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Maquinas Térmicas
Motores de Combustão Interna SI e CI
Carlos Eduardo Castilla Alvarez
1
Conteúdo da Matéria
1. Motores de ignição por centelha
2
2. Nomenclatura
3. Ciclo padrão a ar
4. Ciclo Real
5. Combustão
6. Processo de combustão
7. Avanço de ignição
8. Formação da mistura
9. Ignição da mistura
Motores de Combustão interna
3
Nesses motores, a mistura combustível-ar é
admitida, previamente dosada ou formada no
interior dos cilindros quando há injeção direta
de combustível (GDI) Gasoline Direct Injection,
e inflamada por uma centelha que ocorre entre
os eletrodos de uma vela.
MCI de Ignição por Centelha
Motores de Combustão interna
4
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
PMS: Ponto Morto Superior - é a posição na
qual o pistão está o mais próximo possível do
cabeçote.
PMI: Ponto Morto Inferior - é a posição na
qual o pistão está o mais afastado possível do
cabeçote.
S: Curso do pistão - é a distância percorrida
pelo pistão quando se desloca de um ponto
morto para outro (do PMS ao PMI) ou vice-
versa.
Motores de Combustão interna
5
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
V1: Volume total - é o volume compreendido
entre a cabeça do pistão e o cabeçote, quando o
pistão está no PMI.
V2: Volume morto ou volume da câmara de
combustão - é o volume compreendido entre a
cabeça do pistão e o cabeçote, quando o pistão
está no PMS (também indicado com Vm).
Vdu: volume deslocado útil ou deslocamento
volumétrico, é o volume deslocado pelo pistão
de um ponto morto a outro.
Motores de Combustão interna
6
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
z: Número de cilindros do motor.
D: Diâmetro dos cilindros do motor.
Vd: Volume deslocado do motor,
deslocamento volumétrico do motor.
rv: Razão volumétrica de compressão – é a
relação entre o volume total (V1) e o volume
morto (V2), e representa em quantas vezes V1 é
reduzido.
Motores de Combustão interna
7
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
Motores de Combustão interna
8
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
V.E.: válvula de escapamento.
V.A.: válvula de admissão.
r: raio da manivela.
n: frequência da árvore de manivelas.
ϖ: velocidade angular da árvore de manivelas.
Vp: velocidade média do pistão.
Motores de Combustão interna
9
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
Motores de Combustão interna
10
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
α = ângulo formado entre a manivela e um eixo
vertical de referência.
α = 0°, quando o pistão está no PMS.
α = 180°, quando o pistão está no PMI.
Motores de Combustão interna
11
MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
L: comprimento da biela.
x: distância para o pistão atingir o PMS.
Motores de Combustão interna
12
MCI de Ignição por Centelha - Exemplo
O motor da Ferrari F1 – 2.000 possui 10 cilindros montados em V, 40 válvulas, Deslocamento
volumétrico de 2.997 cm³ e potência de 574 kW (770 HP). Sendo este um motor de 4T, diâmetro
dos cilindros 96 mm, raio do virabrequim de 4,5 cm; o volume da câmara de combustão é de 25
cm3 e rotação de 14.500 rpm. Pede-se, determinar:
a) O curso (mm);
b) O deslocamento Volumétrico por Cilindro (m3 );
c) A razão volumétrica de compressão;
d) A velocidade média do pistão (m/s);
e) A velocidade angular da árvore comando de válvulas (rad/s);
f) Se na rotação dada, a combustão se realiza em 25o, qual o tempo de
duração da combustão (s)?;
g) O número de vezes que a válvula de escape abre em 1 minuto.
Motores de Combustão interna
13
MCI de Ignição por Centelha – Dados
O motor da Ferrari F1 – 2.000 possui 10 cilindros montados em V, 40 válvulas, Deslocamento
volumétrico de 2.997 cm³ e potência de 574 kW (770 HP). Sendo este um motor de 4T, diâmetro
dos cilindros 96 mm, raio do virabrequim de 4,5 cm; volume da câmara de combustão de 25 cm3
e rotação de 14.500 rpm. Pede-se, determinar:
a) z=10;
b) Vd= 2997 cm³
c) D= 93 mm;
d) r=4,5 cm;
e) V2= 70,5 cm³;
f) n= 14.500 rpm;
Motores de Combustão interna
14
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
Para facilitar o estudo e para poder tirar
conclusões qualitativas e, às vezes, até
quantitativas, associa-se a cada ciclo real um
ciclo-padrão, dentro de algumas hipóteses
simplificadoras que, de alguma forma, tenham
semelhança com o ciclo real correspondente e
permita uma aplicação da Termodinâmica.
Motores de Combustão interna
15
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
1 – O fluido ativo é ar;
2 – O ar é um gás perfeito, ideal;
3 – Não há admissão nem escape;
4 – Os processos de compressão e expansão são isentrópicos ;
5 – A combustão é substituída por um fornecimento de calor ao fluido a partir de uma
fonte quente;
6 – Para voltar às condições iniciais, será retirado calor por uma fonte fria, num
processo isocórico;
7 – Todos os processos são considerados reversíveis;
As hipóteses são as seguintes:
Motores de Combustão interna
16
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
17
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
As propriedades termodinâmicas podem ser classificadas em dois tipos:
a) Propriedades extensivas: são as que
dependem da quantidade de matéria do
sistema. Ex.: m: massa; V: volume; U:
energia interna; H: entalpia e S: entropia.
b) Propriedades intensivas: são as que não
dependem da quantidade de matéria do
sistema. Ex: p: pressão; T: temperatura.
Motores de Combustão interna
18
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
19
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
1–2: Compressão isentrópica: no
diagrama p-V é uma curva cuja expressão
é P • Vk = cte (onde k é a razão entre os
calores específicos Cp e Cv do fluido
ativo), enquanto que no T-S é uma vertical.
Motores de Combustão interna
20
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
2–3: Fornecimento do calor Q2_3 num processo
considerado isocórico que simula o calor liberado na
combustão, admitindo-se que seja totalmente fornecido
quando o pistão se encontra no PMS. No T-S a área 2-
3-S4-S1 é proporcional ao calor fornecido ao sistema e,
portanto, positivo.
Motores de Combustão interna
21
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
3–4: Expansão Isentrópica. A área 3-4-V1-V2 é o
trabalho positivo de expansão (Wexp) .
Motores de Combustão interna
22
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
4–1: Retirada do calor do sistema Q4_1. Simula o calor
rejeitado nos gases ao "abrir a válvula de escape",
imaginando-se uma queda brusca da pressão. No diagrama
T-S a área 4-1-S1 -S4 é proporcional ao calor rejeitado.
Motores de Combustão interna
23
MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
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MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
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MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
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MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
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MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
30
MCI IS– Ciclo Real
Apesar da melhoria dos valores obtidos
com os diagramas para misturas e
produtos de combustão, os diagramas
teóricos ainda apresentam certo
afastamento dos valores reais.
Motores de Combustão interna
31
MCI IS– Ciclo Real
Admissão e escape:
Esses processos não comparecem no ciclo
teórico, e a área compreendida entre os dois se
constitui num trabalho negativo utilizado para
a troca do fluido no cilindro. Esse trabalho de
"bombeamento" é normalmente englobado no
trabalho perdido por causa dos atritos.
Motores de Combustão interna
32
MCI IS– Ciclo Real
Perdas de calor:
No ciclo teórico os processos de compressão e
expansão são considerados isoentrópicos,
enquanto no ciclo real as perdas de calor são
sensíveis. Na compressão a diferença entre a
isoentrópica e o processo real não é tão grande,
mas na expansão, quando o gradiente de
temperatura entre o cilindro e o meio é muito
grande, a troca de calor será muito grande e,
portanto, os dois processos irão se afastar
sensivelmente.
Motores de Combustão interna
33
MCI IS– Ciclo Real
Perda por tempo finito de combustão:
No ciclo teórico a combustão é considerada
instantânea, já que o processo é considerado
isocórico. Na prática, a combustão leva um
tempo não desprezível em relação à velocidade
do pistão.
Por causa disso, a faísca deve ser dada antes do
PMS, e a expansão se inicia antes de a
combustão alcançar a máxima pressão
possível.
