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20 de setembro de 2018
A Gestão de Riscos Integrada aos Controles
Internos e Governança Corporativa
Evolução do Mercado Segurador
pela Ótica do Regulador
- Thiago Barata -
Agenda
 Evolução dos Pilares
 Evolução/Reestruturação do SCI
 Funções de Controle (2ª linha de Defesa)
 Gestor de Riscos
 Gestor de Conformidade
 Controle Atuarial
 Auditoria Interna (3ª linha de Defesa)
 Indução de boas práticas de GR e CI via Fatores Reduzidos
 ORSA
 Desafios
 Próximos Passos
Evolução dos Pilares
𝐶𝑅 𝑠𝑢𝑏𝑠 Danos
𝐶𝑅 𝑐𝑟𝑒𝑑
𝐶𝑅 𝑠𝑢𝑏𝑠 (V&P e Cap) /𝐶𝑅 𝑜𝑝𝑒𝑟
𝐶𝑅 𝑚𝑒𝑟𝑐 / BDPO
Pilar1
Controles Internos / Audit. Interna
Gestão de Riscos
Reestruturação/Evolução do SCI/
ORSA*
Prevenção contra Fraudes
* Previsão para Manual de Melhores Práticas do ORSA em 2018
Pilar2
Lavagem de Dinheiro1999/2002
2006
2004
2007
2010
2013
2014
2015/2017
2018/2020
Além das constantes revisões
SCI - Cenário Atual
 Referências normativas
 Sistema de Controles Internos (SCI) - Circ. 249/04
 Estrutura de Gestão de Riscos (EGR) - Circ. 517/15
 Problema: Regulação não deixa muito claro o relacionamento entre
a EGR e o SCI.
 “Os controles internos, independentemente do porte da sociedade ou
entidade, devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade
e risco das operações realizadas” (Circ. 249, art. 1º, PU)
 “A Estrutura de Gestão de Riscos da supervisionada deverá ser alinhada
com seu Sistema de Controles Internos, independente da maneira como
ambos estejam implementados na estrutura organizacional.” (Circ. 517,
art. 108-A, § 2º)
 “[...] o que se espera é que o SCI dê ênfase aos principais riscos da
companhia, que serão gerenciados de acordo com os preceitos
definidos pela EGR.” (Manual de Orientação EGR)
Evolução do SCI - Mudanças
COSO ERM x COSO IC EGR x SCI (Susep)
Foco Em relação ao IC, o ERM
enfatiza mais a relação dos
controles com a estratégia (riscos
do negócio)
Em relação ao SCI, a EGR enfatiza mais
a relação dos controles com a estratégia
(riscos do negócio)
Complementaridade Em relação ao IC, o ERM detalha
mais os processos de gestão de
riscos, mas também “repete”
outros componentes (não são
complementares).
A EGR detalha os processos de gestão
de riscos, mas evitando repetir o disposto
no SCI (são complementares).
• COSO IC = Susep SCI
• COSO ERM = Susep SCI + Susep EGR
“The ERM Framework and the [IC]
Framework are intended to be
complementary, and neither supersedes the
other. Yet, while these frameworks are
distinct and provide a different focus, they do
overlap.” (COSO IC, 2013)
Evolução do SCI - Fortalecimento 2ª/3ªLD
 Implementação do Gestor de Conformidade e Controle Atuarial
 Comunicação Formal ao regulador na nomeação ou destituição do
Gestor de Riscos, do Gestor de Conformidade ou do Auditor Interno
“Recurso,
Autoridade/Independência
e Acesso”
Gestão de Riscos - Objetivos
 Desenvolver, nas supervisionadas, a capacidade de entender
e gerenciar os riscos a que estão expostas
 Facilitar a comunicação entre Susep e mercado, através do
estabelecimento de uma terminologia comum
 Introduzir formalmente o conceito de Plano de Continuidade
de Negócios
Gestão de Riscos - Requisitos
 Alinhamento com o Sistema de Controles Internos
 Envolvimento da alta administração (Diretoria e CA)
 Abordagem de Linhas de Defesa
1º LD:
Unidades
Operacionais
2º LD:
Funções de Controle
(Gestor de Riscos)
3º LD:
Auditoria Interna
Diretoria
Conselho de Administração / Comitês
Supervisor
INDEPENDÊNCIA
Gestão de Riscos - Requisitos (cont.)
