Aula de Guilherme Teixeira no Curso Online "Direito e Mudanças Climáticas: Introdução e Atualidades", realizado pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), LACLIMA e PUC-Rio.
2. Nossos objetivos:
Entender mapa do financiamento climático internacional
• Destacar papel dos agentes econômicos
Conhecer avanços recentes e tendências, internacionais e nacionais
2
1
2
3
Qual o total de recursos destinados a projetos de
mitigação e adaptação climática no mundo em 2018?Quiz
Acesse www.menti.com e digite 38 92 78 ou scanneie o QRCode:
3. Já em 1992 a UNFCCC previa a existência de um mecanismo de financiamento
climático
“A mechanism for the provision of financial resources on a grant or concessional
basis, including for the transfer of technology, is hereby defined.” (Art. 11, UNFCCC)
4. Fundos climáticos internacionais foram criados e posteriormente se tornaram
instrumentos oficiais do Acordo de Paris
“the Financial Mechanism of the Convention, including its operating entities, shall
serve as the financial mechanism of this Agreement” (Art. 9.8, Acordo de Paris).
5. Os fundos climáticos são uma das principais fontes de recursos, mas ainda
aquém das expectativas
“the Financial Mechanism of the Convention, including its operating entities, shall
serve as the financial mechanism of this Agreement” (Art. 9.8, Acordo de Paris).
Fonte: GCF, fev/20
Qual o total de recursos destinados a projetos de
mitigação e adaptação climática no mundo em 2018?
Quiz
Acesse www.menti.com e digite 38 92 78 ou scanneie o QRCode:
6. Mas o financiamento climático está além disso
6
Fonte: Climate Policy Initiative
7. Porém, o financiamento climático vai muito além do mecanismo financeiro da UNFCC
7
Principais financiadores
climáticos:
Instituições financeiras de desenvolvimento
Multilaterais | Bilaterais | Nacionais e locais
Alguns exemplos:
8. Porém, o financiamento climático vai muito além do mecanismo financeiro da UNFCC
8
Destinação dos recursos:
MITIGAÇÃO:
• Geração e acesso à energia
limpa
• Transporte de baixo carbono
• Florestas e uso da terra
• Eficiência energética em
construções, cidades, indústrias,
instalações e equipamentos
ADAPTAÇÃO:
• Segurança hídrica, alimentar e
de saúde
• Subsistência de pessoas e
comunidades
• Manutenção de ecossistemas e
serviços ecossistêmicos
• Infraestrutura e ambiente
resilientes
10. Mas se olhamos em perspectiva...
PIB mundial
~ US$ 80 tri
Estimativa de financiamento
climático anual
~ US$ 0,5 tri
11. Há recursos para serem
“destravados”
Mas dependem da percepção
dos agentes econômicos
12. Risco
Oportunidade
-
+
Value-at-Risk = US$ 4,2 tri a US$ 43 tri, pelo
aumento de temperatura até 2100 (1)
(1) The Economist Intelligence Unit (2015) “The Cost of Inaction: Recognising the Value at Risk from Climate Change”
(2) OCDE (2017) “Investing in Climate, Investing in Growth“
Investimentos de infraestrutura necessários
para alinhamento a um cenário de 2ºC =
US$ 6.9 tri / ano, até 2030 (2)
16. 16
1. Precisamos considerar as evidências científicas
2. Os agentes econômicos têm capacidade de perceber as
mudanças climáticas e reagir
17. 17
As mudanças no clima representam uma série de riscos e oportunidades para o
desempenho econômico de empresas e instituições financeiras
Fonte: FEBRABAN/SITAWI, traduzido e adaptado de TCFD (2017)
18. Com foco em proteger a estabilidade do
sistema financeiro:
FSB organizou em 2015 uma força-tarefa com
foco em gerar recomendações para que
exista maior grau de informação sobre
impactos das mudanças climáticas nos
negócios
(1) Termo cunhado por Mark Carney, presidente
do Bank of England (2015)
Reguladores, instituições financeiras e
empresas começaram a reparar a Tragédia do
Horizonte (1)
• Há riscos climáticos que vão se materializar em um
prazo que é maior do que os horizontes considerados
pelas empresas para a tomada de decisão hoje
• Quando estes riscos se materializarem, o impacto
financeiro pode ter uma magnitude que dificultará
respostas
19. A TCFD gerou um conjunto de recomendações para as empresas e instituições
financeiras informarem ao mercado sobre seus riscos e oportunidades climáticas
19
Governança
Estratégia
Gestão de
Riscos
Métricas e
Metas
Divulgar a governança da organização em torno de
riscos e oportunidades relacionados ao clima.
Divulgar os impactos reais e potenciais dos riscos e
oportunidades relacionados ao clima nos negócios,
estratégia e planejamento financeiro da organização,
quando a informação for material.
Divulgar como a organização identifica, avalia e
gerencia os riscos relacionados ao clima.
Divulgar as métricas e metas usadas para
avaliar e gerenciar riscos e oportunidades
relacionados ao clima, onde essa informação
é material.
Dimensões Recomendações
20. A TCFD gerou um conjunto de recomendações para as empresas e instituições
financeiras informarem ao mercado sobre seus riscos e oportunidades climáticas
20
Divulgar a governança da organização em torno de
riscos e oportunidades relacionados ao clima.
Divulgar os impactos reais e potenciais dos riscos e
oportunidades relacionados ao clima nos negócios,
estratégia e planejamento financeiro da organização,
quando a informação for material.
Divulgar como a organização identifica, avalia e
gerencia os riscos relacionados ao clima.
Divulgar as métricas e metas usadas para
avaliar e gerenciar riscos e oportunidades
relacionados ao clima, onde essa informação
é material.
Dimensões Recomendações
Melhor gestão de riscos e
oportunidades climáticas
nas decisões de
investimento
Maior transparência na
divulgação de riscos e
oportunidades climáticas
do setor empresarial
A TCFD tem hoje mais de 2000
organizações apoiadoras
Governança
Estratégia
Gestão de
Riscos
Métricas e
Metas
21. Além da TCFD, há iniciativas do setor privado para descarbonização dos
investimentos
21
22. A descarbonização dos portfólios passa pelo direcionamento de recursos a negócios e projetos de
baixo carbono e resilientes, por meio da adaptação de instrumentos financeiros já existentes
22
Caso: Títulos de dívida verdes
Fonte: SITAWI
23. A descarbonização dos portfólios passa pelo direcionamento de recursos a negócios e projetos de
baixo carbono e resilientes, por meio da adaptação de instrumentos financeiros já existentes
23
0,8 0,4 0,9 4,0 1,2 3,1
11,0
36,6
41,8
81,0
155,5
167,3
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Volume Global emitido de Títulos Verdes
US$ bilhões
Fonte: SITAWI, adaptado de CBI
24. Maior atenção ao retorno financeiro de ativos resilientes e de baixo carbono, e maior
preocupação com exposição de ativos aos riscos climáticos
24
Preço de carbono
+
Exigências ambientais
Maior custo para
exploração de petróleo
Menor viabilidade
econômica dos
projetos de exploração
Reservas de petróleo
encalhadas
Desinteresse do investidor
25. 25
A transparência sobre essa transição começa a ser recomendada ou exigida por
reguladores
Exigências de reportes “não-
financeiros” para grandes empresas e
recomendações para investidores
reportarem fluxos financeiros a
atividades verdes
Exigências para que investidores
reportem sobre a integração de
questões ambientais, sociais e de
governança às decisões de
investimento, bem como sua exposição
a riscos climáticos
26. 26
A transparência sobre essa transição começa a ser recomendada ou exigida por
reguladores
Exigências de reportes “não-
financeiros” para grandes empresas e
recomendações para investidores
reportarem fluxos financeiros a
atividades verdes
Exigências para que investidores
reportem sobre a integração de
questões ambientais, sociais e de
governança às decisões de
investimento, bem como sua exposição
a riscos climáticos
PADRONIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS RELACIONADAS ÀS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
27. E no Brasil? Além da regulação do setor financeiro, há iniciativas de autorregulação e
engajamento voluntário
27
Resolução CMN 4327/2014
Resolução CMN 4557/2017
Exigências sobre Políticas de
Responsabilidade Socioambiental e
consideração de riscos socioambientais no
gerenciamento de riscos
Proposta sobre
precificação de
carbono
28. E no Brasil? Além da regulação do setor financeiro, há iniciativas de autorregulação e
engajamento voluntário
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29. E no Brasil? Além da regulação do setor financeiro, há iniciativas de autorregulação e
engajamento voluntário
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