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Tratado Prático de
2a
edição
IX
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV
Capítulo 1 – Anatomia e Fisiologia
Humanas . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Conceitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
O corpo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Sistema esquelético . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Sistema articular . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Sistema muscular . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Sistema tegumentar. . . . . . . . . . . . . . . . 31
Sistema nervoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Sistema cardiovascular. . . . . . . . . . . . . . 39
Sistema hematológico . . . . . . . . . . . . . . 47
Sistema respiratório. . . . . . . . . . . . . . . . 49
Sistema digestório . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Sistema urinário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Sistema genital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Sistema endócrino . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Sistema sensorial (órgãos dos sentidos) 78
Capítulo 2 – Sistema
Nervoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Avaliação do sistema nervoso . . . . . . . . . 83
Complicações do sistema nervoso . . . . . 113
Capítulo 3 – Sistema
Respiratório. . . . . . . . . . . . . . . 123
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Avaliação do sistema respiratório . . . . . . 130
Complicações do sistema respiratório . . 149
Capítulo 4 – Sistema
Cardiovascular. . . . . . . . . . . . . 163
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Avaliação do sistema cardiovascular . . . . 167
Complicações do sistema
cardiovascular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
volume 1
Tratado Prático de Enfermagem - volume 1
X
Capítulo 5 – Sistema
Hematológico. . . . . . . . . . . . . . 203
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
Alterações do sistema hematológico. . . . 206
Capítulo 6 – Sistema
Digestório . . . . . . . . . . . . . . . . 211
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
Avaliação do sistema digestório . . . . . . . 215
Manifestações do sistema digestório . . . 230
Capítulo 7 – Sistema
Endócrino . . . . . . . . . . . . . . . . 245
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247
Complicações do sistema endócrino. . . . 249
Capítulo 8 – Sistema
Urinário. . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Avaliação do sistema urinário . . . . . . . . . 263
Alterações do sistema urinário . . . . . . . . 265
Complicações do sistema urinário . . . . . 268
Capítulo 9 – Sistema Genital
Masculino . . . . . . . . . . . . . . . . 277
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279
Avaliação da genitália masculina . . . . . . 284
Complicações do sistema genital
masculino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284
Capítulo 10 – Sistema Genital
Feminino . . . . . . . . . . . . . . . . . 289
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Genitália externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Genitália interna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Mamas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
Ciclo reprodutivo feminino . . . . . . . . . . . 295
Avaliação das mamas. . . . . . . . . . . . . . . 300
Avaliação da genitália feminina. . . . . . . . 302
Complicações do sistema genital
feminino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303
Capítulo 11 – Planejamento
Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . 309
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311
Métodos contraceptivos: regulando a
fertilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311
Capítulo 12 – Gestação e Parto . 325
Gravidez. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327
Parto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350
Capítulo 13 – Fundamentos de
Enfermagem . . . . . . . . . . . . . . 363
História da enfermagem. . . . . . . . . . . . . 365
Administração das ações de
enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379
Prevenindo acidentes . . . . . . . . . . . . . . . 388
Segurança e conforto . . . . . . . . . . . . . . . 408
Unidade de internação e unidade
XI
Sumário
do cliente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 413
Posicionamento do cliente . . . . . . . . . . . 423
Higiene do cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . 436
Balanço hídrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 446
Alimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 451
Controle dos sinais vitais . . . . . . . . . . . . 462
Cateterismo vesical . . . . . . . . . . . . . . . . 482
Sondagem nasogástrica (SNG) . . . . . . . . 485
Lavagem intestinal . . . . . . . . . . . . . . . . . 486
Referências Bibliográficas . . . . 486
V
Autores
Adriana Lemos Pereira
Professora Assistente do Departamento de Enferma-
gem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem Al-
fredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Doutoranda em Saú-
de Coletiva. Enfermeira Sanitarista. Área de atuação/
produção: Enfermagem gênero, sexualidade e saúde.
Angelina Maria Aparecida Alves
Professora Assistente do Departamento Materno
Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto
(EEAP-UNIRIO). Doutoranda em Enfermagem.
Área de atuação/produção: Enfermagem Pediátrica.
Barbara Audara de Almeida
Graduação pela Escola de Arquivologia – UNIRIO.
Beatriz Guitton Renaud Baptista
de Oliveira
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora Adjunta do
Departamento de Fundamentos de Enfermagem e
Administração da Universidade Federal Fluminense
(UFF). Área de atuação/produção: Enfermagem e
Sociedade, Identidade Proissional, Fundamentos de
Enfermagem Médico-Cirúrgica.
Carlos Roberto Lyra da Silva
Doutorando em Enfermagem pela UFRJ. Docente
da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-
UNIRIO). Área de atuação: Cuidados em Terapia
Intensiva e Semiologia. Membro do Grupo de Pes-
quisa de Enfermagem – UNIRIO/CNPq.
Claudia de Carvalho Dantas
Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Escola de
Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Membro
do Núcleo de Pesquisa Educação, Gerência e Exercí-
cio Proissional da Enfermagem (NUPEGEPEn).
Débora Esteves
Enfermeira. Especialista em Enfermagem Pediátrica
e em Formação Pedagógica. Docente do Instituto
Educacional São Paulo (INTESP).
Denise Figueiredo Restivo
Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Docente
do Instituto Educacional São Paulo (INTESP).
Elaine Cristina de Oliveira Souza
Enfermeira pela Escola de Enfermagem Anna Nery
(EEAN-UFRJ).
volume 2
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
VI
Enirtes Caetano Prates Melo
Doutora em Ciências pela Escola Nacional de Saúde
Pública/FIOCRUZ. Professora Adjunta do Departa-
mento de Enfermagem de Saúde Pública da Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Mes-
tre em Saúde Pública. Enfermeira Sanitarista. Área de
atuação/produção: Saúde Pública/Coletiva.
Fátima Terezinha Scarparo Cunha
Professora Assistente do Departamento de Enferma-
gem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem
Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Doutora em Saú-
de Pública/Coletiva. Enfermeira Sanitarista. Área de
atuação/produção: Planejamento em Saúde,
Fernando Porto
Professor Assistente do Departamento de Enferma-
gem Materno Infantil da Escola de Enfermagem
Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Mestre em Enfer-
magem pela UNIRIO. Área de atuação/produção:
Enfermagem Pediátrica e Obstétrica.
Inês Maria Meneses dos Santos
Docente da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EE-
AP-UNIRIO).MembrodoGrupodePesquisaCuidado
de Enfermagem – UNIRIO-CNPq. Áreas de atuação:
Enfermagem em Neonatologia e Saúde da Mulher.
Joséte Luzia Leite
Enfermeira aposentada pelo Hospital dos Servidores
do Estado (HSE). Ex-chefe do CTI e da Unidade
de Cirurgia Cardiovascular. Doutora em Enferma-
gem pela UNIRIO. Professora Emérita da UNIRIO.
Membro da Diretoria do Núcleo de Pesquisa Edu-
cação, Gerência e Exército Proissional da Enfer-
magem (NUPEGEPEn) da Escola de Enfermagem
Anna Nery (EEAN-UFRJ). Membro do Núcleo de
Pesquisa da História da Enfermagem Brasileira (NU-
PHEBRAS) da Escola de Enfermagem Anna Nery
(EEAN-UFRJ). Membro do Grupo de Estudos de
Estudos de Pesquisa e Comunicação (GEPECOPEn)
da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-
USP). Representante da Área de Enfermagem no
CNPq. Membro do Sigma heta hau Internacio-
nal. Pesquisadora 1A do CNPq.
Joyce Mathias Fonseca
Enfermeira pela Escola de Enfermagem Anna Nery
(EEAN-UFRJ).
Julia Peres Pinto
Mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de
Enfermagem Pediátrica da Unifesp-EPM. Docente
na Universidade Anhembi Morumbi e no Centro
Universitário São Camilo. Integrante da Diretoria
da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras
(SOBEP). Área de atuação/produção: Saúde da
Criança e do Adolescente.
Laura Johanson
Mestranda pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto
(EEAP-UNIRIO). Enfermeira pela Escola de Enfer-
magem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Enfermeira
da Maternidade Escola/UFRJ e do Hospital Univer-
sitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ).
Leila Rangel da Silva
Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Docente da
Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNI-
RIO). Área de atuação: Enfermagem Materno-In-
fantil. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado de
Enfermagem – UNIRIO-CNPq.
Luciana de Paula Carvalho
Enfermeira, docente do Instituto Educacional São
Paulo (INTESP).
Márcio Tadeu Ribeiro Francisco
Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medi-
cina Social (IMS/UERJ). Docente da Faculdade de
Enfermagem da UERJ. Coordenador Geral do Curso
de Graduação de Enfermagem da Universidade Veiga
de Almeida – UVA. Áreas de atuação: Administração
e Planejamento de Serviços de Saúde. Consultor do
programa Nacional de DST-AIDS-MS.
VII
Maria Aparecida de Luca
Nascimento
Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Docente da
Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNI-
RIO). Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado de
Enfermagem – UNIRIO-CNPq.
Maria das Graças de O. Fernandes
Mestre em Ciência da Saúde pelo Departamento de
Enfermagem Pediátrica da Unifesp-EPM. Docente
na Universidade de Guarulhos (UnG). Área de atu-
ação/produção: Saúde da Criança e do Adolescente,
Fundamentos de Enfermagem.
Maria Filomena Pereira
Vancellote Almeida
Professora Adjunta do Departamento Materno
Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto
(EEAP-UNIRIO). Área de atuação/produção: En-
fermagem Pediátrica, Mestre em Enfermagem.
Maria Xavier de Souza
Enfermeira. Especialista em Enfermagem Pediátrica,
Administração Hospitalar e em Formação Pedagógi-
ca. Docente do Instituto Educacional São Paulo (IN-
TESP).
Marluci Andrade Conceição Stipp
Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Professora Ad-
junta do Departamento de Metodologia da Escola
de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Mem-
bro do Núcleo de Pesquisa em Educação, Gerência e
Exercício Proissional em Enfermagem (NUPEGE-
PEn). Áreas de atuação/ produção: Administração de
Enfermagem e Enfermagem Cardiovascular.
Paula Rosenberg de Andrade
Mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de
Enfermagem Pediátrica da Unifesp-EPM. Enfermei-
ra do Centro Assistencial Cruz de Malta.
Roberto Carlos Lyra da Silva
Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem
Anna Nery da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Mestre em Enferma-
gem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor As-
sistente da Disciplina de Semiologia nos cursos de
gradua-ção e pós-graduação lato sensu do Departa-
mento de Enfermagem Fundamental da Escola de
Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO).
Teresa Tonini
Enfermeira. Professora Adjunta do Departamento de
Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem
Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro (EEAP-UNIRIO). Doutora em Saúde
Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (UERJ).
Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem
Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Ja-
neiro (EEAN-UFRJ). Especialista em Administração
dos Serviços de Saúde. Área de atuação/produção:
Fundamentos de Enfermagem e Saúde Coletiva; Ad-
ministração do Cuidado de Enfermagem; Gestão em
Saúde.
Wellington Mendonça de Amorim
Doutor em Enfermagem pela UFRJ. Docente da
Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNI-
RIO). Área de atuação: Saúde Pública e História da
Enfermagem. Membro do Grupo de Pesquisa – LA-
PHE-UNIRIO-CNPq.
Zainet Nogimi
Enfermeira. Especialista em Formação Pedagógica
habilitada em Enfermagem Cardiológica. Docente
do Instituto Educacional São Paulo (INTESP).
Autores
IX
Sumário
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
Capítulo 1 – Administração
e Cálculo de Medicamentos . . . 1
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Reações adversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Interações medicamentosas . . . . . . . . . . 4
Vias de administração de medicamentos 4
Incompatibilidade entre medicamentos . 27
Administração de hemoderivados . . . . . . 29
Cálculos e diluições . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Sistemas de medidas e equivalência
das medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Medicação em solução . . . . . . . . . . . . . . 37
Particularidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Cálculo de gotejamento de soro . . . . . . . 42
Rediluição de medicação . . . . . . . . . . . . 44
Transformação de soluções . . . . . . . . . . 46
Capítulo 2 – Enfermagem
em Centro Cirúrgico e Clínica
Cirúrgica . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Localização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Características físicas . . . . . . . . . . . . . . 55
Sala de cirurgia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Paramentação cirúrgica . . . . . . . . . . . . . 59
Posições para cirurgia . . . . . . . . . . . . . . 62
Princípios de microbiologia . . . . . . . . . . 63
Situações cirúrgicas . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Enfermagem em clínica cirúrgica . . . . . . 87
Capítulo 3 – Saúde Pública . . . 119
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Políticas de saúde pública no Brasil . . . . 121
Sistema Único de Saúde (SUS). . . . . . . . 128
Doenças transmissíveis . . . . . . . . . . . . . 134
Imunização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
Programas de atenção à saúde. . . . . . . . 204
Resíduos dos serviços de saúde . . . . . . . 213
Isolamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
volume 2
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
X
Capítulo 4 – Enfermagem no
Atendimento a Emergências . . 223
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Atividades da enfermagem na unidade
de emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Transporte do cliente crítico. . . . . . . . . . 227
Principais emergências . . . . . . . . . . . . . 235
Capítulo 5 – Enfermagem
Pediátrica . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Crescimento e desenvolvimento
da criança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264
Crescimento e desenvolvimento durante
a adolescência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271
Brincadeiras na infância. . . . . . . . . . . . . 274
Hospitalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
Administração de medicamentos
em pediatria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Alterações do sistema respiratório . . . . . 321
Alterações gastrintestinais . . . . . . . . . . . 334
Estatuto da Criança e do Adolescente. . . 348
Direitos da criança e do adolescente
hospitalizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351
Capítulo 6 – Enfermagem em
Neonatologia . . . . . . . . . . . . . . 353
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Conceitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355
Classificação do recém-nascido . . . . . . . 355
Assistência de enfermagem em sala
de parto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356
Assistência no período inicial pós-parto . 361
Assistência de enfermagem na unidade
de internação neonatológica. . . . . . . . . . 361
Medidas antropométricas. . . . . . . . . . . . 362
Assistência de enfermagem na
maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368
Registro de nascimento . . . . . . . . . . . . . 380
Alta hospitalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380
Atendimento em UTI neonatal . . . . . . . . 381
Patologias em recém-nascidos . . . . . . . . 385
Recém-nascido pré-termo. . . . . . . . . . . . 390
Recém-nascido traumatizado . . . . . . . . . 392
Controle de infecção no berçário . . . . . . 392
Cuidados de enfermagem ao
recém-nascido grave. . . . . . . . . . . . . . . . 392
Capítulo 7 – Enfermagem em
Psiquiatria. . . . . . . . . . . . . . . . 395
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 397
Epidemiologia dos transtornos mentais . 399
Transtorno impulsivo para dependência
química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 399
Transtorno bipolar do humor . . . . . . . . . 401
Esquizofrenia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403
Transtorno obsessivo-compulsivo . . . . . . 404
Transtornos alimentares. . . . . . . . . . . . . 405
Transtornos somatoformes. . . . . . . . . . . 407
Assistência de enfermagem na
administração de drogas psicotrópicas. . 408
Emergência psiquiátrica. . . . . . . . . . . . . 412
Referências Bibliográficas . . . . 417
XI
Apresentação
A idéia deste livro surgiu do desejo de de-
senvolver uma obra ampla que abrangesse
vários temas importantes para o aprendizado
de Enfermagem e que reunisse proissionais
enfermeiros envolvidos na área acadêmica a
im de suprir as necessidades de aprendizado
de alunos e proissionais.
Para ins de organização e apresentação dos
temas, este tratado foi estruturado em capí-
tulos, iniciando pela revisão de anatomia e
isiologia humanas, cujo texto faz uma abor-
dagem direta e objetiva no intuito de relem-
brar e destacar alguns pontos importantes do
corpo humano e de seu funcionamento.
Os capítulos subseqüentes abordam cada
sistema de forma detalhada, incluindo prin-
cipais doenças, sinais e sintomas, tratamento
e assistência de enfermagem, destacando o
processo de cuidar e incluindo estratégias e
instrumentos necessários para desenvolvê-lo.
Algumas especialidades como pediatria,
centro cirúrgico e saúde pública também
foram abordadas por serem consideradas de
fundamental importância para o amadureci-
mento proissional.
A administração e o cálculo de medicamen-
tos completam esta obra e trazem exercícios
práticos e de grande utilidade nos estudos e
no dia-a-dia proissional.
Este tratado reúne textos importantes
voltados para a formação e para a educação
continuada dos membros da equipe de en-
fermagem, esse conjunto articulado de forma
organizada e aperfeiçoada tenta aproximar a
ciência da prática e assim tornar o aprendiza-
do mais signiicativo.
A ciência é um meio indispensável para que
os sonhos sejam realizados. Sem a ciência não
se pode nem plantar nem cuidar do jardim...
Mas há algo que a ciência não pode fazer. Ela
não é capaz de fazer os homens desejarem
plantar jardins. Ela não tem o poder de fazer
sonhar (ALVES, R. Entre a ciência e a sapiên-
cia: o dilema da educação. 7. ed. São Paulo:
Loyola, 2002).
XIII
Introdução
A questão da formação do proissional de
enfermagem dentro de uma prática embasa-
da na ciência em favor do cliente que busca
cuidados de qualidade é a temática central em
torno da qual gira este texto. Elaborar um livro
que abordasse o maior número de assuntos e
promovesse aos proissionais subsídios para a
capacitação e para o aprimoramento proissio-
nal não foi uma tarefa fácil, buscou-se incluir
assuntos importantes e fundamentais para a
prática e embasados em teoria cientíica.
Por outro lado, abordar todos os temas rele-
vantes para a enfermagem foi se tornando um
objetivo complexo e distante porque a cada
passo dado percebia-se o quanto ainda era ne-
cessário caminhar. Dessa forma nos detivemos
em alguns temas que considerávamos primor-
diais pois nossa inalidade principal é formar
e, para nós, formar é muito mais do que pura-
mente treinar no desempenho de destrezas.
Formar é somar o conhecimento apresen-
tado à visão crítica e crescentemente curiosa
do proissional que deve se entregar de uma
forma verdadeira à sua capacitação proissio-
nal.
Não só o professor, mas também o prois-
sional têm a função de formador. Formar é
vivenciar cenas do cotidiano, pois sabemos
que a mais antiga forma de aprender é ob-
servar os fatos que ocorrem ao nosso redor,
o que nos permite arquivar conhecimentos
para as ações futuras. Estamos todos envolvi-
dos no processo de ensinar e aprender; somos
responsáveis por tudo que nos circunda.
A linguagem prática e direta foi estabele-
cida para favorecer o aprendizado e o enten-
dimento dos assuntos abordados gerando,
assim, aquisição de conhecimento de forma
prazerosa e confortável.
Esta obra incorpora uma análise de saberes
fundamentais à prática de enfermagem e aos
quais esperamos que o leitor crítico acrescen-
te alguns que não puderam ser inseridos nes-
te dado momento.
Capítulo 6
Enfermagem em Neonatologia
Angelina Maria Aparecida Alves
Débora Esteves
Inês Maria Meneses dos Santos
Leila Rangel da Silva
Maria Xavier de Souza
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
355
Introdução
Em meados dos anos de 1970, o avanço
da ciência aliado a tecnologia de exames e
diagnósticos possibilitou a formação da espe-
cialidade pediatria. A neonatologia atende o
recém-nascido (RN) nas 4 primeiras semanas
de vida (28 dias de vida). Dentro das inova-
ções, a normatização da presença de médi-
co neonatologista na sala de parto contribui
para reduzir muito as estatísticas de óbitos
pós-parto, principalmente em caso de parto
de risco.
O nascimento de um bebê é um momen-
to mágico para os pais e também para os
proissionais que cuidam da mãe e do RN.
Durante o nascimento, a situação do feto é
inluenciada por muitos fatores, principal-
mente analgesia e a anestesia obstétrica. Na
sala de parto, ao receber o RN, o proissional
que realiza o parto deve dobrar sua atenção
para sinais de depressão e complicações res-
piratórias, especialmente ao RN de parto de
risco.
O enfermeiro ou o técnico de enfermagem
que recebe o bebê das mãos do obstetra ou
do enfermeiro obstetra deve ser hábil e saber
identiicar anormalidades. Em caso de sofri-
mento e se houver necessidade de reanima-
ção, deve fazê-la imediatamente.
Todo hospital com sala de parto deve ter
uma equipe de reanimação capacitada e equi-
pamento apropriado disponível para prestar
atendimento eicaz ao RN.
Conceitos
Nascido vivo: criança que apresenta bati-
mentos cardíacos, movimentos respiratórios
e pulsações no cordão.
Óbito fetal: de acordo com a OMS é a
morte de um produto da concepção antes da
expulsão ou de sua retirada do corpo materno,
independentemente da duração da gestação.
Natimorto: óbito fetal após a 28a
semana
de gestação.
Classificação do
Recém-nascido
Conforme o Peso
(PIG): pesa menos de 2.500 g, abaixo do
10o
percentil ou 2 desvios-padrão abaixo
da média, como resultado de crescimen-
to intra-uterino retardado (CIUR).
-
tacional (AIG): pesa entre 2.500 e 4.000 g.
pesa mais de 4.000 g, está no 90o
percentil
ou 2 desvios-padrão acima da média.
