Luis Nascimento, Júlia Mota e Cássio Aoqui - Apresentaremos a recém-lançada plataforma digital Potências Periféricas, cujo objetivo é promover encontros em um ambiente virtual integrado e qualificar ainda mais as doações e parcerias que sejam direcionadas às periferias no Brasil. Trata-se de uma plataforma totalmente gratuita que promove encontros (matches) entre doadores e lideranças periféricas de todo o Brasil. Na sessão, compartilharemos também nossos aprendizados sobre o inovador processo de construção colaborativa para as organizações que buscam na tecnologia um canal de mobilização de recursos.
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fabcr22_apresentação_Plataforma Potências Periféricas: tecnologia para a mobilização de recursos das/nas periferias brasileiras
1. Diálogos para
a retomada
Plataforma Potências Periféricas: tecnologia
para a mobilização de recursos das/nas
periferias brasileiras.
Júlia Mota
Luis Nascimento
Cássio Aoqui
2. Apresentações - palestrantes
#FestivalABCR
Luís Nascimento
Trainee no jornal O Estado de S.
Paulo. Gestor de projetos e parcerias
na Rede Potências Periféricas
Júlia Mota
Assistente de Projetos na
ponteAponte. Integrante da
Rede Potências Periféricas
Cássio Aoqui
Sócio-fundador e CEO da
ponteAponte. Conselheiro na
Rede Potências Periféricas
3. Sobre a Rede Potências Periféricas
“Somos a vida criativa que emerge das quebradas, a vitória da resistência contra a desumana
exclusão. Somos a solidariedade invertendo a lógica do capital, a saída coletiva contra a histórica
violação!”
Somos uma rede formada por mulheres e homens, cis e trans, agentes de transformação.
Coletividades de todas as idades que organizam arranjos produtivos sociais, econômicos,
culturais e solidários pelas bordas da cidade de São Paulo, mobilizando soluções criativas,
justas, políticas e comunitárias de mudança e uma nova narrativa de nossas histórias e
das quebradas.
Propomos criar espaços e oportunidades de diálogo entre líderes periféricos, coletivos,
empreendedores, movimentos e organizações sociais e financiadores, visando trocas
horizontais baseadas na empatia, e que quebrem possíveis barreiras de entendimento mútuo.
Quem somos?
#FestivalABCR
4. A Rede Potências Periféricas foi formada entre julho e agosto de 2018 a partir dos esforços de
três atores intermediários e desenvolvedores do campo de impacto social no Brasil – Agência
ADE SAMPA, ponteAponte e Sense-Lab –, provocados pelo problema do acesso a recursos
nas periferias e pela interlocução com diversas lideranças periféricas da cidade.
Hoje, com sua Teoria de Mudança já desenvolvida e em ação, a rede tem como missão
“Cocriar e fomentar um ecossistema de cultura sustentável das potências
periféricas”,
e como visão
“Nossas periferias mais autônomas e fortalecidas com oportunidades financeiras e
desenvolvimento sociocultural por meio de ações em rede”.
Quem somos?
#FestivalABCR
5. Ao longo destes anos de atuação, a Rede Potências Periféricas recebeu apoio de importantes
financiadores e apoiadores, como Fundação Tide Setubal, Instituto Jatobás, Fundação ABH,
ponteAponte e Fundo BIS/GIFE.
Ao conectar as periferias aos financiadores, estamos contribuindo para uma maior integração e
fortalecimento do ecossistema que promove impacto social e também para a coesão social, de
modo que todos se beneficiam. Dessa forma, ao apoiar as periferias, os investidores sociais privados
ampliam o alcance de suas ações e as possibilidades de gerar impacto, se conectam ao que acontece
na cidade e não ficam restritos ao relacionamento com apenas uma parte da sociedade, enquanto que
as lideranças e organizações das periferias obtém os recursos necessários para potencializar ainda
mais as suas ações, podem se conectar a novas redes, acessar oportunidades para aprimorar o seu
trabalho.
Hoje a rede tem como principal representante o educador popular João Mário, e compreende um
conjunto de 12 coletivos e organizações, mais um bom volume de pessoas envolvidas com o objetivo
de tornar o acesso à recursos nas periferias mais democrático.
Quem somos?
#FestivalABCR
6. “Em se tratando de investimento social privado (ISP), muitas histórias existem sobre a
transferência de recursos entre financiadores e organizações da sociedade civil, mas
pouco se fala sobre como essas parcerias se dão da perspectiva de quem é
financiado e menos ainda quando se trata de movimentos sociais e coletivos das
periferias”
“Novas narrativas para o investimento social e acesso a recursos nas periferias.”
Artigo GIFE. Cássio Aoqui e Diana Mendes integrantes da Rede Potências Periféricas
A Plataforma Potências Periféricas
#FestivalABCR
7. Em 2019, a Rede Potências Periféricas começa a discutir a importância de um mecanismo que pudesse
facilitar um de seus principais objetivos: a conexão entre financiadores e atores e lideranças das
periferias.
Com esse objetivo em mente, nasce a ideia de se criar uma inovadora tecnologia social voltada para
possibilitar essa conexão, esse “match”, configurada pela Plataforma Potências Periféricas.
A partir de 2019, um grupo de trabalho foi criado com atores periféricos juntamente com investidores do
campo social para discussões aprofundadas sobre a tecnologia. Em 2020 a ideia é selecionada pelo
edital do Fundo BIS, possibilitando o seu desenvolvimento e o desenho de próximos passos.
Em 2021 aconteceu o desenvolvimento da Plataforma. Quem ficou à frente dessa tarefa foi
Fristtram, nascido na Guiné-Bissau (África) e atualmente residente brasileiro atuando como
desenvolvedor em São Paulo/SP. O processo também contou com o apoio do Mobi Yabiku Neto,
membro da Rede Potências Periféricas, para a configuração final do servidor.
A Plataforma Potências Periféricas
#FestivalABCR
8. Em 2021 nasce então a Plataforma, fruto de 2 anos de esforço conjunto e empenho da Rede Potências
Periféricas, Instituto Jatobás, Fundações ABH, Fundação Tide Setubal e ponteAponte, com o
apoio também da L9 Estúdio Criativo.
Seu objetivo principal é promover encontros em um ambiente virtual integrado e qualificar ainda
mais as doações e parcerias que são direcionadas às periferias no Brasil. Trata-se de uma plataforma
totalmente gratuita que promove encontros (matches) entre doadores e lideranças periféricas de todo
o Brasil.
Além de possibilitar o encontro entre financiadores e organizações e coletivos periféricos, a Plataforma é
também um importante banco de dados centralizado sobre organizações e projetos que atuam nas
periferias, trazendo informações relevantes e transparentes sobre todos e assim criando conexões
de confiança e duradouras.
A Plataforma Potências Periféricas
#FestivalABCR
9. “Como investidora do campo social, tínhamos dificuldade de identificar iniciativas,
principalmente as informais, que compõem o ecossistema e estabelecer diálogos com elas.
A plataforma torna visível o que era invisível: a imensa potência de atores
periféricos! Esperamos que ela aproxime pessoas e iniciativas, facilite conexões e,
principalmente, permita que investidores tenham um contato direto com as potências,
desenvolvendo relações de confiança e facilitando o investimento social em ações
periféricas."
Marina Fay - Diretora Executiva da Fundação ABH
A Plataforma Potências Periféricas
#FestivalABCR
18. Ainda nos desenhos e redesenhos da plataforma, a Rede tinha como uma certeza que ela deveria
ser uma tecnologia produzida por e para as periferias brasileiras. Um mecanismo, desde a sua
origem pensado, estruturado, desenvolvido e totalmente apropriado por por agentes
de transformação das periferias. Esse processo teve muitos pontos positivos e de
sucesso, no entanto, há também desafios na criação de um produto como a plataforma. O
processo, como um todo, envolveu em torno de 40 pessoas.
Como pontos positivos e de sucesso, trazemos alguns mais relevantes:
● Ser um produto totalmente apropriado pelas periferias de São Paulo, desde a sua origem;
● Ser uma tecnologia inovadora, sem precedentes no campo socioambiental;
● Ter gerado muita busca ativa, tanto pelo lado de quem doa e de quem recebe, quanto por
mídias de divulgação;
● Ter gerado resultados, observados no número de cadastros e pelo alcance da ferramenta;
● Ser tendência: captação coletiva/redes, recursos diretos para as lideranças comunitárias;
Sucessos e desafios
#FestivalABCR
19. ● Ser um mecanismo gratuito para que as conexões possam ser feitas;
● Produção de um impacto relevante, que poderá ser ainda maior a longo prazo;
● Ver que todo o processo deu certo, mesmo com os desafios do caminho;
● Significar um novo formato de mobilização de recursos em rede.
Como pontos negativos e de atenção, ressaltamos:
● O fato do processo ter sido realizado à distância, devido ao período pandêmico;
● Dificuldades no acesso à internet pelas pessoas envolvidas na criação da plataforma;
● Algumas limitações do site, que ainda precisam ser corrigidas para tornar o acesso ainda
melhor e mais fluído;
● Imprevistos orçamentários e limitação de recursos;
● O desafio de se construir uma ferramenta de tecnologia entre pessoas da periferia e do
campo do Investimento Social Privado;
● Imprevistos no tempo de entrega do produto final.
Sucessos e desafios
#FestivalABCR
20. #FestivalABCR
“A plataforma funciona como um impulsionador de tudo o que precisamos, de um
ideal do que a Rede pode conseguir. Com a plataforma, podemos colher muitos
frutos. Atualmente a rede tem muitos coletivos, e não consegue apoiar todo
mundo. A plataforma pode quebrar barreiras entre investidores e quem precisa.
A plataforma é um caminho para a autonomia que a periferia precisa, a voz
da periferia é muito potente para reafirmar o que são, para mostrar que a periferia
tem esse poder e essa vontade. É um caminho para um olhar mais cuidadoso”
Luís Nascimento, membro da Rede Potências Periféricas