente
• Sífilis latente tardia é definida como uma
infecção assintomática com mais de um
ano de duração (ou duração
desconhecida).
Sífilis Latente
• A sorologia é positiva na sífilis latente
tardia, mas a transmissão sexual é
improvável.
Sífilis Latente
• Organismos podem ser semeados na
circulação durante a sífilis latente e podem
infectar o feto em desenvolvimento
durante a gravidez.
Sífilis Latente
• A sífilis latente termina quando a terapia
antibiótica curativa é instituída ou as
manifestações terciárias da doença se
desenvolvem.
Sífilis Latente
• Essa síndrome não se manifesta antes de
20 a 40 anos de contaminação pelo
treponema.
Sífilis terciária
• A inflamação progressiva causou goma
(sífilis tardia benigna), uma forma
localizada de destruição tecidual e óssea,
em 16% dos pacientes com sífilis não
tratada.
Sífilis terciária
• Sífilis cárdio-vascular, usualmente vista
como insuficiência aórtica ou aneurisma,
foi observada em 10% dos pacientes não
tratados.
Sífilis terciária
• O aneurisma da sífilis está mais freqüentemente
localizado na porção ascendente (60%) ou arco da aorta
(30-40%), enquanto a porção descendente da aorta
torácica é acometida apenas em 10-15% dos casos.
• Somente 5% dos pacientes apresentam aneurisma na
aorta abdominal.
• Aneurismas saculares acima do nível das artérias renais
são mais freqüentemente causados por fungos ou sífilis.
Sífilis terciária
• Neurossífilis sintomática tardia foi
reconhecida em 6,5% dos pacientes não-
tratados.
Sífilis terciária
• Goma: corresponde a lesões nodulares
granulomatosas, com variável necrose
central.
• Podem se desenvolver tão precocemente
quanto 2 anos após a infecção inicial,
embora elas usualmente apareçam muito
mais tarde.
Sífilis terciária
• Essas lesões destrutivas mais comumente
afetam pele e ossos, ainda que fígado,
coração, cérebro, estômago e trato
respiratório superior também possam ser
acometidos.
• T. pallidum pode ocasionalmente ser
identificado em lesões gomosas.
Sífilis terciária
• As lesões gomosas raramente se curam
de maneira espontânea.
• Por outro lado, rapidamente se resolvem
com terapia antibiótica apropriada.
Sífilis terciária
• A menos que afete um órgão crítico, a
goma usualmente não causa sérias
complicações.
• Desse fato deriva o termo “sífilis tardia
benigna”.
Sífilis terciária
• Sífilis Cardiovascular. Anteriormente ao
advento da penicilinoterapia, a maioria
das mortes atribuídas à sífilis eram
creditadas ao envolvimento cárdio-
vascular.
Sífilis terciária
• Complicações neurológicas tardias. No
intervalo de 5 a 10 anos da infecção inicial
não-tratada, a invasão precoce do SNC
pode progredir à sífilis meningo-vascular.
• Sua complicação mais temida é o AVC.
Sífilis terciária
• Antes desse desfecho, os indivíduos podem
experimentar vertigem, insônia e mudanças de
personalidade.
• Esses sintomas são seguidos de envolvimento
arterial que pode ser generalizado ou focal.
• Perda de consciência e convulsões podem estar
presentes.
Sífilis terciária
• Sífilis parenquimatosa tardia,
apresentando-se como paresia
generalizada ou tabes dorsalis, surge 2 a
3 décadas após a infecção.
Sífilis terciária
Podem ser observadas:
• mudanças de personalidade
• instabilidade emocional
• perda de memória
• Alucinações
• reflexos exautados.
Sífilis terciária
Demora décadas para se instalar!!!
• Envolvimento das colunas posteriores da
medula espinhal e do gânglio da raiz
dorsal causam tabes dorsalis.
• Suas manifestações são representadas
por ataxia nos MMII, parestesia e vômito
ou dor abdominal.
• Marcha com base alargada freqüentemente
resulta da perda de percepção de posição e da
sensibilidade vibratória.
• Perda das sensibilidades térmica e de dor
profunda podem ocorrer.
• Como resultado, pode se desenvolver junta de
Charcot (lesões tróficas nos tornozelos, joelhos
e quadril).
Sífilis terciária
Envolvimento do SNC
• Classicamente, as complicações
neurológicas da sífilis tem sido associadas
com o terciarismo.
• No entanto, inúmeros estudos
demonstram a penetração do T. pallidum,
no SNC, já em estados precoces da
doença.
LCR
• Neurossífilis pode ser definida pelo
aumento de proteínas e leucócitos e
VDRL positivo no líquor.
LCR
• T. pallidum pode ser detectado, no líquor
de muitos pacientes com sífilis, muito
precocemente.
• Nesse momento, outras alterações (como
pleocitose) ainda não são perceptíveis.
LCR
• Em torno de 40% dos pacientes de sífilis
precoce e 25% dos pacientes com a forma
latente apresentam, pelo menos, um
critério diagnóstico de neurossífilis.
LCR
• As implicações prognósticas da invasão
do líquor são difíceis de determinar.
• A maioria das pessoas com invasão do
líquor parece resolver ou controlar esse
aspecto da infecção.
LCR
• Não há indicadores conhecidos para o
subseqüente desenvolvimento de
neurossífilis.
Aqui: com certeza punção
• O exame do líquido cefalorraquidiano (LCR)
deverá ser indicado nos pacientes que tenham o
diagnóstico sorológico de sífilis recente ou tardia
com sintomas neurais.
• Também é de importância em pacientes que
mantiverem reações sorológicas sangüíneas
apresentando títulos elevados após o
tratamento correto.
Meningite!!!
• Os sintomas típicos de meningite aguda
precoce incluem febre, dor de cabeça,
náusea, vômito e rigidez de nuca.
• Envolvimento de pares cranianos pode
resultar em distúrbios visuais (incluindo
visão turva e fotofobia), perda auditiva e
fraqueza dos músculos da mímica.
Neurossífilis
• Sintomas precoces de neurossífilis podem
ocorrer simultaneamente com aqueles
ligados às formas primárias ou
secundárias.
• Podem, ainda, ser observados após a
resolução da forma secundária.
• Uveíte e tontura podem ocorrer.
• Raramente, indivíduos com neurossífilis
precoce reportam perda de memória e
confusão mental.
Neurossífilis
• Na década após o reconhecimento da
infecção pelo HIV, alguns investigadores
alegaram que os sintomas da neurossífilis
são exacerbados em indivíduos infectados
pelo HIV.
• No entanto, essa visão não recebeu
suporte de estudos mais amplos e mais
recentes.
Neurossífilis
• Faltam subsídios que confirmem a
associação entre o status quanto ao HIV e
a severidade da doença neurológica.
• No entanto, particularmente naqueles com
infecção concorrente por HIV, a terapia
habitual com penicilina benzatina pode
não ser suficiente para resolver a
infecção.
Neurossífilis
Aqui: questiona-se
• A punção lombar nos casos de sífilis
latente tardia (mais de um ano de duração
ou de duração desconhecida) e em
pacientes HIV-positivos independente do
estágio da sífilis tem sido questionada,
embora mantida como recomendação nos
manuais de controle.
• Nenhum teste sorológico isoladamente é
seguro no diagnóstico da neurossífilis.
Neurossífilis
3 critérios presentes para fechar
diagnóstico
• O diagnóstico é feito pela combinação de:
Positividade à prova sorológica
Aumento da celularidade (maior que 10
linfócitos/ml)
Aumento das proteínas no LCR (superior
a 40mg/dl).
• O VDRL é a prova recomendada para o
exame do líquor.
Neurossífilis
• O VDRL no líquor tem baixa sensibilidade (30-
47% falso-negativo) e alta especificidade.
• O FTA-ABS pode ser positivo pela passagem de
anticorpos por difusão do sangue para o LCR
em pacientes com sífilis.
• Porém é um teste altamente sensível, e a
neurossífilis poderá ser excluída diante de um
FTA-ABS negativo.
Neurossífilis
• Em pacientes HIV-positivos, o exame do
LCR deverá considerar que alterações na
contagem de células e na dosagem de
proteínas isoladamente poderão ser
atribuídas ao comprometimento
neurológico do vírus HIV.
Neurossífilis
Sífilis terciária
• Hoje em dia, tendo em vista que a
antibioticoterapia coincidente é comum, as
manifestações tardias da sífilis são
raramente vistas.
Sífilis congênita
• T. pallidum pode ser transmitido da
corrente sanguínea da mãe infectada para
seu feto em desenvolvimento em qualquer
momento na gestação.
• No entanto, o risco de infecção fetal é
muito maior na sífilis materna precoce
(primeiro ano) que nas formas tardias.
• Terapia antibiótica da mãe durante os
primeiros 2 trimestres é usualmente
suficiente para prevenir desdobramentos
negativos.
• Mas o tratamento tardio ou a ausência de
tratamento podem trazer danos ao feto.
Sífilis congênita
Acredita-se que os efeitos destrutivos se
devam à resposta imune do feto incluindo:
• Aborto espontâneo
• Natimorto
• Parto prematuro
Sífilis congênita
• Crianças afetadas apresentam-se com
baixo peso ao nascimento.
Sífilis congênita
• Hemorragia pulmonar, secundária à
infecção bacteriana, e severa hepatite
causam morte de aproximadamente 4%
das crianças infectadas pelo T. pallidum
logo após o nascimento.
Sífilis congênita
• Por outro lado, crianças expostas a
pequenas quantidades do treponema, em
meses adiantados da gestação,
manifestarão apenas sífilis congênita
tardia.
Sífilis congênita
Assim como na doença do adulto, sífilis
congênita é dividida em 2 estágios:
• manifestações precoces aparecem nos
primeiros 2 anos de vida; e
• aquelas tardias depois dos 2 anos, além
dos estigmas residuais.
Sífilis congênita
• Manifestações precoces são infecciosas e
se assemelham aos sintomas severos do
secundarismo no adulto.
• Usualmente, tornam-se aparentes depois
de 2 a 10 semanas do parto.
Sífilis congênita
• O primeiro sintoma visto em mais de 50%
dos recém-nascidos com sífilis congênita
é a obstrução nasal/rinorréia.
Sífilis congênita
• A invasão pelo T. pallidum da mucosa
nasal pode causar rinite com descarga
esbranquiçada, às vezes, acompanhada
de laivos de sangue.
• T. pallidum pode, adicionalmente, invadir
os ossos, a cartilagem do nariz e o pálato,
levando à destruição gomosa mais
tardiamente na vida.
Sífilis congênita
Pênfigo sifilítico
• Crianças com sífilis congênita comumente
apresentam lesões de pele que se
assemelham à doença secundária.
• Algumas vezes acompanham-se de
descamação da pele das palmas e
plantas, condiloma plano e placas
mucosas.
• Outras evidências de infecção incluem:
anemia
hepatoesplenomegalia
envolvimento renal
icterícia
Sífilis congênita
• Osteocondrite dos ossos longos pode
levar à dor e ausência de movimentação
das extremidades superiores e inferiores
(pseudoparalisia de Parrot).
• Radiografia dos osso longos pode ser útil
na confirmação diagnóstica.
Sífilis congênita
• Manifestações tardias de sífilis congênita
ocorrem depois dos 2 anos de vida.
• Entre as idades de 5 a 25 anos, ceratite
intersticial pode causar danos à córnea e
a íris e dano ao oitavo par craniano com
surdez.
Quando o contato é tardio e/ou com
pequena quantidade de treponemas...
Neurossífilis assintomática ou sintomática
Artropatia
Efusão bilateral de joelhos e cotovelos
(junta de Clutton)
Periostite gomosa do palato e septo nasal
Sífilis congênita
• Dentes de Hutchinson (acometimento dos
incisivos) correspondem a outra
característica estigmatizante da sífilis
congênita.
• Outras deformidades dentárias, nariz em
cela e tíbia em sabre podem ocorrer.
Sífilis congênita
Eo sinal de Hutchinson?
HIV
• A presença do VDRL reagente nos
portadores dessa infecção viral foi descrita
entre 2,6 e 8,8% dos doentes, sendo
maior entre os homens.
• Nos doentes infectados pelo HIV, recomenda-se
o exame a cada três meses.
• A reversão do VDRL é similar à dos doentes
HIV-negativos e não está relacionada à
contagem sérica dos linfócitos T CD4, embora a
evolução seja mais rápida e agressiva e o
tratamento mais demorado.
HIV
HIV
• VDRL falso-positivo foi descrito como 10
vezes mais freqüente nessa população.
• Quando isso ocorrer, o teste deve ser
repetido e, na maioria das vezes, torna-se
negativo em até 10 semanas.
• O exame anti-HIV é recomendado para
todos os pacientes com Sífilis.
Diagnóstico
• Teste Não-Treponêmicos:
Baratos
Amplamente usados
Ag (reagente) / Ac (reagina)
São eles:
VDRL
RPR
Diagnóstico
• Testes Treponêmicos:
FTA-Abs
MHA-TP
Elisa
Western-Blot
O VDRL continua a ser utilizado, mas não
oferece vantagens em relação ao RPR
para o diagnóstico de lues.
Diagnóstico
• As sensibilidades do RPR e do VDRL
dependem do estágio da doença.
Diagnóstico
• A sensibilidade do RPR e do VDRL, na
sífilis primária, estão na casa dos 86% e
78% respectivamente.
• Na sífilis secundária, a sensibilidade de
ambos aproxima-se dos 100%.