Conforme a Idade
Gestacional
pode ser viável e nasce até completar 37
semanas e pode ser:
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
356
– RNPT limítrofe: entre 35 e 36 sema-
nas (está próximo de atingir o termo)
muitas vezes não apresenta intercor-
rências e não necessita de cuidados
especiais; icará em alojamento con-
junto com sua mãe;
– RNPT moderado: entre 30 e 34 se-
manas;
– RNPT extremo: abaixo de 30 sema-
nas (apresenta grande imaturidade
dos seus órgãos e necessita de cuida-
dos altamente especializados).
semanas completas até 42 semanas. A
criança nascida com essa idade gestacio-
nal possui características anatômicas e
isiológicas que permitem sua adaptação
perfeita ao meio externo.
de gestação pode ter sinais de perda de
peso com insuiciência placentária.
Peso ao nascer: qualquer criança nasci-
da viva pesando 2.500 g ou menos é clas-
siicada como baixo peso. São chamadas de
muito baixo peso as nascidas com menos de
1.000 g.
Assistência de
Enfermagem em Sala
de Parto
No período pós-parto, o recém-nascido
apresenta alterações bioisiológicas e com-
portamentais complexas, resultantes da tran-
sição para a vida extra-uterina.
OscuidadosdeenfermagemaoRNapóiam-
se no conhecimento das alterações e o impac-
to do recém-nascido na unidade familiar.
As primeiras horas pós-parto apresentam
um período de ajustamento fundamental para
o RN. Os cuidados imediatos devem-se cen-
trar na atenção ao estado do recém-nascido.
O ideal é que o RN receba os cuidados
imediatos de um proissional treinado, pre-
ferencialmente médico ou enfermeiro com
capacitação em reanimação neonatal, porque
em parto de risco pode ser necessária a intu-
bação traqueal do neonato.
Cuidados com Atenção
Especial
1. A desobstrução de vias aéreas deve ser
feita com a cabeça em nível inferior ao
restante do corpo (Trendelenburg a 20°),
virada para o lado, pois esta posição im-
pedirá que muco, líquidos, coágulos ou
mecônio penetrem nas vias respiratórias.
2. Na avaliação do RN, deve-se observar e
anotar o instante em que o RN chora e
respira.
3. Fazer a ligadura do cordão umbilical dei-
xando-se um coto com cerca de 3 cm de
comprimento. A secção do cordão umbi-
lical é feita (deixar pulsar 1 minuto sem
ordenha) pelo obstetra ou enfermeiro
obstetra que realizou o parto.
4. Após ligadura do cordão umbilical e exa-
me do cordão, envolver o RN em campo
aquecido, estéril e apresentar a mãe.
5. Estabelecer e manter uma via aérea pér-
via e o suporte às respirações.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
357
6. Manter o aquecimento e prevenir a hipo-
termia.
7. Veriicar o Apgar do 1o
e do 5o
minuto,
estabelecidos pelo médico ou pela enfer-
meira obstetra.
8. Certiique-se de que foram coletadas
amostras de sangue do cordão para de-
terminar o grupo sangüíneo e Rh, além
de todas as determinações que o pediatra
julgue oportunas.
9. Coloca-se o bebê em contato com a mãe (a
enfermagem deverá entregar o RN à mãe,
abrindo o campo para que ela observe seu
corpo inteiro), e em seguida estimular a
amamentação no seio materno.
10. Fazer a identiicação do RN e da mãe,
usar pulseiras de plástico no pulso ou
tornozelo (colocado na mãe e no ilho,
coleta-se a impressão digital dos dedos da
mãe e plantar do ilho). Deve constar na
identiicação: nome da mãe (“ilho de”
ou “RN de”), sexo do RN, número do
quarto, do leito materno e data.
11. Administração de vitamina K para pre-
venção da doença hemorrágica do RN (2
mg por via oral ou 1 mg por via IM no
vasto lateral/coxa).
12. Aplicação de credê ocular: nitrato de
prata a 1% para a prevenção da oftalmia
purulenta.
Figura 6.1 – Pulseira de identificação do RN.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
358
Observação: O proissional deve se prote-
ger com luvas, pois o bebê estará envolto em
líquido amniótico e sangue, que podem estar
contaminados. Utilizar um campo aquecido,
segurar o bebê pelos pés e pelo dorso.
Objetivos específicos
1. Oferecer a todos os recém-nascidos con-
dições para adaptação imediata à vida ex-
tra-uterina.
2. Proteger a criança contra os riscos do
meio ambiente.
3. Efetuar procedimentos e prestar cuida-
dos ao RN.
4. Atentar para os problemas que ocorrem e
solucioná-los.
Método de Credé
O obstetra vienense Credé, em 1881, desco-
briu o uso do nitrato de prata, hoje difundido
mundialmente. O colírio de nitrato de prata
1% promove a proilaxia da oftalmia gonocó-
cica (transmissão de gonorréia da mãe para o
bebê no momento do parto), eliminando uma
das causas de cegueira no neonato.
O procedimento deve ser feito logo após o
nascimento. Pode-se, contudo aguardar uma
ou duas horas para permitir o contato visual
entre mãe e bebê. De fato, o medicamento
arde e o recém-nascido não conseguirá abrir os
olhos, impedindo que aproveite o período de
alerta após o parto para interagir com sua mãe.
1. Instilar duas gotas de nitrato de prata 1%
no saco conjuntival. (Motivo: se instila-
do diretamente sobre a córnea pode cau-
sar traumatismo ou lesão.)
2. Manipular cuidadosamente as pálpebras
para espalhar a gota.
3. Retirar o excesso de nitrato de prata 1%
das pálpebras e da pele ao redor com gaze
embebida com água esterilizada. (Moti-
vo: se o excesso de solução não for remo-
vido, produz-se uma mancha marrom ou
preta na pele ao redor dos olhos.) Nunca
utilizar soro isiológico. (Motivo: soro
precipita os sais de prata, provocando
queimadura na pele.)
4. Não lavar os olhos. (Motivo: deve-se dei-
xar o nitrato de prata 1% agir logo após
a instilação, para que seja eicaz.)
5. Para armazenar os frascos de nitrato de
prata 1%, use um vidro de cor escura
(âmbar), com tampas bem ajustadas,
conservando ao abrigo da luz e do calor.
(Motivo: a medicação é fotossensível.)
Atente para o prazo de validade indica-
do; habitualmente o farmacêutico da ins-
tituição fornece doses fracionadas. (Mo-
tivo: evita que a solução sobrenadante
perca sua ação terapêutica. No inal do
frasco, o produto terá maior concentra-
ção de nitrato de prata devido aos sais
precipitados, podendo causar conjunti-
vite química no recém-nascido.)
Administração de
Vitamina K (Kanakion®
)
A função da vitamina K é catalisar a sínte-
se de protrombina no fígado, necessária para
a coagulação sangüínea. A administração de
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
359
vitamina K ajuda na prevenção da doença he-
morrágica do RN, causada por uma deiciên-
cia dos fatores de coagulação (dependentes
da vitamina K) que se instala geralmente en-
tre o primeiro e o quinto dia de vida.
Normalmente, a vitamina K é sintetizada
pela lora intestinal. No entanto, o intestino
do RN é estéril ao nascimento, e só será co-
lonizado após a amamentação (o leite ma-
terno, porém, contém níveis baixos de vita-
mina K). Logo, o suprimento é inadequado
nos primeiros 3 ou 4 dias. Também há ima-
turidade hepática, com pouca produção de
fatores sangüíneos.
1. Administra-se uma única dose (0,5 mg
para RN pré-termo e 1 mg para RN a
termo) na primeira hora de vida, por via
intramuscular.
2. Normalmente aplica-se no músculo vas-
to lateral da coxa. (Motivo: ausência de
outra massa muscular bem desenvolvi-
da.) A aplicação em outros sítios poderá
ocasionar necrose, por não haver tecido
para absorver o medicamento.
3. Padronizar o lado – por exemplo, sem-
pre no esquerdo. (Motivo: para posterior
controle em caso de intercorrências, uma
vez que há outra injeção intramuscular).
Figura 6.2 – Aplicação intramuscular de vitamina K (Kanakion®
).
A
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
360
4. Quanto à armazenagem, a vitamina K
deve icar ao abrigo da luz e calor. Con-
servar as ampolas na caixa até o momen-
to do uso; depois de aberta, a medicação
pode ser utilizada em até 12 horas se pro-
tegida da luz. (Motivo: a medicação é fo-
tossensível; após 12 horas, a vitamina K
oxida.)
Avaliação da Vitalidade
do Recém-nascido
O método utilizado para avaliação do RN
foi criado em 1952 por Virgínia Apgar. Rea-
liza-se a avaliação aos 60 segundos e aos 5
minutos, atribuindo-se, para cada sinal ava-
liado, notas de zero a dois e no inal faz-se o
somatório, que dará um total de zero a dez.
Aqueles que, no quinto minuto de vida,
estiverem com baixas notas (deprimidos),
receberão assistência especíica (oxigenação,
reanimação etc.).
B
Figura 6.2 – (continuação) Aplicação intramuscular de vitamina K (Kanakion®
).
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
361
Assistência no Período
Inicial Pós-parto
Depois dos devidos cuidados no primeiro
momento em sala de parto, conforme proto-
colo do hospital e autorização médica, o RN
deverá ser encaminhado para sala de reani-
mação para o atendimento de enfermagem.
Devemos:
1. Garantir um ambiente seguro e prevenir
acidentes ou infecção.
2. Identiicar problemas atuais que possam
requerer atenção imediata.
3. Transportar para sala de reanimação, sen-
do colocado em berço aquecido (32 °C)
em discreto Trendelenburg (45°).
4. Colocá-lo com a cabeça voltada para
quem vai dar os cuidados.
5. Aspirar VAS com sonda (n. 6 ou 8) pri-
meiro a boca, depois as narinas e o estôma-
go por último (se houver muito líquido).
6. Fazer oxigenação através de máscara: oxi-
gênio úmido (2 l/min).
7. Realizar credeização: caso não tenha sido
feito em sala de parto.
8. A ligadura é feita com “Cord Clamp”.
Veriique o sangramento e faça anti-sep-
sia com álcool iodado ou álcool a 70%,
envolvendo com gazes estéreis.
9. Preencher devidamente os impressos.
10. Depois da avaliação do neonatologista,
encaminhá-lo ao berçário ou, em caso de
complicações, encaminhá-lo à Unidade
de Terapia Intensiva.
11. Pesar o RN.
Assistência de
Enfermagem
na Unidade
de Internação
Neonatológica
O RN vai se acomodando mediante um
processo de adaptação. Experimenta altera-
ções físicas e estabiliza funções importantes
para seu futuro. Técnicas de enfermagem ga-
Tabela 6.1 – Avaliação da vitalidade do recém-nascido (Apgar)
Sinais 0 1 2
Freqüência cardíaca Ausente Abaixo de 100 bpm Acima de 100 bpm
Esforços Ausente Choro fraco Respiração regular,
respiratórios choro forte
Tônus muscular Flácido Flexão das extremidades Movimentação ativa
Irritabilidade reflexa Ausente Careta Choro, espirro
Cor da pele Cianose ou palidez Corpo róseo, acrocianose Completamente róseo
Significado das notas obtidas na Avaliação de Apgar:
- 0 a 3: asfixia grave;
- 4 a 6: asfixia moderada;
- 7 a 10: boa vitalidade, boa adaptação à vida extra-uterina.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
362
rantem que esse processo decorra de forma
adequada. Ao receber o RN, o técnico de en-
fermagem ou o enfermeiro deve:
1. Conferir os papéis com o RN.
2. Encaminhar para a sala apropriada.
3. Colocá-lo em berço aquecido sem rou-
pas.
4. Observar suas características (temperatu-
ra, coloração e respiração).
5. Administrar vitamina K (1 mg IM no
vasto lateral da coxa), caso não tenha
sido feito em sala de parto.
6. Pesar, medir estatura e perímetros (PC,
PT, PA).
7. Fazer exame físico do bebê – exclusivo
para enfermeiros.
8. Fazer a primeira limpeza – banho.
9. Iniciar a hidratação (SG a 5%), geral-
mente após 4 horas de nascimento ou
conforme conduta; protocolo institu-
cional;
10. Fazer as devidas anotações (choro, elimi-
nações, respiração, sucção, deglutição).
11. Veriicar temperatura e pulso.
12. Realizar exame corporal (clínico). O mé-
dico e o enfermeiro farão este exame de-
talhado entre 10 e 12 horas de vida, para
não resfriar o bebê. Observam-se sinais
vitais, coloração da pele, condições do
coto umbilical, a presença de traumatis-
mo e malformações do coto e se há ou-
tras malformações etc.
13. Anotações: as anotações variam de acor-
do com os impressos de cada hospital.
Os dados referentes à mãe e à criança
deverão ser preenchidos antes da trans-
ferência.
Assistência de
Enfermagem na UTI-Neo
1. Cumprir as normas e a hierarquia da
UTI-Neo e do hospital.
2. Colaborar com o ensino e a pesquisa
conforme as atribuições proissionais.
3. Cientiicar atribuições, rotinas e escalas a
ser cumpridas.
4. Prestar cuidado ao RN de acordo com a
prescrição e checá-lo no prontuário.
5. Administrar medicamentos ou realizar
procedimentos somente quando houver
delegação do enfermeiro.
6. Comunicar ao enfermeiro alterações e si-
tuações de emergência.
7. Registros e passagem de plantões confor-
me rotina.
8. Zelar e cuidar dos equipamentos.
9. Dar atenção aos pais e fornecer somente
informações autorizadas pelo enfermeiro.
10. Participar de cursos e reuniões de serviço.
Medidas
Antropométricas
Peso
O peso é a medida mais importante para
a avaliação do crescimento e estado nutricio-
nal. A criança está em constante processo de
crescimento e sempre deve estar ganhando
peso. A criança dobra o peso de nascimento
até os 6 meses, triplica-o aos 12 meses e qua-
druplica-o entre 2 e 3 anos.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
363
Técnica de pesagem
1. Lavar as mãos.
2. Despir a criança.
3. Colocar toalha de papel sobre a bandeja
da balança ou sobre o assoalho, em caso
de crianças maiores.
4. Colocar delicadamente a criança deitada
ou sentada na cesta da balança; manter
uma das mãos sobre seu corpo sem tocá-lo;
em caso de crianças maiores, solicite que
suba na balança e ique em seu centro.
5. Fazer a leitura do peso e registrar no
prontuário.
6. Vestir a criança.
7. Lavar as mãos após o procedimento.
Altura
A altura é a medida iel do crescimento
muscular e esquelético da criança. É inluen-
ciada pelas condições de nascimento e ges-
tação, hereditariedade, alimentação, doenças
crônicas, mentais e hormonais e tende a ser
constante, aproximadamente até os 18 anos.
A alteração do posicionamento corporal da
criança pode alterar o resultado.
Até os 2 anos, a criança é medida na po-
sição deitada, utilizando-se régua antropo-
métrica, que tem uma extremidade ixa no
zero e um cursor. Após essa idade, a criança
é medida na posição vertical, com régua tipo
mural.
Figura 6.3 – Verificação do peso do RN.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
364
Técnica de mensuração
1. Lavar as mãos.
2. Despir a criança.
3. Colocá-la em decúbito dorsal, com as per-
nas estendidas e a cabeça em linha reta.
4. Colocar a régua com a parte ixa em con-
tato com a cabeça e mover a outra parte
até a planta dos pés.
5. Manter os joelhos juntos e pressionados
delicadamente para baixo, para que as per-
nas iquem completamente estendidas.
6. Fazer a leitura do valor obtido.
7. Vestir a criança.
Figura 6.4 – Verificação da estatura do RN.
Perímetro Cefálico
O perímetro cefálico (PC) é a medida da
circunferência do crânio. Esta aumenta ra-
pidamente no primeiro ano de vida, para se
adaptar ao crescimento do cérebro. Quando
o PC está muito abaixo ou muito acima do
esperado, é indicativo da presença de alguma
alteração, como microcefalia ou hidrocefalia,
respectivamente.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
365
Técnica de mensuração
1. Lavar as mãos.
2 Posicionar a criança deitada no berço ou
sentada no colo da mãe.
3. Colocar a ita métrica passando pelas par-
tes mais salientes da região frontal (acima
das sobrancelhas) e occipital (a ita deve-
rá estar ligeiramente folgada).
4. Anotar o valor obtido em centímetros.
Tabela 6.2 – Valores normais de perímetro
cefálico
Idade PC aproximado (cm)
Nascimento 35
3 meses 40,4
6 meses 43,4
9 meses 45,5
1 ano 46,6
1,5 ano 47,9
2 anos 48,9
3 anos 49,2
4 anos 50,4
5 anos 50,8
Fonte: Adaptado de Whaley, L. F.; Wong, D. L.. Enfermagem
pediátrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.
Figura 6.5 – Mensuração do perímetro cefálico do RN.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
366
Perímetro Abdominal
O perímetro abdominal (PA) é o valor
da circunferência abdominal, conferindo
parâmetros sobre o crescimento abdominal
anormal. Não é medido rotineiramente, só
no momento do nascimento e em situações
especiais prescritas.
Técnica de mensuração
Mede-se o PA colocando-se a ita métri-
ca em volta do abdome, na altura da cicatriz
umbilical.
Figura 6.6 – Mensuração do perímetro abdominal do RN.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
367
Perímetro Torácico
O perímetro torácico (PT) é a medida da
circunferência torácica e confere parâmetros
sobre o crescimento anormal do tórax, indi-
cando anomalias pulmonares e cardíacas, en-
tre outras. Também não faz parte da rotina de
mensurações, sendo veriicado apenas no mo-
mento do nascimento ou quando prescrito.
Técnica de mensuração
Mede-se o PT colocando-se a ita métrica
em volta do tórax, na altura dos mamilos.
Figura 6.7 – Mensuração do perímetro torácico do RN.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
368
Assistência de
Enfermagem na
Maternidade
Desde o primeiro momento em que é re-
cebido, o RN é submetido a procedimentos
e cuidados que deverão ser repetidos durante
os dias em que permanecer no hospital, a im
de facilitar e comprovar sua adaptação à vida
extra-uterina. Algumas dessas técnicas são ex-
clusivas de enfermagem, como a higiene, as-
piração, veriicação da permeabilidade anal,
a administração de vacina contra hepatite B
e BCG, punção de capilar para coleta de san-
gue para glicemia capilar e bilirrubinemia,
TSH e PKU entre outras tantas atividades.
Higiene
Material Necessário
Banheira, termômetro de banho, mesa
auxiliar, toalha de banho suave, sabonete lí-
quido neutro, luva de banho, gaze regal ou
bolas de algodão, água morna, roupa de ber-
ço, fraldas, avental para proteção para o pro-
issional, saco de lixo etc. Para o curativo do
coto umbilical: cotonete e álcool a 70%.
Descrição
Veriicar a temperatura axilar do RN (tem-
peratura do ambiente deve ser de 24 a 27 °C).
Despir o RN e pesá-lo; em seguida, cobri-lo
com lençol.
Técnica do banho
A água deve estar entre 37 e 38 °C. Usar bo-
las de algodão ou lenços descartáveis macios
para secar os olhos, a face e a parte externa
dos ouvidos. Os olhos são limpos e secos do
canto interno para fora. Usar sabão neutro.
Lavar a cabeça do bebê usando movimentos
circulares delicados e após lavar, secar e em
seguida descobrir o corpo. Inclinar cabeça
para trás, a im de limpar o pescoço; depois
coloque-o na banheira segurando com irme-
za (não demore muito no banho). Enxugue o
bebê com movimentos delicados, coloque a
fralda e faça curativo do coto umbilical com
álcool a 70% e termine de vestir o bebê.
Hidratação e
Alimentação
Para que o RN esteja devidamente hidra-
tado e alimentado, é importante que nas pri-
meiras horas de vida tenha sido estimulado.
Vale ressaltar que as condutas utilizadas va-
riam de acordo com os protocolos adotados
em cada instituição.
Devem ser usadas mamadeiras de água
ou de soro glicosado (SG) a 5%. Ao redor
de 4-6 horas de vida, veriique a capacidade
de sucção da criança, estimulando-a a partir
desse momento, oferecendo-lhe líquidos a
cada 3 horas.
Para manter uma boa hidratação, com o
RN semi-sentado, introduzir o bico da ma-
madeira de água ou SG a 5% na boca, fazen-
do pequenos movimentos com o bico para
estimular a sucção.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
369
Para aleitamento materno, utilizar com-
pressas esterilizadas, soro isiológico (SF)
0,9% ou água, uma cadeira de costas alta e
reta, de preferência uma poltrona confortá-
vel. Nas primeiras horas pós-parto, a mãe
pode icar na cama com a cabeceira elevada
para amamentar o RN, deve estar sentada
com apoio nas costas; limpar os mamilos
com compressas esterilizadas e molhadas de
água ou SF 0,9% e manter a criança semi-
sentada no seu colo. Com o braço livre, aper-
tar o mamilo e introduzi-lo na boca, sobre
a língua, estimulando a sucção. Inicialmente
a mamada deve durar 10 minutos em cada
mama, devendo sempre começar pelo último
seio da mamada anterior para facilitar o es-
vaziamento completo. Depois das primeiras
mamadas vai se acrescentando o tempo de
sucção do bebê (15-20 minutos cada seio). A
mãe deve limpar os mamilos no inal.
Não obrigue o bebê a ingerir grande quan-
tidade de líquido durante as primeiras horas
de vida, administre pequenas quantidades fre-
qüentemente, para que ingira o que necessita.
Pode-se colocar a criança ao peito, mesmo
na sala de parto. Quanto mais cedo se izer,
Figura 6.8 – Técnica do banho: (A) lave a cabeça com movimentos circulares delicados, (B)
segure o bebê com firmeza.
A B
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
370
melhores serão os resultados na instauração
do aleitamento.
Para aleitamento artiicial ou comple-
mentar, com a criança na mesma posição,
coloca-se o bico da mamadeira na sua boca,
depois de veriicar a temperatura do leite.