Motores de Combustão interna
34
MCI IS– Ciclo Real
Perdas pelo tempo finito de abertura da
válvula de escape:
No ciclo teórico, o escape foi substituído por
uma expansão isocórica, na qual se cedia calor
para um reservatório frio. No ciclo real, na
válvula de escape, o tempo para o processo de
saída dos gases sob pressão é finito, por isso,
deve-se abrir a válvula com certa antecedência.
Motores de Combustão interna
35
MCI IS– Ciclo Real
Estima-se que o trabalho do ciclo real seja da
ordem de 80% do trabalho realizado no ciclo
padrão-ar correspondente
Cerca de 60% devidos às perdas de calor;
Cerca de 30% devidos ao tempo finito de combustão;
Cerca de 10% devidos à abertura da válvula de
escape.
Motores de Combustão interna
36
MCI IS– Combustão
Os processos de combustão são reações
químicas que envolvem a oxidação de um
combustível.
Motores de Combustão interna
37
MCI IS– Combustão
As reações químicas são processos pelos quais um tipo de matéria se transforma em
outro.
C + O2 = CO2
Motores de Combustão interna
38
MCI IS– Combustão
Reação lenta
Chamada Oxidação. não há aumento de temperatura. É produzido sem emissão de luz e
pouca emissão de calor que se dissipa no meio ambiente.
Oxidação do Ferro Oxidação do papel Oxidação da maça
Motores de Combustão interna
39
MCI IS– Combustão
Normal (velocidade da chama cm/s):
Chamada de COMBUSTÃO: Ocorre com emissão de luz e calor (chama), que é
perceptível pelo ser humano.
Combustão da madeira Combustão de gasolina Combustão do GLP
Motores de Combustão interna
40
MCI IS– Combustão
Reação é rápida (velocidade da chama m/s):
Chama de DEFLAGRAÇÃO; combustão que
ocorre quando a velocidade de propagação da
frente da chama é menor do que a da som.
Pólvora
Motores de Combustão interna
41
MCI IS– Combustão
Reação muito rápida (velocidade da chama km/s):
Chamada de DETONAÇÃO: combustão que
ocorre quando a velocidade de propagação da
frente da chama é maior do que a da som
velocidades de quilômetros por segundo são
atingidas. Ondas de pressão de até 100 vezes a
pressão inicial.
Explosivos
Motores de Combustão interna
42
MCI IS– Combustão
Triangulo de Fogo
Motores de Combustão interna
43
MCI IS– Combustão
Pode ser o Oxigênio, ou, também, qualquer outro material gasoso que contenha Oxigênio.
Como o ar, por exemplo, que contém Oxigênio
Oxigênio Ar Nitrato de sódio Clorato de Potássio
Motores de Combustão interna
44
MCI IS– Combustão
Composição do ar seco, troposfera baixa (até 11 km)
Motores de Combustão interna
45
MCI IS– Combustão
Composição simplificada do ar seco, troposfera baixa (até 11 km)
Desta forma, a composição estequiométrica do ar é escrita como: (O2 + 3,76 N2).
46
Qualquer substância capaz de reagir rapidamente com oxigênio. Isso só acontece na
fase de gás ou vapor.
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão
47
A maior parte dos combustíveis fósseis são hidrocarbonetos, e as composições típicas são
Composição típica de alguns combustíveis
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão
48
Estequiometria é o cálculo que permite relacionar quantidades de reagentes e produtos, que
participam de uma reação química com o auxílio das equações químicas correspondentes.
C + O2 = CO2
CH4 + 2O2 = CO2 + 2H2O
CH4 + O2 = ?
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão
49
CH4 + 2O2 = CO2 + 2H2O
16 kg de CH4 64 kg de oxigênio
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - Ar/combustível
50
CH4 + 2(O2+ 3,76 N2 )= CO2 + 2H2O + 7,52 N2
16 kg de CH4 274,56 kg de Ar
RAC= 17,16: 1
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - Ar/combustível
51
Exemplo 1
Determine a proporção estequiométrica de ar/combustível para o propano C3H8
C3H8 + 5(O2+ 3,76 N2 ) = 3CO2 + 4H2O + 18,8 N2
44 kg de C3H8 686,4 kg de Ar
RAC= 15,6: 1
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - Ar/combustível
52
A relação Ar/Combustível ou Combustível/Ar admitida em um motor, para uma determinada condição de
funcionamento pode ser expressa da seguinte forma:
𝜑 =
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑅𝑒𝑎𝑙
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝐸𝑠𝑡𝑒
𝜆 =
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑅𝑒𝑎𝑙
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑒𝑠𝑡𝑒
𝜆 =
1
𝜑
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - ɸ e λ
53
𝜑 = 1 para uma mistura estequiométrica
𝜑 < 1 para uma mistura com excesso de ar ou
mistura pobre (em combustível)
𝜑 > 1 para um mistura com excesso de
combustível ou mistura rica.
𝜆= 1 para uma mistura estequiométrica
𝜆 > 1 para uma mistura com excesso de ar ou
mistura pobre (em combustível)
𝜆 < 1 para um mistura com excesso de
combustível ou mistura rica
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - ɸ e λ
54
Uma mistura somente queimará se a concentração do combustível estiver entre os limites inferior e superior
de inflamabilidade, que chamaremos LI e LS, respectivamente.
O LI é a mínima concentração de combustível que, misturada ao oxigênio ou ar atmosférico, é capaz de
provocar a combustão, a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de combustível abaixo
do LI não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do
produto para a queima.
O LS é a máxima concentração de combustível que misturada ao oxigênio ou ar atmosférico é capaz de
provocar a combustão, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de combustível acima do LS não são
combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de combustível e pequena quantidade de oxigênio para
que a combustão ocorra
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - Limites de inflamabilidade
55
Motores de Combustão interna
MCI IS– Combustão - Limites de inflamabilidade
56
Motores de Combustão interna
MCI IS – Processo de Combustão
Os motores SI geralmente tem uma
combustão de chama pré-misturada, onde
existe uma propagação da frente da chama
em direção aos reagentes, separando assim
os reagentes dos produtos da combustão.
57
Motores de Combustão interna
MCI IS – Processo de Combustão
O processo da combustão não é
instantâneo. Uma vez iniciado, a chama se
propaga por condução, difusão, radiação
e convecção de calor, promovendo assim o
aquecimento e ignição da porção de
mistura não queimada. Desta forma, a
condução e a difusão de calor da mistura
queimada para a mistura fresca exercem
um papel preponderante no processo de
combustão.
58
Motores de Combustão interna
MCI IS – Processo de Combustão
Desenvolvimento da chama, AB O início da
combustão da mistura é determinado pelo
momento onde se torna possível identificar
o início do aumento de pressão, o que não
acontece instantaneamente. O retardo de
ignição deve-se ao tempo necessário para
que as reações de oxidação do combustível
aconteçam quando este está submetido a
altas temperaturas. Depois de um tempo, a
velocidade destas reações aumenta de tal
forma que é possível identificar o processo
de combustão.
59
Motores de Combustão interna
MCI IS – Processo de Combustão
Propagação da chama, BC – O início deste
estágio coincide com o momento onde é
possível identificar o início do aumento da
pressão. Neste estágio, a velocidade de
propagação da frente de chama é rápida e
praticamente constante. A turbulência
induzida no cilindro faz com que a
velocidade de propagação da chama seja
cerca de 10 vezes maior do que a
velocidade da chama laminar através de
uma mistura estática.
60
Motores de Combustão interna
MCI IS – Processo de Combustão
Extinção da chama, CD – Esta etapa tem
seu início no instante em que a pressão
atinge seu valor máximo, no ponto C, sendo
caracterizada por uma continua redução da
pressão. Devido à proximidade das paredes
da câmara de combustão, a mistura que
ainda não foi queimada o faz a uma taxa
muito reduzida. Perto das paredes, a
turbulência e os movimentos da mistura de
gás são reduzidos, e há uma camada limite
estagnada.
61
Motores de Combustão interna
MCI IS – Avanço de Ignição
A combustão é realizada em um período
finito de tempo, sendo iniciada alguns graus
antes do pistão atingir o PMS. O avanço de
ignição visa proporcionar o tempo
necessário para que a combustão se inicie e
se desenvolva de tal forma que o pico de
pressão resultante desse processo ocorra
poucos graus depois do pistão iniciar seu
movimento descendente.