Diagnóstico
RPR e VDRL falso positivos
• A reatividade dos anticorpos antilipídicos
aumenta como resultado de dano tissular de
uma infecção recente ou atual (como na
hepatite).
• Na hanseníase, a positividade é observada em
40% dos virchowianos.
• O mesmo evento pode ser observado quando
há doenças autoimunes subjacentes, como
artrite reumatóide e LES.
• Tendo em vista que os auto-anticorpos
ascendem como resultado do processo de
envelhecimento, as pessoas mais velhas
estão sob o risco da falsa positividade.
Diagnóstico
• Os títulos do VDRL são considerados
positivos quando 1/16 ou superiores.
Diagnóstico
• Títulos inferiores são considerados falso-
positivos, quando os testes treponêmicos
forem negativos.
• Algumas condições estão associadas com
VDRL reagente e ELISA não reagente,
sem história prévia de sífilis.
Diagnóstico
• As reações específicas, como FTA-ABS e
ELISA, raramente são falso-reagentes,
exceto em casos específicos, como na
borreliose de Lyme.
• Nessa situação, o FTA-ABS é positivo e o
VDRL geralmente é negativo.
Diagnóstico
Como é a sífilis latente precoce?
• Pacientes com VDRL e ELISA positivos,
com história prévia de sífilis de até 12
meses e que apresentam VDRL com
titulação de 1/8 ou inferior, são
classificados como portadores da sífilis
latente precoce.
E a tardia?
• Aqueles com VDRL e ELISA positivos,
sem história prévia de sífilis são tidos
como portadores da sífilis latente tardia.
• A presença de grande quantidade de anticorpos
pode evitar que haja floculação no soro puro
(falso-negativo).
• Nessas ocasiões, a diluição do soro tornará a
reação positiva.
• Esse fenômeno é chamado de "efeito prozona"
e acontece em 1% dos doentes com
secundarismo sifilítico, não sendo observado
nos testes treponêmicos.
Diagnóstico
Seguimento
• O VDRL é indispensável no seguimento
pós-tratamento da sífilis.
• Recomenda-se o exame a cada 3 meses,
no primeiro ano, e a cada seis meses, até
o final do segundo ano.
4 para 3 e 8 para 6 [2x(4 e 3)]
Os títulos diminuem quatro vezes após três
meses e oito vezes aos seis meses.
• Outros autores relataram que o teste
permaneceu positivo em 16,47%, 11,38% e
6,6% nos casos de doença primária, e em
27,57%, 17,25% e 8,39% nas formas
secundárias, respectivamente, em seis, 12 e 30
meses após o tratamento.
• Entretanto, é necessário que se saiba
diferenciar entre a persistência do exame
reagente e a re-infecção pelo T.pallidum.
Seguimento
Manual de DST
63,6% reinfectam-se!!!
• Há dados publicados referindo 63,6% de
novas infecções em pessoas que já a
haviam tratado anteriormente, sugerindo
que as práticas para o sexo seguro não
vêm sendo respeitadas.
Quando qualquer outra DST é
diagnosticada, incluindo a infecção pelo
HIV, a pesquisa sorológica para sífilis é
obrigatória.
Seguimento
Implicações do controle da sífilis
Tratamento da Infecção
• Depois de 60 anos de uso, a penicilina
continua a droga de escolha no
tratamento da sífilis.
• Diversas proteínas do T. pallidum podem
se ligar à penicilina.
Tratamento
• As proteínas que se ligam à penicilina
freqüentemente funcionam na síntese da
parede celular.
• Portanto, a penicilina mata bactérias
susceptíveis, interferindo na produção de
suas paredes.
Lembrar das grávidas!!!
• Guidelines publicados pelo CDC
especificam doxiciclina ou tetraciclina
orais como tratamentos alternativos para
alergia à penicilina.
• Exceção deve ser feita às mulheres
grávidas.
• Resistência aos Macrolídeos
• Nos anos 1990, azitromicina emergiu
como alternativa particularmente atraente
à terapia com penicilina para sífilis.
Tratamento
• Azitromicina é dada por via oral, em
contraste à penicilina benzatina que deve
ser depositada, por via intra-muscular, em
um grande volume.
• A sífilis precoce parece responder bem à
dose única de azitromicina e grandes
ensaios com azitromicina estão em
execução.
Tratamento
• Recentemente, no entanto, um estudo
com amostras de T. pallidum de pacientes
identificou cepas bacterianas resistentes.
• Demonstrou-se que essa resistência está
associada com mutação de uma única
base no gene 23S rRNA.
Tratamento
• A resistência aos macrolídeos foi demonstrada
em altos percentuais em São Francisco (37%
das amostras em 2003) e Dublin (88% das
amostras em 2002) e menor, mas presente, em
outras cidades.
• Em cidades com altas taxas de cepas
resistentes, a penicilina deverá continuar sendo
a droga de escolha.
Tratamento
Desenvolvimento de Vacina
• A infecção pela sífilis aumenta o risco de
transmitir e adquirir HIV.
• Não apenas as lesões de sífilis são uma porta
de entrada para o HIV, mas as células do
sistema imune que carregam e são susceptíveis
ao vírus, macrófagos e células T, são
encontradas em abundância nas lesões de lues.
Tratamento
• A prevenção da sífilis auxiliaria na
diminuição da escalada de casos de
infecções pelo HIV e, certamente,
preveniria sífilis congênita.
Tratamento
• Até o momento, apenas um estudo com
animais demonstrou proteção completa
contra infecção pelo T. pallidum.
• O regime de imunização, 60 inoculações
intra-venosas com T.pallidum irradiado,
em 37 semanas, foi tão longo, caro e
trabalhoso que se mostrou impraticável.
• Outros regimes de imunização tentados
induziram imunidade parcial, demonstrada
pelo desenvolvimento atenuado e rápida
cicatrização das lesões.
• Essa falta de proteção completa, mesmo
com altos títulos de anticorpos, sugere
que a resposta imune-celular é crítica no
clareamento precoce do T. pallidum.
Tratamento
Medidas gerais:
• Penicilina parenteral é o tratamento
preferencial para todos os estágios da
Sífilis.
Tratamento
• A falência terapêutica é rara.
• Regularmente responde a um segundo
curso de penicilina nas mesmas doses ou
em doses mais altas.
• Penicilina parenteral é o único tratamento
com eficácia documentada na
neurossífilis, na infecção por HIV e na
gravidez.
Tratamento
• Penicilina oral pode produzir níveis
tissulares e séricos adequados.
• Não é recomendada por causa da sua
reduzida eficácia e pela falta de aderência
ao tratamento.
Tratamento
• Tetraciclina, macrolídeos e cefalosporinas de
terceira geração podem ser utilizados no
tratamento da sífilis, entretanto suas eficácias
terapêuticas são menores que a da penicilina.
• Doxiciclina também é utilizada no tratamento da
sífilis e apresenta uma melhor aderência ao
tratamento e absorção do que a tetraciclina.
Tratamento
Tratamento
Tratamento
E os terciários e HIV positivos?
• As gestantes tratadas requerem seguimento
sorológico quantitativo mensal durante a
gestação.
• Devem ser novamente tratadas se não houver
resposta ou se houver aumento de pelo menos
duas diluições na titulação.
• As gestantes com história comprovada de
alergia à penicilina devem ser dessensibilizadas
Tratamento
• Na impossibilidade, deve ser administrada
a eritromicina na forma de estearato, mas
o feto será considerado não tratado e
deverá ser notificado caso de sífilis
congênita.
Tratamento
Conclusão dos Anais!!!
• Embora haja publicações sugerindo que a
azitromicina seja eficaz no tratamento da sífilis,
já foi mostrada resistência do Treponema a este
antimicrobiano macrolídeo e seu uso não foi
estudado na prevenção de sífilis congênita
(Passos et al., 2004; CDC 2004a; Kiddugavu et
al., 2005).
• Até que evidências mais claras estejam
disponíveis, não se recomenda seu uso em
substituição à penicilina.
Tratamento preventivo
• Indivíduos que tiveram contato com
doentes comprovadamente com sífilis
podem receber, profilaticamente, uma
injeção de Penicilina G benzatina de 2,4
milhões de unidades.
Tratamento
Último lembrete!!!
As DST de notificação compulsória são:
AIDS
HIV na gestante/criança exposta
sífilis na gestação
sífilis congênita
Profilaxia
Profilaxia
Profilaxia
• 17. Sobre as reações sorológicas para sífilis,
é correto afirmar que:
a) no fenômeno prozona, os altos níveis de
antígeno impedem que a floculação ocorra
b) os resultados falso-positivos ocorrem muito
precocemente na infecção secundária
c) o VDRL se positiva 4 a 5 semanas após a
infecção e pode-se negativar na latência tardia
d) os resultados falso-positivos ocorrem
tardiamente na infecção secundária
• 17.C
• 48. Foram internados, na enfermaria de
Dermatologia, dois irmãos de 15 e 17 anos
de idade, ambos com quadro de mal
perfurante plantar, analgesia dos membros
inferiores e deformidades nos artelhos por
acrosteólise. O diagnóstico mais provável é:
a) sífilis congênita tardia
b) diabetes descompensado
c) síndrome de Thévenard
d) hanseníase tuberculóide
• A doença de Thévenard ou acropatia ulceromutilante
familial é uma síndrome autossômica dominante
composta de neuropatia sensorial e alteraçoes tróficas
dos membros inferiores.
• A sintomatologia pode iniciar-se em qualquer período da
infância.
• A reduçao da sensibilidade é bilateral e simétrica,
enquanto a motricidade permanece intacta.
• 48.C
• 59. Segundo o Ministério da Saúde, no tratamento da
sífilis congênita neonatal, deve-se administrar:
a) penicilina cristalina 150.000U/kg/dia IV, em 2-3 vezes
por 14 dias, nos pacientes com alteração liquórica
b) penicilina G procaína 50.000U/kg, IM por 7 dias, nos
pacientes com alteração liquórica
c) penicilina benzatina 50.000U/kg IM em dose única
nos pacientes com clínica e VDRL positivo
d) penicilina cristalina 100.000U/kg/dia IV, em 2-3 vezes
por 7-10 dias, nos pacientes sem clínica e com VDRL
negativo
• 59. A
• 67. T03 - Na sífilis congênita:
a) recomenda-se realizar o exame do LCR em todos os
casos que se enquadrem na definição de caso
b) a sorologia do LCR em todos os casos que se
enquadrem na definição de caso
c) a sorologia do LCR deve ser repetida de 3/3 meses,
pois é muito comum a recidiva após o tratamento
d) não há necessidade de sorologia do LCR pelo fato de
a conduta terapêutica não depender da confirmação de
neurossífilis
e) a sorologia do LCr só é importante para crianças com
mais de 3 anos de idade
• 67.B
• 81. P08 - Segundo os estudos clássicos
da história natural da sífilis, que
porcentagem aproximada de doentes
não tratados evoluirão para sífilis
cardiovascular?
a) 50%
b) 40%
c) 60%
d) 10%
e) 20%
• 81.D
• 95 - Das doenças abaixo relacionadas,
qual é indicativa da presença de AIDS
(critério CDC modificado)?
a) dermatofitose disseminada
b) criptococose extrapulmonar
c) púrpuras disseminadas
d) herpes zoster
e) sífilis secundária
CRITÉRIO CDC MODIFICADO
Será considerado Caso de AIDS, todo indivíduo que apresentar evidência
laboratorial de infecção pelo HIV, independentemente da presença de outras causas
de imunodeficiência, no qual seja Dx pelo menos 1 doença indicativa de AIDS:
• candidíase da traquéia, brônquios ou pulmão: método Dx: endoscopia ou
biópsia.
• CMV (em local que não o olho): método Dx: biópsia.
• criptococose extra-pulmonar: método Dx: cultura ou detecção de antígeno.
• criptosporidíase com diarréia por um período Ý 1 mês: método Dx : biópsia.
• HSV dos brônquios, pulmão ou do gastrointestinal: método Dx: biópsia ou
detecção de antígeno.
• histoplasmose disseminada: método Dx: cultura ou detecção de antígeno.
• isosporíase com diarréia persistente: método Dx: biópsia.
• leucoencefalopatia multifocal progressiva: método Dx: biópsia.
• linfoma primário do cérebro: método Dx: biópsia.
• outro linfoma não-Hodgkin de células B: método Dx: biópsia.
• micobacteriose (não TB): método Dx: cultura.
• septicemia recorrente por salmonela (não tifóide): método Dx: cultura.
• 95. B
• 48. Assinale a doença que se
caracteriza por ser auto-inoculável:
a) sífilis
b) herpes no imunocompetente
c) cancróide
d) linfogranuloma
e) papulose bowenóide
• 48.C
• 49. A introdução do primeiro
tratamento quimioterápico eficiente
para a sífilis deve-se a:
a) Fracastoro
b) Ehrlich
c) Hoffmann
d) Wassermann
e) Schaudinn
• As the disease became better understood,
more effective treatments were found. The
first antibiotic to be used for treating
disease was the arsenic-containing drug
Salvarsan, developed in 1908 by
Sahachiro Hata while working in the
laboratory of Nobel prize winner Paul
Ehrlich.
• 49.B
• 81. Em relação à resposta humoral na sífilis
adquirida, é correto afirmar que:
a) o IgG é o primeiro anticorpo produzido e é
detectável após a 2ª semana
b) o IgM é o primeiro anticorpo produzido e é
detectável após a 2ª semana
c) o IgM e IgG só são detectáveis após a 4ª ou
5ª semana
d) o IgG é o segundo anticorpo produzido e seu
título baixa mais precocemente do que o IgM
e) o IgM é o primeiro anticorpo produzido e seu
título baixa mais tardiamente do que o IgG
• 81.B
Inadequadamente tratada!!!