Na metade da mamada e no inal, faz-se um
descanso para facilitar a eructação; após as
mamadas o bebê deve ser colocado em posi-
ção para eructação.
Perda ponderal: todos os bebês perdem até
10% de seu peso, desde o nascimento até por
volta do 3o
ou 4o
dia de vida. Essa perda é
causada pela diminuição do edema, pela eli-
minação de mecônio e urina e pela pequena
ingestão isiológica de alimentos nos primei-
ros dias de vida.
A criança apresenta 3 relexos que facili-
tam a amamentação: relexo da rotação, re-
lexo da sucção e relexo da deglutição. Nos
3 primeiros dias, a produção do leite é endó-
crina. Após 3 dias, a produção é exócrina. A
alimentação do RN prematuro que não pode
se alimentar no seio materno será discutido
no item Recém-nascido pré-termo.
Em caso de impossibilidade de aleitamen-
to materno (da sua própria mãe), porque a
mãe é portadora de HIV/Aids, por exemplo,
o bebê receberá fórmulas lácteas ou leite hu-
mano do banco de leite.
O leite humano proveniente de banco de
leite passa por análise, não oferecendo risco
de contaminação.
Prazos e validade do leite materno: tempe-
ratura ambiente (8 horas); geladeira (2 a 8 °C
por 24 horas); freezer (-18 a -15 °C por um
mês) e pasteurizado (freezer por 6 meses).
Tipos de leite
Leite materno, leite de banco, fórmulas
lácteas (Pré Nan®, Aptamil Pré®).
Leite materno
O leite materno (LM) é um luido bio-
lógico complexo constituído por proteínas,
lipídios, carboidratos, vitaminas, minerais
e células (leucócitos, linfócitos, neutróilos
e células epiteliais). Sabe-se que o leite pro-
duzido por mães saudáveis é suiciente para
suprir todas as necessidades nutricionais do
RN de termo durante os primeiros seis meses
de vida.
O LM possui composição nutricional
balanceada, que inclui todos os nutrientes
essenciais, aproximadamente 45 tipos dife-
rentes de fatores bioativos; muitos desses fa-
tores parecem contribuir para o crescimento
e desenvolvimento do RN, bem como para
a maturação de seu trato gastrintestinal. Por
isso é importante que o RN permaneça em
aleitamento materno exclusivo durante esse
período de sua vida.
Dentre os inúmeros benefícios estão: fato-
res antimicrobianos, agentes antiinlamató-
rios, enzimas digestivas, vários tipos de hor-
mônios e fatores de crescimento.
Vantagem nutricional
Composição química balanceada: equi-
líbrio quantitativo e qualitativo de todos os
nutrientes necessários à criança.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
371
Vantagem imunológica
Proteção contra infecções (principalmen-
te gastrintestinal). O LM previne a diarréia
porque tem os fatores bíidos (meio do in-
testino ica ácido) que faz com que bactérias
patogênicas não penetrem no organismo; a
criança ica menos ictérica pela eliminação
de bilirrubina. A IGA serve como barreira
patogênica (adere na mucosa).
Outros benefícios
Promove contato íntimo entre mãe e ilho,
desenvolvimento da inter-relação afetiva e
profunda, favorecendo o desenvolvimento
físico e mental adequado.
Favorece o desenvolvimento da estrutural
facial e de suas funções: mastigação, fala, ali-
nhamento de dentes, respiração. Ausências
de fenômenos alergênicos; redução da mor-
talidade infantil e da desnutrição. Não requer
mistura, aquecimento ou esterilização, sendo
prático e econômico.
Avaliação dos Aspectos
Essenciais do Recém-
nascido
Principais categorias de
dados coletados
-
tória de isoimunização (serão discutidos
adiante);
materna (por exemplo, pesquisa do HIV,
titulação para rubéola etc.);
-
ração, complicação;
de líquido, presença de mecônio, relação
com a hora do parto;
-
plo, evidência de sofrimento fetal);
anestésicos (quantidade e quando admi-
nistrados).
Avaliação geral
Na avaliação deve-se dar ênfase para os as-
pectos normais e anormalidades que possi-
velmente estejam presentes no RN. A avalia-
ção detalhada do RN deve ser feita dentro de
24 horas após o nascimento.
Aparência geral
1. Postura: no RN a termo, a postura deve
ser aquela de lexão completa como con-
seqüência da posição intra-uterina, cha-
mada posição fetal: a cabeça lexionada e
o queixo repousando sobre a porção su-
perior do tórax, os braços letidos com as
mãos fechadas, as pernas lexionadas nos
joelhos e nos quadris. Observar sonolên-
cia, irritabilidade.
2. Pele: coloração, vernix caseosa, marcas de
nascença:
-
funda): é mais comum em RN com
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
372
policitemia, mas pode ser observada
em um RN hiperoxigenado ou hipe-
raquecido;
-
das, incluindo a língua e os lábios);
língua e lábios rosados);
-
lados).
3. Lesões cutâneas extensas (equimoses, he-
matomas).
4. Esforço respiratório.
5. Cabeça: observar o formato geral. Na
face, veriicar anomalias:
-
var a passagem, se houver suspeita de
atresia de coanas unilateral ou bilate-
ral. Batimento de asas do nariz indica
sofrimento respiratório. Presença de
corisa é típica de síilis congênita;
-
loração, presença de dentes;
-
clera normalmente é branca. Pode
ter um tom azulado em lactentes
prematuros.
6. Abdome: defeitos podem incluir onfalo-
cele, gastrosquise (o defeito é geralmente
localizado à direita do umbigo, e os in-
testinos não são cobertos por peritônio):
tem duas artérias e uma veia, envolto
pela geléia de Wharton. A presença
de apenas 1 artéria e 1 veia pode in-
dicar problemas renais ou genético.
Observar se há secreção, edema etc.;
(quando o sexo de um lactente não
é prontamente deinido ao exame
da genitália externa) não deve ser re-
gistrada até que tenha sido realizada
uma avaliação endocrinológica;
-
pádia; comprimento normal do pê-
nis é de 2 cm ao nascer. RN mascu-
lino sempre têm imose importante.
Hidroceles são comuns e geralmente
desaparecem por volta de um ano;
-
bios e o clitóris, secreção vaginal (co-
mum). Anotar e comunicar ao médio
ou ao enfermeiro anormalidades;
anal (teste com sonda retal ao nas-
cimento) e comunicar se houver re-
sistência; veriicar posição do ânus,
eliminação de mecônio até 48 horas
após nascimento.
Avaliação dos sinais vitais
Esta avaliação deve ser realizada quando a
criança estiver calma e quieta.
Freqüência respiratória
A respiração é abdominal, e a média é de
40 nos RNT e até 60 nos RNPT (contagem
das respirações por 1 minuto, antes de de-
terminar a FC apical). É importante obser-
var também o movimento do tórax, bem
como os movimentos abdominais. Anotar
com exatidão a profundidade e a qualidade
da respiração (costal ou abdominal) e se há
suspeita de dispnéia quando o RN apresenta
respiração costal.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
373
Freqüência cardíaca
Pulso apical é aferido com o auxílio de um
estetoscópio e auscultando o batimento api-
cal na região precordial, dois dedos abaixo do
mamilo esquerdo; contar por 60 segundos; a
FC normal varia entre 120-160 bpm e 70-80
bpm durante o sono.
Temperatura axilar
A temperatura do corpo representa equilí-
brio entre o calor produzido pelo corpo e o
calor perdido por ele. Deve-se registrar a tem-
peratura e o método empregado. Indicar se a
temperatura é retal (usualmente 1 °C a mais
do que a temperatura oral) ou axilar (usual-
mente 1 °C a menos).Normalmente a tempe-
ratura do RN normal varia de 36,5 a 37 °C. É
preciso informar sobre qualquer elevação ou
redução anormal e tomar medidas de enfer-
magem indicadas para a condição do bebê.
Pressão arterial
Embora não seja uma medida de rotina
veriicada ao nascimento, a PA avaliada pelo
ultra-som Doppler é o método mais preciso
no RN. Mede a pressão sistólica, diastólica e
média; a pressão arterial ao nascimento é em
média 80/46 mmHg (PA é mais comumente
veriicada em RN na UTI).
Figura 6.9 – Verificação do pulso apical: deve ser aferido com auxílio de estetoscópio.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
374
Figura 6.10 – Verificação da temperatura axilar do RN.
Figura 6.11 – Manguito para aferição de PA em RN.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
375
Perímetros, comprimento
e peso
Perímetro cefálico (PC)
O formato da cabeça varia conforme o
tipo de parto e duração. A medida da circun-
ferência occipitofrontal varia de 33 a 37 cm
no bebê a termo.
O PC é igual ou excede em 2 cm o tórax.
Se for 4 cm maior que o tórax, avaliar a exis-
tência de macrocefalia.
Perímetro torácico
Média de 35 cm, comumente 2 a 3 cm
menor que o da cabeça.
Perímetro abdominal
Média de 35 cm.
Comprimento
Deve medir de 48 a 52 cm de altura (e
atinge ± 75 cm com 1 ano).
Peso
De 2.700 a 4.000 g; perde 10% do peso
corporal (mais ou menos 30 g) até o quinto
dia e recupera no decorrer da segunda sema-
na. Deve ganhar diariamente, até o quinto
mês, mais ou menos 30 g, ou seja, uns 700
gramas por mês (dobra de peso aos 5 meses e
triplica aos 12 meses).
Avaliação das extremidades
Observar braços, pernas e dedos.
1. Sindactilia: fusão anormal dos dedos (dos
pés ou das mãos).
2. Polidactilia: dedos supranumerários (pés
ou mãos).
3. Talipes equinovarus (pé torto): é mais co-
mum em meninos (o pé é virado para
baixo e para dentro). Mais detalhes no
item Malformações congênitas.
Avaliação do tronco e
da coluna
Veriicar manchas pilosas sobre a parte in-
ferior das costas.
Avaliação do sistema
nervoso central (SNC)
Observar na criança a presença de qualquer
movimento anormal (convulsão) ou irritabi-
lidade excessiva e, em seguida, o tônus.
Veriicar sinais indicativos de alterações
neurológicas:
-
ção da língua, piscamento, movimentos
oculares, soluços);
-
rados; assimétricos.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
376
Malformações Congênitas
Anomalia congênita é qualquer defei-
to morfológico, bioquímico ou de conduta
produzido em qualquer etapa da gestação e
descoberto ao nascer ou depois. As malfor-
mações desse tipo podem ser visíveis ao exa-
me físico ou microscópico, visíveis na super-
fície do corpo ou em seu interior; podem ser
hereditárias ou não, simples ou múltiplas e
podem causar invalidez ou mesmo a morte
do RN se não forem tratadas precocemente.
Na maioria das vezes o tratamento inicial é
cirúrgico e pode haver seqüelas ou não, de-
pendendo do tipo de malformação congêni-
ta. Entre as malformações congênitas podem
ser citados: lábio leporino, atresia de esôfago
e hérnia diafragmática.
Cabe ressaltar que drogas, agentes infec-
ciosos, radiação, fatores mecânicos e alimen-
tação deiciente ou inadequada da mãe po-
dem levar às malformações.
Os principais sinais na criança que suge-
rem alguma afecção cirúrgica são: cianose;
icterícia; vômito; excesso de saliva na cavi-
dade oral; distensão abdominal; massas ab-
dominais; ausência de micção; alteração na
eliminação de mecônio; abaulamento da re-
gião inguinal; aumento do perímetro cefálico
com hipertensão de fontanela entre outras.
Anencefalia
É uma condição na qual considerável
porção dos hemisférios cerebrais, do crânio
e do couro cabeludo que os recobre está fal-
tando. É incompatível com a vida. O Proje-
to de Lei n. 4.403 de 2004 – que pretende a
legalização da interrupção da gestação de fe-
tos com anencefalia – deverá ser votado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) em meados
de 2007. Enquanto isso não ocorre, as ins-
tâncias inferiores da justiça vão permitindo
que as gestantes, mediante solicitação legal,
interrompam a gravidez nesses casos.
Hidrocefalia
Caracteriza-se pela presença de uma quan-
tidade anormal de líquido cérebro-espinhal
(LCE) nos ventrículos ou nos espaços suba-
racnóides. Pode ser causada por malforma-
ções congênitas e está freqüentemente asso-
ciada à espinha bíida.
Evidências de hidrocefalia são: aumento
anormal do tamanho da cabeça; fontanelas
protrusas e tensas; separação da estrutura do
crânio; crescimento rápido da cabeça, onde
se observa aumento do perímetro cefálico;
fontanela anterior tensa e abaulada, olhar de
sol poente (olhar deprimido); vômitos e con-
vulsões.
Suas principais causas são: hereditariedade;
malformações do desenvolvimento cerebral;
cistos benignos; tumores congênitos; infec-
ção intracraniana; traumatismos; infecção
intrauterina; hemorragia perinatal. Na maio-
ria das vezes, o tratamento é cirúrgico.
Mielomeningocele
Conhecida como espinha bíida, é uma
malformação congênita devida a um defeito
na fusão do tubo neural (na fase embrioná-
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
377
ria). É considerada um dos defeitos mais se-
veros. A cirurgia é realizada tão logo a criança
esteja estável (12 a 18 horas de vida). Requer
assistência de enfermagem intensiva tanto no
pré quanto no pós-operatório.
Atresia de coanas
É uma deformidade congênita que consis-
te num septo membranoso ou ósseo entre o
nariz e a faringe causada pela incapacidade
da membrana buconasal de se romper duran-
te a sétima semana de gestação. Pode ser uni
ou bilateral. O RN tem crises de sufocação e
não consegue respirar durante as mamadas;
quando dorme necessita de respiração nasal.
O RN alimentase por sonda orogástrica e é
necessário favorecer a respiração por via oral
até o momento da correção.
Atresia de esôfago
É uma anomalia relativamente comum,
que consiste na interrupção total da continui-
dade da luz do esôfago. Pode vir com: atre-
sia sem fístula traqueoesofágica (7%); atresia
com fístula traqueoesofágica proximal; atresia
com fístula distal (87%); atresia com fístula
traqueoesofágica proximal e distal (0,7%) ou
pode ser fístula traqueoesofágica sem atresia
(4,2%). Nesse caso, não alimentar o RN e
manter aspiração oral contínua. A correção
deve ser feita cirúrgica e precocemente.
Refluxo gastroesofágico
Consiste no retorno gástrico para o esôfa-
go devido à incompetência da junção esofa-
gogástrica (esfíncter esofágico). Pode provo-
car broncopneumonia (BCP) de repetição
por broncoaspiração de alimentos. A criança
deve ser colocada em decúbito elevado, prin-
cipalmente após as refeições.
Obstrução intestinal
Se a sonda chegar ao estômago do RN, é
importante medir o aspirado gástrico. Uma
quantidade superior a 20 ml de líquido di-
gestivo denuncia uma obstrução intestinal.
A síndrome obstrutiva representa 90% dos
quadros de abdome agudo do RN. A crian-
ça que vomita tem obstrução gastrintestinal
até que se prove o contrário. Não alimentar
a criança e passar uma sonda nasogástrica em
sifonagem até conirmar o diagnóstico.
Gastrosquise
Defeito congênito da parede abdominal
que se manifesta de uma ou mais vísceras –
intestino delgado, colo proximal e porção do
estômago – para uma abertura lateral ao anel
umbilical (normalmente à direita). Outras
malformações podem vir associadas, como
atresias, defeito da estrutura intestinal e má
rotação. O tratamento é certamente cirúrgi-
co, realizando o retorno das vísceras à cavida-
de abdominal.
Apêndice pré-auricular
Pequenas formações cutâneas salientes si-
tuadas anteriormente ao pavilhão auricular.
Retirada para resultado estético.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
378
Artéria umbilical única
Em alguns casos, pode ser observada ape-
nas uma artéria e uma veia, deinindo o qua-
dro de artéria umbilical única (AUU). Hei-
fetz et al. (1984) observaram 0,5 a 2,5% de
AUU em RN sadios; nas perdas gestacionais
e nos fetos com aneuploidia, a ocorrência foi
de 1,5 a 11%. Existe possibilidade de altera-
ções cromossômicas, com maior freqüência
as trissomias do 13 e do 18. Artéria umbilical
única denuncia um defeito mesodérmico an-
tes da 3a
semana de vida embrionária e está
relacionada à maior incidência de anomalias
estruturais, particularmente urológicas e car-
díacas, assim como maior incidência de cres-
cimento intra-uterino retardado.
Fimose
É um estreitamento na abertura do prepúcio
que pode tornar impossível sua retratação. Fre-
qüentemente não interfere na micção, porém a
abertura pode ser tão pequena que seja neces-
sário esforço para o esvaziamento da bexiga.
Hemangiomas
Manchas escuras benignas caracterizadas
pela dilatação de vasos sangüíneos.
Hérnia diafragmática
congênita (HDC)
É uma falha no fechamento do canal pleu-
roperitoneal, primariamente defeito diafrag-
mático, favorecendo a passagem de conteúdo
abdominal para o interior do tórax. Esse qua-
dro leva a hipertensão pulmonar, e em 85 a
90% dos casos, o lado esquerdo é o afetado.
Ocorre uma protusão das vísceras abdominais
em vários graus para a cavidade torácica.
A etiologia é desconhecida. A literatura
apontaparaorigemgenética,como,porexem-
plo, nas trissomias do 13 e do 18. Segundo
especialista em pediatria, em um levantamen-
to com 166 RN de alto risco (sintomáticos
nas seis primeiras horas de vida), foi observa-
do que aproximadamente 40% das crianças
eram portadoras de uma ou mais malforma-
ções congênitas associadas à HDC, exemplo:
comunicação interatrial, comunicação inter-
ventricular, canal atriovenoso comum e atre-
sia de esôfago com fístula gastrintestinais.
Hipospadia
É uma anomalia na qual a uretra não se es-
tende ao longo de todo o pênis; em vez disso,
abre-se em sua superfície inferior, em algum
lugar atrás da glande.
Imperfuração anal
Pode ser causada pela persistência de uma
membrana acima da abertura do ânus com
um ânus normal logo acima dela ou pode ser
constituída por uma ausência completa do
ânus, com o reto terminando em fundo cego
alguns centímetros acima.
Lábio leporino e fenda
palatina
O lábio leporino é uma issura no lábio
superior ao lado da linha média, e a separa-
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
379
ção pode variar de discreta à completa, es-
tendendo-se até as narinas. Pode ser uni ou
bilateral.
A fenda palatina é uma issura na linha mé-
dia do teto da boca. Essas condições podem
ocorrer sozinhas ou aparecer juntas.
Língua presa
É uma condição na qual a prega vertical
de membrana mucosa (freio) que se encon-
tra sob a língua, que normalmente é peque-
na no recém-nascido, estende-se até o inal
ou quase até o inal da língua. Pode limitar a
movimentação da mesma, o que se evidencia
quando o bebê chora, porém, em geral, não
interfere na sucção e não requer tratamento.
Luxação congênita
do quadril
É um deslocamento da cabeça do fêmur do
acetábulo. O reconhecimento precoce permi-
te o tratamento imediato e é importante para
evitar o deslocamento total. A observação
da incapacidade de abduzir completamen-
te a perna deve ser comunicada ao médico.
A aplicação de várias fraldas, de maneira a
afastar as pernas, é um método utilizado para
manter a posição de abdução.
Pé torto (talipos)
É o resultado de uma desigualdade na
musculatura, produzindo uma deformidade
na qual o pé é virado segundo um ângulo
anormal. A posição intra-uterina ou o dese-
quilíbrio muscular são considerados possíveis
causas. A condição é em geral bilateral. O
diagnóstico é algumas vezes difícil, porque o
pé do recém-nascido freqüentemente se mos-
tra numa posição semelhante à do pé torto.
Síndrome de Down
Alteração genética também conhecida
como trissomia do cromossomo 21. Nessa
condição existe um retardo mental grave e
são freqüentes defeitos no desenvolvimento
de outros tecidos.
Algumas das características físicas no in-
divíduo com síndrome de Down são: crânio
pequeno, olhos afastados com presença de pe-
quenas dobras de pele no canto interno, língua
protusa, nariz curto com base chata, hiperes-
tensibilidade das articulações, tônus muscular
deiciente e malformações cardíacas.
Testículos retidos
Fazem com que a bolsa escrotal pareça pe-
quena. Se somente um dos testículos não des-
ceu, a diferença de tamanho entre os dois lados
da bolsa escrotal é visível. Os testículos desen-
volvem-se no abdome e normalmente descem
para a bolsa escrotal em algum momento du-
rante os dois últimos meses de vida fetal.
Podem, entretanto, permanecer no canal
inguinal ou mesmo na cavidade abdominal
por um tempo maior. A descida é em geral
espontânea durante as primeiras semanas de
vida ou em qualquer ocasião até a puberdade.
Os testículos retidos podem estar associados
a uma hérnia.
Além dessas malformações citadas existem
outras que podem estar presentes no recém-
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
380
nascido. Algumas requerem tratamento ci-
rúrgico.
Registro de
Nascimento
O registro de nascimento é muito impor-
tante para o bebê. A certidão de nascimento é
necessária por várias razões e precisa ser retida
por toda a vida. A seguinte lista de razões é
parcial, porém demonstra a importância desse
documento: prova o local de nascimento; pro-
va a paternidade e a dependência legal; prova
a idade no momento da entrada na escola; as-
segura o direito do voto, o direito de se casar,
o seguro social; prova o direito de herdar uma
propriedade; obter passaporte; e serve para ou-
tros propósitos legais. Os pais devem conhe-
cer sua responsabilidade quanto ao registro
de nascimento e como proceder para fazer a
certidão de nascimento.