62
Motores de Combustão interna
MCI IS – Avanço de Ignição
63
Motores de Combustão interna
MCI IS – Avanço de Ignição
64
Motores de Combustão interna
MCI IS – Avanço de Ignição
65
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Bobina
O enrolamento primário de baixa tensão
possui algumas centenas de expirais,
enquanto o secundário possui milhares
A corrente criada no entorno do
núcleo induz uma tensão elevada
o suficiente para a geração da
centelha
Centelha
66
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Cabos de vela
A energia é transferida do terminal 4 da
bobina até a vela de ignição através de
cabos capazes de isolar tensões da ordem
de 40 kV.
67
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Velas de ignição
68
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Velas de ignição
Normal - O pé do isolador apresenta-se amarelo-cinza ou marrom claro.
Motor em boas condições - índice térmico da vela correto.
Fuliginosa (carbonização seca) - O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da
vela ficam cobertos por uma camada fosca de fuligem preto-aveludada seca. A
principal causa é a mistura rica de ar/combustível.
69
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Velas de ignição
Resíduos ou impurezas - Camada cinza grossa no pé do isolador, na camada
de aspiração e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e cheia de escórias. As
causas são aditivos do óleo e do combustível que deixam resíduos na câmara
de combustão e na própria vela.
Superaquecimento - Eletrodo central fundido parcialmente. Combustão por
incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na
câmara de combustão em decorrência de uso de vela muito quente
70
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Mecânico
1- Bateria
2- Chave de ignição
3- Bobina de ignição
4- Primário da bobina
5- Secundário da bobina
6- Platinado
7- Came do distribuidor
8- Distribuidor
9- Rotor
10- Vela de ignição
71
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura - Mecânico
• A simplicidade construtiva e o número reduzido de componentes são suas principais
vantagens;
• Por outro lado, sendo o platinado um contato mecânico, possui vida útil reduzida e alta
susceptibilidade a diferentes métodos de regulagem.
• Outra desvantagem é o fato do tempo de permanência ser gerado por meio de sistema
mecânico tipo came-seguidor sincronizado com o eixo de manivelas. À medida que a
velocidade do motor aumenta, esse tempo tende a se contrair influenciando diretamente
na energia induzida no secundário da bobina.
Vantagens e desvantagens
72
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
A – Bobina
B – Velas de ignição
C – ECU
D – Chave de controle
E – Bateria
F, G – Sensores de
referência
73
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
Ignição por centelha perdida
74
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
75
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
Ignição sequencial
• São caracterizados pela utilização de uma bobina exclusiva para cada
cilindro do motor;
• A característica de sincronismo deve-se ao fato do sistema de
controle de ignição induzir a centelha apenas na bobina do cilindro
no final do tempo de compressão.
76
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
77
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
A curva de avanço de ignição dos distribuidores
convencionais foi substituída por um sistema de
controle eletrônico capaz de reconhecer a condição
instantânea de funcionamento do MCI e, em
função de dados obtidos durante a calibração do
motor em bancada, definir o melhor ângulo de
avanço de ignição para essa condição.
A otimização do ângulo de avanço utiliza como
parâmetro limitante a ocorrência do fenômeno de
detonação (faixa escura do gráfico) ou o alcance
do maior torque observado durante o ensaio
dinamométrico (Maximum Brake Torque – MBT).
78
Motores de Combustão interna
MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
Conteúdo da Matéria
1. Motores de ignição por compressão
79
2. Ciclo padrão a ar
3. Ciclo Real
4. Processo de combustão
5. Ignição da mistura
6. Sistema de injeção de Diesel
7. Principais diferencia entres os SI e CI
8. Conceitos dos MCI
Motores de Combustão interna
80
Nesses motores, o pistão comprime somente ar,
até que o mesmo atinja uma temperatura
suficientemente elevada.
Quando o pistão aproxima-se do PMS, injeta-se
o combustível que reage espontaneamente com
o oxigênio presente no ar quente, sem a
necessidade de uma faísca. A temperatura do ar
necessária para que aconteça a reação
MCI de Ignição por Compressão
Motores de Combustão interna
81
MCI IC– Ciclo Padrão a Ar
1 – O fluido ativo é ar;
2 – O ar é um gás perfeito, ideal;
3 – Não há admissão nem escape;
4 – Os processos de compressão e expansão são isentrópicos ;
5 – A combustão é substituída por um fornecimento de calor ao fluido a partir de uma
fonte quente;
6 – Para voltar às condições iniciais, será retirado calor por uma fonte fria, num
processo isocórico;
7 – Todos os processos são considerados reversíveis;
As hipóteses são as seguintes:
Motores de Combustão interna
82
MCI IC– Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
83
MCI IC– Ciclo Padrão a Ar
1–2: Compressão isentrópica: O pistão
sobe comprimindo o ar. Dada a velocidade
do processo, assume-se que o ar não tem
possibilidade de trocar calor com o
ambiente, portanto, o processo é
adiabático. Ele é modelado como a curva
adiabática reversível A → B, embora na
realidade não seja por causa da presença de
fatores irreversíveis, como o atrito.
Motores de Combustão interna
84
MCI IC– Ciclo Padrão a Ar
2–3: Fornecimento do calor Q2_3 Um pouco antes de
o pistão atingir seu ponto mais alto e continuar até um
pouco depois de começar a baixar, é injetado o
combustível para dentro da câmara. Sendo mais longo
que a combustão no ciclo Otto, este passo é modelado
como uma adição de calor de pressão constante. Este
é o único passo em que o ciclo Diesel difere do Otto.
Motores de Combustão interna
85
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
3–4: Expansão Isentrópica. A área 3-4-V1-V2 é o
trabalho positivo de expansão (Wexp) .
Motores de Combustão interna
86
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
4–1: Retirada do calor do sistema Q4_1. Simula o calor
rejeitado nos gases ao "abrir a válvula de escape",
imaginando-se uma queda brusca da pressão. No diagrama
T-S a área 4-1-S1 -S4 é proporcional ao calor rejeitado.
Motores de Combustão interna
87
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
88
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
89
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
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MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
91
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
92
MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
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MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
Motores de Combustão interna
94
MCI IC– Ciclo Padrão a Ar
para uma mesma taxa de compressão, a
eficiência térmica do ciclo Otto é sempre
maior que o do ciclo Diesel. Isso significa
que a combustão a volume constante é
mais eficiente que a combustão a pressão
constante.
Motores de Combustão interna
95
MCI IC– Ciclo Real
Entre os ciclos Diesel real e teórico
existem, como no caso Otto, diferenças
na forma e nos valores de pressões e
temperaturas.
Algumas dessas diferenças correspondem
às do ciclo Otto; por exemplo, aqueles
devido à variação de calores específicos.
para a perda de calor e o tempo de
abertura da válvula de escape.
Motores de Combustão interna
96
MCI IC– Ciclo Real
Combustão de pressão constante:
Como visto no diagrama indicado, na
prática a combustão ocorre sob tais
condições, que a pressão varia durante o
processo, enquanto no ciclo teórico é
assumido que ela permaneceu constante.
Motores de Combustão interna
97
MCI IC– Ciclo Real
Dissociação de produtos de combustão:
No motor SI, a dissociação não tem um
efeito tão importante quanto no motor IC,
pois o excesso de ar e a mistura dos
produtos da combustão são tais que
reduzem a temperatura máxima e,
consequentemente, também a dissociação
dos referidos produtos.
Motores de Combustão interna
98
MCI IC– Ciclo Real
Perda por bombeamento: As perdas por
bombeamento são inferiores às que ocorrem no
ciclo Otto, já que não há estrangulamento no ar
de aspiração; Nos motores CI não há válvula
de borboleta, característica dos motores SI,
equipados com um carburador. Portanto, a área
superficial negativa do ciclo real do diesel é
menor que a do ciclo Otto.
99
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
O processo de combustão é
predominantemente uma difusão de
chama instável e turbulenta, onde o
combustível se encontra inicialmente em
fase liquida.
100
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
A combustão de pré-misturada é
caracterizada por se concentrar em uma
região no espaço que pode se propagar, ou
não.
101
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
A chama difusa os reagentes estão
inicialmente separados e a combustão
ocorre apenas na região onde o
combustível se mistura com o comburente.