• 89. Na sífilis da gestante alérgica à
penicilina, assinale qual das drogas
abaixo poderá ser escolhida para
tratamento e profilaxia:
a) tetraciclina
b) gentamicina
c) estreptomicina
d) ceftriaxona
e) estolato de eritromicina
• 89.D
• 19. Segundo estudos da história natural
da sífilis, que porcentagem aproximada de
doentes não-tratados ficará curada ou
permanecerá com a afecção latente ?
a) 5
b) 10
c) 20
d) 40
e) 60
• 19.E
• 20. Sabendo-se das condições
necessárias para o surgimento do
condiloma plano, é possível encontrá-lo
a) na fronte
b) nos interpododáctilos
c) no braço
d) no dorso
e) na perna
• 20.B
• 21. Criança de 7 anos apresenta lesões
papuloerosivas perianais e sorologia para lues
com altos títulos. Qual o diagnóstico ?
a) Sífilis congênita recente
b) Sífilis congênita tardia
c) Sífilis secundária
d) Sífilis congênita recente com condiloma
acuminado
e) Sífilis congênita tardia com condiloma
acuminado
• 21.C
• 22. Indivíduo do sexo masculino apresenta-se,
ao exame clínico, com adenopatia flegmásica
unilateral. Refere relações heterossexuais sem
proteção mecânica, febre e artralgias prévias
discretas. O título da reação solicitada foi de 1
para 64. Qual a doença e a reação efetuada ?
a) Sífilis – VDRL
b) Linfogranuloma venéreo – fixação de
complemento
c) Cancróide – reação de Ito-Reenstierna
d) Donovanose – reação de Donovan
e) Herpes simples – titulação de IgG
• 22.B
• LINFOGRANULOMA VENÉREO
• CONCEITO
• Doença infecciosa de transmissão
exclusivamente sexual, conhecida
popularmente como "mula".
• Caracterizada pela presença de bubão
inguinal, com período de incubação entre
3 e 30 dias.
• AGENTE ETIOLÓGICO
• Chlamydia trachomatis - sorotipos L1, L2
e L3.
QUADRO CLÍNICO
• A evolução da doença ocorre em 3 fases: lesão de
inoculação, disseminação linfática regional e seqüelas.
• Lesão de inoculação
• Inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que
desaparece sem deixar seqüela.
• Freqüentemente não é notada pelo paciente, e
raramente é observada pelo médico.
• Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e
prepúcio; na mulher, na parede vaginal posterior, colo
uterino, fúrcula e outras partes de genitália externa.
Disseminação Linfática Regional
• No homem, a linfadenopatia inguinal desenvolve-se entre 1 a 6 semanas após a
lesão inicial, sendo geralmente unilateral (em 70% dos casos), e constituindo-se no
principal motivo da consulta.
• Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação:
• na genitália externa - linfonodos inguinais superficiais;
• terço inferior da vagina - linfonodos pélvicos;
• terço médio da vagina - linfonodos entre o reto e a artéria ilíaca interna; ou
• terço superior da vagina e colo uterino - linfonodos ilíacos.
• O comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios
múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em
uma grande massa.
• A lesão primária na região anal pode levar à proctite e proctocolite hemorrágica. O
contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia
regional.
• Sintomas gerais: febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese
noturna e meningismo.
Seqüelas
• Ocorrem mais freqüente na mulher e
homossexuais masculinos, devido ao
acometimento do reto. A obstrução
linfática crônica leva à elefantíase genital,
que na mulher é denominada estiômeno.
Podem ocorrer fístulas retais, vaginais,
vesicais e estenose retal.
DIAGNÓSTICO
• Teste de fixação de complemento
• TRATAMENTO
• Azitromicina 1 g, VO, dose única; ou
• Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, no mínimo por
14 dias; ou
• Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprim 160 mg, VO, de
12/12 horas, no mínimo por 14 dias; ou
• Tianfenicol 0,5 g, VO, de 8/8 horas, por 14 dias; ou
• Eritromicina 500mg, VO, de 6/6 horas, por 14 a 21 dias.
• 27. Gestante de 33 semanas contamina-
se com baixa carga infectante de
Treponema pallidum; para o feto espera-
se, mais provavelmente, que
a) seja abortado
b) tenha sífilis congênita recente
c) apresente sífilis congênita tardia
d) mostre normalidade
e) não sobreviva
• 27.C
• 46. No tratamento da sífilis, a reação de
Jarisch-Herxheimer pode ocorrer
a) no final da terapêutica com penicilina
b) quando se utilizar procaína associada a
antibiótico
c) com o uso de anti-histamínico
d) com a liberação maciça de antígenos
treponêmicos
e) somente na sífilis primária
• Após a dose terapêutica inicial na doença, poderá surgir
a reação febril de Jarisch-
Herxheimer, com exacerbação das lesões
cutâneas e involução espontânea em 12 a 48 horas.
• Geralmente exige apenas cuidado sintomático e não se
justifica a interrupção do esquema terapêutico.
• Essa reação não significa hipersensibilidade à droga;
todo paciente com sífilis submetido à terapêutica
penicilínica deve ser alertado quanto à possibilidade de
desenvolver tal reação.
• 46.D
• 32. O exame sorológico de maior
especificidade para sífilis é:
a) TPI (teste de imobilização);
b) VDRL (reagina);
c) FTA-abs (fluorescência);
d) Hemaglutinação;
e) Wassermann.
• 32.A
• 33. O sinal clínico mais importante na
sífilis congênita recente é:
a) adenopatia generalizada;
b) rinite;
c) pênfigo sifilítico;
d) dactilite;
e) uveíte anterior.
• 33.B
• 34. A sifílide em corimbo:
a) corresponde à sifílide pustulosa
supurativa;
b) é característica da sífilis tardia;
c) corresponde ao colar de Vênus;
d) é um tipo de sifílide papulosa;
e) é própria da AIDS.
• 34.D
• corimbo
co.rim.bo
sm (gr kórymbos) Bot Modo de
inflorescência em que os pedúnculos das
flores, nascendo de pontos diversos da
haste, se elevam todos ao mesmo nível.
• Esta sifilide, outrora chamada "pênfigo sifilítico", localiza-se
preferentemente nas regiões palmares e plantares, mais raramente nos
dedos, podactilos e pernas, e excepcionalmente em outras regiões.
• Representam-se por bolhas de tamanho variado, de poucos milímetros do
diâmetro, ou maiores, podando atingir 2 centímetros, ou mesmo mais
quando várias bolhas confluem, caso em que toma a lesão um contorno
irregular.
• As bolhas são túrgidas ou flácidas conforme a idade do elemento; seu
conteúdo é citrino, purulento ou hemorrágico, e assentam sôbre pele de
coloração arroxeada.
• Quando se rompem, observa-se uma superfície lisa, circular, úmida,
vermelha, rodeada de retalhos de epiderme descolada, mas em outros
casos verifica-se a formação de crostas escuras, formadas pela
dessecação do conteúdo líquido da lesão.
• Descrevem ainda esses autores, dentro do quadro da
"sifílide eritêmato-papulosa polimórfica", uma variedade
frustra, uma variedade circinada, uma variedade
psoriasiforme e ainda variedades regionais, conforme se
localizam na face, nas regiões palmares e plantares ou
nas regiões úmidas da pele.
• DENIE e PAKULA, embora fugindo às descrições dos
sifilógrafos francêses, assinalam também numerosos
tipos: papuloso, liquenóide, folicular, pustuloso,
varioliforme, impetiginóide, corimbiforme, nodular ou
lenticular e anular.
• 71. Um teste falso-positivo, com incidência
aproximada de 40% para VDRL (sífilis)
pode ocorrer em:
a) cancróide;
b) hanseníase Virchowiana;
c) doença crônica hepática;
d) esclerodermia;
e) leishmaniose.
• 71.B
• 73. Sobre a sífilis, é incorreto afirmar que:
a) a reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer
após injeção de penicilina;
b) o tratamento da grávida portadora de sífilis,
alérgica a penicilina, deve ser feito com
estearato de eritromicina;
c) a reação sorológica especifica (FTA - ABS) é
a última a se tornar negativa;
d) uma elevação acentuada do título sorológico
indica recidiva ou reinfecção;
e) os títulos das reações sorológicas na Lues
tardia são baixos ou podem ser negativos.
• 73.B
• 76. Indique qual dos seguintes testes
oferece melhores resultados para o
diagnóstico da sífilis congênita precoce:
a) FTA-ABS;
b) FTA-ABS IgG;
c) FTA-ABS IgM;
d) TPI;
e) reação de Wasserman.
• 76.C
• 77. A sífilis maligna precoce:
a) é uma forma de sífilis secundária
ocorrendo mais comumente em indivíduos
imunocomprometidos;
b) é uma forma de sífilis congênita;
c) é uma forma de sífilis terciária;
d) acomete somente doentes de AIDS;
e) é associação de Lues II com outra DST.
• 77.A
• 37. Dentre as dermatoses a seguir,
assinale a que pode ocasionar uma
alopecia cicatricial:
a) líquen plano
b) psoríase
c) pitiríase rubra pilar
d) dermatomiosite
e) sífilis secundária
• 37.A
• 59. As "linhas de MEE" são estriações das
unhas, brancas e transversais, que podem
ser encontradas em qual afecção?
a) Líquen plano ungueal
b) Psoríase ungueal
c) Eczema atópico
d) Melanose arsenical
e) Sífilis secundária
Melanodermia Post- Salvarsanica
• 59.D
• 64. Quanto à sífilis, é incorreto afirmar que:
a) a possibilidade de contágio no ato sexual
contaminado é de 50%
b) na vigência do cancro, a primeira prova a se
positivar é o FTA (campo escuro?)
c) o treponema resiste pouco a sabões ou
sabonetes
d) o condiloma plano ocorre nas regiões
quentes e úmidas do tegumento
e) sífilis e cancróide têm o mesmo potencial de
infectividade pelo HIV
• 64.E
• 69. Principal diagnóstico diferencial da
sifílide elegante; característica do eritema
sifilítico; e sintoma sempre ausente na
sífilis são, respectivamente:
a) dermatite seborréica; triste; prurido
b) dermatofitose; rubro; dores
c) rosácea; roseoliforme; dores
d) eritema anular; triste; prurido
e) eritema polimorfo; roseoliforme; prurido
• 69.A
• 72. Sobre a co-infecção sífilis-HIV, não é correto afirmar
que:
a) usualmente os sinais clínicos na sífilis secundária são
semelhantes aos dos não co-infectados
b) é recomendável manter níveis séricos de penicilina
por meses
c) está descrita a coexistência de cancro duro com
"tabes dorsalis"
d) há maior demora na reversão sorológica do co-
infectado
e) a maior parte dos casos de sífilis ocular ocorre nos
co-infectados
• 72.B
• 10. A reação do PCR (reação da
polimerase em cadeia) é útil:
a) Na diferenciação da reação hansênica
b) Na diagnose da hanseníase de Lúcio
c) Para detectar a presença de quantidade
mínima de Mycobacterium leprae
d) Para firmar o diagnóstico de Eritema
nodoso
e) Para substituir a lípido-reação usada no
diagnóstico da sífilis
• 10.C
• 16. As reações sorológicas lipídicas para
sífilis falso-positivas:
a) Ocorrem com maior frequência no sexo
masculino
b) Ocorrem somente nos processos
infecciosos agudos
c) Não são observadas na gestação
d) São frequentes nas colagenoses
e) São igualmente freqüentes na reação
de imobilização (TPI)
• 16.D
• 19. Quanto à sífilis, analise as frases corretas e incorretas:
I - A primeira reação sorológica a se positivar após a infecção é o
FTA - abs;
II - Pode acometer os pêlos - sinal de Fournier e alopecia em
clareira - no período secundário;
III - Apresenta tendência a formar arcos de círculo nas lesões
periorificiais de indivíduos da raça branca em seu estágio
secundário;
IV - No secundarismo podem ocorrer lesões semelhantes ao
"pérléche" ou comissurite; e
V - Quando ocorre a reação de Jarisch - Herxheimer deve-se mudar
a terapêutica anti - luética.
a) III e V estão incorretas
b) I e III estão incorretas
c) I, IV e V estão incorretas
d) II, IV e V estão incorretas
e) Todas estão corretas
• 19.A
• 14. Na sífilis secundária, não é verdadeiro o fato
de:
a) existirem linfadenopatias em mais de 85%
dos pacientes
b) haver hepatite em cerca de 10% dos casos
c) poder existir dano do 8o par craniano, com
surdez neurosensorial
d) haver glomerulonefrite difusa aguda,
regredindo com a terapêutica
e) ser a irite a complicação mais comum nos
olhos, em cerca de 3% dos casos
• 14.D
• 19. No doente com HIV positivo e sífilis
secundária, é indicado:
a) penicilina benzatina em dose baixa, por
longo período (mínimo de seis meses)
b) penicilina benzatina em doses altas
c) penicilina cristalina
d) eritromicina
e) tetraciclina
• 19.B
• 65. A goma ocorre nas doenças abaixo,
excetuando-se:
a) sífilis
b) esporotricose
c) micetoma
d) hanseníase
e) tuberculose
• 65.D
• The name "syphilis" was coined by the
Italian physician and poet Girolamo
Fracastoro in his epic noted poem, written
in Latin, entitled Syphilis sive morbus
gallicus (Latin for "Syphilis or The French
Disease") in 1530. The protagonist of the
poem is a shepherd named Syphilus
(perhaps a variant spelling of Sipylus, a
character in Ovid's Metamorphoses).