Alta Hospitalar
A alta hospitalar é um dos momentos mais
importantes para os pais, pois a responsabili-
dade não mais será dividida entre a equipe de
saúde e as dúvidas e inseguranças aumentam.
Daí a importância da orientação adequada
pela equipe de enfermagem. Na alta hospita-
lar é preciso:
1. Certiicar a alta médica no prontuário do
bebê.
2. Comunicar à mãe a alta do recém-nasci-
do.
3. Vestir o RN, orientando a mãe nos cui-
dados gerais em casa:
a importância do aleitamento mater-
no;
-
liar.
4. Transmitir com clareza a receita médica e
demais tratamentos.
5. Perguntar se a criança já foi registrada;
caso não tenha sido, orientar os pais
quanto à importância do registro de nas-
cimento no tempo hábil; encaminhar
ao serviço social para orientação se for o
caso.
6. Esclarecer a necessidade do acompanha-
mento ambulatorial ou retorno para con-
sulta com o pediatra.
7. Explicar a importância das imunizações,
os benefícios da vacina para a criança e
orientar como ela deverá proceder. As
vacinas prioritárias nos primeiros dias de
vida são BCG e a primeira dose contra
hepatite B. Explicar-lhe do exame do
pezinho: o resultado deverá ser entregue
em casa e o deverá ser levado na próxima
consulta com o pediatra.
8. Anotar horário e data da saída no Relató-
rio de Enfermagem e no relatório geral.
9. Conduzir ambos até a recepção.
10. Realizar desinfecção, limpeza geral e ter-
minal da incubadora (se utilizou).
11. Organizar o prontuário.
12. Encaminhar o prontuário para secretária
da unidade e daí para o arquivo médico.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
381
Atendimento em UTI
Neonatal
Intervenção no Ambiente
Físico
Os berços e/ou incubadoras devem estar
distantes de pias, fones, rádios, janelas e locais
de grandes atividades ou passagem. É impor-
tante que haja espaços entre os berços para
evitar que se esbarre neles, provocando mu-
dança no estado comportamental do RN.
Orientações aos
Familiares
Personalizarobebêcolocandoetiquetacom
seu próprio nome e os nomes de seus pais.
Incentivar o toque leve e carinhoso quando
estiverem próximos do RN. Favorecer o vín-
culo dos familiares com o bebê. Incentivar
os pais a falarem sobre a saúde de seu ilho.
Fornecer informações sobre aleitamento ma-
terno, lavagem das mãos antes e após sair da
UTI e os horários de visitas.
Prevenção de
Transmissão de
Microrganismos
Multirresistentes
em Recém-internados
Objetivo: prevenir disseminação de pató-
genos multirresistentes aos antibióticos.
Entende-se por multirresistentes: estailo-
cocos resistentes à oxacilina, bactérias G-re-
sistentes aos aminoglicosídeos, enterococos
resistentes à vancomicina e teicoplanina.
População-alvo: recém-nascidos admitidos
nas UTIs, provenientes de outra instituição
de saúde, com passagem pela UTI da mesma
instituição ou que tenham sido submetidos
a quaisquer procedimentos invasivos, como
cirurgias, inserção de cateteres, intubação
orotraqueal, entre outros, independente de
diagnóstico infeccioso. RN nascido na mes-
ma instituição deve também receber cuida-
dos especiais que visem à prevenção de in-
fecção.
Ações no Ato da
Internação do Recém-
nascido com Suspeita
de Infecção
Médicos: providenciar a troca de cateteres
intravasculares com sinais de infecção local
ou daqueles sabidamente inseridos na emer-
gência. Solicitar coleta de cultura de secreção
traqueal, ponta de cateteres IV e de qualquer
drenagem ou coleções.
Enfermagem: instalar o RN em quarto
privativo com banheiro e sob precauções de
contato, conforme normas de isolamento n.
363. Atentar para o protocolo da instituição
quanto às medidas contra infecção, principal-
mente em caso de doença infectocontagiosa.
Manter o RN sob precaução de contato até
avaliação do Centro de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH). Notiicar o CCIH sobre
internação desses RN.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
382
CCIH: fazer as recomendações necessárias
sobre a manutenção ou suspensão do isola-
mento, após resultados de culturas.
Equipamentos de UTI
Incubadora
Indicada para internação do RN que pre-
cisa de condições clínicas especiais como:
suporte de O2
, manutenção da temperatura,
pós-operatório e isolamento.
O equipamento possui uma câmara interna
protegida por uma cúpula de acrílico trans-
parente com portinholas laterais para acesso,
tendo ainda uma pressão interna maior que
a do ambiente para evitar a entrada de ar ex-
terno em seu interior.
Sua manutenção requer higienização com
água e sabão neutro a cada 5 dias; todas as
peças móveis são removidas e lavadas. Poderá
ser realizada a troca do iltro quando necessá-
rio, por exemplo, após alta do RN.
Incubadora de transporte
Utilizada em remoção mantendo as ca-
racterísticas da incubadora estacionária, mas
com adaptações para encaixe do trilho da
ambulância e cilindro de O2
, iluminação in-
terna e bateria para 3 horas.
Biliberço
Equipamento utilizado para fototerapia.
Possui colchão de silicone, e as lâmpadas são
instaladas por baixo. Na parte superior há um
reletor em forma de arco para ação na parte
superior do corpo. Este equipamento tem de-
monstrado eiciência superior no tratamento
da icterícia neonatal por meio da fototerapia.
Bilispot
Também utilizado em fototerapia, porém
com proteção elíptica sobre a superfície cor-
pórea do RN; a vantagem é a mobilidade que
o equipamento fornece podendo ser utilizado
em uma enfermaria de maternidade ou PSI.
Oxímetro e capnógrafo
Utilizado para medir percentual de oxi-
gênio (oxímetro) e de dióxido de carbono
(capnógrafo) presente na circulação perifé-
rica. Esses equipamentos são indispensáveis
na observação da capacidade respiratória e
cardiovascular do RN.
Óxido nítrico
Trata-se de um gás cada vez mais utiliza-
do no tratamento de hipertensão pulmonar
provocada por cardiopatias congênitas e as-
piração de luidos, como mecônio. Apesar
de poder gerar toxicidade, quando instalado
por um proissional habilitado, pode ofere-
cer grandes benefícios devido a melhora na
circulação sangüínea pela vasodilatação em
capilares alveolares pulmonares.
A dosagem e a prescrição são feitas pelo
médico especialista em UTI-Neo. Em casos
de prematuridade também melhora o luxo
sangüíneo nos capilares evitando o apareci-
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
383
Figura 6.12 – Bilispot: utilizado em fototerapia. A luz incide sobre o recém-nascido.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
384
Figura 6.13 – Sistema de óxido nítrico: indicado no tratamento da hipertensão pulmonar, deve
ser adaptado ao aparelho de ventilação mecânica.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
385
mento da enterocolite necrosante. Sua insta-
lação é feita por meio de uma adaptação no
circuito do aparelho ventilador.
Aparelho respirador
A atenção dada ao respirador deve ser vol-
tada à sua montagem uma vez que os parâ-
metros são regulados pelo médico assistente
conforme a evolução do diagnóstico. Alguns
parâmetros devem ser mantidos quando o
parelho icar de sobreaviso:
2
) = 60%;
mmH2
O;
mmH2
O;
-
termitente sincronizada).
Patologias em
Recém-nascidos
Anormalidades e
Patologias do Recém-
nascido
síndromes hemorrágicas.
hipóxico-isquêmica (EHI), convulsões,
hemorragia intracraniana, distúrbios re-
nais IRA, hipertensão arterial.
-
sistência do canal arterial (PCA), insui-
ciência cardíaca, arritmias cardíacas.
-
tabolismo da glicose, do sódio, do cálcio e
do magnésio (ver a seguir).
– apnéia;
– taquipnéia transitória;
– síndrome do desconforto respirató-
rio do RN (membrana hialina);
– síndrome de aspiração de mecônio;
– hipertensão pulmonar persistente;
– displasia broncopulmonar.
Distúrbio do Metabolismo
de Glicose
Hipoglicemia
A hipoglicemia é uma queda do nível de gli-
cose sangüínea em relação aos níveis de nor-
malidade. A hipoglicemia pode ser deinida
também como baixa concentração de glicose
compatível com a função cerebral.
O quadro clínico não é especíico, po-
dendo ter variações. Os sintomas mais fre-
qüentes são: tremores, cianoses, convulsões,
apnéia, apatia, choro agudo ou débil, atonia,
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
386
hipotonia, anorexia, má sucção, hipotermia e
instabilidade térmica.
Recém-nascido de mãe
diabética
No ilho de mãe diabética, a etiologia é o
hiperinsulinismo fetal secundário devido aos
prolongados estímulos pré-natal das ilhotas
pancreáticas (de Langerhans) como resulta-
do da hiperglicemia materna que facilmente
atravessa a placenta.
Com o corte do cordão umbilical há uma
diminuição dos estímulos das ilhotas, contu-
do a normalização da produção de insulina
não é imediata; levará de 8 a 24 horas.
Logo, para esses recém-nascidos, o período
mais vulnerável da hipoglicemia seria o re-
presentado pelas primeiras semanas de vida,
assim a hipoglicemia do RN de mãe diabéti-
ca é precoce, intensa e de curta duração.
Fenilcetonúria
A fenilcetonúria (PKU) é uma doença
metabólica, genética de forma autossômica
recessiva; é um erro inato do metabolismo
protéico, causado pela deiciência, em dife-
rentes graus da enzima fenilalanina hidroxi-
lase, que converte a fenilalanina em tirosina.
Na ausência da enzima, a fenilalanina não é
convertida em tirosina, acumula-se nos teci-
dos (neurais) e é eliminada na urina na for-
ma de fenilcetonas.
A fenilalanina é um aminoácido essencial
ao crescimento, porém qualquer excesso in-
gerido precisa ser degradado normalmente
pela conversão em tirosina. Na fenilcetonú-
ria, existe um retardo mental progressivo, a
menos que a quantidade de fenilalanina ofe-
recida aos tecidos seja limitada àquela essen-
cial. Um controle dietético precisa começar
precocemente para prevenir lesão cerebral.
Na PKU o nível sérico de fenilalanina se ele-
va rapidamente após o parto, à medida que o
bebê recebe leite.
Hiperfenilalaninemia
(HPA)
Nome genérico dado ao elevado nível de
fenilalanina (Phe) no sangue. Pode ser cau-
sada pela deiciência da enzima hepática fe-
nilalanina hidroxilase ou das enzimas que
sintetizam ou reduzem a coenzima tetraidro-
biopterina (BH4).
É importante detectar erros inatos do me-
tabolismo, principalmente a fenilcetonú-
ria, pois o diagnóstico precoce e o início da
dietoterapia previnem retardo mental grave
e hipotireoidismo congênito (deiciência na
função tireoideana) que também pode levar
a retardo mental grave.
O sangue, para dosagem da fenilalanina e
da tetraiodotironina (T4) neonatal, pode ser
colhido em uma única icha de exame.
Exame do pezinho
Coleta do sangue do calcanhar através de
papel-iltro; colete-se o sangue no “pezinho”
para o exame PKU.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
387
Figura 6.14 – Coleta do sangue do calcanhar para o exame PKU.
Valor normal
Material
-
mento, papel-iltro estéril;
Assistência de Enfermagem
1. Encostar o verso do papel-iltro na gota
de sangue, impregnar os círculos até que
o sangue atravesse o papel e preencha to-
talmente os círculos na parte da frente.
2. Deixar o papel iltro secar à temperatura
ambiente.
3. Envolvê-lo em papel prateado e em saco
plástico bem vedado e mantê-lo em gela-
deira até ser encaminhado à APAE.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
388
Doença Hemolítica do
Recém-nascido
Anemia hemolítica
A anemia hemolítica do feto e do recém-nas-
cido ocorre quando o sangue da criança contém
antígeno ausente no sangue materno e estimula
a formação de anticorpo materno contra os eri-
trócitos do ilho. Existem quatro grupos sangü-
íneos principais: A, B, AB e O, que constitui o
sistema ABO.
Em condições normais, um indivíduo não
forma anticorpos contra os antígenos de suas
próprias células.
O aglutinogênio é um antígeno, e a aglu-
tinina é um anticorpo. De forma que se as
células de um indivíduo forem transfundidas
para outra pessoa irão desenvolver anticorpos
contra todos os antígenos que não sejam pró-
prios do sangue do receptor.
Assim surge a doença hemolítica do re-
cém-nascido, que pode ser transmitida pelo
sistema ABO e pelo sistema Rh.
O risco existe quando o pai é Rh(+), a mãe
é Rh(–) e o ilho é Rh(–).
Avaliação inicial
Deve-se pesquisar a história da grávida,
efetuado o exame objetivo e determinar o
grupo sangüíneo e o fator Rh.
Incompatibilidade ABO
É uma doença hemolítica benigna. Quan-
do o tipo sangüíneo paterno é A ou B e o ma-
terno é O, a criança produz antígeno A ou B
que penetra na corrente sangüínea materna,
fazendo a mãe produzir anticorpos A ou B.
Estes anticorpos retornam à corrente sangüí-
nea do recém-nascido e provocam a hemólise
das hemácias; esses casos são predominantes
no grupo A com o grupo O.
A icterícia, que se instala dentro de 48
horas, é um sintoma da incompatibilida-
de ABO. O recém-nascido apresenta ligeira
anemia, com o teste de Coombs direto nega-
tivo ou baixo.
O tratamento é feito por meio da foto-
terapia. Em caso de elevação da bilirrubi-
na acima de 20 mg por 100 ml de sangue,
providenciar imediatamente a exsanguineo-
transfusão.
Tabela 6.3 – Grupo sangüíneo, antígeno e anticorpo
Grupo Hemácias (aglutinogênio) Plasma (aglutinina)
A A Anti-B
B B Anti-A
AB A e B –
O – Anti-A e anti-B
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
389
O cuidado de enfermagem inclui observar
diariamente a evolução ou a involução da ic-
terícia.
Doença hemolítica do
recém-nascido por Rh
(eritroblastose fetal)
Somente indivíduos pertencentes ao fator
Rh negativo geram anti-Rh.
Acidentalmente, a placenta pode sofrer
ruptura, desfazendo-se o isolamento da cir-
culação materno-fetal e ocorrer mistura de
sangue; geralmente ocorre no inal da ges-
tação.
Se a criança for Rh positivo e seu sangue
misturar com o da mãe que é Rh negativo,
determinará a formação de anti-Rh na mãe.
Diicilmente ocorrerá com o primeiro ilho.
Numa segunda gravidez, se ocorrer nova
troca sangüínea e a mãe tiver sido sensibi-
lizada na primeira gravidez, afetará o feto.
Somente se uma mulher fator Rh negativo
receber uma transfusão sangüínea Rh positi-
va (incompatível) produzirá anti-Rh; assim,
quando esta mulher engravidar, o primeiro
ilho já poderá sofrer eritroblastose fetal.
Icterícia Fisiológica do
Recém-nascido
Coloração amarelada da pele e das escleró-
ticas, e hiperbilirrubinemia freqüentemente
em recém-nascido nos 5 primeiros dias de
vida e que desaparece dentro de 7 a 14 dias.
É geralmente benigna e autolimitante, em-
bora nos prematuros a hiperbilirrubina possa
ser mais grave.
A fototerapia é a forma de terapêutica física
especial que utiliza as propriedades da luz.
Fototerapia especial consiste em expor
um recém-nascido normal ou prematuro
com icterícia intensa à fonte luminosa azul
ou branca (8 tubos de 20 watts cada), acar-
retando uma fotocomposição da bilirrubina
livre nos dois milímetros mais supericiais da
pele. A luminosidade do sistema deve variar
entre 100 e 300 footcandles (unidade de ilu-
minação), sendo o maior efeito fotoquímico
observado na faixa azul (ultravioleta), 380 a
480 milimera.
Assistência de enfermagem
1. Durante a exposição aos banhos de luz,
a criança deve icar completamente des-
pida, com proteção ocular (máscaras ou
óculos negros) cuidadosamente posicio-
nada.
2. Controlar a temperatura e o estado de
hidratação (veriicar a temperatura a cada
3 horas e oferecer água ou leite materno
por meio do estímulo à amamentação,
nos intervalos das mamadas).
3. Mudar de decúbito com freqüência, para
expor maior superfície corpórea possí-
vel.
4. Conservar o aparelho (fototerapia) a uma
distância de 40 cm, quando na incuba-
dora, e de 60 cm, quando no berço.
5. Estimular a alimentação, considerando
que é uma das formas de prevenção da
hiperbilirrubinemia.
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
390
6. As lâmpadas devem ser substituídas após
200 horas de uso.
Observações
1. Testar o aparelho para veriicar as condi-
ções de segurança mecânica e elétrica.
2. Observar a coloração das escleróticas e da
pele, presença de erupções e queimadu-
ras.
3. Informar aos pais sobre a indicação da
fototerapia, os procedimentos e a impor-
tância terapêutica.
4. Registrar as alterações observadas e os
horários dos banhos de luz.
5. Apesar da importância da fototerapia no
recém-nascido prematuro, sua aplicação
promove efeitos colaterais como:
as fezes apresentam-se amolecidas e
esverdeadas;
-
bilização da pele aos raios de luz;
Recém-nascido
Pré-termo
Prematuridade é a condição do RN an-
tes do termo, nascido antes de 37 semanas.
Avalia-se a idade gestacional do RN pelo
método Capurro.
Caracterização
Peculiaridades
Anatomofuncionais
-
poral;
deglutição imperfeita;
anestésicos de uso obstétrico.
Alimentação
Objetivos: suprir necessidades nutricio-
nais, promover um desenvolvimento e cres-
cimento adequado.
Tipo de leite: LM, leite de banco, fórmulas
lácteas (Pré Nan®, Aptamil Pré®).
Métodos de alimentação: gavagem (inter-
mitente, contínua), seio materno, mamadei-
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
391
ra. Em caso de impossibilidade de aleitamen-
to materno, o bebê receberá fórmulas lácteas.
A gavagem será feita a partir de sondagem
orogástrica em prematuros com peso inferior
a 1.800 g ou idade gestacional menor que 35
semanas, naqueles em que a deglutição ou
sucção é insuiciente ou naqueles impossibi-
litados de sugar.
Técnica de sondagem
orogástrica
Material
Etapas
1. Lavar as mãos.
2. Preparar o material.
3. Medir o comprimento da sonda a ser in-
troduzida.
4. Passar a sonda pela via oral (mais indicada).
5. Veriicar o posicionamento da sonda por
meio da aspiração do conteúdo gástrico,
utilizando a seringa de 3 ml.
6. Fixar a sonda.
7. Conirmar o volume da dieta.
8. Administrar a dieta de preferência no
colo da mãe.
Se a criança puder realizar esforço, estimu-
lar a sucção com o dedo mínimo enluvado,
durante a descida do leite (estimulando o
desenvolvimento da musculatura oral e faci-
litando a transição da sonda para sucção); la-
var a sonda após o término da gavagem com
3 ml de água destilada (evitar obstrução da
luz diminuta da sonda por resíduos de lei-
te). Após a dieta, posicionar o RN em semi-
fowler, decúbito lateral direito ou decúbito
ventral (facilitando o esvaziamento gástrico e
a eructação, diminuindo episódios de regur-
gitação e vômitos e evitando agravamento do
distúrbio respiratório, se presente).
Doença Pulmonar de
Membranas Hialinas
A doença pulmonar de membranas hiali-
nas (DPMH) é uma das causas mais freqüen-
tes de insuiciência respiratória do RN.
A DPMH constitui um dos problemas
mais comuns de um serviço de neonatologia
e uma das principais causas de mortalidade
entre RN de pré-termo, ocorrendo de 0,5 a
1,0% em todos os nascimentos.
Osfatorespredisponentessãoprematurida-
de; sexo masculino; anóxia perinatal; história
materna de hemorragias; diabetes materno;
segundo gemelar; RN anterior afetado; parto
cesáreo; hipotermia.
O quadro clínico inclui insuiciência respi-
ratória nas primeiras horas de vida; dispnéia;
aumento progressivo da freqüência respira-
tória; retração esternal importante; tiragem
intercostal; cianose central; gemido expira-
tório; crises de apnéia; palidez; hipotermia;
Tratado Prático de Enfermagem - volume 2
392
edema e oligúria; hipotensão, hipotonia e
hipoatividade.
As medidas gerais são aquecimento; mo-
nitoração da FC e FR; controles laborato-
riais; radiograia de tórax; fornecimento de
líquidos e calorias – alimentação enteral ou
parenteral, se for preciso; controle rigoroso
de peso; correção do equilíbrio ácido-básico;
prevenção de infecções; oxigenoterapia.
Recém-nascido
Traumatizado
Apesar do avanço tecnológico e cientíico,
são comuns as lesões atribuídas aos traumatis-
mos obstétricos, como: bossa serossangüínea,
céfalohematoma, hematoma do músculo es-
ternocleidomastóideo, fraturas obstétricas.
– fratura da clavícula;
– fratura de úmero;
– fratura do fêmur.
– paralisia facial periférica;
– paralisia do plexo braquial;
– paralisia do nervo frênico.
– sinais vegetativos: diiculdade de ter-
morregulação, perturbações vasomo-
toras;
– sinais clínicos: choro gemido, pausas
ou irregularidades respiratórias, per-
turbações da sucção, hipotonia, con-
vulsões (às vezes).
Controle de Infecção
no Berçário
1. Esterilização de mamadeiras.
2. Evitar aglomeração nos berçários, limi-
tando o número de recém-nascidos em
cada sala. Nunca colocar mais que uma
criança em cada incubadora. Cada incu-
badora deve ocupar de 2,5 a 2,8 m2
.