 Políticas
Estratégico
Tático
Operacional
Diretrizes
Limites/Controles
Gestor de Conformidade - Atribuições
Gestor de Conformidade - Outros Aspectos
 Possível desobrigação de realizar avaliação das atividades de
controle de conformidade
 Possibilidade de Terceirização
 Tem que haver garantias de:
 Recursos
 Suficiente autoridade e independência
 Acesso irrestrito e tempestivo às informações necessárias
Política de Conformidade
 Objetivo: Promover a integridade e a cultura de controle entre seus
funcionários e estabelecer diretrizes e parâmetros para o atendimento
às obrigações legais e regulatórias e aos normativos internos
 Minimamente:
Princípios
de Ética e
Conduta
Papeis e responsabilidade relativos
à garantia da Conformidade Canais de
denúncia
(interno e
externo)
Procedimentos para a coordenação das atividades de
garantia da conformidade com as atividades
relacionadas à gestão de riscos e com a Auditoria Interna
Procedimentos para tratamento das deficiências, riscos ou incidentes
relativos à garantia da conformidade e dos desvios de ética/conduta,
a fim de assegurar a aplicação de ações disciplinares adequadas e a
comunicação às instâncias pertinentes, à Susep ou a outras autoridades
Controle Atuarial - Premissas
 Contemplar diversos tipos de estruturas organizacionais
 Aproveitar ao máximo papéis e responsabilidades já
existentes, evitando redundâncias (ART, Auditoria Atuarial...)
 Não é uma função exclusiva para atuários
 Função bastante difusa
Controle Atuarial - Cenário Atual
 Papeis já existentes (cont.)
 Gestor de Riscos
 Monitora continuamente a EGR
 Diversidade de perfis (perfil quantitativo x independência)
Ex.: Acumula
função de
“Conformidade”
ou de Dir.
Controles Internos
Ex.: Acumula
função Atuário
Responsável
Técnico
Ex.: Área de
Riscos
Corporativos
Controle Atuarial - Objetivo
 Objetivo
 “Actuarial Function is primarily about good practice and getting the
most out of the actuarial skills available.” (IFoA, 2015)
 Garantia de adequação das reservas
 Incorporação da técnica atuarial à GR
 Principais interfaces:
 Capital
 Produtos
 Operações (Subscrição, Resseguros, Investimentos/ALM)
 EGR
GC /
Dir. CI
ART
Riscos
Corp.
Auditoria Interna
DISOL/CGMOP/CORIS
• Subordinação ao órgão de administração (com garantia de
mitigação de conflitos de interesse)
• Possibilidade de subordinação ao Comitê de Auditoria
(assessoramento)
Subordinação
ao CA
• Desde que não seja responsável pela auditoria das demonstrações
financeiras da instituição ou por qualquer outra atividade com
potencial conflito de interesses.
Execução por
Auditor Externo
• Apartamos do SCI (avaliação do sistema e demais
LDs)3ª LD
Auditoria Interna
DISOL/CGMOP/CORIS
• SCI incluindo EGR
• Avaliação sobre as demais Funções de Controle.Escopo
• Plano Anual de Auditoria, baseado em riscos e diretrizes
do CA.
• Documentação: Processos, Nível de Risco, Cronograma e
Recursos disponíveis.