• Syphilus is presented as the first man to
contract the disease, sent by the god
Apollo as punishment for the defiance that
Syphilus and his followers had shown him.
From this character Fracastoro derived a
new name for the disease, which he also
used in his medical text De Contagionibus
("On Contagious Diseases").[1]
• Until that time, as Fracastoro notes,
syphilis had been called the "French
disease" in Italy and Germany, and the
"Italian disease" in France. In addition, the
Dutch called it the "Spanish disease", the
Russians called it the "Polish disease", the
Turks called it the "Christian disease" or
"Frank disease" (frengi) and the Tahitians
called it the "British disease".
• These 'national' names are due to the
disease often being present among
invading armies or sea crews, due to the
high instance of unprotected sexual
contact with prostitutes.
• The terms "Lues" (or Lues venerea, Latin
for "venereal plague") and "Cupid's
disease" have also been used to refer to
syphilis.
• 1. O tempo de divisão do T. pallidum é
aproximadamente:
• 12 horas
• 30 horas
• 7 dias
• 14 dias
• 1.B
• 2. A única das características abaixo não
encontrada no cancro duro é:
• fundo limpo
• reação ganglionar regional
• lesão única
• dor
• 2. d
• 3. As lesões da sífilis secundária
importantes como fontes de contágio são:
• as tuberocircinadas
• as lesões faciais da sífilis “bonita”
• os condilomas da região inguinocrural
• as lesões palmoplantares
• 3. c
• 5. A sífilis cardiovascular compromete
mais freqüentemente:
• o endocárdio
• a aorta ascendente
• a aorta descendente
• o miocárdio
• 5. b
• 6. O acometimento neurológico da sífilis
mais precoce é:
• tabes dorsalis
• neurossífilis gomosa
• paralisia geral progressiva
• alterações meningéias
• 6.d
• 7. Em que período da gravidez ocorre a
infecção do embrião?
• em qualquer fase da gravidez
• no primeiro trimestre da gravidez
• no segundo trimestre da gravidez
• no terceiro trimestre da gravidez
• 7. a
• 8. Em crianças nascidas com sífilis
congênita recente uma característica
clínica que pode ajudar na formulação da
hipótese diagnóstica pode ser:
• lesões hipocrômicas cervicais
• presença do cancro junto a lesões secundárias
• rinite mucossangüinolenta
• presença do cancro misto
• 8. c
• 9. É considerada uma característica dos
casos de sífilis em pacientes infectados
com o vírus HIV:
• má resposta à penicilina
• evolução para complicações cardiovasculares
• acometimento neural mais freqüente e precoce
• ausência do cancro de inoculação
• 9. c
• 10. Para os serviços de saúde pública o
aspecto mais preocupante da associação
entre a sífilis e o vírus HIV é:
• possibilidade precoce do acometimento
neurológico
• necessidade de alteração no esquema de
tratamento recomendado
• maior número de casos de T. pallidum resistente
• as lesões genitais aumentam o risco de
transmissão do vírus HIV
• 11. O exame de campo escuro é um
recurso laboratorial que deverá ser usado:
• caso não haja disponibilidade de microscópios
fluorescentes
• no cancro da fase primária
• em lesões gomosas da sífilis terciária
• para confirmar o VDRL
• 11. b
• 12. Os casos de falso-negativos em testes
não treponêmicos, chamado efeito
prozona, são devidos a:
• pequeno número de treponemas nessa fase
• pouca especificidade da cardiolipina
• excesso de anticorpos
• soro muito concentrado
• 12. c
• 13. Os testes treponêmicos atualmente
são utilizados principalmente:
• na confirmação dos casos de sífilis
• no diagnóstico da neurossífilis
• no controle da cura dos casos de sífilis
• na triagem de casos de sífilis
• 13. a
• 14. Os testes rápidos podem significar
relevante auxílio no controle da sífilis. O
teste rápido mais promissor parece ser:
• o teste de imobilização do treponema
• o FTA
• o teste imunocromatográfico
• o Western-blot
• 15. Uma gestante foi tratada com
eritromicina 2g/dia por 15 dias. Podemos
dizer do esquema terapêutico utilizado:
• tratamento incompleto; gestantes deveriam ser
tratadas por 30 dias
• em gestante a penicilina é a única droga
considerada efetiva
• tratamento correto se se tratar de um caso de
sífilis primária
• não deve ser usada pelo grande número de efeitos
colaterais
• 15. b
• 16. Nos testes laboratoriais da
neurossífilis, o dado mais importante para
definir um diagnóstico da doença é:
• o aumento da celularidade do LCR
• a positividade do teste FTA-ABS
• a positividade do VDRL
• aumento de proteínas no LCR
• 16. c
• 17. Qual o mecanismo de ação da
penicilina contra o T. pallidum?
• inibe a síntese do ácido fólico do treponema.
• bloqueia a síntese da parede celular do treponema
• atua diretamente no DNA do treponema
• age no RNA mensageiro no nível dos ribossomas
• 17. b
• 18. O esquema de tratamento
preconizado de DST/Aids para os casos
de sífilis latente tardia ou desconhecida é:
• cefatrexione + penicilina benzatina
• penicilina cristalina 3-4 milhões de 4/4 horas.
• Penicilina benzatina, 3 doses semanais de 2 400
000UI
• Penicilina benzatina, 2 doses semanais de 2 400
000UI
• 18. c
• 19. A escolha da penicilina benzatina
como droga padrão do tratamento da
sífilis deve-se a:
• baixo custo
• pequena incidência de efeitos colaterais
• capacidade de atravessar a barreira
hematotoencefálica
• manter níveis terapêuticos por longo período
• 19. d
• 20. A reação de Jarish-Herxheimer já foi
descrita em outras doenças causadas por
espiroquetas, como a leptospirose e a
doença de Lyme. Marque qual a droga
abaixo que também pode causar a
reação:
• garamicina
• tetraciclina
• cloranfenicol
• cefalosporina
• 20.b
Plasmócitos
Figure 3a. Upper dermal infiltrate centered on blood vessels,
showing marked preponderance of plasma cells
Figure 3b. Warthin-Starry stain showing spiral organism typical of
T pallidum
Image of spiral-shaped organisms
responsible for causing syphilis

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Sífilis: doença causada por Treponema pallidum

  • 2. Introdução • Desde o seu reconhecimento, como nova doença, na Europa, no século 15, a sífilis tem sido objeto de grande interesse.
  • 3. • Muitos acreditam que a sífilis tenha sido trazida para a Europa por Colombo, embora não haja provas dessa teoria.
  • 4. • Foram os estudos de Philippe Ricord, publicados em 1838, que lançaram uma luz sobre o fato de lues e gonorréia serem doenças distintas.
  • 5. • O maior mistério da sífilis, no entanto, é como a espiroqueta causa a diversidade de manifestações clínicas da doença.
  • 6. • Sífilis é uma doença crônica e seu único hospedeiro natural conhecido é o homem.
  • 7. • A sífilis é causada por uma: Bactéria chamada Treponema pallidum Genero Treponema Família dos Treponemataceae • Essa família inclui, ainda, dois outros gêneros: Leptospira e Borrelia.
  • 8.
  • 9.
  • 10. • O T. pallidum não é cultivável e é patógeno exclusivo do ser humano. • No entanto, quando inoculado, pode causar infecções experimentais em macacos e ratos.
  • 11. 26h no meio ambiente • É destruído pelo calor e falta de umidade, não resistindo muito tempo fora do seu ambiente (26 horas). • Divide-se transversalmente a cada 30 horas.
  • 12. • A pequena diferença de densidade entre o corpo e a parede do T. pallidum faz com que seja prejudicada sua visualização à luz direta no microscópio. • Cora-se fracamente; daí o nome pálido, do latim pallidum.
  • 13. • A penetração do treponema é realizada por pequenas abrasões decorrentes da relação sexual. • Logo após, o treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação hematogênica, outras partes do corpo.
  • 14. • A resposta de defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação (cancro).
  • 15. • A disseminação sistêmica resulta na produção de complexos imunes circulantes que podem depositar-se em qualquer órgão. • Entretanto, a imunidade humoral não tem capacidade de proteção.
  • 16. • A imunidade celular é mais tardia, permitindo ao T. pallidum multiplicar-se e sobreviver por longos períodos.
  • 17. A sífilis é doença transmitida: • Via sexual (sífilis adquirida) • Verticalmente (sífilis congênita) pela placenta da mãe para o feto.
  • 18. • O contato com as lesões contagiantes (cancro duro e lesões secundárias) pelos órgãos genitais é responsável por 95% dos casos de sífilis.
  • 19. Frisando: • trata-se de doença adquirida pelo contato direto, usualmente sexual, com lesões ativas primárias e secundárias.
  • 20. • Doutor, meu marido voltou de uma viagem de 1 ano e diz que está com sífilis. Quando soube, já era tarde demais. Brigamos e não sei quando ele pegou. Tivemos relação no escuro, por isso, não sei se tinha alguma coisa “estranha” na pele ou pênis. Tenho risco de pegar sífilis?
  • 21. • Estudos tem demonstrado que 16 a 30% dos indivíduos que têm contato sexual com pessoas infectadas pela sífilis desenvolvem a infecção. • A transmissão real pode ser mais alta.
  • 22. • Segundo o manual de DST do Ministério da Saúde, 2006, o risco de infecção em um intercurso sexual é 60% nas lesões de cancro duro e condiloma plano.
  • 23. • Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse epidemiológico são por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão sangüínea.
  • 24. • Nos E.E.U.U., a incidência de sífilis durante a segunda guerra foi de 500 mil infecções por ano. • Entre os anos de 1945 e 2000, a sífilis declinou para uma média de 31 mil casos ao ano.
  • 25. • Desde 2000, houve um aumento no número de casos de sífilis nos E.E.U.U., principalmente entre men who have sex with men (MSM).
  • 26. • Similar aumento na sífilis, em MSM, foi reportado na Europa. • Epidemias entre MSM estão associadas com comportamento sexual desprotegido, provavelmente, em conseqüência das melhores terapias anti-retrovirais.
  • 27. • Em pesquisas recentes, 37 a 52% dos MSM reportaram múltiplos comportamentos de risco.
  • 28. • A OMS estima que 12 milhões de novos casos de lues ocorrem anualmente.
  • 29. • A grande maioria desses casos é vista em nações em desenvolvimento.
  • 30. • Nesses países, a falta de testes pré-natais e antibioticoterapia de mulheres grávidas resultam em infecção do feto.
  • 31. • Sífilis congênita causa:  aborto espontâneo  natimorto  morte no período neonatal  manifestações na infância • Um relato recente estima que, na Tanzânia, mais de 50% dos natimortos são resultado da sífilis.
  • 32. Os principais fatores que determinam a probabilidade de transmissão são: • estágio da sífilis na mãe • duração da exposição do feto no útero
  • 33. • Portanto, a transmissão será maior nas fases iniciais da doença, quando há mais espiroquetas na circulação. • A taxa de transmissão é de 70-100% nas fases primária e secundária, 40% na fase latente recente e 10% na latente tardia.
  • 34. • De particular importância é o reconhecimento de que pacientes infectados pela sífilis encontram-se sob risco muito maior de transmitir e adquirir HIV.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43. • A infecção é iniciada quando o T. pallidum penetra microabrasões dérmicas ou mucosas intactas, tipicamente resultando em um cancro duro no sítio da inoculação. Sífilis primária
  • 44. O cancro duro é uma lesão: • erosada ou ulcerada; • geralmente única; • indolor; • com bordas endurecidas; • fundo liso, brilhante; e • secreção serosa escassa.
  • 45. • A lesão tipicamente não é purulenta. Sífilis primária
  • 46. Média 3 semanas • O cancro aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o contato sexual infectante.
  • 47. • Pode vir acompanhado de: adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e múltipla. Sífilis primária
  • 48. • No homem, a lesão aparece com maior freqüência na glande e sulco bálano- prepucial. Sífilis primária
  • 49. Na mulher, dificilmente é detectada nesta fase. • Quando aparece, é mais comumente observada nos pequenos lábios, paredes vaginais e colo uterino. • Pela localização, pode passar despercebida.
  • 50. • São raras, porém ocorrem, as lesões de inoculação em outras áreas que não a genital. Sífilis primária
  • 51.
  • 52. • 32 a 36% dos homens homossexuais desenvolvem o cancro em outros sítios, como reto, canal anal e cavidade oral. Sífilis primária
  • 53. • A lesão é altamente infectante, sempre rica em treponemas, que podem ser visualizados ao microscópio óptico com campo escuro. Sífilis primária
  • 54. • O cancro é indolor e pode estar localizado em sítios anatômicos ocultos. • Dessa forma, o diagnóstico de sífilis, em mulheres e homossexuais, pode ficar retardado até que manifestações outras se tornem aparentes. Sífilis primária
  • 55. • O chamado cancro misto de Rollet é o resultado da infecção conjunta com o Haemophilus ducreyi (cancro mole). Sífilis primária
  • 56. • A avaliação clínica também pode ser complicada pelo fato de que, em alguns indivíduos, a aparência do cancro primário não corresponde à descrição clássica. Sífilis primária
  • 57. • Lesões não-induradas, com bordas irregulares têm sido observadas. • Também são vistas úlceras múltiplas ou dolorosas, especialmente na região anal de indivíduos HIV +. Sífilis primária
  • 58. • Tomando-se por base a inoculação intra- dérmica de voluntários humanos sadios, com dosagens progressivas de T. pallidum, a dose para causar infecção em 50% dos contactantes é de 57 espiroquetas. • As lesões se desenvolvem mais rapidamente quando a amostra é maior. Sífilis primária
  • 59. • O cancro primário cura-se espontaneamente em 4 a 6 semanas. • Pode ser discernível, em 15% dos pacientes, no estabelecimento do secundarismo. Sífilis primária
  • 60. • Pacientes HIV + apresentam um risco 2 a 3 vezes maior de desenvolver simultaneamente sífilis primária e secundária. Sífilis primária
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  • 72. Sífilis secundária • Dentro de horas da inoculação e durante a evolução do estágio primário, o T. pallidum se dissemina amplamente e se deposita numa variedade de tecidos.