3. Isolamento de todos os RN com infec-
ções cutâneas, gastrintestinais, respirató-
rias ou processos febris.
4. A entrada de estranhos deverá ser restrita,
só estimular a entrada da mãe e do pai.
5. Proilaxia das infecções de origem ma-
nual – lavagem cuidadosa das mãos e
antebraço antes da entrada na unidade,
antes e após o manuseio de cada RN.
6. Proilaxia das infecções de origem aérea
– climatização e iltração do ar.
7. Limpeza terminal e constante da unidade
e dos materiais como berço, incubadora,
aparelho de fototerapia, respiradores.
8. Troca de iltros de ar das incubadoras a
cada 60 dias.
Cuidados de
Enfermagem ao
Recém-nascido Grave
Assistência de
Enfermagem Imediata
1. Conferir identiicação.
2. Pesar.
Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia
393
3. Colocar em incubadora aquecida.
4. Manter oxigenação de acordo com a
orientação médica.
5. Fazer higiene.
6. Realizar curativo umbilical.
7. Monitorar FC, FR e temperatura.
8. Fazer lavagem gástrica.
9. Instalar oxímetro de pulso, se necessá-
rio.
10. Puncionar veia periférica para administra-
ção de soro e medicamentos prescritos.
11. Preparar material e auxiliar em cateteris-
mo umbilical ou venodissecação.
12. Instalar controle de diurese.
Assistência de
Enfermagem Mediata
1. Controle e manutenção da temperatura
corporal:
2. Observação constante dos parâmetros
cardiorrespiratórios:
3. Atenção para sinais de hipoglicemia e hi-
pocalcemia:
4. Controles hídrico e eletrolítico:
5. Observação dos níveis de oxigenação:
posição horizontal ou vertical.
6. Manutenção de cateteres, quando pre-
sentes:
-
mento ou secreções.
7. Uso de técnicas rigorosamente assépti-
cas.
8. Cuidados com alimentação:
3 horas:
– transição SOG e VO a partir de
34 semanas;
-
terocolite necrosante.
9. Nutrição parental:
de perdas e infusões;
-
se da veia cava superior.
10. Realizar exames de rotina:

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Enfermagem em neonatologia

  • 2. IX Sumário Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV Capítulo 1 – Anatomia e Fisiologia Humanas . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Conceitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 O corpo humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Sistema esquelético . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Sistema articular . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Sistema muscular . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Sistema tegumentar. . . . . . . . . . . . . . . . 31 Sistema nervoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Sistema cardiovascular. . . . . . . . . . . . . . 39 Sistema hematológico . . . . . . . . . . . . . . 47 Sistema respiratório. . . . . . . . . . . . . . . . 49 Sistema digestório . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Sistema urinário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Sistema genital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 Sistema endócrino . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Sistema sensorial (órgãos dos sentidos) 78 Capítulo 2 – Sistema Nervoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 Avaliação do sistema nervoso . . . . . . . . . 83 Complicações do sistema nervoso . . . . . 113 Capítulo 3 – Sistema Respiratório. . . . . . . . . . . . . . . 123 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Avaliação do sistema respiratório . . . . . . 130 Complicações do sistema respiratório . . 149 Capítulo 4 – Sistema Cardiovascular. . . . . . . . . . . . . 163 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 Avaliação do sistema cardiovascular . . . . 167 Complicações do sistema cardiovascular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 volume 1
  • 3. Tratado Prático de Enfermagem - volume 1 X Capítulo 5 – Sistema Hematológico. . . . . . . . . . . . . . 203 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 Alterações do sistema hematológico. . . . 206 Capítulo 6 – Sistema Digestório . . . . . . . . . . . . . . . . 211 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213 Avaliação do sistema digestório . . . . . . . 215 Manifestações do sistema digestório . . . 230 Capítulo 7 – Sistema Endócrino . . . . . . . . . . . . . . . . 245 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 247 Complicações do sistema endócrino. . . . 249 Capítulo 8 – Sistema Urinário. . . . . . . . . . . . . . . . . . 257 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259 Avaliação do sistema urinário . . . . . . . . . 263 Alterações do sistema urinário . . . . . . . . 265 Complicações do sistema urinário . . . . . 268 Capítulo 9 – Sistema Genital Masculino . . . . . . . . . . . . . . . . 277 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 279 Avaliação da genitália masculina . . . . . . 284 Complicações do sistema genital masculino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284 Capítulo 10 – Sistema Genital Feminino . . . . . . . . . . . . . . . . . 289 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 Genitália externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 Genitália interna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 Mamas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294 Ciclo reprodutivo feminino . . . . . . . . . . . 295 Avaliação das mamas. . . . . . . . . . . . . . . 300 Avaliação da genitália feminina. . . . . . . . 302 Complicações do sistema genital feminino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303 Capítulo 11 – Planejamento Familiar . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 Métodos contraceptivos: regulando a fertilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 Capítulo 12 – Gestação e Parto . 325 Gravidez. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327 Parto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 350 Capítulo 13 – Fundamentos de Enfermagem . . . . . . . . . . . . . . 363 História da enfermagem. . . . . . . . . . . . . 365 Administração das ações de enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379 Prevenindo acidentes . . . . . . . . . . . . . . . 388 Segurança e conforto . . . . . . . . . . . . . . . 408 Unidade de internação e unidade
  • 4. XI Sumário do cliente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 413 Posicionamento do cliente . . . . . . . . . . . 423 Higiene do cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . 436 Balanço hídrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 446 Alimentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 451 Controle dos sinais vitais . . . . . . . . . . . . 462 Cateterismo vesical . . . . . . . . . . . . . . . . 482 Sondagem nasogástrica (SNG) . . . . . . . . 485 Lavagem intestinal . . . . . . . . . . . . . . . . . 486 Referências Bibliográficas . . . . 486
  • 5. V Autores Adriana Lemos Pereira Professora Assistente do Departamento de Enferma- gem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem Al- fredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Doutoranda em Saú- de Coletiva. Enfermeira Sanitarista. Área de atuação/ produção: Enfermagem gênero, sexualidade e saúde. Angelina Maria Aparecida Alves Professora Assistente do Departamento Materno Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Doutoranda em Enfermagem. Área de atuação/produção: Enfermagem Pediátrica. Barbara Audara de Almeida Graduação pela Escola de Arquivologia – UNIRIO. Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora Adjunta do Departamento de Fundamentos de Enfermagem e Administração da Universidade Federal Fluminense (UFF). Área de atuação/produção: Enfermagem e Sociedade, Identidade Proissional, Fundamentos de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Carlos Roberto Lyra da Silva Doutorando em Enfermagem pela UFRJ. Docente da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP- UNIRIO). Área de atuação: Cuidados em Terapia Intensiva e Semiologia. Membro do Grupo de Pes- quisa de Enfermagem – UNIRIO/CNPq. Claudia de Carvalho Dantas Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Membro do Núcleo de Pesquisa Educação, Gerência e Exercí- cio Proissional da Enfermagem (NUPEGEPEn). Débora Esteves Enfermeira. Especialista em Enfermagem Pediátrica e em Formação Pedagógica. Docente do Instituto Educacional São Paulo (INTESP). Denise Figueiredo Restivo Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Docente do Instituto Educacional São Paulo (INTESP). Elaine Cristina de Oliveira Souza Enfermeira pela Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). volume 2
  • 6. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 VI Enirtes Caetano Prates Melo Doutora em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ. Professora Adjunta do Departa- mento de Enfermagem de Saúde Pública da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Mes- tre em Saúde Pública. Enfermeira Sanitarista. Área de atuação/produção: Saúde Pública/Coletiva. Fátima Terezinha Scarparo Cunha Professora Assistente do Departamento de Enferma- gem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Doutora em Saú- de Pública/Coletiva. Enfermeira Sanitarista. Área de atuação/produção: Planejamento em Saúde, Fernando Porto Professor Assistente do Departamento de Enferma- gem Materno Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Mestre em Enfer- magem pela UNIRIO. Área de atuação/produção: Enfermagem Pediátrica e Obstétrica. Inês Maria Meneses dos Santos Docente da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EE- AP-UNIRIO).MembrodoGrupodePesquisaCuidado de Enfermagem – UNIRIO-CNPq. Áreas de atuação: Enfermagem em Neonatologia e Saúde da Mulher. Joséte Luzia Leite Enfermeira aposentada pelo Hospital dos Servidores do Estado (HSE). Ex-chefe do CTI e da Unidade de Cirurgia Cardiovascular. Doutora em Enferma- gem pela UNIRIO. Professora Emérita da UNIRIO. Membro da Diretoria do Núcleo de Pesquisa Edu- cação, Gerência e Exército Proissional da Enfer- magem (NUPEGEPEn) da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Membro do Núcleo de Pesquisa da História da Enfermagem Brasileira (NU- PHEBRAS) da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Membro do Grupo de Estudos de Estudos de Pesquisa e Comunicação (GEPECOPEn) da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP- USP). Representante da Área de Enfermagem no CNPq. Membro do Sigma heta hau Internacio- nal. Pesquisadora 1A do CNPq. Joyce Mathias Fonseca Enfermeira pela Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Julia Peres Pinto Mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de Enfermagem Pediátrica da Unifesp-EPM. Docente na Universidade Anhembi Morumbi e no Centro Universitário São Camilo. Integrante da Diretoria da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras (SOBEP). Área de atuação/produção: Saúde da Criança e do Adolescente. Laura Johanson Mestranda pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Enfermeira pela Escola de Enfer- magem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Enfermeira da Maternidade Escola/UFRJ e do Hospital Univer- sitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). Leila Rangel da Silva Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Docente da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNI- RIO). Área de atuação: Enfermagem Materno-In- fantil. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado de Enfermagem – UNIRIO-CNPq. Luciana de Paula Carvalho Enfermeira, docente do Instituto Educacional São Paulo (INTESP). Márcio Tadeu Ribeiro Francisco Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medi- cina Social (IMS/UERJ). Docente da Faculdade de Enfermagem da UERJ. Coordenador Geral do Curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Veiga de Almeida – UVA. Áreas de atuação: Administração e Planejamento de Serviços de Saúde. Consultor do programa Nacional de DST-AIDS-MS.
  • 7. VII Maria Aparecida de Luca Nascimento Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Docente da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNI- RIO). Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado de Enfermagem – UNIRIO-CNPq. Maria das Graças de O. Fernandes Mestre em Ciência da Saúde pelo Departamento de Enfermagem Pediátrica da Unifesp-EPM. Docente na Universidade de Guarulhos (UnG). Área de atu- ação/produção: Saúde da Criança e do Adolescente, Fundamentos de Enfermagem. Maria Filomena Pereira Vancellote Almeida Professora Adjunta do Departamento Materno Infantil da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNIRIO). Área de atuação/produção: En- fermagem Pediátrica, Mestre em Enfermagem. Maria Xavier de Souza Enfermeira. Especialista em Enfermagem Pediátrica, Administração Hospitalar e em Formação Pedagógi- ca. Docente do Instituto Educacional São Paulo (IN- TESP). Marluci Andrade Conceição Stipp Doutora em Enfermagem pela UFRJ. Professora Ad- junta do Departamento de Metodologia da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN-UFRJ). Mem- bro do Núcleo de Pesquisa em Educação, Gerência e Exercício Proissional em Enfermagem (NUPEGE- PEn). Áreas de atuação/ produção: Administração de Enfermagem e Enfermagem Cardiovascular. Paula Rosenberg de Andrade Mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de Enfermagem Pediátrica da Unifesp-EPM. Enfermei- ra do Centro Assistencial Cruz de Malta. Roberto Carlos Lyra da Silva Doutor em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Mestre em Enferma- gem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor As- sistente da Disciplina de Semiologia nos cursos de gradua-ção e pós-graduação lato sensu do Departa- mento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP/UNIRIO). Teresa Tonini Enfermeira. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (EEAP-UNIRIO). Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (UERJ). Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Ja- neiro (EEAN-UFRJ). Especialista em Administração dos Serviços de Saúde. Área de atuação/produção: Fundamentos de Enfermagem e Saúde Coletiva; Ad- ministração do Cuidado de Enfermagem; Gestão em Saúde. Wellington Mendonça de Amorim Doutor em Enfermagem pela UFRJ. Docente da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP-UNI- RIO). Área de atuação: Saúde Pública e História da Enfermagem. Membro do Grupo de Pesquisa – LA- PHE-UNIRIO-CNPq. Zainet Nogimi Enfermeira. Especialista em Formação Pedagógica habilitada em Enfermagem Cardiológica. Docente do Instituto Educacional São Paulo (INTESP). Autores
  • 8. IX Sumário Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII Capítulo 1 – Administração e Cálculo de Medicamentos . . . 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Reações adversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 Interações medicamentosas . . . . . . . . . . 4 Vias de administração de medicamentos 4 Incompatibilidade entre medicamentos . 27 Administração de hemoderivados . . . . . . 29 Cálculos e diluições . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Sistemas de medidas e equivalência das medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Medicação em solução . . . . . . . . . . . . . . 37 Particularidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Cálculo de gotejamento de soro . . . . . . . 42 Rediluição de medicação . . . . . . . . . . . . 44 Transformação de soluções . . . . . . . . . . 46 Capítulo 2 – Enfermagem em Centro Cirúrgico e Clínica Cirúrgica . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Localização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Características físicas . . . . . . . . . . . . . . 55 Sala de cirurgia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Paramentação cirúrgica . . . . . . . . . . . . . 59 Posições para cirurgia . . . . . . . . . . . . . . 62 Princípios de microbiologia . . . . . . . . . . 63 Situações cirúrgicas . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Enfermagem em clínica cirúrgica . . . . . . 87 Capítulo 3 – Saúde Pública . . . 119 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 Políticas de saúde pública no Brasil . . . . 121 Sistema Único de Saúde (SUS). . . . . . . . 128 Doenças transmissíveis . . . . . . . . . . . . . 134 Imunização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196 Programas de atenção à saúde. . . . . . . . 204 Resíduos dos serviços de saúde . . . . . . . 213 Isolamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 volume 2
  • 9. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 X Capítulo 4 – Enfermagem no Atendimento a Emergências . . 223 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225 Atividades da enfermagem na unidade de emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226 Transporte do cliente crítico. . . . . . . . . . 227 Principais emergências . . . . . . . . . . . . . 235 Capítulo 5 – Enfermagem Pediátrica . . . . . . . . . . . . . . . . 259 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Crescimento e desenvolvimento da criança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264 Crescimento e desenvolvimento durante a adolescência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 271 Brincadeiras na infância. . . . . . . . . . . . . 274 Hospitalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281 Administração de medicamentos em pediatria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302 Alterações do sistema respiratório . . . . . 321 Alterações gastrintestinais . . . . . . . . . . . 334 Estatuto da Criança e do Adolescente. . . 348 Direitos da criança e do adolescente hospitalizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 351 Capítulo 6 – Enfermagem em Neonatologia . . . . . . . . . . . . . . 353 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355 Conceitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 355 Classificação do recém-nascido . . . . . . . 355 Assistência de enfermagem em sala de parto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 356 Assistência no período inicial pós-parto . 361 Assistência de enfermagem na unidade de internação neonatológica. . . . . . . . . . 361 Medidas antropométricas. . . . . . . . . . . . 362 Assistência de enfermagem na maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 368 Registro de nascimento . . . . . . . . . . . . . 380 Alta hospitalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 380 Atendimento em UTI neonatal . . . . . . . . 381 Patologias em recém-nascidos . . . . . . . . 385 Recém-nascido pré-termo. . . . . . . . . . . . 390 Recém-nascido traumatizado . . . . . . . . . 392 Controle de infecção no berçário . . . . . . 392 Cuidados de enfermagem ao recém-nascido grave. . . . . . . . . . . . . . . . 392 Capítulo 7 – Enfermagem em Psiquiatria. . . . . . . . . . . . . . . . 395 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 397 Epidemiologia dos transtornos mentais . 399 Transtorno impulsivo para dependência química . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 399 Transtorno bipolar do humor . . . . . . . . . 401 Esquizofrenia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403 Transtorno obsessivo-compulsivo . . . . . . 404 Transtornos alimentares. . . . . . . . . . . . . 405 Transtornos somatoformes. . . . . . . . . . . 407 Assistência de enfermagem na administração de drogas psicotrópicas. . 408 Emergência psiquiátrica. . . . . . . . . . . . . 412 Referências Bibliográficas . . . . 417
  • 10. XI Apresentação A idéia deste livro surgiu do desejo de de- senvolver uma obra ampla que abrangesse vários temas importantes para o aprendizado de Enfermagem e que reunisse proissionais enfermeiros envolvidos na área acadêmica a im de suprir as necessidades de aprendizado de alunos e proissionais. Para ins de organização e apresentação dos temas, este tratado foi estruturado em capí- tulos, iniciando pela revisão de anatomia e isiologia humanas, cujo texto faz uma abor- dagem direta e objetiva no intuito de relem- brar e destacar alguns pontos importantes do corpo humano e de seu funcionamento. Os capítulos subseqüentes abordam cada sistema de forma detalhada, incluindo prin- cipais doenças, sinais e sintomas, tratamento e assistência de enfermagem, destacando o processo de cuidar e incluindo estratégias e instrumentos necessários para desenvolvê-lo. Algumas especialidades como pediatria, centro cirúrgico e saúde pública também foram abordadas por serem consideradas de fundamental importância para o amadureci- mento proissional. A administração e o cálculo de medicamen- tos completam esta obra e trazem exercícios práticos e de grande utilidade nos estudos e no dia-a-dia proissional. Este tratado reúne textos importantes voltados para a formação e para a educação continuada dos membros da equipe de en- fermagem, esse conjunto articulado de forma organizada e aperfeiçoada tenta aproximar a ciência da prática e assim tornar o aprendiza- do mais signiicativo. A ciência é um meio indispensável para que os sonhos sejam realizados. Sem a ciência não se pode nem plantar nem cuidar do jardim... Mas há algo que a ciência não pode fazer. Ela não é capaz de fazer os homens desejarem plantar jardins. Ela não tem o poder de fazer sonhar (ALVES, R. Entre a ciência e a sapiên- cia: o dilema da educação. 7. ed. São Paulo: Loyola, 2002).
  • 11. XIII Introdução A questão da formação do proissional de enfermagem dentro de uma prática embasa- da na ciência em favor do cliente que busca cuidados de qualidade é a temática central em torno da qual gira este texto. Elaborar um livro que abordasse o maior número de assuntos e promovesse aos proissionais subsídios para a capacitação e para o aprimoramento proissio- nal não foi uma tarefa fácil, buscou-se incluir assuntos importantes e fundamentais para a prática e embasados em teoria cientíica. Por outro lado, abordar todos os temas rele- vantes para a enfermagem foi se tornando um objetivo complexo e distante porque a cada passo dado percebia-se o quanto ainda era ne- cessário caminhar. Dessa forma nos detivemos em alguns temas que considerávamos primor- diais pois nossa inalidade principal é formar e, para nós, formar é muito mais do que pura- mente treinar no desempenho de destrezas. Formar é somar o conhecimento apresen- tado à visão crítica e crescentemente curiosa do proissional que deve se entregar de uma forma verdadeira à sua capacitação proissio- nal. Não só o professor, mas também o prois- sional têm a função de formador. Formar é vivenciar cenas do cotidiano, pois sabemos que a mais antiga forma de aprender é ob- servar os fatos que ocorrem ao nosso redor, o que nos permite arquivar conhecimentos para as ações futuras. Estamos todos envolvi- dos no processo de ensinar e aprender; somos responsáveis por tudo que nos circunda. A linguagem prática e direta foi estabele- cida para favorecer o aprendizado e o enten- dimento dos assuntos abordados gerando, assim, aquisição de conhecimento de forma prazerosa e confortável. Esta obra incorpora uma análise de saberes fundamentais à prática de enfermagem e aos quais esperamos que o leitor crítico acrescen- te alguns que não puderam ser inseridos nes- te dado momento.