Planejamento
• Plano de Auditoria por trabalho
• Papéis de Trabalho
• Documentação: Relatórios parciais por trabalho/AnualExecução
Fatores Reduzidos de Capital
 Objetivo: Indução de boas práticas de GR e CI
 Requisitos Básicos:
 EGR completamente implantada
 Obter um total de 75 pontos no QR
 Características do Conselho de Administração
 Características do Gestor de Riscos
 Outros aspectos da Estrutura de Gestão de Riscos
 Requisição Formal
Fatores Reduzidos de Capital
 Impeditivos
 Inconsistências/incompletude nas informações prestadas
 Deficiências não sanadas no SCI ou na EGR que constem
em Tabela de Deficiências de fiscalizações anteriores
 Quaisquer outras situações que denotem deficiências
relevantes na EGR ou nos CI
Subscrição Regulação TI
Investimentos
Contabilidade Tributário
Atuarial
Jurídico
ORSA
ORSA
 Verificar se a supervisionada tem um ORSA operante
 Verificar se o ORSA é adequado à complexidade e natureza das
operações da supervisionada
 Questionar as premissas e pressupostos utilizados
 Verificar o cumprimento dos compromissos assumidos pela supervisionada
em relação às suas próprias metas de capital e ações de realinhamento
 Verificar se o ORSA está apresentando resultados e se estes resultados
estão efetivamente sendo utilizados
Aprovar ou validar modelos de cálculo de capital usados no ORSA ou
refazer cálculos para verificar a assertividade dos processos do ORSA.
Todavia, pode, a qualquer tempo, apontar inconsistências e
demandar ajustes que julgue necessários.
ORSA – Papel do Surpevisor
Previsão de Manual de diretivas para a implantação do ORSA (framework) até final de 2018
Desafios
 Adequação de diferentes estruturas organizacionais
 Mudança Cultural
 Capacitação
 Enforcement
 Princípio da Proporcionalidade
Próximos Passos
 Divulgação de novo normativo de Reestruturação do SCI
 Desenvolvimento/Aprimoramento de ferramentas de
supervisão
 Elaboração de Manuais de Orientação
 Divulgação do Manual de Boas Práticas do ORSA
Acompanhe sempre em:
http://www.susep.gov.br/setores-susep/cgsoa/comissoes/subcomissao-de-riscos
thiago.duarte@susep.gov.br | (21) 3233-4046
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12º Seminário Controles Internos & Compliance, Auditoria e Gestão de Riscos - Thiago Barata

  • 1. 20 de setembro de 2018 A Gestão de Riscos Integrada aos Controles Internos e Governança Corporativa Evolução do Mercado Segurador pela Ótica do Regulador - Thiago Barata -
  • 2. Agenda  Evolução dos Pilares  Evolução/Reestruturação do SCI  Funções de Controle (2ª linha de Defesa)  Gestor de Riscos  Gestor de Conformidade  Controle Atuarial  Auditoria Interna (3ª linha de Defesa)  Indução de boas práticas de GR e CI via Fatores Reduzidos  ORSA  Desafios  Próximos Passos
  • 3. Evolução dos Pilares 𝐶𝑅 𝑠𝑢𝑏𝑠 Danos 𝐶𝑅 𝑐𝑟𝑒𝑑 𝐶𝑅 𝑠𝑢𝑏𝑠 (V&P e Cap) /𝐶𝑅 𝑜𝑝𝑒𝑟 𝐶𝑅 𝑚𝑒𝑟𝑐 / BDPO Pilar1 Controles Internos / Audit. Interna Gestão de Riscos Reestruturação/Evolução do SCI/ ORSA* Prevenção contra Fraudes * Previsão para Manual de Melhores Práticas do ORSA em 2018 Pilar2 Lavagem de Dinheiro1999/2002 2006 2004 2007 2010 2013 2014 2015/2017 2018/2020 Além das constantes revisões
  • 4. SCI - Cenário Atual  Referências normativas  Sistema de Controles Internos (SCI) - Circ. 249/04  Estrutura de Gestão de Riscos (EGR) - Circ. 517/15  Problema: Regulação não deixa muito claro o relacionamento entre a EGR e o SCI.  “Os controles internos, independentemente do porte da sociedade ou entidade, devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações realizadas” (Circ. 249, art. 1º, PU)  “A Estrutura de Gestão de Riscos da supervisionada deverá ser alinhada com seu Sistema de Controles Internos, independente da maneira como ambos estejam implementados na estrutura organizacional.” (Circ. 517, art. 108-A, § 2º)  “[...] o que se espera é que o SCI dê ênfase aos principais riscos da companhia, que serão gerenciados de acordo com os preceitos definidos pela EGR.” (Manual de Orientação EGR)
  • 5. Evolução do SCI - Mudanças COSO ERM x COSO IC EGR x SCI (Susep) Foco Em relação ao IC, o ERM enfatiza mais a relação dos controles com a estratégia (riscos do negócio) Em relação ao SCI, a EGR enfatiza mais a relação dos controles com a estratégia (riscos do negócio) Complementaridade Em relação ao IC, o ERM detalha mais os processos de gestão de riscos, mas também “repete” outros componentes (não são complementares). A EGR detalha os processos de gestão de riscos, mas evitando repetir o disposto no SCI (são complementares). • COSO IC = Susep SCI • COSO ERM = Susep SCI + Susep EGR “The ERM Framework and the [IC] Framework are intended to be complementary, and neither supersedes the other. Yet, while these frameworks are distinct and provide a different focus, they do overlap.” (COSO IC, 2013)
  • 6. Evolução do SCI - Fortalecimento 2ª/3ªLD  Implementação do Gestor de Conformidade e Controle Atuarial  Comunicação Formal ao regulador na nomeação ou destituição do Gestor de Riscos, do Gestor de Conformidade ou do Auditor Interno “Recurso, Autoridade/Independência e Acesso”
  • 7. Gestão de Riscos - Objetivos  Desenvolver, nas supervisionadas, a capacidade de entender e gerenciar os riscos a que estão expostas  Facilitar a comunicação entre Susep e mercado, através do estabelecimento de uma terminologia comum  Introduzir formalmente o conceito de Plano de Continuidade de Negócios
  • 8. Gestão de Riscos - Requisitos  Alinhamento com o Sistema de Controles Internos  Envolvimento da alta administração (Diretoria e CA)  Abordagem de Linhas de Defesa 1º LD: Unidades Operacionais 2º LD: Funções de Controle (Gestor de Riscos) 3º LD: Auditoria Interna Diretoria Conselho de Administração / Comitês Supervisor INDEPENDÊNCIA
  • 9. Gestão de Riscos - Requisitos (cont.)  Políticas Estratégico Tático Operacional Diretrizes Limites/Controles
  • 10. Gestor de Conformidade - Atribuições
  • 11. Gestor de Conformidade - Outros Aspectos  Possível desobrigação de realizar avaliação das atividades de controle de conformidade  Possibilidade de Terceirização  Tem que haver garantias de:  Recursos  Suficiente autoridade e independência  Acesso irrestrito e tempestivo às informações necessárias
  • 12. Política de Conformidade  Objetivo: Promover a integridade e a cultura de controle entre seus funcionários e estabelecer diretrizes e parâmetros para o atendimento às obrigações legais e regulatórias e aos normativos internos  Minimamente: Princípios de Ética e Conduta Papeis e responsabilidade relativos à garantia da Conformidade Canais de denúncia (interno e externo) Procedimentos para a coordenação das atividades de garantia da conformidade com as atividades relacionadas à gestão de riscos e com a Auditoria Interna Procedimentos para tratamento das deficiências, riscos ou incidentes relativos à garantia da conformidade e dos desvios de ética/conduta, a fim de assegurar a aplicação de ações disciplinares adequadas e a comunicação às instâncias pertinentes, à Susep ou a outras autoridades
  • 13. Controle Atuarial - Premissas  Contemplar diversos tipos de estruturas organizacionais  Aproveitar ao máximo papéis e responsabilidades já existentes, evitando redundâncias (ART, Auditoria Atuarial...)  Não é uma função exclusiva para atuários  Função bastante difusa
  • 14. Controle Atuarial - Cenário Atual  Papeis já existentes (cont.)  Gestor de Riscos  Monitora continuamente a EGR  Diversidade de perfis (perfil quantitativo x independência) Ex.: Acumula função de “Conformidade” ou de Dir. Controles Internos Ex.: Acumula função Atuário Responsável Técnico Ex.: Área de Riscos Corporativos
  • 15. Controle Atuarial - Objetivo  Objetivo  “Actuarial Function is primarily about good practice and getting the most out of the actuarial skills available.” (IFoA, 2015)  Garantia de adequação das reservas  Incorporação da técnica atuarial à GR  Principais interfaces:  Capital  Produtos  Operações (Subscrição, Resseguros, Investimentos/ALM)  EGR GC / Dir. CI ART Riscos Corp.
  • 16. Auditoria Interna DISOL/CGMOP/CORIS • Subordinação ao órgão de administração (com garantia de mitigação de conflitos de interesse) • Possibilidade de subordinação ao Comitê de Auditoria (assessoramento) Subordinação ao CA • Desde que não seja responsável pela auditoria das demonstrações financeiras da instituição ou por qualquer outra atividade com potencial conflito de interesses. Execução por Auditor Externo • Apartamos do SCI (avaliação do sistema e demais LDs)3ª LD
  • 17. Auditoria Interna DISOL/CGMOP/CORIS • SCI incluindo EGR • Avaliação sobre as demais Funções de Controle.Escopo • Plano Anual de Auditoria, baseado em riscos e diretrizes do CA. • Documentação: Processos, Nível de Risco, Cronograma e Recursos disponíveis. Planejamento • Plano de Auditoria por trabalho • Papéis de Trabalho • Documentação: Relatórios parciais por trabalho/AnualExecução
  • 18. Fatores Reduzidos de Capital  Objetivo: Indução de boas práticas de GR e CI  Requisitos Básicos:  EGR completamente implantada  Obter um total de 75 pontos no QR  Características do Conselho de Administração  Características do Gestor de Riscos  Outros aspectos da Estrutura de Gestão de Riscos  Requisição Formal
  • 19. Fatores Reduzidos de Capital  Impeditivos  Inconsistências/incompletude nas informações prestadas  Deficiências não sanadas no SCI ou na EGR que constem em Tabela de Deficiências de fiscalizações anteriores  Quaisquer outras situações que denotem deficiências relevantes na EGR ou nos CI Subscrição Regulação TI Investimentos Contabilidade Tributário Atuarial Jurídico
  • 20. ORSA
  • 21. ORSA
  • 22.  Verificar se a supervisionada tem um ORSA operante  Verificar se o ORSA é adequado à complexidade e natureza das operações da supervisionada  Questionar as premissas e pressupostos utilizados  Verificar o cumprimento dos compromissos assumidos pela supervisionada em relação às suas próprias metas de capital e ações de realinhamento  Verificar se o ORSA está apresentando resultados e se estes resultados estão efetivamente sendo utilizados Aprovar ou validar modelos de cálculo de capital usados no ORSA ou refazer cálculos para verificar a assertividade dos processos do ORSA. Todavia, pode, a qualquer tempo, apontar inconsistências e demandar ajustes que julgue necessários. ORSA – Papel do Surpevisor Previsão de Manual de diretivas para a implantação do ORSA (framework) até final de 2018
  • 23. Desafios  Adequação de diferentes estruturas organizacionais  Mudança Cultural  Capacitação  Enforcement  Princípio da Proporcionalidade
  • 24. Próximos Passos  Divulgação de novo normativo de Reestruturação do SCI  Desenvolvimento/Aprimoramento de ferramentas de supervisão  Elaboração de Manuais de Orientação  Divulgação do Manual de Boas Práticas do ORSA Acompanhe sempre em: http://www.susep.gov.br/setores-susep/cgsoa/comissoes/subcomissao-de-riscos
  • 25. thiago.duarte@susep.gov.br | (21) 3233-4046 Obrigado!