  • 73. • As manifestações de sífilis secundária usualmente ocorrem dentro de 3 meses (6 a 8 semanas) da infecção inicial e, às vezes, são insidiosas. Sífilis secundária
  • 74. • Dor de garganta, mialgia, artralgia, febrícula, adinamia, mal-estar e perda de peso são exemplos dos variados achados sistêmicos no secundarismo. Sífilis secundária
  • 75. • Linfoadenopatia não-dolorosa generalizada ocorre em mais de 85% dos casos. Sífilis secundária
  • 76. • Ainda mais comum, no secundarismo, é o rash muco-cutâneo disseminado. Sífilis secundária
  • 77. “Eritema triste” • Máculas discretas e pálidas aparecem inicialmente no tronco e extremidades proximais. • Sucedem-se lesões de variável morfologia entre os pacientes.
  • 78. No momento do diagnóstico, os tipos mais comuns de lesão na sífilis secundária são: • máculo-papular (50% a 70%); • papular (12%); • macular (10%); e • anular (6% a 14%). Sífilis secundária
  • 79. • Em poucos casos, as lesões podem se tornar necróticas, uma condição chamada sífilis maligna. Sífilis secundária
  • 80. Sífilis maligna • Esta rara manifestação clínica constitui variante da sífilis secundária. • Caracteriza-se por lesões ulceradas pustulosas, extensas e às vezes de caráter rupióide.
  • 81. • A origem da palavra "rupia" é o termo sânscrito rūp ou rūpā ("prata"), donde rúpya ("prata amoedada") e rūpyakam (devanágari: रूप्यकम्), "moeda de prata". • Seu primeiro registro em português é de 1608. Sífilis maligna
  • 82. • Regridem totalmente quando a terapêutica antibiótica é instituída. Sífilis maligna
  • 83. • A denominação "maligna" decorre da similitude com lesões neoplásicas. • Os casos relatados na literatura mundial apresentam manifestações clínicas variadas e bizarras. • Há, inclusive, em alguns pacientes, acometimento hepático. Sífilis maligna
  • 84. • Em revisão de 31 casos de sífilis maligna, Haslund demonstrou que geralmente existe um pródromo de febre, cefaléia e mialgia antes do aparecimento das lesões cutâneas. Sífilis maligna
  • 85. • As lesões cutâneas geralmente se iniciam como pápulo-pústulas que rapidamente se tornam necróticas. Sífilis maligna
  • 86. • A face e couro cabeludo são as áreas mais freqüentemente envolvidas, seguidos dos membros e tronco. • Onze dos 31 pacientes de Haslund apresentaram envolvimento de mucosa, tratando-se porém somente de uma variação no aspecto da moléstia. Sífilis maligna
  • 87. Neisser ressalta quatro características clínicas da sífilis maligna precoce: • a. A doença apresenta período de incubação relativamente curto - Haslund define o período de incubação mínimo de quatro a seis semanas e o máximo de um ano; • b. Sintomas sistêmicos pronunciados; • c. A pele e freqüentemente a mucosa nasal e bucal apresentam lesões irregularmente distribuídas, constituídas por pústulas, úlceras e lesões rupióides; • d. As lesões cutâneas são pleomórficas e revelam pápulo-pústulas, ulcerações profundas, às vezes recobertas por crostas e lesões cicatriciais. A pele ao redor das lesões é pouco afetada, apresentando mínimo eritema.
  • 88. Os aforismos • Diante das lesões cutâneas com características clínicas diversas, a sífilis deve ser considerada. • Assim como em casos de sífilis com manifestações agressivas, o anti-HIV deve ser pesquisado.
  • 89. • Anti-HIV pode, doravante, ser considerado como prova laboratorial complementar na sífilis maligna. Sífilis maligna
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  • 96. Sífilis Secundária • O rash é freqüentemente encontrado nas palmas e plantas.
  • 97. • Embora a alopecia da lues seja costumeiramente referida como não- cicatricial.... • ...em 4 a 11% dos pacientes, a infecção do folículo piloso pelo T. pallidum resulta em alopecia cicatricial. Sífilis Secundária
  • 98.
  • 99. • Também há relatos infreqüentes da perda de pêlos faciais e corporais. Sífilis Secundária
  • 100. • Sinal de Fournier: madarose na lues. Sífilis Secundária
  • 101.
  • 102. • As lesões secundárias também são lesões ricas em treponemas como o cancro duro. • Já existem anticorpos circulantes, em seus maiores títulos, que permitem a identificação sorológica da infecção. Sífilis Secundária
  • 104.
  • 105. EXAME EM CAMPO ESCURO • O teste consiste no exame direto da linfa da lesão. • O material é levado ao microscópio com condensador de campo escuro, em que é possível, com luz indireta, a visualização do T. pallidum vivo e móvel. • É considerado um teste rápido, de baixo custo e definitivo. • A sensibilidade varia de 74 a 86%, podendo a especificidade alcançar 97% dependendo da experiência do avaliador.
  • 106. • No secundarismo sifilítico, a sorologia é o mais importante método diagnóstico. • Os testes treponêmicos, FTAabs e TPHA, não indicam, necessariamente, atividade da doença, pois permanecem positivos mesmo após tratamento. • Têm alta sensibilidade e especificidade.
  • 107. • Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum como antígeno. • São usados para confirmar a reatividade de testes não treponêmicos e nos casos em que os testes não treponêmicos têm pouca sensibilidade, como na sífilis tardia. • Positivam-se um pouco mais cedo que os testes não treponêmicos.
  • 108. Testes treponêmicos permanecem positivos por muito tempo!!! • Em 85% das pessoas tratadas com sucesso, os resultados permanecem positivos por anos ou até mesmo por toda a vida.
  • 109. Prozona!!! • Os testes não treponêmicos, em especial o VDRL, têm sensibilidade elevadíssima na lues secundária com títulos altos, geralmente superiores a 1/64. • Podem, raramente, ser falso-negativos em decorrência do excesso de anticorpos, o fenômeno de prozona. • Nesses casos, repetido o exame com o soro diluído, há positividade com títulos maiores ou iguais a 1/1.024.
  • 110. • Ainda, na apresentação do secundarismo, em torno de 10% dos pacientes desenvolvem condiloma plano. Sífilis Secundária
  • 111. • Trata-se de lesão altamente infectante, de grandes dimensões, que se desenvolve nas áreas quentes e úmidas, incluindo períneo e ânus. Sífilis Secundária
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  • 114. Comissurite!!! • Inflamação localizada da cavidade oral, língua e mucosas genitais pode levar ao surgimento de placas.
  • 115. • É pouco freqüente que a sífilis secundária possa ser acompanhada por envolvimento gástrico, renal e hepatite. • Uveíte e Irite podem ser observadas. Sífilis Secundária
  • 116. • T. pallidum foi encontrado em biópsias hepáticas de pacientes com sífilis secundária. Sífilis Secundária
  • 117. • Foi observada glomerulonefrite. • O componente renal resulta do depósito de complexos, que são formados por anticorpos e antígenos treponêmicos. • Pode causar dano renal irreversível; inclusive síndrome nefrótica pode estar presente. Sífilis Secundária
  • 118. • Aproximadamente 5% dos indivíduos com sífilis secundária experimentam manifestações precoces de neurossífilis. • O quadro pode incluir meningite e manifestações oftalmológicas (3% dos pacientes com irite). Sífilis Secundária
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  • 146. Sífilis Latente • A sífilis latente (recente e tardia) é a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e sintomas clínicos. • Seu diagnóstico é feito exclusivamente por meio de testes sorológicos, com títulos menores do que na fase secundária. • Sua duração é variável e seu curso poderá ser interrompido por sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
  • 147. Sífilis Latente • Lesões disseminadas e outras manifestações de sífilis secundária usualmente se resolvem espontaneamente em 3 meses do aparecimento.
  • 148. • Os sintomas ficam ausentes por um período variável em pacientes não tratados. Sífilis Latente
  • 149. • A sífilis latente é dividida em 2 estágios, tomando por base o tempo aproximado de infecção. Sífilis Latente
  • 150. • No primeiro ano após a infecção, os pacientes são considerados portadores de sífilis latente precoce. • Mais de 25% deles podem desenvolver manifestações recorrentes do secundarismo. Sífilis Latente
  • 151. • Sífilis latente tardia é definida como uma infecção assintomática com mais de um ano de duração (ou duração desconhecida). Sífilis Latente
  • 152. • A sorologia é positiva na sífilis latente tardia, mas a transmissão sexual é improvável. Sífilis Latente
  • 153.
  • 154. • Organismos podem ser semeados na circulação durante a sífilis latente e podem infectar o feto em desenvolvimento durante a gravidez. Sífilis Latente
  • 155. • A sífilis latente termina quando a terapia antibiótica curativa é instituída ou as manifestações terciárias da doença se desenvolvem. Sífilis Latente
  • 156. • Essa síndrome não se manifesta antes de 20 a 40 anos de contaminação pelo treponema. Sífilis terciária
  • 157. • A inflamação progressiva causou goma (sífilis tardia benigna), uma forma localizada de destruição tecidual e óssea, em 16% dos pacientes com sífilis não tratada. Sífilis terciária
  • 158. • Sífilis cárdio-vascular, usualmente vista como insuficiência aórtica ou aneurisma, foi observada em 10% dos pacientes não tratados. Sífilis terciária
  • 159. • O aneurisma da sífilis está mais freqüentemente localizado na porção ascendente (60%) ou arco da aorta (30-40%), enquanto a porção descendente da aorta torácica é acometida apenas em 10-15% dos casos. • Somente 5% dos pacientes apresentam aneurisma na aorta abdominal. • Aneurismas saculares acima do nível das artérias renais são mais freqüentemente causados por fungos ou sífilis. Sífilis terciária
  • 160. • Neurossífilis sintomática tardia foi reconhecida em 6,5% dos pacientes não- tratados. Sífilis terciária
  • 161. • Goma: corresponde a lesões nodulares granulomatosas, com variável necrose central. • Podem se desenvolver tão precocemente quanto 2 anos após a infecção inicial, embora elas usualmente apareçam muito mais tarde. Sífilis terciária
  • 162. • Essas lesões destrutivas mais comumente afetam pele e ossos, ainda que fígado, coração, cérebro, estômago e trato respiratório superior também possam ser acometidos. • T. pallidum pode ocasionalmente ser identificado em lesões gomosas. Sífilis terciária
  • 163. • As lesões gomosas raramente se curam de maneira espontânea. • Por outro lado, rapidamente se resolvem com terapia antibiótica apropriada. Sífilis terciária
  • 164.
  • 165.
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  • 167. • A menos que afete um órgão crítico, a goma usualmente não causa sérias complicações. • Desse fato deriva o termo “sífilis tardia benigna”. Sífilis terciária
  • 168.
  • 169. • Sífilis Cardiovascular. Anteriormente ao advento da penicilinoterapia, a maioria das mortes atribuídas à sífilis eram creditadas ao envolvimento cárdio- vascular. Sífilis terciária
  • 170. • Complicações neurológicas tardias. No intervalo de 5 a 10 anos da infecção inicial não-tratada, a invasão precoce do SNC pode progredir à sífilis meningo-vascular. • Sua complicação mais temida é o AVC. Sífilis terciária
  • 171. • Antes desse desfecho, os indivíduos podem experimentar vertigem, insônia e mudanças de personalidade. • Esses sintomas são seguidos de envolvimento arterial que pode ser generalizado ou focal. • Perda de consciência e convulsões podem estar presentes. Sífilis terciária
  • 172. • Sífilis parenquimatosa tardia, apresentando-se como paresia generalizada ou tabes dorsalis, surge 2 a 3 décadas após a infecção. Sífilis terciária
  • 173. Podem ser observadas: • mudanças de personalidade • instabilidade emocional • perda de memória • Alucinações • reflexos exautados. Sífilis terciária
  • 174. Demora décadas para se instalar!!! • Envolvimento das colunas posteriores da medula espinhal e do gânglio da raiz dorsal causam tabes dorsalis. • Suas manifestações são representadas por ataxia nos MMII, parestesia e vômito ou dor abdominal.
  • 175. • Marcha com base alargada freqüentemente resulta da perda de percepção de posição e da sensibilidade vibratória. • Perda das sensibilidades térmica e de dor profunda podem ocorrer. • Como resultado, pode se desenvolver junta de Charcot (lesões tróficas nos tornozelos, joelhos e quadril). Sífilis terciária
  • 176. Envolvimento do SNC • Classicamente, as complicações neurológicas da sífilis tem sido associadas com o terciarismo. • No entanto, inúmeros estudos demonstram a penetração do T. pallidum, no SNC, já em estados precoces da doença.
  • 177. LCR • Neurossífilis pode ser definida pelo aumento de proteínas e leucócitos e VDRL positivo no líquor.