  • 12. Capítulo 6 Enfermagem em Neonatologia Angelina Maria Aparecida Alves Débora Esteves Inês Maria Meneses dos Santos Leila Rangel da Silva Maria Xavier de Souza
  • 13. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 355 Introdução Em meados dos anos de 1970, o avanço da ciência aliado a tecnologia de exames e diagnósticos possibilitou a formação da espe- cialidade pediatria. A neonatologia atende o recém-nascido (RN) nas 4 primeiras semanas de vida (28 dias de vida). Dentro das inova- ções, a normatização da presença de médi- co neonatologista na sala de parto contribui para reduzir muito as estatísticas de óbitos pós-parto, principalmente em caso de parto de risco. O nascimento de um bebê é um momen- to mágico para os pais e também para os proissionais que cuidam da mãe e do RN. Durante o nascimento, a situação do feto é inluenciada por muitos fatores, principal- mente analgesia e a anestesia obstétrica. Na sala de parto, ao receber o RN, o proissional que realiza o parto deve dobrar sua atenção para sinais de depressão e complicações res- piratórias, especialmente ao RN de parto de risco. O enfermeiro ou o técnico de enfermagem que recebe o bebê das mãos do obstetra ou do enfermeiro obstetra deve ser hábil e saber identiicar anormalidades. Em caso de sofri- mento e se houver necessidade de reanima- ção, deve fazê-la imediatamente. Todo hospital com sala de parto deve ter uma equipe de reanimação capacitada e equi- pamento apropriado disponível para prestar atendimento eicaz ao RN. Conceitos Nascido vivo: criança que apresenta bati- mentos cardíacos, movimentos respiratórios e pulsações no cordão. Óbito fetal: de acordo com a OMS é a morte de um produto da concepção antes da expulsão ou de sua retirada do corpo materno, independentemente da duração da gestação. Natimorto: óbito fetal após a 28a semana de gestação. Classificação do Recém-nascido Conforme o Peso (PIG): pesa menos de 2.500 g, abaixo do 10o percentil ou 2 desvios-padrão abaixo da média, como resultado de crescimen- to intra-uterino retardado (CIUR). - tacional (AIG): pesa entre 2.500 e 4.000 g. pesa mais de 4.000 g, está no 90o percentil ou 2 desvios-padrão acima da média. Conforme a Idade Gestacional pode ser viável e nasce até completar 37 semanas e pode ser:
  • 14. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 356 – RNPT limítrofe: entre 35 e 36 sema- nas (está próximo de atingir o termo) muitas vezes não apresenta intercor- rências e não necessita de cuidados especiais; icará em alojamento con- junto com sua mãe; – RNPT moderado: entre 30 e 34 se- manas; – RNPT extremo: abaixo de 30 sema- nas (apresenta grande imaturidade dos seus órgãos e necessita de cuida- dos altamente especializados). semanas completas até 42 semanas. A criança nascida com essa idade gestacio- nal possui características anatômicas e isiológicas que permitem sua adaptação perfeita ao meio externo. de gestação pode ter sinais de perda de peso com insuiciência placentária. Peso ao nascer: qualquer criança nasci- da viva pesando 2.500 g ou menos é clas- siicada como baixo peso. São chamadas de muito baixo peso as nascidas com menos de 1.000 g. Assistência de Enfermagem em Sala de Parto No período pós-parto, o recém-nascido apresenta alterações bioisiológicas e com- portamentais complexas, resultantes da tran- sição para a vida extra-uterina. OscuidadosdeenfermagemaoRNapóiam- se no conhecimento das alterações e o impac- to do recém-nascido na unidade familiar. As primeiras horas pós-parto apresentam um período de ajustamento fundamental para o RN. Os cuidados imediatos devem-se cen- trar na atenção ao estado do recém-nascido. O ideal é que o RN receba os cuidados imediatos de um proissional treinado, pre- ferencialmente médico ou enfermeiro com capacitação em reanimação neonatal, porque em parto de risco pode ser necessária a intu- bação traqueal do neonato. Cuidados com Atenção Especial 1. A desobstrução de vias aéreas deve ser feita com a cabeça em nível inferior ao restante do corpo (Trendelenburg a 20°), virada para o lado, pois esta posição im- pedirá que muco, líquidos, coágulos ou mecônio penetrem nas vias respiratórias. 2. Na avaliação do RN, deve-se observar e anotar o instante em que o RN chora e respira. 3. Fazer a ligadura do cordão umbilical dei- xando-se um coto com cerca de 3 cm de comprimento. A secção do cordão umbi- lical é feita (deixar pulsar 1 minuto sem ordenha) pelo obstetra ou enfermeiro obstetra que realizou o parto. 4. Após ligadura do cordão umbilical e exa- me do cordão, envolver o RN em campo aquecido, estéril e apresentar a mãe. 5. Estabelecer e manter uma via aérea pér- via e o suporte às respirações.
  • 15. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 357 6. Manter o aquecimento e prevenir a hipo- termia. 7. Veriicar o Apgar do 1o e do 5o minuto, estabelecidos pelo médico ou pela enfer- meira obstetra. 8. Certiique-se de que foram coletadas amostras de sangue do cordão para de- terminar o grupo sangüíneo e Rh, além de todas as determinações que o pediatra julgue oportunas. 9. Coloca-se o bebê em contato com a mãe (a enfermagem deverá entregar o RN à mãe, abrindo o campo para que ela observe seu corpo inteiro), e em seguida estimular a amamentação no seio materno. 10. Fazer a identiicação do RN e da mãe, usar pulseiras de plástico no pulso ou tornozelo (colocado na mãe e no ilho, coleta-se a impressão digital dos dedos da mãe e plantar do ilho). Deve constar na identiicação: nome da mãe (“ilho de” ou “RN de”), sexo do RN, número do quarto, do leito materno e data. 11. Administração de vitamina K para pre- venção da doença hemorrágica do RN (2 mg por via oral ou 1 mg por via IM no vasto lateral/coxa). 12. Aplicação de credê ocular: nitrato de prata a 1% para a prevenção da oftalmia purulenta. Figura 6.1 – Pulseira de identificação do RN.
  • 16. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 358 Observação: O proissional deve se prote- ger com luvas, pois o bebê estará envolto em líquido amniótico e sangue, que podem estar contaminados. Utilizar um campo aquecido, segurar o bebê pelos pés e pelo dorso. Objetivos específicos 1. Oferecer a todos os recém-nascidos con- dições para adaptação imediata à vida ex- tra-uterina. 2. Proteger a criança contra os riscos do meio ambiente. 3. Efetuar procedimentos e prestar cuida- dos ao RN. 4. Atentar para os problemas que ocorrem e solucioná-los. Método de Credé O obstetra vienense Credé, em 1881, desco- briu o uso do nitrato de prata, hoje difundido mundialmente. O colírio de nitrato de prata 1% promove a proilaxia da oftalmia gonocó- cica (transmissão de gonorréia da mãe para o bebê no momento do parto), eliminando uma das causas de cegueira no neonato. O procedimento deve ser feito logo após o nascimento. Pode-se, contudo aguardar uma ou duas horas para permitir o contato visual entre mãe e bebê. De fato, o medicamento arde e o recém-nascido não conseguirá abrir os olhos, impedindo que aproveite o período de alerta após o parto para interagir com sua mãe. 1. Instilar duas gotas de nitrato de prata 1% no saco conjuntival. (Motivo: se instila- do diretamente sobre a córnea pode cau- sar traumatismo ou lesão.) 2. Manipular cuidadosamente as pálpebras para espalhar a gota. 3. Retirar o excesso de nitrato de prata 1% das pálpebras e da pele ao redor com gaze embebida com água esterilizada. (Moti- vo: se o excesso de solução não for remo- vido, produz-se uma mancha marrom ou preta na pele ao redor dos olhos.) Nunca utilizar soro isiológico. (Motivo: soro precipita os sais de prata, provocando queimadura na pele.) 4. Não lavar os olhos. (Motivo: deve-se dei- xar o nitrato de prata 1% agir logo após a instilação, para que seja eicaz.) 5. Para armazenar os frascos de nitrato de prata 1%, use um vidro de cor escura (âmbar), com tampas bem ajustadas, conservando ao abrigo da luz e do calor. (Motivo: a medicação é fotossensível.) Atente para o prazo de validade indica- do; habitualmente o farmacêutico da ins- tituição fornece doses fracionadas. (Mo- tivo: evita que a solução sobrenadante perca sua ação terapêutica. No inal do frasco, o produto terá maior concentra- ção de nitrato de prata devido aos sais precipitados, podendo causar conjunti- vite química no recém-nascido.) Administração de Vitamina K (Kanakion® ) A função da vitamina K é catalisar a sínte- se de protrombina no fígado, necessária para a coagulação sangüínea. A administração de
  • 17. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 359 vitamina K ajuda na prevenção da doença he- morrágica do RN, causada por uma deiciên- cia dos fatores de coagulação (dependentes da vitamina K) que se instala geralmente en- tre o primeiro e o quinto dia de vida. Normalmente, a vitamina K é sintetizada pela lora intestinal. No entanto, o intestino do RN é estéril ao nascimento, e só será co- lonizado após a amamentação (o leite ma- terno, porém, contém níveis baixos de vita- mina K). Logo, o suprimento é inadequado nos primeiros 3 ou 4 dias. Também há ima- turidade hepática, com pouca produção de fatores sangüíneos. 1. Administra-se uma única dose (0,5 mg para RN pré-termo e 1 mg para RN a termo) na primeira hora de vida, por via intramuscular. 2. Normalmente aplica-se no músculo vas- to lateral da coxa. (Motivo: ausência de outra massa muscular bem desenvolvi- da.) A aplicação em outros sítios poderá ocasionar necrose, por não haver tecido para absorver o medicamento. 3. Padronizar o lado – por exemplo, sem- pre no esquerdo. (Motivo: para posterior controle em caso de intercorrências, uma vez que há outra injeção intramuscular). Figura 6.2 – Aplicação intramuscular de vitamina K (Kanakion® ). A
  • 18. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 360 4. Quanto à armazenagem, a vitamina K deve icar ao abrigo da luz e calor. Con- servar as ampolas na caixa até o momen- to do uso; depois de aberta, a medicação pode ser utilizada em até 12 horas se pro- tegida da luz. (Motivo: a medicação é fo- tossensível; após 12 horas, a vitamina K oxida.) Avaliação da Vitalidade do Recém-nascido O método utilizado para avaliação do RN foi criado em 1952 por Virgínia Apgar. Rea- liza-se a avaliação aos 60 segundos e aos 5 minutos, atribuindo-se, para cada sinal ava- liado, notas de zero a dois e no inal faz-se o somatório, que dará um total de zero a dez. Aqueles que, no quinto minuto de vida, estiverem com baixas notas (deprimidos), receberão assistência especíica (oxigenação, reanimação etc.). B Figura 6.2 – (continuação) Aplicação intramuscular de vitamina K (Kanakion® ).
  • 19. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 361 Assistência no Período Inicial Pós-parto Depois dos devidos cuidados no primeiro momento em sala de parto, conforme proto- colo do hospital e autorização médica, o RN deverá ser encaminhado para sala de reani- mação para o atendimento de enfermagem. Devemos: 1. Garantir um ambiente seguro e prevenir acidentes ou infecção. 2. Identiicar problemas atuais que possam requerer atenção imediata. 3. Transportar para sala de reanimação, sen- do colocado em berço aquecido (32 °C) em discreto Trendelenburg (45°). 4. Colocá-lo com a cabeça voltada para quem vai dar os cuidados. 5. Aspirar VAS com sonda (n. 6 ou 8) pri- meiro a boca, depois as narinas e o estôma- go por último (se houver muito líquido). 6. Fazer oxigenação através de máscara: oxi- gênio úmido (2 l/min). 7. Realizar credeização: caso não tenha sido feito em sala de parto. 8. A ligadura é feita com “Cord Clamp”. Veriique o sangramento e faça anti-sep- sia com álcool iodado ou álcool a 70%, envolvendo com gazes estéreis. 9. Preencher devidamente os impressos. 10. Depois da avaliação do neonatologista, encaminhá-lo ao berçário ou, em caso de complicações, encaminhá-lo à Unidade de Terapia Intensiva. 11. Pesar o RN. Assistência de Enfermagem na Unidade de Internação Neonatológica O RN vai se acomodando mediante um processo de adaptação. Experimenta altera- ções físicas e estabiliza funções importantes para seu futuro. Técnicas de enfermagem ga- Tabela 6.1 – Avaliação da vitalidade do recém-nascido (Apgar) Sinais 0 1 2 Freqüência cardíaca Ausente Abaixo de 100 bpm Acima de 100 bpm Esforços Ausente Choro fraco Respiração regular, respiratórios choro forte Tônus muscular Flácido Flexão das extremidades Movimentação ativa Irritabilidade reflexa Ausente Careta Choro, espirro Cor da pele Cianose ou palidez Corpo róseo, acrocianose Completamente róseo Significado das notas obtidas na Avaliação de Apgar: - 0 a 3: asfixia grave; - 4 a 6: asfixia moderada; - 7 a 10: boa vitalidade, boa adaptação à vida extra-uterina.
  • 20. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 362 rantem que esse processo decorra de forma adequada. Ao receber o RN, o técnico de en- fermagem ou o enfermeiro deve: 1. Conferir os papéis com o RN. 2. Encaminhar para a sala apropriada. 3. Colocá-lo em berço aquecido sem rou- pas. 4. Observar suas características (temperatu- ra, coloração e respiração). 5. Administrar vitamina K (1 mg IM no vasto lateral da coxa), caso não tenha sido feito em sala de parto. 6. Pesar, medir estatura e perímetros (PC, PT, PA). 7. Fazer exame físico do bebê – exclusivo para enfermeiros. 8. Fazer a primeira limpeza – banho. 9. Iniciar a hidratação (SG a 5%), geral- mente após 4 horas de nascimento ou conforme conduta; protocolo institu- cional; 10. Fazer as devidas anotações (choro, elimi- nações, respiração, sucção, deglutição). 11. Veriicar temperatura e pulso. 12. Realizar exame corporal (clínico). O mé- dico e o enfermeiro farão este exame de- talhado entre 10 e 12 horas de vida, para não resfriar o bebê. Observam-se sinais vitais, coloração da pele, condições do coto umbilical, a presença de traumatis- mo e malformações do coto e se há ou- tras malformações etc. 13. Anotações: as anotações variam de acor- do com os impressos de cada hospital. Os dados referentes à mãe e à criança deverão ser preenchidos antes da trans- ferência. Assistência de Enfermagem na UTI-Neo 1. Cumprir as normas e a hierarquia da UTI-Neo e do hospital. 2. Colaborar com o ensino e a pesquisa conforme as atribuições proissionais. 3. Cientiicar atribuições, rotinas e escalas a ser cumpridas. 4. Prestar cuidado ao RN de acordo com a prescrição e checá-lo no prontuário. 5. Administrar medicamentos ou realizar procedimentos somente quando houver delegação do enfermeiro. 6. Comunicar ao enfermeiro alterações e si- tuações de emergência. 7. Registros e passagem de plantões confor- me rotina. 8. Zelar e cuidar dos equipamentos. 9. Dar atenção aos pais e fornecer somente informações autorizadas pelo enfermeiro. 10. Participar de cursos e reuniões de serviço. Medidas Antropométricas Peso O peso é a medida mais importante para a avaliação do crescimento e estado nutricio- nal. A criança está em constante processo de crescimento e sempre deve estar ganhando peso. A criança dobra o peso de nascimento até os 6 meses, triplica-o aos 12 meses e qua- druplica-o entre 2 e 3 anos.
  • 21. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 363 Técnica de pesagem 1. Lavar as mãos. 2. Despir a criança. 3. Colocar toalha de papel sobre a bandeja da balança ou sobre o assoalho, em caso de crianças maiores. 4. Colocar delicadamente a criança deitada ou sentada na cesta da balança; manter uma das mãos sobre seu corpo sem tocá-lo; em caso de crianças maiores, solicite que suba na balança e ique em seu centro. 5. Fazer a leitura do peso e registrar no prontuário. 6. Vestir a criança. 7. Lavar as mãos após o procedimento. Altura A altura é a medida iel do crescimento muscular e esquelético da criança. É inluen- ciada pelas condições de nascimento e ges- tação, hereditariedade, alimentação, doenças crônicas, mentais e hormonais e tende a ser constante, aproximadamente até os 18 anos. A alteração do posicionamento corporal da criança pode alterar o resultado. Até os 2 anos, a criança é medida na po- sição deitada, utilizando-se régua antropo- métrica, que tem uma extremidade ixa no zero e um cursor. Após essa idade, a criança é medida na posição vertical, com régua tipo mural. Figura 6.3 – Verificação do peso do RN.
  • 22. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 364 Técnica de mensuração 1. Lavar as mãos. 2. Despir a criança. 3. Colocá-la em decúbito dorsal, com as per- nas estendidas e a cabeça em linha reta. 4. Colocar a régua com a parte ixa em con- tato com a cabeça e mover a outra parte até a planta dos pés. 5. Manter os joelhos juntos e pressionados delicadamente para baixo, para que as per- nas iquem completamente estendidas. 6. Fazer a leitura do valor obtido. 7. Vestir a criança. Figura 6.4 – Verificação da estatura do RN. Perímetro Cefálico O perímetro cefálico (PC) é a medida da circunferência do crânio. Esta aumenta ra- pidamente no primeiro ano de vida, para se adaptar ao crescimento do cérebro. Quando o PC está muito abaixo ou muito acima do esperado, é indicativo da presença de alguma alteração, como microcefalia ou hidrocefalia, respectivamente.
  • 23. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 365 Técnica de mensuração 1. Lavar as mãos. 2 Posicionar a criança deitada no berço ou sentada no colo da mãe. 3. Colocar a ita métrica passando pelas par- tes mais salientes da região frontal (acima das sobrancelhas) e occipital (a ita deve- rá estar ligeiramente folgada). 4. Anotar o valor obtido em centímetros. Tabela 6.2 – Valores normais de perímetro cefálico Idade PC aproximado (cm) Nascimento 35 3 meses 40,4 6 meses 43,4 9 meses 45,5 1 ano 46,6 1,5 ano 47,9 2 anos 48,9 3 anos 49,2 4 anos 50,4 5 anos 50,8 Fonte: Adaptado de Whaley, L. F.; Wong, D. L.. Enfermagem pediátrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. Figura 6.5 – Mensuração do perímetro cefálico do RN.
  • 24. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 366 Perímetro Abdominal O perímetro abdominal (PA) é o valor da circunferência abdominal, conferindo parâmetros sobre o crescimento abdominal anormal. Não é medido rotineiramente, só no momento do nascimento e em situações especiais prescritas. Técnica de mensuração Mede-se o PA colocando-se a ita métri- ca em volta do abdome, na altura da cicatriz umbilical. Figura 6.6 – Mensuração do perímetro abdominal do RN.
  • 25. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 367 Perímetro Torácico O perímetro torácico (PT) é a medida da circunferência torácica e confere parâmetros sobre o crescimento anormal do tórax, indi- cando anomalias pulmonares e cardíacas, en- tre outras. Também não faz parte da rotina de mensurações, sendo veriicado apenas no mo- mento do nascimento ou quando prescrito. Técnica de mensuração Mede-se o PT colocando-se a ita métrica em volta do tórax, na altura dos mamilos. Figura 6.7 – Mensuração do perímetro torácico do RN.
  • 26. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 368 Assistência de Enfermagem na Maternidade Desde o primeiro momento em que é re- cebido, o RN é submetido a procedimentos e cuidados que deverão ser repetidos durante os dias em que permanecer no hospital, a im de facilitar e comprovar sua adaptação à vida extra-uterina. Algumas dessas técnicas são ex- clusivas de enfermagem, como a higiene, as- piração, veriicação da permeabilidade anal, a administração de vacina contra hepatite B e BCG, punção de capilar para coleta de san- gue para glicemia capilar e bilirrubinemia, TSH e PKU entre outras tantas atividades. Higiene Material Necessário Banheira, termômetro de banho, mesa auxiliar, toalha de banho suave, sabonete lí- quido neutro, luva de banho, gaze regal ou bolas de algodão, água morna, roupa de ber- ço, fraldas, avental para proteção para o pro- issional, saco de lixo etc. Para o curativo do coto umbilical: cotonete e álcool a 70%. Descrição Veriicar a temperatura axilar do RN (tem- peratura do ambiente deve ser de 24 a 27 °C). Despir o RN e pesá-lo; em seguida, cobri-lo com lençol. Técnica do banho A água deve estar entre 37 e 38 °C. Usar bo- las de algodão ou lenços descartáveis macios para secar os olhos, a face e a parte externa dos ouvidos. Os olhos são limpos e secos do canto interno para fora. Usar sabão neutro. Lavar a cabeça do bebê usando movimentos circulares delicados e após lavar, secar e em seguida descobrir o corpo. Inclinar cabeça para trás, a im de limpar o pescoço; depois coloque-o na banheira segurando com irme- za (não demore muito no banho). Enxugue o bebê com movimentos delicados, coloque a fralda e faça curativo do coto umbilical com álcool a 70% e termine de vestir o bebê. Hidratação e Alimentação Para que o RN esteja devidamente hidra- tado e alimentado, é importante que nas pri- meiras horas de vida tenha sido estimulado. Vale ressaltar que as condutas utilizadas va- riam de acordo com os protocolos adotados em cada instituição. Devem ser usadas mamadeiras de água ou de soro glicosado (SG) a 5%. Ao redor de 4-6 horas de vida, veriique a capacidade de sucção da criança, estimulando-a a partir desse momento, oferecendo-lhe líquidos a cada 3 horas. Para manter uma boa hidratação, com o RN semi-sentado, introduzir o bico da ma- madeira de água ou SG a 5% na boca, fazen- do pequenos movimentos com o bico para estimular a sucção.