102
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
Período do atraso da
ignição: ocorre desde o
início da injeção até o
início da combustão,
sendo constituído de duas
fases: o atraso físico e o
atraso químico.
103
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
Período da combustão pré-
misturada: também conhecido
como período da combustão rápida,
estende-se do início da combustão
até o ponto de máxima pressão do
ciclo. É caracterizado pela elevação
brusca de pressão que é ocasionada
pela queima da parcela do
combustível injetado que já formou
mistura com o ar.
104
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
Período da combustão difusiva:
também conhecido como período
da combustão controlada, ocorre
logo após o período da combustão
pré-misturada. A quantidade de
combustível injetado que ainda não
formou uma mistura apropriada
com o ar até o momento da ignição
vai sendo consumida de forma mais
lenta durante a combustão.
105
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
Final da Combustão: Período em
que os focos de ignição vão se
extinguindo
106
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
Parte do combustível não encontra
o oxigênio necessário para a
combustão e, portanto, passa
através do cilindro sem queimar, o
que ocorre especialmente em
motores que operam com pouco
excesso de ar ou parcialmente
injetores entupido.
107
Motores de Combustão interna
MCI IC – Processo de Combustão
Quando o atraso de ignição é muito
longo, pode acontecer de tanto
combustível se acumular que o
aumento de pressão é quase
instantâneo. Sob estas condições,
grandes variações de pressão e
vibrações violentas ocorrem na
massa de gás
108
Motores de Combustão interna
MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição
Efeito da Pulverização: As
condições ótimas de pulverização
são aquelas de diâmetro mínimo
das gotas e número máximo de
gotas de diâmetro mínimo.
109
Motores de Combustão interna
MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição
Efeito da turbulência do ar: À medida
que a velocidade do motor aumenta, a
turbulência aumenta, mas o aumento da
turbulência aumenta a perda de calor
através das paredes da câmara de
combustão e, como consequência, a
temperatura diminui.
110
Motores de Combustão interna
MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição
Razão volumétrica de compressão:
Aumentar razão volumétrica de
compressão aumenta a temperatura
final da mistura, como consequência,
existe uma diminuição do atraso de
ignição.
111
Motores de Combustão interna
MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição
Efeito da temperatura do ar na
entrada: Se a temperatura do ar na
entrada aumenta, o ar no cilindro
também aumenta e o atraso diminui.
112
Motores de Combustão interna
Diferencias entre os MCI SI e CI
Introdução do combustível: Na maioria
dos motores SI, o ar e o combustível são
introduzidos na câmara de combustão na
forma de uma mistura gasosa. Nos
motores CI, o ar é introduzido na câmara
de combustão através de dutos que vão
para a válvula de sucção, enquanto o
combustível é introduzido diretamente por
meio de um injetor.
113
Motores de Combustão interna
Diferencias entre os MCI SI e CI
Regulação do ar : Nos SI, a regulação da
quantidade de mistura introduzida é
obtida por meio de uma válvula borboleta.
Nos CI não há regulação da quantidade de
ar, mas apenas um regulamento, da
quantidade de combustível introduzida.
114
Motores de Combustão interna
Diferencias entre os MCI SI e CI
Inicio da combustão: O motor SI requer
um sistema de ignição para gerar uma
faísca na câmara de combustão entre os
eletrodos de uma vela de ignição, para
que a combustão possa começar. O motor
CI usa a alta temperatura e pressão
obtidas pela compressão do ar no cilindro
para iniciar a combustão quando o
combustível é injetado.
115
Motores de Combustão interna
Diferencias entre os MCI SI e CI
Razão volumétrica de compressão: O
valor da taxa de compressão nos motores
SI varia de 6 a 12, exceto em casos
excepcionais, enquanto nos motores CI
oscila entre 14 e 22.
116
Motores de Combustão interna
Diferencias entre os MCI SI e CI
Tipo de queima do combustível: os SI
tem uma queima do combustível chamada
como chama pre-misturada, em quanto os
CI apresenta uma queima principalmente
difusiva
117
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI
Trabalho do Ciclo (Wc): o trabalho do
ciclo é proporcional à área contida no
ciclo no diagrama p-V, isto é:
118
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI
PRESSÃO MÉDIA DO CICLO: Por
definição a pressão média do ciclo é uma
pressão que, se fosse aplicada
constantemente na cabeça do pistão, ao
longo de um curso, realizaria o mesmo
trabalho do ciclo.
119
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI
POTÊNCIA DO CICLO (Nc): A potência do
ciclo é o trabalho do ciclo (We) por unidade de
tempo. Pode ser determinada multiplicando o
trabalho do ciclo pelo número de vezes que é
realizado na unidade de tempo, isto é, a
frequência de realização do ciclo.
No caso dos motores, a frequência relaciona-se
com a rotação do eixo (n).
120
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI
Torque (T): Com o motor em funcionamento, obtém-
se um momento torçor médio positivo, popularmente
denominado torque.
Para medir o torque numa dada rotação é necessário
impor ao eixo um momento externo resistente de
mesmo valor que o produzido pelo motor. Caso
contrário, a rotação irá variar, aumentando ou
diminuindo na medida em que o momento torçor
resistente aplicado torna-se menor ou maior que o
produzido pelo motor (momento torçor motor).
121
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI – Tipo de Dinamômetros
Dinamômetro de Prony: O freio de Prony,
desenvolvido em 1821 pelo engenheiro
francês Gaspard Prony.
Ao apertar a cinta do freio sobre o rotor,
aplica-se uma força de atrito Fatr sobre o
mesmo de forma a obter uma situação de
equilíbrio dinâmico com w = constante.
122
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI – Dados indicados e de Eixo
Valores indicados: valores medidos na
câmara de combustão.
Valores de eixo: valores medidos no eixo do
motor.
123
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI – Eficiência Mecânica
A relação entre potência medida no dinamômetro e a potência indicada é
chamada de eficiência mecânica.
𝜂𝑚 =
𝑁𝑒
𝑁𝑖
= 1 −
𝑁𝑎
𝑁𝑖
124
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI – Consumo Especifico
O consumo específico representa o
consumo mássico de combustível por
unidade de trabalho de saída. É um
indicador utilizado na observação do
comportamento de MCI em diferentes
regimes de funcionamento (rotação e
carga) e na comparação de diferentes
combustíveis.
125
Motores de Combustão interna
Conceitos sobre os MCI – Exemplos
Um motor de 6 cilindros e 4 tempos, com diâmetro de 89 mm e curso de 95 mm, foi
testado num dinamômetro elétrico cujo braço mede 0,716 m. O ensaio a 3.300 rpm indicou
na balança 27,3 kgf (268 N).
Após o teste, o motor de combustão interna foi acionado pelo dinamômetro, mantendo as
mesmas condições e a mesma rotação anterior, sendo a leitura na balança 11 kgf (108 N).
Pede-se:
a) A potência efetiva;
b) A potência de atrito;
c) O rendimento mecânico;
d) Deslocamento volumétrico;
e) A pressão média efetiva eixo;
f) A pressão média indicada.
126
Matéria da Prova
Compressores
• Tipos de compressores
• Compressão ideal e compressão real
• Compressão de múltiplos estágios
• Controle de pressão e fluxo mássico nos
compressores.
Referencia: SINGH, Onkar. Applied
thermodynamics. New Age International,
2003. – capitulo 16.
127
Matéria da Prova
Motores de combustão interna
• Tipos de motores
• Componentes e subsistemas
• Ciclo ideal e teórico do SI e CI
• Teoria de combustão estequiometria
• Fases da combustão dos SI e CI
• Formação da mistura e ignição dos SI e CI
• Diferenças entre SI e CI
• Parâmetros de desempenho dos MCI
Referencia: BRUNETTI, Franco. Motores de
combustão interna. São Paulo: Blucher, 2012,
vol. 2013, no 2.– capitulo 1-2-3-7-8-9-10.
Obrigado !