  • 178. LCR • T. pallidum pode ser detectado, no líquor de muitos pacientes com sífilis, muito precocemente. • Nesse momento, outras alterações (como pleocitose) ainda não são perceptíveis.
  • 179. LCR • Em torno de 40% dos pacientes de sífilis precoce e 25% dos pacientes com a forma latente apresentam, pelo menos, um critério diagnóstico de neurossífilis.
  • 180. LCR • As implicações prognósticas da invasão do líquor são difíceis de determinar. • A maioria das pessoas com invasão do líquor parece resolver ou controlar esse aspecto da infecção.
  • 181. LCR • Não há indicadores conhecidos para o subseqüente desenvolvimento de neurossífilis.
  • 182. Aqui: com certeza punção • O exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) deverá ser indicado nos pacientes que tenham o diagnóstico sorológico de sífilis recente ou tardia com sintomas neurais. • Também é de importância em pacientes que mantiverem reações sorológicas sangüíneas apresentando títulos elevados após o tratamento correto.
  • 183. Meningite!!! • Os sintomas típicos de meningite aguda precoce incluem febre, dor de cabeça, náusea, vômito e rigidez de nuca. • Envolvimento de pares cranianos pode resultar em distúrbios visuais (incluindo visão turva e fotofobia), perda auditiva e fraqueza dos músculos da mímica.
  • 184. Neurossífilis • Sintomas precoces de neurossífilis podem ocorrer simultaneamente com aqueles ligados às formas primárias ou secundárias. • Podem, ainda, ser observados após a resolução da forma secundária.
  • 185. • Uveíte e tontura podem ocorrer. • Raramente, indivíduos com neurossífilis precoce reportam perda de memória e confusão mental. Neurossífilis
  • 186. • Na década após o reconhecimento da infecção pelo HIV, alguns investigadores alegaram que os sintomas da neurossífilis são exacerbados em indivíduos infectados pelo HIV. • No entanto, essa visão não recebeu suporte de estudos mais amplos e mais recentes. Neurossífilis
  • 187. • Faltam subsídios que confirmem a associação entre o status quanto ao HIV e a severidade da doença neurológica. • No entanto, particularmente naqueles com infecção concorrente por HIV, a terapia habitual com penicilina benzatina pode não ser suficiente para resolver a infecção. Neurossífilis
  • 188. Aqui: questiona-se • A punção lombar nos casos de sífilis latente tardia (mais de um ano de duração ou de duração desconhecida) e em pacientes HIV-positivos independente do estágio da sífilis tem sido questionada, embora mantida como recomendação nos manuais de controle.
  • 189. • Nenhum teste sorológico isoladamente é seguro no diagnóstico da neurossífilis. Neurossífilis
  • 190. 3 critérios presentes para fechar diagnóstico • O diagnóstico é feito pela combinação de: Positividade à prova sorológica Aumento da celularidade (maior que 10 linfócitos/ml) Aumento das proteínas no LCR (superior a 40mg/dl).
  • 191. • O VDRL é a prova recomendada para o exame do líquor. Neurossífilis
  • 192. • O VDRL no líquor tem baixa sensibilidade (30- 47% falso-negativo) e alta especificidade. • O FTA-ABS pode ser positivo pela passagem de anticorpos por difusão do sangue para o LCR em pacientes com sífilis. • Porém é um teste altamente sensível, e a neurossífilis poderá ser excluída diante de um FTA-ABS negativo. Neurossífilis
  • 193. • Em pacientes HIV-positivos, o exame do LCR deverá considerar que alterações na contagem de células e na dosagem de proteínas isoladamente poderão ser atribuídas ao comprometimento neurológico do vírus HIV. Neurossífilis
  • 194. Sífilis terciária • Hoje em dia, tendo em vista que a antibioticoterapia coincidente é comum, as manifestações tardias da sífilis são raramente vistas.
  • 195. Sífilis congênita • T. pallidum pode ser transmitido da corrente sanguínea da mãe infectada para seu feto em desenvolvimento em qualquer momento na gestação. • No entanto, o risco de infecção fetal é muito maior na sífilis materna precoce (primeiro ano) que nas formas tardias.
  • 196. • Terapia antibiótica da mãe durante os primeiros 2 trimestres é usualmente suficiente para prevenir desdobramentos negativos. • Mas o tratamento tardio ou a ausência de tratamento podem trazer danos ao feto. Sífilis congênita
  • 197. Acredita-se que os efeitos destrutivos se devam à resposta imune do feto incluindo: • Aborto espontâneo • Natimorto • Parto prematuro Sífilis congênita
  • 198. • Crianças afetadas apresentam-se com baixo peso ao nascimento. Sífilis congênita
  • 199. • Hemorragia pulmonar, secundária à infecção bacteriana, e severa hepatite causam morte de aproximadamente 4% das crianças infectadas pelo T. pallidum logo após o nascimento. Sífilis congênita
  • 200. • Por outro lado, crianças expostas a pequenas quantidades do treponema, em meses adiantados da gestação, manifestarão apenas sífilis congênita tardia. Sífilis congênita
  • 201. Assim como na doença do adulto, sífilis congênita é dividida em 2 estágios: • manifestações precoces aparecem nos primeiros 2 anos de vida; e • aquelas tardias depois dos 2 anos, além dos estigmas residuais. Sífilis congênita
  • 202. • Manifestações precoces são infecciosas e se assemelham aos sintomas severos do secundarismo no adulto. • Usualmente, tornam-se aparentes depois de 2 a 10 semanas do parto. Sífilis congênita
  • 203. • O primeiro sintoma visto em mais de 50% dos recém-nascidos com sífilis congênita é a obstrução nasal/rinorréia. Sífilis congênita
  • 204. • A invasão pelo T. pallidum da mucosa nasal pode causar rinite com descarga esbranquiçada, às vezes, acompanhada de laivos de sangue. • T. pallidum pode, adicionalmente, invadir os ossos, a cartilagem do nariz e o pálato, levando à destruição gomosa mais tardiamente na vida. Sífilis congênita
  • 205. Pênfigo sifilítico • Crianças com sífilis congênita comumente apresentam lesões de pele que se assemelham à doença secundária. • Algumas vezes acompanham-se de descamação da pele das palmas e plantas, condiloma plano e placas mucosas.
  • 206. • Outras evidências de infecção incluem: anemia hepatoesplenomegalia envolvimento renal icterícia Sífilis congênita
  • 207. • Osteocondrite dos ossos longos pode levar à dor e ausência de movimentação das extremidades superiores e inferiores (pseudoparalisia de Parrot). • Radiografia dos osso longos pode ser útil na confirmação diagnóstica. Sífilis congênita
  • 208. • Manifestações tardias de sífilis congênita ocorrem depois dos 2 anos de vida. • Entre as idades de 5 a 25 anos, ceratite intersticial pode causar danos à córnea e a íris e dano ao oitavo par craniano com surdez. Quando o contato é tardio e/ou com pequena quantidade de treponemas...
  • 209. Neurossífilis assintomática ou sintomática Artropatia Efusão bilateral de joelhos e cotovelos (junta de Clutton) Periostite gomosa do palato e septo nasal Sífilis congênita
  • 210. • Dentes de Hutchinson (acometimento dos incisivos) correspondem a outra característica estigmatizante da sífilis congênita. • Outras deformidades dentárias, nariz em cela e tíbia em sabre podem ocorrer. Sífilis congênita
  • 211. Eo sinal de Hutchinson?
  • 212.
  • 213. HIV • A presença do VDRL reagente nos portadores dessa infecção viral foi descrita entre 2,6 e 8,8% dos doentes, sendo maior entre os homens.
  • 214. • Nos doentes infectados pelo HIV, recomenda-se o exame a cada três meses. • A reversão do VDRL é similar à dos doentes HIV-negativos e não está relacionada à contagem sérica dos linfócitos T CD4, embora a evolução seja mais rápida e agressiva e o tratamento mais demorado. HIV
  • 215. HIV • VDRL falso-positivo foi descrito como 10 vezes mais freqüente nessa população. • Quando isso ocorrer, o teste deve ser repetido e, na maioria das vezes, torna-se negativo em até 10 semanas.
  • 216. • O exame anti-HIV é recomendado para todos os pacientes com Sífilis.
  • 217. Diagnóstico • Teste Não-Treponêmicos: Baratos Amplamente usados Ag (reagente) / Ac (reagina) São eles: VDRL RPR
  • 219. O VDRL continua a ser utilizado, mas não oferece vantagens em relação ao RPR para o diagnóstico de lues. Diagnóstico
  • 220. • As sensibilidades do RPR e do VDRL dependem do estágio da doença. Diagnóstico
  • 221. • A sensibilidade do RPR e do VDRL, na sífilis primária, estão na casa dos 86% e 78% respectivamente. • Na sífilis secundária, a sensibilidade de ambos aproxima-se dos 100%. Diagnóstico
  • 222. RPR e VDRL falso positivos • A reatividade dos anticorpos antilipídicos aumenta como resultado de dano tissular de uma infecção recente ou atual (como na hepatite). • Na hanseníase, a positividade é observada em 40% dos virchowianos. • O mesmo evento pode ser observado quando há doenças autoimunes subjacentes, como artrite reumatóide e LES.
  • 223. • Tendo em vista que os auto-anticorpos ascendem como resultado do processo de envelhecimento, as pessoas mais velhas estão sob o risco da falsa positividade. Diagnóstico
  • 224. • Os títulos do VDRL são considerados positivos quando 1/16 ou superiores. Diagnóstico
  • 225. • Títulos inferiores são considerados falso- positivos, quando os testes treponêmicos forem negativos. • Algumas condições estão associadas com VDRL reagente e ELISA não reagente, sem história prévia de sífilis. Diagnóstico
  • 226. • As reações específicas, como FTA-ABS e ELISA, raramente são falso-reagentes, exceto em casos específicos, como na borreliose de Lyme. • Nessa situação, o FTA-ABS é positivo e o VDRL geralmente é negativo. Diagnóstico
  • 227. Como é a sífilis latente precoce? • Pacientes com VDRL e ELISA positivos, com história prévia de sífilis de até 12 meses e que apresentam VDRL com titulação de 1/8 ou inferior, são classificados como portadores da sífilis latente precoce.
  • 228. E a tardia? • Aqueles com VDRL e ELISA positivos, sem história prévia de sífilis são tidos como portadores da sífilis latente tardia.
  • 229. • A presença de grande quantidade de anticorpos pode evitar que haja floculação no soro puro (falso-negativo). • Nessas ocasiões, a diluição do soro tornará a reação positiva. • Esse fenômeno é chamado de "efeito prozona" e acontece em 1% dos doentes com secundarismo sifilítico, não sendo observado nos testes treponêmicos. Diagnóstico
  • 230. Seguimento • O VDRL é indispensável no seguimento pós-tratamento da sífilis. • Recomenda-se o exame a cada 3 meses, no primeiro ano, e a cada seis meses, até o final do segundo ano.
  • 231. 4 para 3 e 8 para 6 [2x(4 e 3)] Os títulos diminuem quatro vezes após três meses e oito vezes aos seis meses.
  • 232. • Outros autores relataram que o teste permaneceu positivo em 16,47%, 11,38% e 6,6% nos casos de doença primária, e em 27,57%, 17,25% e 8,39% nas formas secundárias, respectivamente, em seis, 12 e 30 meses após o tratamento. • Entretanto, é necessário que se saiba diferenciar entre a persistência do exame reagente e a re-infecção pelo T.pallidum. Seguimento
  • 234. 63,6% reinfectam-se!!! • Há dados publicados referindo 63,6% de novas infecções em pessoas que já a haviam tratado anteriormente, sugerindo que as práticas para o sexo seguro não vêm sendo respeitadas.
  • 235. Quando qualquer outra DST é diagnosticada, incluindo a infecção pelo HIV, a pesquisa sorológica para sífilis é obrigatória. Seguimento
  • 236. Implicações do controle da sífilis Tratamento da Infecção • Depois de 60 anos de uso, a penicilina continua a droga de escolha no tratamento da sífilis. • Diversas proteínas do T. pallidum podem se ligar à penicilina.
  • 237. Tratamento • As proteínas que se ligam à penicilina freqüentemente funcionam na síntese da parede celular. • Portanto, a penicilina mata bactérias susceptíveis, interferindo na produção de suas paredes.
  • 238. Lembrar das grávidas!!! • Guidelines publicados pelo CDC especificam doxiciclina ou tetraciclina orais como tratamentos alternativos para alergia à penicilina. • Exceção deve ser feita às mulheres grávidas.
  • 239. • Resistência aos Macrolídeos • Nos anos 1990, azitromicina emergiu como alternativa particularmente atraente à terapia com penicilina para sífilis. Tratamento
  • 240. • Azitromicina é dada por via oral, em contraste à penicilina benzatina que deve ser depositada, por via intra-muscular, em um grande volume. • A sífilis precoce parece responder bem à dose única de azitromicina e grandes ensaios com azitromicina estão em execução. Tratamento
  • 241. • Recentemente, no entanto, um estudo com amostras de T. pallidum de pacientes identificou cepas bacterianas resistentes. • Demonstrou-se que essa resistência está associada com mutação de uma única base no gene 23S rRNA. Tratamento
  • 242. • A resistência aos macrolídeos foi demonstrada em altos percentuais em São Francisco (37% das amostras em 2003) e Dublin (88% das amostras em 2002) e menor, mas presente, em outras cidades. • Em cidades com altas taxas de cepas resistentes, a penicilina deverá continuar sendo a droga de escolha. Tratamento
  • 243. Desenvolvimento de Vacina • A infecção pela sífilis aumenta o risco de transmitir e adquirir HIV. • Não apenas as lesões de sífilis são uma porta de entrada para o HIV, mas as células do sistema imune que carregam e são susceptíveis ao vírus, macrófagos e células T, são encontradas em abundância nas lesões de lues. Tratamento
  • 244. • A prevenção da sífilis auxiliaria na diminuição da escalada de casos de infecções pelo HIV e, certamente, preveniria sífilis congênita. Tratamento
  • 245. • Até o momento, apenas um estudo com animais demonstrou proteção completa contra infecção pelo T. pallidum. • O regime de imunização, 60 inoculações intra-venosas com T.pallidum irradiado, em 37 semanas, foi tão longo, caro e trabalhoso que se mostrou impraticável.
  • 246. • Outros regimes de imunização tentados induziram imunidade parcial, demonstrada pelo desenvolvimento atenuado e rápida cicatrização das lesões. • Essa falta de proteção completa, mesmo com altos títulos de anticorpos, sugere que a resposta imune-celular é crítica no clareamento precoce do T. pallidum.
  • 247. Tratamento Medidas gerais: • Penicilina parenteral é o tratamento preferencial para todos os estágios da Sífilis.
  • 248. Tratamento • A falência terapêutica é rara. • Regularmente responde a um segundo curso de penicilina nas mesmas doses ou em doses mais altas.
  • 249. • Penicilina parenteral é o único tratamento com eficácia documentada na neurossífilis, na infecção por HIV e na gravidez. Tratamento
  • 250. • Penicilina oral pode produzir níveis tissulares e séricos adequados. • Não é recomendada por causa da sua reduzida eficácia e pela falta de aderência ao tratamento. Tratamento
  • 251. • Tetraciclina, macrolídeos e cefalosporinas de terceira geração podem ser utilizados no tratamento da sífilis, entretanto suas eficácias terapêuticas são menores que a da penicilina. • Doxiciclina também é utilizada no tratamento da sífilis e apresenta uma melhor aderência ao tratamento e absorção do que a tetraciclina. Tratamento
  • 254.
  • 255. E os terciários e HIV positivos?
  • 256. • As gestantes tratadas requerem seguimento sorológico quantitativo mensal durante a gestação. • Devem ser novamente tratadas se não houver resposta ou se houver aumento de pelo menos duas diluições na titulação. • As gestantes com história comprovada de alergia à penicilina devem ser dessensibilizadas Tratamento
  • 257. • Na impossibilidade, deve ser administrada a eritromicina na forma de estearato, mas o feto será considerado não tratado e deverá ser notificado caso de sífilis congênita. Tratamento
  • 258. Conclusão dos Anais!!! • Embora haja publicações sugerindo que a azitromicina seja eficaz no tratamento da sífilis, já foi mostrada resistência do Treponema a este antimicrobiano macrolídeo e seu uso não foi estudado na prevenção de sífilis congênita (Passos et al., 2004; CDC 2004a; Kiddugavu et al., 2005). • Até que evidências mais claras estejam disponíveis, não se recomenda seu uso em substituição à penicilina.
  • 259. Tratamento preventivo • Indivíduos que tiveram contato com doentes comprovadamente com sífilis podem receber, profilaticamente, uma injeção de Penicilina G benzatina de 2,4 milhões de unidades. Tratamento
  • 260. Último lembrete!!! As DST de notificação compulsória são: AIDS HIV na gestante/criança exposta sífilis na gestação sífilis congênita
  • 264. • 17. Sobre as reações sorológicas para sífilis, é correto afirmar que: a) no fenômeno prozona, os altos níveis de antígeno impedem que a floculação ocorra b) os resultados falso-positivos ocorrem muito precocemente na infecção secundária c) o VDRL se positiva 4 a 5 semanas após a infecção e pode-se negativar na latência tardia d) os resultados falso-positivos ocorrem tardiamente na infecção secundária
  • 265.
  • 267. • 48. Foram internados, na enfermaria de Dermatologia, dois irmãos de 15 e 17 anos de idade, ambos com quadro de mal perfurante plantar, analgesia dos membros inferiores e deformidades nos artelhos por acrosteólise. O diagnóstico mais provável é: a) sífilis congênita tardia b) diabetes descompensado c) síndrome de Thévenard d) hanseníase tuberculóide
  • 268. • A doença de Thévenard ou acropatia ulceromutilante familial é uma síndrome autossômica dominante composta de neuropatia sensorial e alteraçoes tróficas dos membros inferiores. • A sintomatologia pode iniciar-se em qualquer período da infância. • A reduçao da sensibilidade é bilateral e simétrica, enquanto a motricidade permanece intacta.
  • 270. • 59. Segundo o Ministério da Saúde, no tratamento da sífilis congênita neonatal, deve-se administrar: a) penicilina cristalina 150.000U/kg/dia IV, em 2-3 vezes por 14 dias, nos pacientes com alteração liquórica b) penicilina G procaína 50.000U/kg, IM por 7 dias, nos pacientes com alteração liquórica c) penicilina benzatina 50.000U/kg IM em dose única nos pacientes com clínica e VDRL positivo d) penicilina cristalina 100.000U/kg/dia IV, em 2-3 vezes por 7-10 dias, nos pacientes sem clínica e com VDRL negativo
  • 272.
  • 273.
  • 274. • 67. T03 - Na sífilis congênita: a) recomenda-se realizar o exame do LCR em todos os casos que se enquadrem na definição de caso b) a sorologia do LCR em todos os casos que se enquadrem na definição de caso c) a sorologia do LCR deve ser repetida de 3/3 meses, pois é muito comum a recidiva após o tratamento d) não há necessidade de sorologia do LCR pelo fato de a conduta terapêutica não depender da confirmação de neurossífilis e) a sorologia do LCr só é importante para crianças com mais de 3 anos de idade
  • 276. • 81. P08 - Segundo os estudos clássicos da história natural da sífilis, que porcentagem aproximada de doentes não tratados evoluirão para sífilis cardiovascular? a) 50% b) 40% c) 60% d) 10% e) 20%
  • 278. • 95 - Das doenças abaixo relacionadas, qual é indicativa da presença de AIDS (critério CDC modificado)? a) dermatofitose disseminada b) criptococose extrapulmonar c) púrpuras disseminadas d) herpes zoster e) sífilis secundária
  • 279. CRITÉRIO CDC MODIFICADO Será considerado Caso de AIDS, todo indivíduo que apresentar evidência laboratorial de infecção pelo HIV, independentemente da presença de outras causas de imunodeficiência, no qual seja Dx pelo menos 1 doença indicativa de AIDS: • candidíase da traquéia, brônquios ou pulmão: método Dx: endoscopia ou biópsia. • CMV (em local que não o olho): método Dx: biópsia. • criptococose extra-pulmonar: método Dx: cultura ou detecção de antígeno. • criptosporidíase com diarréia por um período Ý 1 mês: método Dx : biópsia. • HSV dos brônquios, pulmão ou do gastrointestinal: método Dx: biópsia ou detecção de antígeno. • histoplasmose disseminada: método Dx: cultura ou detecção de antígeno. • isosporíase com diarréia persistente: método Dx: biópsia. • leucoencefalopatia multifocal progressiva: método Dx: biópsia. • linfoma primário do cérebro: método Dx: biópsia. • outro linfoma não-Hodgkin de células B: método Dx: biópsia. • micobacteriose (não TB): método Dx: cultura. • septicemia recorrente por salmonela (não tifóide): método Dx: cultura.
  • 281. • 48. Assinale a doença que se caracteriza por ser auto-inoculável: a) sífilis b) herpes no imunocompetente c) cancróide d) linfogranuloma e) papulose bowenóide
  • 283. • 49. A introdução do primeiro tratamento quimioterápico eficiente para a sífilis deve-se a: a) Fracastoro b) Ehrlich c) Hoffmann d) Wassermann e) Schaudinn
  • 284. • As the disease became better understood, more effective treatments were found. The first antibiotic to be used for treating disease was the arsenic-containing drug Salvarsan, developed in 1908 by Sahachiro Hata while working in the laboratory of Nobel prize winner Paul Ehrlich.
  • 285.
  • 287. • 81. Em relação à resposta humoral na sífilis adquirida, é correto afirmar que: a) o IgG é o primeiro anticorpo produzido e é detectável após a 2ª semana b) o IgM é o primeiro anticorpo produzido e é detectável após a 2ª semana c) o IgM e IgG só são detectáveis após a 4ª ou 5ª semana d) o IgG é o segundo anticorpo produzido e seu título baixa mais precocemente do que o IgM e) o IgM é o primeiro anticorpo produzido e seu título baixa mais tardiamente do que o IgG
  • 289. Inadequadamente tratada!!! • 89. Na sífilis da gestante alérgica à penicilina, assinale qual das drogas abaixo poderá ser escolhida para tratamento e profilaxia: a) tetraciclina b) gentamicina c) estreptomicina d) ceftriaxona e) estolato de eritromicina
  • 291. • 19. Segundo estudos da história natural da sífilis, que porcentagem aproximada de doentes não-tratados ficará curada ou permanecerá com a afecção latente ? a) 5 b) 10 c) 20 d) 40 e) 60
  • 293. • 20. Sabendo-se das condições necessárias para o surgimento do condiloma plano, é possível encontrá-lo a) na fronte b) nos interpododáctilos c) no braço d) no dorso e) na perna
  • 295. • 21. Criança de 7 anos apresenta lesões papuloerosivas perianais e sorologia para lues com altos títulos. Qual o diagnóstico ? a) Sífilis congênita recente b) Sífilis congênita tardia c) Sífilis secundária d) Sífilis congênita recente com condiloma acuminado e) Sífilis congênita tardia com condiloma acuminado
  • 297. • 22. Indivíduo do sexo masculino apresenta-se, ao exame clínico, com adenopatia flegmásica unilateral. Refere relações heterossexuais sem proteção mecânica, febre e artralgias prévias discretas. O título da reação solicitada foi de 1 para 64. Qual a doença e a reação efetuada ? a) Sífilis – VDRL b) Linfogranuloma venéreo – fixação de complemento c) Cancróide – reação de Ito-Reenstierna d) Donovanose – reação de Donovan e) Herpes simples – titulação de IgG
  • 299. • LINFOGRANULOMA VENÉREO • CONCEITO • Doença infecciosa de transmissão exclusivamente sexual, conhecida popularmente como "mula". • Caracterizada pela presença de bubão inguinal, com período de incubação entre 3 e 30 dias.
  • 300. • AGENTE ETIOLÓGICO • Chlamydia trachomatis - sorotipos L1, L2 e L3.
  • 301. QUADRO CLÍNICO • A evolução da doença ocorre em 3 fases: lesão de inoculação, disseminação linfática regional e seqüelas. • Lesão de inoculação • Inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar seqüela. • Freqüentemente não é notada pelo paciente, e raramente é observada pelo médico. • Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e prepúcio; na mulher, na parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula e outras partes de genitália externa.
  • 302. Disseminação Linfática Regional • No homem, a linfadenopatia inguinal desenvolve-se entre 1 a 6 semanas após a lesão inicial, sendo geralmente unilateral (em 70% dos casos), e constituindo-se no principal motivo da consulta. • Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação: • na genitália externa - linfonodos inguinais superficiais; • terço inferior da vagina - linfonodos pélvicos; • terço médio da vagina - linfonodos entre o reto e a artéria ilíaca interna; ou • terço superior da vagina e colo uterino - linfonodos ilíacos. • O comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em uma grande massa. • A lesão primária na região anal pode levar à proctite e proctocolite hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia regional. • Sintomas gerais: febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo.
  • 303. Seqüelas • Ocorrem mais freqüente na mulher e homossexuais masculinos, devido ao acometimento do reto. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é denominada estiômeno. Podem ocorrer fístulas retais, vaginais, vesicais e estenose retal.
  • 304. DIAGNÓSTICO • Teste de fixação de complemento
  • 305. • TRATAMENTO • Azitromicina 1 g, VO, dose única; ou • Doxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, no mínimo por 14 dias; ou • Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprim 160 mg, VO, de 12/12 horas, no mínimo por 14 dias; ou • Tianfenicol 0,5 g, VO, de 8/8 horas, por 14 dias; ou • Eritromicina 500mg, VO, de 6/6 horas, por 14 a 21 dias.
  • 306. • 27. Gestante de 33 semanas contamina- se com baixa carga infectante de Treponema pallidum; para o feto espera- se, mais provavelmente, que a) seja abortado b) tenha sífilis congênita recente c) apresente sífilis congênita tardia d) mostre normalidade e) não sobreviva
  • 308. • 46. No tratamento da sífilis, a reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer a) no final da terapêutica com penicilina b) quando se utilizar procaína associada a antibiótico c) com o uso de anti-histamínico d) com a liberação maciça de antígenos treponêmicos e) somente na sífilis primária
  • 309. • Após a dose terapêutica inicial na doença, poderá surgir a reação febril de Jarisch- Herxheimer, com exacerbação das lesões cutâneas e involução espontânea em 12 a 48 horas. • Geralmente exige apenas cuidado sintomático e não se justifica a interrupção do esquema terapêutico. • Essa reação não significa hipersensibilidade à droga; todo paciente com sífilis submetido à terapêutica penicilínica deve ser alertado quanto à possibilidade de desenvolver tal reação.
  • 311. • 32. O exame sorológico de maior especificidade para sífilis é: a) TPI (teste de imobilização); b) VDRL (reagina); c) FTA-abs (fluorescência); d) Hemaglutinação; e) Wassermann.
  • 313. • 33. O sinal clínico mais importante na sífilis congênita recente é: a) adenopatia generalizada; b) rinite; c) pênfigo sifilítico; d) dactilite; e) uveíte anterior.
  • 315. • 34. A sifílide em corimbo: a) corresponde à sifílide pustulosa supurativa; b) é característica da sífilis tardia; c) corresponde ao colar de Vênus; d) é um tipo de sifílide papulosa; e) é própria da AIDS.
  • 317. • corimbo co.rim.bo sm (gr kórymbos) Bot Modo de inflorescência em que os pedúnculos das flores, nascendo de pontos diversos da haste, se elevam todos ao mesmo nível.
  • 318. • Esta sifilide, outrora chamada "pênfigo sifilítico", localiza-se preferentemente nas regiões palmares e plantares, mais raramente nos dedos, podactilos e pernas, e excepcionalmente em outras regiões. • Representam-se por bolhas de tamanho variado, de poucos milímetros do diâmetro, ou maiores, podando atingir 2 centímetros, ou mesmo mais quando várias bolhas confluem, caso em que toma a lesão um contorno irregular. • As bolhas são túrgidas ou flácidas conforme a idade do elemento; seu conteúdo é citrino, purulento ou hemorrágico, e assentam sôbre pele de coloração arroxeada. • Quando se rompem, observa-se uma superfície lisa, circular, úmida, vermelha, rodeada de retalhos de epiderme descolada, mas em outros casos verifica-se a formação de crostas escuras, formadas pela dessecação do conteúdo líquido da lesão.
  • 319. • Descrevem ainda esses autores, dentro do quadro da "sifílide eritêmato-papulosa polimórfica", uma variedade frustra, uma variedade circinada, uma variedade psoriasiforme e ainda variedades regionais, conforme se localizam na face, nas regiões palmares e plantares ou nas regiões úmidas da pele. • DENIE e PAKULA, embora fugindo às descrições dos sifilógrafos francêses, assinalam também numerosos tipos: papuloso, liquenóide, folicular, pustuloso, varioliforme, impetiginóide, corimbiforme, nodular ou lenticular e anular.
  • 320. • 71. Um teste falso-positivo, com incidência aproximada de 40% para VDRL (sífilis) pode ocorrer em: a) cancróide; b) hanseníase Virchowiana; c) doença crônica hepática; d) esclerodermia; e) leishmaniose.
  • 322. • 73. Sobre a sífilis, é incorreto afirmar que: a) a reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer após injeção de penicilina; b) o tratamento da grávida portadora de sífilis, alérgica a penicilina, deve ser feito com estearato de eritromicina; c) a reação sorológica especifica (FTA - ABS) é a última a se tornar negativa; d) uma elevação acentuada do título sorológico indica recidiva ou reinfecção; e) os títulos das reações sorológicas na Lues tardia são baixos ou podem ser negativos.
  • 323.
  • 325. • 76. Indique qual dos seguintes testes oferece melhores resultados para o diagnóstico da sífilis congênita precoce: a) FTA-ABS; b) FTA-ABS IgG; c) FTA-ABS IgM; d) TPI; e) reação de Wasserman.
  • 327. • 77. A sífilis maligna precoce: a) é uma forma de sífilis secundária ocorrendo mais comumente em indivíduos imunocomprometidos; b) é uma forma de sífilis congênita; c) é uma forma de sífilis terciária; d) acomete somente doentes de AIDS; e) é associação de Lues II com outra DST.
  • 329. • 37. Dentre as dermatoses a seguir, assinale a que pode ocasionar uma alopecia cicatricial: a) líquen plano b) psoríase c) pitiríase rubra pilar d) dermatomiosite e) sífilis secundária
  • 331. • 59. As "linhas de MEE" são estriações das unhas, brancas e transversais, que podem ser encontradas em qual afecção? a) Líquen plano ungueal b) Psoríase ungueal c) Eczema atópico d) Melanose arsenical e) Sífilis secundária
  • 333.
  • 335. • 64. Quanto à sífilis, é incorreto afirmar que: a) a possibilidade de contágio no ato sexual contaminado é de 50% b) na vigência do cancro, a primeira prova a se positivar é o FTA (campo escuro?) c) o treponema resiste pouco a sabões ou sabonetes d) o condiloma plano ocorre nas regiões quentes e úmidas do tegumento e) sífilis e cancróide têm o mesmo potencial de infectividade pelo HIV
  • 337. • 69. Principal diagnóstico diferencial da sifílide elegante; característica do eritema sifilítico; e sintoma sempre ausente na sífilis são, respectivamente: a) dermatite seborréica; triste; prurido b) dermatofitose; rubro; dores c) rosácea; roseoliforme; dores d) eritema anular; triste; prurido e) eritema polimorfo; roseoliforme; prurido
  • 339. • 72. Sobre a co-infecção sífilis-HIV, não é correto afirmar que: a) usualmente os sinais clínicos na sífilis secundária são semelhantes aos dos não co-infectados b) é recomendável manter níveis séricos de penicilina por meses c) está descrita a coexistência de cancro duro com "tabes dorsalis" d) há maior demora na reversão sorológica do co- infectado e) a maior parte dos casos de sífilis ocular ocorre nos co-infectados
  • 341. • 10. A reação do PCR (reação da polimerase em cadeia) é útil: a) Na diferenciação da reação hansênica b) Na diagnose da hanseníase de Lúcio c) Para detectar a presença de quantidade mínima de Mycobacterium leprae d) Para firmar o diagnóstico de Eritema nodoso e) Para substituir a lípido-reação usada no diagnóstico da sífilis
  • 343. • 16. As reações sorológicas lipídicas para sífilis falso-positivas: a) Ocorrem com maior frequência no sexo masculino b) Ocorrem somente nos processos infecciosos agudos c) Não são observadas na gestação d) São frequentes nas colagenoses e) São igualmente freqüentes na reação de imobilização (TPI)
  • 345. • 19. Quanto à sífilis, analise as frases corretas e incorretas: I - A primeira reação sorológica a se positivar após a infecção é o FTA - abs; II - Pode acometer os pêlos - sinal de Fournier e alopecia em clareira - no período secundário; III - Apresenta tendência a formar arcos de círculo nas lesões periorificiais de indivíduos da raça branca em seu estágio secundário; IV - No secundarismo podem ocorrer lesões semelhantes ao "pérléche" ou comissurite; e V - Quando ocorre a reação de Jarisch - Herxheimer deve-se mudar a terapêutica anti - luética. a) III e V estão incorretas b) I e III estão incorretas c) I, IV e V estão incorretas d) II, IV e V estão incorretas e) Todas estão corretas
  • 347. • 14. Na sífilis secundária, não é verdadeiro o fato de: a) existirem linfadenopatias em mais de 85% dos pacientes b) haver hepatite em cerca de 10% dos casos c) poder existir dano do 8o par craniano, com surdez neurosensorial d) haver glomerulonefrite difusa aguda, regredindo com a terapêutica e) ser a irite a complicação mais comum nos olhos, em cerca de 3% dos casos
  • 349. • 19. No doente com HIV positivo e sífilis secundária, é indicado: a) penicilina benzatina em dose baixa, por longo período (mínimo de seis meses) b) penicilina benzatina em doses altas c) penicilina cristalina d) eritromicina e) tetraciclina
  • 351. • 65. A goma ocorre nas doenças abaixo, excetuando-se: a) sífilis b) esporotricose c) micetoma d) hanseníase e) tuberculose
  • 353. • The name "syphilis" was coined by the Italian physician and poet Girolamo Fracastoro in his epic noted poem, written in Latin, entitled Syphilis sive morbus gallicus (Latin for "Syphilis or The French Disease") in 1530. The protagonist of the poem is a shepherd named Syphilus (perhaps a variant spelling of Sipylus, a character in Ovid's Metamorphoses).
  • 354. • Syphilus is presented as the first man to contract the disease, sent by the god Apollo as punishment for the defiance that Syphilus and his followers had shown him. From this character Fracastoro derived a new name for the disease, which he also used in his medical text De Contagionibus ("On Contagious Diseases").[1]
  • 355. • Until that time, as Fracastoro notes, syphilis had been called the "French disease" in Italy and Germany, and the "Italian disease" in France. In addition, the Dutch called it the "Spanish disease", the Russians called it the "Polish disease", the Turks called it the "Christian disease" or "Frank disease" (frengi) and the Tahitians called it the "British disease".
  • 356. • These 'national' names are due to the disease often being present among invading armies or sea crews, due to the high instance of unprotected sexual contact with prostitutes.
  • 357. • The terms "Lues" (or Lues venerea, Latin for "venereal plague") and "Cupid's disease" have also been used to refer to syphilis.
  • 358. • 1. O tempo de divisão do T. pallidum é aproximadamente: • 12 horas • 30 horas • 7 dias • 14 dias
  • 360. • 2. A única das características abaixo não encontrada no cancro duro é: • fundo limpo • reação ganglionar regional • lesão única • dor
  • 362. • 3. As lesões da sífilis secundária importantes como fontes de contágio são: • as tuberocircinadas • as lesões faciais da sífilis “bonita” • os condilomas da região inguinocrural • as lesões palmoplantares
  • 364. • 5. A sífilis cardiovascular compromete mais freqüentemente: • o endocárdio • a aorta ascendente • a aorta descendente • o miocárdio
  • 366. • 6. O acometimento neurológico da sífilis mais precoce é: • tabes dorsalis • neurossífilis gomosa • paralisia geral progressiva • alterações meningéias
  • 368. • 7. Em que período da gravidez ocorre a infecção do embrião? • em qualquer fase da gravidez • no primeiro trimestre da gravidez • no segundo trimestre da gravidez • no terceiro trimestre da gravidez
  • 370. • 8. Em crianças nascidas com sífilis congênita recente uma característica clínica que pode ajudar na formulação da hipótese diagnóstica pode ser: • lesões hipocrômicas cervicais • presença do cancro junto a lesões secundárias • rinite mucossangüinolenta • presença do cancro misto
  • 372. • 9. É considerada uma característica dos casos de sífilis em pacientes infectados com o vírus HIV: • má resposta à penicilina • evolução para complicações cardiovasculares • acometimento neural mais freqüente e precoce • ausência do cancro de inoculação
  • 374. • 10. Para os serviços de saúde pública o aspecto mais preocupante da associação entre a sífilis e o vírus HIV é: • possibilidade precoce do acometimento neurológico • necessidade de alteração no esquema de tratamento recomendado • maior número de casos de T. pallidum resistente • as lesões genitais aumentam o risco de transmissão do vírus HIV
  • 375. • 11. O exame de campo escuro é um recurso laboratorial que deverá ser usado: • caso não haja disponibilidade de microscópios fluorescentes • no cancro da fase primária • em lesões gomosas da sífilis terciária • para confirmar o VDRL
  • 377. • 12. Os casos de falso-negativos em testes não treponêmicos, chamado efeito prozona, são devidos a: • pequeno número de treponemas nessa fase • pouca especificidade da cardiolipina • excesso de anticorpos • soro muito concentrado
  • 379. • 13. Os testes treponêmicos atualmente são utilizados principalmente: • na confirmação dos casos de sífilis • no diagnóstico da neurossífilis • no controle da cura dos casos de sífilis • na triagem de casos de sífilis
  • 381. • 14. Os testes rápidos podem significar relevante auxílio no controle da sífilis. O teste rápido mais promissor parece ser: • o teste de imobilização do treponema • o FTA • o teste imunocromatográfico • o Western-blot
  • 382. • 15. Uma gestante foi tratada com eritromicina 2g/dia por 15 dias. Podemos dizer do esquema terapêutico utilizado: • tratamento incompleto; gestantes deveriam ser tratadas por 30 dias • em gestante a penicilina é a única droga considerada efetiva • tratamento correto se se tratar de um caso de sífilis primária • não deve ser usada pelo grande número de efeitos colaterais
  • 384. • 16. Nos testes laboratoriais da neurossífilis, o dado mais importante para definir um diagnóstico da doença é: • o aumento da celularidade do LCR • a positividade do teste FTA-ABS • a positividade do VDRL • aumento de proteínas no LCR
  • 386. • 17. Qual o mecanismo de ação da penicilina contra o T. pallidum? • inibe a síntese do ácido fólico do treponema. • bloqueia a síntese da parede celular do treponema • atua diretamente no DNA do treponema • age no RNA mensageiro no nível dos ribossomas
  • 388. • 18. O esquema de tratamento preconizado de DST/Aids para os casos de sífilis latente tardia ou desconhecida é: • cefatrexione + penicilina benzatina • penicilina cristalina 3-4 milhões de 4/4 horas. • Penicilina benzatina, 3 doses semanais de 2 400 000UI • Penicilina benzatina, 2 doses semanais de 2 400 000UI
  • 390. • 19. A escolha da penicilina benzatina como droga padrão do tratamento da sífilis deve-se a: • baixo custo • pequena incidência de efeitos colaterais • capacidade de atravessar a barreira hematotoencefálica • manter níveis terapêuticos por longo período
  • 392. • 20. A reação de Jarish-Herxheimer já foi descrita em outras doenças causadas por espiroquetas, como a leptospirose e a doença de Lyme. Marque qual a droga abaixo que também pode causar a reação: • garamicina • tetraciclina • cloranfenicol • cefalosporina
  • 395. Figure 3a. Upper dermal infiltrate centered on blood vessels, showing marked preponderance of plasma cells Figure 3b. Warthin-Starry stain showing spiral organism typical of T pallidum
  • 396. Image of spiral-shaped organisms responsible for causing syphilis