  • 27. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 369 Para aleitamento materno, utilizar com- pressas esterilizadas, soro isiológico (SF) 0,9% ou água, uma cadeira de costas alta e reta, de preferência uma poltrona confortá- vel. Nas primeiras horas pós-parto, a mãe pode icar na cama com a cabeceira elevada para amamentar o RN, deve estar sentada com apoio nas costas; limpar os mamilos com compressas esterilizadas e molhadas de água ou SF 0,9% e manter a criança semi- sentada no seu colo. Com o braço livre, aper- tar o mamilo e introduzi-lo na boca, sobre a língua, estimulando a sucção. Inicialmente a mamada deve durar 10 minutos em cada mama, devendo sempre começar pelo último seio da mamada anterior para facilitar o es- vaziamento completo. Depois das primeiras mamadas vai se acrescentando o tempo de sucção do bebê (15-20 minutos cada seio). A mãe deve limpar os mamilos no inal. Não obrigue o bebê a ingerir grande quan- tidade de líquido durante as primeiras horas de vida, administre pequenas quantidades fre- qüentemente, para que ingira o que necessita. Pode-se colocar a criança ao peito, mesmo na sala de parto. Quanto mais cedo se izer, Figura 6.8 – Técnica do banho: (A) lave a cabeça com movimentos circulares delicados, (B) segure o bebê com firmeza. A B
  • 28. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 370 melhores serão os resultados na instauração do aleitamento. Para aleitamento artiicial ou comple- mentar, com a criança na mesma posição, coloca-se o bico da mamadeira na sua boca, depois de veriicar a temperatura do leite. Na metade da mamada e no inal, faz-se um descanso para facilitar a eructação; após as mamadas o bebê deve ser colocado em posi- ção para eructação. Perda ponderal: todos os bebês perdem até 10% de seu peso, desde o nascimento até por volta do 3o ou 4o dia de vida. Essa perda é causada pela diminuição do edema, pela eli- minação de mecônio e urina e pela pequena ingestão isiológica de alimentos nos primei- ros dias de vida. A criança apresenta 3 relexos que facili- tam a amamentação: relexo da rotação, re- lexo da sucção e relexo da deglutição. Nos 3 primeiros dias, a produção do leite é endó- crina. Após 3 dias, a produção é exócrina. A alimentação do RN prematuro que não pode se alimentar no seio materno será discutido no item Recém-nascido pré-termo. Em caso de impossibilidade de aleitamen- to materno (da sua própria mãe), porque a mãe é portadora de HIV/Aids, por exemplo, o bebê receberá fórmulas lácteas ou leite hu- mano do banco de leite. O leite humano proveniente de banco de leite passa por análise, não oferecendo risco de contaminação. Prazos e validade do leite materno: tempe- ratura ambiente (8 horas); geladeira (2 a 8 °C por 24 horas); freezer (-18 a -15 °C por um mês) e pasteurizado (freezer por 6 meses). Tipos de leite Leite materno, leite de banco, fórmulas lácteas (Pré Nan®, Aptamil Pré®). Leite materno O leite materno (LM) é um luido bio- lógico complexo constituído por proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas, minerais e células (leucócitos, linfócitos, neutróilos e células epiteliais). Sabe-se que o leite pro- duzido por mães saudáveis é suiciente para suprir todas as necessidades nutricionais do RN de termo durante os primeiros seis meses de vida. O LM possui composição nutricional balanceada, que inclui todos os nutrientes essenciais, aproximadamente 45 tipos dife- rentes de fatores bioativos; muitos desses fa- tores parecem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do RN, bem como para a maturação de seu trato gastrintestinal. Por isso é importante que o RN permaneça em aleitamento materno exclusivo durante esse período de sua vida. Dentre os inúmeros benefícios estão: fato- res antimicrobianos, agentes antiinlamató- rios, enzimas digestivas, vários tipos de hor- mônios e fatores de crescimento. Vantagem nutricional Composição química balanceada: equi- líbrio quantitativo e qualitativo de todos os nutrientes necessários à criança.
  • 29. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 371 Vantagem imunológica Proteção contra infecções (principalmen- te gastrintestinal). O LM previne a diarréia porque tem os fatores bíidos (meio do in- testino ica ácido) que faz com que bactérias patogênicas não penetrem no organismo; a criança ica menos ictérica pela eliminação de bilirrubina. A IGA serve como barreira patogênica (adere na mucosa). Outros benefícios Promove contato íntimo entre mãe e ilho, desenvolvimento da inter-relação afetiva e profunda, favorecendo o desenvolvimento físico e mental adequado. Favorece o desenvolvimento da estrutural facial e de suas funções: mastigação, fala, ali- nhamento de dentes, respiração. Ausências de fenômenos alergênicos; redução da mor- talidade infantil e da desnutrição. Não requer mistura, aquecimento ou esterilização, sendo prático e econômico. Avaliação dos Aspectos Essenciais do Recém- nascido Principais categorias de dados coletados - tória de isoimunização (serão discutidos adiante); materna (por exemplo, pesquisa do HIV, titulação para rubéola etc.); - ração, complicação; de líquido, presença de mecônio, relação com a hora do parto; - plo, evidência de sofrimento fetal); anestésicos (quantidade e quando admi- nistrados). Avaliação geral Na avaliação deve-se dar ênfase para os as- pectos normais e anormalidades que possi- velmente estejam presentes no RN. A avalia- ção detalhada do RN deve ser feita dentro de 24 horas após o nascimento. Aparência geral 1. Postura: no RN a termo, a postura deve ser aquela de lexão completa como con- seqüência da posição intra-uterina, cha- mada posição fetal: a cabeça lexionada e o queixo repousando sobre a porção su- perior do tórax, os braços letidos com as mãos fechadas, as pernas lexionadas nos joelhos e nos quadris. Observar sonolên- cia, irritabilidade. 2. Pele: coloração, vernix caseosa, marcas de nascença: - funda): é mais comum em RN com
  • 30. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 372 policitemia, mas pode ser observada em um RN hiperoxigenado ou hipe- raquecido; - das, incluindo a língua e os lábios); língua e lábios rosados); - lados). 3. Lesões cutâneas extensas (equimoses, he- matomas). 4. Esforço respiratório. 5. Cabeça: observar o formato geral. Na face, veriicar anomalias: - var a passagem, se houver suspeita de atresia de coanas unilateral ou bilate- ral. Batimento de asas do nariz indica sofrimento respiratório. Presença de corisa é típica de síilis congênita; - loração, presença de dentes; - clera normalmente é branca. Pode ter um tom azulado em lactentes prematuros. 6. Abdome: defeitos podem incluir onfalo- cele, gastrosquise (o defeito é geralmente localizado à direita do umbigo, e os in- testinos não são cobertos por peritônio): tem duas artérias e uma veia, envolto pela geléia de Wharton. A presença de apenas 1 artéria e 1 veia pode in- dicar problemas renais ou genético. Observar se há secreção, edema etc.; (quando o sexo de um lactente não é prontamente deinido ao exame da genitália externa) não deve ser re- gistrada até que tenha sido realizada uma avaliação endocrinológica; - pádia; comprimento normal do pê- nis é de 2 cm ao nascer. RN mascu- lino sempre têm imose importante. Hidroceles são comuns e geralmente desaparecem por volta de um ano; - bios e o clitóris, secreção vaginal (co- mum). Anotar e comunicar ao médio ou ao enfermeiro anormalidades; anal (teste com sonda retal ao nas- cimento) e comunicar se houver re- sistência; veriicar posição do ânus, eliminação de mecônio até 48 horas após nascimento. Avaliação dos sinais vitais Esta avaliação deve ser realizada quando a criança estiver calma e quieta. Freqüência respiratória A respiração é abdominal, e a média é de 40 nos RNT e até 60 nos RNPT (contagem das respirações por 1 minuto, antes de de- terminar a FC apical). É importante obser- var também o movimento do tórax, bem como os movimentos abdominais. Anotar com exatidão a profundidade e a qualidade da respiração (costal ou abdominal) e se há suspeita de dispnéia quando o RN apresenta respiração costal.
  • 31. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 373 Freqüência cardíaca Pulso apical é aferido com o auxílio de um estetoscópio e auscultando o batimento api- cal na região precordial, dois dedos abaixo do mamilo esquerdo; contar por 60 segundos; a FC normal varia entre 120-160 bpm e 70-80 bpm durante o sono. Temperatura axilar A temperatura do corpo representa equilí- brio entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido por ele. Deve-se registrar a tem- peratura e o método empregado. Indicar se a temperatura é retal (usualmente 1 °C a mais do que a temperatura oral) ou axilar (usual- mente 1 °C a menos).Normalmente a tempe- ratura do RN normal varia de 36,5 a 37 °C. É preciso informar sobre qualquer elevação ou redução anormal e tomar medidas de enfer- magem indicadas para a condição do bebê. Pressão arterial Embora não seja uma medida de rotina veriicada ao nascimento, a PA avaliada pelo ultra-som Doppler é o método mais preciso no RN. Mede a pressão sistólica, diastólica e média; a pressão arterial ao nascimento é em média 80/46 mmHg (PA é mais comumente veriicada em RN na UTI). Figura 6.9 – Verificação do pulso apical: deve ser aferido com auxílio de estetoscópio.
  • 32. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 374 Figura 6.10 – Verificação da temperatura axilar do RN. Figura 6.11 – Manguito para aferição de PA em RN.
  • 33. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 375 Perímetros, comprimento e peso Perímetro cefálico (PC) O formato da cabeça varia conforme o tipo de parto e duração. A medida da circun- ferência occipitofrontal varia de 33 a 37 cm no bebê a termo. O PC é igual ou excede em 2 cm o tórax. Se for 4 cm maior que o tórax, avaliar a exis- tência de macrocefalia. Perímetro torácico Média de 35 cm, comumente 2 a 3 cm menor que o da cabeça. Perímetro abdominal Média de 35 cm. Comprimento Deve medir de 48 a 52 cm de altura (e atinge ± 75 cm com 1 ano). Peso De 2.700 a 4.000 g; perde 10% do peso corporal (mais ou menos 30 g) até o quinto dia e recupera no decorrer da segunda sema- na. Deve ganhar diariamente, até o quinto mês, mais ou menos 30 g, ou seja, uns 700 gramas por mês (dobra de peso aos 5 meses e triplica aos 12 meses). Avaliação das extremidades Observar braços, pernas e dedos. 1. Sindactilia: fusão anormal dos dedos (dos pés ou das mãos). 2. Polidactilia: dedos supranumerários (pés ou mãos). 3. Talipes equinovarus (pé torto): é mais co- mum em meninos (o pé é virado para baixo e para dentro). Mais detalhes no item Malformações congênitas. Avaliação do tronco e da coluna Veriicar manchas pilosas sobre a parte in- ferior das costas. Avaliação do sistema nervoso central (SNC) Observar na criança a presença de qualquer movimento anormal (convulsão) ou irritabi- lidade excessiva e, em seguida, o tônus. Veriicar sinais indicativos de alterações neurológicas: - ção da língua, piscamento, movimentos oculares, soluços); - rados; assimétricos.
  • 34. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 376 Malformações Congênitas Anomalia congênita é qualquer defei- to morfológico, bioquímico ou de conduta produzido em qualquer etapa da gestação e descoberto ao nascer ou depois. As malfor- mações desse tipo podem ser visíveis ao exa- me físico ou microscópico, visíveis na super- fície do corpo ou em seu interior; podem ser hereditárias ou não, simples ou múltiplas e podem causar invalidez ou mesmo a morte do RN se não forem tratadas precocemente. Na maioria das vezes o tratamento inicial é cirúrgico e pode haver seqüelas ou não, de- pendendo do tipo de malformação congêni- ta. Entre as malformações congênitas podem ser citados: lábio leporino, atresia de esôfago e hérnia diafragmática. Cabe ressaltar que drogas, agentes infec- ciosos, radiação, fatores mecânicos e alimen- tação deiciente ou inadequada da mãe po- dem levar às malformações. Os principais sinais na criança que suge- rem alguma afecção cirúrgica são: cianose; icterícia; vômito; excesso de saliva na cavi- dade oral; distensão abdominal; massas ab- dominais; ausência de micção; alteração na eliminação de mecônio; abaulamento da re- gião inguinal; aumento do perímetro cefálico com hipertensão de fontanela entre outras. Anencefalia É uma condição na qual considerável porção dos hemisférios cerebrais, do crânio e do couro cabeludo que os recobre está fal- tando. É incompatível com a vida. O Proje- to de Lei n. 4.403 de 2004 – que pretende a legalização da interrupção da gestação de fe- tos com anencefalia – deverá ser votado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em meados de 2007. Enquanto isso não ocorre, as ins- tâncias inferiores da justiça vão permitindo que as gestantes, mediante solicitação legal, interrompam a gravidez nesses casos. Hidrocefalia Caracteriza-se pela presença de uma quan- tidade anormal de líquido cérebro-espinhal (LCE) nos ventrículos ou nos espaços suba- racnóides. Pode ser causada por malforma- ções congênitas e está freqüentemente asso- ciada à espinha bíida. Evidências de hidrocefalia são: aumento anormal do tamanho da cabeça; fontanelas protrusas e tensas; separação da estrutura do crânio; crescimento rápido da cabeça, onde se observa aumento do perímetro cefálico; fontanela anterior tensa e abaulada, olhar de sol poente (olhar deprimido); vômitos e con- vulsões. Suas principais causas são: hereditariedade; malformações do desenvolvimento cerebral; cistos benignos; tumores congênitos; infec- ção intracraniana; traumatismos; infecção intrauterina; hemorragia perinatal. Na maio- ria das vezes, o tratamento é cirúrgico. Mielomeningocele Conhecida como espinha bíida, é uma malformação congênita devida a um defeito na fusão do tubo neural (na fase embrioná-
  • 35. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 377 ria). É considerada um dos defeitos mais se- veros. A cirurgia é realizada tão logo a criança esteja estável (12 a 18 horas de vida). Requer assistência de enfermagem intensiva tanto no pré quanto no pós-operatório. Atresia de coanas É uma deformidade congênita que consis- te num septo membranoso ou ósseo entre o nariz e a faringe causada pela incapacidade da membrana buconasal de se romper duran- te a sétima semana de gestação. Pode ser uni ou bilateral. O RN tem crises de sufocação e não consegue respirar durante as mamadas; quando dorme necessita de respiração nasal. O RN alimentase por sonda orogástrica e é necessário favorecer a respiração por via oral até o momento da correção. Atresia de esôfago É uma anomalia relativamente comum, que consiste na interrupção total da continui- dade da luz do esôfago. Pode vir com: atre- sia sem fístula traqueoesofágica (7%); atresia com fístula traqueoesofágica proximal; atresia com fístula distal (87%); atresia com fístula traqueoesofágica proximal e distal (0,7%) ou pode ser fístula traqueoesofágica sem atresia (4,2%). Nesse caso, não alimentar o RN e manter aspiração oral contínua. A correção deve ser feita cirúrgica e precocemente. Refluxo gastroesofágico Consiste no retorno gástrico para o esôfa- go devido à incompetência da junção esofa- gogástrica (esfíncter esofágico). Pode provo- car broncopneumonia (BCP) de repetição por broncoaspiração de alimentos. A criança deve ser colocada em decúbito elevado, prin- cipalmente após as refeições. Obstrução intestinal Se a sonda chegar ao estômago do RN, é importante medir o aspirado gástrico. Uma quantidade superior a 20 ml de líquido di- gestivo denuncia uma obstrução intestinal. A síndrome obstrutiva representa 90% dos quadros de abdome agudo do RN. A crian- ça que vomita tem obstrução gastrintestinal até que se prove o contrário. Não alimentar a criança e passar uma sonda nasogástrica em sifonagem até conirmar o diagnóstico. Gastrosquise Defeito congênito da parede abdominal que se manifesta de uma ou mais vísceras – intestino delgado, colo proximal e porção do estômago – para uma abertura lateral ao anel umbilical (normalmente à direita). Outras malformações podem vir associadas, como atresias, defeito da estrutura intestinal e má rotação. O tratamento é certamente cirúrgi- co, realizando o retorno das vísceras à cavida- de abdominal. Apêndice pré-auricular Pequenas formações cutâneas salientes si- tuadas anteriormente ao pavilhão auricular. Retirada para resultado estético.
  • 36. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 378 Artéria umbilical única Em alguns casos, pode ser observada ape- nas uma artéria e uma veia, deinindo o qua- dro de artéria umbilical única (AUU). Hei- fetz et al. (1984) observaram 0,5 a 2,5% de AUU em RN sadios; nas perdas gestacionais e nos fetos com aneuploidia, a ocorrência foi de 1,5 a 11%. Existe possibilidade de altera- ções cromossômicas, com maior freqüência as trissomias do 13 e do 18. Artéria umbilical única denuncia um defeito mesodérmico an- tes da 3a semana de vida embrionária e está relacionada à maior incidência de anomalias estruturais, particularmente urológicas e car- díacas, assim como maior incidência de cres- cimento intra-uterino retardado. Fimose É um estreitamento na abertura do prepúcio que pode tornar impossível sua retratação. Fre- qüentemente não interfere na micção, porém a abertura pode ser tão pequena que seja neces- sário esforço para o esvaziamento da bexiga. Hemangiomas Manchas escuras benignas caracterizadas pela dilatação de vasos sangüíneos. Hérnia diafragmática congênita (HDC) É uma falha no fechamento do canal pleu- roperitoneal, primariamente defeito diafrag- mático, favorecendo a passagem de conteúdo abdominal para o interior do tórax. Esse qua- dro leva a hipertensão pulmonar, e em 85 a 90% dos casos, o lado esquerdo é o afetado. Ocorre uma protusão das vísceras abdominais em vários graus para a cavidade torácica. A etiologia é desconhecida. A literatura apontaparaorigemgenética,como,porexem- plo, nas trissomias do 13 e do 18. Segundo especialista em pediatria, em um levantamen- to com 166 RN de alto risco (sintomáticos nas seis primeiras horas de vida), foi observa- do que aproximadamente 40% das crianças eram portadoras de uma ou mais malforma- ções congênitas associadas à HDC, exemplo: comunicação interatrial, comunicação inter- ventricular, canal atriovenoso comum e atre- sia de esôfago com fístula gastrintestinais. Hipospadia É uma anomalia na qual a uretra não se es- tende ao longo de todo o pênis; em vez disso, abre-se em sua superfície inferior, em algum lugar atrás da glande. Imperfuração anal Pode ser causada pela persistência de uma membrana acima da abertura do ânus com um ânus normal logo acima dela ou pode ser constituída por uma ausência completa do ânus, com o reto terminando em fundo cego alguns centímetros acima. Lábio leporino e fenda palatina O lábio leporino é uma issura no lábio superior ao lado da linha média, e a separa-
  • 37. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 379 ção pode variar de discreta à completa, es- tendendo-se até as narinas. Pode ser uni ou bilateral. A fenda palatina é uma issura na linha mé- dia do teto da boca. Essas condições podem ocorrer sozinhas ou aparecer juntas. Língua presa É uma condição na qual a prega vertical de membrana mucosa (freio) que se encon- tra sob a língua, que normalmente é peque- na no recém-nascido, estende-se até o inal ou quase até o inal da língua. Pode limitar a movimentação da mesma, o que se evidencia quando o bebê chora, porém, em geral, não interfere na sucção e não requer tratamento. Luxação congênita do quadril É um deslocamento da cabeça do fêmur do acetábulo. O reconhecimento precoce permi- te o tratamento imediato e é importante para evitar o deslocamento total. A observação da incapacidade de abduzir completamen- te a perna deve ser comunicada ao médico. A aplicação de várias fraldas, de maneira a afastar as pernas, é um método utilizado para manter a posição de abdução. Pé torto (talipos) É o resultado de uma desigualdade na musculatura, produzindo uma deformidade na qual o pé é virado segundo um ângulo anormal. A posição intra-uterina ou o dese- quilíbrio muscular são considerados possíveis causas. A condição é em geral bilateral. O diagnóstico é algumas vezes difícil, porque o pé do recém-nascido freqüentemente se mos- tra numa posição semelhante à do pé torto. Síndrome de Down Alteração genética também conhecida como trissomia do cromossomo 21. Nessa condição existe um retardo mental grave e são freqüentes defeitos no desenvolvimento de outros tecidos. Algumas das características físicas no in- divíduo com síndrome de Down são: crânio pequeno, olhos afastados com presença de pe- quenas dobras de pele no canto interno, língua protusa, nariz curto com base chata, hiperes- tensibilidade das articulações, tônus muscular deiciente e malformações cardíacas. Testículos retidos Fazem com que a bolsa escrotal pareça pe- quena. Se somente um dos testículos não des- ceu, a diferença de tamanho entre os dois lados da bolsa escrotal é visível. Os testículos desen- volvem-se no abdome e normalmente descem para a bolsa escrotal em algum momento du- rante os dois últimos meses de vida fetal. Podem, entretanto, permanecer no canal inguinal ou mesmo na cavidade abdominal por um tempo maior. A descida é em geral espontânea durante as primeiras semanas de vida ou em qualquer ocasião até a puberdade. Os testículos retidos podem estar associados a uma hérnia. Além dessas malformações citadas existem outras que podem estar presentes no recém-
  • 38. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 380 nascido. Algumas requerem tratamento ci- rúrgico. Registro de Nascimento O registro de nascimento é muito impor- tante para o bebê. A certidão de nascimento é necessária por várias razões e precisa ser retida por toda a vida. A seguinte lista de razões é parcial, porém demonstra a importância desse documento: prova o local de nascimento; pro- va a paternidade e a dependência legal; prova a idade no momento da entrada na escola; as- segura o direito do voto, o direito de se casar, o seguro social; prova o direito de herdar uma propriedade; obter passaporte; e serve para ou- tros propósitos legais. Os pais devem conhe- cer sua responsabilidade quanto ao registro de nascimento e como proceder para fazer a certidão de nascimento. Alta Hospitalar A alta hospitalar é um dos momentos mais importantes para os pais, pois a responsabili- dade não mais será dividida entre a equipe de saúde e as dúvidas e inseguranças aumentam. Daí a importância da orientação adequada pela equipe de enfermagem. Na alta hospita- lar é preciso: 1. Certiicar a alta médica no prontuário do bebê. 2. Comunicar à mãe a alta do recém-nasci- do. 3. Vestir o RN, orientando a mãe nos cui- dados gerais em casa: a importância do aleitamento mater- no; - liar. 4. Transmitir com clareza a receita médica e demais tratamentos. 5. Perguntar se a criança já foi registrada; caso não tenha sido, orientar os pais quanto à importância do registro de nas- cimento no tempo hábil; encaminhar ao serviço social para orientação se for o caso. 6. Esclarecer a necessidade do acompanha- mento ambulatorial ou retorno para con- sulta com o pediatra. 7. Explicar a importância das imunizações, os benefícios da vacina para a criança e orientar como ela deverá proceder. As vacinas prioritárias nos primeiros dias de vida são BCG e a primeira dose contra hepatite B. Explicar-lhe do exame do pezinho: o resultado deverá ser entregue em casa e o deverá ser levado na próxima consulta com o pediatra. 8. Anotar horário e data da saída no Relató- rio de Enfermagem e no relatório geral. 9. Conduzir ambos até a recepção. 10. Realizar desinfecção, limpeza geral e ter- minal da incubadora (se utilizou). 11. Organizar o prontuário. 12. Encaminhar o prontuário para secretária da unidade e daí para o arquivo médico.