Carlos Eduardo Castilla Alvarez
carlos.alvarez@deg.ufla.br
128

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Motores Térmicos e Ciclos

  • 1. Maquinas Térmicas Motores de Combustão Interna SI e CI Carlos Eduardo Castilla Alvarez 1
  • 2. Conteúdo da Matéria 1. Motores de ignição por centelha 2 2. Nomenclatura 3. Ciclo padrão a ar 4. Ciclo Real 5. Combustão 6. Processo de combustão 7. Avanço de ignição 8. Formação da mistura 9. Ignição da mistura
  • 3. Motores de Combustão interna 3 Nesses motores, a mistura combustível-ar é admitida, previamente dosada ou formada no interior dos cilindros quando há injeção direta de combustível (GDI) Gasoline Direct Injection, e inflamada por uma centelha que ocorre entre os eletrodos de uma vela. MCI de Ignição por Centelha
  • 4. Motores de Combustão interna 4 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura PMS: Ponto Morto Superior - é a posição na qual o pistão está o mais próximo possível do cabeçote. PMI: Ponto Morto Inferior - é a posição na qual o pistão está o mais afastado possível do cabeçote. S: Curso do pistão - é a distância percorrida pelo pistão quando se desloca de um ponto morto para outro (do PMS ao PMI) ou vice- versa.
  • 5. Motores de Combustão interna 5 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura V1: Volume total - é o volume compreendido entre a cabeça do pistão e o cabeçote, quando o pistão está no PMI. V2: Volume morto ou volume da câmara de combustão - é o volume compreendido entre a cabeça do pistão e o cabeçote, quando o pistão está no PMS (também indicado com Vm). Vdu: volume deslocado útil ou deslocamento volumétrico, é o volume deslocado pelo pistão de um ponto morto a outro.
  • 6. Motores de Combustão interna 6 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura z: Número de cilindros do motor. D: Diâmetro dos cilindros do motor. Vd: Volume deslocado do motor, deslocamento volumétrico do motor. rv: Razão volumétrica de compressão – é a relação entre o volume total (V1) e o volume morto (V2), e representa em quantas vezes V1 é reduzido.
  • 7. Motores de Combustão interna 7 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
  • 8. Motores de Combustão interna 8 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura V.E.: válvula de escapamento. V.A.: válvula de admissão. r: raio da manivela. n: frequência da árvore de manivelas. ϖ: velocidade angular da árvore de manivelas. Vp: velocidade média do pistão.
  • 9. Motores de Combustão interna 9 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura
  • 10. Motores de Combustão interna 10 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura α = ângulo formado entre a manivela e um eixo vertical de referência. α = 0°, quando o pistão está no PMS. α = 180°, quando o pistão está no PMI.
  • 11. Motores de Combustão interna 11 MCI de Ignição por Centelha - Nomenclatura L: comprimento da biela. x: distância para o pistão atingir o PMS.
  • 12. Motores de Combustão interna 12 MCI de Ignição por Centelha - Exemplo O motor da Ferrari F1 – 2.000 possui 10 cilindros montados em V, 40 válvulas, Deslocamento volumétrico de 2.997 cm³ e potência de 574 kW (770 HP). Sendo este um motor de 4T, diâmetro dos cilindros 96 mm, raio do virabrequim de 4,5 cm; o volume da câmara de combustão é de 25 cm3 e rotação de 14.500 rpm. Pede-se, determinar: a) O curso (mm); b) O deslocamento Volumétrico por Cilindro (m3 ); c) A razão volumétrica de compressão; d) A velocidade média do pistão (m/s); e) A velocidade angular da árvore comando de válvulas (rad/s); f) Se na rotação dada, a combustão se realiza em 25o, qual o tempo de duração da combustão (s)?; g) O número de vezes que a válvula de escape abre em 1 minuto.
  • 13. Motores de Combustão interna 13 MCI de Ignição por Centelha – Dados O motor da Ferrari F1 – 2.000 possui 10 cilindros montados em V, 40 válvulas, Deslocamento volumétrico de 2.997 cm³ e potência de 574 kW (770 HP). Sendo este um motor de 4T, diâmetro dos cilindros 96 mm, raio do virabrequim de 4,5 cm; volume da câmara de combustão de 25 cm3 e rotação de 14.500 rpm. Pede-se, determinar: a) z=10; b) Vd= 2997 cm³ c) D= 93 mm; d) r=4,5 cm; e) V2= 70,5 cm³; f) n= 14.500 rpm;
  • 14. Motores de Combustão interna 14 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar Para facilitar o estudo e para poder tirar conclusões qualitativas e, às vezes, até quantitativas, associa-se a cada ciclo real um ciclo-padrão, dentro de algumas hipóteses simplificadoras que, de alguma forma, tenham semelhança com o ciclo real correspondente e permita uma aplicação da Termodinâmica.
  • 15. Motores de Combustão interna 15 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar 1 – O fluido ativo é ar; 2 – O ar é um gás perfeito, ideal; 3 – Não há admissão nem escape; 4 – Os processos de compressão e expansão são isentrópicos ; 5 – A combustão é substituída por um fornecimento de calor ao fluido a partir de uma fonte quente; 6 – Para voltar às condições iniciais, será retirado calor por uma fonte fria, num processo isocórico; 7 – Todos os processos são considerados reversíveis; As hipóteses são as seguintes:
  • 16. Motores de Combustão interna 16 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 17. Motores de Combustão interna 17 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar As propriedades termodinâmicas podem ser classificadas em dois tipos: a) Propriedades extensivas: são as que dependem da quantidade de matéria do sistema. Ex.: m: massa; V: volume; U: energia interna; H: entalpia e S: entropia. b) Propriedades intensivas: são as que não dependem da quantidade de matéria do sistema. Ex: p: pressão; T: temperatura.
  • 18. Motores de Combustão interna 18 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 19. Motores de Combustão interna 19 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar 1–2: Compressão isentrópica: no diagrama p-V é uma curva cuja expressão é P • Vk = cte (onde k é a razão entre os calores específicos Cp e Cv do fluido ativo), enquanto que no T-S é uma vertical.
  • 20. Motores de Combustão interna 20 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar 2–3: Fornecimento do calor Q2_3 num processo considerado isocórico que simula o calor liberado na combustão, admitindo-se que seja totalmente fornecido quando o pistão se encontra no PMS. No T-S a área 2- 3-S4-S1 é proporcional ao calor fornecido ao sistema e, portanto, positivo.
  • 21. Motores de Combustão interna 21 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar 3–4: Expansão Isentrópica. A área 3-4-V1-V2 é o trabalho positivo de expansão (Wexp) .
  • 22. Motores de Combustão interna 22 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar 4–1: Retirada do calor do sistema Q4_1. Simula o calor rejeitado nos gases ao "abrir a válvula de escape", imaginando-se uma queda brusca da pressão. No diagrama T-S a área 4-1-S1 -S4 é proporcional ao calor rejeitado.
  • 23. Motores de Combustão interna 23 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 24. Motores de Combustão interna 24 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 25. Motores de Combustão interna 25 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 26. Motores de Combustão interna 26 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 27. Motores de Combustão interna 27 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 28. Motores de Combustão interna 28 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 29. Motores de Combustão interna 29 MCI IS– Ciclo Padrão a Ar
  • 30. Motores de Combustão interna 30 MCI IS– Ciclo Real Apesar da melhoria dos valores obtidos com os diagramas para misturas e produtos de combustão, os diagramas teóricos ainda apresentam certo afastamento dos valores reais.
  • 31. Motores de Combustão interna 31 MCI IS– Ciclo Real Admissão e escape: Esses processos não comparecem no ciclo teórico, e a área compreendida entre os dois se constitui num trabalho negativo utilizado para a troca do fluido no cilindro. Esse trabalho de "bombeamento" é normalmente englobado no trabalho perdido por causa dos atritos.
  • 32. Motores de Combustão interna 32 MCI IS– Ciclo Real Perdas de calor: No ciclo teórico os processos de compressão e expansão são considerados isoentrópicos, enquanto no ciclo real as perdas de calor são sensíveis. Na compressão a diferença entre a isoentrópica e o processo real não é tão grande, mas na expansão, quando o gradiente de temperatura entre o cilindro e o meio é muito grande, a troca de calor será muito grande e, portanto, os dois processos irão se afastar sensivelmente.
  • 33. Motores de Combustão interna 33 MCI IS– Ciclo Real Perda por tempo finito de combustão: No ciclo teórico a combustão é considerada instantânea, já que o processo é considerado isocórico. Na prática, a combustão leva um tempo não desprezível em relação à velocidade do pistão. Por causa disso, a faísca deve ser dada antes do PMS, e a expansão se inicia antes de a combustão alcançar a máxima pressão possível.
  • 34. Motores de Combustão interna 34 MCI IS– Ciclo Real Perdas pelo tempo finito de abertura da válvula de escape: No ciclo teórico, o escape foi substituído por uma expansão isocórica, na qual se cedia calor para um reservatório frio. No ciclo real, na válvula de escape, o tempo para o processo de saída dos gases sob pressão é finito, por isso, deve-se abrir a válvula com certa antecedência.
  • 35. Motores de Combustão interna 35 MCI IS– Ciclo Real Estima-se que o trabalho do ciclo real seja da ordem de 80% do trabalho realizado no ciclo padrão-ar correspondente Cerca de 60% devidos às perdas de calor; Cerca de 30% devidos ao tempo finito de combustão; Cerca de 10% devidos à abertura da válvula de escape.
  • 36. Motores de Combustão interna 36 MCI IS– Combustão Os processos de combustão são reações químicas que envolvem a oxidação de um combustível.
  • 37. Motores de Combustão interna 37 MCI IS– Combustão As reações químicas são processos pelos quais um tipo de matéria se transforma em outro. C + O2 = CO2
  • 38. Motores de Combustão interna 38 MCI IS– Combustão Reação lenta Chamada Oxidação. não há aumento de temperatura. É produzido sem emissão de luz e pouca emissão de calor que se dissipa no meio ambiente. Oxidação do Ferro Oxidação do papel Oxidação da maça
  • 39. Motores de Combustão interna 39 MCI IS– Combustão Normal (velocidade da chama cm/s): Chamada de COMBUSTÃO: Ocorre com emissão de luz e calor (chama), que é perceptível pelo ser humano. Combustão da madeira Combustão de gasolina Combustão do GLP
  • 40. Motores de Combustão interna 40 MCI IS– Combustão Reação é rápida (velocidade da chama m/s): Chama de DEFLAGRAÇÃO; combustão que ocorre quando a velocidade de propagação da frente da chama é menor do que a da som. Pólvora
  • 41. Motores de Combustão interna 41 MCI IS– Combustão Reação muito rápida (velocidade da chama km/s): Chamada de DETONAÇÃO: combustão que ocorre quando a velocidade de propagação da frente da chama é maior do que a da som velocidades de quilômetros por segundo são atingidas. Ondas de pressão de até 100 vezes a pressão inicial. Explosivos
  • 42. Motores de Combustão interna 42 MCI IS– Combustão Triangulo de Fogo
  • 43. Motores de Combustão interna 43 MCI IS– Combustão Pode ser o Oxigênio, ou, também, qualquer outro material gasoso que contenha Oxigênio. Como o ar, por exemplo, que contém Oxigênio Oxigênio Ar Nitrato de sódio Clorato de Potássio
  • 44. Motores de Combustão interna 44 MCI IS– Combustão Composição do ar seco, troposfera baixa (até 11 km)
  • 45. Motores de Combustão interna 45 MCI IS– Combustão Composição simplificada do ar seco, troposfera baixa (até 11 km) Desta forma, a composição estequiométrica do ar é escrita como: (O2 + 3,76 N2).
  • 46. 46 Qualquer substância capaz de reagir rapidamente com oxigênio. Isso só acontece na fase de gás ou vapor. Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão
  • 47. 47 A maior parte dos combustíveis fósseis são hidrocarbonetos, e as composições típicas são Composição típica de alguns combustíveis Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão
  • 48. 48 Estequiometria é o cálculo que permite relacionar quantidades de reagentes e produtos, que participam de uma reação química com o auxílio das equações químicas correspondentes. C + O2 = CO2 CH4 + 2O2 = CO2 + 2H2O CH4 + O2 = ? Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão
  • 49. 49 CH4 + 2O2 = CO2 + 2H2O 16 kg de CH4 64 kg de oxigênio Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - Ar/combustível
  • 50. 50 CH4 + 2(O2+ 3,76 N2 )= CO2 + 2H2O + 7,52 N2 16 kg de CH4 274,56 kg de Ar RAC= 17,16: 1 Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - Ar/combustível
  • 51. 51 Exemplo 1 Determine a proporção estequiométrica de ar/combustível para o propano C3H8 C3H8 + 5(O2+ 3,76 N2 ) = 3CO2 + 4H2O + 18,8 N2 44 kg de C3H8 686,4 kg de Ar RAC= 15,6: 1 Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - Ar/combustível
  • 52. 52 A relação Ar/Combustível ou Combustível/Ar admitida em um motor, para uma determinada condição de funcionamento pode ser expressa da seguinte forma: 𝜑 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝐸𝑠𝑡𝑒 𝜆 = 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝜆 = 1 𝜑 Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - ɸ e λ
  • 53. 53 𝜑 = 1 para uma mistura estequiométrica 𝜑 < 1 para uma mistura com excesso de ar ou mistura pobre (em combustível) 𝜑 > 1 para um mistura com excesso de combustível ou mistura rica. 𝜆= 1 para uma mistura estequiométrica 𝜆 > 1 para uma mistura com excesso de ar ou mistura pobre (em combustível) 𝜆 < 1 para um mistura com excesso de combustível ou mistura rica Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - ɸ e λ
  • 54. 54 Uma mistura somente queimará se a concentração do combustível estiver entre os limites inferior e superior de inflamabilidade, que chamaremos LI e LS, respectivamente. O LI é a mínima concentração de combustível que, misturada ao oxigênio ou ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão, a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de combustível abaixo do LI não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima. O LS é a máxima concentração de combustível que misturada ao oxigênio ou ar atmosférico é capaz de provocar a combustão, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações de combustível acima do LS não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de combustível e pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - Limites de inflamabilidade
  • 55. 55 Motores de Combustão interna MCI IS– Combustão - Limites de inflamabilidade
  • 56. 56 Motores de Combustão interna MCI IS – Processo de Combustão Os motores SI geralmente tem uma combustão de chama pré-misturada, onde existe uma propagação da frente da chama em direção aos reagentes, separando assim os reagentes dos produtos da combustão.
  • 57. 57 Motores de Combustão interna MCI IS – Processo de Combustão O processo da combustão não é instantâneo. Uma vez iniciado, a chama se propaga por condução, difusão, radiação e convecção de calor, promovendo assim o aquecimento e ignição da porção de mistura não queimada. Desta forma, a condução e a difusão de calor da mistura queimada para a mistura fresca exercem um papel preponderante no processo de combustão.
  • 58. 58 Motores de Combustão interna MCI IS – Processo de Combustão Desenvolvimento da chama, AB O início da combustão da mistura é determinado pelo momento onde se torna possível identificar o início do aumento de pressão, o que não acontece instantaneamente. O retardo de ignição deve-se ao tempo necessário para que as reações de oxidação do combustível aconteçam quando este está submetido a altas temperaturas. Depois de um tempo, a velocidade destas reações aumenta de tal forma que é possível identificar o processo de combustão.
  • 59. 59 Motores de Combustão interna MCI IS – Processo de Combustão Propagação da chama, BC – O início deste estágio coincide com o momento onde é possível identificar o início do aumento da pressão. Neste estágio, a velocidade de propagação da frente de chama é rápida e praticamente constante. A turbulência induzida no cilindro faz com que a velocidade de propagação da chama seja cerca de 10 vezes maior do que a velocidade da chama laminar através de uma mistura estática.
  • 60. 60 Motores de Combustão interna MCI IS – Processo de Combustão Extinção da chama, CD – Esta etapa tem seu início no instante em que a pressão atinge seu valor máximo, no ponto C, sendo caracterizada por uma continua redução da pressão. Devido à proximidade das paredes da câmara de combustão, a mistura que ainda não foi queimada o faz a uma taxa muito reduzida. Perto das paredes, a turbulência e os movimentos da mistura de gás são reduzidos, e há uma camada limite estagnada.
  • 61. 61 Motores de Combustão interna MCI IS – Avanço de Ignição A combustão é realizada em um período finito de tempo, sendo iniciada alguns graus antes do pistão atingir o PMS. O avanço de ignição visa proporcionar o tempo necessário para que a combustão se inicie e se desenvolva de tal forma que o pico de pressão resultante desse processo ocorra poucos graus depois do pistão iniciar seu movimento descendente.
  • 62. 62 Motores de Combustão interna MCI IS – Avanço de Ignição
  • 63. 63 Motores de Combustão interna MCI IS – Avanço de Ignição
  • 64. 64 Motores de Combustão interna MCI IS – Avanço de Ignição
  • 65. 65 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Bobina O enrolamento primário de baixa tensão possui algumas centenas de expirais, enquanto o secundário possui milhares A corrente criada no entorno do núcleo induz uma tensão elevada o suficiente para a geração da centelha Centelha
  • 66. 66 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Cabos de vela A energia é transferida do terminal 4 da bobina até a vela de ignição através de cabos capazes de isolar tensões da ordem de 40 kV.
  • 67. 67 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Velas de ignição
  • 68. 68 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Velas de ignição Normal - O pé do isolador apresenta-se amarelo-cinza ou marrom claro. Motor em boas condições - índice térmico da vela correto. Fuliginosa (carbonização seca) - O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da vela ficam cobertos por uma camada fosca de fuligem preto-aveludada seca. A principal causa é a mistura rica de ar/combustível.
  • 69. 69 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Velas de ignição Resíduos ou impurezas - Camada cinza grossa no pé do isolador, na camada de aspiração e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e cheia de escórias. As causas são aditivos do óleo e do combustível que deixam resíduos na câmara de combustão e na própria vela. Superaquecimento - Eletrodo central fundido parcialmente. Combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência de uso de vela muito quente
  • 70. 70 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Mecânico 1- Bateria 2- Chave de ignição 3- Bobina de ignição 4- Primário da bobina 5- Secundário da bobina 6- Platinado 7- Came do distribuidor 8- Distribuidor 9- Rotor 10- Vela de ignição
  • 71. 71 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura - Mecânico • A simplicidade construtiva e o número reduzido de componentes são suas principais vantagens; • Por outro lado, sendo o platinado um contato mecânico, possui vida útil reduzida e alta susceptibilidade a diferentes métodos de regulagem. • Outra desvantagem é o fato do tempo de permanência ser gerado por meio de sistema mecânico tipo came-seguidor sincronizado com o eixo de manivelas. À medida que a velocidade do motor aumenta, esse tempo tende a se contrair influenciando diretamente na energia induzida no secundário da bobina. Vantagens e desvantagens
  • 72. 72 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico A – Bobina B – Velas de ignição C – ECU D – Chave de controle E – Bateria F, G – Sensores de referência
  • 73. 73 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico Ignição por centelha perdida
  • 74. 74 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
  • 75. 75 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico Ignição sequencial • São caracterizados pela utilização de uma bobina exclusiva para cada cilindro do motor; • A característica de sincronismo deve-se ao fato do sistema de controle de ignição induzir a centelha apenas na bobina do cilindro no final do tempo de compressão.
  • 76. 76 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
  • 77. 77 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico A curva de avanço de ignição dos distribuidores convencionais foi substituída por um sistema de controle eletrônico capaz de reconhecer a condição instantânea de funcionamento do MCI e, em função de dados obtidos durante a calibração do motor em bancada, definir o melhor ângulo de avanço de ignição para essa condição. A otimização do ângulo de avanço utiliza como parâmetro limitante a ocorrência do fenômeno de detonação (faixa escura do gráfico) ou o alcance do maior torque observado durante o ensaio dinamométrico (Maximum Brake Torque – MBT).
  • 78. 78 Motores de Combustão interna MCI IS – Ignição da Mistura – Eletrônico
  • 79. Conteúdo da Matéria 1. Motores de ignição por compressão 79 2. Ciclo padrão a ar 3. Ciclo Real 4. Processo de combustão 5. Ignição da mistura 6. Sistema de injeção de Diesel 7. Principais diferencia entres os SI e CI 8. Conceitos dos MCI
  • 80. Motores de Combustão interna 80 Nesses motores, o pistão comprime somente ar, até que o mesmo atinja uma temperatura suficientemente elevada. Quando o pistão aproxima-se do PMS, injeta-se o combustível que reage espontaneamente com o oxigênio presente no ar quente, sem a necessidade de uma faísca. A temperatura do ar necessária para que aconteça a reação MCI de Ignição por Compressão
  • 81. Motores de Combustão interna 81 MCI IC– Ciclo Padrão a Ar 1 – O fluido ativo é ar; 2 – O ar é um gás perfeito, ideal; 3 – Não há admissão nem escape; 4 – Os processos de compressão e expansão são isentrópicos ; 5 – A combustão é substituída por um fornecimento de calor ao fluido a partir de uma fonte quente; 6 – Para voltar às condições iniciais, será retirado calor por uma fonte fria, num processo isocórico; 7 – Todos os processos são considerados reversíveis; As hipóteses são as seguintes:
  • 82. Motores de Combustão interna 82 MCI IC– Ciclo Padrão a Ar
  • 83. Motores de Combustão interna 83 MCI IC– Ciclo Padrão a Ar 1–2: Compressão isentrópica: O pistão sobe comprimindo o ar. Dada a velocidade do processo, assume-se que o ar não tem possibilidade de trocar calor com o ambiente, portanto, o processo é adiabático. Ele é modelado como a curva adiabática reversível A → B, embora na realidade não seja por causa da presença de fatores irreversíveis, como o atrito.
  • 84. Motores de Combustão interna 84 MCI IC– Ciclo Padrão a Ar 2–3: Fornecimento do calor Q2_3 Um pouco antes de o pistão atingir seu ponto mais alto e continuar até um pouco depois de começar a baixar, é injetado o combustível para dentro da câmara. Sendo mais longo que a combustão no ciclo Otto, este passo é modelado como uma adição de calor de pressão constante. Este é o único passo em que o ciclo Diesel difere do Otto.
  • 85. Motores de Combustão interna 85 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar 3–4: Expansão Isentrópica. A área 3-4-V1-V2 é o trabalho positivo de expansão (Wexp) .
  • 86. Motores de Combustão interna 86 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar 4–1: Retirada do calor do sistema Q4_1. Simula o calor rejeitado nos gases ao "abrir a válvula de escape", imaginando-se uma queda brusca da pressão. No diagrama T-S a área 4-1-S1 -S4 é proporcional ao calor rejeitado.
  • 87. Motores de Combustão interna 87 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 88. Motores de Combustão interna 88 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 89. Motores de Combustão interna 89 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 90. Motores de Combustão interna 90 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 91. Motores de Combustão interna 91 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 92. Motores de Combustão interna 92 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 93. Motores de Combustão interna 93 MCI IC – Ciclo Padrão a Ar
  • 94. Motores de Combustão interna 94 MCI IC– Ciclo Padrão a Ar para uma mesma taxa de compressão, a eficiência térmica do ciclo Otto é sempre maior que o do ciclo Diesel. Isso significa que a combustão a volume constante é mais eficiente que a combustão a pressão constante.
  • 95. Motores de Combustão interna 95 MCI IC– Ciclo Real Entre os ciclos Diesel real e teórico existem, como no caso Otto, diferenças na forma e nos valores de pressões e temperaturas. Algumas dessas diferenças correspondem às do ciclo Otto; por exemplo, aqueles devido à variação de calores específicos. para a perda de calor e o tempo de abertura da válvula de escape.
  • 96. Motores de Combustão interna 96 MCI IC– Ciclo Real Combustão de pressão constante: Como visto no diagrama indicado, na prática a combustão ocorre sob tais condições, que a pressão varia durante o processo, enquanto no ciclo teórico é assumido que ela permaneceu constante.
  • 97. Motores de Combustão interna 97 MCI IC– Ciclo Real Dissociação de produtos de combustão: No motor SI, a dissociação não tem um efeito tão importante quanto no motor IC, pois o excesso de ar e a mistura dos produtos da combustão são tais que reduzem a temperatura máxima e, consequentemente, também a dissociação dos referidos produtos.
  • 98. Motores de Combustão interna 98 MCI IC– Ciclo Real Perda por bombeamento: As perdas por bombeamento são inferiores às que ocorrem no ciclo Otto, já que não há estrangulamento no ar de aspiração; Nos motores CI não há válvula de borboleta, característica dos motores SI, equipados com um carburador. Portanto, a área superficial negativa do ciclo real do diesel é menor que a do ciclo Otto.
  • 99. 99 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão O processo de combustão é predominantemente uma difusão de chama instável e turbulenta, onde o combustível se encontra inicialmente em fase liquida.
  • 100. 100 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão A combustão de pré-misturada é caracterizada por se concentrar em uma região no espaço que pode se propagar, ou não.
  • 101. 101 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão A chama difusa os reagentes estão inicialmente separados e a combustão ocorre apenas na região onde o combustível se mistura com o comburente.
  • 102. 102 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão Período do atraso da ignição: ocorre desde o início da injeção até o início da combustão, sendo constituído de duas fases: o atraso físico e o atraso químico.
  • 103. 103 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão Período da combustão pré- misturada: também conhecido como período da combustão rápida, estende-se do início da combustão até o ponto de máxima pressão do ciclo. É caracterizado pela elevação brusca de pressão que é ocasionada pela queima da parcela do combustível injetado que já formou mistura com o ar.
  • 104. 104 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão Período da combustão difusiva: também conhecido como período da combustão controlada, ocorre logo após o período da combustão pré-misturada. A quantidade de combustível injetado que ainda não formou uma mistura apropriada com o ar até o momento da ignição vai sendo consumida de forma mais lenta durante a combustão.
  • 105. 105 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão Final da Combustão: Período em que os focos de ignição vão se extinguindo
  • 106. 106 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão Parte do combustível não encontra o oxigênio necessário para a combustão e, portanto, passa através do cilindro sem queimar, o que ocorre especialmente em motores que operam com pouco excesso de ar ou parcialmente injetores entupido.
  • 107. 107 Motores de Combustão interna MCI IC – Processo de Combustão Quando o atraso de ignição é muito longo, pode acontecer de tanto combustível se acumular que o aumento de pressão é quase instantâneo. Sob estas condições, grandes variações de pressão e vibrações violentas ocorrem na massa de gás
  • 108. 108 Motores de Combustão interna MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição Efeito da Pulverização: As condições ótimas de pulverização são aquelas de diâmetro mínimo das gotas e número máximo de gotas de diâmetro mínimo.
  • 109. 109 Motores de Combustão interna MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição Efeito da turbulência do ar: À medida que a velocidade do motor aumenta, a turbulência aumenta, mas o aumento da turbulência aumenta a perda de calor através das paredes da câmara de combustão e, como consequência, a temperatura diminui.
  • 110. 110 Motores de Combustão interna MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição Razão volumétrica de compressão: Aumentar razão volumétrica de compressão aumenta a temperatura final da mistura, como consequência, existe uma diminuição do atraso de ignição.
  • 111. 111 Motores de Combustão interna MCI IC – Variáveis que influenciam o atraso de ignição Efeito da temperatura do ar na entrada: Se a temperatura do ar na entrada aumenta, o ar no cilindro também aumenta e o atraso diminui.
  • 112. 112 Motores de Combustão interna Diferencias entre os MCI SI e CI Introdução do combustível: Na maioria dos motores SI, o ar e o combustível são introduzidos na câmara de combustão na forma de uma mistura gasosa. Nos motores CI, o ar é introduzido na câmara de combustão através de dutos que vão para a válvula de sucção, enquanto o combustível é introduzido diretamente por meio de um injetor.
  • 113. 113 Motores de Combustão interna Diferencias entre os MCI SI e CI Regulação do ar : Nos SI, a regulação da quantidade de mistura introduzida é obtida por meio de uma válvula borboleta. Nos CI não há regulação da quantidade de ar, mas apenas um regulamento, da quantidade de combustível introduzida.
  • 114. 114 Motores de Combustão interna Diferencias entre os MCI SI e CI Inicio da combustão: O motor SI requer um sistema de ignição para gerar uma faísca na câmara de combustão entre os eletrodos de uma vela de ignição, para que a combustão possa começar. O motor CI usa a alta temperatura e pressão obtidas pela compressão do ar no cilindro para iniciar a combustão quando o combustível é injetado.
  • 115. 115 Motores de Combustão interna Diferencias entre os MCI SI e CI Razão volumétrica de compressão: O valor da taxa de compressão nos motores SI varia de 6 a 12, exceto em casos excepcionais, enquanto nos motores CI oscila entre 14 e 22.
  • 116. 116 Motores de Combustão interna Diferencias entre os MCI SI e CI Tipo de queima do combustível: os SI tem uma queima do combustível chamada como chama pre-misturada, em quanto os CI apresenta uma queima principalmente difusiva
  • 117. 117 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI Trabalho do Ciclo (Wc): o trabalho do ciclo é proporcional à área contida no ciclo no diagrama p-V, isto é:
  • 118. 118 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI PRESSÃO MÉDIA DO CICLO: Por definição a pressão média do ciclo é uma pressão que, se fosse aplicada constantemente na cabeça do pistão, ao longo de um curso, realizaria o mesmo trabalho do ciclo.
  • 119. 119 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI POTÊNCIA DO CICLO (Nc): A potência do ciclo é o trabalho do ciclo (We) por unidade de tempo. Pode ser determinada multiplicando o trabalho do ciclo pelo número de vezes que é realizado na unidade de tempo, isto é, a frequência de realização do ciclo. No caso dos motores, a frequência relaciona-se com a rotação do eixo (n).
  • 120. 120 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI Torque (T): Com o motor em funcionamento, obtém- se um momento torçor médio positivo, popularmente denominado torque. Para medir o torque numa dada rotação é necessário impor ao eixo um momento externo resistente de mesmo valor que o produzido pelo motor. Caso contrário, a rotação irá variar, aumentando ou diminuindo na medida em que o momento torçor resistente aplicado torna-se menor ou maior que o produzido pelo motor (momento torçor motor).
  • 121. 121 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI – Tipo de Dinamômetros Dinamômetro de Prony: O freio de Prony, desenvolvido em 1821 pelo engenheiro francês Gaspard Prony. Ao apertar a cinta do freio sobre o rotor, aplica-se uma força de atrito Fatr sobre o mesmo de forma a obter uma situação de equilíbrio dinâmico com w = constante.
  • 122. 122 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI – Dados indicados e de Eixo Valores indicados: valores medidos na câmara de combustão. Valores de eixo: valores medidos no eixo do motor.
  • 123. 123 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI – Eficiência Mecânica A relação entre potência medida no dinamômetro e a potência indicada é chamada de eficiência mecânica. 𝜂𝑚 = 𝑁𝑒 𝑁𝑖 = 1 − 𝑁𝑎 𝑁𝑖
  • 124. 124 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI – Consumo Especifico O consumo específico representa o consumo mássico de combustível por unidade de trabalho de saída. É um indicador utilizado na observação do comportamento de MCI em diferentes regimes de funcionamento (rotação e carga) e na comparação de diferentes combustíveis.
  • 125. 125 Motores de Combustão interna Conceitos sobre os MCI – Exemplos Um motor de 6 cilindros e 4 tempos, com diâmetro de 89 mm e curso de 95 mm, foi testado num dinamômetro elétrico cujo braço mede 0,716 m. O ensaio a 3.300 rpm indicou na balança 27,3 kgf (268 N). Após o teste, o motor de combustão interna foi acionado pelo dinamômetro, mantendo as mesmas condições e a mesma rotação anterior, sendo a leitura na balança 11 kgf (108 N). Pede-se: a) A potência efetiva; b) A potência de atrito; c) O rendimento mecânico; d) Deslocamento volumétrico; e) A pressão média efetiva eixo; f) A pressão média indicada.
  • 126. 126 Matéria da Prova Compressores • Tipos de compressores • Compressão ideal e compressão real • Compressão de múltiplos estágios • Controle de pressão e fluxo mássico nos compressores. Referencia: SINGH, Onkar. Applied thermodynamics. New Age International, 2003. – capitulo 16.
  • 127. 127 Matéria da Prova Motores de combustão interna • Tipos de motores • Componentes e subsistemas • Ciclo ideal e teórico do SI e CI • Teoria de combustão estequiometria • Fases da combustão dos SI e CI • Formação da mistura e ignição dos SI e CI • Diferenças entre SI e CI • Parâmetros de desempenho dos MCI Referencia: BRUNETTI, Franco. Motores de combustão interna. São Paulo: Blucher, 2012, vol. 2013, no 2.– capitulo 1-2-3-7-8-9-10.
  • 128. Obrigado ! Carlos Eduardo Castilla Alvarez carlos.alvarez@deg.ufla.br 128