  • 39. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 381 Atendimento em UTI Neonatal Intervenção no Ambiente Físico Os berços e/ou incubadoras devem estar distantes de pias, fones, rádios, janelas e locais de grandes atividades ou passagem. É impor- tante que haja espaços entre os berços para evitar que se esbarre neles, provocando mu- dança no estado comportamental do RN. Orientações aos Familiares Personalizarobebêcolocandoetiquetacom seu próprio nome e os nomes de seus pais. Incentivar o toque leve e carinhoso quando estiverem próximos do RN. Favorecer o vín- culo dos familiares com o bebê. Incentivar os pais a falarem sobre a saúde de seu ilho. Fornecer informações sobre aleitamento ma- terno, lavagem das mãos antes e após sair da UTI e os horários de visitas. Prevenção de Transmissão de Microrganismos Multirresistentes em Recém-internados Objetivo: prevenir disseminação de pató- genos multirresistentes aos antibióticos. Entende-se por multirresistentes: estailo- cocos resistentes à oxacilina, bactérias G-re- sistentes aos aminoglicosídeos, enterococos resistentes à vancomicina e teicoplanina. População-alvo: recém-nascidos admitidos nas UTIs, provenientes de outra instituição de saúde, com passagem pela UTI da mesma instituição ou que tenham sido submetidos a quaisquer procedimentos invasivos, como cirurgias, inserção de cateteres, intubação orotraqueal, entre outros, independente de diagnóstico infeccioso. RN nascido na mes- ma instituição deve também receber cuida- dos especiais que visem à prevenção de in- fecção. Ações no Ato da Internação do Recém- nascido com Suspeita de Infecção Médicos: providenciar a troca de cateteres intravasculares com sinais de infecção local ou daqueles sabidamente inseridos na emer- gência. Solicitar coleta de cultura de secreção traqueal, ponta de cateteres IV e de qualquer drenagem ou coleções. Enfermagem: instalar o RN em quarto privativo com banheiro e sob precauções de contato, conforme normas de isolamento n. 363. Atentar para o protocolo da instituição quanto às medidas contra infecção, principal- mente em caso de doença infectocontagiosa. Manter o RN sob precaução de contato até avaliação do Centro de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Notiicar o CCIH sobre internação desses RN.
  • 40. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 382 CCIH: fazer as recomendações necessárias sobre a manutenção ou suspensão do isola- mento, após resultados de culturas. Equipamentos de UTI Incubadora Indicada para internação do RN que pre- cisa de condições clínicas especiais como: suporte de O2 , manutenção da temperatura, pós-operatório e isolamento. O equipamento possui uma câmara interna protegida por uma cúpula de acrílico trans- parente com portinholas laterais para acesso, tendo ainda uma pressão interna maior que a do ambiente para evitar a entrada de ar ex- terno em seu interior. Sua manutenção requer higienização com água e sabão neutro a cada 5 dias; todas as peças móveis são removidas e lavadas. Poderá ser realizada a troca do iltro quando necessá- rio, por exemplo, após alta do RN. Incubadora de transporte Utilizada em remoção mantendo as ca- racterísticas da incubadora estacionária, mas com adaptações para encaixe do trilho da ambulância e cilindro de O2 , iluminação in- terna e bateria para 3 horas. Biliberço Equipamento utilizado para fototerapia. Possui colchão de silicone, e as lâmpadas são instaladas por baixo. Na parte superior há um reletor em forma de arco para ação na parte superior do corpo. Este equipamento tem de- monstrado eiciência superior no tratamento da icterícia neonatal por meio da fototerapia. Bilispot Também utilizado em fototerapia, porém com proteção elíptica sobre a superfície cor- pórea do RN; a vantagem é a mobilidade que o equipamento fornece podendo ser utilizado em uma enfermaria de maternidade ou PSI. Oxímetro e capnógrafo Utilizado para medir percentual de oxi- gênio (oxímetro) e de dióxido de carbono (capnógrafo) presente na circulação perifé- rica. Esses equipamentos são indispensáveis na observação da capacidade respiratória e cardiovascular do RN. Óxido nítrico Trata-se de um gás cada vez mais utiliza- do no tratamento de hipertensão pulmonar provocada por cardiopatias congênitas e as- piração de luidos, como mecônio. Apesar de poder gerar toxicidade, quando instalado por um proissional habilitado, pode ofere- cer grandes benefícios devido a melhora na circulação sangüínea pela vasodilatação em capilares alveolares pulmonares. A dosagem e a prescrição são feitas pelo médico especialista em UTI-Neo. Em casos de prematuridade também melhora o luxo sangüíneo nos capilares evitando o apareci-
  • 41. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 383 Figura 6.12 – Bilispot: utilizado em fototerapia. A luz incide sobre o recém-nascido.
  • 42. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 384 Figura 6.13 – Sistema de óxido nítrico: indicado no tratamento da hipertensão pulmonar, deve ser adaptado ao aparelho de ventilação mecânica.
  • 43. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 385 mento da enterocolite necrosante. Sua insta- lação é feita por meio de uma adaptação no circuito do aparelho ventilador. Aparelho respirador A atenção dada ao respirador deve ser vol- tada à sua montagem uma vez que os parâ- metros são regulados pelo médico assistente conforme a evolução do diagnóstico. Alguns parâmetros devem ser mantidos quando o parelho icar de sobreaviso: 2 ) = 60%; mmH2 O; mmH2 O; - termitente sincronizada). Patologias em Recém-nascidos Anormalidades e Patologias do Recém- nascido síndromes hemorrágicas. hipóxico-isquêmica (EHI), convulsões, hemorragia intracraniana, distúrbios re- nais IRA, hipertensão arterial. - sistência do canal arterial (PCA), insui- ciência cardíaca, arritmias cardíacas. - tabolismo da glicose, do sódio, do cálcio e do magnésio (ver a seguir). – apnéia; – taquipnéia transitória; – síndrome do desconforto respirató- rio do RN (membrana hialina); – síndrome de aspiração de mecônio; – hipertensão pulmonar persistente; – displasia broncopulmonar. Distúrbio do Metabolismo de Glicose Hipoglicemia A hipoglicemia é uma queda do nível de gli- cose sangüínea em relação aos níveis de nor- malidade. A hipoglicemia pode ser deinida também como baixa concentração de glicose compatível com a função cerebral. O quadro clínico não é especíico, po- dendo ter variações. Os sintomas mais fre- qüentes são: tremores, cianoses, convulsões, apnéia, apatia, choro agudo ou débil, atonia,
  • 44. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 386 hipotonia, anorexia, má sucção, hipotermia e instabilidade térmica. Recém-nascido de mãe diabética No ilho de mãe diabética, a etiologia é o hiperinsulinismo fetal secundário devido aos prolongados estímulos pré-natal das ilhotas pancreáticas (de Langerhans) como resulta- do da hiperglicemia materna que facilmente atravessa a placenta. Com o corte do cordão umbilical há uma diminuição dos estímulos das ilhotas, contu- do a normalização da produção de insulina não é imediata; levará de 8 a 24 horas. Logo, para esses recém-nascidos, o período mais vulnerável da hipoglicemia seria o re- presentado pelas primeiras semanas de vida, assim a hipoglicemia do RN de mãe diabéti- ca é precoce, intensa e de curta duração. Fenilcetonúria A fenilcetonúria (PKU) é uma doença metabólica, genética de forma autossômica recessiva; é um erro inato do metabolismo protéico, causado pela deiciência, em dife- rentes graus da enzima fenilalanina hidroxi- lase, que converte a fenilalanina em tirosina. Na ausência da enzima, a fenilalanina não é convertida em tirosina, acumula-se nos teci- dos (neurais) e é eliminada na urina na for- ma de fenilcetonas. A fenilalanina é um aminoácido essencial ao crescimento, porém qualquer excesso in- gerido precisa ser degradado normalmente pela conversão em tirosina. Na fenilcetonú- ria, existe um retardo mental progressivo, a menos que a quantidade de fenilalanina ofe- recida aos tecidos seja limitada àquela essen- cial. Um controle dietético precisa começar precocemente para prevenir lesão cerebral. Na PKU o nível sérico de fenilalanina se ele- va rapidamente após o parto, à medida que o bebê recebe leite. Hiperfenilalaninemia (HPA) Nome genérico dado ao elevado nível de fenilalanina (Phe) no sangue. Pode ser cau- sada pela deiciência da enzima hepática fe- nilalanina hidroxilase ou das enzimas que sintetizam ou reduzem a coenzima tetraidro- biopterina (BH4). É importante detectar erros inatos do me- tabolismo, principalmente a fenilcetonú- ria, pois o diagnóstico precoce e o início da dietoterapia previnem retardo mental grave e hipotireoidismo congênito (deiciência na função tireoideana) que também pode levar a retardo mental grave. O sangue, para dosagem da fenilalanina e da tetraiodotironina (T4) neonatal, pode ser colhido em uma única icha de exame. Exame do pezinho Coleta do sangue do calcanhar através de papel-iltro; colete-se o sangue no “pezinho” para o exame PKU.
  • 45. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 387 Figura 6.14 – Coleta do sangue do calcanhar para o exame PKU. Valor normal Material - mento, papel-iltro estéril; Assistência de Enfermagem 1. Encostar o verso do papel-iltro na gota de sangue, impregnar os círculos até que o sangue atravesse o papel e preencha to- talmente os círculos na parte da frente. 2. Deixar o papel iltro secar à temperatura ambiente. 3. Envolvê-lo em papel prateado e em saco plástico bem vedado e mantê-lo em gela- deira até ser encaminhado à APAE.
  • 46. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 388 Doença Hemolítica do Recém-nascido Anemia hemolítica A anemia hemolítica do feto e do recém-nas- cido ocorre quando o sangue da criança contém antígeno ausente no sangue materno e estimula a formação de anticorpo materno contra os eri- trócitos do ilho. Existem quatro grupos sangü- íneos principais: A, B, AB e O, que constitui o sistema ABO. Em condições normais, um indivíduo não forma anticorpos contra os antígenos de suas próprias células. O aglutinogênio é um antígeno, e a aglu- tinina é um anticorpo. De forma que se as células de um indivíduo forem transfundidas para outra pessoa irão desenvolver anticorpos contra todos os antígenos que não sejam pró- prios do sangue do receptor. Assim surge a doença hemolítica do re- cém-nascido, que pode ser transmitida pelo sistema ABO e pelo sistema Rh. O risco existe quando o pai é Rh(+), a mãe é Rh(–) e o ilho é Rh(–). Avaliação inicial Deve-se pesquisar a história da grávida, efetuado o exame objetivo e determinar o grupo sangüíneo e o fator Rh. Incompatibilidade ABO É uma doença hemolítica benigna. Quan- do o tipo sangüíneo paterno é A ou B e o ma- terno é O, a criança produz antígeno A ou B que penetra na corrente sangüínea materna, fazendo a mãe produzir anticorpos A ou B. Estes anticorpos retornam à corrente sangüí- nea do recém-nascido e provocam a hemólise das hemácias; esses casos são predominantes no grupo A com o grupo O. A icterícia, que se instala dentro de 48 horas, é um sintoma da incompatibilida- de ABO. O recém-nascido apresenta ligeira anemia, com o teste de Coombs direto nega- tivo ou baixo. O tratamento é feito por meio da foto- terapia. Em caso de elevação da bilirrubi- na acima de 20 mg por 100 ml de sangue, providenciar imediatamente a exsanguineo- transfusão. Tabela 6.3 – Grupo sangüíneo, antígeno e anticorpo Grupo Hemácias (aglutinogênio) Plasma (aglutinina) A A Anti-B B B Anti-A AB A e B – O – Anti-A e anti-B
  • 47. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 389 O cuidado de enfermagem inclui observar diariamente a evolução ou a involução da ic- terícia. Doença hemolítica do recém-nascido por Rh (eritroblastose fetal) Somente indivíduos pertencentes ao fator Rh negativo geram anti-Rh. Acidentalmente, a placenta pode sofrer ruptura, desfazendo-se o isolamento da cir- culação materno-fetal e ocorrer mistura de sangue; geralmente ocorre no inal da ges- tação. Se a criança for Rh positivo e seu sangue misturar com o da mãe que é Rh negativo, determinará a formação de anti-Rh na mãe. Diicilmente ocorrerá com o primeiro ilho. Numa segunda gravidez, se ocorrer nova troca sangüínea e a mãe tiver sido sensibi- lizada na primeira gravidez, afetará o feto. Somente se uma mulher fator Rh negativo receber uma transfusão sangüínea Rh positi- va (incompatível) produzirá anti-Rh; assim, quando esta mulher engravidar, o primeiro ilho já poderá sofrer eritroblastose fetal. Icterícia Fisiológica do Recém-nascido Coloração amarelada da pele e das escleró- ticas, e hiperbilirrubinemia freqüentemente em recém-nascido nos 5 primeiros dias de vida e que desaparece dentro de 7 a 14 dias. É geralmente benigna e autolimitante, em- bora nos prematuros a hiperbilirrubina possa ser mais grave. A fototerapia é a forma de terapêutica física especial que utiliza as propriedades da luz. Fototerapia especial consiste em expor um recém-nascido normal ou prematuro com icterícia intensa à fonte luminosa azul ou branca (8 tubos de 20 watts cada), acar- retando uma fotocomposição da bilirrubina livre nos dois milímetros mais supericiais da pele. A luminosidade do sistema deve variar entre 100 e 300 footcandles (unidade de ilu- minação), sendo o maior efeito fotoquímico observado na faixa azul (ultravioleta), 380 a 480 milimera. Assistência de enfermagem 1. Durante a exposição aos banhos de luz, a criança deve icar completamente des- pida, com proteção ocular (máscaras ou óculos negros) cuidadosamente posicio- nada. 2. Controlar a temperatura e o estado de hidratação (veriicar a temperatura a cada 3 horas e oferecer água ou leite materno por meio do estímulo à amamentação, nos intervalos das mamadas). 3. Mudar de decúbito com freqüência, para expor maior superfície corpórea possí- vel. 4. Conservar o aparelho (fototerapia) a uma distância de 40 cm, quando na incuba- dora, e de 60 cm, quando no berço. 5. Estimular a alimentação, considerando que é uma das formas de prevenção da hiperbilirrubinemia.
  • 48. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 390 6. As lâmpadas devem ser substituídas após 200 horas de uso. Observações 1. Testar o aparelho para veriicar as condi- ções de segurança mecânica e elétrica. 2. Observar a coloração das escleróticas e da pele, presença de erupções e queimadu- ras. 3. Informar aos pais sobre a indicação da fototerapia, os procedimentos e a impor- tância terapêutica. 4. Registrar as alterações observadas e os horários dos banhos de luz. 5. Apesar da importância da fototerapia no recém-nascido prematuro, sua aplicação promove efeitos colaterais como: as fezes apresentam-se amolecidas e esverdeadas; - bilização da pele aos raios de luz; Recém-nascido Pré-termo Prematuridade é a condição do RN an- tes do termo, nascido antes de 37 semanas. Avalia-se a idade gestacional do RN pelo método Capurro. Caracterização Peculiaridades Anatomofuncionais - poral; deglutição imperfeita; anestésicos de uso obstétrico. Alimentação Objetivos: suprir necessidades nutricio- nais, promover um desenvolvimento e cres- cimento adequado. Tipo de leite: LM, leite de banco, fórmulas lácteas (Pré Nan®, Aptamil Pré®). Métodos de alimentação: gavagem (inter- mitente, contínua), seio materno, mamadei-
  • 49. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 391 ra. Em caso de impossibilidade de aleitamen- to materno, o bebê receberá fórmulas lácteas. A gavagem será feita a partir de sondagem orogástrica em prematuros com peso inferior a 1.800 g ou idade gestacional menor que 35 semanas, naqueles em que a deglutição ou sucção é insuiciente ou naqueles impossibi- litados de sugar. Técnica de sondagem orogástrica Material Etapas 1. Lavar as mãos. 2. Preparar o material. 3. Medir o comprimento da sonda a ser in- troduzida. 4. Passar a sonda pela via oral (mais indicada). 5. Veriicar o posicionamento da sonda por meio da aspiração do conteúdo gástrico, utilizando a seringa de 3 ml. 6. Fixar a sonda. 7. Conirmar o volume da dieta. 8. Administrar a dieta de preferência no colo da mãe. Se a criança puder realizar esforço, estimu- lar a sucção com o dedo mínimo enluvado, durante a descida do leite (estimulando o desenvolvimento da musculatura oral e faci- litando a transição da sonda para sucção); la- var a sonda após o término da gavagem com 3 ml de água destilada (evitar obstrução da luz diminuta da sonda por resíduos de lei- te). Após a dieta, posicionar o RN em semi- fowler, decúbito lateral direito ou decúbito ventral (facilitando o esvaziamento gástrico e a eructação, diminuindo episódios de regur- gitação e vômitos e evitando agravamento do distúrbio respiratório, se presente). Doença Pulmonar de Membranas Hialinas A doença pulmonar de membranas hiali- nas (DPMH) é uma das causas mais freqüen- tes de insuiciência respiratória do RN. A DPMH constitui um dos problemas mais comuns de um serviço de neonatologia e uma das principais causas de mortalidade entre RN de pré-termo, ocorrendo de 0,5 a 1,0% em todos os nascimentos. Osfatorespredisponentessãoprematurida- de; sexo masculino; anóxia perinatal; história materna de hemorragias; diabetes materno; segundo gemelar; RN anterior afetado; parto cesáreo; hipotermia. O quadro clínico inclui insuiciência respi- ratória nas primeiras horas de vida; dispnéia; aumento progressivo da freqüência respira- tória; retração esternal importante; tiragem intercostal; cianose central; gemido expira- tório; crises de apnéia; palidez; hipotermia;
  • 50. Tratado Prático de Enfermagem - volume 2 392 edema e oligúria; hipotensão, hipotonia e hipoatividade. As medidas gerais são aquecimento; mo- nitoração da FC e FR; controles laborato- riais; radiograia de tórax; fornecimento de líquidos e calorias – alimentação enteral ou parenteral, se for preciso; controle rigoroso de peso; correção do equilíbrio ácido-básico; prevenção de infecções; oxigenoterapia. Recém-nascido Traumatizado Apesar do avanço tecnológico e cientíico, são comuns as lesões atribuídas aos traumatis- mos obstétricos, como: bossa serossangüínea, céfalohematoma, hematoma do músculo es- ternocleidomastóideo, fraturas obstétricas. – fratura da clavícula; – fratura de úmero; – fratura do fêmur. – paralisia facial periférica; – paralisia do plexo braquial; – paralisia do nervo frênico. – sinais vegetativos: diiculdade de ter- morregulação, perturbações vasomo- toras; – sinais clínicos: choro gemido, pausas ou irregularidades respiratórias, per- turbações da sucção, hipotonia, con- vulsões (às vezes). Controle de Infecção no Berçário 1. Esterilização de mamadeiras. 2. Evitar aglomeração nos berçários, limi- tando o número de recém-nascidos em cada sala. Nunca colocar mais que uma criança em cada incubadora. Cada incu- badora deve ocupar de 2,5 a 2,8 m2 . 3. Isolamento de todos os RN com infec- ções cutâneas, gastrintestinais, respirató- rias ou processos febris. 4. A entrada de estranhos deverá ser restrita, só estimular a entrada da mãe e do pai. 5. Proilaxia das infecções de origem ma- nual – lavagem cuidadosa das mãos e antebraço antes da entrada na unidade, antes e após o manuseio de cada RN. 6. Proilaxia das infecções de origem aérea – climatização e iltração do ar. 7. Limpeza terminal e constante da unidade e dos materiais como berço, incubadora, aparelho de fototerapia, respiradores. 8. Troca de iltros de ar das incubadoras a cada 60 dias. Cuidados de Enfermagem ao Recém-nascido Grave Assistência de Enfermagem Imediata 1. Conferir identiicação. 2. Pesar.
  • 51. Capítulo 6 - Enfermagem em Neonatologia 393 3. Colocar em incubadora aquecida. 4. Manter oxigenação de acordo com a orientação médica. 5. Fazer higiene. 6. Realizar curativo umbilical. 7. Monitorar FC, FR e temperatura. 8. Fazer lavagem gástrica. 9. Instalar oxímetro de pulso, se necessá- rio. 10. Puncionar veia periférica para administra- ção de soro e medicamentos prescritos. 11. Preparar material e auxiliar em cateteris- mo umbilical ou venodissecação. 12. Instalar controle de diurese. Assistência de Enfermagem Mediata 1. Controle e manutenção da temperatura corporal: 2. Observação constante dos parâmetros cardiorrespiratórios: 3. Atenção para sinais de hipoglicemia e hi- pocalcemia: 4. Controles hídrico e eletrolítico: 5. Observação dos níveis de oxigenação: posição horizontal ou vertical. 6. Manutenção de cateteres, quando pre- sentes: - mento ou secreções. 7. Uso de técnicas rigorosamente assépti- cas. 8. Cuidados com alimentação: 3 horas: – transição SOG e VO a partir de 34 semanas; - terocolite necrosante. 9. Nutrição parental: de perdas e infusões; - se da veia cava superior. 10. Realizar exames de rotina: